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11/06/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  11 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.484


Piracanjuba passa a ser a líder em captação de leite

Após assumir, em janeiro de 2020, três unidades que pertenciam à suíça Nestlé, a Laticínios Bela Vista, dona da marca Piracanjuba, passou a liderar o ranking de captação de leite no país. O levantamento, elaborado anualmente pela Leite Brasil, associação de produtores incorporada pela Abraleite, está em sua 24ª edição. 

A Nestlé apareceu no topo em todas as 23 anteriores. A Bela Vista saiu da segunda posição em 2019 para a liderança no ano passado, com o aumento de captação de 23%, para 1,8 bilhão de litros em 2020. Além de assumir unidades da multinacional suíça em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a empresa ampliou capacidades nesses locais para fabricar leite condensado, creme de leite e achocolatado, diz Luiz Claudio Lorenzo, diretor comercial da companhia.

A empresa tem outras quatro unidades em Goiás, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. O faturamento bruto da Bela Vista aumentou 54% em 2020, para R$ 6,5 bilhões. Para este ano, a expectativa é de crescimento de 10%. 

Embora seja termômetro sobre captação de leite no país, o ranking não incluiu empresas de peso como a multinacional francesa Lactalis (dona da Itambé e da Cativa), Italac (Goiasminas) e Tirol. Neste ano, também a Aurora ficou de fora - segundo a Abraleite, essas empresas não informaram dados. A Aurora, que constava em 2019, teria mantido o quinto lugar com a captação de 550 milhões de litros, segundo apurou o Valor.

Entre outros movimentos de destaque houve o ganho de volume de Embaré e Frimesa e a redução de captação da Nestlé e Cativa. Somados os volumes captados pelas 16 maiores empresas, entre as participantes e as ausentes, o total chegaria a 12,5 bilhões de litros, volume que representa 50% dos 25 bilhões de litros cuja produção passa por algum tipo de inspeção no país. (Valor Econômico)

                              


Rabobank revela retomada dos níveis da demanda por lácteos

A pandemia global ainda não acabou e os riscos continuam, mas alguns grandes mercados estão retomando os níveis pré-pandêmicos de demanda, de acordo com analistas da indústria Rabobank.

A cada mês que passa, os mercados de lácteos em todo o mundo estão lentamente voltando ao normal após os efeitos causados pela pandemia. A avaliação cuidadosa dos dados de oferta e demanda é confiável, pois, foi realizada a sobreposição dos períodos correspondentes mais atingidos e o carregamento da despensa de 2020. No entanto, olhando para os próximos 12 meses, os fundamentos do mercado subjacentes permanecem relativamente neutros.

Contudo, os riscos e incertezas ainda são abundantes, o que está sustentando os preços das commodities em níveis elevados. Com a provável redução da demanda de importação chinesa no segundo semestre de 2021, o poder de compra de outros países será testado e, provavelmente levará a ajustes de preços nos mercados de laticínios.

Os mercados à vista de lácteos, em sua maior parte, permaneceram neutros durante o segundo trimestre de 2021. Os preços das commodities da Oceania ficaram praticamente estáveis no último trimestre, excluindo uma correção nos mercados de gordura de manteiga. No meio do ano, os preços das commodities (em termos de dólares) estão sendo negociados em níveis elevados em comparação com o ano passado.

O crescimento da oferta global nas principais regiões de exportação também ficou estagnado. O fluxo europeu foi em grande parte sem brilho, com um crescimento modesto de 0,5%. O clima desfavorável e os custos crescentes dos alimentos estão contrariando os preços mais altos do leite na região.

As entregas de leite no noroeste da Europa caíram acentuadamente, com França (-2,5% ou 159.000 toneladas), Alemanha (-1,9%) e Holanda (-1,3%) caindo, enquanto Irlanda (+ 10,3%) e Itália (+2,3 %) registraram crescimento.

As exportações de queijo da União Europeia (UE)  também foram positivas, registrando um aumento de 4,8% com relação ao ano anterior, ou 11.100 toneladas métricas, no primeiro trimestre de 2021, enquanto as exportações de leite em pó integral foram levemente maiores (0,3% com relação ao ano anterior).

Já as exportações de leite em pó desnatado aumentaram 3,1% ou 6.100 toneladas. A manteiga obteve baixo desempenho, além da redução das exportações aos EUA, contribuindo para uma redução de -18,7% com relação ao ano anterior, ou 12.600 toneladas, no primeiro trimestre do ano.

Do lado do Brexit, o Reino Unido adiou a implementação dos controles de fronteira sobre os produtos lácteos da UE até pelo menos 1º de outubro, visto que tais controles resultaram em alguns atrasos, o que é problemático para produtos frescos como nata e leite desnatado condensado.

Além disso, os produtos fabricados na UE, em parte com matérias-primas do Reino Unido podem, enfrentar desafios de regras de origem de países de fora. Esse problema provavelmente vai persistir, resultando em plantas da UE segregando os fluxos de ingredientes, o que pode desencorajar o uso de ingredientes lácteos no Reino Unido.

Enquanto isso, a produção de leite dos Estados Unidos (EUA) continua em alta velocidade, com 9,49 milhões de vacas no país, tornando-se o maior rebanho leiteiro em mais de 20 anos, crescendo 2% no primeiro trimestre de 2021. Além deste crescimento, a produção leiteira do país continua registrando uma taxa de crescimento mais forte do que a tendência.

A capacidade expandida do queijo está absorvendo parte do novo leite. A produção de queijo de estilo americano aumentou 7% com relação ao ano anterior no primeiro trimestre de 2021. A fabricação de muçarela, entretanto, caiu -0,8% no mesmo período.

A Nova Zelândia teve um bom resultado na temporada 2020/21. O crescimento da oferta tem sido positivo na América do Sul, mas os custos crescentes dos alimentos e a inflação devem moderar o crescimento anual no segundo semestre de 2021, e a demanda interna permanece irregular.

Como resultado, o crescimento da oferta nas principais regiões de exportação tem sido administrável. O Rabobank espera um crescimento modesto da produção anual de 1% durante os próximos 12 meses para as regiões de exportação Big-7.

De uma perspectiva global, a pandemia global está longe de terminar. No entanto, alguns grandes mercados de lácteos (EUA e China) estão se aproximando dos níveis pré-pandêmicos na demanda por lácteos por meio de canais de varejo e serviços de alimentação.

Há um otimismo crescente no mercado à medida que a vacinação aumenta a confiança do consumidor. Ainda assim, existem muitos riscos com a prevalência da terceira e quarta ondas, novas variantes e implementações lentas de vacinação em algumas regiões.

A China continua impulsionando o comércio global. O interesse do país por importações é visível nos primeiros meses de 2021 e tem sido o principal pilar do suporte de preços. O Rabobank ainda espera volumes de importação mais brandos com relação ao ano anterior no segundo semestre de 2021, e isso continua sendo o fator determinante da demanda, determinando os preços dos produtos lácteos em 2022.

Houve duas mudanças perceptíveis no mercado. O congestionamento endêmico nos portos continua causando atrasos nos embarques e custos mais altos de frete. Os desafios logísticos globais permanecem e continuam impactando o comércio internacional na forma de custos de frete mais elevados e remessas atrasadas. A perspectiva de curto prazo não parece fornecer qualquer alívio e representa um risco de alta para nossas projeções de preços caso as interrupções continuem.

O Rabobank também elevou suas expectativas de preço para os mercados globais de grãos e sementes oleaginosas. Os preços mais altos da ração durarão até 2022, mantendo as margens dos produtores sob pressão. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas pela Equipe MilkPoint)





Conseleite/RO - projeção de alta de 13,18% no leite entregue em maio e pago em junho

Conseleite/RO - O Boletim de mercado do setor lácteo rondoniense tem como objetivo apresentar os resultados do índice de preços da cesta de derivados lácteos denida pelo Conselho Paritário de Produtores/Industriais de Leite do Estado de Rondônia - CONSELEITE. A seguir, são apresentados os resultados para o mês de referência de maio e que foram levados à reunião deliberativa do CONSELEITE realizado no dia 07 de junho de 2021. 

No mês de junho, a indústria de laticínios do Estado de Rondônia teve uma elevação no preço médio de 13,2% na sua cesta de derivados lácteos, quando comparado com o mês anterior. Os aumentos foram observados nos preços do leite UHT (+0,1691).


Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia 2 definida pelo Conseleite de Rondônia.

                                       

1 Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto no tanque de resfriamento”, o que significa que o frete de segundo percurso não deve ser descontado do produto rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural. 2 O Conseleite Rondônia alerta que outros parâmetros são considerados pelo mercado para estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor, tais como: 1. Fidelidade do produtor ao laticínio; 2. Distância da propriedade até o laticínio; 3. Qualidade da estrada de acesso a propriedade rural; 4. Temperatura do leite na entrega; 5. Capacidade dos tanques de resfriamento de leite da propriedade; 6. Tipos de ordenha; 7. Adicionais de mercado devido a oferta e procura pelo leite na região; 8. Sazonalidade da produção; 9. Condições sanitárias do rebanho; 10. Outros benefícios concedidos pelas indústrias. (Conseleite/RO)

Jogo Rápido  

Previsão de frio intenso no Rio Grande do Sul, com temperaturas próximas a 0ºC no final de semana
O período entre 10 e 16 de junho terá frio intenso e geadas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 23/2021, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com o Irga e a Emater/RS. Nesta quinta-feira (10), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Norte. Na sexta-feira (11), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade e somente nos setores Norte e Nordeste ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas. A presença do ar frio provocará declínio da temperatura em todo o Estado. No sábado (12) e domingo (13) a presença do ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas próximas a 0°C e formação de geadas na maioria das regiões. Na segunda-feira (14), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá a ligeira elevação das temperaturas, com maior variação da nebulosidade. Na terça (15) e quarta-feira (16), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todo o Estado. Os valores esperados deverão oscilar entre 20 e 35mm na Metade Sul, mas deverão ser inferiores a 10mm na Campanha. No restante do Estado, os volumes oscilarão entre 35 e 50mm na maioria das localidades e poderão superar 60mm em áreas isoladas das Missões, Alto Uruguai, Planalto e Serra do Nordeste. O documento completo pode ser acessado clicando aqui. (SEAPDR)


 

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