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08/08/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.719


Com mais de 2000 participantes, Goiânia foi palco dos maiores eventos do leite nacional
 
Nos dias 02, 03 e 04 de agosto, a capital do estado de Goiás recebeu mais de 2000 participantes para o Fórum MilkPoint Mercado, o Workshop da Agroceres Multimix, o Jantar dos Top 100 maiores produtores de leite do Brasil e para o principal evento, o Interleite Brasil 2022. Em três dias de intensa experiência e abertura ao novo, o leite se reuniu em Goiânia para discutir os caminhos para o futuro.

Com recorde de participação, a  13ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, realizado no dia 2 de agosto, no Centro de Convenções de Goiânia, teve a presença de 398 participantes distribuídos nas modalidades presencial e online. Como de costume, o evento traçou cenários do mercado lácteo nacional e internacional. Entre as principais pautas discutidas, a relação indústria e varejo ganhou espaço, bem como outros temas como a oferta de leite no campo  e as importações da Argentina e Uruguai no segundo semestre.
 
Outros temas como tendências no consumo de lácteos, oportunidades no e-commerce, novas formas de atender o varejo, mercado de grãos e inteligência de mercado, entre outros, também marcaram as discussões. 
 
Ainda no dia 02, o Workshop oferecido pela Agroceres Multimix, com o tema “Estratégias, manejo e ferramentas nutricionais com impacto no período pós-parto,” ministrado pelos especialistas Dr. Felipe Cardoso, Professor associado da Universidade de Illinois em Urbana-Champaig e pelo Dr. Gilson Dias, Gestor técnico de bovinos de leite da Agroceres Multimix, contou com a presença de 73 participantes.
 
Para finalizar com chave de ouro o primeiro dia de evento, no Castro’s Hotel, o Jantar dos Top 100 maiores produtores de leite do Brasil, reuniu 172 pessoas. Na ocasião, além da entrega dos certificados para os Top 100, Miguel Cavalcanti, fundador e CEO do AgroTalento ministrou uma palestra sobre a importância da gestão de pessoas.
 
Na quarta-feira, 03 de agosto, com os apoios do Senar-GO, Sebrae-GO e demais parceiros, teve início a 20ª edição do Interleite Brasil. Com um número recorde de pessoas, os 1400 participantes do evento (1200 presencialmente e 200 online), fizeram o Interleite Brasil 2022 entrar para a história.
 
Logo na abertura do evento, foi anunciado o homenageado do Prêmio Vidal Pedroso de Faria, o Professor Paulo Fernando Machado, da ESALQ e da Clínica do Leite. Ainda pela manhã, Marcelo Pereira de Carvalho, anunciou a transição de marca da AgriPoint para MilkPoint Ventures.
 
No debate, moderado por Valter Galan, sócio do MilkPoint Mercado, com a presença de diversas entidades e personalidades atuantes no setor, foi discutido o cenário do leite brasileiro, como a volatilidade e previsibilidade do preço do leite. No período da tarde, as palestras trouxeram aspectos técnicos e gerenciais sobre sistemas de produção e rentabilidade.
 
No segundo dia do Interleite Brasil 2022, os holofotes voltaram-se para o protagonismo das pessoas e tecnologia, agenda ambiental e sustentabilidade e um olhar futurista do setor, abordando qualidade de volumosos e custos de produção, integração da pecuária leiteira com outras atividades do agro e muito mais!

Para Marcelo Pereira de Carvalho, CEO do MilkPoint Ventures, “O Interleite Brasil mostrou as transformações da cadeia do leite, incluindo a profissionalização, o aumento de escala e a incorporação de novas agendas, como a questão da sustentabilidade. Ficou evidente que a sustentabilidade e tudo o que compõe o tema “ESG” não só veio para ficar, mas representa uma grande oportunidade para o agro e em especial para o leite.  As fazendas estão descobrindo que oportunidades de geração de renda”.  
 
A equipe do MilkPoint Ventures agradece todos os participantes, apoiadores, patrocinadores e parceiros. Vocês, junto conosco, construíram a maior edição do Interleite Brasil!
 
Os conteúdos do Interleite Brasil quanto do Fórum MilkPoint Mercado ficarão disponíveis por 30 dias na plataforma dos eventos para você ver e rever quantas vezes quiser! Se você não participou, ainda pode participar e não perder nada! Clique aqui para fazer a sua inscrição para a 13ª edição do Fórum MilkPoint Mercado e aqui para o Interleite Brasil 2022.
 
Fiquem ligadinhos no MilkPoint que ao longo dos próximos dias soltarão conteúdos exclusivos do Interleite Brasil! (Milkpoint)


Fazendas de leite a pasto bem manejadas superam sistemas intensivos em produtividade hídrica

Uma pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos, mostrou que sistemas de produção de leite a pasto com bons índices de eficiência produtiva e bem manejados, apresentaram produtividade hídrica superior a modelos mais intensivos, como semi-confinamento e confinamento. A produtividade hídrica é a relação do produto (leite) pelos litros de água consumidos para produzi-lo, levando em consideração consumos diretos e indiretos.

Segundo o pesquisador Júlio Palhares, que coordenou o estudo, independente do tipo de sistema utilizado pelo produtor, a produtividade hídrica é influenciada pelos indicadores de produção total do leite da fazenda, a porcentagem de vacas em lactação e o tipo de alimentação oferecido aos animais.

A pesquisa avaliou a produtividade hídrica de 67 propriedades leiteiras no sul do Brasil. Foram 57 fazendas a pasto; sete, semi-confinadas e três que utilizavam o confinamento, localizadas em uma das principais bacias leiteiras do Estado do Rio Grande do Sul, a de Lajeado Tacongava. 

As propriedades estão situadas em quatro municípios: Serafina Corrêa, União da Serra, Guaporé e Montauri – que representam 81,7% do total de fazendas leiteiras da região. Todas as propriedades em sistemas de produção semi-confinado e confinado foram analisadas, e 83,8% daquelas que adotam sistema a pasto. O trabalho foi publicado na Revista Internacional Journal Science of the Total Environment em parceria com o Leibniz Institute for Agricultural Engineering and Bioeconomy, a Universidade de Caxias do Sul e a Emater (RS).

No sistema a pasto, a produtividade hídrica do leite variou de 0,27 a 1,46 kg de leite por metro cúbico de água; no sistema semi-confinado a variação foi de 0,59 a 1,1 kg de leite; no confinado, de 0,89 a 1,09 kg de leite por metro cúbico de água. “Quanto maior a produtividade hídrica, melhor o uso da água dentro da porteira”, explica Palhares.
Das fazendas a pasto analisadas, 20 apresentaram maior produtividade hídrica do que todas as propriedades do sistema semi-confinado. Quando comparado ao confinado, o modelo baseado em pastagem alcançou resultados semelhantes – foi observada maior produtividade hídrica em 22 fazendas.

“A grande variabilidade da produtividade hídrica era esperada, pois o indicador é influenciado por vários aspectos produtivos, o que reforça a importância de avaliá-lo em escala de fazenda. Elevadas produtividades hídricas podem ser alcançadas, independente do sistema de produção, desde que ele seja bem manejado”, explica o pesquisador.
 
Sustentabilidade
A água é um dos fatores de produção mais importantes para a atividade leiteira. Ela é essencial para a produção de alimentos aos animais, para o consumo do gado e para a realização dos serviços de limpeza. Segundo Palhares, a gestão adequada do recurso nos sistemas de produção precisa ser implementada para garantir a sustentabilidade da atividade leiteira.

“A avaliação da produtividade hídrica permite identificar os pontos de fragilidade no uso da água e, consequentemente, propor boas práticas do seu uso. A produtividade hídrica é dependente do tipo de sistema de produção, espécies e raça do animal, e o tipo e a origem dos componentes da dieta animal. Dessa forma, é fundamental avaliar a produtividade hídrica em escala de fazenda para ajudar o produtor a entender os fluxos de água e otimizar o uso desse recurso”, conta Palhares.

A adoção de boas práticas com o objetivo de alcançar uma maior eficiência no uso da água, além de reduzir o consumo, melhora a produtividade hídrica. Para o pesquisador, a maneira mais rápida de melhorar o valor da produtividade hídrica se dá pelo correto manejo nutricional, com impacto na redução do custo de produção da atividade leiteira. De acordo com ele, um sistema menos intenso com alta produtividade de água pode significar menor custo de produção, menos dependência de insumos externos, menor necessidade absoluta de água e menor geração de resíduos por área.

“A intensificação do sistema leiteiro é uma tendência mundial, principalmente por razões econômicas, como proporcionar ganhos de escala. No entanto, sabe-se que a intensificação tem passivos ambientais e sociais. Se pudermos ter elevada produtividade hídrica em sistemas menos intensificados, é um ponto que contribui para viabilidade ambiental do sistema de produção, bem como agrega valor ao produto”, explica.

Ao analisar a intensificação dos sistemas de produção, como fazendas confinadas, sob a perspectiva da produtividade leiteira, estes sistemas são mais vantajosos. Mas essa perspectiva não pode mais ser a única na avaliação de produtos de origem animal. A dimensão ambiental também deve ser considerada em seus múltiplos aspectos, como água, emissões de gases do efeito estufa, uso eficiente de nutrientes e preservação da biodiversidade destaca. (As informações são da Embrapa Pecuária Sudeste, adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

USDA – Forte demanda e fraca oferta aumentou a lucratividade do produtor na Austrália – Relatório 31 de 04/08/2022

O mercado global está atualmente sob forte impacto dos preços do trigo australiano. Internamente as cotações estão acima da média, sendo mais um fator a se reunir aos elevados preços dos fertilizantes, dos grãos e do gás natural, fazendo com que o preço do leite australiano permaneça forte. 
 
Entretanto, a escassez de mão de obra continua sendo um problema e os fazendeiros competem pelos trabalhadores. O resultado dessa escassez tem sido o elevado êxodo de pessoas da atividade e redução do tamanho dos rebanhos. De acordo com uma fonte, mais de 1.500 produtores de leite abandonaram o setor desde 2016, fazendo com que a produção de leite da Austrália caísse de 9,5 bilhões de litros em 2015-2016, para 8,8 bilhões de litros em 2020-21. 
 
Junto com isso as margens continuam sob risco e devem ser compensadas por fortes preços do leite e condições climáticas de produção mais favoráveis. A expectativa é de que a produção de leite ficará estável nesta temporada e alguns dos maiores varejistas propõem aumentar o preço do leite ao consumidor.   


 
A Fonterra e o GlobalDairyTrade (GDT) planejam iniciar o GDT Pulse no dia 09 de agosto de 2022. O programa tem o objetivo de beneficiar compradores/vendedores balizando preços nas semanas em que não houver o GDT. Como resultado, a Fonterra cortou 28.000 toneladas de leite em pó integral (WMP), para serem ofertadas nos primeiros 12 meses do GDT Pulse. Embora estejamos no início da temporada, é preciso levar em consideração o impacto das condições do tempo na região. 
 
A ideia inicial é de que o nível de umidade do solo atualmente vem sendo mantido pelas ondas de calor que trazem chuvas fortes para boa parte do país. Isto faz com que as expectativas em relação aos sólidos do leite aumentem, podendo ser até 4% superior à temporada passada. Os últimos registros dos sólidos mostraram que eles foram maiores do que as projeções. Em junho, o crescimento foi de 1,1% em relação ao ano anterior, quando a projeção inicial era de declínio de 0,4%.
 
Dados divulgados sobre as exportações mostram queda nas exportações de WMP da Nova Zelândia, -33% na comparação anual. As exportações para China caíram 64% no ano. Enquanto isso, as exportações para o Norte da África e África Subsaariana aumentaram 163% e 18%, respectivamente, sendo a China a responsável por essa mudança. (Fonte: USDA – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido 

Queijos são alternativa para Brasil se destacar no mercado de laticínios
Você ainda tem dúvida que o Brasil produz o melhor queijo do mundo? No mês passado, um queijo da canastra chegou ao topo do “The Taste Atlas”, ranking de site norte-americano que utiliza a opinião dos usuários para avaliar comidas do mundo inteiro. Em concursos franceses realizados anualmente, percebemos um volume cada vez maior de queijos nacionais sendo reconhecidos internacionalmente. Isso estabelece no Brasil um incentivo pela busca da qualidade na produção dessa iguaria única. Regiões que antes não imaginávamos na produção do leite, como Sorriso (MT), hoje já buscam o reconhecimento do selo Arte com a criação de um queijo específico. Atualmente, o Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo, com 37 milhões de toneladas produzidas em 2020. Especificamente, sobre produtos lácteos, há uma dificuldade de exportação já que são produtos perecíveis. E segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), somente 7% da produção mundial é comercializada. O Brasil está na 28ª posição deste mercado. Ou seja, há muito espaço a se conquistar. Com isso, além de impulsionar a economia, valorizar a cadeia do queijo é apoiar o produto brasileiro e reforçar o reconhecimento de quem está lá no campo. (As informações são da Forbes, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 
 
 

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