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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.549


Italac estreia nova campanha brasilidade

Campanha Italac - Com Taís Araújo e algumas xarás, nova campanha mostra como a Italac está presente nas casas de Norte a Sul do país.

Para reforçar a preferência nacional pelos produtos lácteos da marca mais comprada do Brasil*, a Italac estreou a nova campanha que foi ao ar no dia 21 de novembro de 2021, trazendo a atriz Tais Araújo, ao lado de outras pessoas com o mesmo nome, compartilhando receitas presentes de norte a sul do país.

A assinatura da marca “Lá em casa tem” é uma verdade da marca e essa campanha traz essa amplitude, com a Taís Silva, da Bahia, fazendo sua cocada com o leite condensado Italac; a Taís Ribeiro, de São Paulo, preparando seu shake com o leite desnatado e, a Thais Schimidt, do Rio Grande do Sul, cozinhando seu estrogonofe Bem Bom com o creme de leite. Independente do lugar todas, tem Italac em casa.

A campanha foi criada pela agência F&Q Brasil para meios on e off-line e destacam algumas outras receitas feitas com produtos Italac, como o leite condensado, o creme de leite, o leite desnatado, a mistura de bolo e a bebida láctea de whey protein. Além do filme para TV que será veiculado em horário nobre, a nova campanha contará com anúncios em revistas e forte estratégia no meio digital. Assista clicando aqui.

Segundo Andréia Alvares, Gerente de Marketing da Italac, a nova campanha aproxima ainda mais a marca de seus consumidores, mostrando com alegria o quanto o Brasil é plural através das receitas reproduzidas nas mais diversas culturas e regiões do nosso país, e que os produtos Italac chegam nas casas de milhões de brasileiros de norte a sul, afinal é a marca que lá em casa tem.

Marca láctea mais comprada do Brasil
De acordo com a pesquisa Brand FootPrint, realizada pela Kantar Worldpanel, em 2021, Italac segue como a marca de produtos lácteos mais comprada do Brasil em 2020. (Assessoria de Imprensa Italac) 

O Reino Unido pode ser um grande exportador de queijo para a  Ásia.

Stilton, Red Leicester e Caerphilly podem não ter a mesma  popularidade global que brie, edam ou mussarela, mas isso poderia mudar se os exportadores britânicos pudessem aproveitar ao máximo a procura crescente de queijo nas economias asiáticas em expansão, sugeriram novas investigações.

Um estudo da Kite Consulting e do fornecedor de dados do setor leiteiro National Milk Records avaliou o potencial de consumo de leite de 90 países importadores de leite com uma população de quase 5 mil milhões de pessoas - representando dois terços da população mundial - fora dos blocos consumidores de queijo estabelecidos da Europa e da América do Norte.

Encontrou oportunidades "enormes" para os produtores britânicos, com a procura de laticínios dos 90 países, que incluía potências como a China, Indonésia e México, aumentando de 258 mil milhões para 304 mil milhões de kgs entre 2011 e 2019 - representando um salto de 17,8%.

"Quanto mais desenvolvido economicamente um país for, mais queijo importará", afirmava o estudo, prevendo que "a produção leiteira local nos países importadores não irá satisfazer o aumento da procura, uma vez que as provas mostram que a auto-suficiência diminui à medida que o desenvolvimento econômico aumenta".

Os laticínios enfrentam um "reajuste" à medida que os custos dos insumos aumentam . "Esta tendência parece que vai acelerar", acrescentaram os investigadores.

As estimativas do governo americano publicadas em Julho mostraram que a procura de queijo na China triplicou entre 2012 e o ano passado, com os exportadores americanos, europeus e neozelandeses a fazerem feno à custa de um crescimento "sem precedentes".

Mas para que as marcas britânicas se tornassem um produto de base para a fabricação de queijo nas bancas de Xangai, Dubai ou Singapura, era necessário "inovação no setor da transformação" e "apoio político" para um maior acesso ao mercado, de acordo com o relatório Kite/NMR.

Segue-se aos avisos do Kite no mês passado de que o setor leiteiro do Reino Unido enfrentou um momento de "reinício" devido ao aumento dos custos dos insumos, acrescentando que os compradores de lacticínios teriam de partilhar o fardo inflacionário com os fornecedores, ou correr o risco de perder o produto para mercados de exportação dinâmicos.

"Os produtores e transformadores ocidentais de laticínios, incluindo os do Reino Unido, são susceptíveis de considerar os mercados de exportação como as suas fontes de crescimento empresarial futuro e atractivo, na medida em que as suas restrições ambientais o permitam", disse John Allen, sócio-gerente da Kite.

A investigação da empresa segue-se à revelação de um plano pela NFU há dois meses para duplicar as exportações de lacticínios do Reino Unido durante a próxima década.
A Wyke Farms cria uma empresa da UE para ajudar a operação de exportação

Surge quando o Departamento de Comércio Internacional lançou na semana passada um plano ambicioso para tentar aumentar o valor das exportações globais para 1 bilião de libras, aproveitando ao máximo o "rápido crescimento económico na região Indo-Pacífico" e a "deslocação [do] centro de gravidade económica do mundo para leste".

Até 2050, espera-se que o Brasil, a China, a Índia, a Indonésia, o México, a Rússia e a Turquia "igualem colectivamente a quota do G7 na procura global de importações", de acordo com o plano "Made in the UK, Sold to the World" do departamento. (The Grocer tradução livre Sindilat/RS)





México – O setor lácteo continua resiliente

Lácteos/México – Com 129 milhões de habitantes, o setor lácteo do México continua a oferecer grande potencial de crescimento para os exportadores norte-americanos e também para os produtores domésticos.

A indústria de laticínios está provando ser resiliente e um rebanho robusto, o acesso à água e a considerável produção doméstica de ração ajudaram a continuar a expandir a produção e a oferta de leite.

Estima-se que o México irá produzir 12,85 milhões de toneladas de leite em 2021, crescendo 1% em 2022, quando deverá produzir 12,98 milhões de toneladas.

A raça holandesa é a principal produtora de leite para a maioria das indústrias de laticínios, produzindo a média de 37 litros/vaca/dia. Isso em comparação com a média de 9 litros/vaca/dia que é a produtividade média de outros rebanhos de raças indianas, por exemplo.

Quadro do setor lácteo do México

A produção de leite compreende 250.000 fazendas leiteiras, a maioria de pequeno e médio porte, e rebanhos com menos de 100 vacas. Muitos produtores de leite faliram ou reduziram o tamanho de seus rebanhos diante do crescimento dos custos e os efeitos da pandemia de Covid-19. Houve aumento da integração vertical para beneficiar as grandes companhias de laticínios, enquanto alguns produtores pequenos em dificuldades se juntaram a outras companhias ou formaram cooperativas.

No entanto, o rebanho leiteiro do país e a quantidade de leite produzida continuam crescendo à medida que grandes produtores investem em melhores práticas de produção e genética para melhorar a qualidade, rendimento e resistência ao calor e a doenças.

Consumo de leite no México

O consumo anual de leite do México é o menor da América do Norte, 62 litros por pessoa (No Canadá é 76 litros por pessoa, nos Estados Unidos: 68 litros). O total consumido no país é estimado em 13,04 milhões de toneladas em 2021 (sendo o consumo familiar de 4,15 milhões de toneladas e 8,9 milhões de toneladas o consumo industrial). Para 2022, o consumo previsto é de 13,17 milhões de toneladas (+1%). Os programas sociais de distribuição de leite, a reabertura do setor varejista e institucional e o uso comercial crescente devem impulsionar a demanda.

Importações e exportações de lácteos em declínio

As importações de leite pelo México em 2021 estão estimadas em 30 mil toneladas, enquanto em em 2022 deverá ser de 29 mil toneladas (-3%), com a produção doméstica sendo capaz de atender às necessidades do consumo nacional. A indústria de laticínios mexicana será capaz de atender 85% das demanda interna e 15% será de leite importado.

Enquanto isso, em 2021, as exportações são estimadas em 17 mil toneladas, e em 2022 chegarão a 15 mil toneladas (-12%), já que o consumo doméstico de leite deverá reduzir o volume das exportações. Espera-se que a Guatemala e os Estados Unidos continuem sendo os principais destinos de exportação.

Produção de queijo no México, principalmente o artesanal

A produção de queijo em 2021 é estimada em 448 mil toneladas, e é esperado aumento de 1% em 2022, totalizando 452 mil toneladas. Os queijos frescos representam 75% do consumo doméstico. A produção de queijo continua sendo, predominantemente, artesanal e em pequena escala, atendendo à demanda regional. As queijarias industriais representam um quarto do queijo produzido.

Mais queijo por favor

O consumo de queijo do México tem espaço para crescer, com o consumo per capita chegando a quase 4 quilos por ano. Enquanto isso, nos Estados Unidos o consumo é de 17 quilos e no Canadá de 14 quilos.

O consumo de 2021 é estimado em 559 mil toneladas, com aumento de 1% em 2022, chegando a 563 mil toneladas. No mercado interno, o crescimento continua lento devido às constantes condições macroeconômicas ruins; no entanto, a reabertura dos Hotéis e Restaurantes (HRI) está ajudando a impulsionar o consumo.

Estima-se que as importações em 2021 permanecerão estáveis em 2022, 123 mil toneladas, com os Estados Unidos sendo o principal fornecedor (80%), seguido pela Holanda (9%). As exportações em 2021 e 2022 estão sendo estimadas em 12 mil toneladas.

Manteiga mantém demanda estável

A produção de manteiga no México é liderada por 3 empresas, com um grande player detendo 70% do mercado. A produção de 2021 está estimada em 235 mil toneladas e para 2022 a previsão é de 236 mil toneladas. A reabertura do setor de HRI, bem como a demanda contínua de padarias e confeitarias ajudam a manter a demanda estável.

O consumo em 2021 e 2022 é estimado em 261 mil toneladas. O consumo per capita é baixo, cerca de 0,4 quilos/habitante/ano (quando na França é de 8 quilos e na Nova Zelândia 5 quilos).

Produção nacional acompanha demanda por manteiga

As importações de manteiga são estimadas em 28 mil toneladas em 2021 e em 2022, com a produção doméstica prevista acompanhando a lenta demanda dos setores de HRI, bem como a demanda industrial.  

Consumo per capita de lácteos no México em 2021

Leite fluido 85 kg/pessoa/ano

Queijo 04 kg/pessoa/ano

Iogurte 07 kg/pessoa/ano

Creme 01 kg/pessoa/ano

Manteiga 0,5 kg/pessoa/ano

Outros produtos lácteos 29 kg/pessoa/ano

Total  127 kg/pessoa/ano 

Fonte: Dairy Global – Tradução livre: www.terraviva.com.br               

 Jogo Rápido

Na próxima semana há previsão de chuva forte no RS
Na sexta-feira (26) e  sábado (27), tempo seco, com sol e nebulosidade variável vai predominar na maioria das regiões, porém a presença de um ciclone extratropical vai provocar chuva nos setores Sul, Leste e Nordeste, com possibilidade de fortes pancadas de chuva e rajadas de vento em torno de 70 e 80 km/h. No domingo (28), o ingresso de uma nova área de baixa pressão favorecerá a formação de grandes aglomerados de nuvens e provocará chuva em todas as regiões, com risco de temporais isolados. Entre a segunda (29/11) e quarta-feira (01/12), o ingresso de ar uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com grande amplitude térmica em todo Estado. Os totais previstos deverão oscilar entre 20 e 35 mm na maioria das localidades. No Alto Uruguai, Missões, fronteira oeste, campanha e Zona Sul os volumes esperados deverão variar entre 35  e 50 mm. Clique aqui e acesse o Boletim Integrado Agrometerológico Nº 47/2021. (SEAPDR)

 

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Porto Alegre, 25 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.548


Cenário da agroindústria mundial pós-pandemia será tema de evento do Conagro

Com o objetivo de apresentar um raio-x do cenário da agroindústria mundial pós-pandemia, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), por meio do Conselho da Agroindústria (Conagro), promoverá, no dia 7 de dezembro, o encontro ‘Desafios e Oportunidades para a Agroindústria’. O evento, que conta com o apoio do IEL/RS, visa promover a construção de um panorama para os próximos anos com base no debate sobre as oportunidades e os desafios do setor. O encontro será realizado de forma virtual a partir das 14h, com transmissão pelo canal no YouTube da Fiergs.

Integrante do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e um dos palestrantes do evento, Francisco Turra, destaca que o setor lácteo é o que tende a aproveitar melhor essa conjuntura. “Porque efetivamente apenas agora que começamos a abrir e a espiar por algumas janelas de outros mercados e nos acostumamos em demasia a sermos importadores de lácteos, quando temos todas as condições de sermos exportadores, como começamos imaginar e fazer”, acrescentou o ex-ministro da Agricultura. Além de Turra, Roberto Rodrigues, que também já esteve à frente da pasta, palestrará no encontro.

Segundo Turra, o momento vivido pela agroindústria oferece oportunidades aos que aproveitarem e estiverem organizados e preparados para assumir desafios. “Vamos procurar fazer um exame para ver que as oportunidades que temos ainda são muito maiores do que as nossas dificuldades”, acrescentou, ressaltando que quem participar do evento sairá com informações comparativas do que está acontecendo no mercado mundial nas diferentes proteínas.

Para Alexandre Guerra, coordenador do Conagro e vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), o evento deve esclarecer dúvidas e trazer novos pontos de vista para os entraves vivenciados pelos diferentes setores, incluindo o de lácteos. “Temos vivido um momento de desafios nos variados elos da cadeia, mas é necessário que saibamos aproveitar as oportunidades a fim de aumentarmos a competitividade dos setores, em especial do de lácteos". Guerra mediará o evento ao lado do coordenador do Conagro Aristides Vogt.

As inscrições para o encontro devem ser feitas pelo site https://agroindustria.eventize.com.br/. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 

Mapa lança guia com indicadores de qualidade para os serviços veterinários de saúde animal

Serviços Veterinários - O Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária lançou o guia Indicadores da Qualidade dos Serviços Veterinários, para apoiar a gestão da qualidade dos Serviços Veterinários Estaduais (SVEs), que representam as instâncias intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

O Guia, elaborado pelo Programa de Avaliação da Qualidade e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários (Quali-SV), destina-se a orientar e subsidiar gestores, auditores, setores de gestão da qualidade e setores privados, na análise, interpretação e aplicação dos indicadores como ferramenta de avaliação, implementação de melhorias, destinação de recursos e tomada de decisões.

O conjunto de indicadores previsto no guia visa medir e comparar, de forma objetiva e continuada, a capacidade, a qualidade e o desempenho dos serviços de saúde animal do país. Essa avaliação constitui ferramenta valiosa para o adequado planejamento, organização, coordenação e controle das atividades desenvolvidas, visando promover a saúde humana e animal, bem como o acesso dos produtos brasileiros aos mais exigentes mercados.

“Os indicadores selecionados visam mensurar as condições dos SVEs para realizar suas atividades com eficiência, eficácia, efetividade e economicidade, avaliando fatores de capacidade (recursos humanos, físicos e financeiros), do ambiente em que o SVE se insere (geografia, condições econômicas e sociais, sistemas produtivos e condição epidemiológica em relação às doenças) e a forma e intensidade com a qual se relaciona e atua com seu ambiente (desempenho)”, explica a coordenadora do Quali-SV, Natércia Caporali.

Os indicadores são, em sua maioria, elaborados a partir de dados de sistemas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e dos próprios serviços estaduais. O sistema prevê, ainda, a divulgação de um sumário anual de indicadores de qualidade, a partir de 2021.

Quali-SV

O Programa de Avaliação da Qualidade e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários (Quali-SV) é responsável por planejar, avaliar e promover o aperfeiçoamento do sistema de saúde animal no País, em coordenação com SVEs.  

O Quali-SV inclui avaliações por um sistema de auditorias presenciais e remotas e um sistema de análise de indicadores de qualidade, que funcionam de forma paralela e complementar. Desde 2016 o programa realiza auditorias nos SVEs, que resultam em planos de ações de melhorias e têm sua implementação monitorada pelas Superintendências Federais de Agricultura nos estados, buscando adequações e melhorias contínuas nos Serviços Veterinários Estaduais. (MAPA)

 

Brasil terá 12 novos adidos agrícolas junto às representações diplomáticas no exterior


Os novos representantes passaram por processo de seleção e agora participam de treinamento com programação nos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, e na Agência Brasileira de Inteligência

Doze adidos agrícolas se preparam para tomar posse em missões diplomáticas brasileiras no exterior. Desses, 11 irão substituir adidos em postos que já estavam estabelecidos. A cidade de Berlim, na Alemanha, por sua vez, contará pela primeira vez com um adido agrícola.

O decreto com a designação foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial da União no último dia 8 de novembro.

Os adidos agrícolas designados participam nesta semana do 2º módulo de treinamento de início de missão, com programação nos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e das Relações Exteriores e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Com a posse dos novos adidos, o Brasil contará com 28 adidos agrícolas brasileiros junto às representações diplomáticas no exterior, conforme o Decreto Nº 10.519.

Os adidos desempenham missões permanentes de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Têm o papel de identificar oportunidades, desafios e possibilidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, têm interlocução com representantes dos setores público e privado, assim como interagem com relevantes formadores de opinião, na sociedade civil, imprensa e academia.

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, os adidos agrícolas têm sido amplamente reconhecidos como agentes para maior inserção da agropecuária brasileira nos mercados onde estão inseridos. A atuação dos adidos agrícolas em postos estratégicos tem papel importante no desempenho favorável nas negociações de acordos internacionais de comércio, na superação de barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias ao comércio e na promoção do agro brasileiro nas missões oficiais.

A duração da missão de assessoramento em assuntos agrícolas poderá chegar a quatro anos consecutivos, não prorrogáveis, contados da data de apresentação do adido agrícola à representação diplomática para a qual tiver sido designado.
Seleção

O processo seletivo dos novos adidos iniciou em junho. Entre os requisitos para concorrer ao cargo estão: ser servidor do quadro de pessoal efetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e estar em exercício no Mapa ou em uma de suas entidades vinculadas. Também deve ter, no mínimo, quatro anos de exercício no Ministério ou em entidade vinculada ao órgão, nos últimos dez anos.

Além disso, o candidato deve ser brasileiro nato ou naturalizado e ser servidor publico federal ou empregado do quadro permanente de empresa pública federal ou de sociedade de economia mista há no mínimo dez anos. Outros requisitos são: atestar proficiência em idioma estrangeiro, conforme o edital, e diploma de nível superior completo, no grau de bacharel ou equivalente, fornecido por instituição reconhecida pelo MEC.

Confira a relação dos novos adidos agrícolas:
● ANA CAROLINA MIRANDA LAMY, na Embaixada do Brasil em Bangkok, Reino da Tailândia;
● EDUARDO SAMPAIO MARQUES, na Embaixada do Brasil em Berlim, República Federal da Alemanha;
● ANDREA CLAUDIA PARRILLA, na Embaixada do Brasil em Buenos Aires, República Argentina;
● ADRIANE REIS CRUVINEL, na Embaixada do Brasil na Cidade do México, Estados Unidos Mexicanos;
● JULIANO VIEIRA, na Embaixada do Brasil em Hanói, República Socialista do Vietnã;
● BRUNO CAVALHEIRO BREITENBACH, na Embaixada do Brasil em Jacarta, República da Indonésia;
● ÂNGELO DE QUEIROZ MAURÍCIO, na Embaixada do Brasil em Nova Delhi, República da Índia;
● CARLOS GOULART, na Embaixada do Brasil em Pequim, República Popular da China;
● CARLOS VITOR MULLER, na Embaixada do Brasil em Pretória, República da África do Sul;
● ADRIANO PERRELLI PESTANA DE CASTRO, na Embaixada do Brasil em Riade, Reino da Arábia Saudita;
● RICARDO ZANATTA MACHADO, na Embaixada do Brasil em Seul, República da Coreia; e
● MARCO AURÉLIO PAVARINO, na Embaixada do Brasil em Tóquio, Japão.


 Jogo Rápido

Piá conquista Prêmio Carrinho AGAS 2021
Nesta terça-feira, dia 23 de novembro, a Associação Gaúcha de Supermercados – AGAS, anunciou a Cooperativa Piá como vencedora do “Prêmio Carrinho AGAS”, na categoria “Melhor Fornecedor de Iogurtes”. Realizada anualmente, a premiação tem o objetivo de reconhecer e homenagear o trabalho das empresas e personalidades que mais contribuem para o desenvolvimento do setor supermercadista. Para definir os agraciados, a AGAS realizou uma pesquisa espontânea com os empresários supermercadistas do Rio Grande do Sul, considerando diversos requisitos. De acordo com o presidente da Cooperativa Piá, Jeferson Smaniotto, a premiação é o resultado do trabalho em equipe que a empresa vem realizando há anos. “A Piá é uma grande engrenagem. Cada funcionário e cada produtor associado são importantes. São eles os responsáveis por todas as conquistas que alcançamos, e isso é motivo de muito orgulho para todos nós”, finaliza. A cerimônia oficial do “Prêmio Carrinho AGAS 2021” acontece no dia 29 de novembro, às 19h, no Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre. O evento poderá ser acompanhado também pelo YouTube, no canal da entidade. (Assessoria de imprensa Piá)

 

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Porto Alegre, 24 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.547


China – Importações de lácteos recordes em 2021

China 2021 – O ano de 2021 está terminando e a China baterá um novo recorde de importação de produtos lácteos. Pode-se observar no gráfico, para os produtos selecionados, um incremento de 23,9% no volume de lácteos importados em relação ao mesmo período de 2020. 
 
As principais compras pelo gigante asiático são leite em pó integral, leite em pó desnatado, fórmulas infantis, queijos e leite fluido. A China precisa de leite.
 
 
A Argentina começou, em 2018, exportando 200 toneladas de leite em pó integral (LPE) para a China, e totalizou 3.117 toneladas, em 2020. No período de janeiro a outubro de 2021, o aumento registrado já é da ordem de 12,9% em relação ao mesmo período de 2020, constituindo-se no 6º fornecedor de LPE para o gigante asiático. Cabe destacar que o Uruguai é o 3º fornecedor de LPE para a China, e no mesmo período duplicou os envios de LPE para a China. No item queijos não figura nenhum dos dois países. (Fonte: Dairylando – Tradução livre: www.terraviva.com.br e Sindilat/RS)

RS: projeto enfoca ações para mulheres produtoras de leite em Rondinha

A bovinocultura de leite é a segunda maior atividade agropecuária desenvolvida em Rondinha

O projeto "Mulheres do Saber, do Ser e do Leite" é uma iniciativa da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), que tem o intuito de qualificar e valorizar o trabalho desenvolvido pelas mulheres na atividade da bovinocultura de leite, a partir do aprimoramento da gestão, melhoria na renda e na qualidade de vida, valorização da identidade feminina, da satisfação pessoal e das manifestações socioculturais dentro da família e na propriedade rural. O projeto foi iniciado em agosto deste ano e envolve 21 mulheres, de cinco comunidades rurais, assessoradas no Plano Socioassistencial do município e que desenvolvem a atividade da bovinocultura de leite em suas propriedades.

O projeto foi elaborado pela equipe da Emater/RS-Ascar de Rondinha e conta com o apoio das entidades locais, como a Prefeitura, Secretarias Municipais de Agricultura e Meio Ambiente, Obras, Assistência Social e Educação, da Inspetoria Veterinária e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

A bovinocultura de leite é a segunda maior atividade agropecuária desenvolvida em Rondinha. A representatividade da bovinocultura de leite no município instigou a realização do projeto "Mulheres do Saber, do Ser e do Leite". O trabalho iniciou a partir de um diagnóstico realizado no município de Rondinha nos meses de abril, maio, junho e julho, que analisou a participação das mulheres na atividade leiteira, bem como seus desafios e aspirações.

"O levantamento realizado avaliou também o cenário da atividade leiteira no município, os empreendimentos rurais, infraestruturas, plantel, entre outras características. As abordagens da pesquisa foram de natureza qualitativa, extraindo aspectos sociais, comportamentos humanos, experiências individuais e de natureza quantitativa para obtenção de dados gerais. Para análise da pesquisa foram construídos indicadores que auxiliaram na elaboração da estrutura do projeto e das ações direcionadas", explicaram as extensionistas da Emater/RS-Ascar, Josiane Bianchi e Zuleica de Abreu.

Durante este ano e também no próximo, as mulheres participarão de encontros técnicos que abordarão temas importantes envolvendo a atividade leiteira, como manejo do solo e da água, gestão da atividade, sanidade do rebanho, qualidade do leite, fitoterapia e homeopatia animal, nutrição, planejamento forrageiro, agroindustrialização, acesso a políticas públicas, entre outros.

Neste mês de novembro, mais um encontro foi realizado com as participantes do projeto, com enfoque ao tema gestão da atividade leiteira. O tema foi conduzido pelo extensionista rural da Emater/RS-Ascar Valdir Sangaletti, coordenador de sistemas de produção animal na região.

Sangaletti falou da importância da gestão compartilhada, que deve ser desenvolvida entre todos os integrantes da família, da abordagem sistêmica na propriedade, manejo do solo, planejamento forrageiro, controle do rebanho, gestão do capital e dos investimentos, uso das tecnologias para redução da penosidade e garantir melhores resultados, além de outros fatores importantes dentro da gestão da atividade. "Fazer gestão é pensar no todo, no alimento para os animais, na água, na sombra, nas instalações adequadas e eficientes. Tudo isso, dentro de um bom sistema de planejamento e controle, podendo mensurar a produção e a evolução da atividade", comentou.

Encontros mensais são realizados trazendo para a discussão e reflexão os temas propostos no projeto. Ao mesmo tempo, a equipe da Emater/RS-Ascar segue realizando visitas técnicas para orientação e acompanhamento das propriedades rurais. A previsão de encerramento do projeto é dezembro de 2022.  (Emater/RS)




EUA: o que está por trás da queda na produção?
 
O aumento dos custos com alimentação, mão-de-obra e material impactaram a rentabilidade dos produtores de leite dos EUA, aumentaram significativamente o custo de produção e resultaram em uma queda acentuada de 0,5% na produção de leite em relação ao ano anterior, conforme mostrou o recente relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
 
Na mesma linha, a produção por vaca caiu 2,7 quilos em relação ao ano passado, o terceiro mês consecutivo com menos leite por vaca.
 
De acordo com Matt Tranel da ever.ag, o relatório de produção do leite de outubro apresentou algumas surpresas em relação às suposições dos analistas. “A queda de 0,5% na produção de leite em relação ao ano anterior em outubro de 2021 foi mais agressiva do que o esperado, já que muitos estimaram até um leve crescimento”, disse ele.
 
Erick Metzger, gerente geral do National All-Jersey, afirma que a última vez que isso aconteceu foi há duas décadas, na primavera de 2001. “Acho que os preços dos alimentos estão influenciando a produção por animal”, diz ele. “Os produtores podem estar reajustando as dietas”.
 
Além disso, o número de vacas também diminuiu, com menos 14 mil animais em relação a outubro de 2020 e 22 mil a menos em relação ao mês anterior, levando-se em consideração a revisão do USDA feita no relatório de setembro do mês passado. “O número de vacas dentro do rebanho foi reduzido mais uma vez, pois o aumento do custo da ração é um problema muito real sentido em todo o interior do país e globalmente também”, observa Tranel.
 
Algumas das mudanças entre os seis principais estados produtores de leite são:
 
Califórnia - 1,5 bilhão de quilos (-1,3%), número de vacas inalterado.
Wisconsin - 1,2 bilhão de quilos (+ 2,7%), um aumento de 21.000 vacas em relação ao ano passado.
Idaho - 617 milhões de quilos (+ 0,9%), mais de 6.000 vacas.
Texas - 590 milhões de quilos (+ 3,9%), mais 22.000 vacas.
Nova York - 580 milhões de quilos (+ 1,0%), mais 2.000 vacas.
Michigan - 442 milhões de quilos (- 0,4%), mais 4.000 vacas.
 
 
Impacto do uso de sêmen bovino de corte
 
As fazendas leiteiras estão enviando vacas de menor produção para o abate, o que levou a um aumento nas taxas de abate nos últimos meses em relação ao ano anterior. Os estados que lideram o abate em termos percentuais são Novo México e Washington, embora, com possível aumento dos preços de leite das classes III e IV, o atual ritmo de abate pode desacelerar um pouco. Tranel aponta que este relatório de produção de leite é "certamente otimista e favorável ao aumento nos preços dos lácteos".
 
Dakota do Sul é outro estado de interesse, onde o número de vacas aumentou em 21 mil, um aumento de 15,3% em relação a outubro de 2020.
 
Metzger observa que, desde junho, o abate de vacas leiteiras aumentou em 75 mil em relação ao ano passado, mas o relatório mostra uma queda de mais de 100 mil cabeças a partir de maio. “Acho que parte dos motivos pode ser o aumento do uso de sêmen de bovinos de corte em vacas leiteiras”, diz ele. “Podemos não ter tantas novilhas entrando no rebanho de ordenha como normalmente teríamos.”
 
Ao olhar para as vendas de sêmen de corte da Associação Nacional de Criadores de Animais (NAAB) de 2015 a 2020, um pico ocorreu em 2018 em relação aos três anos anteriores. “As vendas de sêmen em 2018 teriam resultado no nascimento de bezerros em 2019, que entrariam no rebanho de ordenha em 2021”, observa Metzger.
 
No futuro, analisar a quantidade de sêmen bovino vendido em 2019 e 2020 será vital, pois impactará as novilhas de reposição nos próximos dois anos. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 Jogo Rápido

Queijo Président será reconhecido com o prêmio Carrinho Agas 2021
A Président, integrante do portfólio de marcas da Lactalis do Brasil, será reconhecida com o prêmio Carrinho Agas 2021 na categoria Queijos. Concedido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o mérito destaca marcas de diferentes segmentos em 36 categorias, além de duas personalidades. O prêmio será entregue na segunda-feira (29/11) em evento a ser realizado de forma híbrida a partir das 20h. A solenidade receberá até 350 pessoas na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre (RS), e poderá ser acompanhada pelo canal no YouTube da Agas. Os vencedores foram escolhidos por 250 supermercados gaúchos. Eles elegeram o melhor fornecedor na sua opinião para cada uma das categorias. Em 2020, a Elegê, também integrante das marcas da Lactalis, foi agraciada com o prêmio na categoria Melhor Fornecedor de Leites. (Assessoria de imprensa Lactalis)

 

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Porto Alegre, 23 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.546


Última semana de inscrições para o 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Os profissionais que ainda não se inscreveram no 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo têm só mais uma semana para garantirem sua participação. Os trabalhos podem ser enviados até a próxima terça-feira (30/11). 

O reconhecimento, promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), tem o objetivo de homenagear jornalistas que acompanham o setor. 

Podem se inscrever profissionais que produziram matérias sobre a produção de lácteos e derivados na bacia leiteira do Rio Grande do Sul em veículos nacionais, entre 24/11/2020 e 12/11/2021. 

Os vencedores de cada categoria (Impresso, Eletrônico e On-line) receberão um troféu e um iPhone como prêmio. 

Para participar, é preciso preencher a ficha de inscrição e remeter documentação e cópia do trabalho para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. 

A divulgação dos finalistas será realizada até o dia 10 de dezembro pelos canais do Sindilat. Os vencedores serão conhecidos em live com data ainda a ser divulgada. Mais detalhes podem ser conferidos no regulamento publicado no site do Sindilat. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Novembro de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Outubro de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.  
 
Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Novembro de 2021 é de R$ 3,3840/litro. 
 
 Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.   (Conseleite/PR) 



Supremo determina redução de ICMS sobre contas de luz e telefone

Estimativa é de que derrota trará R$ 26,7 bilhões em perdas por ano aos Estados

O preço das contas de luz, telefone e internet pode ficar menor. O motivo está na alíquota de ICMS que incide sobre o fornecimento de energia e serviços de telecomunicações. Os consumidores conseguiram decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma prática comum entre os Estados: cobrar percentuais diferenciados, acima da alíquota ordinária, nessas duas situações.

Essa decisão é considerada como uma bomba fiscal pelos Estados. São estimados R$ 26,7 bilhões em perdas por ano. Todos eles aplicam percentuais maiores para os serviços de telecomunicações. O ICMS varia entre 25% e 35% - conforme cada localidade. Já a alíquota ordinária, cobrada de forma geral pelos governos, fica entre 17% e 20%. Em relação ao fornecimento de energia, somente quatro Estados - São Paulo, Roraima, Amapá e Maranhão - têm alíquotas equivalentes. Todos os outros cobram mais na conta de luz. O percentual chega a 29% no Rio de Janeiro e no Paraná, por exemplo.

Esse assunto foi levado à Justiça por grandes consumidores. Afirmam que os Estados podem aplicar alíquotas de ICMS diferenciadas em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. Mas, nesse caso, dizem, os percentuais instituídos para energia e telecomunicações estão em patamar superior ou semelhante às alíquotas aplicadas para produtos supérfluos.

No caso concreto, as Lojas Americanas contestaram a cobrança de ICMS em Santa Catarina (RE 714139). A empresa argumentou aos ministros que o Estado aplicou a seletividade sem considerar a essencialidade dos bens. Para brinquedos e até fogos de artifício, disse, são cobrados 17%, enquanto que energia e telecomunicações são bem mais essenciais e têm alíquota mais alta, de 25%.

O Estado, por outro lado, afirmava que poderia, no implemento da seletividade, considerar a capacidade contributiva dos contribuintes. Decisão contrária, disse, para proibir a cobrança, provocaria um impacto econômico enorme: R$ 96,6 milhões por mês - o que representa uma queda de 32% na arrecadação do ICMS sobre energia, segundo a Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

Esse julgamento tem repercussão geral. Ou seja, a decisão terá de ser replicada por todos os tribunais do país, afetando, portanto, todos os Estados. O tema foi analisado no Plenário Virtual da Corte e teve desfecho por volta de 20h30 de ontem. O último a depositar voto do sistema foi o ministro Kassio Nunes Marques.

Todos os onze ministros da Corte votaram contra a possibilidade de alíquotas diferenciadas sobre os serviços de telecomunicações. Em relação à energia, o placar ficou em oito a três.

O Estado de Santa Catarina ainda pode apresentar embargos de declaração contra a decisão dos ministros. Nesse recurso, no entanto, não se discute novamente o mérito. Serve para dúvidas e esclarecimentos de pontos que possam ficar abertos no acórdão - por exemplo, eventual modulação de efeitos. (Valor Econômico)
 

 Jogo Rápido

Santa Clara é eleita melhor fornecedora de Leites
A Cooperativa Santa Clara celebra pela 14ª vez o Carrinho Agas, distinção concedida pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) a empresas e personalidades que se destacaram no setor varejista gaúcho. Às vésperas de completar 110 anos de história, a marca é escolhida como a Melhor Fornecedora de Leites pelos supermercadistas gaúchos. Atualmente, a Santa Clara é o maior share de mercado em volume de leite no Rio Grande do Sul. A linha de produtos conta com as versões Leites Longa Vida: Desnatado, Integral, Semidesnatado, Zero Lactose; pasteurizados: Integral e Semidesnatado; Linha Premium: Leite Seleção Integral e Semidesnatado; e em pó Integral e Integral Instantâneo. A escolha dos agraciados do Carrinho Agas ocorreu através de votação direta por parte dos 250 maiores supermercados do Estado, que levaram em conta a responsabilidade social na pandemia, share de mercado, qualidade dos produtos ou serviços, relacionamento com o varejo, índices de ruptura, capacidade de inovação e cumprimento de prazos de entrega. A cerimônia de premiação acontece no dia 29 de novembro, às 20h, no Clube Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre. A Cooperativa já foi destaque no Carrinho Agas como Melhor Fornecedora de Queijos sete vezes, Laticínios três vezes, produtos Zero Lactose e uma vez em Bebidas Lácteas e Alimentos Resfriados. (Assessoria de imprensa Santa Clara)

 

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Porto Alegre, 22 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.545


A tarefa de cuidar da qualidade do leite

Profissão Agro: PAULINE CICHELERO Bióloga, supervisora de qualidade da Santa Clara

A pecuária de leite sempre foi algo familiar a Pauline Cichelero. Filha de produtores de Carlos Barbosa, cresceu vendo de perto a atividade e sabia que era nesse ambiente que queria ter uma profissão. Formada em Biologia e com pós-graduação em Gestão de Qualidade, acabou fazendo carreira na cooperativa Santa Clara, onde hoje é supervisora de qualidade de laticínios da marca. Pelas mãos da sua equipe passa a garantia de que todo produto está à altura das exigências sanitárias e do consumidor. Confira um pouco do caminho trilhado por ela até chegar à posição atual.

Qual o papel do supervisor de qualidade na indústria de leite?
Comecei na Santa Clara na indústria de leite longa vida. Na época, cursava Biologia. Em 2009, formada, surgiu oportunidade de ser encarregada de laboratório, área que gosto muito. Três anos depois, a supervisão de lácteos, que tem a parte de laboratório e o controle de qualidade dentro da indústria, a verificação de boas práticas. Acompanhamos análises, procedimentos, documentação. Diariamente, passo por indústria, laboratório, olho análises. Com a equipe de suporte, faz-se inspeções, avaliações, para ver se o produto está nos padrões.

E que padrões são esses?
Tem o que é determinado pela legislação, critérios auditados pelo Ministério da Agricultura. E temos de atender à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A outra parte são padrões internos, formato, condição, desde o recebimento do leite. São muitas pontas, esse é o maior desafio. Precisa ter pessoas de confiança, que fazem o trabalho permanentemente. A qualidade carrega o nome da marca.

E a formação em Biologia, como se encaixou na carreira?
A atividade rural em geral me atrai. Teria gostado de Medicina Veterinária, mas na época não tinha acesso. Optei pela Biologia e gostei muito da faculdade. Me encanta muito também a parte da natureza, de estar perto dos animais.

Que habilidades são necessárias para atuar na sua área?
Na parte de laboratório, precisa ser muito detalhista, porque, como toda análise tem um procedimento, se fizer a dosagem de um reagente a mais, isso interfere no resultado. Então, é preciso ter olho crítico. Hoje, na minha função, tem toda a parte de gestão, administração.

Como avalia as oportunidades para mulheres no agro?
Elas têm muito potencial. Precisam acreditar mais nelas e se expor mais, mostrar o que sabem fazer e também buscar o crescimento, querer, se esforçar. Internamente, onde trabalho, sempre tive oportunidades. (Zero Hora)
 

Robô leiteiro e bem-estar animal | a alimentação láctea é boa para si

A ordenha robotizada é uma tecnologia que está em desenvolvimento há cerca de 25 anos e pode atingir altos níveis de eficiência na utilização dos recursos, com impacto positivo na qualidade de vida e nas condições de produtividade das pessoas que trabalham na exploração leiteira, no ambiente e no bem-estar animal.

Uma sala de ordenha robotizada permite horários de trabalho mais flexíveis, menos desgaste físico e a qualificação de tarefas que são reavaliadas: uma sala de ordenha de precisão requer a profissionalização da sua gestão. Além disso, numa altura em que se está a tornar essencial atrair os jovens para o sector leiteiro, a robótica aplicada à ordenha oferece às novas gerações tecnologias em linha com os seus padrões sócio-culturais, o que constitui um apelo à permanência ou ao início da actividade.

Um cubículo aberto que a vaca entra sempre que necessita de ser ordenhada, onde ainda mantém contacto visual com o seu grupo (para eles isto é fundamental) e onde lhe é oferecida ração e água fresca enquanto um braço robótico lava, desinfecta e ordenha cada tetina enquanto recolhe dados que são processados numa análise exaustiva de cada uma, permitindo ao produtor reduzir custos, ser mais eficiente na detecção de doenças e estro, e o mais importante, permitindo às vacas produzir até 10% mais leite.

Mas o que faz com que as vacas produzam mais? Uma sala de ordenha robotizada proporciona acima de tudo o bem-estar animal. Ao eliminar o stress, conseguimos uma manada calma e controlável. Todos eles usam uma coleira com um chip ligado a um computador que recolhe muita informação sobre a sua produtividade e saúde, permitindo a detecção imediata e atenção a qualquer exigência individual. Entram voluntariamente para serem ordenhados sempre que desejam, de acordo com a fase de lactação em que se encontram, o que lhes traz um alívio sem demora, desfrutando de uma liberdade que lhes garante maior conforto e aumentando assim a sua capacidade.

O robô trabalha sozinho, mas envia alertas para os telemóveis dos operadores se algo não estiver bem com algum animal, para que o rebanho, a capital principal da exploração leiteira, nunca seja negligenciado. Há um mundo desconhecido e maravilhoso por detrás de cada porção de laticínios que chega à sua mesa! (Edairy)



Danone para mudar a fábrica de lacticínios para Alpro, com base em plantas, como regime alimentar 

A Danone francesa, a maior fabricante mundial de iogurtes, planeia mudar uma das suas grandes fábricas francesas para bebidas à base de plantas no próximo ano, numa aposta em alternativas de leite não-lácteo de crescimento rápido.

A Danone francesa, a maior fabricante mundial de iogurtes, planeia mudar uma das suas grandes fábricas francesas para bebidas à base de plantas no próximo ano, numa aposta em alternativas de leite não-lácteo de crescimento rápido.

A Danone disse num comunicado na quarta-feira que investirá 43 milhões de euros (49 milhões de dólares) em 2022 para converter a sua fábrica leiteira Villecomtal-sur-Arros no sul de França num local de produção de bebidas principalmente à base de aveia para a sua marca Alpro.

Isto segue-se a um investimento de 16,5 milhões de euros este ano na sua fábrica de Alpro em Issenheim, no leste da França.

Danone, proprietária das marcas Evian water e Activia yoghurt, disse que o mercado francês de alimentos à base de plantas triplicou em sete anos e deverá crescer mais 50% até 2025.

“Observamos o interesse dos consumidores em receitas à base de plantas, que são uma solução simples para aqueles que querem uma dieta mais variada e diversificada”, disse François Eyraud, da Danone France.

A fábrica será convertida no Outono de 2022 e produzirá as suas primeiras bebidas de marca Alpro a partir do segundo trimestre de 2023.

A Danone adquiriu a Alpro em 2017 através da sua aquisição da WhiteWave, produtora americana de alimentos orgânicos, no valor de 12,5 mil milhões de dólares, ao tentar capitalizar as tendências alimentares mais saudáveis.

Em Fevereiro, a Danone concordou em comprar a empresa americana Earth Island especializada em alimentos vegetais, num acordo que a ajudaria a atingir o objectivo de gerar 5 mil milhões de euros (6,1 mil milhões de dólares) de vendas a nível mundial até 2025. ($1 = 0.8839 euros) (Edairy)
 
 

 Jogo Rápido

Bovinocultura de leite é tema de reunião técnica em Pouso Novo, diz Emater/RS
A Emater/RS-Ascar e a Secretaria de Agricultura de Pouso Novo realizaram na quinta-feira (18), no CTG Tropilhas da Serra, uma reunião técnica sobre bovinocultura de leite. Na ocasião, os cerca de 40 participantes acompanharam palestras e práticas sobre manejo de milho e produção de silagem de qualidade e sobre regulagem e manutenção de máquinas ensiladoras - com o apoio de representantes da Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e da John Deere. Responsável pela palestra sobre Boas Práticas para a Produção de Silagem de Qualidade, o extensionista da Emater/RS-Ascar Martin Schmachtenberg salientou os benefícios da silagem, que permite a manutenção de mais animais por área e o armazenamento de grande quantidade de alimento de adequado valor nutritivo, garantindo a produção de leite em períodos críticos. "Além de possibilitar o balanceamento econômico da dieta para os animais", enfatiza. Em sua manifestação, abordou ainda todas as etapas do plantio, indo desde a importância da análise de solo, passando pela escolha das variedades, manejo, controle de pragas e ponto correto de colheita e de corte. Sobre a regulagem das ensiladeiras, Schmachtenberg, junto com representantes da John Deere, lembrou a necessidade de proceder com a regulagem três vezes ao dia, para que haja a garantia da padronização das partículas. A atividade foi finalizada com debate sobre processo de ensilagem, conservação e retirada das forragens. Participando da atividade, o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Cristiano Laste, reforçou a importância da tecnificação da atividade, já que há uma exigência maior de profissionalismo na bovinocultura de leite também por causa dos custos de produção. "Em muitos casos são pequenos detalhes que podem fazer a diferença", ponderou. (Página Rural)
 
 

 

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Porto Alegre, 19 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.544


Qualidade do leite no Brasil: Mapa disponibiliza dados online

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disponibilizou online dados históricos sobre qualidade do leite no Brasil, coletados pelo Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL).

O PNQL possui como missão promover a melhoria da qualidade do leite no Brasil, garantir a segurança alimentar da população, assim como agregar valor aos produtos lácteos, evitar perdas e aumentar a competitividade em novos mercados.

O programa é constituído pelo Decreto 9.013, de 29 de março de 2017 - Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA, que estabelece que a inspeção de leite e derivados abrange desde a sanidade do rebanho, obtenção da matéria-prima, sua análise e seleção até a expedição do produto final; e pelas Instruções Normativas nº 76 e nº 77, de 26 de novembro de 2018.

A análise e apresentação dos dados, criando o Observatório da Qualidade do Leite (OQL) é fruto da parceria firmada na Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) entre o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA/SDA) pela Coordenação Geral de Programas Especiais (CGPE), o Departamento de Suporte e Normas (DSN/SDA), pela Coordenação Geral de Avaliação de Risco e Inteligência Estratégica (CGRI) e o Departamento de Suporte Técnico (DTEC/SDA), pela Coordenação Geral de Laboratórios (CGAL).

Os dados divulgados contam com valores coletados desde 2013 de indicadores de qualidade do leite como Contagem de Células Somáticas (CCS), Contagem Padrão em Placas (CPP) – também conhecida como Contagem Bacteriana Total (CBT), gordura, proteína, lactose, sólidos totais e sólidos não gordurosos do leite. Os dados são apresentados na média geral do país, por regiões e unidades federativas — estes dois últimos contidos em gráfico dinâmico que permite selecionar a área de interesse.
Confira alguns dados do país: 



Confira todos os dados no site do Mapa clicando aqui.

As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
 

Chile - Importância dos lácteos na saúde pública
 
Nutrição/Chile – Uma atividade virtual convocou nutricionistas, profissionais de saúde e o público interessado em conhecer e aprofundar os conhecimentos sobre os lácteos e seu impacto na saúde.
 
Os expositores da reunião foram a Drª Bárbara Ángel, Dr. Rodrigo Valenzuela e o acadêmico da Universidade do Chile, Fernando Pizarro.
 
Trata-se de um encontro no formato Instagram Live, no qual houve participação do público com perguntas, e onde as dúvidas sobre conceitos foram dirimidas.
 
Dentro do que foi destacado durante a exposição, a coordenadora do Programa Gracias a la Leche, Consuelo Fuentes, reafirmou que o leite tem um papel muito importante na história do Chile, especialmente durante o século XX na nutrição das crianças. “O Chile passou do país da América Latina com as piores taxas de desnutrição e mortalidade infantil para a erradicação da subnutrição, quando muitos países de nossa região continuam lutando contra ela. Parte importante desse sucesso foi graças aos esforços públicos e privados que forneceram leite às crianças chilenas. Atualmente continua tendo um papel muito relevante através dos programas de alimentação complementar que fornece leite e produtos lácteos a diferentes grupos da população”, disse Consuelo Fuentes.
 
Ao falar de saúde pública, os especialistas destacaram que o leite é um alimento de alta densidade nutricional, acessível para todos e muito versátil em termos de preparações e oportunidades de consumo.
 
Além disso, é um alimento de consumo de massa, a maioria do país consome lácteos em algum momento do dia ou da semana. Isto o converte em um alimento ideal para fortificação com micronutrientes que sejam deficitários na população. “Atualmente está em vigor a política de fortificação do leite e alguns produtos lácteos com vitamina D, já que a deficiência desta vitamina é um problema que afeta gravemente a população chilena. O leite Purita, por sua parte, vem fortificado com ferro (entre outros microelementos) desde o ano 2000, o que já permitiu erradicar a anemia entre as crianças chilenas”.
 
Para os expositores deste encontro, os lácteos são alimentos que proporcionam uma dieta saudável, já que são alimentos de alta densidade nutricional. Isto quer dizer que fornecem muitos nutrientes ao mesmo tempo que são de baixa caloria. São excelentes alimentos para todas as etapas da vida. A mensagem do encontro é que o leite e os lácteos fazem parte de uma dieta balanceada e saudável, em conjunto com um estilo de vida, que inclua atividade física e uma rotina de sono saudável, entre outros elementos.
 
Consuelo Fuentes adiantou que o programa Gracias a la Leche continuará organizando palestras neste formato, que serão divulgadas posteriormente. (Fonte: Mundo Agropecuario – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 

Dairy Vision 2021: ainda é possível inovar no leite?
 
Ontem (18/11), foi realizado o segundo encontro do Dairy Vision 2021. Esta manhã de palestras foi dividida em dois blocos: um sobre inovações e outro sobre novos negócios. Com o oferecimento da Chr. Hansen, o segundo painel sobre inovações foi a primeira temática abordada no dia.
 
O evento tem a presença de quase 400 pessoas (sendo 57% do público indústria de laticínios e 21% empresas de insumos) de 12 países, ocorrendo online nas manhãs dos dias 17, 18, 23 e 24 de novembro.
 
O Dairy Vision 2021 é uma iniciativa do MilkPoint, com o patrocínio da Arla Foods Ingredients, Chr. Hansen, Engineering, Tetra Pak, Hexis Científica, Rousselot Peptan, Cap-Lab, Doremus e Separatori, apoiadores e palestrantes.
 
Iniciando a manhã de palestras, Carolina Sevciuc, Digital Transformation & Innovation & Sustainability na Nestlé, trouxe o case da transformação digital e da inovação aberta na Nestlé Brasil.
 
“Nós entendemos que nosso trabalho aqui dentro da Nestlé Brasil é diário, porque nós precisamos cada vez mais conseguir estarmos atentos a nos conectarmos verdadeiramente com o consumidor brasileiro,” disse Carolina.
 
De acordo com Sevciuc, a exigência por qualidade, saúde e bem-estar é crescente entre os consumidores. “Isso exige cada vez mais produtividade com sustentabilidade. Tecnologia e inovação de portfólio de produto são cada vez mais essenciais.”
 
Em relação à inovação aberta, Carolina destacou a importância das parcerias de aprendizados e crescimento mútuos com as startups, por exemplo, ressaltando que é uma construção. “Você entende qual é o problema e qual é a oportunidade dentro da jornada de impactar positivamente o consumidor, mas você não faz um briefing para a startup; você constrói junto a solução.” Segundo ela, a Nestlé já realizou mais de 30 parcerias com startups.
 
Como um dos impactos da inovação aberta, Carolina citou o envolvimento dos colaboradores, que podem submeter seus projetos de inovação. “Com isso, nós vamos fomentando esse intraempreendedorismo tão importante para fazermos com que a espiral positiva da inovação seja um tsunami dentro da empresa.”
 
Ainda com um olhar atento aos comportamentos de consumo, Sebastiano Porretta, Pesquisador da Estação Experimental da Indústria de Conservas de Alimentos, SSICA, em Parma, na Itália, abordou a mudança de paradigmas no desenvolvimento de novos produtos com base no consumidor.
 
Porreta frisou que “nenhuma estratégia de mercado faria sentindo se não considerarmos a mudança dramática que o setor alimentício passou, em um mundo de novos hábitos alimentares. Por exemplo, basta olhar as palavras-chave do mercado alimentício atual: ‘saudável’ e ‘funcional’ são as palavras mais usadas.”
 
“Além disso, a mudança do mercado está relacionada ao fato que as pessoas comem em todos os lugares. Isso implica que elas vão atrás de um alto nível de serviço, embalagem, talheres e estabilidade.” Dessa maneira, Sebastiano ressaltou que “nós precisamos de um toque de criatividade.”
 
Para Porreta, é necessária uma mudança de paradigmas — que ainda está progredindo — no desenvolvimento de novos produtos. “Pesquisas de mercado investigam as atividades e comportamentos das compras feitas pelos consumidores. Elas podem incluir uma variedade de metodologias tradicionais.”
 
Como exemplo de tais métodos, Porretta citou o grupo focal. “O grupo focal é uma boa ferramenta para uma investigação preliminar, que, deve ser, necessariamente, seguida por uma robusta técnica quantitativa.”
 
Neste sentido, o palestrante destacou a Mind Genomics. “Em um nível simples, é o estudo de misturas, dos estímulos do dia a dia, para entender o que determina a escolha, o que é importante para uma pessoa e o que não é,” explicou.
 
Além das preferências de consumo, é fundamental que as empresas tenham um olhar atento para a sustentabilidade. Em sua apalestra, Rune Joergensen, Gerente do Programa de Sustentabilidade da Chr. Hansen, trouxe justamente essa temática, abordando como viabilizar um sistema alimentar sustentável.
 
De acordo com Rune, a Chr. Hansen escolheu “focar em três das metas do desenvolvimento sustentável. Fome zero, boa saúde e bem-estar; consumo; e produção responsável.” Em sua apresentação, o palestrante mostrou que ações sustentáveis podem ser aplicadas ao longo de toda a cadeia do leite, desde os estábulos até a redução dos desperdícios de lácteos nos laticínios e pelo consumidor final.
 
“Se olharmos para as estatísticas, observamos que 17% dos produtos lácteos são desperdiçados atualmente, não são consumidos, são desperdiçados em algum momento. 81% desse desperdício deve-se à validade do produto, tanto ainda nos laticínios ou na geladeira do consumidor,” disse Rune.  
 
Encerrando o painel sobre inovações, Marcelo Pereira de Carvalho, CEO do MilkPoint e Co-Fundador do AgTech Garage (BR), trouxe a seguinte pauta: como ter sucesso em uma estratégia de inovação aberta.
 
Carvalho explicou que a inovação aberta é aquela que acontece fora da empresa. Muitas dessas inovações são feitas por startups, pelas quais têm havido um aumento nas buscas. De acordo com Marcelo, um dos motivos que explicam esse cenário é a velocidade.
 
“O primeiro aspecto é a questão da velocidade. É a rapidez com que as inovações estão sendo colocadas no mercado, é cada vez maior. As empresas perceberam que, se elas foram atrás do que já existe, ou de pessoas e empresas que já fazem alguma coisa relevante, elas vão conseguir fazer com uma velocidade maior e muitas vezes com um custo menor. Muitas vezes isso pode se tornar um serviço novo que a empresa vai colocar no mercado,” destacou.
 
Neste contexto, Carvalho ressaltou a importância do mundo 4.0, explicando que ele é a junção da conectividade com a digitalização, tecnologias de propósito geral, mobilidade e a capacidade processamento e armazenamento em nuvem. “Tudo isso junto gera novas soluções para resolver dores antigas.”
 
Além disso, Marcelo disse que esses cinco pilares do mundo 4.0 citados anteriormente, também mudam as fontes de vantagens competitivas. Com isso, de acordo com ele, surgem novos competidores. “Mudam também os próprios modelos de negócio. Muitas empresas que têm um histórico de vender um produto, já há algum tempo elas estão vendendo um serviço – mas muitas vezes o produto é o que realmente dá dinheiro — e, no futuro, essas empresas vão vender resultado.”
 
Neste cenário de mudanças, Carvalho também levantou o seguinte questionamento: como as corporações tradicionais podem ter sucesso nesse novo mundo? “O primeiro ponto é a chamada conexão com o ecossistema, com universidades, startups, hubs, investidores. A inovação ela não é mais restrita ao P&D interno das empresas,” explicou.
 
Ao final das apresentações, o próprio Marcelo Carvalho conduziu um bate-papo ao vivo com a presença de todos os palestrantes. O segundo painel do Dairy Vision 2021 trouxe pontos e levantou questões relevantes para o leite seguir inovando em um mundo de grandes transformações e mudanças. (Milkpoint)

 Jogo Rápido

Rio Grande do Sul terá volumes expressivos de precipitação em diversas regiões nos próximos dias
Nos próximos dias deverão ocorrer volumes expressivos de precipitação em diversas regiões do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Agrometeorológico nº 46/2021, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (19) e sábado (20), o tempo fica firme, com grande amplitude térmica, com valores mais baixos durante a noite e temperaturas elevadas no período diurno. No domingo (21), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, com valores acima de 30°C em várias regiões. Na segunda-feira (22), o tempo firme e o calor predominarão em todo Estado, com temperaturas máximas acima de 35°C em diversas áreas. Entre a terça (23) e quarta-feira (24), a propagação de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocarão chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Os valores previstos deverão ser oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das localidades da Metade Sul. No restante do Estado, os volumes deverão oscilar entre 25 e 45 mm e poderão superar 50 mm em diversos municípios do Alto Uruguai, Planalto, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, soja, olerícolas e frutíferas. Veja o boletim completo clicando aqui. (SEAPDR)


 

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Porto Alegre, 18 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.543


DIPOA responde dúvidas sobre a Habilitação e Certificação Sanitária de Produtos de Origem Animal em webinar
 
Produtos de Origem Animal – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por meio da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) realizou, ontem (17), um webinar com o intuito de sanar as dúvidas referente à publicação da PORTARIA SDA Nº 431, DE 19 DE OUTUBRO DE 2021, que trata sobre a Habilitação e Certificação Sanitária de Produtos de Origem Animal.
 
A live teve a moderação da Dra. Carla Susana Rodrigues e participação da Dra. Claudia Vitoria Custodio Dantas e Dra. Fernanda Zeni Michalski, da Divisão de Habilitação e Certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que responderam todas as dúvidas que surgiram durante o evento.
 
A Portaria 431/2021 foi recentemente publicada com o objetivo de detalhar e esclarecer as formas de habilitação e certificação, permitir a rastreabilidade dos produtos de origem animal, dar transparência e segurança ao processo de certificação sanitária e, principalmente, otimizar a força de trabalho do serviço oficial. A Dra. Fernanda Zeni explica que a ideia é padronizar nacionalmente a certificação sanitária, ela comenta que há muitas dúvidas e diferenças entre estados necessitando assim, de padronização dos processos.
 
A publicação da portaria trouxe novos procedimentos como:
• Solicitação da certificação sanitária por meio do Sistema DCPOA visando padronização nacional, a possibilidade de inclusão de documentos base para certificação de forma eletrônica;
• Emissão da Declaração de Destinação Industrial ou Condenação por meio do Sistema DCPOA visando a padronização e permissão da conferência e autenticidade de tais declarações em sistema informatizado;
• Atualização dos modelos de CSN; GT;
• Em relação aos Documentos Base para Certificação (DBC) a DHC publicará os DBC para produtos cárneos que será o piloto para as demais áreas (leite, ovos, pescado e mel)
• Entre outras.
 
Elas explicam que o sistema terá uma capacidade máxima de 5MB por DCPOA, isso impede que as empresas enviem documentos desnecessários. Ao final da apresentação, as perguntas enviadas pelo chat do evento foram respondidas e serão compiladas e publicadas no Perguntas e Respostas da Portaria nº 431/2021. O webinar foi gravado e estará disponível posteriormente na página do DIPOA. (Terra Viva)
 

Conseleite/MG: preço do leite entregue em novembro tem projeção de queda de 3,57%
 
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 17 de Novembro de 2021, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
 
• Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2021 a ser pago em Outubro/2021.
• Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2021 a ser pago em Novembro/2021.
• Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2021 a ser pago em Novembro/2021.
• Os valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2021 a ser pago em Dezembro/2021.
 
 
Períodos de apuração:
• Mês de Setembro/2021: De 27/08/2021 a 23/09/2021
• Mês de Outubro/2021: De 24/09/2021 a 28/10/2021
• Parcial de Novembro/2021: De 29/10/2021 a 11/11/2021
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. Para acessar o simulador, clique aqui. (As informações são do Conseleite Minas Gerais, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
Uruguai – Menor volume exportado de produtos lácteos e crescimento de 7% nas divisas
 
Nos primeiros dez meses do ano as exportações de produtos lácteos superaram em 7% as de igual período de 2020. O incremento se deu pelo maior faturamento com leite em pó integral, leite em pó desnatado e manteiga.
 
Entre janeiro e outubro de 2021 as vendas ao exterior, medidas em dólares, cresceram 7%. Por produto, as variações foram: leite em pó desnatado (+11%); leite em pó integral (+8%); e manteiga (+20%). O queijo caiu (-4%) no período, informou o Instituto Nacional do Leite (Inale).
 
O leite em pó integral, em outubro, obteve faturamento de US$ 34,5 milhões. No acumulado do ano chegou a US$ 414,7 milhões (8% mais do que em igual período de 2021). As vendas de leite em pó desnatado em outubro foram de US$ 11,5 milhões; no acumulado foram US$ 35 milhões (11% mais que em 2020).
 
A manteiga, em outubro, chegou a US$ 6,8 milhões e no acumulado do ano US$ 37,6 milhões (20% mais).
 
Os queijos, em outubro, somaram US$ 9,5 milhões, e o total de janeiro a outubro foi de US$ 86,7 milhões (4% menos). O total exportado de outubro foi de US$ 67,3 milhões; nos primeiros dez meses acumulou US$ 610,4 milhões (7% mais).
 
Volume menor
O Inale destacou que, em relação aos primeiros 10 meses de 2020, no acumulado até outubro houve queda nos volumes exportados de todos os principais produtos, sendo a maior redução do leite em pó integral e dos queijos, na ordem de 6% cada um, seguidos pela queda de 5% nas vendas de leite em pó desnatado e manteiga.
 
Destinos e Aumento dos preços
O aumento das divisas, apesar do menor volume, se explica pelo aumento dos preços internacionais. O principal destino foi o Brasil com 25% dos volumes exportados, seguido pela Argélia (23%); China (20%), Rússia (6%) e México (4%). (TodoElCampo)

 Jogo Rápido

Setor teme perda com decretos

Entidades do setor de proteína animal avaliam os impactos dos decretos 56.116 e 56.117 na competitividade dos frigoríficos. Publicados em 30 de setembro, os decretos estenderam o prazo para o aproveitamento de créditos presumidos de ICMS pelas empresas, que venceria no final deste ano, e trouxeram novas regras. O descontentamento é com relação às deduções máximas, que caíram para 5% do crédito presumido concedido em 2022, de 10% em 2023 e 15% a partir de 2024. “Os decretos trazem uma perda de créditos presumidos que acabam repercutindo na competitividade da produção do Rio Grande do Sul quando se destinar a outras unidades da federação”, diz o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber. (Correio do Povo)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.542


Dairy Vision 2021: setor tem muitas oportunidades, além dos desafios conhecidos

Hoje (17/11), teve início o Dairy Vision 2021, um dos principais fóruns mundiais de discussão sobre o setor lácteo. Neste primeiro dia de evento, as discussões foram pautadas nas tendências que existem à frente no mercado leite, em painel apoiado pela Arla Foods Ingredients.

O evento tem a presença de quase 400 pessoas (sendo 57% do público indústria de laticínios e 21% empresas de insumos) de 12 países, ocorrendo online nas manhãs dos dias 17, 18, 23 e 24 de novembro.

O Dairy Vision 2021 é uma iniciativa do MilkPoint, com o patrocínio da Arla Foods Ingredients, Chr. Hansen, Engineering, Tetra Pak, Hexis Científica, Rousselot Peptan, Cap-Lab, Doremus e Separatori, apoiadores e palestrantes.

Iniciando a manhã de palestras, Paulo do Carmo Martins, da Embrapa Gado de Leite abordou os principais desafios e oportunidades que o setor lácteo brasileiro tem à frente.

De acordo com Paulo, existe uma tendência muito clara no setor lácteo: mais leite, com menos produtores. E uma segunda tendência muito clara: o modelo de transição. “Nós estamos saindo de trabalho intensivo para capital intensivo. O número de vacas por propriedade tanto na América do Norte, na Europa e na Oceania, está aumentando por propriedade. No Brasil não é diferente.”

Em relação à produção de leite brasileira, Martins apontou que “ainda vamos continuar patinando. Muito provavelmente por questões que fogem do controle do produtor, são questões externas. Tem a ver com dólar, custos de produção. Nós vamos estar permanentemente mantendo um crescimento muito pequeno, porque a produção de leite também cresce dependendo da renda.”

Outras questões abordadas por Paulo foram a especialização da produção de leite regional e as margens estreitas tanto para laticínios quando para produtores. “O fato concreto é que essas margens irão tirar da atividades muitos produtores e laticínios.”

Segundo Paulo, o conceito de FoodTech é uma megatendência, impulsionada pela vertente de produtos plant-based, e questões como bem-estar animal, sustentabilidade, saudabilidade, oportunismo zero e pegada de carbono, entre outros. Neste contexto, destacou o ESG. “Para crescer as empresas terão que respeitar as questões ambiental, social e de governança.”

Em seguida, Christian Koch, pesquisador, professor na School of Economics and Marketing, Lund University, Suécia, trouxe os quatro cenários possíveis para a indústria láctea mundial, fruto de uma pesquisa realizada em parceria com a Tetra Pak.

Para Christian, existem duas maneiras de responder o questionamento de como será o futuro dos laticínios do ponto de vista de planejamento estratégico. “Uma seria supor que o desenvolvimento de negócios continua de acordo com as tendências e premissas para os laticínios. Isso significa lidar apenas com os chamados ‘elementos pré-determinados,’ que são relativamente estáveis ou previsíveis, como as mudanças demográficas.”  

“Há outra abordagem para responder à esta pergunta estratégica. Essa abordagem alternativa presume que existem tendências disruptivas, que podem se tornar importantes e desafiar as suposições atuais. Incertezas críticas são instáveis ou imprevisíveis, como, por exemplo, os gostos dos consumidores e regulamentações governamentais sobre novas tecnologias. Essa visão alternativa é a abordagem de cenários para desvendar resultados futuros plausíveis. Em outras palavras, essa visão antecipa o que está por vir, mas ainda não é muito perceptível,” completou.

Christian explicou que o estudo sobre os cenários possíveis para os laticínios foi pautado na abordagem alternativa, que chegou a quatro diferentes e extremos cenários: Green Dairy, New Fusion, Brave New Food e Dairy Evolution.

O Green Dairy é “marcado por fortes restrições e oposições socioambientais, mas pouca transformação e transição tecnológica, representando o futuro alternativo,” disse Koch. O New Fusion “é dominado por tecnologias e processos inovadores, mas com restrições socioambientais apenas fracas e incrementais, representando o futuro plausível.”

“A combinação de fortes restrições socioambientais e alta transição tecnológica resulta em um cenário chamado Brave New Food. Neste cenário extremo e conflituoso, avanços em produtos alimentares sustentáveis são apoiados ou restritos por regulamentações, que servem ao novo mundo de alimentos.” Nesse cenário, o “leite” produzido por fermentação em laboratório cresce significativamente.

Já o Dairy Evolution, Koch explicou que “é caracterizado por não ter grandes surpresas com desenvolvimento, e em grande parte seguindo tendências atuais e com uma variedade de interferências menores vindas de fatores incertos.”

Ainda sobre o futuro, Kevin Bellamy da Global Sector Head no Rabobank, trouxe a discussão se os alimentos lácteos têm um futuro brilhante. De acordo com ele “está claro que os laticínios vão continuar a exercer um papel fundamental na alimentação mundial.”

Contudo, Kevin salientou a questão por pressões ambientais, dizendo que “os produtos com proteínas alternativas, incluindo proteínas de culturas vegetais continuarão competindo com os leites fluidos e produtos lácteos frescos. Mas o sabor e a conexão emocional dos consumidores com produtos como queijo, garantirá que a demanda por laticínios continue forte.”

“A competição não será algo ruim. As empresas de laticínios serão forçadas a inovar e desenvolver formas de atender as necessidades do consumidor e de se mostrarem melhores de que outras fontes de proteína. Dessa forma, podem convencer os consumidores a pagarem os preços mais altos necessários atrelados aos custos de proteção ambiental.”

Sobre o consumo de lácteos, além do impulsionador demográfico, que pode aumentar a demanda, Bellamy citou a faixa etária da população, que direciona a natureza da demanda por lácteos.

“Mais de um bilhão de chineses terão mais de 50 anos na próxima década e a necessidade de leite em pó infantil, na China, continuará a diminuir. Pouco menos da metade do crescimento esperado na população dos EUA será de origem imigratória, somando-se a população adulta mais jovem. Enquanto o envelhecimento da geração dos baby boomers levará ao crescimento da faixa etária de pessoas com mais de 75 anos. Da mesma forma, no Brasil e no México, uma população envelhecida significará menos crianças para consumir laticínios e as empresas precisarão focar em consumidores mais velhos,” concluiu. Por outro lado, em regiões com menor faixa etária, como Índia e Indonésia, o consumo de lácteos pode ser limitado pela acessibilidade econômica.

Na perspectiva do quanto o setor leiteiro pode ser afetado pelo crescimento das bebidas à base de plantas e alimentos de laboratório, o evento trouxe a palestra de Julian Mellentin, fundador da New Nutrition Business.

Julian destacou que as bebidas vegetais vendidas em países como os EUA são vendidas com um sobrepreço de 100%. Representam 15% do mercado em valor, mas apenas 7% em volume. “Interessante, não é? Nos disseram que as bebidas vegetais são substitutas do leite, que representam um mercado popular. Mas isso não é verdade, é ainda um nicho.” De acordo com ele, apesar de ser um mercado altamente valorizado, ainda é um segmento de consumo pequeno.

“É um ponto muito importante a se ter em mente. Grande parte do crescimento das bebidas vegetais está relacionado às melhorias em termos de sabor e textura. Não se trata dos vegetais, nem necessariamente algo ligado à saúde, mas obviamente isso é importante. Não devemos subestimar o impacto de melhorar a experiência dos consumidores,” ressaltou Julian.

Mellentin salientou que as marcas de produtos vegetais não comprovam necessariamente que são mais sustentáveis. Além disso, ao comparar um “queijo vegano” com um tradicional (ambos produtos da Europa) abordou a questão nutricional, enfatizando a quantidade de proteínas: 1,3g no vegano e 25g no tradicional. “O perfil de macronutrientes desses produtos [vegetais] é pobre. O perfil de micronutrientes é muito pobre, às vezes até inexistente,” frisou.

Sobre as vantagens competitivas dos lácteos, Mellentin elencou a qualidade proteica e a densidade nutricional. “Isso é importante para os laticínios, porque eles são naturalmente densos nutricionalmente. É um dos alimentos mais ricos em nutrientes que podem ser consumidos.” Além disso, em sua palestra também abordou o leite sem lactose e a valorização da gordura láctea pelos consumidores como caminhos que os laticínios podem apostar para competir com o mercado plant-based. Segundo ele, o leite de vaca sem lactose cresce mais do que qualquer leite vegetal (nos EUA) e neste ano o leite integral de vaca crescerá em mercado, mais de 2 vezes o crescimento dos leites vegetais.

Marcelo Leitão, Gerente Comercial da divisão Foods da Arla Foods Ingredients no Brasil, trouxe um tema bastante interessante e oportuno para os laticínios: reaproveitamento de soro ácido para gerar novos negócios e a habilitação das empresas em prol da sustentabilidade.

“A geração de soro é um fato, as empresas geram soro. É um ingrediente que tem um alto valor nutricional. O soro praticamente tem quase a mesma composição de sais minerais do leite, é uma fonte de proteínas, que são muito valorizadas e também tem um pouco de gordura. O soro é considerado um alimento nobre, porque tem um valor nutricional interessante,” apontou Leitão.

Quando se fala em soro, Marcelo explicou que o grande desafio é o soro ácido, que é um produto originado da fabricação de cream cheese, petit suisse, skyr ou iogurte grego e requeijão nas empresas que produzem esses derivados pelo processo tradicional – sem adição de proteína. Além disso, o soro da fabricação de ricota também é ácido. “É possível sim, reaproveitar o soro ácido,” enfatizou.

De acordo com Leitão, para o reaproveitamento de soro ácido as empresas podem seguir por dois caminhos. “No processo sem geração de soro, no qual inicialmente a proteína é adicionada na produção, ou seja, não existe a geração de soro. Ou, então, a empresa que não pode abrir mão do seu processo tradicional, e consequentemente gera soro ácido, ele pode entrar como matéria-prima.”

Fomentando o foco da sustentabilidade, Lukasz Wyrzykowski, Diretor Geral do IFCN, trouxe o questionamento: é possível atingir a neutralidade de carbono no setor lácteo? “Atualmente, o que vemos e observamos na mídia é o foco, principalmente, na emissão de carbono. Mas, não podemos nos esquecer quantos outros itens existem em torno da nossa produção diária. Devemos ter um olhar multidimensional,” disse.

“Se estamos falando sobre CO2, e estivermos falando sobre as emissões, precisamos ver as definições de alerta. Se estamos falando sobre gases do efeito estufa, o que isso significa? Qual tipo de gás estamos falando?”

“Se estamos falando da metodologia, temos que entender que precisamos de cálculos por trás disso. Por exemplo, se temos o equivalente de CO2, precisamos recalcular outros gases para o equivalente de dióxido de carbono, para realmente medir quais são as emissões nas fazendas. Ainda não existe um método em todo mundo,” complementou Lukasz.

Wyrzykowski explicou que existem várias estratégias que podem ajudar na redução das emissões. “Eu acredito que a mais importante e a mais fácil é o aumento da eficiência produtiva. Como podemos aumentar o rendimento e a quantidade de leite produzido por vaca? Pelos nossos cálculos, cerca de 30% de toda a redução das emissões no mundo pode ser feita por uma simples melhora na produtividade.” De acordo com Lukasz, além disso podem ser usados aditivos para rações ou inibidores de metano, bem como uma melhoria da gestão das fazendas.

“Se começarmos a operar com mais tecnologias, podemos ir mais a fundo e, talvez, no final, reduzir as emissões a zero. Mas é claro que isso criará custos significativos.” Por outro lado, ponderou: precisamos começar pelo mais fácil, para não prejudicar a economia, isto é, pelo aumento da produtividade.

Ao final das palestras o evento trouxe um debate ao vivo com a presença de todos os palestrantes, moderado por Marcelo Carvalho, CEO do MilkPoint e Co-Fundador do AgTech Garage. O primeiro dia do Dairy Vision 2021 abordou uma temática importantíssimas para o futuro do setor lácteo.

Se interessou? O Dairy Vision 2021 está apenas começando, ainda dá tempo se inscrever! Todas as palestras, bem como o debate ficam disponíveis na plataforma 60 dias após o evento, você não perde nada! Faça parte do futuro do setor de laticínios mundial! Associados Sindilat/RS tem 30% de desconto clicando aqui. (Milkpoint) 
 

Ferramenta genômica seleciona bovinos leiteiros adaptáveis às diferenças climáticas do Brasil

A Embrapa Gado de Leite (MG) está utilizando uma ferramenta genômica denominada Clarifide Girolando para identificar touros capazes de produzir progênies (filhas) de acordo com a tolerância ao estresse térmico. “Pretendemos com isso enfrentar um grande problema da pecuária leiteira nacional, que é a perda de produção acarretada pelas condições locais de alta temperatura e umidade”, diz o pesquisador da Unidade Marcos Vinícius Barbosa da Silva, que coordena a pesquisa. 
 
“O estresse térmico interfere diretamente na produção de leite e quanto mais produtiva for a vaca, maior será essa interferência”, afirma, Renata Negri, doutora em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que integra a equipe de pesquisa. Ela prossegue: “Acredita-se que haja diferenças nas respostas fisiológicas associadas à produção de leite nos diferentes grupos genéticos que constituem a raça Girolando, sendo necessário identificar e classificar os animais conforme sua tolerância ao calor”.
 
A pesquisa conta ainda com a participação das doutoras em Genética e Melhoramento Darlene Daltro (UFRGS) e Sabrina Kluska da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Jaboticabal). Daltro informa que os trabalhos tiveram início em maio deste ano, quando foram selecionados 300 rebanhos distribuídos em diversos pontos do País.
 
A produção dos indivíduos desses rebanhos foi acompanhada e comparada entre si, tendo como principal variável as condições climáticas locais fornecidas pelas estações meteorológicas mais próximas das fazendas. Modelos matemáticos demonstraram que algumas vacas da raça Girolando podem deixar de produzir mais de mil litros de leite, considerando 305 dias de lactação, devido ao estresse térmico. Em seguida, por meio do Clarifide, identificou-se o genoma dos animais pesquisados para determinar os mais adaptáveis a determinada região.
 
Genômica agrega valor à raça brasileira Girolando - Segundo Kluska, com a pesquisa, as centrais de inseminação artificial poderão informar, além dos PTAs (Capacidade Prevista de Transmissão das características genéticas, traduzido do inglês: Predict Transmission Ability), a progênie mais adequada às diversas condições climáticas do País. De acordo com ela, essa é uma informação estratégica para o produtor. Além da queda na produção de leite, as fazendas têm prejuízos com o descarte de animais, de alto valor financeiro, intolerantes ao estresse térmico, mas cuja genética poderia ser muito eficiente em outros locais. 
 
“A identificação entres grupos genéticos e dentro de cada grupo permitirão o direcionamento de uso, conforme as condições locais de cada região brasileira, permitindo ao criador a escolha e utilização dos animais conforme suas condições reais de manejo e de ambiente, visando estabelecer um sistema de criação economicamente viável e cada vez mais eficiente”, destaca a doutora da Unesp-Jabuticabal.
 
Silva diz que a pesquisa irá contribuir muito para a Girolando, uma raça sintética desenvolvida no Brasil, com o cruzamento das raças Holandês X Gir Leiteiro, unindo o alto potencial produtivo da primeira com a rusticidade da segunda. “O Brasil é um país com extensão continental, com grandes variações climáticas e é inviável termos um padrão genético para todo o território nacional. O que o conhecimento genômico está nos permitindo é adequar a raça segundo as características específicas de calor e umidade”, resume Silva.
 
O pesquisador conclui destacando que esse trabalho é uma parceria da Embrapa com a Associação Brasileira de Criadores da Raça Girolando (Girolando). “Constituímos um pool de recursos para desvendar características intrínsecas da natureza dos animais da raça, proporcionando melhor compreensão dos mecanismos de defesa corporal e auxiliando na tomada de decisões e direcionamento dos programas de melhoramento genético, conforme os objetivos de seleção, exigências do mercado e atendendo aos requisitos de bem-estar animal”, completa Silva.
 
Lançado há três anos, Clarifide Girolando já apresenta resultados – Seu desenvolvimento levou seis anos de pesquisas em genômica, genética molecular e bioinformática. “Reunimos o que há de mais avançado nos conhecimentos de genoma e sistemas computacionais para avaliar as informações provenientes de um chip com centenas de milhares de dados relacionados ao DNA bovino”, diz Silva. A seleção dos animais para os sistemas de produção de leite é feita a partir de uma amostra de material biológico que contenha células do bovino. As informações genéticas coletadas são comparadas com as que estão disponíveis no chip do Clarifide Girolando.
 
Como resultado desse trabalho, o produtor recebe uma série de informações a respeito do animal, como produção e proteínas do leite, se é portador de genes que produzam defeitos genéticos, capacidade reprodutiva e outros dados necessários para que o processo de melhoramento do rebanho seja efetivo, como ocorre com a pesquisa a respeito da tolerância ao calor e à umidade.
 
A redução do tempo de avaliação dos animais, com a consequente diminuição dos custos, é a grande vantagem do Clarifide Girolando. Atualmente, a seleção de um touro que entra em teste de progênie custa cerca de R$ 300 mil. Trata-se de um processo demorado, que pode durar por volta de sete anos.  Com o Clarifide Girolando, isso é otimizado, como demonstra a pesquisa sobre estresse térmico, com os 300 rebanhos selecionados, que durou apenas seis meses.
 
Genômica e predição: seleção genética antes do nascimento – A avaliação genômica abre grandes possibilidades para o melhoramento dos rebanhos. Ela permite, por exemplo, que o animal seja selecionado antes mesmo de nascer. É possível retirar uma pequena amostra (dez células) de um embrião após sete dias da fecundação in vitro (fertilização realizada no laboratório) e, por meio dessas poucas células, analisar todo o seu genoma. Caso o embrião possua as características desejáveis, ele é transferido para a vaca (barriga de aluguel) que irá proceder a gestação. Do contrário, poderá ser descartado. Além de economizar tempo, esse procedimento otimiza as barrigas de aluguel, pois a vaca passará a gerar somente os embriões que foram selecionados como os melhores.
 
As informações são do Embrapa Gado de Leite, adaptadas pela equipe MilkPoint. 



Capacitação incentiva uso da homeopatia na atividade leiteira

A homeopatia é um método terapêutico existente há mais de 200 anos e é considerada uma forma de tratamento alternativo ou complementar. Desde 2015 a Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), vem trabalhando essa temática em cursos e capacitações, especialmente ligados à bovinocultura de leite, despertando o interesse de agricultores familiares na utilização dessa ferramenta no seu dia a dia na propriedade rural.
 
Com os bons resultados obtidos em alguns municípios da região Norte do Estado, o número de famílias interessadas nessa prática cresceu. Para atender essa demanda, duas capacitações sobre o uso da homeopatia na atividade leiteira foram realizadas nesta semana, dias 09 e 10/11 em Palmitinho, e dias 11 e 12/11 em Liberato Salzano.
 
As capacitações foram conduzidas pelo médico veterinário da Emater/RS-Ascar Ricardo Lopes Machado, especialista no assunto. As atividades realizadas em Palmitinho e Liberato Salzano reuniram produtores rurais e extensionistas que já estão usando a homeopatia em suas atividades ou que estão interessados em iniciar essa prática. Em Palmitinho, a capacitação foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal da Agricultura e Sicredi. Em Liberato Salzano, a atividade contou com o apoio da Prefeitura Municipal.
 
"Nosso trabalho tem como objetivo levar às famílias o conhecimento e informação sobre essa ferramenta, buscando sempre uma produção de leite mais sustentável, reduzindo o uso de medicamentos e melhorando outros processos. Essa é uma prática que traz ganhos econômicos, mas principalmente sociais e ambientais também", comentou o extensionista rural da Emater/RS-Ascar Valdir Sangaletti, coordenador regional de sistemas de produção animal.
 
Na região, hoje são 16 equipes municipais e 245 famílias assistidas trabalhando com a homeopatia em diferentes atividades, como a bovinocultura de leite, gado de corte, pequenas criações e também na produção vegetal. O uso da homeopatia é mais intenso na atividade leiteira. Municípios da região, como Gramado dos Loureiros, Sarandi, entre outros, têm trabalhos expressivos nessa área e estão apresentando resultados importantes e positivos, o que tem motivado outras famílias a aderirem a essa ferramenta.
 
Para 2022, 21 municípios já planejaram ações envolvendo a homeopatia, especialmente na atividade leiteira. Serão 355 famílias que receberão assistência técnica e acompanhamento direto sobre o assunto no próximo ano.
 
"O objetivo dessas ações é mostrar às famílias a importância da homeopatia, mas sempre com um olhar sistêmico à propriedade rural. A homeopatia é uma ferramenta importante, mas que deve ser acompanhada de um conjunto de ações, como o bem-estar e a sanidade animal, o bem-estar das pessoas, a melhoria do solo, entre outras. Dessa forma, a partir desse conjunto de ações, a homeopatia poderá contribuir com as atividades produtivas, reduzindo o custo de produção, melhorando a saúde dos animais, a saúde das pessoas e trazendo mais qualidade de vida", completou Sangaletti.
 
As informações são da Emater-RS Ascar, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

 Jogo Rápido

Mapa prorroga portaria que trata sobre Trânsito e Certificação Sanitária de Produtos de Origem Animal
Foi prorrogada a data de vigência da PORTARIA SDA Nº 431, DE 19 DE OUTUBRO DE 2021, que Aprova os Procedimentos de Trânsito e de Certificação Sanitária de Produtos de Origem Animal e de Habilitação para Exportação de Estabelecimentos Nacionais Registrados Junto ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Esta portaria estava prevista para entrar em vigor no dia 03 de novembro, porém foi prorrogada por meio do  OFÍCIO-CIRCULAR  Nº 76/2021/DIPOA/SDA/MAPA,  datado  de  15 de novembro de 2021. (data que encerrou o prazo concedido  pelo  OFÍCIO-CIRCULAR Nº 73/2021/DIPOA/SDA/MAPA). As empresas têm, agora, até o dia 01 de dezembro de 2021 para conclusão das adequações impostas pela Portaria SDA/MAPA nº 431/2021. >> Acesse aqui a PORTARIA SDA Nº 431, DE 19 DE OUTUBRO DE 2021. (Elaboração Terra Viva com dados do DOU)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.541


Global Dairy Trade



Fonte: Gdt adaptado Sindilat/RS
 

“NÃO QUEREMOS QUE OS JOVENS TRABALHEM NA LEITEIRA PORQUE NÃO TÊM OUTRA OPÇÃO, MAS PORQUE A VEEM COMO UMA ALTERNATIVA ATRAENTE”

A jornada de trabalho dos produtores de leite convencionais no Uruguai geralmente começa muito cedo pela manhã, quando vão ao campo para realizar todas as tarefas relacionadas com a ordenha.

Essa rotina é realizada duas vezes ao dia, todos os dias do ano, e implica um grande esforço dos produtores de leite do país, que renunciam às atividades pessoais para poder cumpri-la.

Avaliando opções que favorecem o bem-estar dos trabalhadores rurais, a estação experimental do Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA) de La Estanzuela instalou em 2017 o primeiro robô leiteiro do país, uma tecnologia com múltiplos benefícios que foram analisados no programa “ En onde estamos ”da Rádio Nacional pelo Ing. Agr. (Doutorado) Santiago Fariña, diretor do Programa de Pesquisa em Produção de Leite do INIA.

O especialista começou explicando que existem mais de 40.000 tambores de robôs no mundo. No Uruguai a novidade foi introduzida pelo INIA há quatro anos e depois foram instalados mais dois em propriedades privadas em San José e Rocha.

“No INIA instalamos sem saber como ia funcionar. Na Austrália e na Nova Zelândia, que possuem sistemas pastoris como os do Uruguai e onde este tipo de robôs já operam há vários anos, foram conseguidas horas mais agradáveis para os produtores de leite, que era a tarefa principal, e juntos também conseguiram outra. monte de benefícios. Conseguimos avaliar e conseguir essa melhoria nos horários aqui ”, destacou a pesquisadora.

Especificamente, a leiteria INIA La Estanzuela é composta por dois robôs que realizam a ordenha. O gado possui uma coleira de identificação individual que oferece informações sobre cada vaca e que, nas proximidades das portas inteligentes, permite a entrada ou não nos espaços de espera e pós-ordenha e nos piquetes de pastejo. Em todos os momentos o rebanho circula pela propriedade voluntariamente incentivado pela alimentação e o sistema se encarrega de colocar as tetinas para que seja ordenhada voluntariamente.

Sem afetar o número de trabalhadores da atividade leiteira, esta tecnologia permite que as pessoas abandonem as tarefas mais sacrificadas e passem a assumir outras tarefas de tomada de decisão com base nas informações fornecidas pelo sistema em tempo real e à distância.

“Embora seja um dispositivo relativamente simples, ele faz um trabalho que em baterias convencionais exige muito tempo e esforço. Na leiteria do robô a equipe chega às 7h30 e sai às 16h, mas um fazendeiro tradicional tem que se levantar para o leite, por exemplo, às 4h da manhã todos os dias do ano. dormir pouco ou ir para a cama tarde e faltar às atividades que compõem a vida social do trabalhador ”, enfatizou Fariña.

A mudança geracional também implica desafios e incertezas para os proprietários de fazendas leiteiras convencionais, já que muitas vezes os jovens não acham atraente o esforço que seus pais devem fazer. Como exemplo, Fariña citou o caso do produtor de leite que trabalha na fazenda convencional do INIA há mais de 44 anos.

“Está há mais de quatro décadas na leiteria e o filho não queria fazer o mesmo que ele, porque via as limitações que o pai tinha, que não podia sair ou ir a eventos familiares. E isso acontece em muitas famílias no Uruguai e é uma questão geracional, porque os jovens querem ter mais tempo livre. Nesse caso, o filho do leiteiro ganhava a vida, trabalhava nas reservas naturais e quando voltava acariciava os bezerros. Porém, quando teve a oportunidade de trabalhar com a leiteria robô, ele gostou ”, disse.

Nesse sentido, Fariña explicou que o objetivo da leiteria robotizada é que, através das facilidades proporcionadas pela tecnologia e que estão sendo avaliadas pelo INIA, as novas gerações vejam uma interessante oportunidade de trabalho na leiteria. “Não queremos que os jovens trabalhem na indústria leiteira porque não têm outra opção, mas porque a veem como uma alternativa atraente”, afirmou.

“Isso está acontecendo cada vez mais e é um fenômeno que temos que entender e enfrentar. Existem jovens apaixonados por leite, vacas e campo, mas não querem um trabalho que exija um esforço extraordinário. Isso pode ser melhorado com a tecnologia, por isso de institutos como o INIA devemos avaliar, investigar e buscar soluções inovadoras que tornem o laticínio um trabalho mais atraente e sustentável para as gerações futuras ”, finalizou. (Edairy)

 

Primeira exportação de lácteos à China da história é feita pela CCGL

A China recebeu no início deste mês a primeira carga de produtos lácteos brasileiros da história. Dois anos depois da consolidação da abertura do mercado, com a habilitação das plantas do Brasil para exportação, a Central Cooperativa Gaúcha Ltda (CCGL) encaminhou um pequeno volume de leite em pó por via área, de Guarulhos (SP) para Xangai, no dia 5.

Emblemático, o negócio pode começar a abrir as portas de um dos maiores mercados consumidores de lácteos do planeta, cujas importações estão em franca expansão. “Acreditamos muito nesse mercado para o futuro”, afirmou ao Valor Caio Vianna, presidente da CCGL, que faturou R$ 1,4 bilhão em 2020.

Primeiro grupo brasileiro a buscar habilitação para exportar à China, a CCGL usará essa venda para tentar expandir os negócios no país asiático, onde já tem marca registrada. A importação foi realizada por uma empresa parceira da cooperativa, que agora vai fazer o trabalho de correspondente comercial para divulgar e vender os produtos gaúchos. Mais dois contêineres de leite em pó já estão negociados e devem ser enviados em breve.

A carga exportada incluiu leite em pó integral, leite em pó desnatado e leite em pó zero lactose – item que exige aplicação de muita tecnologia e pode ser interessante para o público chinês, diz o presidente da central. “O objetivo da primeira exportação é ter o produto na China para podermos trabalhar comercialmente. Abrimos um canal com o maior mercado consumidor do mundo”, afirmou Vianna, que não revelou o valor da negociação.

Os laticínios brasileiros começaram a ser habilitados em 2019 para exportar para a China, mas a certificação estava acordada com o país asiático desde 2007. Atualmente, 33 empresas têm o aval para comercializar com os chineses.

Para viabilizar a venda, a CCGL precisou se adequar às burocracias e exigências sanitárias de Pequim, que exigiram paciência e investimentos em manejo, registro, acompanhamento e rastreabilidade. A cooperativa tem 3,5 mil produtores fornecedores e capacidade instalada de processamento de 3,2 milhões de litros diários na planta de Cruz Alta (RS).

Cerca de 60% do volume de 1,7 milhão de litros de leite recebidos diariamente pela central de 30 cooperativas filiadas vêm de propriedades certificadas pelo programa Leite Mais Saudável como livres de tuberculose e brucelose. Os produtos enviados para a China são oriundos desses produtores. Também foram superadas exigências sanitárias para comprovar a ausência de contaminantes nos produtos nacionais comuns em lácteos de outros países.

“Temos que ter condições de rastrear o produto desde a propriedade, com o nome do produtor, e todo o processamento dentro da indústria. Tivemos que identificar explicitamente e individualmente os produtos nos documentos de exportação. É trabalhoso e complicado”, contou Vianna.

O objetivo é tornar a produção conhecida e confiável para eliminar alguns requisitos nos próximos embarques. “Em grandes volumes vai ser muito complicado, são adequações que ao longo da evolução do processo terão que acontecer”.

A CCGL já exportava para a Argélia e outros países africanos. As vendas externas são uma opção para corrigir distorções de mercado, disse Vianna, dada a sazonalidade da produção e dos preços internos. “É bom exportar porque o mercado interno está travado, algumas exportações se fazem necessárias para tirar a pressão sobre estoques”, ressaltou.

Segundo Vianna, os preços acertados da carga destinada à China foram similares aos do mercado interno. “É um primeiro passo para que outras empresas se adequem, procurem parceiros comerciais. Vamos torcer para que o mercado e câmbio nos permitam fechar a conta”.

A Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) ainda não tem uma estimativa do potencial das exportações à China, mas diz que outras empresas estão prospectando negócios. A meta é conseguir um desempenho semelhante ao alcançado na Rússia, cujo mercado foi aberto em 2014. Hoje, quatro contêineres são enviados por mês aos russos, com produtos de alto valor agregado. “Vamos conquistando o gosto dos consumidores estrangeiros aos poucos”, disse Gustavo Beduschi, diretor executivo da entidade. (As informações são do Valor Econômico)


 Jogo Rápido

EUA: exportações caminham para recorde, mas logística preocupa
Enquanto as exportações de produtos lácteos dos Estados Unidos (EUA) estão rumando para um ano recorde, a crise da cadeia de abastecimento pode causar danos irreparáveis no futuro, segundo representantes da indústria de laticínios do país. De acordo com dados mensais divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA em 5 de novembro, o valor das exportações de laticínios do país para o ano fiscal (FY) 2021 (outubro de 2020 a setembro de 2021) atingiu US$ 7,394 bilhões, um aumento de 13% em relação ao ano fiscal de 2020 e quase o mesmo do recorde anterior de US$ 7,4 bilhões de 2014. Apesar desses números, os atuais problemas logísticos representam uma ameaça aos exportadores de laticínios dos EUA, disse Mike Durkin, presidente e CEO da Leprino Foods, durante uma audiência do Comitê de Agricultura da Câmara dos EUA em 3 de novembro. “Os desafios da cadeia de suprimentos impactaram significativamente nossos negócios e não esperamos que eles diminuam tão cedo”, disse Durkin. “Esta crise de exportação pode resultar em danos irreparáveis à agricultura americana, já que clientes em todo o mundo estão questionando a confiabilidade da indústria de laticínios dos EUA como fornecedora.”  Durkin pediu ao Congresso que atue na legislação de transporte marítimo, resolva a escassez crítica de mão de obra da indústria de transporte, aumente o horário de operação do porto e tome outras medidas para permitir que os produtores agrícolas dos EUA alcancem os mercados estrangeiros de forma eficaz. Suas preocupações foram ecoadas pelo U.S. Dairy Export Council (USDEC) e pela National Milk Producers Federation (NMPF). “A pressão causada pelos desafios do transporte marítimo está afetando muito os exportadores de laticínios”, disse Krysta Harden, presidente e CEO da USDEC. “Os exportadores estão trabalhando duro para fornecer produtos feitos nos Estados Unidos para clientes estrangeiros de forma confiável e acessível, mas a situação atual não pode ser sustentada por longo prazo.” “O setor depende das exportações, parte vital da demanda por leite produzido todos os dias pelos produtores de leite da América”, disse Jim Mulhern, presidente e CEO da NMPF. “Corremos o risco de prejudicar as relações com o mercado estrangeiro e os clientes de longo prazo se não pudermos garantir fluxos de exportação eficientes.” (As informações são do Progressive Dairy, traduzidas pela Equipe MilkPoint)