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07/06/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  07 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.480


Suasa e Enagro promovem curso para melhorar efetividade das ações de Defesa Agropecuária

Melhorar a efetividade das ações de Defesa Agropecuária por meio da qualificação contínua de seus agentes. Esse é um dos objetivos do curso ‘Suasa: organização, estrutura e competências’, promovido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) em parceria com a Escola Nacional Agropecuária do Ministério da Agricultura (Enagro). Realizado de forma virtual, o curso ocorre entre 21 de junho e 30 de julho, com carga horária de 40 horas. As inscrições para a quarta turma podem ser feitas até o dia 15 de junho no site da Enagro. O curso é gratuito. 

Dividido em quatro módulos, o curso pode ser realizado por representantes das cadeias produtivas do setor agropecuário brasileiro em qualquer horário dentro do período de duração definido (21 de junho a 30 de julho) através da plataforma AVA da Enagro. A iniciativa, que já está em sua quarta turma, visa ainda desenvolver habilidades e competências relacionadas à organização e ao funcionamento do Suasa. 

Para Ana Lúcia Stepan, auditora fiscal federal agropecuária que atua junto à coordenação do Suasa, no Departamento de Suporte e Normas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, é importante conhecer como são distribuídas as competências do Suasa e como a implementação de suas ações impacta a vida de produtores rurais, empresários e consumidores. “Sabemos que as pessoas são um elemento de destaque nos processos da Defesa Agropecuária, pois, sem elas, os resultados não acontecem. Por isso, é fundamental que, não somente os agentes públicos, mas também os operadores do agronegócio brasileiro compreendam o que é e como funciona o Suasa”, destacou.  Inscreva-se clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Brasil é autorizado a exportar leite para o México

O Governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da aprovação pelas autoridades do México dos requisitos sanitários e fitossanitários para a exportação de leite, produtos lácteos e grãos de gergelim ao México.

Trata-se da abertura de mercado para mais de 33 tipos de produtos do agronegócio brasileiro em relevante parceiro comercial do Brasil. As autoridades mexicanas habilitaram, concomitantemente, 18 estabelecimentos brasileiros para exportar ao México produtos lácteos como leite integral, leite em pó e queijos.

O processo de liberação das exportações de leite e produtos lácteos brasileiros ao mercado mexicano estará concluído após a publicação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do respectivo Certificado Sanitário Internacional. (As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe MilkPoint)







Tecnologia acentua força do agronegócio no Brasil

O cenário de depreciação cambial e de alta dos preços dos alimentos foi fundamental para manter o agronegócio brasileiro em alta em 2020, mesmo em meio à pandemia, e continua a estimular o avanço do setor este ano. Este cenário só se tornou viável graças ao aumento da eficiência em diversas cadeias produtivas proporcionada por investimentos tecnológicos. 

Em linhas gerais, é o que aponta o estudo “Agronegócio: Exportação, Emprego e Produtividade”, publicado recentemente pelo Instituto Millenium, think tank sem fins lucrativos, e pela consultoria Octahedron Data eXperts (ODX). De acordo com os autores, o material foi produzido com o objetivo de ajudar o setor público a tomar decisões com base em dados, evidências e enfoque na mensuração de resultados. 



“Além de gerar emprego e renda e ter papel relevante no desempenho internacional do país, o setor vem promovendo avanços tecnológicos e incrementos de produtividade, e com ampla participação do setor privado. Tudo isso tem contribuído para diminuir o abismo social em que o país se encontra”, disse o estudo. 

Millenium e ODX observam que, enquanto o Produto Interno Brasil (PIB) do Brasil encerrou 2020 com queda de 4,06%, o pior resultado em 31 anos, pressionado por retrações na indústria (3,5%) e em serviços (4,5%), o valor adicionado da agropecuária cresceu 2%, com destaque para as áreas de grãos, principalmente soja, e café, cujas colheitas bateram novos recordes históricos. Mesmo o encolhimento da indústria poderia ter sido maior, não fossem altas nos segmentos de fumo (10,1%), papel e celulose (1,3%), vinculados ao agro.

No total, a produção da agricultura brasileira bateu recorde em 2020, com 1,24 bilhão de toneladas, em 63 milhões de hectares. Lideraram essa oferta as colheitas de cana (677,9 milhões de toneladas), a que tem o maior rendimento médio por hectare (75.657 quilos) no país, e cereais, leguminosas e oleaginosas (254,1 milhões de toneladas) — grupo este puxado pela soja, cuja produtividade registrou incremento expressivo nos últimos anos, a partir do uso de insumos mais eficientes nas lavouras e maior uso de maquinários. O cultivo de arroz é outro cuja produtividade está em expansão.

A agropecuária em geral ocupa 351 milhões de hectares, entre pastagens (45%), matas e florestas (29%) e lavouras (18%). “A mecanização e o investimento em tecnologia contribuem, de forma relevante, para o aumento de produtividade e, essencialmente, para a diminuição da diferença entre área plantada e área colhida. São 734 mil estabelecimentos (55,5%) com tratores, 235 mil (19,3%) com semeadeiras, 119 mil (9,2%) com plantadeiras e 206 mil (15,7%) com adubadeiras e/ou máquinas distribuidoras de calcário”, mostrou o estudo. Entre 2006 e 2017, o número de estabelecimentos com tratores registrou alta de 50% no Brasil 

Com o bom desempenho, os R$ 439,8 bilhões da agropecuária representaram 5,9% do PIB no ano passado, 1,4 ponto a mais que em 2019. Mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia, o crescimento do valor adicionado da agropecuária em 2020 foi o terceiro maior em 25 anos e apontou a maior tendência de alta dessa série histórica.

“Com muitos investimentos em inovação feitos pelo setor privado, o agro mostra que, em boa medida, não depende do Estado. Pode haver equilíbrio”, afirma Priscila Pereira Pinto, CEO do Instituto Millenium. Nos últimos dez anos até 2020, observa, a agropecuária cresceu 25,4%, ante avanço de 1,5% do setor de serviços e quedas de 12,8% da indústria e de 1,2% do PIB em geral. 

“Temos indícios de que o setor, em geral, possui certa independência em relação aos demais, sendo pouco afetado por serviços e indústria e até mesmo pela economia em geral”, pontuou o estudo. Neste cenário, dizem Millenium e ODX, a ótica do agronegócio como um todo resulta em desempenho ainda mais expressivo.

Considerando a produção agropecuária básica, insumos, agroindústria e agrosserviços, o PIB do setor ficou perto de R$ 2 trilhões em 2020 (27% do total), embora a indústria de base agrícola tenha sido mais afetada pela pandemia que outras frentes. 

Se tem no amplo mercado doméstico uma âncora importante para a produção, grande parte dessa atuação positiva do agro decorre de vendas pujantes do setor ao exterior, reforça o estudo. Com câmbio e preços favoráveis, no ano passado as exportações setoriais renderam US$ 100,8 bilhões, 4,1% mais que em 2019, e gerou um superávit de US$ 87,7 bilhões. Com mais de 100 milhões de toneladas embarcadas, soja em grão e derivados lideraram as vendas ao exterior. As carnes vieram em seguida. Nos dois casos, a China foi o principal destino. 

Na geração de empregos o setor  também tem se destacado. Com o crescimento das últimas décadas, o campo passou a contar, segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2017, com 15 milhões de pessoas ocupadas em mais de 5 milhões de estabelecimentos. A região Nordeste, marcada pela agricultura familiar, concentrava quase 6,4 milhões de pessoas em 3,3 milhões de propriedades naquele ano. 

No entanto, um do ponto de atenção ainda é o crédito. Como apontam Millenium e ODX, 85% dos estabelecimentos agropecuários do país, ou cerca de 4,2 milhões, ainda não obtêm financiamentos, e dos que obtêm (784 mil) recorrem a recursos públicos. Além disso, o alcance do seguro rural permanece sendo limitado, o que amplia os riscos no campo. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Dívida pública
A dívida bruta do governo caiu pelo segundo mês consecutivo e foi a 86,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em abril, segundo dados divulgados pelo Banco Central ontem. Em relação a março, houve redução de 2,2 pontos percentuais no endividamento público. De acordo com o BC, a queda se deu principalmente por causa do aumento do PIB nominal (em reais), que contribuiu em 1,5 ponto percentual. A valorização do Real no mês reduziu a dívida em 0,3 ponto. (Jornal do Comércio)


 

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