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02/06/2021

Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  02 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.478


Lactalis do Brasil assume operações industriais da Cooperativa Cativa

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a Lactalis do Brasil a incorporar os ativos pertencentes à Cooperativa Cativa, com sede em Londrina, no Paraná. A operação, concluída hoje (01/06), exatos dois meses após o anúncio de intenção, foi formalizada em comunicado ao mercado nesta tarde. Com a aquisição, a empresa assume as fábricas localizadas em Cerqueira César (SP) e Londrina (PR) e o centro de coleta de Pato Branco (PR), bem como toda a estrutura comercial da Cativa.

Para tanto, a negociação incluiu revisão de passivo e garantia de aquisição de leite dos 4 mil cooperados da Cativa por um prazo de dez anos, renováveis por mais dez. O intuito da Lactalis do Brasil é manter a produção de leite UHT com as marcas Polly e Cativa, passando a envasar — também —produtos das marcas Batavo, Elegê e Parmalat. As unidades paranaenses também deverão fabricar derivados, como leite em pó, composto lácteo e manteiga.

Com foco no desenvolvimento do potencial da bacia leiteira do Paraná, segundo maior estado produtor de leite do país, a Lactalis do Brasil trará toda sua expertise internacional em gestão e assistência técnica aos produtores de leite. O objetivo é elevar o faturamento das operações do Paraná e alavancar a captação de 360 milhões de litros ano para volume próximo a 500 milhões no prazo de dois anos. Agora, a produção soma-se às operações da Lactalis, líder nacional no segmento com faturamento de R$ 9,8 bilhões em 2020 e um volume de captação, até então, de 2,7 bilhões de litros de leite ao ano.

Para Patrick Sauvageot, presidente da Lactalis América Latina, a incorporação dos ativos da Cativa representa um novo momento da atuação da empresa, que completa 6 anos de Brasil neste dia 1.º de junho. “A parceria com a Cativa é um exemplo da nossa ação em favor do desenvolvimento cooperativo do setor de laticínios do Brasil. Entendemos que há um caminho muito promissor nesse sentido a ser desenvolvido por parcerias e capaz de ganhar eco em diferentes regiões do país," disse.

O presidente da Cativa, Paulo Cesar Maciel, informou que a negociação ampliou o potencial de investimento em oferta de tecnologia e inovação aos cooperados. A partir de agora, explica ele, a cooperativa irá focar no atendimento de seus produtores e na melhoria da qualidade do leite que é entregue à indústria. “Vamos nos beneficiar do know how da Lactalis na área de lácteos, uma empresa sólida e confiável com quem nós construímos uma relação de confiança que queremos manter ao longo do tempo". (As informações são da Jardine Comunicação, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Governo adia cobrança de ICMS do milho importado de países do Mercosul

O governador Eduardo Leite assinou, nesta terça-feira (1°/6), no Palácio Piratini, decreto que adia a cobrança de ICMS do milho importado de países do Mercosul pelas agroindústrias até 31 de dezembro. O objetivo do adiamento do pagamento da alíquota de 12% é ajudar a amenizar a crise enfrentada pelos setores agropecuários que mais demandam milho no Estado, como a avicultura, suinocultura e bovinocultura de leite. O decreto será publicado ainda nesta terça (1°), em edição extra do Diário Oficial do Estado
A partir do decreto, os importadores de milho estarão dispensados do pagamento de ICMS no momento da importação do grão no Estado e passarão a pagar o tributo no momento da venda do produto final (carnes e leite), sem prejuízos para a arrecadação do Estado.

“O decreto serve para reafirmarmos que estamos juntos, Estado e produtores. Situações excepcionais requerem medidas excepcionais. Por isso, estamos atuando em várias frentes. Temos de olhar para todos os ângulos, que envolvem irrigação, incentivos para produção, melhorias nas estradas. E quando tudo isso não traz resultados, adotamos medidas excepcionais para não deixarmos nossos produtores na mão. Se o Estado tem condições de fazer isso hoje, é porque tomamos medidas antipáticas, aprovadas na Assembleia Legislativa, para reduzir o custo da máquina pública. É isso que nos sustenta e nos dá capacidade de dar essas respostas e de fazer esses investimentos. Estamos juntos nessa porque o Estado se equilibriou", destacou Leite.

Representantes das agroindústrias afirmam que o alto custo de produção poderá gerar um colapso na produção de proteína animal. Dados da Embrapa apontam que o custo subiu 39,78% na produção de aves e 44,55% na produção de suínos nos últimos 12 meses. E, conforme a Emater/RS, a saca de milho (principal componente da ração animal) tem batido a casa dos R$ 90,00 nas últimas semanas, o dobro dos valores praticados nesta mesma época do ano passado.

Para o presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, o diferimento ajuda a dar condições às empresas maiores de trazerem o grão da Argentina e do Paraguai e, ao mesmo tempo, alivia a pressão dos custos para as indústrias médias e pequenas que negociam o grão disponível no Estado. “Apesar das dificuldades, o setor da avicultura mantém o compromisso de produzir alimento de qualidade e com preço acessível à população”, destacou.

“Embora seja temporária, essa medida é necessária e importante para ajudar a dar um fôlego aos produtores e empresas que estão tendo que arcar com custos elevadíssimos. O governo tem dado este olhar para nossa agropecuária, porque não podemos deixar essas cadeias produtivas desassistidas neste momento”, ressaltou a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti.

Os secretários Edson Brum (Desenvolvimento Econômico) e Artur Lemos Júnior (Casa Civil), o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Frederico Antunes, e o deputado estadual Elton Weber também participaram da reunião. (Seapdr)



Na 14ª lactação, vaca ‘vitalícia’ já produziu mais de 100 mil litros de leite

As vacas brasileiras têm, em média, de 2,5 a 3 lactações ao longo da vida, e produzem cerca de 25 mil litros. Mas alguns animais, dotados de uma genética para lá de diferenciada, podem ir muito além. A Mascarada, da fazenda Real, de Cabrália Paulista (SP), nasceu em 2004 e está completando sua 14ª lactação.

Nascida em 2004, na propriedade de Roberto Barboza, Mascarada é filha do touro jersey Eros, da bateria da fornecedora de genética bovina CRV. Como ela nasceu antes da fazenda ter um sistema de controle, os dados das três primeiras gestações não foram registrados, mas a soma das últimas 11 crias já ultrapassa a produção de 100 mil litros de leite.

“É um animal com úberes impecáveis, com enorme energia e disposição para se alimentar no cocho, competindo de igual para igual com as demais vacas no lote”, informa Marco Lopes, gestor de Negócios da CRV, que atende a fazenda Real. “É impressionante ver como as outras vacas a respeitam”, comenta.

Fernando Barboza, de 25 anos, é filho do proprietário da Mascarada e está começando o processo de sucessão nos negócios. Ele conta que a família trabalha com produção de leite desde que ele tinha um ano. Com produção de 15 mil litro por dia na fazenda, Fernando conta que ter vacas que garantam uma escala de produção é essencial.

“A genética representa 1% do custo [de produção], e é o maior investimento que a gente pode fazer. Uma geração supera muito a outra. Paga-se [o investimento] brincando”, diz.
Olhando para o futuro, Fernando pretende continuar o bom trabalho do pai com foco em genética. “A gente é doente por isso aí. Temos prazer em pesquisar os touros que vamos usar para acasalar as vacas, ver o melhoramento que vão trazer. Queremos sempre vacas mais produtivas e mais duradouras”. 

O que faz uma vaca viver tanto e continuar produzindo leite bem?
Mascarada é um exemplo das chamadas “vacas vitalícias”, que ultrapassam em muito a média nacional  de lactação. “São animais saudáveis, livres de problemas, que exigem menos medicamentos, são inteligentes, com rotina própria dentro da fazenda e produção extremada de leite”, define Leonardo Maia, gerente de produto de Leite Europeu da CRV.
Maia cita o exemplo da campeã brasileira de produtividade registrada no ano de 2018: a vaca holandesa AFW Marconi Sjoukje 1014, filha de Marconi e neta de Commandeur 125. Nascida na fazenda de Albertus Frederik Wolters, em Castro (PR), ela somou mais de 160 toneladas de leite ao longo dos seus 16 anos de vida útil.

Na busca da longevidade, a genética é um dos fatores mais importantes. “Na genética, nem sempre dois mais dois são quatro, porque existem fatores que podem alterar os resultados esperados, mas o segredo é o histórico mapeado e controlado de linhagens e gerações de animais”, defende o gerente. (Canal Rural)

Jogo Rápido  

PIB do setor agropecuário registra alta de 5,7% no 1T de 2021
O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário foi o que mais cresceu no primeiro trimestre de 2021, de acordo com dados divulgados ontem (01/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor registrou 5,7% de crescimento na comparação com o quarto trimestre do ano passado e 5,2% em relação a igual período de 2020.  O PIB brasileiro cresceu 1,2% na comparação do primeiro trimestre de 2021 contra o quarto trimestre de 2020, na série com ajuste sazonal. Além da Agropecuária (5,7%), foram registrados índices positivos na Indústria (0,7%) e nos Serviços (0,4%). Conforme o IBGE, o resultado do setor agropecuário pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho positivo de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre, como soja, fumo e arroz, e pela produtividade. "Podemos também destacar como forças de crescimento a pecuária bovina e os resultados das exportações do agronegócio no primeiro trimestre. Apesar do bom desempenho dessas atividades, a redução de produção de milho e mandioca, teve contribuições negativas ao crescimento", pontuou José Garcia Gasques, coordenador de Avaliação de Políticas e Informação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,048 trilhões neste primeiro trimestre. Os demais segmentos tiveram os seguintes resultados: agropecuária R$ 208,8 bilhões; indústria R$ 348,6 bilhões e serviços R$ 1.195,9 trilhão. A participação percentual destas atividades no valor adicionado, foram de 6,8% para a Agropecuária, 20,4% Indústria e 72,8% Serviços. (As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

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