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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.514


RS tem seguro de pecuária inédito no mundo

Foi assinado no início da tarde desta segunda-feira, na sede da Federação da Agricultura do RS em Porto Alegre, o seguro do rebanho bovino gaúcho para caso de ocorrência de focos de febre aftosa. Trata-se do primeiro seguro de pecuária contra a febre aftosa em todo o mundo, conforme o representante da seguradora Fairfax, Ricardo Sassi.

Segundo ele, o cálculo para o valor do seguro gaúcho levou em conta diversos fatores como o georreferenciamento de propriedades, e a qualidade do trabalho de defesa agropecuária realizado no estado. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destacou a importância do olhar do produtor para comunicar qualquer suspeita de doença. “O seguro vai contribuir para que o produtor, que é o primeiro fiscal, tenha o conforto necessário de agir com rapidez para chamar a autoridade sanitária fazer o diagnóstico”, afirmou Gedeão Pereira.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, falou sobre as mudanças de cenário desde 2001 quando houve o último foco no estado. “É uma condição totalmente diferente que temos hoje, com um serviço veterinário oficial preparado e estrutura para um rápido diagnóstico e ação para a contenção de eventuais focos”. Kerber pontuou também que o setor tem esse desafio, de conscientizar o produtor sobre a importância de notificação de suspeitas e de controle de ingresso de pessoas e animais nas propriedades.

Com a assinatura do seguro, o produtor gaúcho está protegido para o caso de ocorrência de febre aftosa, com a necessidade de indenização por abate sanitário. O valor do prêmio (que o Fundesa pagará anualmente à seguradora) é de R$ 3,98 milhões. Já a franquia é de R$ 15 milhões e o valor segurado, além da franquia é de R$ 300 milhões de reais. (Fundesa)


GDT - 05/10/2021

(Fonte: GDT)

 

Prêmio busca incentivar competividade leiteira

Vai ano e vem ano, e o setor lácteo gaúcho segue na gangorra entre o segundo e o terceiro lugar em volume de lácteos do Brasil. Em 2020, a produção foi de 4,29 bilhões de litros no Rio Grande do Sul, o que corresponde a 12% da produção nacional e manteve o Estado na terceira colocação do ranking nacional, atrás de Minas Gerais e do Paraná. O resultado do trabalho de pouco mais de 40 mil produtores em 457 municípios, números que retratam estabilidade que se arrasta ao longo dos últimos cinco anos.

Mas para melhorar a competividade no setor altamente capilarizada no território gaúcho, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), em parceria com a Emater/RS-Ascar e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR, estão promovendo o Prêmio Referência Leiteira RS. As inscrições vão até 15 de outubro.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o prêmio tem Jornal da Manhã por objetivo valorizar e reconhecer os produtores de leite que realizam a sua atividade com dedicação diária e fazem do trabalho o seu modo de vida, produzem com eficiência, gerando um produto que garante o sustento e a qualidade de vida para sua família e contribuem decisivamente para que chegue à mesa do consumidor um alimento de excelência.

"Não adianta falar em competitividade senão cairmos a fundo nessa questão de conversarmos com o produtor, com as entidades como Emater, para que possamos efetivamente avançarmos nessa questão de competividade", disse o secretário, em entrevista ao JM.

Palharini explica que podem se inscrever os produtores de leite do Estado com produção individual ou coletiva, independentemente do volume produzido, desde que vinculados a uma das indústrias de laticínios que adquirem leite no Estado. "O último dado da Emater aponta que 40 mil produtores fazem a entregam regular de leite à indústria e todos podem concorrer", destaca.

Neste primeiro ano, o Prêmio Referência Leiteira avaliará indicadores em três categorias: Produtividade da Terra, Qualidade do Leite e Produtividade da Mão de obra. A primeira avalia a quantidade de litros produzidos por ano em relação à área utilizada (litros/hectare/ ano). A segunda mensurará índices qualitativos do leite como a Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Nesta categoria, a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose renderá pontos extras aos tambos inscritos. Por fim, a terceira categoria desafia-se a correlacionar a quantidade de litros de leite produzido nas propriedades com o número de pessoas envolvidas, considerando seu grau de dedicação em termos de carga horária e capacidade laboral.

As inscrições devem ser realizadas nos escritórios municipais da Emater/RS. (Jornal da Manhã)


 Jogo Rápido

Governo federal lança a CPR Verde

 O governo federal formalizou o lançamento da Cédula de Produto Rural (CPR) Verde. O título poderá ser emitido pelos agropecuaristas por serviços de conservação de florestas e recuperação da vegetação nativa que resultem em redução de emissões de gases de efeito estufa. A aquisição é atraente para interessados em fazer compensação de carbono e zerar suas emissões, que podem passar a pagar por isso, gerando uma renda extra para o produtor rural. Segundo o Ministério da Agricultura, com a CPR Verde, ao invés de se comprometer em entregar o resultado das suas atividades em pagamento a um recurso financeiro obtido para investimento, o agropecuarista poderá dar como garantia ao dinheiro recebido a manutenção de determinada área florestal em pé. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 04 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.513


Mais um recorde de produção

Desde 2016, o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, com apoio de entidades parceiras, tem desenvolvido um trabalho para profissionalizar a produção de leite em Frederico Westphalen. O panorama, a partir da adoção de novas tecnologias e mudanças no sistema de produção, tem sido, a cada ano que passa, positivo no que diz respeito ao aumento da produtividade, gerando mais renda e qualidade de vida a quem trabalha com a bovinocultura de leite e participa deste processo. Neste período, a produção de leite em FW só tem aumentado.

Em 2016, quando iniciou essa nova proposta de acompanhamento aos produtores, foram 13 milhões de litros de leite. Em 2019 foram 17,3 milhões de litros e em 2020, a produção no município chegou a 19,1 milhões de litros de leite. Conforme explica o engenheiro agrônomo, especialista em Pecuária de Leite e extensionista da Emater, Jeferson Vidal Figueiredo, isso se deve a muitos fatores, e ocorreu mesmo em um ano com uma das piores secas dos últimos tempos, superando as expectativas.

Ao mesmo tempo, houve uma diminuição no número de produtores, que era 423 em 2014. Em 2016, o número de propriedades envolvidas com a bovinocultura de leite era 306 e em 2020 era 260. “Tem diminuído o número de produtores, mas a produção vem aumentando. Os produtores que são atendidos pela Emater e outras entidades ou empresas estão se profissionalizando, é uma mudança de concepção da atividade leiteira”, aponta Figueiredo.

Os dados da pesquisa, que sempre é divulgada em relação aos números do ano anterior, mostram que a receita para os produtores de leite, já corrigida pelo IPCA, foi de R$ 32,6 milhões em 2020, contra R$ 23,2 milhões em 2019 e R$ 14,1 milhões em 2015, um aumento de 130% neste período de cinco anos, o que indica que está ocorrendo a capitalização na propriedade, que permite mais investimentos, como o aumento do plantel, melhoramento genético e, inclusive, a aquisição de insumos mais qualificados. – Esses resultados mostram uma evolução muito grande na atividade leiteira do município. Por muitos anos tivemos uma média de produção mais baixa do que no Estado e agora nos equiparamos. Além disso, houve uma mudança de categoria, pois, em 2016, a maior parte dos nossos produtores, 56%, produzia menos de 100 litros de leite por dia e era responsável por 25% da produção, faixa que, atualmente, concentra 45% das propriedades e corresponde a 12% da produção.

Em contrapartida, 7% dos produtores produziam mais de 300 litros de leite por dia em 2016, sendo responsáveis por 21% da produção. Hoje, 21% dos produtores produzem acima de 300 litros de leite por dia, o que representa 55% da produção total do município. Ou seja, estamos vivendo uma concentração da produção, e isso está ligado à profissionalização –, comenta.

Evolução

Ainda, houve evolução na produtividade média por vaca/dia que, em 2015 era de 9,9 litros e passou para 15,3 litros em 2020. O levantamento também aponta que neste período, entre 2016 e 2020, cerca de 70% dos produtores de leite conseguiram evoluir na atividade, buscando melhorias por meio de assistência técnica, informações, ferramentas, troca de experiências e mudanças. (Folha do Noroeste)


Primeira fazenda leiteira com emissões líquidas de carbono zero da Nestlé está na África do Sul

A fazenda de laticínios Skimmelkrans em George, na província de Western Cape na África do Sul, é a primeira fazenda leiteira da Nestlé destinada a atingir emissões líquidas de carbono zero em 2023. A fazenda se destacou por meio do trabalho prudente do solo, conservação de água, manejo de rações e processamento de estrume. Os 4 pilares da agricultura regenerativa, ou seja, solo, água, biodiversidade e pecuária, são integrais.

A fazenda leiteira, de propriedade da família Kuyler de 4ª geração e administrada por 30 funcionários, produziu leite para a Nestlé na África do Sul por um período ininterrupto de 60 anos. A fazenda opera em um ecossistema de biodiversidade, desde a liberação de estrume no solo até o cultivo de sua própria ração animal.

A Dairy Global conversou com Hoven Meyer, gerente do grupo de serviços agrícolas da Nestlé East and Southern Africa Region, para saber mais sobre os planos de emissões líquidas zero da fazenda. “Embora existam muitas maneiras de criar operações mais sustentáveis para fazendas leiteiras, Skimmelkrans se diferencia pelo trabalho do solo, conservação de água, manejo de rações e processamento de estrume, onde ocorrem algumas das maiores reduções de gases de efeito estufa”, disse Meyer.

1.000 vacas, 20.000 litros de leite

A raça predominante no passado era a Friesland Holsteins, mas a raça Jersey foi introduzida devido a uma necessidade crescente de sólidos de leite mais elevados pela Nestlé. O rebanho atual de 1.000 cabeças, composto de 80% de vacas leiteiras Jersey e 20% de vacas Friesland Holstein, produz uma média de 20.000 litros de leite por dia, ou 20 litros por vaca. A pegada de carbono analisada da linha de base da fazenda para 2019 foi de 1,1 kg CO2e/kg de leite com proteína e gordura corrigidas. O programa de intervenção de redução de carbono da fazenda foi calculado ao longo de 3 anos para atingir o status de emissão líquida zero de carbono.

Setor a base de pastagens da África do Sul

A Nestlé trabalha em cerca de 187 países em todo o mundo. Então, por que a África do Sul foi escolhida para este projeto? “A África do Sul tem um setor de lácteos baseado em pastagens muito avançado e, portanto, foi escolhida para implantar a primeira fazenda leiteira com emissão líquida zero de carbono do grupo.

Outros projetos líquidos zero seguiram em outros países onde a Nestlé tem uma pegada de leite fresco”, diz Meyer. “Vimos um aumento de 11% na produção de leite por vaca, alcançamos uma redução de 40% na energia usando a energia solar e um aumento de 45% no carbono ativo no solo.” “Trabalhamos muito para garantir que o projeto Skimmelkrans não só tenha sucesso em alcançar emissões líquidas de carbono zero, mas também se torne um modelo que as fazendas operadas pela Nestlé possam implementar com eficácia.

Em pouco mais de um ano, começamos a ver alguns resultados positivos com este projeto: vimos um aumento de 11% na produção de leite por vaca, alcançamos uma redução de 40% na energia solar e um aumento de 45% no carbono ativo no solo”, disse Meyer. Ele observa que o aumento na produção de leite foi impulsionado por pastagens multi-espécies com alto teor de proteína e um sistema de manejo de pastagem adequado. Meyer analisa as estratégias da fazenda para combater as emissões para chegar a zero líquido e discute solo, água, pasto/ração, esterco, energia renovável e fermentação entérica.

- Solo: A análise completa do solo da fazenda foi feita na plataforma completa de 600ha para determinar a linha de base da pegada em todos os diferentes componentes. A partir da análise do solo, um programa completo de correção do solo foi calculado com a ajuda de especialistas sobre como corrigir exatamente o estado do solo. As diferentes intervenções incluem correção de pH (cal/gesso), uso de fertilizante orgânico (cama de frango), redução de fertilizantes químicos e tratamento de todas as microdeficiências do solo para melhorar a saúde do solo. A análise completa do solo da fazenda será feita anualmente para determinar as melhorias e novas áreas de intervenção.

- Água: Todo o sistema de irrigação da fazenda está ligado a um sistema computadorizado de leitura da umidade do solo, onde a umidade do solo é registrada de hora em hora em diferentes profundidades de raiz, resultando em economia máxima de água na fazenda. Esse sistema já comprovou uma economia de 15% de água nas pastagens por ano.

- Pastagens/Alimentos: O estabelecimento de pastagens perenes (azevém, trevo, banana-da-terra e alfafa) tem sido muito favorável nas práticas de cultivo mínimo na fazenda. A fazenda baseada em pastagens consiste atualmente em uma plataforma leiteira de 600 hectares - 400 hectares estão sob irrigação de pivô central e 200 hectares de terra seca são usados para a produção de ração. O modelo fornece 80% de ração na fazenda com 20% de concentrado de ração comprado.

- Estrume: O sistema existente de tanque de estrume foi alterado para uma barragem agitadora com uma prensa de estrume. Durante a ordenha, o esterco da vaca é coletado e separado em líquidos e sólidos usando uma prensa de esterco. Os líquidos são irrigados diretamente nas pastagens, enquanto os sólidos são levados para as terras férteis mais baixas e liberados como composto. Além disso, a fazenda usou cerca de 4.000 toneladas de esterco de galinha como fertilizante orgânico - substituindo alguns fertilizantes químicos com uma grande pegada de carbono.

- Energia renovável: Foi instalada uma usina solar para diminuir o uso da eletricidade convencional, e a fazenda já atingiu uma queda de 40% no uso da energia convencional. O excedente de energia solar produzida durante o dia é alimentado no sistema de rede municipal.

- Fermentação entérica/produção de metano: Testes em colaboração com Research Farm & Academia estão em andamento na fazenda para avaliar aditivos/componentes de ração com menor impacto de metano.

A biodiversidade é uma prioridade

Outras operações ecológicas na fazenda incluem alojamento para corujas e alojamento para morcegos. Além disso, os cursos d’água são limpos de vegetação estranha, que é até mesmo reaproveitada (a acácia negra é lascada e dada às vacas devido ao seu alto teor de proteína). Todas as intervenções na fazenda líquida zero serão implementadas em todas as fazendas Nestlé em seus distritos de abastecimento de leite. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Setor leiteiro Argentino completa dois anos ininterruptos de crescimento produtivo

As fazendas leiteiras argentinas produziram 1,055 bilhão de litros em agosto e, assim, alcançaram um crescimento de 3,9% na produção de leite em comparação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o relatório mensal da Direção Nacional de Laticínios. Dessa forma, eles acumulam um aumento de 3,9% até agora neste ano (4,4% medidos em uma média diária).

Segundo uma série elaborada pelo Observatório da Cadeia do Leite Argentina (Ocla), o último mês permitiu somar dois anos ininterruptos de aumento produtivo. A curva ascendente começou em agosto de 2019, quando a variação homóloga foi de 2,1%. Daquele momento até hoje, em todos os meses houve uma produção maior do que no mesmo mês do ano anterior.

Na verdade, os níveis atuais de produção estão acima do projetado no início do ano. A Ocla costuma consultar as 20 indústrias que mais recebem leite na Argentina, que esperavam entre janeiro e agosto um aumento na oferta de 2,2 por cento, previsão que ficou aquém, à luz dos dados oficiais, de 1,7 ponto percentual. Assim, a projeção para todo o ano, que era uma recuperação de 1,5 por cento, passou para 2,6 por cento, o que significaria um volume total anual de 11,4 bilhões de litros, o maior valor desde 2015. (As informações são do La Voz, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Pelotas abre sua Expofeira no dia 4

A 95ª Expofeira Pelotas será aberta segunda-feira (4) no Parque Ildefonso Simões Lopes. O evento terá formato híbrido, digital e presencial, com público simultâneo limitado a 2.500 pessoas. A programação conta com mais de cem atividades, entre as quais estão nove leilões de animais, e segue até o dia 10. De segunda-feira a sábado ocorre a Conferência Rural (de forma híbrida) e o ciclo de palestras Momento Masters. As inscrições para algumas atividades e a programação completa podem ser feitas na página da 95ª Expofeira na internet. (Correio do Povo)


 

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Alinhada com a preocupação mundial de fortalecer as defesas naturais do corpo humano para garantir saúde e qualidade de vida, a indústria de laticínios vem investindo em produtos focados em reforço do sistema imunológico e até da saúde mental das pessoas. A tendência foi referendada pelo executivo da Tetra Pak, Luis Eduardo Ramirez, durante encontro com representantes de associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) na manhã desta quinta-feira (9/9), na Casa da Indústria de Laticínios no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

Ramirez lembrou que, de modo geral, os lácteos já têm essa função porque são fontes de sais mineiras e muitos nutrientes, mas há uma clara intenção em âmbito internacional das empresas focarem sua ação nesses nichos, que agregam preço e valor adicional às marcas. Citou como exemplo o lançamento de itens antioxidantes e a expansão do mercado de Whey Protein. “Há um aumento da preocupação das pessoas com a saúde mental e com a consciência de como a dieta pode agir contra a depressão e até ajudando as pessoas a relaxar”. Ramirez pontuou rótulos de produtos lançados na Tailândia e da Eslovênia que trazem traços de mel e camomila com princípios calmantes. “O leite integral vai sempre existir, mas esses produtos de nichos nos trazem maior valor agregado porque o consumidor entende que foram feitos especialmente para ele. O produto super-democrático vai ser sempre o item de volume, mas os de nicho têm valor melhor e trazem um adicional às marcas”, completou. Para ele, segmentos como esse podem ser uma ótima opção para pequenos laticínios que conhecem a fundo seus consumidores.

Mediando o debate, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, lembrou que o Brasil não tem costume de consumir o leite saborizado, mas que esse é um mercado importante a ser explorado.

Durante sua apresentação, Ramirez ainda mencionou a força que a comunicação digital ganhou no setor lácteo, incluindo projetos bem sucedidos de e-commerce. “Não é o futuro, é o presente. E com a pandemia, esse processo só se acelerou”, completou. A Tetra Pak está pesquisando o mercado e trazendo inovações constantes nas embalagens, incluindo estratégias e códigos que permitam interação das marcas com o consumidor. “É uma tendência que vai ficar para depois da pandemia”. Acompanhando a reunião híbrida direto da Casa da Indústria de Laticínios, o coordenador de vendas do Escritório regional de Porto Alegre da Tetra Pak, Rodrigo Carvalho, ressaltou a importância do momento. “É uma oportunidade de estar próximo e escutar as demandas dos laticínios, mostrar-se parceiro de todo esse processo produtivo”.

Competitividade - A necessidade de profissionalização dos tambos brasileiros e de que esse processo ganhe velocidade também foi tema do encontro, que contou com a presença do deputado federal Alceu Moreira. “O leite é uma cadeia interligada. Os dentes da roda só funcionam se um dente tocar no outro”, pontuou. Nesse processo, citou ele, os avanços tecnológicos têm papel essencial. “A conectividade entrou no campo para nunca mais sair”. Entre as inovações projetadas pelo parlamentar no setor produtivo estão mudanças na logística de grandes volumes, uma vez que o e-commerce deve alterar a relação entre os diferentes elos da cadeia produtiva. Inovação que também deve ganhar corpo no processo produtivo, ampliando a gama de produtos derivados do leite. “Na França, há centenas de tipos de queijos. No Brasil, temos 20. É preciso ir para o mercado destacando cor, textura e sabor e fomentar novos nichos de mercado. Não tem espaço para quem não é competitivo”.

O diretor-tesoureiro do Sindilat, Angelo Sartor, corroborou a posição do deputado, reforçando que o mercado já mudou. “Não tem mais espaço para atuar em um modelo standard como antigamente. Não é uma questão de opção”, alegou, lembrando que o valor pago pelo leite no Brasil é o mesmo da Europa, onde o poder de compra da população é muito maior. “É uma conta que não fecha”, justificou. Por outro lado, Sartor frisou que as projeções para quem se profissionalizar são otimistas. “É um segmento que só vai crescer”.

Sindilat na Expointer 2021

A participação do Sindilat na feira conta com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos.

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Porto Alegre, 01 de outubro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.512


Departamento técnico da SEAPDR estuda viabilidade de proposta do Fundesa

O Departamento de Defesa Agropecuária, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), realiza neste momento um estudo técnico de viabilidade das sugestões propostas pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) quanto à readequação legislativa e de formato de parceria entre as partes. Até o final do presente exercício, um convênio entre a SEAPDR e a entidade ainda possibilita a transferência de recursos dos produtores rurais ao Fundesa, criado pelas cadeias de proteína animal (avicultura, suinocultura, pecuária de corte e de leite).

Este fundo é uma opção que o produtor rural tem de não recolher valores ao Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa). O convênio foi feito nos termos da Lei Estadual 12.380, de 2005, que dispõe sobre o Sistema Estadual de Controle de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal (SECIS).

No entanto, com o advento da Lei Federal de Parcerias 13.019, de 2014, e também diante de parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e de comunicado da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), o relacionamento jurídico terá que ser alterado para o formato de parceria. Em reunião, em julho, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, entregou à secretária da Agricultura, Silvana Covatti, uma minuta de projeto de lei, o qual propõe celebração de acordos de cooperação com organizações privadas das cadeias produtivas.

O estudo de viabilidade, que está sendo providenciado pelo corpo técnico do DDA, irá embasar a análise jurídica a ser efetuada pela procuradoria setorial da PGE junto à Secretaria da Agricultura. Aguarda-se no curto prazo o encaminhamento de uma solução, vez que o assunto envolve recursos que são usados para indenização dos produtores rurais em caso de perda de bovinos, suínos e aves por enfermidade infectocontagiosa.

A estratégia desenhada pelo DDA levará em conta, inclusive, a tecnologia fornecida pela Universidade da Carolina do Norte (EUA) que desenhou e mapeou todas as repercussões de eventual intervenção sanitária na área da febre aftosa no Rio Grande do Sul, bem como as ações de apoio técnico e de suporte de logística às ações de defesa sanitária. (SEAPDR)


Sancionada lei para adesão ao Regime de Recuperação

O Rio Grande do Sul deu mais um passo para a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Ontem, foi sancionado o projeto de lei complementar, que promoveu adequações à legislação federal para permitir que o Estado avance no acordo com a União. A proposta foi aprovada há duas semanas na Assembleia e atualizou as modificações feitas na legislação federal de repactuação de dívidas dos estados com a União.

A adesão ao RRF é a oportunidade de o Estado retomar gradualmente o pagamento da dívida com a União. A suspensão do pagamento ocorreu após decisão liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017. Desde então, a estimativa é que o Estado deixou de pagar mais de R$ 13 bilhões. Com o acordo, a expectativa é que haja uma transição segura para que o Rio Grande do Sul volte a pagar as parcelas. “Então, se não continuarmos numa linha de responsabilidade fiscal, buscando manter o equilíbrio, o Estado voltará a ter dificuldades financeiras a médio prazo”, destacou o governador Eduardo Leite (PSDB), durante a assinatura, ao falar sobre a necessidade de o pagamento da dívida ser retomado.

Segundo dados do Tesouro do Estado, o endividamento, em especial com a União, é um dos fatores de pressão sobre o déficit orçamentário previsto para 2022 (de R$ 3,2 bilhões) e deve representar no ano que vem uma obrigação de R$ 3,5 bilhões. Esses valores não estão sendo pagos desde 2017 e já acumulam mais de R$ 13 bilhões que poderão ser pagos a longo prazo com as demais parcelas da dívida, no caso de adesão ao regime.

Com a sanção da lei estadual, o governo dará sequência à preparação da documentação para o pedido de adesão à União. Enquanto isso, seguirá preparando o cenário do plano de forma paralela.

“Nosso objetivo é estreitar a janela entre as duas etapas necessárias, de adesão e de homologação ao regime, o que dependerá ainda da lei do teto de gastos e da aprovação do plano em si. Nossa expectativa é cumprir todas essas etapas até março do ano que vem”, pontuou o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso. (Correio do Povo)

 

Estado terá temperaturas amenas e alternância entre tempo seco e pancadas de chuva nos próximos dias

Os próximos dias serão de temperaturas amenas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Agrometeorológico nº 39/2021, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) em parceria com a Emater e o Irga. Na sexta-feira (1º), a atuação de uma área de baixa pressão e a entrada de uma frente-fria manterá a nebulosidade, com pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões.

No sábado (2) e domingo (3), o tempo permanecerá instável e o ingresso de uma massa de ar frio favorecerá a diminuição das temperaturas. Na segunda (4), o tempo firme e temperaturas amenas seguirão predominando, com temperaturas chegando a apenas 25 graus essa semana.

Entre terça (5) e quarta-feira (6), o tempo seguirá firme e ensolarado. A previsão é de que os maiores acumulados ocorram entre quinta (30) e sábado (2) sendo a Região Norte onde deve chover mais, chegando a acumulados de até 62 mm. As demais regiões devem registrar acumulados entre 10 e 30 mm. A Região Oeste é onde deve chover menos. Em geral, a média de acumulados prevista para essa próxima semana no Rio Grande do Sul deve ficar entre 15 e 25 mm. O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, canola, milho, feijão e arroz. Veja o boletim completo em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 Jogo Rápido

Colheita será a maior da história

Uma atualização de estimativa divulgada ontem pela Emater/RS-Ascar confirma que a safra de inverno deste ano deve ser a maior da história do Rio Grande do Sul, tanto em área cultivada (1,59 milhão de hectares) quanto em produção (4,58 milhões de toneladas) de trigo, canola, cevada e aveia branca, com aumento de 61,3% sobre a safra anterior (2,84 milhões de toneladas). A variação será puxada pelo trigo, que deve render 3,59 milhões de toneladas, 70,95% mais do que as 2,1 milhões de toneladas de 2020. A atualização representa ainda um aumento de 24,04% em relação à estimativa inicial (2,89 milhões de toneladas), feita em junho. O levantamento também aponta uma elevação de 8,97% na área cultivada (1,17 milhão de hectares) na comparação com aquela estimativa (1,08 milhão de hectares). (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 30 de setembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.511


Produção de leite cresceu em 2020

Segundo a nova Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção brasileira de leite cresceu 1,5% em 2020 em relação a 2019 e atingiu o recorde de 35,4 bilhões de litros. Também houve aumento de 30,8% no valor da produção, para R$ 56,5 bilhões.

A PPM apontou que o preço médio nacional do litro do leite ficou em R$ 1,59 em 2020, uma alta de 28,9% ante o ano anterior. Já a produtividade média avançou 2,4%, para 2.192 litros por vaca/ano. O Brasil é o sexto maior produtor mundial de leite e tem o terceiro maior efetivo de vacas ordenhadas no mundo, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Quase um terço (27,3%) de todo o leite produzido no país veio de Minas Gerais, que produziu 9,7 bilhões de litros, 2,6% mais que em 2019. O Paraná ocupa o segundo lugar no ranking dos maiores Estados produtores, com 4,64 bilhões de litros e 13,1% do total nacional. O Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição, com 4,29 bilhões de litros em 2020, ou 12,1% do total.

Juntos, os três Estados concentram, portanto, mais da metade do leite produzido no país (52,4%). Minas Gerais é o principal produtor, mas o município líder está no Paraná. Castro produziu, em 2020, 363,9 milhões de litros, com valor de produção de R$ 651,4 milhões. (Valor Econômico, adaptada pelo Sindilat)


Medidas Compensatórias - Uruguai reduz tributos na divisa

Montevidéu – O governo uruguaio anunciou ontem medidas compensatórias, incluindo redução da carga tributária e do preço de recursos públicos para comércios na divisa com Brasil e Argentina, para suavizar a diferença de preços com os dois países diante da iminente abertura de fronteiras. “A abertura das fronteiras vai gerar possível fluxo comercial e há diferencial de câmbio significativo com os países vizinhos”, disse o secretário da Presidência, Álvaro Delgado.

Enquanto o Brasil já admite entrada de uruguaios, a Argentina vai abrir fronteiras na sexta. O Uruguai abrirá em novembro. Após reunião com governadores dos departamentos com passagens terrestres para Brasil e Argentina, Delgado anunciou medidas para baixar custos de micro, pequenas e médias empresas cuja atividade principal seja varejo.

As empresas devem estar a no máximo 60 km da fronteira e não faturar mais de 480 mil dólares ao ano (R$ 2,5 milhões). “Cobre mais de 83% dessas categorias na área de fronteira”, disse. Há desconto em tarifas de luz, água e Internet. (Correio do Povo)

 

CNA diz que documento eletrônico de transporte vai reduzir burocracia e diminuir custos

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avaliou que o Documento Eletrônico de Transporte (DT-e) vai reduzir a burocracia no transporte de cargas e diminuir os custos para o setor produtivo.

O DT-e foi criado pela Lei 14.206/2021, cuja sanção foi publicada no Diário Oficial da União na segunda (27). A implantação vai reduzir o tempo de operações de fiscalização nas estradas.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut) contribuíram para o desenvolvimento do projeto do DT-e.

As entidades e o Ministério da Infraestrutura (Minfra) firmaram um acordo de cooperação, em março, para desenvolver o estudo da viabilidade econômica financeira e modelo operacional.

Para a assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da CNA, Elisangela Pereira Lopes, o desenvolvimento do DT-e atende as demandas do setor. “Os procedimentos adotados atualmente oneram as operações de movimentação de produtos agropecuários e reduzem a competitividade. O transportador gasta, em média, 6 horas por viagem em operações de fiscalização nas estradas. O novo sistema vai unificar, de forma gradual e evolutiva, cerca de 90 documentos em um único documento eletrônico”, destaca.

Em relação à redução de custos, a assessora técnica reforça que nova tecnologia auxiliará na melhoria da renda do caminhoneiro, ao restringir a necessidade de contratar intermediários, atuais responsáveis por majorar os custos de operação em até 40%.

Com a lei sancionada, a implantação do DT-e dependerá de decreto de regulamentação com a especificação do cronograma de implementação e dos órgãos federais aptos a realizar adaptações e migrações para novo sistema. “No próximo ano a adoção do documento único deverá entrar em fase experimental, até que seja realizava audiência pública para aprimoramento do modelo sugerido, bem como o leilão para a concessão do DTe”, destaca Elisangela, acrescentando que, inicialmente devem alcançar os profissionais e empresas que realizam o transporte de soja e milho em grãos, farelos e açúcares.

Conheça as vantagens do DT-e:

  • Reduzir a alta carga burocrática baseada em papel e carimbo, impondo custos administrativos que não agregam valor aos serviços de transporte;
  • Combater formas alternativas de pagamento da contraprestação de serviços de transporte ao transportador autônomo de cargas (intermediários);
  • Valorizar a prestação dos serviços de transporte rodoviário de cargas (TRC) realizado por transportadores autônomos e seus equiparados;
  • Promover o transporte multimodal de cargas, a cabotagem e a integração logística dos modos de transporte;
  • Garantir a segurança das operações em todos os modos de transporte; Proporcionar transparência aos agentes públicos e privados quanto à governança e à fiscalização das operações;
  • Oferecer dados e informações para planejamento e implementação das políticas de transporte.

(As informações são da assessoria de Comunicação CNA, adaptadas pela equipe MilkPoint)


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Valor de referência do leite é pauta no TerraViva

O valor de referência do leite pago ao produtor no Rio Grande do Sul, divulgado pelo Conseleite, foi o assunto abordado pelo secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, no Programa Bem da Terra, do Canal TerraViva, nesta quarta-feira (29/9).  Palharini destacou que o valor de referência reflete os preços alcançados pela indústria no atacado. “O que tem sido evidenciado, em todos os setores, é que o consumidor está com pouco poder aquisitivo. Sendo assim, está sendo necessária uma estabilidade de preço para que haja aquisição. Isso automaticamente reflete no custo da matéria-prima”. Além disso, segundo ele, a indústria também tem enfrentado reajuste no preço de outros insumos além do leite. Confira a entrevista completa a partir de 53 minutos no link https://www.youtube.com/watch?v=faplk5_UwUs  (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

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Porto Alegre,  29 de setembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.510


Descompasso nos custos e preços do leite

O valor de referência do litro de leite – usado pelas indústrias para pagamento aos produtores – está projetado em R$ 1,7009 para setembro, informou ontem o Conseleite. Calculado com base nos primeiros 10 dias do mês, o indicador mostra uma redução de 1,97% em relação ao preço consolidado de agosto, de R$ 1,7351. Segundo o coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, o valor reflete a queda do consumo de leite e derivados, com a perda de poder aquisitivo da população desde o início da pandemia da Covid-19. “Os produtos perderam a força de venda, o que acabou achatando os preços”, avalia.

Responsável pelo levantamento mensal do Conseleite, o professor Marco Antonio Montoya, da Universidade de Passo Fundo, observa que o leite vem se valorizando na série histórica. Mas, ao mesmo tempo, os custos de produção superam a inflação. “Está se tornando muito caro produzir leite, tanto no campo quanto na indústria”, afirma. No campo, o aumento dos custos é puxado pelos gastos com rações e insumos. De janeiro a agosto de 2021, somente os fertilizantes subiram 60%, destaca o assessor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Kaliton Prestes.

O vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti, diz que, enquanto a tendência é de estabilidade nos valores de referência do leite, os custos em alta desestimulam os produtores, e lembra que, em seis anos, 52% deles desistiram da atividade. Para o Sindicato da Indústria de Laticínios, a tendência do momento é de baixa. “As empresas tentaram repassar custos, mas como não existe alternativa de insumos mais baratos, precisam rever os preços ao produtor”, analisa o secretário-executivo, Darlan Palharini. “Não há como manter o valor do leite nesse patamar.” (Correio do Povo)


Uruguai – O presidente do Inale explicou porque produz mais leite com menos produtores

Os níveis de captação de leite continuam aumentando, e isso para o presidente do Instituto Nacional do Leite (Inale), Juan Daniel Vago, pressupõe um cenário muito positivo, mas o fechamento de fazendas leiteiras continua e isso para ele é “um problema de muitos fatores”, e vai de mãos dadas com a forma como os produtores passaram “os últimos cinco anos em cenários adversos para os lácteos”. Segundo os últimos dados do Inale, em agosto deste ano, os produtores entregaram 5,3% mais leite para as indústrias do que em agosto de 2020, chegando aos 208,8 milhões de litros.

O aumento da captação, explicou Vago, se dá principalmente pelas condições climáticas favoráveis que ajudam no crescimento das pastagens; os “bons preços que começaram a receber”; e as boas perspectivas para 2022, fazendo com que alguns produtores decidam investir mais em insumos, ainda que cautelosamente, porque os custos também aumentaram.

Os que resistiram e os que não

Mas, ao mesmo tempo, o fechamento de fazendas leiteiras se acentuou este ano. O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL), Walter Frisch, destacou ao Observador que segundo os registros do Fundo de Financiamento da Atividade Leiteira (FFAL) durante 2021 fechou uma fazenda leiteira a cada 96 horas; de janeiro até junho foram 44 propriedades. E isso, para Vago se explica porque dentro do setor “existem diferentes cenários”. “Existem produtores que resistiram aos cinco anos ruins e agora estão crescendo. Existe um intermediário que passou muito mal e agora está patinando. São os que devem ser empurrados. E existe um terceiro grupo que praticamente não resistiu e isso se dá em todos os estratos: produtores pequenos, médios e grandes”, explicou.

Segundo ressaltou, os últimos foram “cinco anos lapidados” e a situação, na qual “muitos ficaram pelo caminho”, pode ser revertida com previsibilidade, políticas públicas claras, apoio e um desenvolvimento rural sustentável. Nesse sentido, destacou a criação do Sistema Nacional de Inovação e Desenvolvimento Rural (Snider), do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca; e afirmou que inovação e desenvolvimento rural sustentável são dois conceitos chaves para o setor lácteo.

Sustentabilidade: a produção em 15 anos

“É preciso trabalhar nas mudanças com visão em inovações, para que se adote tecnologias, processos e investimentos”, mencionou e ressaltou que, por exemplo, os créditos de longo prazo permitem pensar no que se pode ir avançando em melhorias para a produção. “Em um cenário de poucos recursos é preciso ter muito diálogo, máxima articulação e utilizar bem os poucos recursos que chegam diretamente ao produtor com o mínimo de intermediação possível”, afirmou Vago. Para ele, caminhar para uma produção que seja sustentável ao nível “social, econômico e ambiental” é fundamental para o desenvolvimento do setor, e que a busca do valor agregado dos produtos ocorra vinculada com a produção e o cuidado com o meio ambiente.

Para os próximos 15 anos ele vê o setor lácteo com otimismo e uma das coisas que disse nesse sentido é que é possível pensar em produzir 50% mais leite, “é cientificamente provado”, com a participação dos jovens e a incorporação de mais tecnologia. “Olhando para os próximos 15 anos, fazendo prospecção e envolvendo os jovens temos vantagens comparativas muito grande nos mercados. A inserção internacional é fundamental e vemos como auspiciosa, porque existe demanda mundial por proteína. Creio que como pais devemos trabalhar para tornar as coisas sustentáveis e certificá-las para buscar mercados”, concluiu. (Fonte: El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Custo da energia é desafio global

Assim como no Brasil, o preço da energia dispara em outras partes do mundo puxado por um cenário que envolve, entre outros fatores, dificuldades para atender à demanda, medidas de restrição ao uso de combustíveis fósseis e cotações em alta do carvão e do gás natural. As maiores economias do planeta começam a sentir os impactos. A China, por exemplo, já está em um momento em que o racionamento de luz paralisa fábricas por todo o país. Na Europa os preços de referência para o gás natural aumentaram 500% em seis meses e seguem subindo, de acordo com matéria publicada no site da Metsul. A Agência Internacional de Energia (AIE) identifica uma série de fatores por trás desse encarecimento.

Do lado da demanda, aumentou o uso de gás a partir da recuperação econômica global ocorrida depois das paralisações por causa da pandemia. Os estoques também ficaram baixos após o longo inverno, o que levou os moradores da região a aquecerem mais as suas casas. Especialistas em energia destacam duas razões para o aumento da luz: um aumento de 80% este ano nos preços das licenças de emissão de carbono, à medida que a União Europeia aumenta ambições climáticas para 2030, e os efeitos indiretos do carvão e do gás mais caros usados para gerar energia.

A situação pode piorar ainda mais com o inverno chegando neste final de ano. Os estoques de gás nas instalações de armazenamento europeias estão em níveis historicamente baixos para esta época do ano. Os fluxos de gasodutos da Rússia e da Noruega têm sido limitados. A AIE alertou também que o mercado europeu de gás “pode muito bem enfrentar mais testes de estresse de interrupções não planejadas sob fortes períodos de frio, especialmente se ocorrerem no final do inverno”. (Correio do Povo)


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Porto Alegre,  28 de setembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.509


Conseleite alerta para custos e indica valor de referência de R$ 1,7009

Com o avanço da safra, o valor de referência do leite projetado para setembro é de R$ 1,7009 no Rio Grande do Sul. A previsão, divulgada nesta terça-feira (28/09) pelo Conseleite, considera os primeiros dez dias do mês e representa queda de 1,97% em relação ao consolidado de agosto (R$ 1,7351). Responsável pelo estudo, o professor da UPF Marco Antonio Montoya explica que, na série histórica, o leite vem se valorizado ao longo do tempo, atingindo patamar acumulado de R$ 1,6136 em 2021. Contudo, há mais de um ano, os custos operacionais estão acima da inflação, o que coloca o setor nas dificuldades atuais. “Isso está tornando muito caro produzir leite, tanto no campo quanto na indústria. Os preços praticados no mercado não estão compatíveis com os custos”, ponderou.

O coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, explica que a elevação de custos vem corroendo a rentabilidade das indústrias e dos produtores e que não é mais possível fazer as contas olhando apenas para a comercialização. “Não basta mais ver o preço, é essencial olhar os custos. Enquanto alguns produtos que a indústria comercializa tiveram alta de 13%, temos, na outra ponta, reajuste de 30% nos insumos. Isso mostra em números porque o setor está nessa situação preocupante”, frisou, alertando que o mercado travou com o impacto do baixo poder de compra da população brasileira em tempos de Covid-19.

No campo, o aumento dos custos da ração e dos fertilizantes e a falta de recursos para financiamentos via Pronaf agravam a situação. Pleito unânime entre os integrantes do Conseleite, a necessidade de maior oferta de recursos oficiais para financiamento de investimentos no setor leiteiro foi reforçada durante a reunião e deve ser levada ao governo federal. Além das altas de custos de 2020, de janeiro a agosto de 2021, o assessor da Fetag Kaliton Prestes indicou novo reajuste de 12% no concentrado e 60% nos fertilizantes. “É um cenário difícil se considerarmos o preço do leite em estabilidade, pois o produtor precisa absorver estes custos impactando de forma insustentável a sua rentabilidade”, frisou Prestes. Outro alerta é com relação às importações de produtos lácteos do Mercosul, o que impacta diretamente o mercado nacional.

Segundo Herton Lima, da Farsul, o cenário – que já afastou muitos pequenos produtores da atividade ao longo dos anos- vem atingindo agora médias e até grandes propriedades, inclusive algumas que recentemente investiram em infraestrutura. “O Rio Grande do Sul vem perdendo muitos produtores de leite diariamente”, alertou, referindo-se a dados recentemente divulgados pela Emater/RS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Conseleite/PR


A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Setembro de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2021 é de R$ 3,3885/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 

A gordura dos alimentos derivados do leite faz bem ao coração, indica estudo


Consumir uma boa quantidade de gordura láctea está associada a um risco menor de doenças cardiovasculares em comparação com quem ingere pouco dela. Esse é o resultado de um estudo feito por pesquisadores do The George Institute for Global Health (Instituto George para Saúde Global, em tradução livre), na Austrália.

No trabalho, os pesquisadores combinaram os resultados coletados com 4.150 suecos, além dos dados de 43 mil pessoas que participaram de 17 pesquisas semelhantes nos EUA, Dinamarca e Reino Unido.

A quantidade de gordura láctea ingerida foi medida pelos níveis de alguns ácidos graxos presentes no sangue. Este modo de quantificar foi escolhido para evitar que os voluntários precisassem lembrar da quantidade de laticínios consumidos anteriormente, o que é bem difícil, já que produtos derivados do leite são usados em variados tipos de alimentos. A medição por exame de sangue, dizem os pesquisadores, foi capaz de fornecer informações mais objetivas sobre a ingestão de gordura láctea.

O consumo de leite e laticínios na Suécia está entre os mais altos do mundo. Os voluntários foram acompanhados por 16 anos, em média, para ver quantos tiveram ataques cardíacos, derrames ou outros problemas circulatórios graves, e quantos morreram por alguma outra causa durante este tempo.

Depois de ajustar estatisticamente para outros fatores de risco conhecidos de doenças cardiovasculares, incluindo informações como idade, renda, estilo de vida, hábitos alimentares e outras doenças, o risco de doença cardiovascular foi mais baixo para aqueles que tinham altos níveis de ácido graxo (refletindo, portanto, alta ingestão de gorduras lácteas). Aqueles com os níveis mais elevados também não tiveram risco aumentado de morte por outras causas.

Os trabalhos não quantificaram o impacto, mas iluminam os conceitos sobre o tema entre os especialistas. Há ainda polêmica em relação à gordura dos derivados do leite. Algumas diretrizes dietéticas defendem que o correto é que os consumidores escolham produtos lácteos com baixo teor de gordura.

Os autores do estudo destacam, inclusive, que a ação desse tipo de gordura também depende do tipo da comida em si (queijo, iogurte, leite e manteiga, por exemplo). Isso porque também apresentam uma ótima quantidade de outros nutrientes que podem fazer parte de uma dieta saudável.

Os próximos passos dos estudos será detalhar o efeito da gordura isoladamente por alimento e compará-la com a gordura vinda dos frutos do mar, nozes e azeites, largamente comprovada ser extremamente benéfica à saúde.

Os efeitos da gordura monoinsatada, que já foi condenada pela ciência, hoje são sacramentados. Além de fortalecer o sistema cardiovascular, ela fortalece os ossos e tem propriedades anti-cancerígenas, por exemplo. Nos ossos, ela permite melhor absorção de vitamina D. Contra tumores, pode participar do processo de morte de células da doença, sobretudo quando atinge a doença e a próstata. (As informações são do O Globo, adaptadas pela equipe MilkPoint)


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Saída dos produtores da atividade leiteira foi pauta do programa Agro RS em Foco
O movimento de saída das famílias da atividade leiteira no Estado foi o tema central do programa Agro RS em Foco da TV Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul no último sábado (25/09). O número de produtores de leite em atividade em solo gaúcho caiu 52,28% de 2015 para 2021, segundo Relatório da Cadeia Produtiva de Leite de 2021, divulgado na Expointer pela Emater/RS-ASCAR. Em contrapartida, a queda de produção foi de apenas 3,15%. Ao lado do gerente técnico da Emater/RS, Jaime Ries, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, defendeu a importância do Estado na busca para se tornar cada vez mais competitivo no mercado de lácteos. “As nossas propriedades rurais se concentram muito ainda em produção diária de até mil litros de leite, sendo assim, o poder de investimento dessas propriedades é pequeno. Mas elas vêm se modernizando e competindo”, afirmou, lembrando que ainda neste ano o Fundoleite deve entrar em operação, o que auxiliará o setor em termos de expansão da competitividade. Os dirigentes ainda ressaltaram a relevância de contar com o apoio do governo. Assista ao programa completo pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=gDGnrPeARNg. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

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Porto Alegre,  27 de setembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.508


Prêmio Exportação RS reconhece trabalho da Cooperativa no segmento alimentos

A Cooperativa Languiru, mais uma vez, integra seleto grupo de organizações gaúchas homenageadas pela atuação no mercado internacional, laureada como Destaque Setorial – Alimentos no 49º Prêmio Exportação RS. A entrega da premiação ocorreu em evento no dia 23 de setembro, em Porto Alegre, quando a Cooperativa também recebeu a Distinção Especial – Exportador Ouro, reconhecimento voltado às empresas que figuraram entre os vencedores em cinco edições, incluindo a atual. Considerado o maior evento do segmento no Sul do país, há 49 anos o Prêmio Exportação RS distingue empresas que obtiveram os melhores resultados mercadológicos e desenvolveram estratégias inovadoras para expor e comercializar seus produtos no mercado internacional.

A homenagem é organizada por Conselho formado por lideranças de instituições com relação de suporte ou apoio ao cenário exportador gaúcho: ADVB/RS, Apex-Brasil, Badesul, Banco do Brasil, Banrisul, BRDE, FARSUL, Fecomércio, Federasul, FIERGS, Lide-RS, Portos RS, Sebrae-RS, Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Hub Transforma RS e UFRGS.

Languiru pelo mundo

“Estamos honrados em integrar esse seleto grupo de organizações que obtiveram destaque no ‘Oscar’ da exportação gaúcha. Com a diversidade de negócios e produtos, a Languiru posiciona-se de maneira diferenciada no mercado, demonstrando a força do agronegócio para o desenvolvimento econômico”, valoriza Bayer. Os produtos Languiru são comercializados no Brasil e em mais de 40 países da América Latina, Ásia, África e Oriente Médio por meio de parceiros de negócios. As carnes de aves e de suínos formam a base de exportações da Languiru. Na linha de aves, destaque para o frango inteiro, peito de frango, dorso, asa inteira e coxa americana, além do pé, que é considerado uma iguaria em alguns mercados, especialmente o asiático.

Na linha de suínos, a Languiru leva para outros países o pernil, paleta e sobrepaleta sem ossos, carré, barriga e miúdos como língua, focinho, máscara, rabo, pé dianteiro e traseiro, também iguarias para os asiáticos. O trabalho árduo desde o início da cadeia produtiva, nas propriedades rurais das famílias de associados, passando pelos rigorosos controles de qualidade e segurança na industrialização, permitem que a marca Languiru vá tão longe. O volume de negócios no mercado externo representou R$ 131,9 milhões em 2020. (Leandro Augusto Hamester/Assessoria de Imprensa Languiru)


Saber um pouco de tudo ou muito de uma coisa só?

Em um mundo em constante evolução, o conhecimento diariamente se abre ao novo. As descobertas trazem novas áreas e campos de atuação, bem como especifica vertentes de domínio técnico. Então, certamente, você já se perguntou: é preciso saber muito de uma coisa um ou pouco de tudo? Qual é o mais importante? O que o mercado deseja e espera dos profissionais? Para discutir o assunto, conversamos com Marcelo Carvalho, CEO da AgriPoint.

Para ele, estamos em um mundo que valoriza cada vez mais a especialização: “Basta ver a carreira médica. Isso será cada vez mais importante em uma realidade em que campos aparentemente distantes estão se aproximando, como a gestão de dados e a área técnica; o protagonismo do consumidor e a maneira como os alimentos são produzidos, por exemplo.” Porém, a especialização também traz algumas ressalvas. Marcelo ponderou sobre risco de se especializar e saber muito de algo e não conseguir fazer correlações com as outras áreas do conhecimento. Sem dúvidas, esta discussão sobre generalização e especialização ainda terá muita relevância, principalmente em um mundo cada vez mais tecnológico e integrado, no qual as mudanças são impulsionadas pela indústria 4.0. É justamente por isso, que você não pode deixar de participar do MilkPoint Experts Feras da Consultoria, no qual vamos debater afundo este assunto, com um olhar moldado por diferentes perspectivas de um grande time de palestrantes.

Entre os palestrantes, estará o próprio Marcelo Carvalho, que abordará as mudanças no mundo e os impactos na nossa atuação profissional. “Falarei sobre a necessidade do aprendizado contínuo e autodirigido, e sobre as diversas formas de se aprender, que vão muito além do sistema acadêmico tradicional. Falarei também sobre áreas do conhecimento no agro e em especial na cadeia do leite que, a meu ver, são promissoras profissionalmente”, antecipou.

Nas semanas entre os dias 08 de outubro e 26 de novembro, todas as sextas-feiras pela manhã teremos um encontro marcado no Feras da Consultoria! Além do técnico, vamos ampliar a nossa visão sobre a rotina do leite, com insights práticos que a universidade não ensina.

Vamos, juntos, transformar realidades? Se você ainda não fez sua inscrição, não perca tempo! Confira nossa programação completa e se inscreva. Consultores, técnicos, cooperativas, laticínios, empresas de insumos, produtores de leite e estudantes, vocês estão convocados para este evento! Vamos juntos?

O Sindilat também garantirá desconto de 30% na inscrição do evento aos seus associados pelo link https://bit.ly/3ErRZw7. (Fonte: Milkpoint)

Mapa regulamenta o uso de drones em atividades agropecuárias

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta sexta-feira (24), no Diário Oficial da União, a Portaria nº 298 que estabelece regras para operação de aeronaves remotamente pilotadas (ARP), mais conhecidas como drones, destinadas à aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes. Com drones ocupando cada vez mais espaço na agricultura e na pecuária, a regulamentação visa simplificar os procedimentos e adequar as exigências legais às especificidades desta tecnologia, já que, em diversos aspectos, se diferencia das aeronaves tripuladas. Além do registro no Mapa, que será feito de forma automatizada via Sipeagro, os operadores necessitarão possuir profissional qualificado com curso específico, designado como aplicador aeroagrícola remoto, e, em determinados casos, necessitarão também de responsável técnico, engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal, para coordenar as atividades.

Já com relação às aeronaves, estas deverão estar devidamente regularizadas junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). “Esperamos que a normativa traga a segurança jurídica necessária para os operadores, ao mesmo tempo que garanta a harmonização e a segurança das operações e uso responsável da tecnologia. A norma também servirá como um ‘norte’ para a coordenação e a fiscalização das atividades, tanto por parte do Mapa, como por parte dos órgãos estaduais, responsáveis pela fiscalização do uso de agrotóxicos”, destaca a chefe da Divisão de Aviação Agrícola, Uéllen Lisoski. A segurança operacional deve envolver todo o processo de aplicação, desde o preparo da calda, o monitoramento das condições ambientais durante a aplicação e o registro e arquivamento dos dados de cada operação, de forma que possam ser auditados, sempre que necessário.

As regras visam a segurança da equipe de trabalho e de terceiros, e englobam ainda distâncias mínimas de zonas sensíveis, a serem respeitadas durante as aplicações, de modo a se evitar problemas ambientais e visando a saúde da população. (As informações são do Mapa, adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

Estado tem previsão de calor e chuvas isoladas para os próximos dias

A semana entre 23 e 29 de setembro terá temperaturas elevadas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Agrometeorológico nº 38/2021, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) em parceria com a Emater e o Irga. Na segunda (27), o tempo firme e quente seguirá predominando, com temperaturas acima de 30°C em diversas regiões. Entre terça (28) e quarta-feira (29), a propagação de uma nova área de baixa pressão vai provocar chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados. Os volumes previstos oscilarão entre 10 e 20 mm na maioria das localidades. Somente na Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra, os valores deverão variar entre 25 e 35 mm. O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, aveia branca, cevada e milho. Veja o boletim completo clicando aqui. (SEAPDR)


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Porto Alegre,  24 de setembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.507


Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Setembro de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Agosto de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2021. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)


Comissão de Agricultura da Câmara aprova PL da fiscalização agropecuária por autocontrole

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, o projeto de lei (1.293/2021) que estabelece a fiscalização agropecuária por autocontrole. A matéria segue para outras comissões antes de ser enviada ao Senado Federal.

Tratada como prioridade pela equipe da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a proposta torna obrigatória a adoção de programas de autocontrole em todo o processo produtivo por agentes da cadeia do agronegócio e a apresentação de registros sistematizados e auditáveis ao Ministério da Agricultura.

O projeto foi aprovado na forma do substitutivo do relator, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). O texto impõe multas por infrações e penalidades dos agentes privados entre R$100 e R$150 mil. A proposta original sugeria valor máximo de R$ 300 mil. Atualmente, o teto é de R$ 15 mil.

"Poder de polícia"
De autoria do Poder Executivo, o projeto é criticado pelos fiscais federais, que ainda veem possibilidade de terceirização de funções próprias e específicas dos servidores. Governo e o relator garantem que o “poder de polícia administrativa dos auditores está preservado, consagrado como indelegável”, disse Sávio. A proposta permite que empresas e profissionais credenciados pelo Ministério da Agricultura possam realizar os serviços técnicos ou operacionais nas agroindústrias. Alguns estabelecimentos de pequeno porte também temem que as regras imponham mais dificuldades para exportar.

O governo alega capacidade limitada da máquina pública para aumentar os serviços de controle e fiscalização do setor agropecuário devido ao déficit de fiscais em descompasso ao crescimento rápido do agronegócio. O PL também institui o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária e cria a Comissão Especial de Recursos da Defesa Agropecuária. (Valor Econômico)

O alcance da isenção de PIS/Cofins para milho importado

Há mais coisas entre o benefício fiscal na importação de milho e a redução do preço do frango do que supõe a medida. Na prática, a isenção do PIS/Cofins determinada por medida provisória traz a opção para que as empresas tentem reduzir a pressão dos custos, mas não é a garantia de proteína animal (ave, suíno, ovo e leite) mais barata para o consumidor. Por ora, a avaliação é de que ainda não se pode mensurar o alcance da concessão anunciada ontem pelo governo federal.

- Se houver um movimento de busca desse milho, deve reverter em custo de produção menor. Mas é muito cedo pra avaliar. O setor ficou muito tempo nessa situação e foi se adaptando - observa José Eduardo dos Santos, presidente-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

É uma referência às estratégias para driblar o aumentos das despesas - o custo de produção do frango subiu 44,27% em 12 meses, segundo a Embrapa Aves e Suínos. Como a redução, em média de 25%, no volume de abates adotada por empresas e cooperativas.

Diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips), Rogério Kerber reforça que a medida é bem-vinda e "acalma o mercado", mas avalia que o efeito é limitado:

- Ajuda, mas não tem repercussão tão expressiva, porque as empresas que são exportadoras já usam o sistema de drawback (isenção do pagamento do tributo com a contrapartida de que seja usado para a produção de item destinado à exportação).

Para os suínos, o custo de produção em 12 meses acumula alta de 41,17%. A nutrição, onde entra o milho, que é ingrediente da ração, foi o item que mais pesou, assim como no frango.

- Embora seja uma conquista paliativa, dá um alívio para os produtores, que estão esgotados diante de todo esse custo elevadíssimo de produção - completa Santos.

Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) pontuou que a medida deve contribuir "na contenção das sequentes altas históricas do milho, que têm gerado forte elevação nos custos totais de produção, com consequente elevação de preços para o consumidor brasileiro e perda de competitividade no mercado internacional".

- Vai ajudar a evitar novas ondas de especulação no milho e a reequilbrar o fornecimento e o abastecimento ao consumidor brasileiro - afirma Ricardo Santin, presidente da entidade. (Zero Hora)


 Jogo Rápido

Legislativo - Frente propõe ação de fomento
A Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa propôs ao governo estadual o programa de fomento Avançar Desenvolvimento Rural. Discutida em reunião ontem, a medida busca elevar o volume de recursos para o setor a pelo menos 1% do orçamento do Estado, estimado em R$ 68,9 bilhões para 2022. O deputado Elton Weber (PSB), presidente da frente, argumenta que nos últimos 90 dias outros setores foram contemplados pelo programa Avançar, ao contrário do meio rural. Uma nova reunião está prevista para a próxima quarta-feira, para análise da proposta e definição dos segmentos beneficiado. (Correio do Povo)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  23 de setembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.506

 


7º Prêmio Sindilat de Jornalismo está com inscrições abertas

Para reconhecer o trabalho de jornalistas que acompanham e divulgam o setor lácteo gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) está com inscrições abertas para o 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo. Os vencedores de cada categoria (Impresso, Eletrônico e On-line) receberão um troféu e um iPhone como prêmio.

Para concorrer à premiação, profissionais que tenham trabalhos publicados entre 24/11/2020 e 12/11/2021 em veículos nacionais e que abordem a produção de lácteos e derivados na bacia leiteira do Rio Grande do Sul podem se inscrever até o dia 12 de novembro. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a premiação é uma forma de valorizar os profissionais do jornalismo que evidenciam e levam à sociedade informações que mostram a importância econômica desse setor tão importante para o agronegócio e para a alimentação do povo brasileiro. “Há um trabalho diário e um esforço de milhares de famílias e empresas para levar leite à casa dos brasileiros todos os dias. Sabemos que a imprensa é essencial para mostrar essa realidade ao consumidor, mas que também é pela mão do jornalista que muita informação técnica chega ao homem do campo”, salienta Palharini.

Para participar, é preciso preencher a ficha de inscrição (https://www.sindilat.com.br/site/wp-content/uploads/2021/09/FICHA-DE-INSCRICAO_2021.pdf) e remeter documentação e cópia do trabalho para o e-mail imprensasindilat@gmail.com.

A divulgação dos finalistas será realizada até o dia 10 de dezembro pelos canais do Sindilat. Os vencedores serão conhecidos em live com data ainda a ser divulgada.

Mais detalhes podem ser conferidos no regulamento (https://www.sindilat.com.br/site/wp-content/uploads/2021/09/REGULAMENTO-2021.pdf) publicado no site do Sindilat. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Sooro Renner inaugura planta de permeado Non Caking

A Sooro Renner, empresa associada do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), abre as operações de uma das maiores fábricas da América Latina para produção de permeado Non Caking, proteína extraída do soro de leite muito empregada na indústria de alimentos. A unidade, inaugurada nesta quarta-feira (22/09), fica localizada em Marechal Cândido Rondon (PR), tem 8.000 m² e aumenta a capacidade produtiva e de estocagem da empresa em mais de 100 toneladas por dia.

Durante a solenidade de inauguração em sistema híbrido, o diretor presidente da empresa, William da Silva destacou o pioneirismo do projeto. “Nosso negócio são proteínas e atender a alimentação humana e animal também”, ressaltou. Segundo ele, atualmente a Sooro Renner é a maior empresa da América Latina do ramo e a única a produzir o isolado proteico.

Presente ao encontro, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, citou a força do estado na produção de alimentos, atuação que deve ganhar destaque pois este será o grande problema do planeta no futuro. “Nós temos sete bilhões de pessoas no mundo e, em 2050, daqui a 30 anos, nós vamos ter nove bilhões de pessoas no mundo. Vai ter 1,5 bilhão de pessoas que vão passar fome, infelizmente, porque não tem alimento para tanta gente”, destacou. Ratinho complementou dizendo que ter a Sooro Renner no estado, fazendo o que há de mais alto, de maior tecnologia na cadeia do leite é algo revolucionário. “A gente fica muito orgulhoso de ter uma empresa desse porte, no grau de eficiência que tem na transformação de alimentos”.

O prefeito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber, agradeceu a empresa por acreditar na cidade e apresentar soluções de interesse público. Ele citou a crise hídrica no estado e declarou que a Sooro Renner se propôs a ajudar a população. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

O que esperar do mercado para fim de 2021 e início de 2022?

Entender o cenário macro da economia, as tendências dos mercados de milho e soja – insumos mais representativos no custo de produção do leite – e como estes dois elementos ser encaixam no cenário do mercado de leite e derivados é fundamental para projetar e tomar decisões assertivas. Por isso, o primeiro painel do Fórum MilkPoint Mercado, que ocorreu ontem (21), contou com três importantes palestras, que trouxeram um panorama sobre economia, grãos e o mercado de lácteos.

Gabriel Santin, economista do Rabobank, trouxe os principais fatores relacionados à pandemia de Covid-19 e que têm influenciado a economia brasileira. “Estamos migrando para um cenário mais estável, de endemia. Apesar da variante delta ser a principal responsável pelas medidas restritivas, o impacto ainda é pequeno e espera-se que o cenário seja menos drástico”.

O economista comentou ainda que o avanço da campanha de vacinação tem colaborado para diminuir as restrições e movimentar os serviços. Contudo, apesar da visível melhora em termos da pandemia, a dívida pública do país é motivo de preocupação. Segundo Santin, os gastos do governo já vinham próximos ao teto antes da pandemia e, com o coronavírus, a questão fiscal se agravou. A tendência, de acordo com o especialista, é de estabilidade apenas em meados desta década. Diante do risco trazido pela fragilidade da situação fiscal do Brasil, bem como pela incerteza política, a moeda segue subvalorizada. “Nossa previsão é que o Real feche em R$5,20 neste ano e de R$5,30 para 2022”.

Outro ponto de atenção é a inflação altíssima no país; espera-se o pico anual nos próximos meses, atingindo 10%. As projeções são de 8,1% (checar estes dados na apresentação do Gabriel) para o acumulado de 2021 e 3,7% em 2022. Apesar da moeda desvalorizada e da alta inflação, o Brasil se recuperou rapidamente em termos de atividade, podendo ser considerada uma recuperação em “V”, puxada principalmente pelos setores de investimento e pelo agronegócio. Contudo, não se espera grande crescimento na economia, que deve ser bem mais lento do que o observado no início do século.

Ainda, alguns fatores, como mutações no vírus e possível surgimento de variantes, ameaçam a economia e trazem incertezas. Além disso, as condições climáticas adversas (frio e seca) tiveram grande impacto nas lavouras, encarecendo os alimentos. A falta de chuvas vem também ameaçando a geração de energia e o abastecimento de água, podendo aumentar os custos de produção, além dos riscos de apagões e racionamentos para a população. O clima adverso certamente tem sido um determinante para a produção e preço dos grãos, em especial o milho e a soja, tão importantes para a pecuária leiteira. As condições adversas devem continuar ameaçando a produção até o fim deste ano e no ano que vem, segundo Paulo Molinari, analista do Safras & Mercado. “As chuvas vão precisar ser abundantes para recuperarmos a produção e não termos outra quebra de safra”, disse.

Outros fatores que influenciam o mercado de grãos, segundo o especialista, são as elevadas taxas de juros no Estados Unidos e a incerteza gerada pelas eleições no Brasil no próximo ano. Além disso, o clima em toda a América do Sul é um determinante, assim como a movimentação da China, cujas compras de milho e soja são fundamentais para sustentar o mercado externo. Pensando especificamente no Brasil, a expectativa do analista é que tenhamos boas safras, se não houver eventos climáticos adversos, e que os preços se estabilizem no futuro. Para a soja, espera-se acomodação dos preços a partir de fevereiro de 2022 e, para o milho, apenas em junho. Molinari, contudo, enfatizou que os preços devem se estabilizar, mas não há expectativa de retorno aos patamares de 2019. Além disso, ainda deixou uma dica: “Meu conselho é que comprem e estoquem milho nos armazéns por agora, este é o melhor momento, pois o valor está mais baixo no mercado interno”.

O especialista afirmou ainda que não há expectativa de importação de grãos de outros países, pois os valores estão bem mais caros, mesmo com a retirada dos impostos. Falando especificamente sobre o mercado lácteo, Valter Galan, sócio e analista do MilkPoint Mercado, iniciou sua apresentação discutindo como a demanda vem sendo um dos complicadores da atual situação de mercado. “A demanda bastante fraca se deve a dois pontos principais: preços muito altos dos produtos aos consumidores e a economia ruim”. Somado a isso, ainda apontou a ausência do corona voucher que anteriormente “injetou dinheiro diretamente nas veias do consumo” e influenciou o consumo. Há um outro aspecto relevante que é a retomada da atividade em vários setores (shoppings, restaurantes, viagens) que passaram a competir com o consumo básico de itens como alimentos, que tanto favoreceu o setor lácteo em 2021. No elo produtivo da cadeia, os preços ao produtor seguem altos, mas longe de refletirem uma boa rentabilidade, como a observada no fim do ano passado.

A tendência, segundo Galan, é de redução no preço ao produtor nos próximos meses, diminuindo ainda mais as margens. “Comparando os últimos cinco anos, o RMCR [Receita Menos Custo com Ração] de 2021 só não foi pior do que o observado em 2018. Estamos vindo de três anos com baixas consecutivas”. Essa provável redução tem como razão principal a elevação da oferta sazonal de leite no último trimestre, ainda que o produtor esteja desestimulado. Além disso, a indústria apresenta margens muito ruins e não tem fôlego de segurar eventuais quedas no varejo e atacado. Assim, as margens nas fazendas também devem seguir apertadas, situação agravada pelos preços de milho e soja ainda altos. A menor rentabilidade aliada a uma relação de troca ruim do leite com a arroba de boi tem desestimulado a produção e incentivado o abate de animais. A diminuição da produção vem ocorrendo principalmente entre os pequenos produtores e o abandono da atividade também vem crescendo.

Ainda do lado da oferta, nesse ponto ajudando, temos importações menores que o ano anterior. “O momento é negativo para os dois lados: pouco leite e pouca demanda”, relatou o especialista. Assim como os produtores, as indústrias vêm muito pressionadas, com margens apertadas e até negativas em alguns casos. Nos últimos cinco anos e principalmente neste, os produtos que mais “sofreram” foram o leite UHT, a muçarela e o leite em pó – de forma geral, as indústrias amargam suas piores margens nos últimos 5 anos.

Com pouco estímulo, a expectativa é que a produção caia em 2021, ficando cerca de 1% abaixo do ano anterior, sendo que no quarto trimestre a queda deve ser maior em comparação ao ano anterior. Os preços internacionais devem seguir em alta e as importações menos competitivas. Mesmo com a produção dos países do Mercosul crescendo, a disponibilidade ainda é baixa e já está comprometida com vendas para outros destinos que não o Brasil.

Um fator que poderia alterar este cenário seria a recuperação da demanda, por meio de reação da economia ou ajuda governamental. Isto, aliada a baixa disponibilidade de leite traria uma estabilidade no mercado, porém Galan aponta baixa probabilidade para este cenário. Para 2022, espera-se um crescimento moderado da economia e valores de milho e soja um pouco melhores, como também sinalizaram Santin e Molinari, respectivamente. Contudo, para a produção, o ano deve iniciar refletindo o final de 2021, com menor rentabilidade, produção desmotivada e disponibilidade menor. Ao mesmo tempo, espera-se um desequilíbrio entre oferta & demanda, com condições bem piores de oferta no início do próximo ano.

Assim, pode-se esperar por uma curva de preços de leite mais próxima do “normal histórico”, com aumento de preços a partir de março/abril em função da entrada mais forte da entressafra. As importações tendem a começar 2022 pouco competitivas e sua competitividade cresce a medida em que sobem os preços aqui no mercado brasileiro. Uma possível atuação da indústria promovendo a sustentação de preços (como tem sido visto) pode alterar este cenário, bem como crescimento da demanda com possíveis intervenções do governo (aumento do bolsa família), visto que 2022 é um ano de eleições. (Milkpoint)


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