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Porto Alegre, 24 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.247

  Marcas próprias do varejo ganham espaço entre os consumidores

A crise causada pela pandemia fez o brasileiro colocar no carrinho mais arroz, feijão e leite com marcas dos supermercados. Em abril, as vendas desses alimentos de marcas próprias cresceram 32,6%, em base anual, bem acima da taxa de 10% de todo o setor de alimentos, segundo a Nielsen. Até o consumidor de alta renda está comprando esse tipo de produto, mais barato que o vendido por fabricantes tradicionais.

 
O cenário leva a uma projeção de avanço de 9,6% nas vendas das mercadorias de marca própria em 2020, considerando também outras categorias, como os produtos de higiene e limpeza. Essas linhas devem movimentar R$ 8 bilhões até dezembro, conforme projeção da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro).

“O custo-benefício em relação às marcas das fabricantes é um diferencial para o consumidor”, disse Roberto Butragueño, diretor de atendimento do varejo e ecommerce da Nielsen. No mês de abril, os produtos de marca própria movimentaram R$ 420 milhões, 8,1% mais que em igual período de 2019. Desse total, R$ 91 milhões foram provenientes da venda de commodities, ou alimentos básicos. Nessa categoria, o leite liderou o crescimento nas vendas, com avanço de 73,7% no mês, seguido por óleo (65,9%) e farinha de trigo (63,9%).

Segundo Neide Montesano, presidente da Abmapro, os preços dos produtos são até 40% menores quando comparados às demais marcas. “Os fornecedores são pequenos, portanto, têm menos custos com folha de pagamento, marketing, embalagem e logística. A margem deles também é menor”, afirmou.

Pesquisa da consultoria Bain & Company corrobora a busca do consumidor por produtos de menor preço como forma de reduzir gastos na pandemia, sejam itens de marca própria ou versões de marcas tradicionais em embalagens menores.

O movimento deve levar fabricantes a rever seu portfólio. “É melhor ter uma segunda oferta, ter uma canibalização você mesmo, do que a marca ser abandonada”, afirmou Federico Eisner, sócio-diretor da Bain.

Entre os consumidores de baixa renda, 35% a 40% dos entrevistados migraram para produtos de menor preço em maio. O movimento também foi verificado na camada mais abastada da população no mês passado.

Eisner disse que, até abril, cerca de 10% das pessoas com renda maior buscavam marcas mais baratas em segmentos como comida, bebida, e itens de higiene e limpeza. Em maio, essa fatia dobrou ou mais que dobrou em algumas categorias. Em comida embalada, subiu de 9% para 30%. Em cuidados com a casa, o salto foi de 11% para 28%.

Segundo Eisner, o movimento surpreendeu, porque havia uma expectativa de que os mais ricos migrassem para produtos ainda mais caros como forma de indulgência em um momento de privações. “Os mais ricos veem a crise e também fazem a mudança de marcas para gastar menos e poupar, já que têm expectativas ruins sobre o futuro próximo”, afirmou.

Na avaliação do diretor da Nielsen, o brasileiro está confiando mais nas marcas dos supermercados e isso é resultado do trabalho de anos feitos por grandes varejistas como GPA, dono de redes como Pão de Açúcar e Extra, e Carrefour para mostrar os benefícios de seus produtos ao consumidor. O varejo regional e as farmácias também registram crescimento maior nesta área.

Entre os produtos de higiene pessoal, os destaques em marcas próprias são o papel higiênico e sabonete líquido, enquanto na cesta de limpeza, os mais populares são desinfetante, sabão líquido para lavar roupa e detergente. “Os produtos de limpeza são a porta de entrada dos varejistas nas marcas próprias”, disse a presidente da Abmapro. (As informações são do Valor Econômico)

              

Argentina - Preço ao produtor de leite fica estagnado

Segundo o Quadro do Comando Setorial do mês de junho do Ministério da Agricultura da Argentina, o preço de referência pago ao produtor para sólidos foi de AR$ 253,21 e em litros AR$ 18,24, sem variação em relação ao mês anterior, mas 25% maior que o valor pago um ano antes.

Na Província de Santa Fe, o preço de referência sem mantém em AR$ 18,20 o litro (em media R$ 1,38). Em relação à produção, o Quadro mostrou uma produção de 870,5 milhões de litros em maio, com variação interanual de 11% e variação mensal na produção diária de 6%.

Por outro lado, as vendas de leite fluido no mercado interno, de janeiro a abril, aumentaram 9%, as de leite em pó +5%, queijos -1%, e outros produtos +3%. (CampoLitoral - Tradução livre: Terra Viva)

 

Uruguai – O preço pago em maio subiu em pesos e em dólares

Durante o mês de maio, último mês com os dados totais consolidados, o preço médio pago ao produtor de leite alcançou UY$ 12,52 o litro, registrando aumento de 1,9% em comparação com abril.

Em pesos, o registro de maio é maior do ano, e o mínimo de UY$ 11,93 o litro, ocorreu em janeiro.
Em maio de 2019 o preço foi de UY$ 10,51/litro, e em maio de 2018 foi de UY$ 10,37/litro.
Em dólares, o preço ao produtor em maio foi de US$ 0,29/litro, registrando ascenção de 1,8% em relação ao mês anterior.

Em maio de 2019 o preço foi de US$ 0,30/litro e em maio de 2018 US$ 0,34/litro.

Os cálculos foram realizados por técnicos do Instituto Nacional do Leite (Inale), com base nos registros da indústrias de laticínios e entidades sindicais.

O quilo de sólidos foi UY$ 166,20, 0,4% mais que em abril, quando foi pago a UY$ 165,5/quilo.
Em maio de 2019 era UY$ 141,3 e maio de 2018 foi UY$ 141,7/litro.

Em relação à composição do leite cru recebido nas fábricas em maio, os valores médios foram 3,99% de matéria gorda, e 3,54% de proteína. Esses teores, com o câmbio fixado em UY$ 43,43 correspondem aos pagamentos mencionados de UY$ 12,52 ou US$ 0,29 por litro e UY$ 166,16 por quilo de sólidos. (El Observador – Tradução livre: Terra Viva) 

             

Para Fiergs, decreto traz mais perdas
A ampliação de restrições à atividade da indústria determinada por decreto pela Prefeitura de Porto Alegre ontem traz mais perdas ao setor e desorganiza a economia privada, avalia a Federação das Indústrias do RS (Fiergs). A entidade defende o equilíbrio entre cuidados com a saúde e economia. “Essas constantes mudanças nos dão muita insegurança. O industrial não pode programar sua produção e o empregado não sabe quando vai trabalhar, se vai trabalhar ou manter o emprego”, afirmou o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. A justificativa da prefeitura é a velocidade do crescimento exponencial da demanda por leitos de UTI na Capital. A nova medida prevê limitações a partir desta sexta à construção civil eàindústria, com exceção das consideradas essenciais, como saúde e segurança. Segundo pesquisa divulgada pela Fiergs no início do mês, a atividade da indústria gaúcha caiu mais de 13% em abril ante março, quando já havia recuado 10%. “Poderia intensificar as medidas de acesso, controle e segurança para a saúde, mas sem decretar o fechamento total”, sugeriu Petry. (Correio do Povo)
 

Porto Alegre, 23 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.246

Valor de referência do leite tem recuperação no RS

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) indicou recuperação no valor de referência do leite em junho. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (23/06), a projeção para o litro considerando os primeiros dez dias do mês é de R$ 1,3721, 8,63% acima do consolidado de maio (R$ 1,2630).  Responsável pelo estudo, o professor da UPF Marco Antônio Montoya informa que a variação percentual reflete a recuperação de parte da queda atípica registrada em função da pandemia de Covid-19. O levantamento também constata que o valor real do litro (descontada a inflação) em junho de 2020 está acima da média histórica para o período. 

Montoya explica que a projeção dos primeiros dez dias do mês não espelha exatamente o consolidado, mas indica uma tendência a ser seguida. O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo,  frisa a importância do colegiado, que traz mensalmente dados essenciais para nortear o mercado gaúcho e a relação entre produtores e indústrias. “Trabalhamos com projeções que podem ser confirmadas, ou não, ao final de cada período”. 

O vice-presidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, indica que o mercado está incerto, o que vem se refletindo em alta volatilidade nos últimos meses. No entanto, junho vem tendo oscilação menor e uma certa recuperação. “O desempenho do setor lácteo também depende agora da manutenção dos programas sociais do governo e da recuperação da economia”, projeta Guerra. Um fator positivo verificado em 2020, citou o representante das indústrias, é a redução de importações em função da desvalorização cambial, o que torna os produtos importados (leite em pó) pouco competitivos para internar no Brasil.

O Conseleite vem estudando formas de agregar ao estudo dados relacionados ao custo de produção dos produtores. Uma das possibilidades já encaminhadas é a de utilização de informações compiladas pela Emater a campo. A ideia, explica o presidente Rodrigo Rizzo, é que a instituição de assistência técnica passe a integrar o quadro do Conseleite com cadeira fixa. Atualmente, a Emater participa como convidada e no suporte à Câmara Técnica do colegiado. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

              

Mapa tem novo Plano Estratégico 2020-2027
A versão preliminar do Plano Estratégico 2020-2027 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já está disponível no Portal da Agricultura. Desenvolvido de forma coletiva e colaborativa, por meio de oficinas realizadas desde 2019, e estruturado pela Coordenação de Planejamento Estratégico da Assessoria de Gestão Estratégica do Gabinete da Ministra , o Plano Estratégico 2020-2027 traz, de forma sintética, a missão, a visão de futuro, os valores organizacionais e as estratégias do Mapa para o período. 

Iniciada em 2005, a construção e implementação da Gestão Estratégica no Ministério gerou importantes mudanças organizacionais, como a melhoria da participação em missões internacionais e a recente reestruturação visando incorporar novas responsabilidades atribuídas ao Mapa a partir de 2019.

Presente em grande parte desse trabalho de anos, o coordenador-geral da AGE, Paulo Fresneda, destaca: “O desafio agora é consolidar o processo de gestão estratégica no Mapa, de tal forma que seja apropriado cada vez mais pelos seus servidores. Os resultados só serão alcançados se houver o engajamento de todos na execução da estratégia formulada e o comprometimento dos gestores com o monitoramento e a avaliação constantes dos objetivos estratégicos, indicadores de desempenho e projetos estratégicos.”

O Plano Estratégico descreve como o Ministério irá responder, de forma estruturada e sinérgica, aos desafios nos próximos anos.

O adido agrícola no Marrocos, Nilson César Castanheira Guimarães, ressalta os objetivos elencados no plano. "Chama minha atenção o Objetivo Estratégico 02. Em tempos de Covid-19, se soubermos assegurar o abastecimento e acesso da população brasileira a alimentos e outros produtos de qualidade, diversificados e seguros ao consumo em qualquer situação, já preparando inclusive mecanismos de resposta para situações de emergência como a atual, e vou além, o abastecimento e o fluxo comercial com os países importadores de produtos do agro brasileiro, seja em tempos de normalidade e ou situações extremas como a atual, teremos a grande carta na manga que nos transformará num player ainda mais fundamental do que já somos.”

Outro destaque é o componente Mapa Estratégico 2020-2027 que apresenta os Objetivos Estratégicos do Ministério de forma fácil e didática, uma das metas da AGE. O diálogo direto, simples e humanizado permite uma leitura mais leve a todos os servidores e à sociedade brasileira.

Mesmo em meio à atual pandemia de Covid-19, a AGE continua com o trabalho de definição dos indicadores de desempenho, que são a base para avaliar o que está sendo produzido para o alcance da visão de futuro do Mapa. O trabalho, executado lado a lado com todas as Secretarias e organizações coligadas, é constante e visa a integração de todo o Ministério para levar à sociedade os resultados esperados.
>> Conheça a versão preliminar do Plano Estratégico 2020-2027

Dia do Leite reforça a importância nutricional e econômica do alimento

Instituído pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) em 2001, o Dia Internacional do Leite é comemorado em 24 de junho com o objetivo de mostrar à sociedade a importância dos lácteos para uma alimentação saudável e equilibrada. Considerado um dos mais nobres alimentos, o leite desempenha uma função essencial em todas as fases do desenvolvimento humano. Na infância, ajuda na formação e no desenvolvimento do organismo como fonte de proteína, sais minerais e gordura; na adolescência oferece condições para o crescimento rápido com boa constituição muscular óssea, e endócrina; e para pessoas da terceira idade, é fonte de cálcio, essencial na manutenção da integridade dos ossos. Por todos esses benefícios, figura no calendário anual de datas comemorativas pela organização internacional. 
Além de ser fonte de nutrição para milhares de famílias no mundo, o leite também é matéria-prima principal de vários outros produtos e ingredientes de preparações da culinária, desde queijos, requeijão, creme de leite, natas, iogurtes e muitos outros. 

No Brasil, o leite tem um peso importante na economia brasileira, sendo um dos quatro produtos principais da agropecuária considerando o Valor Bruto da Produção (VBP): a cadeia somou R$ 55,7 bilhões no ano passado. A atividade também é responsável pelo sustento de milhares de família no Brasil e, para muitos, a principal fonte de renda na propriedade. 

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, leite é o produto mais completo que existe e seus derivados são fontes inesgotáveis de energia, cálcio e outros elementos essenciais para a saúde. Além disso, Guerra reforça que o produto tem papel fundamental na economia de milhares de famílias de pequenos produtores gaúchos. “São eles que, lá no início da cadeia produtiva, iniciam o processo de valorização e de qualidade crescente do produto que chega à indústria”, destaca Guerra. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

             

Lactalis Ingredients lança o leite em pó desnatado para leite condensado
De acordo com a Lactalis Ingredients, o consumo de leite evaporado e leite condensado continua aumentando e a expectativa é de que registre, na média anual, crescimento de 2% de 2019 a 2024. Esse maior consumo virá principalmente da América Latina e Oriente Médio, e em menor grau, da Ásia. Usar leite fresco local para produção de derivados de leite nem sempre é fácil, porque a coleta é pequena. Essa é a razão pela qual os processadores usam leite em pó em substituição ao leite fluido. O leite em pó desnatado, HHHS da Lactalis Ingredientes é adequado para a produção do leite condensado ou evaporado porque é estável para a temperatura de esterilização da lata. O pó é feito pela secagem do leite fresco pasteurizado e desnatado, que passa por um tratamento térmico específico. O objetivo desse tratamento térmico é desnaturar a proteína para obter um pó estável a altas temperaturas e prevenir a coagulação da proteína durante a produção do leite condensado. (Dairy Industries – Tradução livre: Terra Viva)
 

 

 

Porto Alegre, 22 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.245

Reforma elevaria ritmo do PIB em 20% 

Estudo indica que aprovação da PEC 45, ainda em 2020, teria efeito positivo indireto em variáveis financeiras como o risco-país
O ritmo de crescimento da economia brasileira pode aumentar até 20,2% em 15 anos caso o Congresso aprove a reforma tributária prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019. A estimativa é do economista Bráulio Borges, da LCA Consultores, que fez um estudo a pedido do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF).

O cálculo identificou efeitos diretos da mudança do sistema tributário sobre o ambiente de negócios, o custo dos investimentos e, sobretudo, a melhoria da produtividade. O estudo considera, ainda, o fim da guerra fiscal entre os Estados.

A aprovação da PEC, ainda em 2020, também teria efeito positivo indireto em variáveis financeiras como o risco-país. Isso levaria o PIB potencial (o ritmo de crescimento que não gera pressões inflacionárias) a crescer em até 33%. A melhora ocorreria por causa de uma percepção mais benigna dos investidores quanto à solvência das contas públicas. A reforma elevaria a arrecadação da União, Estados e municípios, no prazo de 15 anos, em R$ 753 bilhões, um subproduto do avanço mais rápido da economia. (Valor Econômico)


              

Governo determina medidas de prevenção e controle da Covid-19 em frigoríficos e laticínios

Os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Economia (ME) e da Saúde (MS) definiram em portaria conjunta as medidas destinadas à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da Covid-19 nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano e laticínios. O objetivo da norma, que foi elaborada após conversas com o Ministério Público do Trabalho, é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores, o abastecimento alimentar da população e os empregos.

As orientações contidas na Portaria Conjunta Nº 19, publicada na última sexta-feira (19) no Diário Oficial da União, são de observância obrigatória. A fiscalização ficará a cargo do Ministério da Economia. No mês passado, o governo já havia divulgado um manual com recomendações para frigoríficos em razão da pandemia, que será substituído pelas medidas previstas na portaria. 

“Essa portaria vai harmonizar mais as ações para que os frigoríficos possam, neste momento de pandemia, trabalhar com a segurança de seus funcionários e também para que possam continuar a produção, trabalhando de maneira normal e trazendo os alimentos para abastecer o Brasil e o mundo”, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Entre as orientações trazidas pela portaria está a necessidade de acompanhamento de sinais e sintomas de Covid-19 e afastamento imediato por 14 dias dos funcionários que tiverem casos confirmados, suspeitos ou contactantes de confirmados de Covid-19. Os afastados do trabalho só poderão voltar às suas atividades antes de 14 dias de afastamento mediante exame laboratorial descartando o Covid e se estiverem sem sintomas por mais de 72 horas.

No interior das indústrias, o distanciamento entre os funcionários deverá ser de pelo menos 1 metro, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Se essa distância não puder ser implementada, os trabalhadores devem usar máscaras cirúrgicas além dos equipamentos de proteção individual (EPI), e serem instaladas divisórias impermeáveis entre esses funcionários ou fornecidas viseiras plásticas ou óculos de proteção, além de medidas administrativas como escalas de trabalho diferenciadas.

A organização deve promover o trabalho remoto quando possível e adotar medidas para evitar a aglomeração de trabalhadores na entrada e saída do estabelecimento.

As instalações devem dar preferência à ventilação natural e, se o ambiente for climatizado, deve ser evitada a recirculação do ar, com reforço na limpeza e desinfecção dos locais de trabalho.

Todos os trabalhadores devem ser orientados para a necessidade de higienização correta e frequente das mãos, evitando filas com distanciamento inferior a 1 metro, além de aglomerações. Também deverão ser reforçados os cuidados nos refeitórios, nos vestiários e no transporte dos trabalhadores, quando fornecido pelas organizações.

Quando houver a paralisação das atividades em decorrência da Covid-19, devem ser feitas a higienização e desinfecção do local de trabalho, áreas comuns e veículos utilizados antes do retorno das atividades. Também deve haver triagem dos trabalhadores por médico do trabalho, garantindo afastamento dos casos confirmados, suspeitos e contactantes com os confirmados de Covid-19.

Não deverá ser exigida a testagem laboratorial de todos os trabalhadores como condicionante para retomada das atividades. Quando for adotada a testagem de trabalhadores, ela deve ser realizada de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde em relação à indicação, metodologia e interpretação dos resultados.

As empresas devem continuar cumprindo todas as normas de segurança do trabalho já previstas e outras medidas de saúde, higiene e segurança previstas em acordo coletivo. As medidas previstas na portaria poderão ser revistas ou atualizadas a qualquer momento, em razão dos avanços no conhecimento e controle da pandemia.

Apenas nos frigoríficos existem atualmente 3.299 estabelecimentos processadores de carnes e derivados registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), dos quais, 445 comercializam proteína animal. Nas linhas de inspeção dos frigoríficos trabalham 1.948 pessoas. (As informações são do Mapa)

FAO: produção mundial de leite deve crescer em 0,8% em 2020
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, em seu relatório Food Outlook – Biannual Report on Global Food Markets, previu que a produção mundial de leite em 2020 crescerá em 0,8%, alcançando 859 milhões de toneladas, principalmente devido às expectativas de expansão da produção na Ásia e na América do Norte, com aumentos moderados na América Central e no Caribe, Oceania e África, parcialmente compensados por leves declínios previstos na Europa e América do Sul.

A contínua modernização agrícola na China e a mobilização de cooperativas de vilarejos na Índia estão sustentando o crescimento da produção de leite na Ásia. O aumento do rendimento é antecipado nos Estados Unidos, ajudando uma expansão moderada da produção, apesar das restrições nas cadeias de fornecimento de laticínios, enquanto a produção de leite do México está se expandindo devido a uma forte demanda industrial e do consumidor.

Na Austrália, está prevista uma recuperação da produção, enquanto na Nova Zelândia é provável a contração induzida pelo clima seco. Nos 27 países membros da União Europeia (UE) e no Reino Unido, um rebanho leiteiro menor está por trás da leve contração esperada na produção agregada, apesar das melhorias no rendimento.

Em grande parte impulsionado pelas modernas fazendas leiteiras, a produção de leite está aumentando na Rússia. Também se espera uma recuperação da produção na Argentina, enquanto o tempo seco pode restringir o crescimento da produção em outros lugares da América do Sul.

Prevê-se que as exportações mundiais de produtos lácteos em 2020 se contraiam de 4% a 74 milhões de toneladas (em equivalente de leite), o que, se confirmado, marcaria o maior declínio ano a ano em três décadas. Essa perspectiva negativa se baseia em prováveis ??declínios nas importações principalmente da China, Argélia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, atribuíveis aos bloqueios da Covid-19 e medidas físicas de distanciamento, mas também a desacelerações econômicas generalizadas e baixos preços do petróleo.

A demanda global por produtos lácteos deprimida provavelmente reduzirá as exportações da UE e do Reino Unido, Nova Zelândia, Emirados Árabes Unidos e Uruguai, enquanto os embarques dos EUA e Argentina podem aumentar um pouco.

A contração nas importações mundiais de laticínios, juntamente com o acúmulo de suprimentos não vendidos nos principais países exportadores, explicam a fraqueza dos preços dos laticínios observada até agora neste ano. Dadas as dificuldades econômicas que muitos países enfrentam, é provável que a demanda permaneça moderada nos próximos meses, o que provavelmente manteria os preços internacionais de produtos lácteos sob pressão. (As informações são da FAO, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

            

Importações de leite
As importações brasileiras de leite e derivados em maio foram de 48,9 milhões de litros, alta de 4,5% sobre abril. As exportações também aumentaram, em 7%, com volume de 5,6 milhões de litros. Na comparação com maio de 2019, os volumes importados e exportados foram menores, 53,2% e 9,6% respectivamente. O saldo da balança no período de janeiro a maio de 2020 está negativo em 282 milhões de litros equivalentes, representando um déficit de US$118 milhões. Os preços internacionais do leite em pó tiveram pequena recuperação nesse início de junho, com o leite integral a US$2.761 e o desnatado a US$2.530 por tonelada. (Embrapa/CiLeite)
 
 
 

 

 

Porto Alegre, 19 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.244

Mudança na data da Expointer divide opiniões de organizadores

O anúncio do governo estadual de mudança da data da Expointer, uma das principais feiras do calendário do agronegócio, é uma definição diante de cenário marcado por incertezas. Mas não é garantia da realização. Tudo dependerá da situação da covid-19 até lá. A alteração para 26 de setembro a 4 de outubro evita frustração antecipada de quem entende como fundamental que o evento ocorra. Ao optar, neste momento, pela medida, o Piratini evita "queimar a largada".

- Temos a expectativa de que, com esse adiamento de cerca de um mês, tenhamos condições de fazer a feira. Que será menor e especialmente dedicada aos negócios - disse o governador Eduardo Leite, acrescentando que "só acontecerá se houver absoluta segurança" .

Com essa premissa, o secretário da Agricultura, Covatti Filho, diz que o foco, a partir de agora, será para que se possa colocar a feira de pé:

- Em virtude dessa situação peculiar que estamos vivendo, vamos programar uma feira totalmente diferente das anteriores. Logo vamos passar os anúncios de como serão as adaptações que teremos de fazer em razão da pandemia.

O próximo passo será reunir entidades organizadoras da Expointer ao lado da Secretaria da Agricultura. Será apresentado estudo prévio da Saúde, com algumas recomendações (leia mais no quadro abaixo). Ainda sem data marcada, o encontro deverá ser o primeiro desafio do secretário. A data escolhida e os formatos sugeridos não são consenso.

A Federação Brasileira de Associações de Criadores de Raça (Febrac) entende que é importante realizar a exposição, ainda que menor e diferente.

- Para que as associações de criadores possam realizar seus julgamentos, concluir ciclos e não venham a perder uma geração de animais de genética - diz Leonardo Lamachia, presidente da entidade.

A Federação da Agricultura (Farsul) tem uma avaliação diferente. O presidente Gedeão Pereira acha "muito temerária a realização da exposição em ano de pandemia":

- Vemos muita dificuldade na execução, em vários aspectos: do ponto de vista do setor de máquinas, do produtor. Quem vai estar? Vamos selecionar público?

Presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos (Simers), Claudio Bier também avalia como complicada a definição de visitantes e aponta outra dificuldade com a nova data.

- O produtor está começando a plantar. Tentarei convencer o pessoal do setor a vir, mas tem chance de ser uma feira pequena - admite o dirigente.

O formato também preocupa a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), que tem no Pavilhão da Agricultura Familiar importante vitrine.

- Não vemos a feira sem público e sem as agroindústrias - diz o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva. (Zero Hora)
         

CONSELEITE/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Junho de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Maio de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2020.

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 
1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso. 

Períodos de apuração
Mês de Abril/2020: De 06/04/2020 a 03/05/2020
Mês de Maio/2020: De 04/05/2020 a 31/05/2020
Decêndio de Junho/2020: De 01/06/2020 a 14/06/2020 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Governo parcela dívida tributária com desconto de até 70%

O governo anunciou um programa de renegociação de dívidas tributárias para pessoas físicas e empresas. Serão oferecidos descontos de até 70% do valor total dos débitos. A ação é uma resposta à crise financeira provocada pelo novo coronavírus. 

A chamada transação excepcional terá benefícios maiores para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, Santas Casas, instituições de ensino e outras organizações da sociedade civil. Nesses casos, haverá desconto até 100% sobre multas, juros e encargos, respeitando o limite de 70% do valor total da dívida. O cálculo da redução também levará em conta o impacto sofrido com a pandemia do novo coronavírus. 

Para empresas de médio e grande porte, o desconto será de até 100% sobre multas, juros e encargos, limitado a 50% do valor total da dívida. Técnicos do Ministério da Economia rejeitam classificar o programa como um novo Refis. O argumento é de que enquanto o Refis cria parcelamentos com desconto para qualquer contribuinte, a transação anunciada agora vai beneficiar apenas empresas e pessoas em situação financeira frágil.

Para aderir à renegociação, será necessário comprovar capacidade insuficiente de pagamento dos débitos. Para isso, serão analisados indicadores financeiros do candidato ao parcelamento. Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) apontam que mais de 80% dos contribuintes que se beneficiaram dos programas de Refis feitos até agora não estavam em situação de dificuldade e teriam condições de arcar com os tributos sem a concessão de descontos. “Transação tributária não é Refis. O Refis concede benefício linear. A transação tributária tem viés mais refinado, no sentido de avaliar a situação de cada contribuinte”, disse o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano de Alencar. Acesse a Portaria PGFN Nº 14402 DE 16/06/2020 clicando aqui.  (Jornal do Comércio)
            

Consumo de energia recua 10,4%
Os reflexos econômicos em função da pandemia do novo coronavírus atingiram um setor importante no Rio Grande do Sul: o de energia elétrica. A CEEE registrou declínio no consumo em abril (-13%) e em maio (-7,7) deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. No total do período, a queda totalizou 10,4% frente ao bimestre de abril a maio de 2019. Apesar desse cenário, em maio o consumo residencial apresentou elevação de +2,2% ante igual período do ano passado. De acordo com dados da CEEE, em maio o impacto da Covid-19 atingiu principalmente a indústria, que assinalou diminuição de 24,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O comércio também sofreu as consequências das medidas de distanciamento social e a consequente redução de circulação da população, com uma diminuição de 22,4% de consumo no período. Em compensação, por conta da maior presença de trabalhadores em casa, muitos atuando no sistema de teletrabalho, o consumo residencial mostrou elevação de 2,2% frente a 2019. Em maio deste ano a CEEE registrou consumo de 229.439 MW, enquanto no mesmo período de 2019 foram 234.558 MW.  A energia faturada caiu 8,1% em maio deste ano frente igual período do ano passado, quando o total apurado era de 636.105 MW. A CEEE atende 1,7 milhão de clientes em 72 municípios das regiões Sul, Centro-Sul, Campanha e parte da Metropolitana e do Litoral. Responsável pela distribuição de 65% da energia elétrica consumida no Rio Grande do Sul e por atender 2,86 milhões de clientes residenciais, industriais e comerciais em 381 municípios, a RGE, que é distribuidora da CPFL Energia, informou por meio de nota que a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2020 será realizada em agosto. (Correio do Povo)
 
 

 

Porto Alegre, 18 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.243

O que agradou e o que deixou a desejar no Plano Safra 20/21

Prioridade na lista de desejos dos produtores para o Plano Safra 2020/2021, o corte na taxa de juro saiu (veja quadro abaixo). E agradou em parte, já que os percentuais seguem acima da Selic, reduzida ontem a 2,25% em reunião do Copom.

- Juros mais baixos eram o grande anseio da classe de produtores - disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que agradeceu a Paulo Guedes por viabilizar o plano.

Quem acompanha a negociação sabe que nenhum esforço teria tido efeito sem o aval da Economia.

Diante do cenário atual, Antônio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), entende que esse foi o juro possível, apesar do desejo de que ficasse ainda menor:

- Com bancos empoçando liquidez, não adianta atribuir uma taxa que agrada ao ouvido, mas que ninguém acessa. Fica bom no discurso e ruim na prática.

Na mesma linha, Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), classifica como positiva.

- Sabemos do momento, do esforço do governo em função da crise. Se olharmos isso, a queda de juros é positiva.

Presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Paulo Pires avalia que, justamente por ser esse um momento atípico, é importante garantir as condições para investimentos do produtor:

- A redução do juro podia ser maior. Acho que os spreads bancários foram preservados.

Para produtores familiares, no entanto, o plano deixou a desejar. Hoje, haverá um detalhamento das linhas voltadas ao segmento. Houve redução de 0,25 a 0,6 ponto percentual, com as taxas ficando entre 2,75% e 4%.

- Não podemos concordar que os agricultores paguem juros acima da Selic - observa Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).

A unanimidade do Plano Safra é o R$ 1,3 bilhão para subvenção do seguro rural. A ferramenta é vital, sobretudo para Estados como o Rio Grande do Sul, onde o tempo pode impor duras perdas.

Destaques do pacote
1. O volume de recursos disponibilizados cresceu em relação à safra do ano passado (veja abaixo). Do total, serão R$ 154,3 bilhões a juros controlados e R$ 82 bilhões a juros livres. Nos que têm taxa definida, houve redução, que varia entre 0,25 e dois pontos percentuais, conforme o tipo de financiamento e a classificação do produtor (familiar, médio ou empresarial). Há ainda R$ 1,3 bilhão para subvenção do seguro rural e previsão de R$ 2,7 bilhões, a confirmar, para comercialização.

2. Pelo segundo ano consecutivo, o governo ampliou os recursos para subvenção do seguro rural. Projeção apresentada no anúncio do pacote aponta aumento de 30%, e a área segurada, em 40%, em 2021. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, enfatizou a relevância da ferramenta diante da ocorrência de problemas climáticos: - Neste ano, tivemos uma seca monumental. Há 15 anos o Rio Grande do Sul não tinha uma como a de agora.

3. Novas linhas de financiamentos entraram no pacote do Plano Safra 2020/2021. Na área de inovação tecnológica, por exemplo, haverá crédito para a instalação de estações meteorológicas e também para a produção de bioinsumos. Na irrigação, a possibilidade criada é para a aquisição de equipamentos de monitoramento. No escopo da sustentabilidade, que hoje já conta com a linha de Agricultura de Baixo Carbono, será possível financiar a compra de cotas de reserva ambiental. (Zero Hora)

          

Sanidade animal - Estado lança projeto de vigilância
A Secretaria da Agricultura lança hoje, em Jaguarão, o projeto do Programa de Vigilância Sanitária Animal de Fronteira - Sentinela. 

O programa é resultado da ação coletiva entre órgãos e instituições de Defesa, Segurança e Sanidade Agropecuária para intensificar a fiscalização de toda a fronteira no momento em que o Estado se prepara para retirar a vacina contra aftosa. (Correio do Povo)

 
Prorrogação do prazo de pagamento do INSS e PIS/CONFIS 
Foi publicada no Diário Oficial de de 15 de junho de 2020, Portaria Nº245 do Ministério da Economia que prorroga o prazo para o recolhimento de tributos federais, na situação que especifica em decorrência da pandemia relacionada ao Coronavírus. 
Confira a portaria na íntegra: 
PORTARIA Nº 245, DE 15 DE JUNHO DE 2020 
O MINISTRO DE ESTADO DA ECONOMIA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e tendo em vista o disposto na Emenda Constitucional nº 106, de 7 de maio de 2020, no art. 66 da Lei nº 7.450, de 23 de dezembro de 1985, na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, no Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e na Portaria MS nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, resolve: 
Art. 1º As contribuições previdenciárias de que tratam os arts. 22, 22-A e 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, o art. 25 da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994, e os arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, devidas pelas empresas a que se referem o inciso I do caput e o parágrafo único do art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991, e a contribuição de que trata o art. 24 da Lei nº 8.212, de 1991, devida pelo empregador doméstico, relativas à competência maio de 2020, deverão ser pagas no prazo de vencimento das contribuições devidas na competência outubro de 2020. 
Art. 2º Os prazos de recolhimento da Contribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS de que tratam o art. 18 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, o art. 10 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o art. 11 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, relativas à competência maio de 2020, ficam postergados para o prazo de vencimento dessas contribuições devidas na competência outubro de 2020.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. (Diário Oficial)
 
            
Emater oferece curso de gestão
A Emater/RS-Ascar promove o Curso de Gestão de Agroindústria, em 23, 25 e 30 de junho, em seu canal no YouTube. São 60 vagas para produtores cadastrados no Programa Estadual de Agroindústria Familiar. A capacitação conta com aulas expositivas e monitoria on-line. A inscrição é gratuita e pode ser feita na página abre.ai/gesagro da Internet ou em escritórios municipais da Emater em todo o Estado. (Correio do Povo)
 
 

 

 

Porto Alegre, 17 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.242

Adaptação à nova bandeira

Com sede e unidade produtiva em Carlos Barbosa, na Serra, a Cooperativa Santa Clara precisou fazer nova adequação por estar em região de bandeira vermelha. Diretor administrativo, Alexandre Guerra também falou sobre o assunto. Veja trechos

Qual o impacto da bandeira no funcionamento da unidade de Carlos Barbosa?
Com a mudança para vermelha, precisamos ter 75% das pessoas, não passando disso na questão da lotação. A cada dois metros, uma pessoa com todos os EPIs (equipamentos de proteção individual) é o limite no chão de fábrica.

O que vocês já tinham de cuidados e o que tiveram de adaptar com a pandemia?
Intensificamos o que já fazíamos. Incorporando mais ações para garantir saúde do trabalhador. No lar, no transporte, procuramos dar uma educação ao nosso trabalhador, para que siga todas as orientações. Demos quatro máscaras para cada trabalhador. No ônibus (que leva até a unidade), delimitamos uma pessoa a cada dois assentos. Ao chegar na indústria, fazemos medição de temperatura. No relógio de ponto, tiramos a digital e colocamos cartão, para não encostar o dedo. No refeitório, ampliamos horário de refeição e colocamos divisórias nas mesas. E, dentro das unidades, há troca de uniformes, divisórias e protetores faciais.

Quantos funcionários e qual o volume de leite que a cooperativa recebe por dia?
Nas três unidades, Getúlio Vargas, Casca e Carlos Barbosa, são 800 mil litros, em média. Em Carlos Barbosa, são 400 trabalhadores (só em laticínios). Em toda a cooperativa, são 2,2 mil. (Zero Hora)
           

IMUNODAY avança nas vendas e chega no varejo on-line

Marca amplia os canais de vendas para facilitar a vida de quem quer estar em dia com a imunidade e prefere fazer as compras de forma prática.

O IMUNODAY é a novidade da Divisão científica Piracanjuba Health & Nutrition e chegou ao mercado no mês passado. Desde então, o produto tem tido grande procura pelos consumidores. As vendas, que antes estavam restritas às farmácias, foram estendidas ao varejo alimentar no fim de maio. E agora, o IMUNODAY também está disponível no e-commerce. O produto pode ser encontrado no site da Americanas, Shoptime e Submarino, com exclusividade e, na próxima segunda-feira, 22, será comercializado também via Magalu, Amazon e Mercado Livre.
 
Os consumidores que navegarem nessas plataformas encontrarão os três sabores do IMUNODAY para colocarem no carrinho, fecharem as compras e receberem o produto em casa, com toda a praticidade e segurança que as compras online oferecem.
Nas farmácias, além das lojas físicas, o produto está disponível no site da Drogaria Araújo e no da Pague Menos. São muitas opções de locais para assegurar sua dose diária de imunidade!

Saiba mais
O IMUNODAY, com 250mg de beta-glucana de levedura é vendido nas embalagens de 200ml da Tetra Pak com tampa de rosca, nos sabores: original (0% de gordura), chocolate com aveia e chocolate zero lactose, todos eles fonte de fibras e sem glúten.
Para chegar ao ingrediente ideal para o IMUNODAY, a Piracanjuba Health & Nutrition recorreu a pesquisas e testes, que apontam o ingrediente beta-glucana de levedura como reforço para o sistema imunológico, em especial em infecções e sintomas relacionados ao trato respiratório, em todas as idades, praticantes de atividades físicas ou não.

Sobre a Piracanjuba
No mercado há 64 anos e na posição de 9ª marca mais escolhida nos lares de todo o país, a Piracanjuba preza pela qualidade, tradição, inovação e, sobretudo, por oferecer produtos que encantam os consumidores. A história apresenta marcos importantes, com lançamentos de produtos nutritivos e inovadores, como é o caso da Linha Zero Lactose para pessoas com intolerância à lactose e do Piracanjuba Whey, com 23g de proteínas e 5g de BCAA. Tudo isso para atender os desejos e necessidades dos consumidores, que não ABRE mão de sabor e praticidade.

Sobre o Laticínios Bela Vista
O Laticínios Bela Vista possui um portfólio com mais de 160 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e MeuBom. Mantém duas grandes parcerias: Blue Diamond (cooperativa americana produtora de amêndoas), para produção e comercialização da marca Almond Breeze, e Nestlé, para a produção e comercialização das marcas Ninho e Molico, na modalidade leite UHT.

A empresa reúne sete Unidades Fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS). Juntas, as fábricas têm capacidade de processar mais de 6 milhões de litros de leite por dia, mobilizando quase 3,2 mil colaboradores diretos.

A companhia é uma das quatro maiores indústrias de laticínios do Brasil e tem recebido importantes premiações e reconhecimentos nacionais e internacionais relacionados à marca Piracanjuba, aos produtos e à gestão, fundamentada em ideologia consistente e valores autêntico, como ética, valorização das pessoas e responsabilidade socioambiental. (Piracanjuba)

 
 
 

Locadora deve pagar IPVA no Estado onde o veículo circula 

Decisão do STF ainda responsabiliza locatário por eventual inadimplência

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as locadoras de veículos têm de pagar IPVA ao Estado onde o carro circula, ou seja, no local em que o veículo é colocado à disposição do cliente. No julgamento, os ministros ainda definiram que o locatário pode ser responsabilizado pelo imposto caso a locadora deixe de pagá-lo.  

A decisão deve impactar as finanças e também a forma como as empresas do setor se organizam. Especialistas afirmam que as locadoras costumam registrar toda a frota em um só Estado — geralmente aquele em que está localizada a sede da companhia. 

Dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla) mostram que 67% dos veículos disponibilizados para aluguel no país têm placas de Minas Gerais. Esse é o Estado onde fica a sede da Localiza, uma das maiores empresas do ramo na América do Sul, com mais de 200 mil carros.  

O Estado oferece alíquota reduzida de IPVA para as locadoras cadastradas na Secretaria de Fazenda. Rio de Janeiro e São Paulo também concedem benefício semelhante.  
Os ministros do STF decidiram sobre o pagamento do IPVA ao julgar uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) apresentada pela Confederação Nacional do Comércio contra uma lei de Santa Catarina, a nº 15.242, de 2010, que determina o pagamento do imposto mesmo se a empresa estiver domiciliada em outro Estado e os veículos estiverem lá registrados. 
“Não é a utilização do veículo que faz surgir a obrigação de pagar IPVA, mas sim a relação de propriedade que o dono mantém com o bem. O registro e o licenciamento são o sinal distintivo a justificar o tributo”, argumentou contra a lei, em vídeo disponibilizado aos ministros, o advogado Daniel Monteiro Peixoto, representante da Associação Nacional das Empresas de Aluguel de Veículos (Anav), que atuou como parte interessada no processo. 
A legislação de Santa Catarina também estabelece que os locatários poderão ser responsabilizados de forma solidária ao pagamento. A lei trata de sócios, diretores, gerentes ou administradores de empresas e também de gestores públicos responsáveis pelos contrato de locação do veículo com a locadora que não recolheu o imposto ao Estado. 
Toffoli vetou a possibilidade de responsabilizar o agente público que responde pela contratação do veículo e limitou a responsabilização do setor privado. Segundo o ministro, a empresa poderá ser chamada a pagar a dívida. Ele levou em conta o fato de que a companhia pode exigir da locadora de veículos a comprovação de que houve o pagamento do IPVA.  
Sobre quem deve cobrar o imposto — se o Estado onde está a sede da locadora ou aquele em que o veículo é disponibilizado ao cliente —, Dias Toffoli considera que a permissão para que toda a frota seja registrada em um único lugar cria um cenário favorável para que alguns Estados cobrem o imposto de maneira menos onerosa. “Isso estimula concentrações injustas de licenciamentos de automóveis nessas unidades federadas”, afirma em seu voto. 
Toffoli diz ainda, no voto, que a Constituição Federal “admite que o legislador eleja como fato gerador do IPVA não só a propriedade, mas também o domínio útil e a posse a qualquer título de veículo automotor”.  
Esse entendimento foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Luiz Fux. Divergiram Marco Aurélio, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.  
Para o advogado Luiz Massara, do escritório Massara Pieroni Advogados, que tem como clientes locadoras de veículos, a decisão “é um desastre” para o setor, especialmente do ponto de vista operacional. “Não é compatível com a dinâmica do mercado”, diz.  
O advogado afirma que nem sempre se consegue antever onde o veículo será utilizado. Seja porque o cliente pode retirá-lo em um Estado e entregar em outro, por exemplo, ou porque quando uma empresa contrata a locação, é ela quem define onde o carro será utilizado.  
O mercado foi pego de surpresa por essa decisão. O Supremo Tribunal Federal começou a julgar, em 2018, o RE 1016605, que também trata do tema. O ministros decidiriam, em repercussão geral, se o IPVA deveria ser pago ao Estado de domicílio da empresa ou ao Estado onde o veículo foi registrado.
Naquela ocasião, cinco ministros votaram pelo local do registro do veículo e três se posicionaram pelo domicílio da locadora. O julgamento só não se encerrou em 2018 porque Dias Toffoli pediu vista. Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes não estavam presentes na sessão de 2018. 
Esse julgamento — e o placar, até então — dava esperanças ao setor de que o desfecho seria favorável às empresas. O RE 1016605 também foi levado à votação no plenário virtual, de forma concomitante à ADI, e o placar virou. 
O ministro Luiz Fux, que em 2018 havia se posicionado pelo Estado de registro do veículo, mudou o voto. O placar final foi o mesmo da ADI. (Valor Econômico)
            
Definição da Expointer até amanhã
Depois de longa reunião com o governador Eduardo Leite, o secretário da Agricultura, Covatti Filho, espera ter até amanhã uma resposta sobre a data da Expointer. O assunto foi uma das pautas do encontro, em que também se falou sobre medidas relacionadas à estiagem. O secretário conta que apresentou o mapeamento de todos os processos envolvidos na organização da feira e também uma avaliação preliminar repassada pela pasta da Saúde. Um dos apontamentos é o de que a realização do evento em setembro tende a reduzir riscos pelas condições de tempo. - Ele levará essas informações para serem analisadas no gabinete de crise da covid-19 - diz Covatti Filho. O retorno esperado é com relação à data: se permanece a programada, de 29 de agosto a 6 de setembro, ou se opta por uma transferência, mantendo o mês de setembro como limite. (Zero Hora)
 
 

 

 

  

Porto Alegre, 16 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.241

O impacto da pandemia no consumo de leite e derivados

A instabilidade trazida pela pandemia faz o mercado de leite e derivados ser guiado pela volatilidade. O que vale hoje pode não valer amanhã. E a tarefa de projetar um cenário futuro ficou ainda mais complicada. A expectativa da indústria é de que o atual patamar de preços se mantenha pelos próximos meses, o que ajudaria na recuperação do setor. Com oferta e demanda, neste momento, reguladas, a definição virá do apetite.

- Quem vai dizer é o mercado - afirmou Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS, live de GaúchaZH.

Ao fator covid-19 somam-se questões como a estiagem (e seus impactos sobre a produção de leite) e poder de compra da população brasileira. Segundo Guerra, o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 beneficiou de forma direta o consumo de leite. Pesquisa da Nielsen mostra que houve crescimento. Na comparação com o ano passado, até 10 de maio, o aumento foi de 29,2% nos queijos, 17,6% no leite UHT e de 16,4% no em pó.

- Com o isolamento social, perdemos de início a linha food service (produtos para restaurantes, cozinhas, hotéis), ligada a eventos e turismo. Mas crescemos no consumo dos lares. As pessoas saem menos de casa e investem na qualidade de vida - avalia o dirigente.

O ajuste entre o que se produz e o que se vende veio com a ajuda de ingredientes temporários, como o recuo da importação de leite. O dólar alto tirou a competitividade de produtos vindos de outros países. Isso ao mesmo tempo em que a produção no Brasil estava no período de baixa.

Por outro lado, a falta de chuva impactou a vida dos produtores. A perda em quantidade e qualidade de milho silagem, usado na alimentação do rebanho, amplia os custos, porque exige que seja feita suplementação.

No mês passado, a projeção de recuo no valor de referência do litro de leite esquentou o debate na reunião do Conseleite. Entidades de produtores questionaram o fato de haver repasse do que acontece no mercado só quando há indicativo de baixa. Como o valor é calculado com base nos 10 primeiros dias e depois houve recuperação, o dado consolidado deve trazer mudanças. Que são esperadas por quem está no campo. (Zero Hora)

           
GDT - Global Dairy Trade
 
 
CONSELEITE–PARANÁ - RESOLUÇÃO Nº 06/2020
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 16 de Junho de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Maio de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
 
 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2020 é de R$ 2,4661/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite Paraná)

Pandemia motiva onda mundial de subsídios agrícolas

Austrália e Nova Zelândia apóiam exportação por avião; nos EUA, ajuda pode atingir US$ 40 bilhões

Austrália e Nova Zelândia, bastante liberais no comércio agrícola, passaram a subsidiar voos para tornar viáveis exportações de alguns produtos com maior valor agregado; os Estados Unidos pagaram a cotonicultores 33 vezes mais do que eles perderam com disrupções no comércio; o Japão introduziu medidas de estímulo ao consumo do bife wagyo, em detrimento do bovino estrangeiro; e, nesses tempos de pandemia, cada vez mais países estabelecem restrições à exportação de alimentos.

Globalmente, agricultores estão recebendo bilhões de dólares em subsídios para compensar perdas provocadas pela covid-19. Os apoios, contudo, ocorrem por meio de programas que levantam suspeitas de violação ao acordo agrícola da Organização Mundial do Comércio (OMC). Um bom número de países está retomando a formação de estoques públicos, alegando preocupação com segurança alimentar. Outros estão criando bancos de alimentos para socorrer setores vulneráveis da população.

No caso dos estoques de alimentos, a questão principal é se estão sendo formados a preços de mercado, o que é permitido. Mas se a estratégia estiver sendo movida por subsídios nos preços, viola regras internacionais.

Outro ponto é o efeito que terá o escoamento futuro de enormes estoques de alimentos quando a crise passar e o comércio internacional voltar à normalidade. Em meio ao risco de apodrecimento de produtos, alguns países certamente vão querer exportar a qualquer preço, o que poderá deprimir cotações internacionais.

O tema estoques de alimentos e a interdição da exportação causa polêmica entre os 164 membros da OMC, que tentam uma solução negociada desde a conferência ministerial de Bali (Indonésia), em 2013.

Também cresce a suspeita de um “retorno disfarçado” de subsídios à exportação, que foram declarados eliminados a partir da conferência ministerial de Nairóbi, em 2015. É o caso do “International Freight Assistance Mechanism (Ifam) australiano, que destina quase US$ 80 milhões para ajudar produtos como lagosta, carnes (bovina, suína e ovinos), leite fresco e iogurte a serem exportados por via aérea para “mercados prioritários”. A Nova Zelândia criou um programa idêntico, com cerca de US$ 215 milhões.

Nesse contexto, um bom número de países fará questionamentos a seus parceiros em reunião virtual do Comitê de Agricultura da OMC, que está agendada para a próxima quarta-feira.

Um dos programas para compensar os efeitos da covid-19 que mais chamam a atenção é o dos EUA, que terá de responder a questões de outros grandes exportadores - Brasil, Austrália, Canadá, União Europeia e Nova Zelândia. Washington já forneceu subsídios adicionais de US$ 28 bilhões para os agricultores do país em 2018 e 2019 em razão de perdas atribuídas à guerra comercial com a China. E, por causa da covid-19, destinou mais US$ 16 bilhões para socorrer um setor que é considerado muito importante para uma reeleição de Donald Trump.

E esse valor deverá aumentar. Tanto economistas do governo como membros do Congresso estimam que os pagamentos poderão chegar a US$ 40 bilhões com outros recursos que poderão ser destinados aos agricultores como compensação contra a pandemia.

No caso da UE, o dinheiro que está sendo liberado já estava previsto no orçamento da Política Agrícola Comum (PAC), segundo fontes consultadas pelo Valor. O que Bruxelas fez até agora foi sobretudo flexibilizar o uso dos recursos fornecidos via “caixa verde” (subsídios autorizados) para a criação de estoques, por exemplo. O segundo pilar da PAC, destinado ao desenvolvimento rural, é estimado entre € 6 bilhões e € 17 bilhões. Também foi liberado apoio para armazenagem privada de lácteos e carnes (bovina, ovina e caprina, mas não frango). A UE insiste que não são subsídios proibidos.

Paralelamente, países como França e Itália adotaram medidas unilaterais para apoiar o segmento de lácteos em seus mercados, apesar da regulação da PAC estabelecer que todo apoio deve ser adotado em nível europeu. Diante da conjuntura, a Áustria aproveitou para lançar um amplo programa bilionário para seus agricultores.

No Japão, o pacote de subsídios para socorrer a economia em geral alcançou US$ 1 trilhão, e o Brasil e outros parceiros querem saber o quanto desse montante é destinado à agricultura, e para quais segmentos. Isso porque o AMS japonês (medida de apoio doméstico que prevê ajuda vinculada à produção e garantia de preços) é limitado a US$ 36,5 bilhões. A indagação é como Tóquio vai explicar que não está violando seus compromissos na área comercial.

O Japão criou também um programa específico para sustentar a venda do bife wagyu, que não é estendido a cortes bovinos importados. Os EUA querem saber porque isso acontece e até que ponto a ação afeta negativamente suas importações.

Já o Canadá praticamente dobrou o montante de ajuda para compra e estocagem de excesso de manteiga e queijo durante a pandemia. O governo anunciou também o “Farm Credit Canadá” com US$ 3,7 bilhões adicionais para dar fôlego aos produtores rurais.

Outro tema que está no radar dos parceiros é um programa de estímulo da Índia, anunciado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, que inclui o setor agrícola. Nova Déli já tem um histórico de aumento de subvenções, e a pandemia deu um argumentos adicionais a essa tendência.

Também preocupa membros da OMC, finalmente, o número crescente de países que passaram a restringir ou proibir exportações agrícolas, de arroz a trigo e legumes. No Comitê de Agricultura, os membros questionados desta vez serão Camboja, Egito, El Salvador, Romênia, Honduras, Cazaquistão, Mianmar, Rússia, Turquia, Vietnã, Quirguistão, Macedônia do Norte, Tailândia e Ucrânia. (Valor Economico)
            

Atacarejo: tíquete médio cresce 16% na primeira semana de junho; leite entre itens mais procurados
Na primeira semana de junho, logo após a liberação da 2ª parcela do auxílio emergencial, o valor gasto pelos consumidores nas lojas do setor supermercadista cresceu 8% em relação à semana inicial do mês de maio. A quantidade de itens na cesta de compras subiu 10% na mesma comparação. Os dados são da HORUS, plataforma de inteligência de mercado que reúne dados de compras efetuadas no varejo.  A pesquisa foi realizada em 10 estados, com base em cerca de 10 milhões de notas fiscais de compras enviadas pelos próprios consumidores, por meio do aplicativo colaborativo PINNGO. O formato mais beneficiado foi o atacarejo, no qual o tíquete médio passou de R$ 136 para R$ 158, um avanço de 16%. Nas lojas de cash & carry, o número médio de itens no carrinho de compras passou de 31 no início de maio para 36 na primeira semana de junho. Na avaliação da Horus, os dados revelados pelo levantamento levam a crer que o consumidor direcionou boa parte do recurso recebido no auxílio emergencial para reabastecer sua despensa até o recebimento da próxima parcela do auxílio. Entre os alimentos, feijão, farinha de trigo e leite foram os que tiveram maior aumento no valor do tíquete médio (15%), mostrando que o consumidor investiu mais na compra de produtos básicos de alimentação. (As informações são do SA Verejo)
 
 

 

Porto Alegre, 15 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.240

Desempenho do setor lácteo depende de políticas de apoio

O desempenho do setor lácteo em 2020 dependerá de ações práticas a serem adotadas pela gestão pública do país e dos estados para remediar o impacto da Covid-19. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat-RS) e diretor geral da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, serão necessários planos sociais e medidas que permitam a recuperação da economia. O executivo participou de live, nesta segunda-feira (15/6), com a jornalista Gisele Loeblein no canal no YouTube de GaúchaZH. O bate-papo na íntegra pode ser acessado em https://www.youtube.com/watch?v=qcq_Nh1YA5c.

 “Vamos depender muito do transcorrer dos próximos meses, até porque quando chegarmos em agosto e setembro teremos maior produção no Sul do Brasil. Vai se comportar conforme a oferta e a demanda”, afirmou Guerra. O dirigente ressaltou ainda que é preciso valorizar os produtos locais, a fim de auxiliar na recuperação da economia. “Temos que nos abraçar como um sistema cooperativo. Assim, tenho certeza que vamos nos recuperar mais rápido do que a gente imagina”, ressaltou.

Guerra ainda falou sobre as mudanças na forma de consumo das famílias durante a pandemia. Segundo ele, no início da quarentena, o setor registrou queda na linha de food service, mas, por outro lado, apresentou melhor desempenho em itens como queijo, leite em pó e leite UHT utilizados nos lares. 

O dirigente também enfatizou a importância de se trabalhar a competitividade no setor para que o país se torne exportador de produtos lácteos. Sobre o mercado chinês, afirmou que é preciso entender a cultura do país asiático, compreender o posicionamento do produto e forma de embalagem, além da comunicação.  “É preciso posicionamento. Temos que entrar nesse mercado com produtos diferenciados, e conquistá-lo através de itens como queijos, requeijão, produtos que agreguem mais”.

Durante a transmissão, o dirigente também discorreu sobre as medidas que estão sendo tomadas nas unidades da Santa Clara no Rio Grande do Sul para manter a saúde dos trabalhadores durante a pandemia, com adoção de rígidas normas de segurança e distanciamento. (Sindilat/RS)

                    

EMATER/RS: início de recuperação na produção leiteira, com melhora nas condições climáticas

Na maior parte das áreas do Estado, a produção de leite bovino é predominantemente à base de pasto, com suplementação alimentar à base de silagem. Como legado da longa estiagem, o atual vazio forrageiro outonal é bem mais severo que o normal, em função do encurtamento do ciclo das pastagens de verão, do atraso na implantação das forragens de inverno e do baixo volume e da baixa qualidade da produção de silagem neste ano.

Com a melhoria das condições climáticas, que propiciaram melhor desenvolvimento das pastagens hibernais, e ampliação de áreas com disponibilidade para o pastoreio, já se  pode observar em algumas regiões uma gradativa recuperação do escore corporal dos rebanhos e da produção leiteira, e a estabilização ou diminuição das perdas em outras.

As estimativas atualizadas de perdas na produção leiteira relatadas pelos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar nas respectivas áreas de abrangência são as seguintes: regional de Frederico Westphalen – 30%; Porto Alegre – 30%; Santa Maria – 25% (em levantamento feito em parte da região). (As informações são da EMATER/RS)

Mapa publica Guia de Boas Práticas Regulatórias para área de defesa agropecuária

A iniciativa promove a transparência, a participação social e a melhoria da qualidade regulatória

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta sexta-feira (12), no Diário Oficial da União, a Portaria nº 191 que aprova o Guia de Boas Práticas Regulatórias da Secretaria de Defesa Agropecuária. 

O objetivo é pautar a ação estatal em um processo sistematizado e transparente de produção de atos normativos, que facilite a participação e a compreensão geral acerca dos procedi¬mentos prescritos. O manual incorpora diretrizes do governo federal voltadas para a desburocratização e a simplificação regulatória. 

O Guia apresenta um fluxo composto por 12 etapas, que se sucedem e complementam: Iniciativa; Análise de Impacto Regulatório; Elaboração; Proposição e Anuência Prévia; Consulta Interna; Consulta Pública e Notificação Internacional; Audiência Pública; Análise do Comitê Permanente de Análise e Revisão de Atos Normativos (CPAR); Análise da Consultoria Jurídica do Mapa (Conjur); Assinatura; Publicação; e Implementação - Avaliação de Resultado Regulatório. 

A observância do Guia é obrigatória no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária, mas a extensão de sua aplicação dependerá da complexidade do tema regulado, da urgência da ação estatal e da experiência acumulada. 

“O Guia de Boas Práticas Regulatórias faz parte dos esforços para aprimorar a qualidade da nossa produção normativa. Ele explica e detalha cada etapa do processo, sendo uma iniciativa complementar ao já conhecido Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman)”, destaca o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal. (Mapa)     
            

Salário Mínimo 
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que estabelece o valor do salário-mínimo para 2020, de R$ 1.039 em janeiro e de R$ 1.045 a partir de 1º de fevereiro. Apesar dos valores já estarem em vigor desde a edição das Medidas Provisórias, aprovada pelo Congresso Nacional, a medida foi publicada na edição desta sexta-feira (12) do Diário Oficial da União. No final do ano passado, o governo editou a MP nº 916/2019, com reajuste de 4,1% no mínimo, que passou de R$ 998 para R$ 1.039. O valor correspondia à estimativa do mercado financeiro para a inflação de 2019, segundo o Índice Nacional do Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, o valor do INPC acabou fechando o ano com alta superior, de 4,48%, e, com isso, deixou o novo valor do mínimo abaixo da inflação. Por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário-mínimo. (Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 12 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.239

IBGE confirma aumento na captação no 1° Trimestre de 2020

O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 10/06, os dados oficiais do primeiro trimestre de 2020 da Pesquisa Trimestral do Leite. A prévia, divulgada em meados de maio apontava para um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo trimestre de 2019, os dados consolidados oficiais, por sua vez, reforçam este aumento, e registram crescimento de 1,8% na comparação do mesmo período. O volume de 6,3 bilhões de litros captados nos primeiros três meses deste ano é, porém, 5,5% inferior ao captado no trimestre anterior, 4°T de 2019, período em que, historicamente ocorre a maior captação. O gráfico 1 mostra a evolução da variação do volume captado em um trimestre, em relação ao ano anterior.

Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado baseado em dados do IBGE.

Como ressaltado na divulgação dos dados prévios, e comprovado a partir dos dados oficiais, apesar do aumento em relação a 2019, é possível observar uma desaceleração no crescimento dos volumes de captação ao longo do trimestre. Em março de 2020, volume captado é 0,2% menor que no mesmo mês de 2019. Os primeiros meses deste ano foram marcados por aumento nos custos de produção e instabilidades climáticas, que acarretaram na redução do volume de chuvas em regiões produtoras, limitando o crescimento da produção de leite.

O aumento dos custos de produção, causado pela alta nos preços dos grãos, base da alimentação animal, influenciou diretamente na redução da rentabilidade dos produtores ao longo do primeiro trimestre de 2020. O indicador Receita Menos Custo de Ração, calculado pelo MilkPoint Mercado, foi 11% menor no 1°T/2020, em relação ao 1°T/2019, como mostra o gráfico 2. Este resultado ruim para os produtores impacta na redução da produção e captação do leite pelas indústrias.

Gráfico 2. Evolução do indicador Receita Menos Custo da Ração (RMCR). 
 
Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do DERAL/SEAB/PR e do Cepea.
Avaliando a variação da captação entre as regiões do Brasil, o Centro-Oeste foi a única a apresentar redução no volume captado no primeiro trimestre de 2020, em relação a 2019, com 20,6 milhões de litros a menos, -2,4%. A região Sudeste foi a maior captadora de leite no período, 2,52 bilhões de litros, e aumento de 2,8% frente a 2019; seguida pela região Sul, com 2,27 bilhões de litros, e aumento de 1,6%. A região Nordeste captou 405 milhões litros, aumento de 4,5% e a região Norte, 276 milhões de litros, aumento de 1,6%. (Milkpoint)
                    

Estiagem e pandemia fazem PIB gaúcho cair 3,3% no primeiro trimestre

No Brasil, a queda entre janeiro e março foi de 0,3%

Por conta da estiagem que atingiu fortemente o Rio Grande do Sul e da pandemia do coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado caiu 3,3% no primeiro trimestre de 2020. O resultado foi puxado pelo desempenho negativo da agropecuária, que caiu 14,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, seguido da Indústria (-4,6%) e dos Serviços (-1,2%). No país, a queda entre janeiro e março foi de 0,3%. O cálculo do PIB no Rio Grande do Sul é feito pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de chuvas afetou de forma decisiva a produção de soja (-27,7%), milho (-19,3%) e fumo (-22%), produtos importantes da matriz econômica gaúcha. Os dados do 1º trimestre de 2020 foram divulgados por meio de videoconferência. 

Tanto pelo impacto da estiagem quanto pelos efeitos iniciais da pandemia, o resultado negativo já era esperado pelos economistas do DEE. "Os impactos da estiagem não se restringem ao primeiro trimestre. Ainda veremos seus efeitos no segundo trimestre do ano", afirmou o pesquisador e economista do DEE/Seplag, Martinho Lazzari, que apresentou o resultado do PIB gaúcho.

Segundo Lazzari, o impacto da Covid-19 afetou tanto pelo lado da demanda quanto pelo lado da oferta. "O fato de ser uma pandemia, afeta todas as economias, inclusive os parceiros comerciais", explicou. A chefe da Divisão de Indicadores Estruturais do DEE, Vanessa Sulzbach, disse que ainda que o impacto da crise decorrente do novo coronavírus venha a ser maior no segundo trimestre, a interrupção das atividades já em março e a mudança de comportamento dos consumidores e empregadores no mês de março contribuiu para a taxa de -3,3% do primeiro trimestre.

Mesmo com o desempenho abaixo do esperado nas culturas de verão, alguns produtos apresentaram um desempenho positivo no período. Foi o caso da uva (+12,3%), arroz (+4,4%) e maçã (+4,1%). Na indústria, a única atividade com indicador positivo foi a indústria extrativa mineral (+1,8%). Em função da pandemia, a construção civil (-3,8%), eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-18%) e a indústria de transformação (-2,6%) registraram quedas e tiveram desempenho inferior ao do Brasil.

Afetado pela pandemia da Covid-19, o setor de serviços teve queda puxada pelo comércio (-2,8%) e outros serviços (-4%). Registraram alta as atividades de transportes, armazenagem e correio (+1,5%), serviços de informação (+0,9%) e atividades imobiliárias (+1,3%) registraram alta.

Também registraram alta, no comércio, durante o período de pandemia o segmento de hipermercados e supermercados (+6,8%), artigos de uso pessoal e doméstico (+9,4%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+1,7%). Na outra ponta, foi registrada queda na venda de tecidos, vestuários e calçados (-23,5%), veículos (-14,8%), combustíveis e lubrificantes (-9,1%) e móveis e eletrodomésticos (-13,45). (Correio do Povo)

RS: Secretaria da Agricultura alerta para surtos de Tristeza Parasitária Bovina

Todo final de outono, os pecuaristas gaúchos já sabem: é hora de controlar o carrapato bovino para evitar contaminações por Tristeza Parasitária Bovina (TPB), um complexo de três agentes que podem ser transmitidos por este parasito e que é a principal causa infecciosa de mortes em bovinos no Rio Grande do Sul. 

Este ano, porém, uma elevação de casos de TPB ligou o sinal de alerta no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

“Mesmo tendo em conta que nesta época há um aumento esperado nos casos, nas últimas três semanas, a quantidade de amostras recebidas para diagnóstico de TPB no IPVDF mais que duplicou em relação aos últimos anos”, alerta o médico veterinário José Reck, do Laboratório de Parasitologia do Instituto, responsável pelo diagnóstico desta enfermidade. Reck destaca a importância de os produtores redobrarem a atenção neste momento, procurando o diagnóstico confirmatório dos casos. “A definição de qual dos agentes infecciosos está causando cada surto é essencial para propor planos de controle e prevenção de novos casos”, explica.
Nesta semana, a secretaria está conduzindo uma ação integrada dos departamentos de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) e de Defesa Agropecuária (DDA) para investigação de casos suspeitos de Tristeza Parasitária Bovina na região de Santa Vitória do Palmar, considerada naturalmente livre de carrapatos. “Por ter essa particularidade, os animais desta região não têm imunidade para a TPB, o que pode levar a grandes perdas na ocorrência de surtos”, detalha o médico veterinário Bruno Dall’Agnol.

Ações de controle do carrapato são necessárias para evitar que os surtos continuem ou se ampliem. “A Seapdr oferta periodicamente treinamentos e dias de campo para grupos de produtores no interior do Estado sobre controle de carrapato e TPB”, ressalta a médica veterinária Rovaina Doyle, do Laboratório de Parasitologia do IPVDF. Mais informações sobre a oferta destes treinamentos podem ser obtidas pelo e-mail contato-ipvdf@agricultura.rs.gov.br.

Tristeza Parasitária Bovina
Transmitida pelo carrapato, a Tristeza Parasitária Bovina é responsável pela perda de 100 mil animais por ano no Rio Grande do Sul, segundo estimativas da Seapdr. A TPB também causa prejuízos devido à anemia e redução no ganho de peso do rebanho, bem como redução na produção de leite. Segundo dados compilados nos últimos dez anos pelo DDPA, o final do outono e final da primavera concentram a maior parte dos casos de TPB no Estado. (SEAPDR)   
               

Lactalis fatura 11% em 2019
O grupo lácteo francês Lactalis consolida sua posição como líder mundial. Recentemente anunciou que seu faturamento em 2019 havia aumentado 11% em comparação com 2018 alcançando a cifra de 20.000 Milhões de Euros. Nos últimos 10 anos, a Lactalis vem apresentando seu maior crescimento entre os grupos de alimentos, e nesse período seu faturamento aumento em 11.4000 Milhões de Euros. O lucro líquido consolidado caiu para 318 Milhões de Euros devido à depreciação dos ativos. A dívida do grupo subiu para 5.800 Milhões de euros, vinculada a nove aquisições realizadas em 2019. Seu lucro caiu 25% em relação a 2018. A Lactalis investiu 3% de seu faturamento em 2019. Na França, nos últimos 5 anos, o Grupo investiu 900 Milhões de Euros em 65 indústrias. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 10 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.238

Sindilat adere à campanha de valorização de produtos gaúchos

Para fomentar o consumo de produtos e serviços do Rio Grande do Sul, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) se uniu à campanha “Escolha de Valor – Compre Produtos e Serviços Daqui”, lançada pela Assembleia Legislativa do Estado (ALRS). O projeto é resultado das discussões do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico, conduzido pelo presidente da ALRS, Ernani Polo (PP). Divulgada em maio, a campanha visa incentivar o comércio local e conscientizar a população para a adoção de medidas de prevenção nos estabelecimentos, como o uso de máscaras, o distanciamento social e a frequente higienização das mãos.

Além disso, a iniciativa defende que o consumidor faça valer o seu poder de escolha, priorizando produtos e serviços do seu bairro, da sua cidade, do Estado e do Brasil. “Nosso objetivo é estimular os nossos setores produtivos do comércio, indústria e serviços, valorizando o que é nosso: gaúcho, brasileiro, os produtos e serviços daqui”, afirma Polo. O deputado ainda destaca que a indústria gaúcha produz com qualidade nos mais variados segmentos, como alimentos, roupas, calçados, veículos, transportes, bebidas, máquinas e equipamentos, tecnologia. Além de ter boas opções no mercado local, o consumidor que compra esses produtos ajuda a movimentar a economia regional e nacional. “Também queremos levar um pouco de ânimo aos nossos empreendedores, que estão passando por um momento difícil”, pontua.

Na visão do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a recuperação da economia frente à pandemia se dará de forma mais fácil se a sociedade valorizar o que é produzido no próprio Estado. Guerra cita o dado de que mais de 50 mil famílias gaúchas entregam leite à indústria atualmente, e campanhas deste gênero podem garantir o sustento destas e outras milhares de famílias. "É uma ideia que todas as entidades podem fazer parte para multiplicar ainda mais o seu efeito. Consumir produtos locais é o que mantém empregos, gera impostos e faz com que a roda volte a girar", diz. Confira o vídeo da campanha. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

                    
Em maio, ICPLeite registrou primeira queda do ano, -0,96%. 
O mês de maio registrou a primeira queda no custo de produção de leite do ano de 2020, segundo o ICPLeite/Embrapa. A deflação apontada pelo indicador foi de -0,96% e foi puxada pela retração do grupo Alimentação concentrada, que possui o maior peso na ponderação. A queda verificada neste grupo foi de -2,60%. O custo da ração ficou mais barato com a queda do preço do milho. Outros dois grupos também apresentaram deflação, em ambos, motivada pela diminuição dos preços dos combustíveis. São eles Energia e combustível, que apresentou queda de -1,86% e Produção e compra de volumosos, que caiu -0,79%. Por outro lado, o custo do grupo Qualidade do leite subiu 6,86%. O preço dos sanitizantes aumentaram expressivamente, sendo consequência do Covid-19. O grupo Reprodução aumentou 3,21%, Sal mineral, 1,19% e o grupo Sanidade apresentou variação de 0,56%. O grupo Mão de obra não se alterou. Os dados por grupos de custos encontram-se na Tabela 1.
 

Pesquisa da Consultoria Prestige Agronegócios levanta dados sobre os Indicadores Econômicos e Cenário para o Mercado de Lácteos

Mercado Lácteo - Segundo os dados da pesquisa Indicadores Econômicos e Cenário para o Mercado de Lácteos - Budget 2º Semestre 2020, observa-se o comportamento das seguintes variáveis listadas abaixo relacionadas à emprego.

Variáveis presente no estudo
Demissões; Admissões; Seguro desemprego; Variação setorial do PIB; Comprometimento Fiscal; Nível de endividamento familiar; Endividamento familiar por faixas de renda.

Cada variável é disposta em gráficos pelo estudo, conforme observado abaixo. Trabalho da Consultoria Prestige Agronegócios elaborado por Merinaldo Bezerra- 06/2020.
    

 
Podemos observar que se destacam os dados de desemprego, queda do PIB e endividamentos que podem certamente impactar fortemente nas demandas de lácteos. (Terra Viva / CNC (PEIC); BC; PDET/MTE - Elaboração: Merinaldo Bezzerra - Consultoria Prestige Agronegócios)
                    
Milho
Preço atinge menor patamar em 7 meses; tendência é de mais queda, diz consultoria. Assista o vídeo da matéria completa clicando aqui. (Canal Rural)