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03/06/2020

Porto Alegre, 3 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.233

 Consumo em restaurantes tem queda de 61,2% na primeira quinzena de maio 

Resultado representa pequena melhora em relação à queda da metade inicial de abril, que chegou a 67,7%

O volume de transações em restaurantes caiu 61,2% na primeira quinzena de maio na comparação com igual período do ano passado, segundo o Índice de Consumo em Restaurantes (ICR) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da bandeira de benefícios Alelo.

O resultado mostra uma queda um pouco menor do que nos primeiros 15 dias de abril, quando o indicador teve recuo de 67,7% nas transações, mas ainda evidencia a forte retração na atividade dos estabelecimentos em função das medidas de isolamento social adotadas desde março.

A pesquisa computa o volume de compras e valor dos gastos realizados por trabalhadores com carteira assinada que recebem vales-alimentação e refeição pela bandeira Alelo. Também há levantamento da quantidade de estabelecimentos que registraram as transações no período.

Nem a abertura gradual do comércio e adaptação dos restaurantes foi suficiente para impulsionar o movimento de consumidores.

Na primeira quinzena de maio, houve queda de 25,7% no número de restaurantes que registraram compras ante um ano antes, contra recuo de 40,5% em mesmo intervalo de abril.

“Mais restaurantes estão abrindo, se adaptando ao delivery, mas o volume de operações não volta ao que era antes. Ainda temos um quarto dos estabelecimentos sem registrar transações. A pergunta que fica é o quanto eles conseguem sobreviver”, afirma Eduardo Zylberstajn, chefe de pesquisa e inovação da Fipe.

O ICR ainda mostra que, no valor das compras, houve baixa de 44,9% em restaurantes na primeira metade do mês passado, sempre na comparação anual.

O desempenho também mostra uma melhora, embora discreta, ante a primeira quinzena de abril, quando a queda no valor das transações foi de 56,7%.

“A retomada não ocorre de uma hora para outra, ela é lenta. Os restaurantes e outros estabelecimentos, como shoppings, vão ter uma capacidade bastante limitada de receber clientes quanto a abertura começar a ocorrer. Será preciso adotar distanciamento entre as mesas e critérios rigorosos de higiene”, diz André Turquetto, diretor de marketing e de produtos da Alelo.

Segundo Zylberstajn, é possível projetar que o mesmo quadro de recuperação gradativa e em patamar mais baixo se repita para o comércio em geral nas próximas semanas e meses. “O dinamismo a que estamos acostumados a ver no nosso dia a dia está longe de voltar”, afirma.

A parceria entre a Fipe e a Alelo também inclui o Indicador de Consumo em Supermercados (ICS), menos afetado pela interrupção de atividades presenciais.

Na primeira quinzena de maio, o consumo em supermercados a partir de vales da Alelo caiu 9,2% em bases anuais, depois de registar uma queda de 19,2% em abril. Em contrapartida, os gastos subiram 6,8% nos primeiros 15 dias de maio. No mês anterior, houve queda de 4,9% em igual período.

“As pessoas estão ficando mais em casa, então não há diferença significativa na quantidade de estabelecimentos funcionando e aumenta o valor médio de gastos. Isso indica que os consumidores vão menos aos supermercados, mas gastam mais a cada ida”, afirma Zylberstajn. (Valor Econômico)
                 

China aprova as importações de permeado de soro de leite

No dia 15 de maio de 2020 a China publicou os padrões oficiais de segurança e qualidade para o uso de permeado em pó (soro de leite desproteinado em pó) em alimentos processados, significando que seu mercado está pronto para aceitar as importações deste ingrediente.

O desenvolvimento veio em decorrência do recente tratado comercial entre os Estados Unidos e a China. No entanto, o padrão é o aceito mundialmente, e o permeado de qualquer país pode ser exportado para a China, desde que cumpra os requisitos.

Henrik Jacob Hjortschoej, chefe de desenvolvimento de vendas de alimentos da Arla Foods Ingredients disse, “A abertura do mercado chinês para as exportações mundiais de permeado é muito significativo para o mercado de ingredientes lácteos. A demanda de permeado cresce rapidamente na China, assim como, em todo o mundo. Esperamos ansiosamente trabalhar com nossos clientes da China para fornecer um permeado de soro de leite de altíssima qualidade para ser utilizado em bebidas e alimentos”.

O permeado de soro de leite é o leite sólido com cerca de 80% de lactose. Usado como agente emulsificante é substituto econômico para o leite em pó desnatado (SMP) lactose e soro de leite em pó. Em 2017, o permeado em pó recebeu um padrão internacional do Codex Alimentarius. 

O permeado está sendo cada vez mais utilizado por marcas multinacionais, particularmente em categorias como chocolate e biscoitos, mas, também em bebidas quentes, laticínios e sobremesas. Os números da Innova mostram que o número de novos produtos que contêm permeado de soro de leite mais que dobrou nos últimos anos, passando de 169 em 2015 para 387 em 2019. A Arla Foods Ingredients é um dos maiores fornecedores mundiais do ingrediente, com instalações de produção na União Europeia (UE) e na Argentina. (As informações são do Dairy Industries, traduzidas pelo Terra Viva)

Daoud: ‘Programa Leve Leite é a solução para aumentar consumo na crise’

Para o comentarista do Canal Rural, uma medida já conhecida pelo governo pode dar fôlego ao setor que emprega cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil.

Um dos efeitos da retração econômica é a diminuição da renda das famílias e umas das consequências disso aparece na cadeia leiteira, com a diminuição na demanda por produtos com leite e derivados.

Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud uma medida já conhecida pelo governo pode dar fôlego ao setor que emprega cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil, o programa Leve Leite, que consiste na distribuição de leite em pó para alunos matriculados na Rede Municipal de Educação de diversas cidades do país. Assista o vídeo clicando aqui. (Canal Rural)
                   

PIB da agropecuária brasileira deverá crescer 1,8% em 2020, prevê MacroSector
Impulsionado por soja e milho, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira deverá crescer 1,8% em 2020, segundo novas estimativas divulgadas hoje pela MacroSector, com sede em São Paulo. O avanço, classificado pela consultoria como “modesto”, não evitará uma forte queda de 9% do PIB do país como um todo, determinada por recuos nos setores industrial e de serviços. No cenário que traçou, a MacroSector projeta recuos de 11,5% no consumo doméstico, de 15% dos investimentos e de 8,5% das exportações, além de um aumento de 3% das despesas do governo. No primeiro trimestre, quando o PIB brasileiro caiu 1,5%, a agropecuária cresceu 0,6%. (As informações são do Valor Econômico)

 

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