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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.836


Ernani Polo assume Secretaria de Desenvolvimento Econômico e garante diálogo com setores produtivos para alavancar economia do RS

Ao tomar posse, o novo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, assegurou que vai investir na escuta dos setores para definir a implementação de políticas que visem ao crescimento das vocações produtivas do Estado. “Vamos conversar muito. A secretaria é transversal e tem como missão encontrar soluções para a sociedade como um todo”, disse. Polo apontou que o Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem/RS), assim como a Junta Comercial, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o Badesul estarão integrados às estratégias de identificação das vocações regionais para o estabelecimento de planos de negócio, de aumento de produção e de abertura de mercados. 

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Guilherme Portella, avaliou como positiva para o setor a capacidade de articulação do secretário, que foi reeleito deputado estadual e já atuou como secretário da Agricultura em gestões anteriores. “A indústria produtora de leite está confiante de que ele saberá valorizar o que vem sendo feito no Rio Grande do Sul e trabalhará focado na construção de caminhos que ajudem a fomentar e fortalecer os investimentos ativos, pois já demonstrou que tem um perfil dinâmico e resolutivo”, apontou. 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acrescenta que há desafios recentes para serem analisados com relação ao setor leiteiro e que serão levados para a discussão com o governo, como os incentivos concedidos ao setor lácteos em países como Argentina e Uruguai. “Vamos pautar que o Executivo esteja atento e faça a análise pela ótica que se impõe na concorrência entre países do Mercosul para preservar para a indústria gaúcha uma participação competitiva no mercado de lácteos interno brasileiro”, sugeriu Palharini. O dirigente acrescenta a necessidade de avanço em outras outras políticas já em curso como a certificações das propriedades livres de brucelose e tuberculose. 

A solenidade de posse aconteceu no início da noite de segunda-feira (6/2) no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) em Porto Alegre - RS com a presença de representantes dos poderes do Estado e de diversos setores produtivos, assim como do governador Eduardo Leite (PSDB), e do vice, Gabriel Souza (MDB). “Desenvolvimento é uma tarefa de todo o governo e da sociedade gaúcha, que deve estar preparada para acolher todas as iniciativas. Não é uma tarefa apenas desta Secretaria, mas de todas as pastas. Tenho certeza de que com o secretário, em conjunto com as demais estruturas do governo, vamos evoluir”, afirmou o governador. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Gisele Ortolan)


GDT - 07/02/2023


(Fonte: GDT)

Informativo Conjuntural 1748 de 02 de fevereiro de 2023

Bovinocultura de Leite
A produção de leite segue em queda. Nas propriedades com sistema de produção a pasto, o impacto é maior. As temperaturas elevadas afetam o bem-estar dos animais, reduzindo o consumo de alimentos dos rebanhos leiteiros. A ocorrência de poucas chuvas favoreceu o manejo da ordenha e das condições de higiene e qualidade do leite. Com a estiagem, há poucos registros de infestações por ectoparasitos comuns nesta época do ano, como carrapato bovino. Somente nos locais com registros de chuva, há necessidade de maior número de tratamentos. A margem de lucro dos produtores na comercialização do leite segue baixa, pois os custos de produção subiram e têm se mantido elevados, enquanto os preços, que haviam melhorado, voltaram a cair. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, apesar dos números das principais empresas com atuação em Aceguá apontarem para um nível de produção semelhante ao mesmo período do ano passado, muitos produtores de menor porte estão sofrendo grandes prejuízos no volume de leite comercializado devido à gradativa restrição na disponibilidade de água e de pastagens. Nas médias e grandes propriedades, a produção tem sido mantida à base de suplementação com feno, silagem e ração, alimentos que seriam guardados para serem utilizados nos meses de outono e inverno. Na de Ijuí, nos sistemas de produção confinados, a produção está estável, porém há muita dificuldade para manter o ambiente com temperaturas favoráveis aos animais. Na de Pelotas, a ocorrência de chuvas, em várias localidades com produção leiteira, melhorou a oferta forrageira. Em Canguçu, alguns produtores realizaram a instalação de sistemas de irrigação. Na de Porto Alegre, a ocorrência de chuvas leves permitiu o rebrote de pastagens, mas ainda não foi suficiente para recuperar as aguadas. Na de Santa Maria, os produtores seguem acumulando prejuízos devido à diminuição da produção. Estima-se que cerca de 100 mil litros de leite deixam de ser coletados diariamente. Na de Santa Rosa, a produção de leite diária está baixando a cada semana; há o registro de produção diária de 1.550.000 de litros de leite, o que representa 12% de redução em relação à produção de novembro de 2022. Somente algumas localidades tiveram registro de chuvas, que amenizaram a situação de estiagem, mas a grande maioria das áreas segue sem oferta de pastagens. Já nas propriedades que utilizam sistemas semiconfinados ou confinação total, os reflexos ainda não são tão perceptíveis em relação à produtividade. Na de Soledade, as lavouras de milho semeadas em outubro e em novembro estão com potencial de produção bastante comprometido em função da estiagem.

Milho silagem 
A área estimada de cultivo de milho silagem é de 365.467 hectares, e a produtividade esperada inicialmente é de 37.857 kg/ha. Houve prosseguimento na colheita, e as perdas causadas pela estiagem foram confirmadas na maior parte dos 434 municípios pesquisados. Os danos são maiores nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Santa Maria e Ijuí, com expectativa de redução entre 50% e 60% na produtividade. Nas de Frederico Westphalen e Pelotas, as perdas estimadas variam entre 40% e 45%; nas regiões de Bagé, Erechim, Lajeado e Santa Rosa, entre 30% e 35%; e nas de Passo Fundo, Porto Alegre e Soledade, são entre 20% e 25%. Os menores efeitos foram sentidos na de Caxias do Sul, com estimativa de redução de aproximadamente 5% no volume produzido. Na regional de Erechim, no período, a cultura manifestou sintomas de estresse, causados pelas temperaturas altas e pela falta de umidade no solo. Foram colhidas 70% das áreas, e os produtores retomaram o plantio, após a ocorrência de chuvas. A produtividade obtida variou 30 e 35 t/ha, com qualidade também variável. Na de Frederico Westphalen, as lavouras implantadas em 2022 estão 90% colhidas, e 10% em ponto de corte para ser ensilado. As implantadas em janeiro, em safrinha, estão em desenvolvimento vegetativo. Na de Santa Rosa, continuou o corte antecipado para evitar a diminuição da qualidade da massa vegetal a ser ensilada. Cerca de 80% dos cultivos foram cortados, e a produção é estimada em 20 t/ha. (Emater)


Jogo Rápido 

Concurso de Queijos
Um concurso de queijos Emater e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Caxias do Sul (Smapa) vão promover o 1º Concurso Regional de Queijos Artesanais da cidade. As inscrições estão abertas a produtores de queijo de toda região e podem ser feitas até 15 de fevereiro. É para estimular a melhoria da qualidade dos queijos produzidos na região e valorizar sua produção artesanal. O julgamento dos inscritos será no dia 24 de fevereiro, no Cevitis (antiga Fepagro), em Fazenda Souza. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 06 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.835


Seca pressiona preço do leite, mas 2023 pode ser diferente

Com uma estiagem que ganha novos contornos a cada semana, mercado e consumidor ficam atentos à possibilidade de novos sobressaltos no preço do leite, a exemplo do que ocorreu no ano passado. Em função da seca e de outros fatores, a bebida sofreu altas históricas ao longo do ano, com o litro do leite batendo R$ 8 em alguns meses. Em 2023, apesar do quadro persistente, o setor acredita que as oscilações sejam menos intensas.

Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini diz que, embora mais de 200 municípios já tenham decretado situação de emergência por conta da falta de chuva, o volume de leite recebido pelas indústrias do Estado se mantém dentro da média do ano passado. Os produtores que mais sofrem são os pequenos, que naturalmente produzem menor litragem.

- O setor lácteo tem uma particularidade de que um ano é diferente do outro. Em 2022, a cada quatro meses mudava totalmente o mercado de consumo e os preços. Esperamos pelo menos uma menor volatilidade em 2023 - diz Palharini.

Do lado do produtor, a pressão dos custos é a preocupação que se mantém. Com a qualidade dos grãos de silagem prejudicada, o produtor se vê obrigado a suplementar a ração para que os animais não passem fome. E isso tudo tem um preço, lembra o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang.

Na última semana, Tang percorreu propriedades de diversas regiões do Estado, principalmente no Noroeste, onde se concentra a maior parte da produção leiteira gaúcha, para ver de perto a situação dos produtores. Dentre os que plantam milho, a condição das lavouras é de plantas bastante prejudicadas. Muitos estão apostando no azevém e no trigo para a alimentação das vacas. O cereal de inverno, aliás, tem substituído o milho como alternativa.

- Os prejuízos provocados por uma estiagem infelizmente não se resolvem assim que começa a chover. Vi lavouras onde você precisa procurar a espiga e depois que achar uma espiga, tem que procurar se tem grão. Isso significa uma silagem de péssima qualidade que se precisa suplementar - relata o presidente da Gadolando, atentando para os custos.

Embora o preço de referência do leite venha mostrando tendência de queda (previsto para R$ 2,1592 o litro em janeiro, valor 1,9% menor que o consolidado em dezembro), Tang diz que os produtores têm sido informados sobre reajuste para cima no preço pago pela indústria.

- Isso vai nos ajudar. Hoje, o custo para produzir está perto de R$ 2,50 - diz o presidente, que não acredita em "exorbitâncias" de preço ao consumidor este ano.

Historicamente, o leite tende a estar mais barato nas gôndolas dos supermercados durante o verão. A partir de maio, o preço começa a subir com o aumento do consumo nos meses mais frios.

Para o secretário-executivo do Sindilat, o nível de consumo é outro ponto de atenção. As classes que mais consomem leite são as que mais têm problema de renda. A expectativa é de que o pagamento de auxílios sociais, como o Bolsa Família, melhore a demanda pela bebida nos próximos meses.

- Acredito que não se repetem os aumentos do ano passado, que foram pontuais e pegaram até o mercado de surpresa. Claro que vai ser quase impossível não haver algum repasse de valores, mas não naqueles patamares - projeta Palharini. (Zero Hora)


Avanço nos preços: falta de oferta ou excesso de demanda?

Vamos inicialmente à lei da oferta e da procura: se há excesso de um bem e/ou falta de demanda por este, o preço tende a diminuir. Caso exista falta de um bem e/ou muita procura pelo mesmo, o preço tende a subir.

Pois bem: o que estamos observando no setor lácteo neste início de 2023? Uma nova onda de avanço nos preços do leite e seus derivados... podemos concluir, então, que estamos diante da escassez do produto e/ou de muita procura por parte dos consumidores, certo?

Não exatamente! O avanço na rentabilidade da produção observado no segundo semestre de 2022, além da aceleração nos volumes importados — fator que deve permanecer presente nestes primeiros meses de 2023, visto a competitividade do produto estrangeiro neste momento —, nos sugerem aumento da disponibilidade de leite.

Seria o consumo, então, o fator predominante para o aumento dos preços dos lácteos nestas primeiras semanas de 2023? Mais do que isso, olhando para frente: com a manutenção da perspectiva de maior disponibilidade de leite, o consumo dará sustentação ao patamar mais elevado de preços? O que o consumidor deseja das categorias de lácteos hoje?

Estas são algumas das perguntas que serão respondidas na edição de março do Fórum MilkPoint Mercado, por Mário Ruggiero, diretor da Scanntech. Mário será o responsável pela palestra “Como começamos 2023 em relação ao consumo de lácteos?”, em nosso bloco sobre Cenários de Mercado.

A 14ª edição de nosso evento acontece no dia 22 de março, em Campinas. Caso não possa estar presente neste dia, não se preocupe: o evento será híbrido, podendo também ser acompanhado online. 

Em parceria com o portal de notícias Milkpoint, os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) terão direito a desconto na inscrição para participar do 14º Fórum MilkPoint Mercado. No primeiro lote, com vendas até 17 de fevereiro, o bônus é de 5% sobre R$ 600. Para os demais, será de 10%, sendo que o ingresso no segundo lote custa R$ 700 e no terceiro, R$ 800. INSCREVA-SE COM DESCONTO CLICANDO AQUI. (As informações são do Milkpoint e do Sindilat/RS) 

"Governo começou radicalizado, ideologizado (contra o agro)"

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), dona da maior bancada do Congresso, articula-se para anular série de mudanças promovidas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro mês de mandato. O novo presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), que assume o comando da frente hoje, para mandato de dois anos, diz que Lula deu início a um governo "radicalizado e ideologizado" contra o setor e que já tem emendas parlamentares prontas para derrubar atos do presidente que, segundo ele, "esvaziaram" o Ministério da Agricultura.

Quais serão suas primeiras medidas na FPA?
Vamos agir imediatamente para reverter atos do governo Lula, que promoveram o completo esvaziamento do Ministério da Agricultura. Tiraram o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural da pasta e transferiram para o Ministério do Meio Ambiente. O ministério também perdeu a Companhia Nacional de Abastecimento e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar. Isso acabou com a possibilidade de planejamento de longo prazo. É um absurdo gigantesco.

Por quê?
Porque esses ministérios estão enviesados, ideologicamente, em vez de terem posição técnica. Para além da questão ideológica, essa nova composição da Esplanada é o que tem nos preocupado bastante, porque traz enfraquecimento claro e real ao Ministério da Agricultura. Por isso, já estamos tomando medidas.

Quais medidas?
Temos emendas parlamentares prontas para derrubar (decisões) que foram feitas por meio de medida provisória. E se algo foi feito por meio de decreto, vamos apresentar projeto de lei para derrubar.

Qual a avaliação sobre a atuação do ministro Carlos Favaro?
Vejo boa vontade do ministro, a quem tenho apreço e reconheço a capacidade, mas há uma questão ideológica no governo. Hoje, não consegue nem fazer o Plano Safra. A gente precisa garantir que o agro tenha o espaço de direito que representa, um ministério para tratar do setor que responde por um terço dos empregos e da renda. É um absurdo ter de lidar com um esvaziamento desses, perdendo funções para esse Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Por que isso é ruim?
Essa é uma das situações que geram mais preocupação, porque é uma pasta estritamente ideológica, criada com esse objetivo, e ninguém esconde isso. Basta ver quem é o ministro (Paulo Teixeira), um dos mais radicalizados do PT, que já deixou clara qual é sua intenção. Ele disse numa entrevista que a titulação dos assentamentos que fizemos nos últimos anos tem a validade de um papel de pão, que não tem valor jurídico. O que a gente vê, infelizmente, é a tentativa de desmontar o trabalho que foi feito no setor, mas alivia um pouco a situação o fato de Carlos Favaro conhecer o setor, legitimar as nossas demandas.

A bancada do agro será a principal oposição ao governo Lula no Congresso?
Vamos fazer oposição sempre que tiver algum prejuízo para o setor. É óbvio que não posso ser irresponsável e dizer que não iremos apoiar medidas positivas para o setor. Ideologicamente, 90% da bancada é contrária o governo.

Há sinais para isso?
O governo começou muito radicalizado, ideologizado. Tenho dito para as pessoas se acalmarem: o pessoal dos sindicatos rurais, as cooperativas, porque o jogo ainda não começou. Hoje, o governo está surfando sozinho, mas vejo, pelo perfil das bancadas que foram eleitas, tanto na Câmara quanto no Senado, que o governo não vai ter vida fácil.

O agro financiou os atos golpistas de 8 de janeiro?
Isso é guerra de narrativas, do mesmo jeito que, na campanha, fomos chamados de fascistas, de patinho feio, culpados de destruirmos tudo, de sermos o "lobo mau" da sociedade brasileira. O que aconteceu em Brasília não é a representação da direita brasileira. (Zero Hora) 


Jogo Rápido 

PREVISÃO METEOROLÓGICA (02 A 08 DE FEVEREIRO DE 2023)
De 6 a 8 de fevereiro, o tempo deve ser seco e firme em praticamente todo o Estado. Nesta segunda semana do mês, há pequena chance de chuvas rápidas apenas na costa por causa da circulação da brisa marítima. O boletim também aborda a situação das culturas de soja, milho, arroz, feijão e pastagens, além das criações de bovinos e ovinos. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 01 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.834


Sindilat acompanha a posse na Assembleia e novo presidente garante que ouvirá os setores produtivos

Representando o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), o secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, acompanhou nesta terça-feira (31/01) a sessão solene de posse dos 55 deputados estaduais da 56ª Legislatura, que vai até janeiro de 2027. “Nosso setor está confiante de que o Parlamento gaúcho continuará atuando para fortalecer as políticas públicas que gerem o desenvolvimento do RS”, assinalou. O ato também contou com a participação do governador Eduardo Leite (PSDB) e seu vice, Gabriel Souza (MDB), que já conhecem as pautas do setor lácteo gaúcho. 

Em seu discurso de posse, o novo presidente da Assembleia Legislativa, Vilmar Zanchin (MDB), assegurou que irá percorrer o Estado para ouvir os setores. “Ouçamos os setores produtivos. Ouçamos a sociedade! De nossa parte, faremos um esforço para viabilizar uma grande escuta setorial e regionalizada. Frequentaremos o palco social onde a realidade se exibe com inteireza”, pontuou em sua fala, fortemente marcada pela defesa da educação como motor no processo de desenvolvimento humano, econômico e social.

Na sessão, que se iniciou às 14h, no Plenário 20 de Setembro em Porto Alegre (RS), também foi realizada a eleição e a transmissão de cargos da nova Mesa Diretora que terá Delegada Nadine (PSDB), como primeira vice-presidente; Valdeci Oliveira (PT), como segundo vice-presidente; Adolfo Brito (PP), como primeiro secretário; Eliana Bayer (Republicanos), como segunda secretária; Paparico Bacchi (PL), como terceiro secretário; e Luiz Marenco (PDT), como quarto secretário. 

Os 55 deputados empossados representam 15 bancadas:

PT - Adão Pretto, Jeferson Fernandes, Laura Sito, Leonel Radde, Luiz Fernando Mainardi, Miguel Rossetto, Pepe Vargas, Sofia Cavedon, Stela Farias, Valdeci Oliveira e Zé Nunes.
PP - Adolfo Brito, Ernani Polo, Frederico Antunes, Guilherme Pasin, Joel de Igrejinha, Marcus Vinícius e Silvana Covatti.
MDB - Beto Fantinel, Edivilson Brum, Juvir Costella, Luciano Silveira, Patrícia Alba e Vilmar Zanchin.
Republicanos - Capitão Martim, Delegado Zucco, Eliana Bayer, Gustavo Victorino e Sérgio Peres.
PSDB - Delegada Nadine; Kaká D Ávila; Neri, o Carteiro; Pedro Pereira e Professor Bonatto
PL - Adriana Lara, Claudio Tatsch, Kelly Moraes, Paparico Bacchi e Rodrigo Lorenzoni
PDT - Eduardo Loureiro, Gerson Burmann, Gilmar Sossella e Luiz Marenco
União Brasil - Aloísio Classmann, Dirceu Franciscon e Dr. Thiago Duarte.
PSol - Luciana Genro e Matheus Gomes
Podemos - Professor Cláudio e Ronaldo Santini
PCdoB - Bruna Rodrigues
Novo - Felipe Camozzato
PSB - Elton Weber 
PSD - Gaúcho da Geral
PTB - Elizandro Sabino
(Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações da ALRS/Crédito: Gisele Ortolan)


Reforma prevê redução da carga tributária, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que a reforma tributária proposta pelo governo deverá englobar uma redução da carga de impostos para alguns setores da economia. Ele se reuniu com o Conselho da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo Haddad, a reforma e o novo arcabouço fiscal estiveram entre os principais temas discutidos no encontro. Haddad afirmou que a reforma já poderia ter sido votada e que o Congresso “está maduro”. “Há nas duas Casas ambiente favorável”, disse Haddad, que pontuou que a reforma deve resultar, entre outros pontos, em melhora no crescimento econômico e na vida das empresas e indústrias. 

A discussão com a Febraban, segundo o ministro, ainda abordou o tema do arcabouço fiscal. Haddad afirmou que a nova regra já está contratada e que a equipe econômica está formulando a proposta. O ministro relembrou que a PEC de Transição previa a apresentação do novo arcabouço até agosto, mas que a perspectiva atual é que o presidente Lula valide a proposta até abril. Também nesta terça-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a intenção do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é dar prioridade à abertura da discussão sobre a reforma tributária e votar o tema em até três meses. 

Já o debate sobre a âncora fiscal substituta do teto de gastos deve ser aberto em um segundo momento e ainda não tem prazo para passar por deliberação. Segundo Lira, o prazo para a reforma tributária foi definido para dar tempo aos parlamentares reabrirem as discussões sobre o tema, em conversas com gestores públicos e empresários. “A intenção do ministro da Economia é que a gente consiga revisitar os assuntos para que nós tenhamos, com uma base consolidada de apoio, essa votação em dois e meio ou três meses”, disse Lira. (Jornal do Comércio)

Argentina tem recorde nas exportações de lácteos, mas enfrenta dificuldades no setor

O setor leiteiro da Argentina encerrou 2022 com um ótimo desempenho nas exportações, registrando aumento de 4,1% em volume e de 24,4% em dólar, representando em litros equivalentes de leite 26% do total produzido no ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) publicados pelo Observatório Argentino da Cadeia Láctea (OCLA).

Os dados das exportações de lácteos do mês de dezembro, segundo informações provisórias do INDEC, e apesar das quedas nos últimos meses, indicam que fecharam 2022 com notável crescimento, com mais de 411 mil toneladas (volume de produtos +4,1% ) por 1.670 milhões de dólares (moeda +24,4%). Isso representou aproximadamente 3 bilhões de litros equivalentes de leite (+6,4%), o que chegaria a 26% da produção total do país.

Como pode ser visto no gráfico abaixo, as exportações no início de 2022 foram consideravelmente menores do que em 2021, mas cabe esclarecer que as exportações de janeiro de 2021 foram muito altas, pois acumularam exportações não realizadas para o Brasil de dezembro de 2020, que tiveram dificuldades de entrada por questões burocráticas do país de destino.
 
 
Segundo a OCLA, “em fevereiro de 2022 ocorreu uma situação inversa, exportações normais em 2022 em comparação com baixas exportações em fevereiro de 2021 devido aos altos volumes do mês anterior. Nos meses de março a julho (exceto maio) deste ano também houve um aumento homólogo significativo das exportações em volume (menos dificuldades logísticas) e obviamente em valor devido ao aumento dos preços internacionais. Para os meses de agosto e setembro, observou-se queda em relação ao ano anterior devido aos preços internacionais mais baixos, recuperando-se em outubro e voltando a cair em novembro e dezembro devido à queda de preços, que acompanhada do atraso cambial e dos impostos de exportação vigentes, colocaram o poder de compra abaixo dos preços efetivamente pagos pela matéria-prima”.
 
Produtos e destinos
O destino das exportações (em valor em dólares) foi composto por: 30,7% para o Brasil; 21,9% para a Argélia; 7,9% para o Chile; 5,2% para a Rússia; 3,6% para os Estados Unidos; 3,5% para os chineses; e 3,0% para o Peru. Os 24,2% restantes foram distribuídos para mais de 10 outros destinos.

Quanto à distribuição das exportações em grandes itens com base no valor total em dólares para o período janeiro-dezembro de 2022: 48,0% foi para leite em pó; 23,1% para queijos em suas diferentes pastas; 17,7% nos demais produtos (doce de leite, manteiga, óleo de manteiga, soro de leite, etc.); e 11,2% de produtos confidenciais (lactose, caseína, iogurte, etc.).

No entanto, “a variação mensal das exportações foi de -6,3% em volume e -10,3% em valor (dez/22 x nov/22). A variação anual foi de -17,3% em volume e -10,4% em valor (dez/22 x dez/21). Em ambas as comparações, percebe-se a queda de volumes e preços”, alerta a OCLA.

Em relação à variação acumulada (jan-dez) com base no volume de produtos, as exportações de leites em pó cresceram em 10% nos embarques; as de queijos também aumentaram, mas em 5,9%; e outros produtos e produtos confidenciais caíram -4,1% e -9,2%, respectivamente.
 
Preços internacionais favoráveis
O preço médio de exportação por tonelada durante o ano de 2022 foi excelente e nunca visto na história das exportações argentina, de US$ 4.059 em média no ano, o que implicou um aumento de 19,5% em relação a 2021. No caso particular do item “eite em pó, o preço médio foi de US$ 3.938/t, 16,1% acima do mesmo período do ano anterior.

Enquanto isso, “a tendência crescente no volume e quantidade de exportações da Argentina, se os dados se confirmarem, marca o ano de 2022 como um recorde neste conceito. Em volume de produto é o maior valor desde 2011 e em valor total em dólares seria o maior valor alcançado, depois dos alcançados em 2011-2013”.
 
Apesar disso, setor está em emergência
Com certeza este ano será diferente, não só nas exportações, mas principalmente no volume produzido. A estiagem está prejudicando a matriz do processo, que é o preparo das reservas para que as vacas comam bem e produzam bem. Além disso, o aumento dos custos do concentrado, devido à fracassada medida oficial do dólar da soja, não permite uma reposição fácil, de forma que as fazendas não poderão oferecer em tempo hábil. Falta capital de giro nas empresas e a condição dos rebanhos não é adequada uma boa recria na primavera.

“A atual situação de preços no mercado internacional, em torno de US$ 3.400 a US$ 3.500/ton para o leite em pó integral, devido à presença de tarifas de exportação e câmbio fortemente atrasado (dólar atacadista $ 175), gera um poder de compra bem abaixo dos preços atuais do produtor: $ 56,00 (US$ 0,30)/litro de poder de compra vs. um preço ao produtor de $ 70,00 (US$ 0,38)/litro estimado para este mês de janeiro de 2023”.  (As informações são do La Opinión, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

‘Porque juro no Brasil é tão alto?
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse ontem que o governo quer descobrir “por que o Brasil tem juros tão altos”, referindo-se à Selic em 13,75% ao ano. Segundo ele, um dos objetivos da equipe econômica é reduzir o custo de capital no país. “O que justificaria? É imposto? Falta de concorrência? Nos Estados Unidos tem 2 mil bancos. É insegurança econômica? Insegurança política? Dificuldade de reaver o crédito? Spread alto? O bom pagador paga pelo mau pagador?”, questionou durante a posse da diretoria da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O presidente da Abras, João Galassi, disse na cerimônia que “o varejo está sangrando” com a maior taxa de juros real do mundo. Alckmin avaliou ser necessário agir para reduzir o custo de capital com desburocratização, digitalização e acordos. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 31 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.833


Rebanho leiteiro do Reino Unido perde terreno em produtividade

A produtividade na fazenda leiteira padrão do Reino Unido caiu na última década. Enquanto isso, os rebanhos em outros países produtores de leite tiveram produtividade estável ou crescente, de acordo com dados da Rede Internacional de Comparação Agrícola (IFCN).

Produtividade é o valor gerado por produção em relação aos insumos necessários para a produção – é uma medida de eficiência. Olhando para a produtividade como pence por litro (ppl) de produção com relação aos insumos para um rebanho típico de 160 vacas no Noroeste da Inglaterra, mostra uma tendência de queda na última década. O Reino Unido não está sozinho nisso, com dados mostrando uma fazenda típica do norte da Alemanha passando por uma crise semelhante.

No entanto, fazendas em outros lugares estão vendo crescimento de produtividade. Isso inclui rebanhos em países exportadores de lácteos há muito estabelecidos, como Dinamarca e Bélgica, bem como exportadores em crescimento, como Espanha, Polônia e Bielorrússia.

Comparações internacionais de produtividade como essa geralmente levantam dois comentários, o primeiro sendo que a produtividade do Reino Unido era maior no começo, então alguns outros países estão simplesmente alcançando a produtividade britânica. Isso pode ser parcialmente verdade, mas os dados sugerem que as fazendas em alguns desses países já ultrapassaram o Reino Unido em termos de eficiência.

Uma segunda pergunta frequente é: dado que muito leite britânico é vendido no Reino Unido, por que isso importaria para os produtores daqui? O impacto direto é que uma produtividade mais baixa significa lucros menores porque os rebanhos usam mais insumos para produzir menos.

O impacto indireto é que as importações e exportações expõem o Reino Unido aos preços globais de lácteos, de modo que os rebanhos do Reino Unido estão operando no mesmo mercado que os rebanhos da Polônia, Espanha e qualquer outro país exportador de lácteos. A produtividade mais fraca torna difícil produzir a um preço competitivo e ainda obter lucro, deixando os produtos lácteos do Reino Unido vulneráveis a serem prejudicados por países com produção mais eficiente.

Com os altos preços atuais de insumos, as fazendas podem lutar para melhorar a produtividade no futuro imediato, pelo menos em termos de produção versus insumos. Mas insumos caros levam o foco à eficiência e as fazendas irão considerar cuidadosamente se o resultado vale o insumo. A chave é manter esse foco renovado na eficiência caso as coisas melhorem, levando a melhores lucros, produtividade e competitividade no futuro. (As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Espanha – O censo bovino mostra redução de 8,2% de animais em cinco anos

A pecuária leiteira atravessa uma crise estrutural sem precedentes. O censo de vacas leiteiras aponta queda vertiginosa de animais entre janeiro de 2018 e janeiro de 2023. Redução de 70.443 cabeças, ou seja, 8,2% a menos.

 

O número de novilhas, por outro lado, começou lenta recuperação em 2021, ainda assim tem 8.266 cabeças a menos em relação a 2018, ou -3%.  

As fazendas leiteiras do país enfrentam uma das maiores crises de preços. A elevação dos custos fez com que o setor passasse a produzir com prejuízo, e abastecer os frigoríficos vendendo suas vacas para carne – que ao contrário do leite – teve elevação considerável de preços.
                       

Êxodo
Esta dramática situação se traduziu no fechamento de fazendas leiteiras. Um quarto dos produtores de leite abandonaram a atividade e o número deles caiu 10.717, 3.722 produtores menos (-26%). 

À produção abaixo dos custos se somam às rigorosas leis sanitárias e ambientais.  

A redução do tamanho das fazendas é uma lei quase anedótica, pois o novo regulamento não somente intervém limitando o número de cabeças a 725 animais, mas também em aspectos como saneamento, tamanho e equipamentos, energia ou, as novas limitações em matéria sanitária como a eliminação do uso de antibióticos.

Soberania alimentar
Este insuportável nível de pressão provocou o desaparecimento de boa parte do rebanho, o fechamento de fazendas leiteiras e queda da produção, o que coloca em risco a segurança e soberania alimentar dos consumidores.

As medidas adotadas pela administração não somente elevarão o preço final nas prateleiras do varejo mas, provocarão o desabastecimento no médio prazo. (Fonte: Agaprol – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

China – Depois de 6 anos consecutivos de crescimento, as importações de lácteos recuam em 2022

As importações chinesas de lácteos cresceram consecutivamente desde 2015, mas essa trajetória foi interrompida em 2022. No ano passado, as compras do gigante asiático caíram 16,5% para 3.505 milhões de toneladas.

Em dólares a queda foi de apenas 0,2%, totalizando US$ 15.021 milhões.

As compras de leite em pó integral – principal produto de exportação do Uruguai e o mais importado pela China – recuaram para 701.383 toneladas, 17% menos do que as 849.247 toneladas alcançadas em 2021.

Os únicos produtos que registraram elevação interanual foram: fórmulas infantis, manteiga, queijo azul e outros lácteos.
                    
O Uruguai se consolidou como o segundo principal fornecedor de leite em pó integral para a China, exportando 30.325 toneladas. Este lugar no pódio foi mantido apesar da queda de 19% registrada frente às 37.551 toneladas enviadas em 2021, de acordo com os dados divulgados pelo site CLAL e publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA).

A Nova Zelândia foi o principal fornecedor com ampla margem, 617.725 toneladas, com 88% de participação do mercado.

Os números de dezembro mostraram novas quedas para a maioria dos produtos, salvo para leite em pó e soro de leite. O volume total de produtos lácteos importados pela China teve queda de 7,4% no último mês do ano.

“Estas baixas nas compras da China, em princípio, podem ser atribuídas à maior produção local de leite, os altos estoques ainda existentes construídos com as elevadas compras de 2021, às dificuldades logísticas que implicaram o fechamento de algumas cidades diante de novos surtos de Covid, efeitos colaterais da Guerra na Ucrânia e o processo inflacionário que vem ocorrendo em todas as economias mundiais”, destacou a análise do OCLA. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

Novos fiscais são nomeados no RS 
O governo do Estado publicou, no Diário Oficial do Estado de domingo, a nomeação de mais 71 novos fiscais estaduais agropecuários, sendo 60 médicos veterinários e 11 engenheiros agrônomos. O concurso público foi realizado no início de 2022, e até então, 31 aprovados haviam sido chamados, em julho do ano passado. A Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro) destaca que mesmo com a chegada dos novos, o déficit de engenheiros agrônomos é de, no mínimo, 20 servidores, para atuarem na fiscalização, vigilância, inspeção e monitoramento em todo o Estado. (Correio do Povo)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 30 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.832


Laticínios negociam exclusão do FAF

As indústrias de laticínios discutem com o governo estadual a possibilidade de exclusão do chamado Fator de Ajuste de Fruição (FAF) na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Na avaliação das empresas, as regras de cálculo do incentivo fiscal, na prática, não aliviam a carga tributária do segmento e tornam os produtos lácteos gaúchos menos competitivos frente aos processados em outros estados. Após reunião com lideranças do setor na quinta-feira passada (26), a Secretaria da Fazenda (Sefaz) promete divulgar, em 20 de fevereiro, um relatório sobre os reflexos do FAF na cadeia do leite ao longo de 2022. 

A expectativa das indústrias é que os dados sirvam de base para o avanço nas negociações. Instituído em 2021 pelos decretos 56.116 e 56.117, o FAF é um percentual gradativo aplicado aos créditos presumidos concedidos pelo Estado nas aquisições de insumos. Para se beneficiar de 100% desses créditos, porém, as indústrias precisam comprar todas as matérias-primas de fornecedores localizados em território gaúcho. Segundo o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, a regra é desfavorável ao setor, já que muitos desses itens, como embalagens cartonadas de longa vida, não são fabricados no Rio Grande do Sul e têm de ser trazidos de outras regiões do país. “No caso do leite UHT, 50% da nossa produção vai para outros estados. Esse número já foi superior. Quando se tenta competir com outros estados para chegar a São Paulo, por exemplo, a embalagem tem um peso significativo no preço do leite”, explica. 

Na semana passada, a Sefaz apresentou às indústrias um levantamento sobre vendas, compra de insumos, aquisições de bens de capital e valor adicionado do setor lácteo. 

Segundo o Sindilat, a receita de vendas do segmento no Rio Grande do Sul atingiu R$ 16,87 bilhões no ano passado. A maior parte da produção foi destinada a outras unidades da federação (56,7%), enquanto as vendas internas totalizaram 41,3%, e as exportações, 2%. No período, as compras de insumos pelas indústrias somaram R$ 15,53 bilhões, um aumento de 4,8% na comparação o ano anterior. “Os dados reforçam o efeito (negativo) do fator de fruição na competitividade do setor”, diz Palharini. O executivo observa que, caso as regras do FAF não sejam flexibilizadas, a tendência é de aumento dos custos de produção do setor. 

De acordo com a sistemática de fruição escalonada, em janeiro deste ano, a parcela fixa de crédito presumido passa de 95% para 90%, e a parcela variável (condicionada à origem das compras de insumos da empresa) sobe de 5% para 10% -apartir de 2024, esses percentuais serão, respectivamente, de 85% e 15%. “Esse custo (de produção) acaba sendo dividido entre indústrias e produtores de leite. O consumidor não vai pagar R$ 0,02, R$ 0,03 ou até R$ 1 a mais por um produto fabricado no Rio Gramde do Sul”, afirma Palharini. (Correio do Povo)


Competitividade: competir ou vencer?

As margens de sua empresa, ou da empresa em que você atua, são competitivas?

Você já pensou que, muitas vezes, está em suas mãos melhorar (ou piorar) a competitividade do seu negócio? Se a empresa é sua ou não, a sua decisão é a decisão de quem está à frente da negociação e ela precisa ser assertiva! Não basta apenas ser competitivo, é preciso ter a melhor estratégia.

E você já se perguntou em que você se baseia para tomar as melhores decisões na sua rotina? Como sabe se está ou não fazendo um bom negócio? Como saber se está tomando a melhor decisão? O seu negócio está vencendo ou apenas competindo, caminhando de lado?

O seu conhecimento de mercado, sua formação na cadeia de lácteos e experiência o guiam em sua tomada de decisão... Mas, será que você consegue projetar todos os cenários, em um mercado altamente dinâmico e competitivo? Você tem a mão todas as variáveis? E, caso tenha, as utiliza estrategicamente?

A cadeia de lácteos tem uma característica que torna cada decisão ainda mais importante do que em outros ambientes de negócios: seu valor agregado elevado.

Para você e sua empresa, qual é o valor de uma decisão 1% melhor? E se for 1% pior, quanto te custa? A competitividade do laticínio melhoraria muito com o resultado financeiro de uma decisão sua que seja 1% melhor, certo?

Se a sua resposta for sim, eu tenho como te ajudar! Lembre-se: no jogo lácteo, o segundo colocado já é o primeiro menos competitivo em termos de rentabilidade, diferenciação, protagonismo e sustentabilidade do negócio.

Dia 22 de março realizaremos a 14ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, evento que é feito pelo time do MiIlkPoint Mercado, uma plataforma focada na inteligência do mercado de leite e seus derivados que traz a melhor informação, no menor tempo possível, para as decisões mais assertivas no seu negócio!

O Fórum MilkPoint Mercado é pensado e feito por um time com a expertise de quem atua há mais de 20 anos no setor e que vive o mercado lácteo no dia a dia. A principal plataforma de inteligência do mercado reúne seu time de especialistas + um time de palestrantes que também é especialista em suas áreas para traçarem juntos os cenários de mercado ao longo do evento.

Temos histórico — estamos na 14ª edição do evento — que comprova que aquilo que é dito no evento acontece ao longo do semestre! O que quer dizer que a sua empresa pode se tornar ainda mais competitiva participando do evento.

Traduzimos com assertividade as informações de mercado para direcionar as estratégias dos agentes da cadeia láctea. Iluminamos cenários e perspectivas dos melhores profissionais do leite brasileiro. Se você planeja atuar na cadeia leiteira no Brasil nos próximos anos, o evento que mais acerta previsões é seu lugar!

Você pode participar presencialmente, em Campinas, ou de onde preferir, online. Clique aqui, confira a programação completa e inscreva-se já com os valores especiais do 1º lote! Comece sendo competitivo já com o valor do ingresso!

E aí, vamos juntos buscar o melhor resultado para sua empresa?

Em parceria com o portal de notícias Milkpoint, os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) terão direito a desconto na inscrição para participar do 14º Fórum MilkPoint Mercado. No primeiro lote, com vendas até 17 de fevereiro, o bônus é de 5% sobre R$ 600. Para os demais, será de 10%, sendo que o ingresso no segundo lote custa R$ 700 e no terceiro, R$ 800. INSCREVA-SE COM DESCONTO CLICANDO AQUI. (As informações são do Milkpoint e do Sindilat/RS) 

 
Cesta básica subiu o dobro da inflação em 10 anos; veja quanto aumentou cada alimento

Em 2022, a cesta básica de Porto Alegre custou 66,2% do salário mínimo líquido, valor que sobra após o desconto do INSS dos R$ 1.212. É o maior comprometimento em 17 anos. Os 13 produtos pesquisados somaram R$ 747. O levantamento foi enviado à coluna pelo Dieese. O motivo, claro, é o aumento dos preços dos alimentos, sucessivamente, bem acima da inflação média. 

Para se ter uma ideia, nos últimos 10 anos, o preço da cesta básica subiu 160,09% na capital gaúcha, segundo a pesquisa da economista-chefe do Dieese, Daniela Sandi. Foi o dobro da inflação. O INPC acumulado no período é de 80,51%. Daniela sempre ressalta que as famílias de renda menor são sempre as que mais sofrem quando a comida fica mais cara. O orçamento delas tem uma parcela maior comprometida com alimentação. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

A produção de leite de vaca subiu 1,9% em novembro de 2022
Os últimos dados divulgados pelo Observatório Europeu do Mercado de Leite de Vaca mostram que em novembro foram captadas 204 mil toneladas de leite a mais em relação ao mesmo mês de 2021, o que representa incremento de 1,9%. Somente dois países, entre os principais produtores, mostraram queda. São Itália, -3% e a Espanha, onde a redução foi mais acentuada, chegando a 4,5%. Os outros estados membros tiveram desempenhos positivos. A Irlanda com o maior crescimento (+7,4%), seguida pela Holanda (+5,1%) e Alemanha (+3,9%). Polônia e França tiveram crescimento menos acentuado, +2,5% e +1,1%, respectivamente. Apesar do crescimento de novembro de 2022, no acumulado do ano, o conjunto da União Europeia (UE) está com uma captação 0,1% menor do que a registrada no mesmo período de 2021. Alemanha, França, Itália e Espanha apresentam perdas acumuladas de -0,3%, -0,8%, -0,9% e -2,3%, respectivamente. Ficaram no campo positivo a Holanda (+0,9%) e a Irlanda (+0,7%). (Fonte: AgroNews Catilla y Leon – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.831


Secretaria Estadual da Fazenda divulga dados estratégicos sobre setor lácteo

O setor lácteo gaúcho ganhou uma nova ferramenta de embasamento para tomadas de decisão. A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) divulgou, na manhã desta quinta-feira (26), um conjunto de dados referentes ao setor em cinco áreas: vendas, compra de insumos, compras de bens de capital e valor adicionado. Dando seguimento a uma aproximação com o setor produtivo, o governo de Eduardo Leite comprometeu-se a realizar atualizações trimestrais e dialogar com o setor sobre os dados obtidos.

O levantamento indicou que a indústria láctea do Rio Grande do Sul alcançou  R$ 16,87 bilhões em vendas nos últimos 12 meses. O total aponta um aumento de 6,6% em relação ao período anterior, quando foram alcançados R$ 15,82 bilhões na comercialização. Quanto ao destino, a maior parte da produção foi comercializada para outras unidades da federação (56,7%), enquanto as vendas internas restaram na segunda posição (41,3%) e as exportações em terceiro (2,0%). Mesmo com uma participação muito pequena, houve um crescimento superior a 300% nos valores exportados, de R$ 76 milhões para R$ 341 milhões nos últimos 36 meses.

Os dados da Sefaz expuseram em números a dificuldade criada pelo Fator de Ajuste de Fruição (FAF). Ao divulgar balanço de compra de parte dos insumos necessários para a industrialização, a Sefaz indicou que, nos últimos 12 meses, as aquisições representaram R$ 15,53 bilhões, com aumento de 4,8% quando comparado aos 12 meses anteriores, quando foram R$ 14,82 bilhões. O valor inclui diferentes insumos, entre eles itens como embalagens, onde indicou-se aquisições 100% fora do RS. "Precisamos fazer em outros estados a compra de insumos que não são produzidos no Rio Grande do Sul. Por isso o nosso pleito pela revisão do FAF”, argumentou o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini. O assunto já está sendo tratado pelo governo. Conforme o auditor fiscal Giovanni Padilha, coordenador do Desenvolve RS, está prevista para o dia 20 de fevereiro a divulgação de relatório com os reflexos do FAF, que servirá de base para o governo avançar na discussão da medida solicitada pelo setor lácteo. 

O presidente do Sindilat, Guilherme Portella, destacou que a divulgação dos dados é essencial para embasar o desenvolvimento do setor. Dados esses que, garantiu ele, estão muito próximos aos que vinham sendo estimados pelas indústrias para definir suas ações. “Estamos aprofundando mais o olhar sobre o nosso setor através dessa estratificação dos dados, que vamos internalizar e estudar melhor. Um dos fatores principais para desenvolver a cadeia é entender o setor, suas potencialidades e fragilidades, e elaborar planos estruturados”, assinalou. 

Participando do encontro, o primeiro vice-presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, reforçou a importância da parceria com a Fazenda para o amadurecimento da cadeia, através da percepção de oportunidades. “Para o nosso setor, olhar os números de forma transparente indica que acertamos nos caminhos e, daqui pra frente, devemos lidar com as oportunidades. Somos uma indústria de céu aberto, que trabalha com produtos perecíveis e que depende muito do consumo no mercado interno, onde precisamos ser competitivos”, reforçou.

Entre os principais produtos lácteos, do volume total de leite UHT consumido pelos gaúchos, 88,4% é produzido por indústrias no Rio Grande do Sul. Em seguida, estão os cremes e natas, com 95,9% da produção no estado, e o queijo mussarela, com 79,6%, é produzido por indústria gaúcha.

A iniciativa do governo está estruturada na Receita Estadual e tem como objetivo fortalecer a economia, através da análise de 17 setores produtivos. Os números também estão disponibilizados na Revista RS360, que pode ser lida aqui. A live pode ser acessadas clicando aqui. 


Conseleite SC
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 27 de Janeiro de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Dezembro de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 
 
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de
proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)
 
 
 
 
 
 
BNDES anuncia mais R$ 2,9 bilhões em Programas Agropecuários para Safra 2022/23
 
Protocolos de novas operações no âmbito de diversas linhas do Plano Safra 22/23 haviam sido suspensos em razão do nível de comprometimento dos recursos
 
Durante a suspensão, o BNDES permaneceu disponibilizando crédito aos produtores rurais e suas cooperativas por meio de outras linhas como o Produto BNDES Crédito Rural
 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta (26/01) a reabertura de protocolos e contratações de novas operações de crédito no âmbito dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF). Após suspensão de protocolos no segundo semestre de 2022, em razão do nível de comprometimento de recursos, a reabertura em 1° de fevereiro prevê mais R$ 2,9 bilhões em apoio tanto à agricultura familiar (R$ 491 milhões), quanto à empresarial (R$ 2,4 bilhões), para custeio e investimento em suas mais diversas finalidades, tais como projetos de ampliação e modernização da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, sustentabilidade, armazenagem, inovação e modernização de cooperativas.
 
O BNDES é um grande apoiador do setor agropecuário e seus recursos chegam aos produtores rurais e suas cooperativas principalmente por meio de agentes financeiros parceiros. No Plano Safra 2022/23 já são R$ 16 bilhões aprovados por meio das instituições parceiras, dentre agências de fomento, bancos de montadoras, cooperativas de crédito, bancos cooperativos, bancos privados e bancos públicos. Esse modelo de operação permite uma distribuição descentralizada de recursos por todo o país, facilita o desenvolvimento da política pública de apoio à agropecuária e já alcançou 70 mil produtores rurais e suas cooperativas desde 1° de julho de 2022.
 
Mesmo durante a suspensão do protocolo de operações nos PAGF, ocorrida no presente Plano Safra, o BNDES permaneceu disponibilizando crédito aos produtores rurais e cooperativas por meio de outras soluções próprias, como o Produto BNDES Crédito Rural, que garante perenidade na oferta de recursos ao setor. Desde o início do atual Ano Safra, em junho de 2022, até meados de janeiro corrente foram aprovados cerca de R$ 2,8 bilhões no âmbito do produto que, desde seu lançamento em 2020, já alcançou mais de R$ 11,2 bilhões, distribuídos em cerca de 26,9 mil operações.
 
Lista dos programas que terão protocolos reabertos:
 
● Programa Crédito Agropecuário Empresarial de Custeio;
● Programa Crédito Agropecuário Empresarial de Investimento;
● Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF Custeio, no tocante à linha de crédito com taxa de juros prefixada de até 6% a.a. (seis por cento ao ano) – PRONAF Custeio Faixa II;
● Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF Investimento.
● Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – PRONAMP Custeio e Investimento;
● Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária – Programa ABC
● Programa para Construção e Ampliação de Armazéns – PCA;
● Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária – INOVAGRO;
● Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido – PROIRRIGA;
● Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras – MODERFROTA;
● Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária – PRODECOOP; e
● Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias – PROCAP-AGRO Giro.
 
Sobre o BNDES – Ao longo de seus 70 anos de história, o BNDES vem sendo o principal instrumento de Governo para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira, além de ser um dos principais financiadores de micro, pequenas e médias empresas do País. O Banco tem importante atuação anticíclica em momentos de crise, como um dos formuladores das soluções para a retomada do crescimento da economia. Atualmente, o BNDES também atua com foco na criação e manutenção de empregos, na melhoria dos serviços públicos do Brasil, como educação, saúde e saneamento, além de apoiar o País na transição justa para uma economia neutra em carbono. O Banco tem como propósito transformar a vida de gerações, promovendo o desenvolvimento sustentável. (BNDES)

Jogo Rápido 

Frente fria pode trazer mais chuvas ao Estado a partir de domingo
A chegada de uma frente fria no domingo pode trazer chuvas mais significativas, principalmente no Leste e Nordeste do Estado. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 04/2023, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Durante a noite de sexta-feira (27/01), por causa do forte aquecimento diurno, pode ocorrer chuvas de verão, com algumas tempestades isoladas. A expectativa é de que uma frente fria consiga furar o bloqueio atmosférico no domingo (29/01). Com isso, chuvas mais significativas devem ser registradas principalmente no Leste e Nordeste do Estado, em cidades como Caxias do Sul e Cambará do Sul. Nas demais localidades, o prognóstico de acumulados de chuvas indica que, até o final da próxima semana, os acumulados ficarão entre 10 e 50 mm de chuva em grande parte do Rio Grande do Sul. O boletim também aborda a situação das culturas de soja, milho, arroz, feijão e pastagens, além das criações de bovinos e ovinos. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 

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Porto Alegre, 26 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.830


Conseleite MG

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Janeiro de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto
entregue em Novembro/2022 a ser pago em Dezembro/2022
b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto
entregue em Dezembro/2022 a ser pago em Janeiro/2023
c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto
entregue em Dezembro/2022 a ser pago em Janeiro/2023 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2023 a ser pago em Fevereiro/2023.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite MG)


Laticínios Bela Vista se transforma em S.A

Como parte da estratégia de crescimento, o Laticínios Bela Vista, dono da marca Piracanjuba, comunica que deixa de ser uma sociedade limitada (LTDA) para se transformar em sociedade anônima (S.A.), de capital fechado. 

A mudança faz parte do processo de estruturação e profissionalização da companhia, que está em constante expansão, em prol do fortalecimento das ações de governança corporativa e valorização do potencial humano. A alteração não acarretará nenhuma mudança na atual estrutura societária, nem na operação, e se torna um marco importante para o futuro da organização que, atualmente, conta com 3,5 mil colaboradores diretos, sete Unidades Fabris e doze Postos de Resfriamento. 

O Laticínios Bela Vista é uma das três maiores indústrias de lácteos do país, e opera com capacidade produtiva de 6 milhões de litros de leite por dia. Possui um portfólio com mais de 180 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e MeuBom, além de possuir o licenciamento das marcas Almond Breeze para o Brasil e alguns países da América do Sul; e o licenciamento das marcas Ninho e Molico (leite UHT), para o território nacional. 

A trajetória reúne importantes premiações e reconhecimentos relacionados aos produtos e à gestão, fundamentada em valores como ética, valorização das pessoas e responsabilidade socioambiental. 

As informações são da Assessoria de Imprensa da Piracanjuba.

Novas estações de monitoramento do Simagro-RS começam a ser instaladas

O projeto de revitalização e instalação de novas estações meteorológicas do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) está a pleno no interior do Rio Grande do Sul neste mês de janeiro. Desde o dia 16/01, já foram instaladas duas novas estações nos municípios de Montenegro, em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), e Santo Ângelo, em parceria com o Instituto Federal Farroupilha. E foram revitalizadas outras sete já existentes, nos municípios de Maquiné, Caxias do Sul, Vacaria, Veranópolis, Taquari, Santa Maria e Júlio de Castilhos.

Até o final desta semana, serão instaladas ainda três estações novas em Cerro Largo, Itaqui e Alegrete e revitalizadas as de São Gabriel e Hulha Negra. As estações são utilizadas no monitoramento climático e no uso correto de produtos fitossanitários. O Simagro-RS também conta com modelos de tempo e clima, onde são gerados produtos agrometeorológicos para todos os 497 municípios do Rio Grande do Sul.

De acordo com o meteorologista Flávio Varone, coordenador do Simagro-RS, a instalação e revitalização das estações encerra na próxima semana. “Nós teremos 20 estações da rede da antiga Fepagro, hoje Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), e 30 novas instaladas, totalizando 50 estações próprias em operação”, destaca Varone. 

As estações a serem instaladas na próxima semana estão localizadas nas cidades de Pelotas, Encruzilhada, Eldorado do Sul, Cachoeirinha e Viamão e uma nova estação em Esteio, no Parque de Exposições Assis Brasil.

Saiba mais sobre o Simagro-RS: https://www.agricultura.rs.gov.br/simagro-rs

As informações são da SEAPI


Jogo Rápido 

Vitamina B12
Pesquisadores canadenses avaliaram a dieta de idosos com idade entre 67 e 84 anos buscando entender a relação entre a quantidade de vitamina B12 ingerida - proveniente de diferentes fontes dietéticas - e o risco de deficiência desse nutriente. Vamos aos resultados? Surpreendentemente a fonte dietética se mostrou mais relevante do que a quantidade de vitamina B12 ingerida: os idosos que consumiram alimentos do grupo dos lácteos, obtiveram maior concentração sanguínea da vitamina e, consequentemente, menor risco de deficiência. Incrível, não é mesmo?  Fique ligado e não perca nenhum conteúdo como esse! Fonte: Consuming dairy products helps guard against vitamin B12 deficiency in older adults. Internetional Milk Genomics Consortium, Anna Petherick. N. #112, 2023 (Beba Mais Leite)


 
 
 

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Porto Alegre, 25 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.829


Informativo Conjuntural Emater/RS
 
BOVINOCULTURA DE LEITE
Em diversos municípios, onde as áreas de forrageiras já se encontram significativamente afetadas pela falta de chuvas regulares, os produtores estão priorizando o consumo de alimentos volumosos de melhor qualidade pelas matrizes em lactação. Em alguns casos, há necessidade de aporte de ração como forma de evitar a queda expressiva na produção de leite ou para minimizar perda de escore corporal. Essas restrições de alimentos podem influenciar diretamente no potencial reprodutivo futuro e na idade ao primeiro parto das fêmeas jovens, além da ocorrência de parições de animais com baixo escore corporal, resultando no menor desenvolvimento dos terneiros. 
 
As temperaturas elevadas ao longo do dia causam grande estresse térmico às vacas leiteiras, aumentando a necessitando de mecanismos para mitigação do calor e umidade relativa do ar nos locais de criação. O consumo das reservas de feno está ocorrendo de forma antecipada, situação que pode ter reflexos no período de vazio forrageiro outonal para o qual os alimentos conservados são essenciais.
 
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Uruguaiana, estima-se que a queda no volume de leite já está em 50% do esperado devido à redução na oferta e na qualidade das forrageiras. Em Santana do Livramento, há relatos da redução de 30% no volume diário de leite coletado por uma cooperativa local.
 
Na regional de Erechim, com a volta das chuvas, espera-se melhora na oferta de pastagens e na redução dos custos de produção do leite, uma vez que reduz o estresse térmico e o uso de alimentos conservados.
 
Na regional de Frederico Westphalen, o cenário de queda da produção de leite tende a se agravar devido à baixa ocorrência de chuvas e à manutenção das temperaturas altas.
 
Na regional de Ijuí, os produtores estão ofertando milho (planta inteira triturada) aos animais, mas, devido à sua baixa qualidade, ainda não supre as necessidades dos rebanhos em produção.
 
Na regional de Lajeado, os volumes de leite entregues para a indústria nos últimos meses sofreram redução, se comparados ao mesmo período de anos anteriores.
 
Na regional de Passo Fundo, os animais apresentam adequadas condições sanitárias e ainda mantêm o escore corporal, mas com necessidade de ajustes nas dietas.
 
Na regional de Pelotas, nos locais onde as chuvas ocorreram com bons volumes, a falta de pastagens deve reduzir. Onde não houve o retorno da umidade ao solo, os produtores estão em busca de alimentação alternativa para adequar a dieta dos rebanhos.
 
Na regional de Porto Alegre, os animais tiverem redução da condição corporal em função da estiagem. A chuva permitiu a realização da adubação em cobertura nas pastagens cultivadas, auxiliando a recuperação das pastagens e do campo nativo.
 
Na regional de Santa Maria, devido ao baixo desenvolvimento das pastagens em decorrência da falta de umidade e à pouca reserva de alimentos disponíveis para o rebanho leiteiro, estima-se que estão deixando de ser coletados 100 mil litros diariamente de leite na região.
 
Nas regionais de Santa Rosa e Soledade, apesar das chuvas e da redução da temperatura, o excesso de calor tem causado estresse térmico aos animais, impactando na produção diária de leite.
 
MILHO SILAGEM
A área estimada de cultivo de milho silagem é de 365.467 hectares, e a produtividade esperada inicialmente é de 37.857 kg/ha. Houve prosseguimento no corte de lavouras para ensilagem, e, no final do período, as chuvas favoreceram a retomada do plantio e lavouras em desenvolvimento e em fases reprodutivas. As perdas na produtividade permanecem mais acentuadas nas regiões Centro e Noroeste do Estado. A qualidade também é afetada; houve pequena proporção de grãos e massa vegetal excessivamente fibrosa e seca. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Aceguá, as chuvas em volumes adequados permitiram a retomada de semeadura de novas lavouras. As que chegaram na fase reprodutiva também foram beneficiadas. Contudo, há perdas de pequena escala, relacionadas com o menor porte das plantas, decorrente da falta de chuvas regulares nos meses de novembro e dezembro. Em Hulha Negra, estima-se que as lavouras destinadas à produção de silagem apresentam perdas de 35% devido aos efeitos da estiagem, sendo superiores às perdas estimadas para as lavouras de produção de grãos devido à maior proporção de híbridos de mais alto potencial produtivo e de maior sensibilidade ao estresse hídrico. As condições climáticas adversas para a aplicação de fertilizantes nitrogenados e para o controle de ervas daninhas também contribuíram para os prejuízos observados. Na Fronteira Oeste, os produtores de leite, em São Gabriel e em Manoel Viana, realizaram a ensilagem de lavouras onde se confirmou a quebra devido à estiagem. Na de Frederico Westphalen, as perdas aproximam-se de 40%; 75% das lavouras foram colhidas; e 25% estão prontas para corte. Ainda devem ser implantados aproximadamente cinco mil hectares de milho silagem após a colheita do milho grão. Na de Santa Maria, foram colhidos 45% dos cultivos, e o rendimento obtido é de aproximadamente 20.000 kg/ha, abaixo da previsão inicial de 32.000 kg/ha. Na de Santa Rosa, 80% dos cultivos foram colhidos, e a produtividade é próxima a 25.000 kg/ha, abaixo da expectativa inicial de 35.000 kg/ha. (Emater)
 
 


Petrobras aumenta preço da gasolina em 7,5% para distribuidoras

A Petrobras anunciou que vai aumentar o preço médio de venda da gasolina nas refinarias para as distribuidoras de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro a partir de quarta-feira (25). Esse é o primeiro reajuste de 2023, assim como o primeiro aumento nos preços no novo governo.

O aumento de R$ 0,23 por litro em média corresponde a uma alta de 7,47% na cotação da gasolina.

De acordo com a estatal, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba.

A companhia disse em nota que o aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da empresa, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio.

A política de preços alinhada ao exterior é alvo de críticas do governo à empresa. O indicado pelo presidente Lula à presidência da companhia, Jean Paul Prates, ainda não assumiu o cargo. (Valor Econômico)

Valor de referência do leite a ser pago em janeiro é divulgado pelo Conseleite/MT

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Novembro de 2022 a ser pago em Dezembro de 2022 e para o leite entregue no mês de Dezembro de 2022 a ser pago em Janeiro de 2023.

Em Janeiro de 2023 a Câmara Técnica concluiu os estudos que resultaram na atualização dos custos de produção dos produtores e das indústrias. Dessa forma, em janeiro e fevereiro de 2023 serão divulgados os resultados dos valores de referência para a matéria-prima leite com e sem revisão.

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.

Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural 

As informações são do Conseleite-MT.


Jogo Rápido 

É AMANHÃ: SETOR DO LEITE EM DEBATE
Venha assistir e participar da live DIÁLOGOS SETORIAIS que será transmitida pelo canal do YouTube da Secretaria da Fazenda. Dia 26/01/2023 às 9h os representantes estarão, em conjunto com Auditores da Receita Estadual, analisando e comentando os INDICADORES ECONÔMICOS do leite. Agende-se e participe pelo canal do YouTube da Secretaria da Fazenda. Essa é uma grande oportunidade para ficar bem atualizado sobre o que vem acontecendo com o nosso setor e discutir alternativas! Os indicadores apresentados na live estão disponíveis na Revista Digital RS 360, na edição nº 03, que pode ser acessada através do site Receita.Doc ou clicando aqui. (SEFAZ RS)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.828


Conseleite indica valor de referência de R$ 2,1592 em janeiro

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul está previsto em R$ 2,1592 o litro neste mês de janeiro. O indicador, divulgado nesta terça-feira (24/01) pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS), é 1,9% menor do que o consolidado do mês de dezembro de 2022 (R$ 2,2010). Durante a reunião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, foi nomeado como novo coordenador do Conseleite a partir de fevereiro, conforme já previsto no regimento do colegiado que determina alternância de cargos entre produtores e indústrias. Eugênio Zanetti, da Fetag, passa a exercer a vice-coordenação.

Conduzindo a reunião, Palharini reforçou que, apesar de certa estabilidade na cotação, o momento é dificílimo para produtores e indústrias. “O que nos preocupa agora é como o mercado irá reagir a mais um ano de estiagem com falta de alimentação aos animais no campo. É hora de o poder público olhar para o setor lácteo gaúcho”. A maior preocupação das entidades que compõem o Conseleite é que o cenário acabe resultando em uma debandada da atividade.  “O setor não tem mais onde ceder. Com esses novos aumentos de custo, parte vai acabar sendo repassada ao consumidor”, alertou.

Palharini lembrou que um agravante neste cenário é a competição com os produtos importados dentro do mercado nacional, uma vez que os governos do Uruguai e da Argentina concedem subsídios aos tambos de seus países, o que não existe no Brasil. “Precisamos ver como o governo vai tratar essa questão porque ela gera uma situação de desigualdade competitiva”.

Durante a reunião, o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, apresentou levantamento da Emater onde indica um mapa das perdas na produção de silagens por região do Rio Grande do Sul. Segundo ele, a perda média de silagem é de 33%. Contudo, em alguns municípios o prejuízo passa de 50%. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 24 de Janeiro de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2023 é de R$ 4,4204/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.

 

O Observatório do Consumidor analisa como o verão influencia os hábitos de consumo de lácteos

OBSERVATÓRIO DO CONSUMIDOR - A chegada do verão e das férias escolares e a expectativa para o Carnaval fazem parte do pano de fundo do cenário dos consumidores brasileiros nos primeiros meses do ano, influenciando os hábitos de consumo.

Para auxiliar as tomadas de decisões do setor lácteo neste período, o Observatório do Consumidor - OC deste mês buscou identificar os padrões de consumo de lácteos no verão, a partir de publicações sobre leite e derivados feitas pelos usuários do Twitter no primeiro trimestre de 2021 e 2022.

Os dados mostram que o leite e seus derivados possuem boa reputação entre os internautas deste estudo. As postagens com conteúdos neutro e positivo somaram 84% do total em 2021 e 87% em 2022, revelando o apreço da maioria dos consumidores a este grupo de alimentos.

De um ano para o outro, houve um aumento de 30% no total de tweets relacionados aos produtos lácteos, com todos os meses do primeiro trimestre de 2022 apresentando mais de 800.000 postagens nesta rede social. O mês de fevereiro/22 apresentou a maior variação do trimestre, 47% quando comparado a fevereiro/21, conforme Figura 1.

Entre os derivados lácteos mais comentados no Twitter (Figura 2), o queijo lidera o ranking nos dois anos, apresentando, em 2022, 7% mais menções que no ano anterior. Como os queijos são a categoria de produtos lácteos mais citados no ano todo, o resultado da presente análise indica que o interesse pelo produto não é sazonal e se destaca mesmo no período mais quente do ano. O sorvete fica na segunda posição, com o número de citações mantendo-se estável nos dois períodos.

A Figura 3 apresenta as características mais citadas dos derivados lácteos nos dois períodos e a variação entre eles. Nos dois anos, as maiores quantidades de menções foram sobre Sabor e Cor, o que fornece indícios de uma busca por indulgência no verão. Quanto à variação entre os anos, os maiores aumentos foram observados nas características Fungo, Maturado e Selo-arte, o que sugere um incremento de usuários mais informados na rede.



Perfil e engajamento dos usuários

O número de usuários do Twitter que mencionaram os derivados lácteos no primeiro trimestre de 2022 aumentou 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o número de tweets cresceu 30%, conforme informado anteriormente. Isso demonstra maior engajamento dos consumidores com o tema, já que a média de postagens por pessoa aumentou 20%.

Os homens foram maioria ao falar de leite e derivados nos dois últimos verões e a proporção entre os sexos dos usuários foi mantida nos dois períodos. Assim, mais de 2/3 das postagens sobre lácteos no Twitter, foram feitas por homens.

Quanto à idade dos usuários, houve pequenas mudanças de um período para o outro, porém, mantendo-se a mesma proporção entre as gerações. Aqueles que pertencem à geração Y, também chamados de Milênios (nascidos entre 1980 e 1995) foram os que mais se manifestaram a respeito do tema, representando 80% das menções sobre lácteos em 2021 e 79% em 2022. Em seguida, vem a geração X (nascidos entre 1960 e 1981), cujo número de menções aumentou de 16% em 2021 para 19% em 2022.

Com os dados da distribuição da população em território nacional, do Censo realizado pelo IBGE (2022), foi possível identificar onde se localizam os usuários mais engajados com o tema no ano de 2022, dividindo-se o número de tweets publicados no estado por sua população. Conforme observa-se na Figura 4, os usuários do Rio de Janeiro, Distrito Federal, Alagoas e Rio Grande do Norte mostraram-se os mais engajados do País, com respectivamente 4,9; 4,3; 3,9 e 3,8 tweets por cada mil habitantes.

Opiniões e preferências de consumo

O OC analisou as nuvens de palavras geradas com base nos tweets relacionados aos lácteos nos dois últimos verões. Conforme esperado, o sorvete fica em destaque na estação mais quente do ano.

Percebe-se, ainda, pelas palavras adjacentes que o interesse dos usuários do Twitter está muito associado ao prazer e à indulgencia nos dois períodos (Figuras 5 e 6), o que pode ser observado pelas palavras condensado, pipoca, brigadeiro, etc. Esse resultado reforça o encontrado com a análise das características mais citadas (sabor e cor).

Assim, os resultados desta análise do OC sugerem que o sorvete e os lácteos indulgentes, além dos queijos, se destacam no verão brasileiro. Além disso, é possível perceber um interesse maior dos homens da geração do Milênio nos derivados do leite durante o primeiro trimestre do ano. Fonte: CILeite/Embrapa



Jogo Rápido 

Consumo de lácteos está associado a menor risco de obesidade, diz estudo
Os consumidores que comem produtos lácteos, bem como frutas e vegetais, podem ter um risco menor de se tornarem obesos, de acordo com um estudo transversal feito com quase 30.000 adultos. Como um alimento rico em nutrientes, os lácteos, muitas vezes, estão sob o foco de nutricionistas que procuram examinar a relação entre a ingestão de laticínios e o peso corporal. Um estudo recente conduzido por três pesquisadores da Universidade de Ciências Médicas Shiraz do Irã e da Universidade de Ciências Médicas Ahvaz Jundishapur examinou o índice de massa corporal (IMC) e dados de ingestão alimentar de um estudo transversal nacional em mais de 30.000 iranianos para obter informações sobre como consumir frutas, vegetais e laticínios podem estar associados ao risco de obesidade. Embora o estudo tenha várias limitações, como a indisponibilidade de dados sobre a ingestão de produtos lácteos com alto e baixo teor de gordura, ele tem valor estatístico significativo devido ao grande número de participantes na pesquisa que examina. Participantes de todas as províncias do Irã, exceto uma, preencheram um questionário adaptado à estrutura de pesquisa STEPS da Organização Mundial da Saúde, com perguntas sobre históricos médicos e ingestão alimentar, bem como sobre atividade física, status socioeconômico e muito mais. Os participantes também foram divididos em categorias com base em seu peso/IMC. De um grupo de 30.541 adultos no total, 30.042 foram selecionados após um exame físico para participar de um outro questionário destinado a descobrir quantas porções de frutas, vegetais e laticínios os participantes consumiam por dia. As respostas foram então comparadas em todas as categorias de peso: baixo peso (IMC inferior a 18,5), peso normal (18,5-24,9), sobrepeso (25-29,9) e obesidade (30 ou superior). De acordo com os resultados, os participantes que comem uma porção de laticínios por dia têm 32% menos chance de enfrentar a obesidade e 21% menos chance de ficar acima do peso, em comparação com aqueles que consumiram menos do que isso. E mesmo quando as porções de laticínios eram mais de duas por dia, isso foi associado a uma probabilidade 17% menor de obesidade. O excesso de peso também era menos provável para aqueles que consumiam duas e mais de duas porções de laticínios por dia - as chances eram de 23% e 21%, respectivamente - em comparação com aqueles que comiam menos de uma única porção. Consumir mais de duas porções de frutas por dia também foi associado a um menor risco de sobrepeso (26%) ou obesidade (21%). “Essas descobertas indicaram que mais consumo de frutas, vegetais e laticínios pode estar associado a menores chances de sobrepeso e obesidade”, escreveram os pesquisadores, observando que “mais estudos são necessários para confirmar as descobertas de nosso estudo”. As informações são do Dairy reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.