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Porto Alegre, 4 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.234

 Estiagem faz Estado cair uma posição no ranking de produção

Um dos principais produtores de grãos do país, o Rio Grande do Sul será ultrapassado, neste ano, por Goiás em volume de produção. Efeito direto da estiagem que castigou sobretudo lavouras de soja e reduziu em mais de 9 milhões de toneladas a colheita gaúcha da atual safra em relação ao ciclo anterior.

Na próxima segunda-feira, IBGE e Companhia Nacional de Abastecimento apresentam novo levantamento da safra. E devem confirmar as perdas no Rio Grande do Sul. Como a colheita já se encerrou, a expectativa é saber o tamanho do ajuste - se é que haverá - em relação aos dados do mês passado. Outra informação sobre a qual se tem expectativa é o resultado nacional. As projeções são de recorde para o grão. Há quem avalie, no entanto, que o recuo da produção gaúcha poderá impactar o número do país.

Pelos últimos dados da Conab, pouco mais de 1 milhão de toneladas separam o resultado da produção de grãos (incluídas as culturas de inverno) do RS e de Goiás, quarto e terceiro lugares no ranking nacional. Ficam à frente, ainda, Paraná e Mato Grosso.

- Sempre disputávamos o segundo lugar com o Paraná. A situação do Estado neste ano é fora do comum. Nunca houve algo parecido com essa combinação de seca e covid-19 - avalia Décio Teixeira, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-RS).

No panorama apresentado ontem pelo secretário da Agricultura, Covatti Filho, no Tá Na Mesa virtual da Federasul, que aponta perda de R$ 15 bilhões em valor bruto da produção no Estado, voltou-se a falar em irrigação. Nem 3% da área de verão é irrigada. A necessidade de "desburocratização", a deficiência no fornecimento de energia elétrica e a falta de linhas de crédito atrativas foram citadas como obstáculos.

Neste momento, há de se acrescentar as barreiras trazidas por perda de renda e dificuldades de renegociação. (Zero Hora)
               

Argentina – Principais indústrias de laticínios acumulam dívidas de quase 19 bilhões de pesos

As complicações derivadas da pauperização do mercado interno junto com as dificuldades para concretizar exportações – agravadas pela pandemia do Covid-19 – reduziram o faturamento de muitas das principais indústrias de laticínios da Argentina. Nesse contexto, as dívidas bancárias das 27 principais empresas do setor é de 18.967 milhões de pesos, segundo os registros do Banco Central (BCRA). 

Trata-se de uma cifra superior ao faturamento total com produtos lácteos nas cadeias de supermercados a nível nacional registradas nos meses de fevereiro e março de 2020, segundo os últimos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). 

Um estudo realizado pelo Instituto Argentino de Professores Universitários de Custos (Iapuco) em conjunto com o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) mostra que entre agosto de 2019 e março de 2020 as médias e pequenas empresas de laticínios operaram – em média – sem rentabilidade, enquanto que no primeiro bimestre deste ano as grandes fábricas não conseguiram obter lucro. 

 
A partir de abril passado, se bem que a situação do setor tendia a melhorar de forma progressiva em termos teóricos, a realidade é que algumas empresas encontraram grandes obstáculos – que persistem até hoje – para distribuir e receber produtos causados pelas dificuldades logísticas, trabalhistas e econômicas gerados pelo isolamento forçado. 

Em relação ao mercado externo, as exportações, que iniciaram firmes o ano de 2020, caíram acentuadamente em março pelo efeito combinado da queda de preço do petróleo (muitos dos grandes compradores de lácteos são exportadores de óleo cru) e a desaceleração econômica provocada pela pandemia do Covid-19. 

“A elevação dos direitos de exportação do leite em pó (9% do valor FOB), a manutenção da retenção de AR$ 3/US$ para os outros produtos lácteos, a queda na devolução de impostos internos vigente desde os meados de 2018, câmbio defasado e os preços internacionais atuais e futuros mais baixos, reduziram os incentivos para as exportações agora e no médio prazo”, explicou o boletim do Observatório Lácteo Argentino (Ocla). 

“Esta situação de menor incentivo à exportação de lácteos se junta ao aumento de 8% na produção de leite, maiores estoques iniciais e sérias dúvidas em relação à evolução do consumo doméstico em decorrência da queda no poder aquisitivo, agravada pela crise econômica”, acrescenta o Ocla. (valorsoja – Tradução livre: Terra Viva)

Home office” pode alcançar 20 milhões de trabalhadores no Brasil, estima Ipea 

País deve ocupar a 45ª posição em um ranking de 86 nações criado pela aís deve ocupar a 45ª posição em um ranking de 86 nações criado pela Universidade de Chicago

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem m estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem mostra que o trabalho por “home office” poderá alcançar 22,7% das ocupações mostra que o trabalho por “home office” poderá alcançar 22,7% das ocupações existentes no país, o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas existentes no país, o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas.

Se confirmado, o cenário coloca o Brasil na 45ª posição num ranking de 86 países om trabalho remoto elaborado por pesquisadores da Universidade de Chicago e que teve metodologia replicada pelo Ipea. Na América Latina, ficaria em 2º lugar.

Os dados constam do estudo “Potencial de Teletrabalho na Pandemia: Um Retrato o Brasil e no Mundo”, feito em parceria pelos pesquisadores Felipe Martins e Geraldo Góes, do Ipea, e José Antônio Sena, do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE).

O levantamento analisou 434 tipos de ocupações existentes no mercado de trabalho brasileiro e concluiu que 25% dessas atividades poderiam ser realizadas remotamente, o chamado teletrabalho. São essencialmente grupos de profissionais de ciências e intelectuais, diretores e gerentes, além de técnicos e profissionais de nível médio.

A análise mostra também que trabalhadores da agropecuária, da caça e da pesca e militares possuem os menores potenciais de realizar o trabalho remotamente, por motivos evidentes. “Se a ocupação envolve trabalho fora de um local fixo e operação e máquinas e veículos ela não passível de teletrabalho”, diz Felipe Martins, do Ipea.

Regionalmente, porém, o potencial do “home office” varia conforme o perfil dos postos de trabalho existentes. O maior potencial está no Distrito Federal, onde 1,6% dos empregos podem ser executados de forma remota (cerca de 450 mil pessoas). Logo na sequência vêm os Estados de São Paulo (27,7% dos empregos, cerca de 6,1 milhões de pessoas) e Rio de Janeiro (26,7%, mais de 2 milhões).

O Piauí é o que apresenta o menor potencial de teletrabalho (15,6% das atividades, u cerca de 192 mil pessoas).

Na comparação entre os países, Luxemburgo tem a maior proporção de teletrabalho entre os 86 países avaliados (53,4% dos empregos). No final do ranking parece Moçambique (5,24%), segundo informou o Ipea. Dentre os nove países da América Latina que constam no estudo o Chile tem a maior participação de Teletrabalho (25,74%).

Os pesquisadores consideraram prematuro, porém, avaliar se as modalidades de trabalho remoto que surgiram ou cresceram durante o período de isolamento social seguirão a mesma tendência no pós-pandemia.

Como as relações trabalhistas no país são, sob vários recortes, muito heterogêneas muito cedo ainda para se descortinar tendências mesmo que setoriais”, acrescentou Geraldo Góes, pesquisador do Ipea. (Valor Econômico)
                  

França – Proibida denominação animal em produtos vegetais
A Assembleia Nacional adotou, definitivamente no dia 27 de maio de 2020, a proposta da leite “referente à transparência de informações sobre alimentos”, incluindo um importante dispositivo em que proíbe a utilização de denominações animais (lingüiça, filé, bife...) para produtos contendo proteínas vegetais. As entidades profissionais Iterbev e Inaporc aplaudiram a adoção dessa medida pelo legislativo “dizendo que será um grande progresso quando entrar em vigor, um verdadeiro progresso em matéria de transparência da informação para o consumidor.  Por isso, as entidades pedem ao governo para promulgar rapidamente o decreto para tornar a medida efetiva na França. Com efeito, esse decreto não dependerá da União Europeia (UE), e não será necessário aguardar que a proibição em todo o bloco comunitário. (AGROMedia – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

 

Porto Alegre, 3 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.233

 Consumo em restaurantes tem queda de 61,2% na primeira quinzena de maio 

Resultado representa pequena melhora em relação à queda da metade inicial de abril, que chegou a 67,7%

O volume de transações em restaurantes caiu 61,2% na primeira quinzena de maio na comparação com igual período do ano passado, segundo o Índice de Consumo em Restaurantes (ICR) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da bandeira de benefícios Alelo.

O resultado mostra uma queda um pouco menor do que nos primeiros 15 dias de abril, quando o indicador teve recuo de 67,7% nas transações, mas ainda evidencia a forte retração na atividade dos estabelecimentos em função das medidas de isolamento social adotadas desde março.

A pesquisa computa o volume de compras e valor dos gastos realizados por trabalhadores com carteira assinada que recebem vales-alimentação e refeição pela bandeira Alelo. Também há levantamento da quantidade de estabelecimentos que registraram as transações no período.

Nem a abertura gradual do comércio e adaptação dos restaurantes foi suficiente para impulsionar o movimento de consumidores.

Na primeira quinzena de maio, houve queda de 25,7% no número de restaurantes que registraram compras ante um ano antes, contra recuo de 40,5% em mesmo intervalo de abril.

“Mais restaurantes estão abrindo, se adaptando ao delivery, mas o volume de operações não volta ao que era antes. Ainda temos um quarto dos estabelecimentos sem registrar transações. A pergunta que fica é o quanto eles conseguem sobreviver”, afirma Eduardo Zylberstajn, chefe de pesquisa e inovação da Fipe.

O ICR ainda mostra que, no valor das compras, houve baixa de 44,9% em restaurantes na primeira metade do mês passado, sempre na comparação anual.

O desempenho também mostra uma melhora, embora discreta, ante a primeira quinzena de abril, quando a queda no valor das transações foi de 56,7%.

“A retomada não ocorre de uma hora para outra, ela é lenta. Os restaurantes e outros estabelecimentos, como shoppings, vão ter uma capacidade bastante limitada de receber clientes quanto a abertura começar a ocorrer. Será preciso adotar distanciamento entre as mesas e critérios rigorosos de higiene”, diz André Turquetto, diretor de marketing e de produtos da Alelo.

Segundo Zylberstajn, é possível projetar que o mesmo quadro de recuperação gradativa e em patamar mais baixo se repita para o comércio em geral nas próximas semanas e meses. “O dinamismo a que estamos acostumados a ver no nosso dia a dia está longe de voltar”, afirma.

A parceria entre a Fipe e a Alelo também inclui o Indicador de Consumo em Supermercados (ICS), menos afetado pela interrupção de atividades presenciais.

Na primeira quinzena de maio, o consumo em supermercados a partir de vales da Alelo caiu 9,2% em bases anuais, depois de registar uma queda de 19,2% em abril. Em contrapartida, os gastos subiram 6,8% nos primeiros 15 dias de maio. No mês anterior, houve queda de 4,9% em igual período.

“As pessoas estão ficando mais em casa, então não há diferença significativa na quantidade de estabelecimentos funcionando e aumenta o valor médio de gastos. Isso indica que os consumidores vão menos aos supermercados, mas gastam mais a cada ida”, afirma Zylberstajn. (Valor Econômico)
                 

China aprova as importações de permeado de soro de leite

No dia 15 de maio de 2020 a China publicou os padrões oficiais de segurança e qualidade para o uso de permeado em pó (soro de leite desproteinado em pó) em alimentos processados, significando que seu mercado está pronto para aceitar as importações deste ingrediente.

O desenvolvimento veio em decorrência do recente tratado comercial entre os Estados Unidos e a China. No entanto, o padrão é o aceito mundialmente, e o permeado de qualquer país pode ser exportado para a China, desde que cumpra os requisitos.

Henrik Jacob Hjortschoej, chefe de desenvolvimento de vendas de alimentos da Arla Foods Ingredients disse, “A abertura do mercado chinês para as exportações mundiais de permeado é muito significativo para o mercado de ingredientes lácteos. A demanda de permeado cresce rapidamente na China, assim como, em todo o mundo. Esperamos ansiosamente trabalhar com nossos clientes da China para fornecer um permeado de soro de leite de altíssima qualidade para ser utilizado em bebidas e alimentos”.

O permeado de soro de leite é o leite sólido com cerca de 80% de lactose. Usado como agente emulsificante é substituto econômico para o leite em pó desnatado (SMP) lactose e soro de leite em pó. Em 2017, o permeado em pó recebeu um padrão internacional do Codex Alimentarius. 

O permeado está sendo cada vez mais utilizado por marcas multinacionais, particularmente em categorias como chocolate e biscoitos, mas, também em bebidas quentes, laticínios e sobremesas. Os números da Innova mostram que o número de novos produtos que contêm permeado de soro de leite mais que dobrou nos últimos anos, passando de 169 em 2015 para 387 em 2019. A Arla Foods Ingredients é um dos maiores fornecedores mundiais do ingrediente, com instalações de produção na União Europeia (UE) e na Argentina. (As informações são do Dairy Industries, traduzidas pelo Terra Viva)

Daoud: ‘Programa Leve Leite é a solução para aumentar consumo na crise’

Para o comentarista do Canal Rural, uma medida já conhecida pelo governo pode dar fôlego ao setor que emprega cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil.

Um dos efeitos da retração econômica é a diminuição da renda das famílias e umas das consequências disso aparece na cadeia leiteira, com a diminuição na demanda por produtos com leite e derivados.

Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud uma medida já conhecida pelo governo pode dar fôlego ao setor que emprega cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil, o programa Leve Leite, que consiste na distribuição de leite em pó para alunos matriculados na Rede Municipal de Educação de diversas cidades do país. Assista o vídeo clicando aqui. (Canal Rural)
                   

PIB da agropecuária brasileira deverá crescer 1,8% em 2020, prevê MacroSector
Impulsionado por soja e milho, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira deverá crescer 1,8% em 2020, segundo novas estimativas divulgadas hoje pela MacroSector, com sede em São Paulo. O avanço, classificado pela consultoria como “modesto”, não evitará uma forte queda de 9% do PIB do país como um todo, determinada por recuos nos setores industrial e de serviços. No cenário que traçou, a MacroSector projeta recuos de 11,5% no consumo doméstico, de 15% dos investimentos e de 8,5% das exportações, além de um aumento de 3% das despesas do governo. No primeiro trimestre, quando o PIB brasileiro caiu 1,5%, a agropecuária cresceu 0,6%. (As informações são do Valor Econômico)

 

 

Porto Alegre, 2 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.232

 Leilão GDT fecha com preços estáveis; importações seguem não atrativas para Brasil

O evento 261 da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 02/06, sinalizou manutenção do índice de preços médios dos produtos negociados. Após o encerramento do leilão, o preço médio das negociações fechou em US$2.902/ton, valorização de apenas 0,10% em relação ao evento anterior, realizado na segunda quinzena de maio. Confira, no Gráfico 1, a evolução de preços médios praticados nos leilões e sua variação.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.

Neste evento foram negociadas 21.968 toneladas, volume 30,9% maior do que no evento anterior. O significativo aumento no volume vendido pode sinalizar uma melhor dinâmica do mercado, que não praticava volumes acima de 21 mil toneladas em um evento GDT desde a segunda quinzena de março.

O leite em pó integral, que representou 54% do volume ofertado neste evento, fechou em alta de 2,1%, com preço médio de US$2.761/ton. O segundo produto mais negociado, o leite em pó desnatado, que representou 19% do volume total, teve uma queda de 0,5% em seu índice de preços, fechando em US$2.530/ton. A tabela 1, apresenta os preços médios e variações de todos os derivados negociados no evento 261.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no evento 261 do GDT, realizado em 02/06/2020.

As variações positivas nos últimos dois eventos GDT sinalizam para uma gradual recuperação do mercado de lácteos, após o cenário desfavorável dos últimos meses construído pela crise causada pela Covid-19. Alguns fatores, como a retomada nos preços do petróleo e sucessivas medidas de afrouxamento das políticas de isolamento social pelo mundo, apontam para a volta do crescimento do consumo de lácteos. Entretanto, ainda é necessária cautela, e saber que, dificilmente o setor retornará aos níveis de receita pré-Corona no curto prazo.

Analisando os contratos de leite em pó integral para os próximos meses, nota-se uma expectativa de crescimento dos preços, fechando em patamares superiores aos atuais a partir de setembro, apesar da queda nos meses de julho e agosto.

Gráfico 2. Contratos futuros de leite em pó integral – GDT vs. NZX.

Os impactos dos preços deste leilão no mercado brasileiro podem ser observados na Tabela 2, em que estimamos o valor do leite importado em equivalente leite no Brasil. O preço do leite em pó integral no GDT (US$2.761/ton), equivale a um leite pago na fazenda brasileira de R$1,70, considerando a taxa de câmbio do dia do evento (R$5,25/dólar). Este valor ainda é distante da média CEPEA/ESALQ paga pelo leite em maio, cerca de R$1,38/litro.


Neste cenário, as importações seguem sendo pouco competitivas no mercado brasileiro, em função, principalmente, da taxa de câmbio que, apesar da queda nos últimos dias, segue bastante elevada. (GlobalDairyTrade/Milkpoint)
                  

Demanda por lácteos da China se mantém forte

O país mais populoso do mundo continua sendo um voraz comprador de leite em pó, apesar da pandemia em curso e de uma economia que desacelerou acentuadamente. Com as compras de abril, a China importou quase tanto leite em pó integral nos primeiros quatro meses deste ano quanto no período de janeiro a abril do ano passado, observa Sarina Sharp, analista do Daily Dairy Report.

Em abril, a China importou 63,68 milhões de quilos de leite em pó integral, um aumento de 21,9% em relação ao ano anterior, de acordo com o Trade Data Monitor. "Em relação ao formidável ritmo de compras que o país estabeleceu em 2019, as importações chinesas de leite em pó integral tiveram um início lento este ano, mas a forte contagem de abril as leva a apenas 0,2% do ano passado, depois de se ajustar ao dia bissexto", disse Sharp.

O ritmo de compras ocorre apesar da forte queda da atividade econômica. Em janeiro, antes do bloqueio da China, a economia do país deveria crescer 6% em 2020, um pouco abaixo do crescimento de 6,1% de 2019. Segundo o World Economic Outlook de abril do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Covid-19 mudou drasticamente as perspectivas. Agora, o FMI espera que a economia da China cresça apenas 1,2%, um declínio de 4,8 pontos percentuais em relação às perspectivas de janeiro.

Enquanto milhões de trabalhadores foram demitidos na China e outros viram cortes nos salários, a demanda reprimida por bens e serviços passará para 2021 à medida que o mercado de trabalho se recuperar. O FMI espera que a economia da China registre um crescimento de 9,2% no próximo ano, um aumento de 3,2 pontos percentuais em relação às perspectivas de janeiro de 2020.

As importações chinesas de leite em pó desnatado em abril caíram 4,1%, para 25 milhões de quilos, em comparação com o ano passado. Mas no ano passado, a China estava em uma momento de grandes compras de leite em pó, adquirindo grandes volumes da Nova Zelândia, bem como estoques de intervenção baratos da Europa. Sharp observa que, enquanto as importações de leite em pó desnatado na China de janeiro a abril diminuíram 14,3% em 2019, elas ainda eram mais altas no mesmo período em todos os anos anteriores.

"Dadas as interrupções no comércio global e os relatórios de mais envio de leite para os secadores na China durante o bloqueio, as importações de leite em pó do país foram mais fortes do que o previsto", afirma Sharp. "Essas são boas notícias em um mundo com um crescente excedente de leite em pó."

A China também está importando mais soro de leite, mas essas importações ainda estão bem abaixo dos níveis recordes de 2018. "As fortes importações de soro de leite refletem uma melhoria gradual nos esforços da China para reconstruir seu rebanho suíno e modernizar sua indústria suína", afirma Sharp. "A mudança para uma indústria mais moderna favorece o consumo de soro de leite, porque muitos criadores de grande escala incluem soro de leite em rações para leitões, enquanto as fazendas menores normalmente não o fazem."

No entanto, Sharp observa que o rebanho de suínos da China ainda é apenas "uma sombra do que era antes de ser devastado pela peste suína africana" e, assim, provavelmente continuará limitando a demanda de soro de leite no futuro próximo. (As informações são do Farm Journal & MILK Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Embrapa oferece curso online gratuito sobre melhoramento na produção de leite

Conteúdo aborda as características das principais raças leiteiras do país, estratégias de cruzamento e cálculo dos indicadores zootécnicos. 

A Embrapa Gado de Leite abriu inscrições nesta terça-feira, 2, para uma nova turma do curso a distância sobre Melhoramento Genético e controle Zootécnico para a Produção de Leite. Para colaborar com o período de quarentena devido à pandemia do coronavírus, a Embrapa está oferecendo o curso de forma gratuita. O acesso ao curso ficará disponível de 9 a 22 de junho. 

A capacitação tem o objetivo de informar a respeito das principais raças leiteiras do Brasil, seu potencial de produção e as exigências para cada uma delas. O conteúdo também detalha estratégias de cruzamento entre diferentes raças e quais as informações que é necessário anotar para fazer o cálculo dos indicadores zootécnicos, além de indicar critérios para o descarte de animais em rebanhos leiteiros. De acordo com a Embrapa, o curso é recomendado para técnicos de assistência técnica e extensão rural, produtores de leite, estudantes e profissionais que tenham interesse na produção de leite. 

O curso tem vagas limitadas a 1.000 participantes e as inscrições estão abertas até o próximo dia 7 ou enquanto restarem vagas. A capacitação tem uma carga horária total de 40 horas e será ministrado na plataforma digital da Embrapa Gado de Leite. Após o término, um certificado será emitido ao aluno que atingir os requisitos mínimos. (Canal Rural)

EUA: campanhas em comemoração ao Mês Nacional dos Lácteos

O (DMI) e as equipes de dairy checkoff estaduais e regionais de todos os EUA estão mostrando a resiliência da cadeia e o impacto na comunidade durante a pandemia de Covid-19.

Os esforços começam hoje, 1º de junho — Dia Mundial do Leite — com um vídeo “Raising Gallons” que o DMI criou em parceria com organizações estaduais e regionais de checkoff. O vídeo mostra atletas olímpicos, jogadores da NFL, chefs famosos e outros levantando um galão de leite para mostrar sua apreciação pelos produtores de leite, ao mesmo tempo em que apoia o objetivo do checkoff de levar laticínios nutritivos a americanos por meio de sua parceria com a Feeding America.

O vídeo foi iniciado pela produtora de laticínios da Pensilvânia e presidente da DMI Marilyn Hershey e termina com o diretor de parcerias da cadeia de suprimentos de laticínios da Feeding America, Jerod Matthews, que incentiva os consumidores a divulgar seus próprios galões usando a hashtag #UndeniablyDairy. O MilkPEP fará doações à sua campanha GiveAGallon de até US$ 100.000.

"Essa pandemia mostrou o quão essencial a Feeding America e os produtores de leite são para ajudar a alimentar os necessitados", disse Hershey. "Estamos trabalhando em direção a um objetivo comum, e nossa estratégia de levar laticínios às mãos de quem precisa não seria possível sem a Feeding America e sua rede nacional de 200 bancos de alimentos locais".

Esforços adicionais, realizados nacional e localmente, promoverão “30 dias de laticínios” ao longo de junho. Todos os dias do mês serão preenchidos com tours e conteúdo de fazendas virtuais que comemoram o papel que os laticínios desempenham na vida das pessoas, enquanto ilustram a resiliência e as contribuições dos produtores de leite para suas comunidades, marcadas com o novo emblema "30 dias de laticínios".

"A celebração do Mês Nacional de Lácteos ganhou novo significado este ano, dada a pandemia global", disse Heather Oldani, vice-presidente executiva de comunicações da DMI. “Apesar dos tempos difíceis, os produtores demonstram um compromisso incansável em acordar todas as manhãs para garantir que um suprimento seguro e nutritivo de laticínios esteja disponível em nossos mercados, em nossas casas e nos bancos comunitários de alimentos. O papel essencial que os produtores desempenharam tornou possível para o restante de nós continuar desfrutando dos laticínios que todos amamos.”

O checkoff também promoverá receitas centradas em laticínios para o verão, com a expectativa de que a cozinha em casa continue como uma atividade importante para muitas famílias. O conteúdo será publicado no site redesenhado da DMI – www.usdairy.com – e também através de organizações estaduais e regionais. (As informações são da Hoard’s Dairyman, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
                   

Indústria de laticínios manteve a produção e não realizou demissões neste período de combate ao coronavírus 
O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, fez um balanço do setor nos últimos 75 dias. Observou que o abastecimento foi garantido aos consumidores, bem como o emprego e as atividades normais foram mantidos nas empresas. Para ouvir a entrevista na íntegra, clique aqui. (Agert)

 

 

Porto Alegre, 01 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.231

  Vídeo comemora Dia do Leite

No Dia do Leite, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) divulga o vídeo produzido pelo Comitê de Crise do Ministério da Agriculta com lideranças nacionais do setor. Na voz de dirigentes das entidades que representam produtores, indústrias e órgãos públicos, a mensagem é a valorização da produção. Entre as lideranças que se somaram ao projeto está o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o secretário executivo Darlan Palharini. Participe você também!  Beba leite! Valorize quem produz! (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Assista o vídeo clicando aqui.

                  

Governo fornecerá dados para guiar estratégia de desenvolvimento do setor da proteína animal
O governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda e Receita Estadual, repassará dados setoriais estratégicos para guiar as ações da cadeia produtiva da proteína animal. O modelo, que busca uma visão menos fiscalista e mais desenvolvimentista do Rio Grande do Sul,  foi proposto durante reunião  realizada de forma virtual na tarde desta segunda-feira (1/6) e que contou com secretários de Estado, deputados, o presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo,  a superintendente do Ministério da Agricultura, Helena Rugeri,  e  lideranças na produção de carne bovina, suína e de aves e do leite. A proposta, defendeu o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, é munir os diferentes setores com informações para guiar estratégias conjuntas.  Nesses “paineis de informação” estão indicadores do Estado, planilhas de carga tributária e cruzamentos de dados de nota fiscal eletrônica para avaliar aquisições e vendas.  “Nosso objetivo é mostrar potencial e compartilhar informação e inteligência para ajudar o Rio Grande do Sul”, frisou Pereira. 

Além da remessa de relatórios, que também incluem informações sobre venda, produção, comercialização entre estados , importações e exportações, o grupo deve manter reuniões mensais nas primeiras segundas-feiras de cada mês. Pereira citou que os relatórios estarão em constante construção tendo em vista o aperfeiçoamento dos dados prestados. E sugeriu que os setores solicitem as informações de que necessitam para que possam ser incluídas.

Representando o Sindilat, o secretário-executivo Darlan Palharini ressaltou que a iniciativa traz um ganho consistente para que os diferentes setores possam trabalhar a competitividade.  “São números que nos trazem ideia de como está o Estado e facilitam muito a discussão de projetos com o objetivo do ganha-ganha, um trabalho que vem sendo feito pelo Sindilat junto à Receita assim como pelos outros setores”, frisou, lembrando da importância de se reinventar em tempos de pandemia.  “Esse material dará muita transparência, inclusive, para mostrar à sociedade o retorno que traz ao Estado concessões como os créditos presumidos”. Posição reforçada pelo deputado Ernani Polo. “Os dados devem contribuir para que se trilhe um caminho conjunto para que setores da proteína animal continuem produzindo “, acrescentou o presidente da AL. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

EUA: campanhas em comemoração ao Mês Nacional dos Lácteos
Em comemoração ao Mês Nacional de Lácteos, a Dairy Management Inc. (DMI) e as equipes de dairy checkoff estaduais e regionais de todos os EUA estão mostrando a resiliência da cadeia e o impacto na comunidade durante a pandemia de Covid-19.

Os esforços começam hoje, 1º de junho — Dia Mundial do Leite — com um vídeo “Raising Gallons” que o DMI criou em parceria com organizações estaduais e regionais de checkoff. O vídeo mostra atletas olímpicos, jogadores da NFL, chefs famosos e outros levantando um galão de leite para mostrar sua apreciação pelos produtores de leite, ao mesmo tempo em que apoia o objetivo do checkoff de levar laticínios nutritivos a americanos por meio de sua parceria com a Feeding America.

O vídeo foi iniciado pela produtora de laticínios da Pensilvânia e presidente da DMI Marilyn Hershey e termina com o diretor de parcerias da cadeia de suprimentos de laticínios da Feeding America, Jerod Matthews, que incentiva os consumidores a divulgar seus próprios galões usando a hashtag #UndeniablyDairy. O MilkPEP fará doações à sua campanha GiveAGallon de até US$ 100.000.

"Essa pandemia mostrou o quão essencial a Feeding America e os produtores de leite são para ajudar a alimentar os necessitados", disse Hershey. "Estamos trabalhando em direção a um objetivo comum, e nossa estratégia de levar laticínios às mãos de quem precisa não seria possível sem a Feeding America e sua rede nacional de 200 bancos de alimentos locais".

Esforços adicionais, realizados nacional e localmente, promoverão “30 dias de laticínios” ao longo de junho. Todos os dias do mês serão preenchidos com tours e conteúdo de fazendas virtuais que comemoram o papel que os laticínios desempenham na vida das pessoas, enquanto ilustram a resiliência e as contribuições dos produtores de leite para suas comunidades, marcadas com o novo emblema "30 dias de laticínios".

"A celebração do Mês Nacional de Lácteos ganhou novo significado este ano, dada a pandemia global", disse Heather Oldani, vice-presidente executiva de comunicações da DMI. “Apesar dos tempos difíceis, os produtores demonstram um compromisso incansável em acordar todas as manhãs para garantir que um suprimento seguro e nutritivo de laticínios esteja disponível em nossos mercados, em nossas casas e nos bancos comunitários de alimentos. O papel essencial que os produtores desempenharam tornou possível para o restante de nós continuar desfrutando dos laticínios que todos amamos.”

O checkoff também promoverá receitas centradas em laticínios para o verão, com a expectativa de que a cozinha em casa continue como uma atividade importante para muitas famílias. O conteúdo será publicado no site redesenhado da DMI – www.usdairy.com – e também através de organizações estaduais e regionais. (As informações são da Hoard’s Dairyman, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

                  

Remarcado Webinar sobre registro de alimentos
Registros de alimentos - Foi remarcado para a próxima quarta-feira (3/6), às 15h, o Webinar da Anvisa sobre as exigências para os processos de registros de alimentos. Inicialmente, o seminário virtual seria na quinta-feira (28/5), mas não pode ser realizado em razão de indisponibilidade do sistema Broadcast.   Na ocasião, serão apresentados os principais motivos de exigências nos processos, com o intuito de orientar as empresas quanto aos requisitos para o registro dos produtos, de modo a promover a redução do número de exigências e o aperfeiçoamento na submissão dos dossiês de registro. Também serão debatidas as principais inadequações que impedem que a solicitação de registro de um alimento seja deferida em primeira análise, aumentando, portanto, o prazo para a concessão do registro. O seminário virtual é destinado a empresas, associações do setor regulado e especialistas da Gerência de Regularização de Alimentos. Para participar do Webinar, basta clicar no link abaixo, na quarta-feira (3/6), a partir do horário agendado. Não é necessário realizar nenhum tipo de cadastro prévio. (Anvisa)
 

 

 

Porto Alegre, 29 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.230

 Já sob efeito do coronavírus e isolamento, PIB cai 1,5% no 1º trimestre

PIB - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao trimestre anterior, já afetado pela pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social, informou o IBGE nesta sexta-feira, 29. Em comparação com igual período de 2019, a economia brasileira teve variação negativa de 0,3%.

O fraco desempenho dos indicadores em março, quando a doença se agravou no país, foi suficiente para comprometer o resultado do primeiro trimestre como um todo. A expectativa, no entanto, é que a maior parte dos efeitos apareça no segundo trimestre, atualmente em curso.

A queda interrompe uma sequência de quatro trimestres seguidos de crescimento e marca o menor resultado desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). Com isso, o PIB está em patamar semelhante ao que se encontrava no segundo trimestre de 2012.
 
“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos. Bens duráveis, veículos, vestuário, salões de beleza, academia, alojamento, alimentação sofreram bastante com o isolamento social”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, em nota.

O consumo das famílias, que responde por 65% do PIB, teve a maior queda (-2%) desde a crise do apagão em 2001, enquanto o consumo do governo ficou praticamente estável.

Os investimentos cresceram 3,1%, puxados pela importação líquida de máquinas e equipamentos pelo setor de petróleo e gás. Já a balança comercial brasileira teve uma queda de 0,9% nas exportações com alta de 2,8% nas importações.

O resultado veio em linha com o esperado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), mas pior do que a projeção de instituições como o Bradesco (-1%) e Itaú BBA (-0,5%).

Setores

O destaque negativo entre os serviços, setor mais relevante na economia brasileira e mais afetado pelo isolamento, foi em transporte, armazenagem e correio (-2,4%) e informação e comunicação (-1,9%).

Mas também houve queda no comércio (-0,8%), administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%). A única alta veio das atividades imobiliárias (0,4%).

Já na indústria, a queda foi puxada pelo setor extrativo (-3,2%). Também tiveram taxas negativas a construção (-2,4%), as indústrias de transformação (-1,4%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%).

A agropecuária cresceu 0,6% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, o setor apresenta crescimento de 1,9%. A evolução, segundo o IBGE, pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre, como a soja, e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida ante a área plantada. (EXAME)

              

Leite: pecuarista automatiza ordenha, reduz custos e quer dobrar produção

Mesmo com estiagem, preços baixos e pandemia de coronavírus, Ezequiel Nólio não cogita deixar a atividade e se vê como um especialista no negócio

A pandemia do novo coronavírus veio para tirar da atividade muitos produtores de leite do Rio Grande do Sul que já estavam amargando prejuízos. Além da crise atual, eles já sofriam com o preço pago pelo litro do produto e com a severa estiagem que atingiu o estado, reduzindo a disponibilidade de comida para o gado.

“A gente consegue fazer uma leitura de que produtores que estão abaixo dos 400 a 500 litros por dia têm uma dificuldade maior”, diz o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini.

Esse não é o caso do pecuarista Ezequiel Nólio, que produz cerca de 4.000 litros por dia. Há 40 anos na atividade, ele não cogita deixá-la. “Não me vejo fora da atividade, porque não sei fazer outra coisa. Sou especialista no que faço, tenho muito conhecimento da atividade e do meu negócio”, afirma.

Anos atrás, Nólio se deparou com um problema comum da atividade: a falta de mão de obra qualificada. A solução encontrada foi automatizar a propriedade, usando robôs na ordenha das vacas. “Automatizar também ameniza problema de sucessão familiar e êxodo rural. A visão que se tinha de que o produtor precisa acordar na madrugada é passado”, frisa.

Questionado se o investimento alto dá retorno, o produtor afirma que não só financeiramente como na qualidade de vida. “Antes, faltava horas no dia para terminar toda as tarefas. Hoje, trabalho com leite até meio-dia e tenho todas as tardes livres. O retorno se dá em cinco a seis anos, variando para mais ou para menos dependendo do preço do leite”, diz.

Nólio conta que os lucros ficaram enxutos nos últimos anos, porém, com as mudanças a fazenda não chega a operar no vermelho. “A gente automatizou a propriedade e eliminamos a mão de obra. Antes éramos eu e mais dois, agora somos eu e os robôs. Duas pessoas a menos impacta muito nos custos e no rendimento no fim do mês”, comenta.

Em meio à crise gerada pela Covid-19, o pecuarista vê oportunidade para se inventar. Investindo mais em tecnologia, ele espera aumentar a produção para até 6.000 litros por dia até o fim do ano ou até dobrá-la. “Estamos nos especializando, aumentando o pavilhão para acomodar as vacas secas, vacas pré-parto, maternidade e maternal 1 e 2, onde os bezerros serão alimentados pelas máquinas, sem precisar de seres humanos”, conta.

Todo o trabalho de Nólio tem um propósito muito claro, segundo ele: “Para que assim que o leite voltar a engrenar, estejamos um passo à frente dos demais”. (Canal Rural)

Campanha entre associados à Santa Clara doa mais de 45 mil litros de leite

Associados à Santa Clara provaram que a união de pequenos esforços pode ajudar a amenizar a realidade de muitas pessoas que estão passando por dificuldades neste período. Isso porque juntos, mais de 650 produtores doaram mais de 45 mil litros de leite, que vão beneficiar 20 instituições assistenciais de Porto Alegre, Gravataí, Getúlio Vargas, Tapera, Estação, Jacutinga, Paraí, Farroupilha e Bento Gonçalves. 

Com duração de duas semanas, a campanha foi protagonizada pelos associados, que doaram o que foi possível para contribuir. A Cooperativa se comprometeu com a industrialização, envase e entrega dos alimentos. Conforme ressalta o presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Santa Clara, Rogerio Bruno Sauthier, mesmo diante das dificuldades encontradas no campo, o espírito solidário e cooperativista falou mais alto. “Apesar do nosso produtor estar sofrendo pela seca, ele ainda foi solidário e ajudou as pessoas mais necessitadas. Esse é o espirito do cooperativismo. Agradecemos imensamente a todos que doaram e contribuíram para esta nobre missão. É gratificante saber que vamos dar paz e alimento a tantos que precisam”, observa.

A entrega de todas as doações será feita até o final desta semana. Para o Banco de Alimentos do RS, com sede em Porto Alegre, que atende 312 entidades gaúchas, foram destinados 25,9 mil litros de leite. “Muito embora neste momento em que a pandemia do coronavírus esteja provocando tanto sofrimento, tanta tristeza e tanta dor, inclusive provocando a fome, nós temos que registrar e agradecer o carinho dos produtores da Cooperativa Santa Clara, que nos fizeram uma doação fantástica na ordem de 26 toneladas de leite para serem distribuídas às pessoas que mais necessitam”, agradeceu o presidente da rede de Banco de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard.

Santa Clara se torna mantenedora do Banco de Alimentos do RS: Além de destinar parte da doação de leite dos associados ao Banco de Alimentos do RS, a Santa Clara também passa a ser mantenedora da instituição pelo período de um ano. Com isso, a Cooperativa auxiliará a entidade para que siga desempenhando suas ativida¬des e ajudando as pessoas em situação de vulnerabilidade. "Registramos nossa grande alegria e satisfação pela ade¬são da Cooperativa Santa Clara como uma das mantenedoras de nossos Bancos Sociais, garantin¬do assim a continuidade deste gesto de tamanha grandeza e generosidade", frisou Bernhard.

Confira a lista de entidades beneficiadas: 
Porto Alegre:
Banco de Alimentos do RS, Instituto do Câncer Infantil, Casa de Apoio Madre Ana, Asilo Padre Cacique, Associação Beneficente Santa Zita Lucca, Fundação Pão dos Pobres e Instituto Pobres Servos da Divina Providência/Centro de Educação Profissional São João Calabria
Gravataí: Igreja Evangélica Pentecostal Arco Íris e Sociedade Espírita Paz Luz (Sepal)  
Tapera: Fundação Fabrício Marasca, Lar do Idoso e CRAS
Paraí: Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Paraí
Estação: CRAS e Hospital Santo Antônio 
Jacutinga: Lar dos Idosos 
Getúlio Vargas: Lar dos Idosos, Lar da Menina e Hospital São Roque
Bento Gonçalves: Lar do Ancião
Farroupilha: Casa Lar Padre Oscar Bertholdo

              

Bolsonaro e Tereza Cristina participam do desafio do leite
A ABRALEITE desafiou a ministra Tereza Cristina, o presidente da FPA dep. Alceu Moreira e a líder do governo dep. Aline Sleutjes. A ministra e a deputada, a pedido da ABRALEITE, desafiaram o presidente Jair Bolsonaro e todos gravaram vídeos tomando leite, que é um alimento extraordinário ao ser humano em todas as fases da vida. Veja os vídeos clicando aqui. O #desafiodoleite continua! Produtores, parceiros, políticos, todos estão aderindo a esta campanha de apoio ao consumo do leite e derivados lácteos. Bebam leite! Consumam lácteos! Gravem seus vídeos e marquem o @milkpoint no Instagram, que iremos compartilhar. (Milkpoint)
 

 

 

 

Porto Alegre, 28 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.229

 A produção de insumos não pode parar em momentos de crise

Produção de insumos - A agropecuária está presente na vida dos seres humanos desde que a espécie deixou de ser nômade. 

Com espaço de moradia fixa, semear grãos e criar animais se tornou fundamental para que os indivíduos pudessem se alimentar. Nos tempos atuais, essa atividade continua sendo indispensável, isso porque ela faz parte do setor primário da indústria e representa um peso decisivo na balança comercial. 

Por esses motivos, em um cenário de pandemia, como a do novo coronavírus, continuar com as atividades agropecuárias e agroindustriais é essencial para suprir a grande demanda por comida. E para garantir a qualidade alimentícia da população é também necessário continuar investindo em insumos de excelência para os animais.

O diretor da Quimtia Brasil, Anderson Veiga, estes insumos são importantes na cadeia alimentar porque todos os animais necessitam de alimentação balanceada para o seu desenvolvimento e animais como o gado de corte, que se alimenta somente de pasto, podem sofrer com a deficiência de algum micro ou macro nutriente, resultando em subnutrição.

"Com a utilização de insumos na criação de animais faz com que seja possível o desenvolvimento integral do potencial genético das espécies, além de assegurar o crescimento correto" explica.

Conforme Veiga esclarece, os suprimentos necessários para garantir a qualidade do produto estão divididos em quatro categorias: a ração pronta; os premix, que são produtos com componentes para serem adicionados às rações; as matérias primas puras para fabricação de rações e os produtos específicos para auxiliar a nutrição animal.

A Quimtia é uma indústria que faz parte da cadeia produtiva do agronegócio, desenvolvendo suprimentos alimentícios de excelente qualidade para criação de animais esportivos, de companhia, de zoológicos, de pesquisa e para os destinados ao consumo humano. A empresa é reconhecida no mercado pela qualidade de seus produtos, além de ter insumos homologados por um departamento de qualidade.

O diretor regional conta que no início da crise pensou em paralisar a fábrica de insumos, porém, essa medida poderia deixar seus clientes com um grande problema de abastecimento e consequentemente com grandes perdas econômicas. Mas, para que fosse possível continuar com a produção a empresa precisou se adaptar as normas de saúde individuais e coletivas.

"Pensamos principalmente no cuidado dos nossos colaboradores, usando dos mais severos controles sanitários, como: home office para os funcionários que podem desempenhar suas funções de casa; garantia de transporte empresarial porta a porta para os que precisam comparecer presencialmente, evitando a utilização de ônibus pelos funcionários; higienização diária dos veículos; uso de mascaras; palestras com especialistas em saúde; controle de temperatura corporal de 100% dos funcionários; disponibilidade de álcool gel em todos os setores, além de muitas outras ações que adotamos para evitar ao máximo possíveis contaminações", salienta. (Agrolink)

                 

PR: programação para ser livre de aftosa sem vacinação é mantida

Mesmo diante da grave crise sanitária causada pela pandemia que assola o mundo, o Paraná mantém a programação para conquistar o status de "Estado Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação". O título permitirá ao setor agropecuário paranaense ampliar mercados e é considerada pelo governador Ratinho Junior como essencial para impulsionar a retomada econômica pós-coronavírus.
 
A expectativa é que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) chancele a nova condição paranaense em maio de 2021, em um evento na sede da entidade (em Paris). “Tenho certeza de que esse reconhecimento vai resultar na criação de muitos empregos, já que os produtores do Paraná terão condições de acessar mercados mais disputados. Isso fortalece a nossa indústria e também o comércio exterior”, afirmou o governador.
 
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), até a primeira quinzena de maio, 50.739 cargas foram fiscalizadas nos 33 postos de trânsito agropecuário nas divisas com os estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
 
Do total de averiguações, cerca de 20% (10.102) foram em carregamentos de animais. A medida atende a Instrução Normativa 37, da Secretaria de Defesa Agropecuária, órgão do MAPA, que determinou a proibição de ingresso e incorporação de animais vacinados contra a febre aftosa no Estado do Paraná. O texto foi publicado em 30 de dezembro do ano passado.
 
Como parte do protocolo, o Paraná já foi dispensado da vacinação, que normalmente ocorria em novembro. Também por determinação do Ministério da Agricultura foi proibida a manutenção e uso de vacina em território paranaense.
 
Planejamento: O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, explicou que o número de fiscalizações se manteve estável mesmo nos meses de maior incidência do coronavírus no Paraná, como março e abril. “Apesar da pandemia, estamos mantendo tudo o que foi planejado com o foco daqui a um ano, na conquista deste título”, disse. “É um passaporte que o Paraná terá em mãos para entrar em muitos mercados”, afirmou.
 
Ele ressaltou que a abertura de novas frentes de negociação vai significar investimentos diretos no Estado, como a instalação e ampliação de indústrias e cooperativas. Para Ortigara, há um potencial enorme de crescimento nas cadeias de suínos, peixe, frango, leite e pecuária bovina de corte.
 
“O status aliado a um bom produto, estratégia comercial e preços competitivos farão toda a diferença. Sem esse título você não bate na porta dos bons mercados compradores”, destacou o secretário. “E tudo isso ajudará o Paraná a se recuperar mais rapidamente deste momento econômico. O potencial é enorme”, acrescentou.
 
Ortigara lembrou ainda que o último foco de febre aftosa no Paraná foi em 2006. De lá para cá, não houve mais circulação viral, em razão dos esforços de vários setores, entre eles o governo estadual que estruturou a Adapar para garantir o serviço de fiscalização e vigilância animal.
 
Adaptação: O vírus não mexeu no cronograma de fiscalização, mas fez com que a estrutura da agência tivesse de se adaptar para combater a circulação da doença.
 
Gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias disse que todos os profissionais que estão em campo trabalhando na conclusão do inquérito soro-epidemiológico do rebanho bovino do Estado estão devidamente protegidos por equipamentos validados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além de seguir as regras de distanciamento social. O mesmo vale para os produtores.
 
A Adapar começou o monitoramento na segunda-feira (18). Serão coletadas amostras do sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais espalhadas pelo Paraná. “Diminuímos outras rotinas para priorizar essa ação, sempre com muita responsabilidade e tomando todos os cuidados necessários, seja em relação aos nossos servidores ou aos produtores”, afirmou Rafael.
 
“Somos um serviço essencial porque o Paraná não pode parar de produzir alimentos, abastecer o Brasil e o mundo. Com a pandemia, adaptamos e melhoramos os procedimentos de segurança que já existiam”, acrescentou o gerente de Trânsito Agropecuário da Adapar, Muriel Moreschi. (As informações são da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná)

ABCBRH inova e apresenta resultados de 2019 em live nas redes sociais

Atravessamos tempos diferentes. A pandemia de Covid-19 alterou nossa rotina, nossos hábitos, nos fez cancelar encontros, adiar festas, e nos mostrou ainda mais o poder da tecnologia. Grande aliada para nos aproximar das pessoas em dias de distanciamento social, a tecnologia e as redes sociais serão as ferramentas que permitirão a realização de um grande momento da Raça Holandesa no Brasil.

Impossibilitada de realizar o tradicional jantar para divulgação dos resultados do ano anterior, a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa – ABCBRH realizará uma live, direto da sede da associação que fica na Cidade do Leite em Castro/PR, para apresentar os destaques de 2019.

A live será transmitida pelo Facebook Gado Holandês e através do Canal Holstein Brasil no Youtube, no próximo dia 04 de junho (quinta-feira), às 19 horas. Neste dia conheceremos o resultado do Circuito Nacional da Raça Holandesa 2019, Criadores Supremos em produção e conformação, Recordistas Nacionais em produção de leite e as novidades do Projeto Genoma para os criadores associados.

O Presidente da Associação, Hans Groenwold, convida amigos, associados, produtores de leite, técnicos e parceiros, para participarem, acompanharem e interagirem com a associação durante a transmissão. “Conforme as recomendações dos órgãos públicos não poderemos confraternizar pessoalmente, mas contamos com a participação de todos via redes sociais”, aborda.
O Presidente do Conselho Deliberativo Técnico, Hilton Silveira Ribeiro, comenta que a inovação no formato de apresentação dos resultados foi a maneira encontrada para que a cadeia do leite da raça holandesa se reúna de alguma forma em 2020. “Não sabemos quando tudo isso irá passar e precisamos apresentar os resultados, algo que todos aguardam anualmente. O aperto de mão fica para depois, mas os resultados conhecemos agora”, relata.

Ribeiro ressalta que um dos principais pontos da live é também uma das principais atividades para o futuro da associação: o Projeto Genoma, que visa o melhoramento dos rebanhos leiteiros Brasil afora mediante seleção de animais geneticamente superiores. Durante a transmissão, a Embrapa Gado de Leite já apresentará uma prévia dos resultados da avaliação genética do rebanho nacional.

A Associação Brasileira espera por todos virtualmente, no dia 04 de junho (quinta-feira), às 19 horas. Até lá! (As informações são da ABCBRH)
                  

No radar
O departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura tem novo comando. Rosane Collares, que era chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, assume o cargo. Ela substituirá o diretor Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, que solicitou aposentadoria. A nova diretora terá pela frente a missão de dar continuidade ao processo de retirada da vacina contra a febre aftosa. (Zero Hora)
 

 

 

 

Porto Alegre, 27 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.228

 Ministra destaca trabalho do Mapa para garantir abastecimento durante a pandemia

Ministério desenvolveu protocolos para a segurança dos trabalhadores dos frigoríficos

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou nesta terça-feira (26) as ações mais recentes da pasta para combater a pandemia do Coronavirus. A ministra afirmou que o Mapa tem trabalhado desde o primeiro momento para garantir o abastecimento dos cidadãos brasileiros.

“Temos tido sucesso com isso porque, alem da grande safra que foi colhida neste verão, temos tido a logística absolutamente normalizada. Portanto, além do abastecimento dos 212 milhões de brasileiros, também temos conseguido cumprir a nossa missão de provedores de alimentos do mundo”.

Ela lembrou que o Mapa vem trabalhando com protocolos para a segurança dos trabalhadores dos frigoríficos, em conjunto com a iniciativa privada e com os ministérios da Economia e da Saúde. Segundo a ministra, atualmente, há apenas dois frigoríficos fechados por Covid-19, um em Pernambuco, outro em Santa Catarina, que deve abrir até o fim da semana. “Portanto, a produção de proteína animal no Brasil está funcionando perfeitamente”.

O Mapa também lançou cartilhas com medidas destinadas ao período de colheita, funcionamento de feiras e transporte de alimentos. O Mapa tem prorrogado prazos de diversas ações em razão da pandemia, como consultas públicas sobre revisão de normas, além de digitalizar o acesso a diversos serviços, com intuito de evitar o deslocamento do cidadão até unidades do Mapa.

A ministra também falou sobre o canal exclusivo e gratuito no WhatsApp para que agricultores familiares comuniquem ao Mapa sobre possíveis perdas de alimentos ocasionadas por problemas na comercialização em função da Covid-19. O Disque Perdas de Alimentos é (61) 9873-3519.

Tereza Cristina também lembrou a liberação de R$ 500 milhões para compra de produtos da agricultura familiar. Os alimentos serão destinados a entidades e famílias em vulnerabilidade social. A compra dos produtos será feita por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com crédito extraordinário em favor do Ministério da Cidadania para ações de segurança alimentar e nutricional, no âmbito do enfrentamento ao novo Coronavírus.

Também foram lançadas linhas de crédito para capital de giro de até R$ 65 milhões para cooperativas e ajuda financeira para os pequenos produtores.

Vacinação: Como medida preventiva, o Mapa está disponibilizando vacinação contra a gripe H1N1. Em uma primeira fase, serão 12 mil vacinas para frigoríficos, superintendências da Conab e sedes da Embrapa. Na segunda fase, 132 mil vacinas serão distribuídas para centrais de abastecimento (Ceasas) e outras 70,5 mil para frigoríficos de carne bovina. Servidores do Mapa, que atuam na fiscalização da produção, e da Conab também serão vacinados contra gripe.

A ministra lembrou que os laboratórios da rede do Ministério, como os Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs) e da Embrapa, estão autorizados pela Anvisa a realizarem análises para o diagnóstico da Covid-19. Os laboratórios estão prontos para iniciarem os exames, aguardando o recebimento de insumos. Atualmente, seis laboratórios federais de agropecuária do Mapa e dois da Embrapa estão fazendo o teste.

Abertura de mercados externos: Na coletiva, a ministra destacou que o Brasil já abriu mais de 60 mercados externos para produtos agropecuários desde janeiro de 2019. Entre produtos para exportação estão: castanha de baru para Coreia do Sul, melão para China (primeira fruta brasileira para o país asiático), gergelim para a Índia, castanha-do-Brasil (conhecida também por castanha-do-Pará) para Arábia Saudita e material genético. As exportações do agronegócio atingiram valor recorde em abril, ultrapassando pela primeira vez a barreira de US$ 10 bilhões no mês.

Bioinsumos: Tereza Cristina falou sobre o lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos, marcado para amanhã (27). “Essa política é vital para o agro continuar no caminho da sustentabilidade, da produção com tecnologia que garante produtividade e proteção ao meio ambiente e com a vantagem de depender menos da importação de fertilizantes”, destacou. (MAPA)
                  

RS: Instrução Normativa reestrutura defesa agropecuária

Medida faz parte do processo de retirada da vacinação contra febre aftosa

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr), Covatti Filho, publicou nesta terça-feira (26) a Instrução Normativa 11/2020, que estrutura e organiza o serviço de defesa agropecuária do Estado. A medida faz parte das exigências do Mapa, durante auditoria do Programa de Avaliação da Qualidade e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários Oficiais  (QUALI-SV). O intuito desta ferramenta é de promover melhorias nos serviços de defesa agropecuários executados pelos estados brasileiros.

O atendimento aos municípios continuará valendo sem qualquer prejuízo logístico para o produtor.

A IN considera a necessidade de concretização do princípio da eficiência, com a modernização dos processos de trabalho através da organização administrativa e funcional da SEAPDR e considera as recentes e iminentes aposentadorias, especialmente as atinentes aos quadros da SEAPDR pertencentes às categorias funcionais de Fiscal Estadual Agropecuário e de Técnico Superior Agropecuário. (Agrolink)

Para acessar a Instrução Normativa SEAPDR nº 11/2020 na integra, clique aqui. 

GO: índice de preços da cesta de derivados lácteos tem queda de 7,27% em maio
O índice divulgado no Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano surgiu a partir da iniciativa do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mauro Borges (IMB), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite). É calculado a partir da variação dos preços de uma cesta de produtos lácteos que representa o mix médio de derivados produzidos pelos laticínios no Estado de Goiás.
 
Na cesta avaliada são considerados cinco produtos: leite UHT integral, leite em pó integral, queijo muçarela de barra, leite condensado e creme de leite à granel. O cálculo leva em consideração os preços recebidos pela indústria no mercado atacadista.
 
Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano do mês de maio de 2020: O Boletim de mercado do setor lácteo goiano tem como objetivo apresentar os resultados do índice de preços da cesta de derivados lácteos definida pela Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás. A seguir, são apresentados os resultados para o mês de referência de maio e que foram levados à reunião deliberativa da câmara técnica no dia 25 de maio de 2020.
 
No mês de maio, a indústria de laticínios do estado de Goiás teve uma redução do preço médio da sua cesta de derivados lácteos, comparado com o mês anterior. As baixas nos preços médios foram observadas para todos os produtos que compõem a cesta. O preço médio do leite UHT caiu 13,22%, o leite em pó 5,02%, o queijo muçarela 6,65%, o leite condensado 6,65% e o creme de leite 1,29%.
 
Tabela 1 – Preços Nominais dos derivados lácteos no atacado.
 
Notas: (1) Preço referente ao mês de março. (2) Preço referente ao mês de abril.
Fonte: MilkPoint Mercado. Elaboração: Instituto Mauro Borges / Secretaria de Estado da Economia de Goiás.
 
Com base nessas variações individuais, o índice da cesta de derivados lácteos teve uma variação total ponderada de -7,27% no mês de referência de maio. (As informações são da FAEG)
                  

Live: um queijo, uma harmonia, uma música
Live degustação de queijos - Na primeira live do blog vamos fazer uma degustação de queijos harmonizada com bebidas e música, com participação do expert em queijos Arnaud Sperat Czar. Na primeira live do blog Só Queijo, vamos propor uma degustação diferente, brincando com todos os sentidos. Todos estão convidados para participar ao vivo, dia 28 de maio, quinta-feira, às 15h. A ideia é escolher seis queijos de famílias diferentes. Para acompanhar, vamos escolher uma bebida ou alimento que formem uma bela aliança com cada queijo. Para intensificar as emoções, de forma lúdica, vamos escolher uma música para cada harmonização. O desafio é que a música possa potencializar as sensações do queijo! Queijobulário: O objetivo é degustar famílias de queijos diferentes: massas duras, massas moles de casca florida, de casca lavada, queijos azuis… E convidei um expert queijeiro especial, Arnaud Sperat Czar, que já escreveu vários livros dedicados aos queijos tradicionais. Vamos descrever juntos cada queijo, com uma lista de adjetivos usados profissionalmente. Para se inscrever, é grátis, preencha esse formulário com seu nome e email para receber o link de conexão. Esperamos vocês lá! (Estadão/Paladar)
 

 

 

Porto Alegre, 26 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.227

  Valor de referência projetado para o leite é de R$ 1,2089

O valor de referência projetado para o leite em maio é de R$ 1,2089 no Rio Grande do Sul. A estimativa, divulgada nesta terça-feira (26/05) pelo Conseleite e que leva em conta os primeiros dez dias do mês, representa uma retração de 7,56% em relação ao consolidado de abril, que fechou em R$ 1,3077. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya, os números refletem o impacto da pandemia de coronavírus no consumo e na produção. Depois de seis meses de alta de preços e de um pico ocasionado pelo movimento das famílias ao estocarem leite no início da pandemia, agora, verifica-se consumo mais comedido. “Essa pandemia alterou muito o mercado. Estamos em um período de incertezas absurdas e que não acontece apenas no RS, mas nos outros estados também”, pontuou. 

O cenário preocupa produtores. Apesar da profissionalização na gestão dos tambos e do trabalho pela redução de custos, a atividade vem se tornando pouco atrativa com margens muito ajustadas, gerando descontentamento no meio rural. Segundo o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, o mercado retraído agrava as dificuldades no campo,  onde se vem operando com custos impactados pela variação cambial e muitas incertezas.  “Precisamos trabalhar no Conseleite pelo entendimento entre indústrias e produtores”, frisou.  

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontua que as dificuldades se estendem à indústria, que também enfrenta custos elevados em função da pandemia e depende da negociação dos produtos junto ao varejo. Guerra citou as oscilações de mercado e a necessidade de se ver o setor lácteo como um todo, composto por um vasto mix de produtos. “Estamos todos juntos em um mesmo setor. O mercado está passando por grande volatilidade, subindo e baixando dentro de um mesmo período. O Conseleite nos dá uma referência nos primeiros dez dias do mês, mas as empresas precisam avaliar o cenário ajustado dos 30 dias”, frisou. Guerra lembrou que, apesar do aumento do consumo doméstico, o que se verifica é uma queda gigante na comercialização para hotéis, restaurantes e bares.  (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
                  

Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Maio de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Abril de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Maio de 2020 é de R$ 2,4405/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul

Leite/América do Sul – Na Argentina e Uruguai, a produção de leite nas fazendas vem melhorando constantemente, dentro dos padrões sazonais de outono. Atualmente a oferta é mais que suficiente para atender a maioria das necessidades da indústria.

O mercado de creme permanece firme, e o suprimento de manteiga vem sendo mais acessível no mercado. O alto preço do milho e da soja, o baixo valor da moeda local, e os preços estáveis para o produtor, não vem sendo favorável para os pequenos produtores de leite que não possuem economia em escala.

No Brasil, a produção de leite nas fazendas está em queda. O fornecimento de leite está insuficiente para atender a demanda da indústria. Os casos de Covid-19 estão chegando ao pico no país. No entanto, a coleta de leite, produção de lácteos e distribuição de laticínios permanecem relativamente normais.

De um modo geral, do ponto de vista dos vendedores, as condições do mercado melhoraram para os produtos lácteos, pois o fornecimento está abaixo da demanda. Os estoques de queijo, leite UHT e leite em pó estão em níveis relativamente baixos, enquanto os preços sobem. Ao mesmo tempo, as vendas de iogurte no varejo estão intensas nas últimas duas semanas.

                  

                 

No radar
A bancada gaúcha se reuniu ontem com a Ministra Tereza Cristina para tratar de questões relacionadas ao socorro aos produtores atingidos pela estiagem. Também foi feito pedido para derrubar o veto ao auxílio emergencial de R$600,00 aos agricultores familiares. E se falou sobre juro e recursos do próximo plano safra. (Zero Hora)
 

 

 

Porto Alegre, 25 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.225

 Tailândia abre mercado para lácteos do Brasil

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que a Tailândia abriu seu mercado para lácteos do Brasil. A confirmação foi recebida ontem pelo governo brasileiro.

Durante uma videoconferência na manhã desta sexta-feira, a ministra afirmou que a abertura de mercados pode contribuir para melhorar a situação dos produtores de lácteos, um dos segmentos mais afetados pela pandemia e que, historicamente, enfrenta problemas de preços.

“Com os mercados que abrimos, como China, Tailândia, Egito, Arábia Saudita, esse setor vai poder se equilibrar. Espero que em breve não tenhamos esse sobe e desce do preço. O que precisamos é nos tecnificar”, afirmou.

A autorização para exportação de lácteos para a Tailândia representou o 60º mercado aberto desde o início de 2019, uma marca comemorada pela comandante da Pasta. A ministra ressaltou que a meta é diversificar destinos e produtos da pauta exportadora.
Tereza Cristina ainda destacou os números das exportações do agronegócio no primeiro quadrimestre de 2020, que aumentaram 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado e ultrapassaram US$ 31 bilhões. Só em abril, foram mais de US$ 10 bilhões. “Superamos vários marcos, mostra que as coisas estão acontecendo, estão fluindo. Além de abastecer mercado interno ainda estamos cumprindo nossos contratos com parceiros internacionais”. (As informações são do Valor Econômico)
                  
Mercado | Fazer leite no meio da quarentena

Vende-se mais leite fluido, alguns queijos e doce de leite. Mas 30 pequenas empresas que forneciam pizzarias e restaurantes fecharam. Existem excedentes no mundo e os preços estão a baixar de 3.500 dólares por tonelada para 2.700. A produção estagnou desde 2008.

Poucos setores da economia se comportam de forma tão diferente nesta quarentena como o setor leiteiro. Alguns estão a pleno vapor, produzindo tão raramente quanto possível. É o caso de La Serenissima com grande procura de leite líquido em sachê. Outras desligam os seus motores, como as fábricas que forneciam mussarela a pizzarias e restaurantes. Ou dos doces de leite industriais e sorvetes que vendem 10%. Há cerca de 30 pequenas empresas que fecharam as suas portas. A propósito, o foco de ação do setor leiteiro é muito vasto. Há os que se dedicam a produtos de alto valor e iogurtes que são angustiados por menos dinheiro nas pessoas, enquanto as primeiras marcas não sabem como captar a atenção desse consumidor que mudou os seus hábitos.

Segundo Alejandro Maurino, CEO da edairynews, a quarentena aumentou o consumo de leite líquido, queijo fresco e doce de leite. E as empresas que vendem leite ao governo conseguiram colocar importantes volumes nos planos sociais. Maurino salienta que houve um aumento dos custos que não pôde ser transferido para os preços finais.

Mas antes do início de 2020, a Danone informou que a sua sede tinha contribuído com 110.000.000 euros para a filial local. Em 2019, os seus escritórios sofreram 30%. Na sede de Paris, no elegante Boulveard Haussmann, eles não olhariam para a Argentina com carinho, como fizeram quando Antoine Riboud e Daniel Carassò vieram para ser parceiros da La Serenissima.
No início do mandato de Mauricio Macri, o Presidente da Nestlé, Peter Brabeck, comprometeu-se a investir. E isso aconteceu. Foi assim que surgiram as linhas de leite infantil na Villa Nueva e de leite condensado na Firmat. Os resultados não chegaram. Por sua vez, Milkaut, BonGrain, Savencia experimentou, com a chegada do seu novo CEO Juan Carlos Dalto, uma viragem para produtos de alta gama e rentabilidade. Esse negócio foi comido pelo coronavírus.

Saputo, a empresa canadense liderada por Lino Saputo, desembarcou com a compra da Molfino e da La Paulina à Perez-Companc. Hoje, juntamente com La Serenisima, está no topo da recepção de leite na Argentina, ambos seguidos pela crescente Adecoagro. A novidade é que o Saputo, pela primeira vez, não estaria a receber apoio do Canadá. Quanto ao casal Arcor-Mastellone, o progresso da família Pagani é notável, aproximando-se dos 50%. No entanto, a última aquisição de ações da Arcor deixou os membros da Mastellone com um gosto amargo e um desejo de ir ao tribunal, e haveria mais amargura num mundo onde já existem estoques excedentários devido a uma queda na procura. Estes volumes estão a ser armazenados sob a forma de leite em pó. Há quem diga que teremos de nos preparar para uma queda acentuada dos preços, o que, desta vez, é grave. Os EUA jogaram fora 25 milhões de litros por dia devido ao encerramento de cadeias alimentares. O preço internacional era de 3 500 USD por tonelada de leite em pó em Março: desceu para 2 700 USD

Federico Boglione, da empresa La SIbila, está obcecado com o que é quase um debate existencial entre empresários. E gira em torno da questão de saber se os auxílios oficiais devem ser discriminatórios em função da dimensão da empresa. Para o proprietário da La Sibila, esta deve ser separada consoante se trate de empresas com capital nacional ou estrangeiro. “As pessoas de fora podem vir, fechar uma empresa e sair. Estamos comprometidos com o nosso consumidor e ainda estamos no país”, afirmou.

E o produtor de leite? Ele cobra 0,27 por litro. Do lado dos industriais, eles dizem que é um preço excessivo. Mas Guillermo Draletti, seu líder histórico, diz: “Continuamos trabalhando em um laticínio que estagnou desde 2008, com uma produção de 10,3 bilhões de litros por ano, sendo superada pelos vizinhos e até mesmo pela Colômbia”. Outro dado, o consumo por habitante é de 200 litros por ano. No dramático ano de 2002, o consumo atingiu 230. (Edairynews – tradução livre Sindilat/RS)

Colômbia – Em 3 meses foram importadas mais de 30.000 toneladas de lácteos

No primeiro trimestre foram adquiridas mais do que todo 2014 (que foram mais de 27.000 toneladas) ou quase todas as de 2015 (31.043 toneladas). 

Somente em janeiro foi estabelecido um novo recorde de compras do exterior de leite em pó e outros derivados – mais de 21.000 toneladas.

No total, durante os primeiros 91 dias de 2020, foram contabilizadas compras de 30.403 toneladas de lácteos procedentes do exterior pelo valor aproximado de US$ 86,2 milhões.

Entre janeiro e março foi adquirido o equivalente à metade de todas importações de 2019 que foram 61.643 toneladas, ao custo de US$ 156,8 milhões. (Em 15 dias foi consumida toda cota de importação com isenção tarifária dos EUA).  

O ano passado bateu o recorde de importação de lácteos, mas, 2020 se candidata a superar esse valor se as compras continuarem nesse mesmo ritmo.

Ao concluir janeiro, este ano já dava sinais de que as importações continuariam crescendo. Somente nos primeiros 31 dias, a indústria relatou as maiores compras em apenas um mês: 21.108 toneladas por US$ 59.096.000.

Fevereiro, ao contrário, chegaram 3.300 toneladas por US$ 9.928.000 e em março 5.997 toneladas pelo preço de US$ 17.155.000, números compatíveis com os registros mensais históricos.  

As compras exageradas em janeiro ocorreu diante do Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos e a União Europeia, como mecanismo de proteção à produção de leite nacional. No início de cada ano, é determinada uma quantidade de insumos que podem ser importados sem tarifas alfandegárias, e uma vez esgotada a cota, são cobrados os impostos correspondentes às compras que ultrapassem o limite.

No caso do leite em pó, o TLC com os EUA estabeleceu 11.790 toneladas, enquanto que a UE o volume foi de 6.800 toneladas. (Importante lembrar que 2019 foi o ano com as maiores importações de lácteos da história).

Origem dos produtos: Por este motivo, 66% das importações no primeiro trimestre vieram dos Estados Unidos. Segundo registros da Alfândega, foram gastos US$ 57.089.000 para comprar 19.702 toneladas de lácteos, dos quais 13.980 toneladas foram leite em pó desnatado e 3.173 de leite em pó integral.

Depois vieram compras da Espanha, 2.716 toneladas/US$ 6.485.000 (8%); Bolívia, 1.734 toneladas/US$ 5.948.000 (7%); França, 1.030 toneladas/US$ 3.046.000 (4%); e México, 1.328 toneladas/US$ 3.339.000 (4%). Cabe destacar que as compras da Bolívia e México foram de leite em pó integral.

A commodity mais comprada foi leite em pó desnatado, 16.741 toneladas/US$ 44,6 milhões, seguido pelo leite em pó integral, 8.348 toneladas/US$ 28,6 milhões, aproximadamente. Isso se explica por que a primeira é mais barata que a segunda no mercado internacional. (Portalechero – Tradução livre: Terra Viva)
                

Solidariedade
Quase três toneladas de queijos, leite UHT, iorgutes, bebidas lácteas e sobremesas foram doadas pela Lactalis (donas das marcas Elegê, Parmalat e Batavo) ao Asilo Padre Cacique, à Fundação Pão dos Pobres e ao Instituto Pobres Servos da Divina Providência, em Porto Alegre. Em Teutônia, onde tem unidade, foram entregues 380 quilos de alimentos ao Clube de Mães Lar da Amizade (Zero Hora)
 

 

 

 

Porto Alegre, 22 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.224

  STF homologa acordo entre União e Estados sobre Lei Kandir 

Decisão coloca ponto final em impasse que se arrasta há mais de 20 anos sobre perda de arrecadação

O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou ontem o acordo firmado entre União e Estados para colocar um ponto final num impasse que se arrasta por mais de 20 anos no que diz respeito à compensação de perdas de arrecadação ocasionadas pela Lei Kandir. Agora, o governo tem até 60 dias para enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar com os termos acertados para a transferência de recursos.

O acordo envolve repasse total de R$ 65,6 bilhões da União, sendo que R$ 58 bilhões entre 2020 a 2037, além de R$ 4 bilhões da receita do bônus de assinatura com os leilões dos blocos de Atapu e Sépia, previstos para este ano, e outros R$ 3,6 bilhões caso a chamada PEC do Pacto Federativo seja aprovada. Estes R$ 3,6 bilhões seriam liberados em três parcelas de R$ 1,2 bilhão ao ano, a partir do início da vigência da PEC. Essa foi a maneira encontrada pela equipe econômica para que os Estados continuem defendendo o pacto federativo, ainda em tramitação no Congresso.

Conforme o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, se aprovado o pacto federativo, as três primeiras transferências da União sobem para R$ 5,2 bilhões ao ano. No quarto ano, o montante cai para R$ 4 bilhões por oito anos. A partir daí, haveria uma escadinha por sete anos até que as transferências sejam zeradas em 2037. Waldery explicou que a União vai utilizar receitas de petróleo como royalties e participações especiais para bancar os repasses.

A avaliação é que a medida permite um avanço na discussão do auxílio de emergência para os Estados e municípios, previsto do PLP 39, e depende de sanção do presidente Jair Bolsonaro. Além disso, vai ajudar esses entes públicos neste período em que sofrem com os efeitos da pandemia de covid-19.

O diretor de Programa da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Gustavo Guimarães, complementou que o acordo não permite à União fazer transferência imediata dos recursos, apenas gera a expectativa de que ela acontecerá a partir do momento que os parlamentares aprovarem o projeto de lei complementar ou do Pacto Federativo. “[A transferência] Depende de mudança legislativa para firmar os termos de acordo em lei. O acordo, inclusive, vai ser utilizado como justificativa para encaminhamento de medida legislativa”, destacou, acrescentando que o acerto reduz a insegurança jurídica.

O acordo homologado é fruto do trabalho de uma comissão especial, coordenada pelo relator da ação no STF, ministro Gilmar Mendes, e formada por representantes da União e de todos os Estados. Segundo o ministro, “graças ao esforço de todos os participantes da comissão especial, atuante no âmbito do STF, conseguimos empreender um modelo de aproximação, de negociação e de resolução do conflito que perdurava há mais de 20 anos, entre as esferas federal, estadual e distrital”. Para ele, “todos os interesses jurídicos estão equacionados e bem representados neste acordo inédito no âmbito federativo, que põe termo à discussão político-jurídica que perdura desde o advento da Lei Complementar 87/1996 (Lei Kandir).”

O acordo foi chancelado e elogiado pela maioria dos ministros do STF, que destacaram a importância do papel conciliatório do Supremo. “O futuro é a conciliação. Isso leva à paz social e, no caso, à paz federativa”, disse o ministro Ricardo Lewandowski.
Único a votar contra, Marco Aurélio Mello fez uma crítica à demora de uma solução. “A história do Brasil se faz calcada no faz de conta. Faz de conta que as instituições funcionam. Faz de conta que se tem apego pela lei maior do país, a Constituição Federal. Faz de conta que tudo está bem no cenário. O processo é um processo objetivo. Especificamente, defrontamo-nos com a uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão. E aí nós verificamos que, passados 31 anos, 7 meses e 15 dias, não houve ainda vontade política por parte do Congresso considerada a necessidade da lei prevista”, disse ele.

A Lei Kandir foi aprovada em 1996 e acabou resultando em uma diminuição da arrecadação de impostos pelos Estados ao isentar o ICMS sobre produtos para exportação. A própria lei, contudo, previa que a União compensasse as perdas, mas nunca foi aprovada uma regulamentação pelo Congresso sobre o tema. (Valor Econômico)
                

CONSELEITE/SC: leite entregue em maio a ser pago em junho tem queda de 4,7%
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de Maio de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Abril de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Segundo o Presidente do CONSELEITE- SC, Sr. Valter Antonio Brandalise, estamos vivendo um momento de grande volatilidade nos preços, e a previsão do futuro está cada vez mais complicada. Os preços dos lácteos começaram uma reação a partir da segunda quinzena de maio, e acreditamos estar relacionado à ajuda do Governo com o Auxílio Emergencial, liberação da parcela do 13º salário, distribuição de produtos lácteos na sexta básica, combinado com a entressafra e a seca prolongada no Sul do Brasil, que reduziu oferta de leite.

O valor de referência para o leite padrão do mês de Abril fechou em R$ 1,3192, e para a primeira quinzena de Maio a projeção ficou em R$ 1,2571, porém, com a virada no mercado dos últimos dias, a expectativa é que não feche esse preço, e há possibilidade de aumento para o mês de Maio, caso o cenário não tenha uma nova mudança repentina. Enquanto a pandemia não for controlada vamos conviver com oscilações fortes e imprevistas, por isso a recomendação continua sendo muita cautela. Também ficou clara a preocupação de produtores e indústrias quanto ao aumento do custo de produção que pode levar o setor no médio prazo ao um novo desafio.

Valores de referência1 da matéria-prima (leite)

1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Março/2020: De 02/03/2020 a 05/04/2020
Mês de Abril/2020: De 06/04/2020 a 03/05/2020
Decêndio de Maio/2020: De 04/05/2020 a 17/05/2020

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (As informações são do CONSELEITE/SC)

Conseleite/MG: valores de referência – maio
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 20 de maio de 2020, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março/2020 a ser pago em Abril/2020.
b) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Abril /2020 a ser pago em Maio/2020.
c) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2020 a ser pago em Junho/2020. 

  

Períodos de apuração:
Mês de Março /2020: De 28/02 a 02/04/2020
Mês de Abril/2020: De 03/04 a 30/04/2020
Decêndio de Maio/2020: De 01/05 a 14/05/2020

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite/MG)
                

Organizações leiteiras dos EUA se unem para ajudar vizinhos internacionais
A Federação Nacional de Produtores de Leite, o Conselho de Exportação de Laticínios dos EUA e a Associação Internacional de Alimentos Lácteos instaram conjuntamente o Secretário de Agricultura, Sonny Perdue, a usar todas as ferramentas à sua disposição para “garantir que produtos lácteos nutritivos e de alta qualidade dos EUA sejam disponibilizados aos vizinhos internacionais em necessidade." Os produtores de leite estão enfrentando uma das maiores perdas entre os principais produtores agrícolas dos EUA — potencialmente US$ 8,2 bilhões, com base em uma comparação das projeções atuais do USDA com estimativas pré-crise. A ampla quantidade de suprimentos lácteos dos EUA disponíveis para distribuição internacional são uma via promissora para ajudar as populações que sofrem com a fome localizada e a crise do coronavírus em todo o mundo. "Como nação, somos abençoados por ter uma abundância de laticínios disponíveis, mesmo durante este período difícil", escreveram Jim Mulhern, Tom Vilsack e Michael Dykes – os respectivos presidentes e CEOs das três principais organizações de laticínios dos EUA, na carta datada 18 de maio. “Tomar medidas para compartilhar essa abundância com o mundo será uma tábua de salvação para as regiões onde os alimentos são necessários, fornecendo uma saída adicional para os produtores americanos compartilharem seus produtos lácteos. Incentivamos o foco, em particular, nos países que indicaram um déficit alimentar ou nutricional durante esse período e que carecem de infraestrutura ou recursos para fornecer produtos lácteos de maneira confiável por meio de canais comerciais robustos.” (As informações são do DairyFoods.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)