Pular para o conteúdo

04/06/2020

Porto Alegre, 4 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.234

 Estiagem faz Estado cair uma posição no ranking de produção

Um dos principais produtores de grãos do país, o Rio Grande do Sul será ultrapassado, neste ano, por Goiás em volume de produção. Efeito direto da estiagem que castigou sobretudo lavouras de soja e reduziu em mais de 9 milhões de toneladas a colheita gaúcha da atual safra em relação ao ciclo anterior.

Na próxima segunda-feira, IBGE e Companhia Nacional de Abastecimento apresentam novo levantamento da safra. E devem confirmar as perdas no Rio Grande do Sul. Como a colheita já se encerrou, a expectativa é saber o tamanho do ajuste - se é que haverá - em relação aos dados do mês passado. Outra informação sobre a qual se tem expectativa é o resultado nacional. As projeções são de recorde para o grão. Há quem avalie, no entanto, que o recuo da produção gaúcha poderá impactar o número do país.

Pelos últimos dados da Conab, pouco mais de 1 milhão de toneladas separam o resultado da produção de grãos (incluídas as culturas de inverno) do RS e de Goiás, quarto e terceiro lugares no ranking nacional. Ficam à frente, ainda, Paraná e Mato Grosso.

- Sempre disputávamos o segundo lugar com o Paraná. A situação do Estado neste ano é fora do comum. Nunca houve algo parecido com essa combinação de seca e covid-19 - avalia Décio Teixeira, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-RS).

No panorama apresentado ontem pelo secretário da Agricultura, Covatti Filho, no Tá Na Mesa virtual da Federasul, que aponta perda de R$ 15 bilhões em valor bruto da produção no Estado, voltou-se a falar em irrigação. Nem 3% da área de verão é irrigada. A necessidade de "desburocratização", a deficiência no fornecimento de energia elétrica e a falta de linhas de crédito atrativas foram citadas como obstáculos.

Neste momento, há de se acrescentar as barreiras trazidas por perda de renda e dificuldades de renegociação. (Zero Hora)
               

Argentina – Principais indústrias de laticínios acumulam dívidas de quase 19 bilhões de pesos

As complicações derivadas da pauperização do mercado interno junto com as dificuldades para concretizar exportações – agravadas pela pandemia do Covid-19 – reduziram o faturamento de muitas das principais indústrias de laticínios da Argentina. Nesse contexto, as dívidas bancárias das 27 principais empresas do setor é de 18.967 milhões de pesos, segundo os registros do Banco Central (BCRA). 

Trata-se de uma cifra superior ao faturamento total com produtos lácteos nas cadeias de supermercados a nível nacional registradas nos meses de fevereiro e março de 2020, segundo os últimos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). 

Um estudo realizado pelo Instituto Argentino de Professores Universitários de Custos (Iapuco) em conjunto com o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) mostra que entre agosto de 2019 e março de 2020 as médias e pequenas empresas de laticínios operaram – em média – sem rentabilidade, enquanto que no primeiro bimestre deste ano as grandes fábricas não conseguiram obter lucro. 

 
A partir de abril passado, se bem que a situação do setor tendia a melhorar de forma progressiva em termos teóricos, a realidade é que algumas empresas encontraram grandes obstáculos – que persistem até hoje – para distribuir e receber produtos causados pelas dificuldades logísticas, trabalhistas e econômicas gerados pelo isolamento forçado. 

Em relação ao mercado externo, as exportações, que iniciaram firmes o ano de 2020, caíram acentuadamente em março pelo efeito combinado da queda de preço do petróleo (muitos dos grandes compradores de lácteos são exportadores de óleo cru) e a desaceleração econômica provocada pela pandemia do Covid-19. 

“A elevação dos direitos de exportação do leite em pó (9% do valor FOB), a manutenção da retenção de AR$ 3/US$ para os outros produtos lácteos, a queda na devolução de impostos internos vigente desde os meados de 2018, câmbio defasado e os preços internacionais atuais e futuros mais baixos, reduziram os incentivos para as exportações agora e no médio prazo”, explicou o boletim do Observatório Lácteo Argentino (Ocla). 

“Esta situação de menor incentivo à exportação de lácteos se junta ao aumento de 8% na produção de leite, maiores estoques iniciais e sérias dúvidas em relação à evolução do consumo doméstico em decorrência da queda no poder aquisitivo, agravada pela crise econômica”, acrescenta o Ocla. (valorsoja – Tradução livre: Terra Viva)

Home office” pode alcançar 20 milhões de trabalhadores no Brasil, estima Ipea 

País deve ocupar a 45ª posição em um ranking de 86 nações criado pela aís deve ocupar a 45ª posição em um ranking de 86 nações criado pela Universidade de Chicago

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem m estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem mostra que o trabalho por “home office” poderá alcançar 22,7% das ocupações mostra que o trabalho por “home office” poderá alcançar 22,7% das ocupações existentes no país, o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas existentes no país, o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas.

Se confirmado, o cenário coloca o Brasil na 45ª posição num ranking de 86 países om trabalho remoto elaborado por pesquisadores da Universidade de Chicago e que teve metodologia replicada pelo Ipea. Na América Latina, ficaria em 2º lugar.

Os dados constam do estudo “Potencial de Teletrabalho na Pandemia: Um Retrato o Brasil e no Mundo”, feito em parceria pelos pesquisadores Felipe Martins e Geraldo Góes, do Ipea, e José Antônio Sena, do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE).

O levantamento analisou 434 tipos de ocupações existentes no mercado de trabalho brasileiro e concluiu que 25% dessas atividades poderiam ser realizadas remotamente, o chamado teletrabalho. São essencialmente grupos de profissionais de ciências e intelectuais, diretores e gerentes, além de técnicos e profissionais de nível médio.

A análise mostra também que trabalhadores da agropecuária, da caça e da pesca e militares possuem os menores potenciais de realizar o trabalho remotamente, por motivos evidentes. “Se a ocupação envolve trabalho fora de um local fixo e operação e máquinas e veículos ela não passível de teletrabalho”, diz Felipe Martins, do Ipea.

Regionalmente, porém, o potencial do “home office” varia conforme o perfil dos postos de trabalho existentes. O maior potencial está no Distrito Federal, onde 1,6% dos empregos podem ser executados de forma remota (cerca de 450 mil pessoas). Logo na sequência vêm os Estados de São Paulo (27,7% dos empregos, cerca de 6,1 milhões de pessoas) e Rio de Janeiro (26,7%, mais de 2 milhões).

O Piauí é o que apresenta o menor potencial de teletrabalho (15,6% das atividades, u cerca de 192 mil pessoas).

Na comparação entre os países, Luxemburgo tem a maior proporção de teletrabalho entre os 86 países avaliados (53,4% dos empregos). No final do ranking parece Moçambique (5,24%), segundo informou o Ipea. Dentre os nove países da América Latina que constam no estudo o Chile tem a maior participação de Teletrabalho (25,74%).

Os pesquisadores consideraram prematuro, porém, avaliar se as modalidades de trabalho remoto que surgiram ou cresceram durante o período de isolamento social seguirão a mesma tendência no pós-pandemia.

Como as relações trabalhistas no país são, sob vários recortes, muito heterogêneas muito cedo ainda para se descortinar tendências mesmo que setoriais”, acrescentou Geraldo Góes, pesquisador do Ipea. (Valor Econômico)
                  

França – Proibida denominação animal em produtos vegetais
A Assembleia Nacional adotou, definitivamente no dia 27 de maio de 2020, a proposta da leite “referente à transparência de informações sobre alimentos”, incluindo um importante dispositivo em que proíbe a utilização de denominações animais (lingüiça, filé, bife...) para produtos contendo proteínas vegetais. As entidades profissionais Iterbev e Inaporc aplaudiram a adoção dessa medida pelo legislativo “dizendo que será um grande progresso quando entrar em vigor, um verdadeiro progresso em matéria de transparência da informação para o consumidor.  Por isso, as entidades pedem ao governo para promulgar rapidamente o decreto para tornar a medida efetiva na França. Com efeito, esse decreto não dependerá da União Europeia (UE), e não será necessário aguardar que a proibição em todo o bloco comunitário. (AGROMedia – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *