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24/01/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.828


Conseleite indica valor de referência de R$ 2,1592 em janeiro

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul está previsto em R$ 2,1592 o litro neste mês de janeiro. O indicador, divulgado nesta terça-feira (24/01) pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS), é 1,9% menor do que o consolidado do mês de dezembro de 2022 (R$ 2,2010). Durante a reunião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, foi nomeado como novo coordenador do Conseleite a partir de fevereiro, conforme já previsto no regimento do colegiado que determina alternância de cargos entre produtores e indústrias. Eugênio Zanetti, da Fetag, passa a exercer a vice-coordenação.

Conduzindo a reunião, Palharini reforçou que, apesar de certa estabilidade na cotação, o momento é dificílimo para produtores e indústrias. “O que nos preocupa agora é como o mercado irá reagir a mais um ano de estiagem com falta de alimentação aos animais no campo. É hora de o poder público olhar para o setor lácteo gaúcho”. A maior preocupação das entidades que compõem o Conseleite é que o cenário acabe resultando em uma debandada da atividade.  “O setor não tem mais onde ceder. Com esses novos aumentos de custo, parte vai acabar sendo repassada ao consumidor”, alertou.

Palharini lembrou que um agravante neste cenário é a competição com os produtos importados dentro do mercado nacional, uma vez que os governos do Uruguai e da Argentina concedem subsídios aos tambos de seus países, o que não existe no Brasil. “Precisamos ver como o governo vai tratar essa questão porque ela gera uma situação de desigualdade competitiva”.

Durante a reunião, o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, apresentou levantamento da Emater onde indica um mapa das perdas na produção de silagens por região do Rio Grande do Sul. Segundo ele, a perda média de silagem é de 33%. Contudo, em alguns municípios o prejuízo passa de 50%. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 24 de Janeiro de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2023 é de R$ 4,4204/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.

 

O Observatório do Consumidor analisa como o verão influencia os hábitos de consumo de lácteos

OBSERVATÓRIO DO CONSUMIDOR - A chegada do verão e das férias escolares e a expectativa para o Carnaval fazem parte do pano de fundo do cenário dos consumidores brasileiros nos primeiros meses do ano, influenciando os hábitos de consumo.

Para auxiliar as tomadas de decisões do setor lácteo neste período, o Observatório do Consumidor - OC deste mês buscou identificar os padrões de consumo de lácteos no verão, a partir de publicações sobre leite e derivados feitas pelos usuários do Twitter no primeiro trimestre de 2021 e 2022.

Os dados mostram que o leite e seus derivados possuem boa reputação entre os internautas deste estudo. As postagens com conteúdos neutro e positivo somaram 84% do total em 2021 e 87% em 2022, revelando o apreço da maioria dos consumidores a este grupo de alimentos.

De um ano para o outro, houve um aumento de 30% no total de tweets relacionados aos produtos lácteos, com todos os meses do primeiro trimestre de 2022 apresentando mais de 800.000 postagens nesta rede social. O mês de fevereiro/22 apresentou a maior variação do trimestre, 47% quando comparado a fevereiro/21, conforme Figura 1.

Entre os derivados lácteos mais comentados no Twitter (Figura 2), o queijo lidera o ranking nos dois anos, apresentando, em 2022, 7% mais menções que no ano anterior. Como os queijos são a categoria de produtos lácteos mais citados no ano todo, o resultado da presente análise indica que o interesse pelo produto não é sazonal e se destaca mesmo no período mais quente do ano. O sorvete fica na segunda posição, com o número de citações mantendo-se estável nos dois períodos.

A Figura 3 apresenta as características mais citadas dos derivados lácteos nos dois períodos e a variação entre eles. Nos dois anos, as maiores quantidades de menções foram sobre Sabor e Cor, o que fornece indícios de uma busca por indulgência no verão. Quanto à variação entre os anos, os maiores aumentos foram observados nas características Fungo, Maturado e Selo-arte, o que sugere um incremento de usuários mais informados na rede.



Perfil e engajamento dos usuários

O número de usuários do Twitter que mencionaram os derivados lácteos no primeiro trimestre de 2022 aumentou 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o número de tweets cresceu 30%, conforme informado anteriormente. Isso demonstra maior engajamento dos consumidores com o tema, já que a média de postagens por pessoa aumentou 20%.

Os homens foram maioria ao falar de leite e derivados nos dois últimos verões e a proporção entre os sexos dos usuários foi mantida nos dois períodos. Assim, mais de 2/3 das postagens sobre lácteos no Twitter, foram feitas por homens.

Quanto à idade dos usuários, houve pequenas mudanças de um período para o outro, porém, mantendo-se a mesma proporção entre as gerações. Aqueles que pertencem à geração Y, também chamados de Milênios (nascidos entre 1980 e 1995) foram os que mais se manifestaram a respeito do tema, representando 80% das menções sobre lácteos em 2021 e 79% em 2022. Em seguida, vem a geração X (nascidos entre 1960 e 1981), cujo número de menções aumentou de 16% em 2021 para 19% em 2022.

Com os dados da distribuição da população em território nacional, do Censo realizado pelo IBGE (2022), foi possível identificar onde se localizam os usuários mais engajados com o tema no ano de 2022, dividindo-se o número de tweets publicados no estado por sua população. Conforme observa-se na Figura 4, os usuários do Rio de Janeiro, Distrito Federal, Alagoas e Rio Grande do Norte mostraram-se os mais engajados do País, com respectivamente 4,9; 4,3; 3,9 e 3,8 tweets por cada mil habitantes.

Opiniões e preferências de consumo

O OC analisou as nuvens de palavras geradas com base nos tweets relacionados aos lácteos nos dois últimos verões. Conforme esperado, o sorvete fica em destaque na estação mais quente do ano.

Percebe-se, ainda, pelas palavras adjacentes que o interesse dos usuários do Twitter está muito associado ao prazer e à indulgencia nos dois períodos (Figuras 5 e 6), o que pode ser observado pelas palavras condensado, pipoca, brigadeiro, etc. Esse resultado reforça o encontrado com a análise das características mais citadas (sabor e cor).

Assim, os resultados desta análise do OC sugerem que o sorvete e os lácteos indulgentes, além dos queijos, se destacam no verão brasileiro. Além disso, é possível perceber um interesse maior dos homens da geração do Milênio nos derivados do leite durante o primeiro trimestre do ano. Fonte: CILeite/Embrapa



Jogo Rápido 

Consumo de lácteos está associado a menor risco de obesidade, diz estudo
Os consumidores que comem produtos lácteos, bem como frutas e vegetais, podem ter um risco menor de se tornarem obesos, de acordo com um estudo transversal feito com quase 30.000 adultos. Como um alimento rico em nutrientes, os lácteos, muitas vezes, estão sob o foco de nutricionistas que procuram examinar a relação entre a ingestão de laticínios e o peso corporal. Um estudo recente conduzido por três pesquisadores da Universidade de Ciências Médicas Shiraz do Irã e da Universidade de Ciências Médicas Ahvaz Jundishapur examinou o índice de massa corporal (IMC) e dados de ingestão alimentar de um estudo transversal nacional em mais de 30.000 iranianos para obter informações sobre como consumir frutas, vegetais e laticínios podem estar associados ao risco de obesidade. Embora o estudo tenha várias limitações, como a indisponibilidade de dados sobre a ingestão de produtos lácteos com alto e baixo teor de gordura, ele tem valor estatístico significativo devido ao grande número de participantes na pesquisa que examina. Participantes de todas as províncias do Irã, exceto uma, preencheram um questionário adaptado à estrutura de pesquisa STEPS da Organização Mundial da Saúde, com perguntas sobre históricos médicos e ingestão alimentar, bem como sobre atividade física, status socioeconômico e muito mais. Os participantes também foram divididos em categorias com base em seu peso/IMC. De um grupo de 30.541 adultos no total, 30.042 foram selecionados após um exame físico para participar de um outro questionário destinado a descobrir quantas porções de frutas, vegetais e laticínios os participantes consumiam por dia. As respostas foram então comparadas em todas as categorias de peso: baixo peso (IMC inferior a 18,5), peso normal (18,5-24,9), sobrepeso (25-29,9) e obesidade (30 ou superior). De acordo com os resultados, os participantes que comem uma porção de laticínios por dia têm 32% menos chance de enfrentar a obesidade e 21% menos chance de ficar acima do peso, em comparação com aqueles que consumiram menos do que isso. E mesmo quando as porções de laticínios eram mais de duas por dia, isso foi associado a uma probabilidade 17% menor de obesidade. O excesso de peso também era menos provável para aqueles que consumiam duas e mais de duas porções de laticínios por dia - as chances eram de 23% e 21%, respectivamente - em comparação com aqueles que comiam menos de uma única porção. Consumir mais de duas porções de frutas por dia também foi associado a um menor risco de sobrepeso (26%) ou obesidade (21%). “Essas descobertas indicaram que mais consumo de frutas, vegetais e laticínios pode estar associado a menores chances de sobrepeso e obesidade”, escreveram os pesquisadores, observando que “mais estudos são necessários para confirmar as descobertas de nosso estudo”. As informações são do Dairy reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


 
 
 

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