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Porto Alegre, 19 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.244

Mudança na data da Expointer divide opiniões de organizadores

O anúncio do governo estadual de mudança da data da Expointer, uma das principais feiras do calendário do agronegócio, é uma definição diante de cenário marcado por incertezas. Mas não é garantia da realização. Tudo dependerá da situação da covid-19 até lá. A alteração para 26 de setembro a 4 de outubro evita frustração antecipada de quem entende como fundamental que o evento ocorra. Ao optar, neste momento, pela medida, o Piratini evita "queimar a largada".

- Temos a expectativa de que, com esse adiamento de cerca de um mês, tenhamos condições de fazer a feira. Que será menor e especialmente dedicada aos negócios - disse o governador Eduardo Leite, acrescentando que "só acontecerá se houver absoluta segurança" .

Com essa premissa, o secretário da Agricultura, Covatti Filho, diz que o foco, a partir de agora, será para que se possa colocar a feira de pé:

- Em virtude dessa situação peculiar que estamos vivendo, vamos programar uma feira totalmente diferente das anteriores. Logo vamos passar os anúncios de como serão as adaptações que teremos de fazer em razão da pandemia.

O próximo passo será reunir entidades organizadoras da Expointer ao lado da Secretaria da Agricultura. Será apresentado estudo prévio da Saúde, com algumas recomendações (leia mais no quadro abaixo). Ainda sem data marcada, o encontro deverá ser o primeiro desafio do secretário. A data escolhida e os formatos sugeridos não são consenso.

A Federação Brasileira de Associações de Criadores de Raça (Febrac) entende que é importante realizar a exposição, ainda que menor e diferente.

- Para que as associações de criadores possam realizar seus julgamentos, concluir ciclos e não venham a perder uma geração de animais de genética - diz Leonardo Lamachia, presidente da entidade.

A Federação da Agricultura (Farsul) tem uma avaliação diferente. O presidente Gedeão Pereira acha "muito temerária a realização da exposição em ano de pandemia":

- Vemos muita dificuldade na execução, em vários aspectos: do ponto de vista do setor de máquinas, do produtor. Quem vai estar? Vamos selecionar público?

Presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos (Simers), Claudio Bier também avalia como complicada a definição de visitantes e aponta outra dificuldade com a nova data.

- O produtor está começando a plantar. Tentarei convencer o pessoal do setor a vir, mas tem chance de ser uma feira pequena - admite o dirigente.

O formato também preocupa a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), que tem no Pavilhão da Agricultura Familiar importante vitrine.

- Não vemos a feira sem público e sem as agroindústrias - diz o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva. (Zero Hora)
         

CONSELEITE/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Junho de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Maio de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2020.

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 
1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso. 

Períodos de apuração
Mês de Abril/2020: De 06/04/2020 a 03/05/2020
Mês de Maio/2020: De 04/05/2020 a 31/05/2020
Decêndio de Junho/2020: De 01/06/2020 a 14/06/2020 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Governo parcela dívida tributária com desconto de até 70%

O governo anunciou um programa de renegociação de dívidas tributárias para pessoas físicas e empresas. Serão oferecidos descontos de até 70% do valor total dos débitos. A ação é uma resposta à crise financeira provocada pelo novo coronavírus. 

A chamada transação excepcional terá benefícios maiores para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, Santas Casas, instituições de ensino e outras organizações da sociedade civil. Nesses casos, haverá desconto até 100% sobre multas, juros e encargos, respeitando o limite de 70% do valor total da dívida. O cálculo da redução também levará em conta o impacto sofrido com a pandemia do novo coronavírus. 

Para empresas de médio e grande porte, o desconto será de até 100% sobre multas, juros e encargos, limitado a 50% do valor total da dívida. Técnicos do Ministério da Economia rejeitam classificar o programa como um novo Refis. O argumento é de que enquanto o Refis cria parcelamentos com desconto para qualquer contribuinte, a transação anunciada agora vai beneficiar apenas empresas e pessoas em situação financeira frágil.

Para aderir à renegociação, será necessário comprovar capacidade insuficiente de pagamento dos débitos. Para isso, serão analisados indicadores financeiros do candidato ao parcelamento. Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) apontam que mais de 80% dos contribuintes que se beneficiaram dos programas de Refis feitos até agora não estavam em situação de dificuldade e teriam condições de arcar com os tributos sem a concessão de descontos. “Transação tributária não é Refis. O Refis concede benefício linear. A transação tributária tem viés mais refinado, no sentido de avaliar a situação de cada contribuinte”, disse o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano de Alencar. Acesse a Portaria PGFN Nº 14402 DE 16/06/2020 clicando aqui.  (Jornal do Comércio)
            

Consumo de energia recua 10,4%
Os reflexos econômicos em função da pandemia do novo coronavírus atingiram um setor importante no Rio Grande do Sul: o de energia elétrica. A CEEE registrou declínio no consumo em abril (-13%) e em maio (-7,7) deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. No total do período, a queda totalizou 10,4% frente ao bimestre de abril a maio de 2019. Apesar desse cenário, em maio o consumo residencial apresentou elevação de +2,2% ante igual período do ano passado. De acordo com dados da CEEE, em maio o impacto da Covid-19 atingiu principalmente a indústria, que assinalou diminuição de 24,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O comércio também sofreu as consequências das medidas de distanciamento social e a consequente redução de circulação da população, com uma diminuição de 22,4% de consumo no período. Em compensação, por conta da maior presença de trabalhadores em casa, muitos atuando no sistema de teletrabalho, o consumo residencial mostrou elevação de 2,2% frente a 2019. Em maio deste ano a CEEE registrou consumo de 229.439 MW, enquanto no mesmo período de 2019 foram 234.558 MW.  A energia faturada caiu 8,1% em maio deste ano frente igual período do ano passado, quando o total apurado era de 636.105 MW. A CEEE atende 1,7 milhão de clientes em 72 municípios das regiões Sul, Centro-Sul, Campanha e parte da Metropolitana e do Litoral. Responsável pela distribuição de 65% da energia elétrica consumida no Rio Grande do Sul e por atender 2,86 milhões de clientes residenciais, industriais e comerciais em 381 municípios, a RGE, que é distribuidora da CPFL Energia, informou por meio de nota que a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2020 será realizada em agosto. (Correio do Povo)
 
 

 

Porto Alegre, 18 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.243

O que agradou e o que deixou a desejar no Plano Safra 20/21

Prioridade na lista de desejos dos produtores para o Plano Safra 2020/2021, o corte na taxa de juro saiu (veja quadro abaixo). E agradou em parte, já que os percentuais seguem acima da Selic, reduzida ontem a 2,25% em reunião do Copom.

- Juros mais baixos eram o grande anseio da classe de produtores - disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que agradeceu a Paulo Guedes por viabilizar o plano.

Quem acompanha a negociação sabe que nenhum esforço teria tido efeito sem o aval da Economia.

Diante do cenário atual, Antônio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), entende que esse foi o juro possível, apesar do desejo de que ficasse ainda menor:

- Com bancos empoçando liquidez, não adianta atribuir uma taxa que agrada ao ouvido, mas que ninguém acessa. Fica bom no discurso e ruim na prática.

Na mesma linha, Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), classifica como positiva.

- Sabemos do momento, do esforço do governo em função da crise. Se olharmos isso, a queda de juros é positiva.

Presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Paulo Pires avalia que, justamente por ser esse um momento atípico, é importante garantir as condições para investimentos do produtor:

- A redução do juro podia ser maior. Acho que os spreads bancários foram preservados.

Para produtores familiares, no entanto, o plano deixou a desejar. Hoje, haverá um detalhamento das linhas voltadas ao segmento. Houve redução de 0,25 a 0,6 ponto percentual, com as taxas ficando entre 2,75% e 4%.

- Não podemos concordar que os agricultores paguem juros acima da Selic - observa Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).

A unanimidade do Plano Safra é o R$ 1,3 bilhão para subvenção do seguro rural. A ferramenta é vital, sobretudo para Estados como o Rio Grande do Sul, onde o tempo pode impor duras perdas.

Destaques do pacote
1. O volume de recursos disponibilizados cresceu em relação à safra do ano passado (veja abaixo). Do total, serão R$ 154,3 bilhões a juros controlados e R$ 82 bilhões a juros livres. Nos que têm taxa definida, houve redução, que varia entre 0,25 e dois pontos percentuais, conforme o tipo de financiamento e a classificação do produtor (familiar, médio ou empresarial). Há ainda R$ 1,3 bilhão para subvenção do seguro rural e previsão de R$ 2,7 bilhões, a confirmar, para comercialização.

2. Pelo segundo ano consecutivo, o governo ampliou os recursos para subvenção do seguro rural. Projeção apresentada no anúncio do pacote aponta aumento de 30%, e a área segurada, em 40%, em 2021. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, enfatizou a relevância da ferramenta diante da ocorrência de problemas climáticos: - Neste ano, tivemos uma seca monumental. Há 15 anos o Rio Grande do Sul não tinha uma como a de agora.

3. Novas linhas de financiamentos entraram no pacote do Plano Safra 2020/2021. Na área de inovação tecnológica, por exemplo, haverá crédito para a instalação de estações meteorológicas e também para a produção de bioinsumos. Na irrigação, a possibilidade criada é para a aquisição de equipamentos de monitoramento. No escopo da sustentabilidade, que hoje já conta com a linha de Agricultura de Baixo Carbono, será possível financiar a compra de cotas de reserva ambiental. (Zero Hora)

          

Sanidade animal - Estado lança projeto de vigilância
A Secretaria da Agricultura lança hoje, em Jaguarão, o projeto do Programa de Vigilância Sanitária Animal de Fronteira - Sentinela. 

O programa é resultado da ação coletiva entre órgãos e instituições de Defesa, Segurança e Sanidade Agropecuária para intensificar a fiscalização de toda a fronteira no momento em que o Estado se prepara para retirar a vacina contra aftosa. (Correio do Povo)

 
Prorrogação do prazo de pagamento do INSS e PIS/CONFIS 
Foi publicada no Diário Oficial de de 15 de junho de 2020, Portaria Nº245 do Ministério da Economia que prorroga o prazo para o recolhimento de tributos federais, na situação que especifica em decorrência da pandemia relacionada ao Coronavírus. 
Confira a portaria na íntegra: 
PORTARIA Nº 245, DE 15 DE JUNHO DE 2020 
O MINISTRO DE ESTADO DA ECONOMIA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e tendo em vista o disposto na Emenda Constitucional nº 106, de 7 de maio de 2020, no art. 66 da Lei nº 7.450, de 23 de dezembro de 1985, na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, no Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e na Portaria MS nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, resolve: 
Art. 1º As contribuições previdenciárias de que tratam os arts. 22, 22-A e 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, o art. 25 da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994, e os arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, devidas pelas empresas a que se referem o inciso I do caput e o parágrafo único do art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991, e a contribuição de que trata o art. 24 da Lei nº 8.212, de 1991, devida pelo empregador doméstico, relativas à competência maio de 2020, deverão ser pagas no prazo de vencimento das contribuições devidas na competência outubro de 2020. 
Art. 2º Os prazos de recolhimento da Contribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS de que tratam o art. 18 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, o art. 10 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o art. 11 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, relativas à competência maio de 2020, ficam postergados para o prazo de vencimento dessas contribuições devidas na competência outubro de 2020.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. (Diário Oficial)
 
            
Emater oferece curso de gestão
A Emater/RS-Ascar promove o Curso de Gestão de Agroindústria, em 23, 25 e 30 de junho, em seu canal no YouTube. São 60 vagas para produtores cadastrados no Programa Estadual de Agroindústria Familiar. A capacitação conta com aulas expositivas e monitoria on-line. A inscrição é gratuita e pode ser feita na página abre.ai/gesagro da Internet ou em escritórios municipais da Emater em todo o Estado. (Correio do Povo)
 
 

 

 

Porto Alegre, 17 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.242

Adaptação à nova bandeira

Com sede e unidade produtiva em Carlos Barbosa, na Serra, a Cooperativa Santa Clara precisou fazer nova adequação por estar em região de bandeira vermelha. Diretor administrativo, Alexandre Guerra também falou sobre o assunto. Veja trechos

Qual o impacto da bandeira no funcionamento da unidade de Carlos Barbosa?
Com a mudança para vermelha, precisamos ter 75% das pessoas, não passando disso na questão da lotação. A cada dois metros, uma pessoa com todos os EPIs (equipamentos de proteção individual) é o limite no chão de fábrica.

O que vocês já tinham de cuidados e o que tiveram de adaptar com a pandemia?
Intensificamos o que já fazíamos. Incorporando mais ações para garantir saúde do trabalhador. No lar, no transporte, procuramos dar uma educação ao nosso trabalhador, para que siga todas as orientações. Demos quatro máscaras para cada trabalhador. No ônibus (que leva até a unidade), delimitamos uma pessoa a cada dois assentos. Ao chegar na indústria, fazemos medição de temperatura. No relógio de ponto, tiramos a digital e colocamos cartão, para não encostar o dedo. No refeitório, ampliamos horário de refeição e colocamos divisórias nas mesas. E, dentro das unidades, há troca de uniformes, divisórias e protetores faciais.

Quantos funcionários e qual o volume de leite que a cooperativa recebe por dia?
Nas três unidades, Getúlio Vargas, Casca e Carlos Barbosa, são 800 mil litros, em média. Em Carlos Barbosa, são 400 trabalhadores (só em laticínios). Em toda a cooperativa, são 2,2 mil. (Zero Hora)
           

IMUNODAY avança nas vendas e chega no varejo on-line

Marca amplia os canais de vendas para facilitar a vida de quem quer estar em dia com a imunidade e prefere fazer as compras de forma prática.

O IMUNODAY é a novidade da Divisão científica Piracanjuba Health & Nutrition e chegou ao mercado no mês passado. Desde então, o produto tem tido grande procura pelos consumidores. As vendas, que antes estavam restritas às farmácias, foram estendidas ao varejo alimentar no fim de maio. E agora, o IMUNODAY também está disponível no e-commerce. O produto pode ser encontrado no site da Americanas, Shoptime e Submarino, com exclusividade e, na próxima segunda-feira, 22, será comercializado também via Magalu, Amazon e Mercado Livre.
 
Os consumidores que navegarem nessas plataformas encontrarão os três sabores do IMUNODAY para colocarem no carrinho, fecharem as compras e receberem o produto em casa, com toda a praticidade e segurança que as compras online oferecem.
Nas farmácias, além das lojas físicas, o produto está disponível no site da Drogaria Araújo e no da Pague Menos. São muitas opções de locais para assegurar sua dose diária de imunidade!

Saiba mais
O IMUNODAY, com 250mg de beta-glucana de levedura é vendido nas embalagens de 200ml da Tetra Pak com tampa de rosca, nos sabores: original (0% de gordura), chocolate com aveia e chocolate zero lactose, todos eles fonte de fibras e sem glúten.
Para chegar ao ingrediente ideal para o IMUNODAY, a Piracanjuba Health & Nutrition recorreu a pesquisas e testes, que apontam o ingrediente beta-glucana de levedura como reforço para o sistema imunológico, em especial em infecções e sintomas relacionados ao trato respiratório, em todas as idades, praticantes de atividades físicas ou não.

Sobre a Piracanjuba
No mercado há 64 anos e na posição de 9ª marca mais escolhida nos lares de todo o país, a Piracanjuba preza pela qualidade, tradição, inovação e, sobretudo, por oferecer produtos que encantam os consumidores. A história apresenta marcos importantes, com lançamentos de produtos nutritivos e inovadores, como é o caso da Linha Zero Lactose para pessoas com intolerância à lactose e do Piracanjuba Whey, com 23g de proteínas e 5g de BCAA. Tudo isso para atender os desejos e necessidades dos consumidores, que não ABRE mão de sabor e praticidade.

Sobre o Laticínios Bela Vista
O Laticínios Bela Vista possui um portfólio com mais de 160 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e MeuBom. Mantém duas grandes parcerias: Blue Diamond (cooperativa americana produtora de amêndoas), para produção e comercialização da marca Almond Breeze, e Nestlé, para a produção e comercialização das marcas Ninho e Molico, na modalidade leite UHT.

A empresa reúne sete Unidades Fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS). Juntas, as fábricas têm capacidade de processar mais de 6 milhões de litros de leite por dia, mobilizando quase 3,2 mil colaboradores diretos.

A companhia é uma das quatro maiores indústrias de laticínios do Brasil e tem recebido importantes premiações e reconhecimentos nacionais e internacionais relacionados à marca Piracanjuba, aos produtos e à gestão, fundamentada em ideologia consistente e valores autêntico, como ética, valorização das pessoas e responsabilidade socioambiental. (Piracanjuba)

 
 
 

Locadora deve pagar IPVA no Estado onde o veículo circula 

Decisão do STF ainda responsabiliza locatário por eventual inadimplência

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as locadoras de veículos têm de pagar IPVA ao Estado onde o carro circula, ou seja, no local em que o veículo é colocado à disposição do cliente. No julgamento, os ministros ainda definiram que o locatário pode ser responsabilizado pelo imposto caso a locadora deixe de pagá-lo.  

A decisão deve impactar as finanças e também a forma como as empresas do setor se organizam. Especialistas afirmam que as locadoras costumam registrar toda a frota em um só Estado — geralmente aquele em que está localizada a sede da companhia. 

Dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla) mostram que 67% dos veículos disponibilizados para aluguel no país têm placas de Minas Gerais. Esse é o Estado onde fica a sede da Localiza, uma das maiores empresas do ramo na América do Sul, com mais de 200 mil carros.  

O Estado oferece alíquota reduzida de IPVA para as locadoras cadastradas na Secretaria de Fazenda. Rio de Janeiro e São Paulo também concedem benefício semelhante.  
Os ministros do STF decidiram sobre o pagamento do IPVA ao julgar uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) apresentada pela Confederação Nacional do Comércio contra uma lei de Santa Catarina, a nº 15.242, de 2010, que determina o pagamento do imposto mesmo se a empresa estiver domiciliada em outro Estado e os veículos estiverem lá registrados. 
“Não é a utilização do veículo que faz surgir a obrigação de pagar IPVA, mas sim a relação de propriedade que o dono mantém com o bem. O registro e o licenciamento são o sinal distintivo a justificar o tributo”, argumentou contra a lei, em vídeo disponibilizado aos ministros, o advogado Daniel Monteiro Peixoto, representante da Associação Nacional das Empresas de Aluguel de Veículos (Anav), que atuou como parte interessada no processo. 
A legislação de Santa Catarina também estabelece que os locatários poderão ser responsabilizados de forma solidária ao pagamento. A lei trata de sócios, diretores, gerentes ou administradores de empresas e também de gestores públicos responsáveis pelos contrato de locação do veículo com a locadora que não recolheu o imposto ao Estado. 
Toffoli vetou a possibilidade de responsabilizar o agente público que responde pela contratação do veículo e limitou a responsabilização do setor privado. Segundo o ministro, a empresa poderá ser chamada a pagar a dívida. Ele levou em conta o fato de que a companhia pode exigir da locadora de veículos a comprovação de que houve o pagamento do IPVA.  
Sobre quem deve cobrar o imposto — se o Estado onde está a sede da locadora ou aquele em que o veículo é disponibilizado ao cliente —, Dias Toffoli considera que a permissão para que toda a frota seja registrada em um único lugar cria um cenário favorável para que alguns Estados cobrem o imposto de maneira menos onerosa. “Isso estimula concentrações injustas de licenciamentos de automóveis nessas unidades federadas”, afirma em seu voto. 
Toffoli diz ainda, no voto, que a Constituição Federal “admite que o legislador eleja como fato gerador do IPVA não só a propriedade, mas também o domínio útil e a posse a qualquer título de veículo automotor”.  
Esse entendimento foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Luiz Fux. Divergiram Marco Aurélio, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.  
Para o advogado Luiz Massara, do escritório Massara Pieroni Advogados, que tem como clientes locadoras de veículos, a decisão “é um desastre” para o setor, especialmente do ponto de vista operacional. “Não é compatível com a dinâmica do mercado”, diz.  
O advogado afirma que nem sempre se consegue antever onde o veículo será utilizado. Seja porque o cliente pode retirá-lo em um Estado e entregar em outro, por exemplo, ou porque quando uma empresa contrata a locação, é ela quem define onde o carro será utilizado.  
O mercado foi pego de surpresa por essa decisão. O Supremo Tribunal Federal começou a julgar, em 2018, o RE 1016605, que também trata do tema. O ministros decidiriam, em repercussão geral, se o IPVA deveria ser pago ao Estado de domicílio da empresa ou ao Estado onde o veículo foi registrado.
Naquela ocasião, cinco ministros votaram pelo local do registro do veículo e três se posicionaram pelo domicílio da locadora. O julgamento só não se encerrou em 2018 porque Dias Toffoli pediu vista. Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes não estavam presentes na sessão de 2018. 
Esse julgamento — e o placar, até então — dava esperanças ao setor de que o desfecho seria favorável às empresas. O RE 1016605 também foi levado à votação no plenário virtual, de forma concomitante à ADI, e o placar virou. 
O ministro Luiz Fux, que em 2018 havia se posicionado pelo Estado de registro do veículo, mudou o voto. O placar final foi o mesmo da ADI. (Valor Econômico)
            
Definição da Expointer até amanhã
Depois de longa reunião com o governador Eduardo Leite, o secretário da Agricultura, Covatti Filho, espera ter até amanhã uma resposta sobre a data da Expointer. O assunto foi uma das pautas do encontro, em que também se falou sobre medidas relacionadas à estiagem. O secretário conta que apresentou o mapeamento de todos os processos envolvidos na organização da feira e também uma avaliação preliminar repassada pela pasta da Saúde. Um dos apontamentos é o de que a realização do evento em setembro tende a reduzir riscos pelas condições de tempo. - Ele levará essas informações para serem analisadas no gabinete de crise da covid-19 - diz Covatti Filho. O retorno esperado é com relação à data: se permanece a programada, de 29 de agosto a 6 de setembro, ou se opta por uma transferência, mantendo o mês de setembro como limite. (Zero Hora)
 
 

 

 

  

Porto Alegre, 16 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.241

O impacto da pandemia no consumo de leite e derivados

A instabilidade trazida pela pandemia faz o mercado de leite e derivados ser guiado pela volatilidade. O que vale hoje pode não valer amanhã. E a tarefa de projetar um cenário futuro ficou ainda mais complicada. A expectativa da indústria é de que o atual patamar de preços se mantenha pelos próximos meses, o que ajudaria na recuperação do setor. Com oferta e demanda, neste momento, reguladas, a definição virá do apetite.

- Quem vai dizer é o mercado - afirmou Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS, live de GaúchaZH.

Ao fator covid-19 somam-se questões como a estiagem (e seus impactos sobre a produção de leite) e poder de compra da população brasileira. Segundo Guerra, o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 beneficiou de forma direta o consumo de leite. Pesquisa da Nielsen mostra que houve crescimento. Na comparação com o ano passado, até 10 de maio, o aumento foi de 29,2% nos queijos, 17,6% no leite UHT e de 16,4% no em pó.

- Com o isolamento social, perdemos de início a linha food service (produtos para restaurantes, cozinhas, hotéis), ligada a eventos e turismo. Mas crescemos no consumo dos lares. As pessoas saem menos de casa e investem na qualidade de vida - avalia o dirigente.

O ajuste entre o que se produz e o que se vende veio com a ajuda de ingredientes temporários, como o recuo da importação de leite. O dólar alto tirou a competitividade de produtos vindos de outros países. Isso ao mesmo tempo em que a produção no Brasil estava no período de baixa.

Por outro lado, a falta de chuva impactou a vida dos produtores. A perda em quantidade e qualidade de milho silagem, usado na alimentação do rebanho, amplia os custos, porque exige que seja feita suplementação.

No mês passado, a projeção de recuo no valor de referência do litro de leite esquentou o debate na reunião do Conseleite. Entidades de produtores questionaram o fato de haver repasse do que acontece no mercado só quando há indicativo de baixa. Como o valor é calculado com base nos 10 primeiros dias e depois houve recuperação, o dado consolidado deve trazer mudanças. Que são esperadas por quem está no campo. (Zero Hora)

           
GDT - Global Dairy Trade
 
 
CONSELEITE–PARANÁ - RESOLUÇÃO Nº 06/2020
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 16 de Junho de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Maio de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
 
 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2020 é de R$ 2,4661/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite Paraná)

Pandemia motiva onda mundial de subsídios agrícolas

Austrália e Nova Zelândia apóiam exportação por avião; nos EUA, ajuda pode atingir US$ 40 bilhões

Austrália e Nova Zelândia, bastante liberais no comércio agrícola, passaram a subsidiar voos para tornar viáveis exportações de alguns produtos com maior valor agregado; os Estados Unidos pagaram a cotonicultores 33 vezes mais do que eles perderam com disrupções no comércio; o Japão introduziu medidas de estímulo ao consumo do bife wagyo, em detrimento do bovino estrangeiro; e, nesses tempos de pandemia, cada vez mais países estabelecem restrições à exportação de alimentos.

Globalmente, agricultores estão recebendo bilhões de dólares em subsídios para compensar perdas provocadas pela covid-19. Os apoios, contudo, ocorrem por meio de programas que levantam suspeitas de violação ao acordo agrícola da Organização Mundial do Comércio (OMC). Um bom número de países está retomando a formação de estoques públicos, alegando preocupação com segurança alimentar. Outros estão criando bancos de alimentos para socorrer setores vulneráveis da população.

No caso dos estoques de alimentos, a questão principal é se estão sendo formados a preços de mercado, o que é permitido. Mas se a estratégia estiver sendo movida por subsídios nos preços, viola regras internacionais.

Outro ponto é o efeito que terá o escoamento futuro de enormes estoques de alimentos quando a crise passar e o comércio internacional voltar à normalidade. Em meio ao risco de apodrecimento de produtos, alguns países certamente vão querer exportar a qualquer preço, o que poderá deprimir cotações internacionais.

O tema estoques de alimentos e a interdição da exportação causa polêmica entre os 164 membros da OMC, que tentam uma solução negociada desde a conferência ministerial de Bali (Indonésia), em 2013.

Também cresce a suspeita de um “retorno disfarçado” de subsídios à exportação, que foram declarados eliminados a partir da conferência ministerial de Nairóbi, em 2015. É o caso do “International Freight Assistance Mechanism (Ifam) australiano, que destina quase US$ 80 milhões para ajudar produtos como lagosta, carnes (bovina, suína e ovinos), leite fresco e iogurte a serem exportados por via aérea para “mercados prioritários”. A Nova Zelândia criou um programa idêntico, com cerca de US$ 215 milhões.

Nesse contexto, um bom número de países fará questionamentos a seus parceiros em reunião virtual do Comitê de Agricultura da OMC, que está agendada para a próxima quarta-feira.

Um dos programas para compensar os efeitos da covid-19 que mais chamam a atenção é o dos EUA, que terá de responder a questões de outros grandes exportadores - Brasil, Austrália, Canadá, União Europeia e Nova Zelândia. Washington já forneceu subsídios adicionais de US$ 28 bilhões para os agricultores do país em 2018 e 2019 em razão de perdas atribuídas à guerra comercial com a China. E, por causa da covid-19, destinou mais US$ 16 bilhões para socorrer um setor que é considerado muito importante para uma reeleição de Donald Trump.

E esse valor deverá aumentar. Tanto economistas do governo como membros do Congresso estimam que os pagamentos poderão chegar a US$ 40 bilhões com outros recursos que poderão ser destinados aos agricultores como compensação contra a pandemia.

No caso da UE, o dinheiro que está sendo liberado já estava previsto no orçamento da Política Agrícola Comum (PAC), segundo fontes consultadas pelo Valor. O que Bruxelas fez até agora foi sobretudo flexibilizar o uso dos recursos fornecidos via “caixa verde” (subsídios autorizados) para a criação de estoques, por exemplo. O segundo pilar da PAC, destinado ao desenvolvimento rural, é estimado entre € 6 bilhões e € 17 bilhões. Também foi liberado apoio para armazenagem privada de lácteos e carnes (bovina, ovina e caprina, mas não frango). A UE insiste que não são subsídios proibidos.

Paralelamente, países como França e Itália adotaram medidas unilaterais para apoiar o segmento de lácteos em seus mercados, apesar da regulação da PAC estabelecer que todo apoio deve ser adotado em nível europeu. Diante da conjuntura, a Áustria aproveitou para lançar um amplo programa bilionário para seus agricultores.

No Japão, o pacote de subsídios para socorrer a economia em geral alcançou US$ 1 trilhão, e o Brasil e outros parceiros querem saber o quanto desse montante é destinado à agricultura, e para quais segmentos. Isso porque o AMS japonês (medida de apoio doméstico que prevê ajuda vinculada à produção e garantia de preços) é limitado a US$ 36,5 bilhões. A indagação é como Tóquio vai explicar que não está violando seus compromissos na área comercial.

O Japão criou também um programa específico para sustentar a venda do bife wagyu, que não é estendido a cortes bovinos importados. Os EUA querem saber porque isso acontece e até que ponto a ação afeta negativamente suas importações.

Já o Canadá praticamente dobrou o montante de ajuda para compra e estocagem de excesso de manteiga e queijo durante a pandemia. O governo anunciou também o “Farm Credit Canadá” com US$ 3,7 bilhões adicionais para dar fôlego aos produtores rurais.

Outro tema que está no radar dos parceiros é um programa de estímulo da Índia, anunciado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, que inclui o setor agrícola. Nova Déli já tem um histórico de aumento de subvenções, e a pandemia deu um argumentos adicionais a essa tendência.

Também preocupa membros da OMC, finalmente, o número crescente de países que passaram a restringir ou proibir exportações agrícolas, de arroz a trigo e legumes. No Comitê de Agricultura, os membros questionados desta vez serão Camboja, Egito, El Salvador, Romênia, Honduras, Cazaquistão, Mianmar, Rússia, Turquia, Vietnã, Quirguistão, Macedônia do Norte, Tailândia e Ucrânia. (Valor Economico)
            

Atacarejo: tíquete médio cresce 16% na primeira semana de junho; leite entre itens mais procurados
Na primeira semana de junho, logo após a liberação da 2ª parcela do auxílio emergencial, o valor gasto pelos consumidores nas lojas do setor supermercadista cresceu 8% em relação à semana inicial do mês de maio. A quantidade de itens na cesta de compras subiu 10% na mesma comparação. Os dados são da HORUS, plataforma de inteligência de mercado que reúne dados de compras efetuadas no varejo.  A pesquisa foi realizada em 10 estados, com base em cerca de 10 milhões de notas fiscais de compras enviadas pelos próprios consumidores, por meio do aplicativo colaborativo PINNGO. O formato mais beneficiado foi o atacarejo, no qual o tíquete médio passou de R$ 136 para R$ 158, um avanço de 16%. Nas lojas de cash & carry, o número médio de itens no carrinho de compras passou de 31 no início de maio para 36 na primeira semana de junho. Na avaliação da Horus, os dados revelados pelo levantamento levam a crer que o consumidor direcionou boa parte do recurso recebido no auxílio emergencial para reabastecer sua despensa até o recebimento da próxima parcela do auxílio. Entre os alimentos, feijão, farinha de trigo e leite foram os que tiveram maior aumento no valor do tíquete médio (15%), mostrando que o consumidor investiu mais na compra de produtos básicos de alimentação. (As informações são do SA Verejo)
 
 

 

Porto Alegre, 15 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.240

Desempenho do setor lácteo depende de políticas de apoio

O desempenho do setor lácteo em 2020 dependerá de ações práticas a serem adotadas pela gestão pública do país e dos estados para remediar o impacto da Covid-19. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat-RS) e diretor geral da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, serão necessários planos sociais e medidas que permitam a recuperação da economia. O executivo participou de live, nesta segunda-feira (15/6), com a jornalista Gisele Loeblein no canal no YouTube de GaúchaZH. O bate-papo na íntegra pode ser acessado em https://www.youtube.com/watch?v=qcq_Nh1YA5c.

 “Vamos depender muito do transcorrer dos próximos meses, até porque quando chegarmos em agosto e setembro teremos maior produção no Sul do Brasil. Vai se comportar conforme a oferta e a demanda”, afirmou Guerra. O dirigente ressaltou ainda que é preciso valorizar os produtos locais, a fim de auxiliar na recuperação da economia. “Temos que nos abraçar como um sistema cooperativo. Assim, tenho certeza que vamos nos recuperar mais rápido do que a gente imagina”, ressaltou.

Guerra ainda falou sobre as mudanças na forma de consumo das famílias durante a pandemia. Segundo ele, no início da quarentena, o setor registrou queda na linha de food service, mas, por outro lado, apresentou melhor desempenho em itens como queijo, leite em pó e leite UHT utilizados nos lares. 

O dirigente também enfatizou a importância de se trabalhar a competitividade no setor para que o país se torne exportador de produtos lácteos. Sobre o mercado chinês, afirmou que é preciso entender a cultura do país asiático, compreender o posicionamento do produto e forma de embalagem, além da comunicação.  “É preciso posicionamento. Temos que entrar nesse mercado com produtos diferenciados, e conquistá-lo através de itens como queijos, requeijão, produtos que agreguem mais”.

Durante a transmissão, o dirigente também discorreu sobre as medidas que estão sendo tomadas nas unidades da Santa Clara no Rio Grande do Sul para manter a saúde dos trabalhadores durante a pandemia, com adoção de rígidas normas de segurança e distanciamento. (Sindilat/RS)

                    

EMATER/RS: início de recuperação na produção leiteira, com melhora nas condições climáticas

Na maior parte das áreas do Estado, a produção de leite bovino é predominantemente à base de pasto, com suplementação alimentar à base de silagem. Como legado da longa estiagem, o atual vazio forrageiro outonal é bem mais severo que o normal, em função do encurtamento do ciclo das pastagens de verão, do atraso na implantação das forragens de inverno e do baixo volume e da baixa qualidade da produção de silagem neste ano.

Com a melhoria das condições climáticas, que propiciaram melhor desenvolvimento das pastagens hibernais, e ampliação de áreas com disponibilidade para o pastoreio, já se  pode observar em algumas regiões uma gradativa recuperação do escore corporal dos rebanhos e da produção leiteira, e a estabilização ou diminuição das perdas em outras.

As estimativas atualizadas de perdas na produção leiteira relatadas pelos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar nas respectivas áreas de abrangência são as seguintes: regional de Frederico Westphalen – 30%; Porto Alegre – 30%; Santa Maria – 25% (em levantamento feito em parte da região). (As informações são da EMATER/RS)

Mapa publica Guia de Boas Práticas Regulatórias para área de defesa agropecuária

A iniciativa promove a transparência, a participação social e a melhoria da qualidade regulatória

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta sexta-feira (12), no Diário Oficial da União, a Portaria nº 191 que aprova o Guia de Boas Práticas Regulatórias da Secretaria de Defesa Agropecuária. 

O objetivo é pautar a ação estatal em um processo sistematizado e transparente de produção de atos normativos, que facilite a participação e a compreensão geral acerca dos procedi¬mentos prescritos. O manual incorpora diretrizes do governo federal voltadas para a desburocratização e a simplificação regulatória. 

O Guia apresenta um fluxo composto por 12 etapas, que se sucedem e complementam: Iniciativa; Análise de Impacto Regulatório; Elaboração; Proposição e Anuência Prévia; Consulta Interna; Consulta Pública e Notificação Internacional; Audiência Pública; Análise do Comitê Permanente de Análise e Revisão de Atos Normativos (CPAR); Análise da Consultoria Jurídica do Mapa (Conjur); Assinatura; Publicação; e Implementação - Avaliação de Resultado Regulatório. 

A observância do Guia é obrigatória no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária, mas a extensão de sua aplicação dependerá da complexidade do tema regulado, da urgência da ação estatal e da experiência acumulada. 

“O Guia de Boas Práticas Regulatórias faz parte dos esforços para aprimorar a qualidade da nossa produção normativa. Ele explica e detalha cada etapa do processo, sendo uma iniciativa complementar ao já conhecido Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman)”, destaca o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal. (Mapa)     
            

Salário Mínimo 
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que estabelece o valor do salário-mínimo para 2020, de R$ 1.039 em janeiro e de R$ 1.045 a partir de 1º de fevereiro. Apesar dos valores já estarem em vigor desde a edição das Medidas Provisórias, aprovada pelo Congresso Nacional, a medida foi publicada na edição desta sexta-feira (12) do Diário Oficial da União. No final do ano passado, o governo editou a MP nº 916/2019, com reajuste de 4,1% no mínimo, que passou de R$ 998 para R$ 1.039. O valor correspondia à estimativa do mercado financeiro para a inflação de 2019, segundo o Índice Nacional do Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, o valor do INPC acabou fechando o ano com alta superior, de 4,48%, e, com isso, deixou o novo valor do mínimo abaixo da inflação. Por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário-mínimo. (Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 12 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.239

IBGE confirma aumento na captação no 1° Trimestre de 2020

O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 10/06, os dados oficiais do primeiro trimestre de 2020 da Pesquisa Trimestral do Leite. A prévia, divulgada em meados de maio apontava para um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo trimestre de 2019, os dados consolidados oficiais, por sua vez, reforçam este aumento, e registram crescimento de 1,8% na comparação do mesmo período. O volume de 6,3 bilhões de litros captados nos primeiros três meses deste ano é, porém, 5,5% inferior ao captado no trimestre anterior, 4°T de 2019, período em que, historicamente ocorre a maior captação. O gráfico 1 mostra a evolução da variação do volume captado em um trimestre, em relação ao ano anterior.

Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado baseado em dados do IBGE.

Como ressaltado na divulgação dos dados prévios, e comprovado a partir dos dados oficiais, apesar do aumento em relação a 2019, é possível observar uma desaceleração no crescimento dos volumes de captação ao longo do trimestre. Em março de 2020, volume captado é 0,2% menor que no mesmo mês de 2019. Os primeiros meses deste ano foram marcados por aumento nos custos de produção e instabilidades climáticas, que acarretaram na redução do volume de chuvas em regiões produtoras, limitando o crescimento da produção de leite.

O aumento dos custos de produção, causado pela alta nos preços dos grãos, base da alimentação animal, influenciou diretamente na redução da rentabilidade dos produtores ao longo do primeiro trimestre de 2020. O indicador Receita Menos Custo de Ração, calculado pelo MilkPoint Mercado, foi 11% menor no 1°T/2020, em relação ao 1°T/2019, como mostra o gráfico 2. Este resultado ruim para os produtores impacta na redução da produção e captação do leite pelas indústrias.

Gráfico 2. Evolução do indicador Receita Menos Custo da Ração (RMCR). 
 
Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do DERAL/SEAB/PR e do Cepea.
Avaliando a variação da captação entre as regiões do Brasil, o Centro-Oeste foi a única a apresentar redução no volume captado no primeiro trimestre de 2020, em relação a 2019, com 20,6 milhões de litros a menos, -2,4%. A região Sudeste foi a maior captadora de leite no período, 2,52 bilhões de litros, e aumento de 2,8% frente a 2019; seguida pela região Sul, com 2,27 bilhões de litros, e aumento de 1,6%. A região Nordeste captou 405 milhões litros, aumento de 4,5% e a região Norte, 276 milhões de litros, aumento de 1,6%. (Milkpoint)
                    

Estiagem e pandemia fazem PIB gaúcho cair 3,3% no primeiro trimestre

No Brasil, a queda entre janeiro e março foi de 0,3%

Por conta da estiagem que atingiu fortemente o Rio Grande do Sul e da pandemia do coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado caiu 3,3% no primeiro trimestre de 2020. O resultado foi puxado pelo desempenho negativo da agropecuária, que caiu 14,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, seguido da Indústria (-4,6%) e dos Serviços (-1,2%). No país, a queda entre janeiro e março foi de 0,3%. O cálculo do PIB no Rio Grande do Sul é feito pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de chuvas afetou de forma decisiva a produção de soja (-27,7%), milho (-19,3%) e fumo (-22%), produtos importantes da matriz econômica gaúcha. Os dados do 1º trimestre de 2020 foram divulgados por meio de videoconferência. 

Tanto pelo impacto da estiagem quanto pelos efeitos iniciais da pandemia, o resultado negativo já era esperado pelos economistas do DEE. "Os impactos da estiagem não se restringem ao primeiro trimestre. Ainda veremos seus efeitos no segundo trimestre do ano", afirmou o pesquisador e economista do DEE/Seplag, Martinho Lazzari, que apresentou o resultado do PIB gaúcho.

Segundo Lazzari, o impacto da Covid-19 afetou tanto pelo lado da demanda quanto pelo lado da oferta. "O fato de ser uma pandemia, afeta todas as economias, inclusive os parceiros comerciais", explicou. A chefe da Divisão de Indicadores Estruturais do DEE, Vanessa Sulzbach, disse que ainda que o impacto da crise decorrente do novo coronavírus venha a ser maior no segundo trimestre, a interrupção das atividades já em março e a mudança de comportamento dos consumidores e empregadores no mês de março contribuiu para a taxa de -3,3% do primeiro trimestre.

Mesmo com o desempenho abaixo do esperado nas culturas de verão, alguns produtos apresentaram um desempenho positivo no período. Foi o caso da uva (+12,3%), arroz (+4,4%) e maçã (+4,1%). Na indústria, a única atividade com indicador positivo foi a indústria extrativa mineral (+1,8%). Em função da pandemia, a construção civil (-3,8%), eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-18%) e a indústria de transformação (-2,6%) registraram quedas e tiveram desempenho inferior ao do Brasil.

Afetado pela pandemia da Covid-19, o setor de serviços teve queda puxada pelo comércio (-2,8%) e outros serviços (-4%). Registraram alta as atividades de transportes, armazenagem e correio (+1,5%), serviços de informação (+0,9%) e atividades imobiliárias (+1,3%) registraram alta.

Também registraram alta, no comércio, durante o período de pandemia o segmento de hipermercados e supermercados (+6,8%), artigos de uso pessoal e doméstico (+9,4%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+1,7%). Na outra ponta, foi registrada queda na venda de tecidos, vestuários e calçados (-23,5%), veículos (-14,8%), combustíveis e lubrificantes (-9,1%) e móveis e eletrodomésticos (-13,45). (Correio do Povo)

RS: Secretaria da Agricultura alerta para surtos de Tristeza Parasitária Bovina

Todo final de outono, os pecuaristas gaúchos já sabem: é hora de controlar o carrapato bovino para evitar contaminações por Tristeza Parasitária Bovina (TPB), um complexo de três agentes que podem ser transmitidos por este parasito e que é a principal causa infecciosa de mortes em bovinos no Rio Grande do Sul. 

Este ano, porém, uma elevação de casos de TPB ligou o sinal de alerta no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

“Mesmo tendo em conta que nesta época há um aumento esperado nos casos, nas últimas três semanas, a quantidade de amostras recebidas para diagnóstico de TPB no IPVDF mais que duplicou em relação aos últimos anos”, alerta o médico veterinário José Reck, do Laboratório de Parasitologia do Instituto, responsável pelo diagnóstico desta enfermidade. Reck destaca a importância de os produtores redobrarem a atenção neste momento, procurando o diagnóstico confirmatório dos casos. “A definição de qual dos agentes infecciosos está causando cada surto é essencial para propor planos de controle e prevenção de novos casos”, explica.
Nesta semana, a secretaria está conduzindo uma ação integrada dos departamentos de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) e de Defesa Agropecuária (DDA) para investigação de casos suspeitos de Tristeza Parasitária Bovina na região de Santa Vitória do Palmar, considerada naturalmente livre de carrapatos. “Por ter essa particularidade, os animais desta região não têm imunidade para a TPB, o que pode levar a grandes perdas na ocorrência de surtos”, detalha o médico veterinário Bruno Dall’Agnol.

Ações de controle do carrapato são necessárias para evitar que os surtos continuem ou se ampliem. “A Seapdr oferta periodicamente treinamentos e dias de campo para grupos de produtores no interior do Estado sobre controle de carrapato e TPB”, ressalta a médica veterinária Rovaina Doyle, do Laboratório de Parasitologia do IPVDF. Mais informações sobre a oferta destes treinamentos podem ser obtidas pelo e-mail contato-ipvdf@agricultura.rs.gov.br.

Tristeza Parasitária Bovina
Transmitida pelo carrapato, a Tristeza Parasitária Bovina é responsável pela perda de 100 mil animais por ano no Rio Grande do Sul, segundo estimativas da Seapdr. A TPB também causa prejuízos devido à anemia e redução no ganho de peso do rebanho, bem como redução na produção de leite. Segundo dados compilados nos últimos dez anos pelo DDPA, o final do outono e final da primavera concentram a maior parte dos casos de TPB no Estado. (SEAPDR)   
               

Lactalis fatura 11% em 2019
O grupo lácteo francês Lactalis consolida sua posição como líder mundial. Recentemente anunciou que seu faturamento em 2019 havia aumentado 11% em comparação com 2018 alcançando a cifra de 20.000 Milhões de Euros. Nos últimos 10 anos, a Lactalis vem apresentando seu maior crescimento entre os grupos de alimentos, e nesse período seu faturamento aumento em 11.4000 Milhões de Euros. O lucro líquido consolidado caiu para 318 Milhões de Euros devido à depreciação dos ativos. A dívida do grupo subiu para 5.800 Milhões de euros, vinculada a nove aquisições realizadas em 2019. Seu lucro caiu 25% em relação a 2018. A Lactalis investiu 3% de seu faturamento em 2019. Na França, nos últimos 5 anos, o Grupo investiu 900 Milhões de Euros em 65 indústrias. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 10 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.238

Sindilat adere à campanha de valorização de produtos gaúchos

Para fomentar o consumo de produtos e serviços do Rio Grande do Sul, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) se uniu à campanha “Escolha de Valor – Compre Produtos e Serviços Daqui”, lançada pela Assembleia Legislativa do Estado (ALRS). O projeto é resultado das discussões do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico, conduzido pelo presidente da ALRS, Ernani Polo (PP). Divulgada em maio, a campanha visa incentivar o comércio local e conscientizar a população para a adoção de medidas de prevenção nos estabelecimentos, como o uso de máscaras, o distanciamento social e a frequente higienização das mãos.

Além disso, a iniciativa defende que o consumidor faça valer o seu poder de escolha, priorizando produtos e serviços do seu bairro, da sua cidade, do Estado e do Brasil. “Nosso objetivo é estimular os nossos setores produtivos do comércio, indústria e serviços, valorizando o que é nosso: gaúcho, brasileiro, os produtos e serviços daqui”, afirma Polo. O deputado ainda destaca que a indústria gaúcha produz com qualidade nos mais variados segmentos, como alimentos, roupas, calçados, veículos, transportes, bebidas, máquinas e equipamentos, tecnologia. Além de ter boas opções no mercado local, o consumidor que compra esses produtos ajuda a movimentar a economia regional e nacional. “Também queremos levar um pouco de ânimo aos nossos empreendedores, que estão passando por um momento difícil”, pontua.

Na visão do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a recuperação da economia frente à pandemia se dará de forma mais fácil se a sociedade valorizar o que é produzido no próprio Estado. Guerra cita o dado de que mais de 50 mil famílias gaúchas entregam leite à indústria atualmente, e campanhas deste gênero podem garantir o sustento destas e outras milhares de famílias. "É uma ideia que todas as entidades podem fazer parte para multiplicar ainda mais o seu efeito. Consumir produtos locais é o que mantém empregos, gera impostos e faz com que a roda volte a girar", diz. Confira o vídeo da campanha. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

                    
Em maio, ICPLeite registrou primeira queda do ano, -0,96%. 
O mês de maio registrou a primeira queda no custo de produção de leite do ano de 2020, segundo o ICPLeite/Embrapa. A deflação apontada pelo indicador foi de -0,96% e foi puxada pela retração do grupo Alimentação concentrada, que possui o maior peso na ponderação. A queda verificada neste grupo foi de -2,60%. O custo da ração ficou mais barato com a queda do preço do milho. Outros dois grupos também apresentaram deflação, em ambos, motivada pela diminuição dos preços dos combustíveis. São eles Energia e combustível, que apresentou queda de -1,86% e Produção e compra de volumosos, que caiu -0,79%. Por outro lado, o custo do grupo Qualidade do leite subiu 6,86%. O preço dos sanitizantes aumentaram expressivamente, sendo consequência do Covid-19. O grupo Reprodução aumentou 3,21%, Sal mineral, 1,19% e o grupo Sanidade apresentou variação de 0,56%. O grupo Mão de obra não se alterou. Os dados por grupos de custos encontram-se na Tabela 1.
 

Pesquisa da Consultoria Prestige Agronegócios levanta dados sobre os Indicadores Econômicos e Cenário para o Mercado de Lácteos

Mercado Lácteo - Segundo os dados da pesquisa Indicadores Econômicos e Cenário para o Mercado de Lácteos - Budget 2º Semestre 2020, observa-se o comportamento das seguintes variáveis listadas abaixo relacionadas à emprego.

Variáveis presente no estudo
Demissões; Admissões; Seguro desemprego; Variação setorial do PIB; Comprometimento Fiscal; Nível de endividamento familiar; Endividamento familiar por faixas de renda.

Cada variável é disposta em gráficos pelo estudo, conforme observado abaixo. Trabalho da Consultoria Prestige Agronegócios elaborado por Merinaldo Bezerra- 06/2020.
    

 
Podemos observar que se destacam os dados de desemprego, queda do PIB e endividamentos que podem certamente impactar fortemente nas demandas de lácteos. (Terra Viva / CNC (PEIC); BC; PDET/MTE - Elaboração: Merinaldo Bezzerra - Consultoria Prestige Agronegócios)
                    
Milho
Preço atinge menor patamar em 7 meses; tendência é de mais queda, diz consultoria. Assista o vídeo da matéria completa clicando aqui. (Canal Rural)
 
 

 

Porto Alegre, 9 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.237

Balança comercial: cai o volume importado, mas também cai o preço

Segundo dados divulgados na sexta-feira (05/06) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de 38 milhões de litros negativos em equivalente leite no mês de maio, valor estável quando comparado a abr/20 e 59% maior que mai/19. Este foi o maior valor do saldo da balança comercial de lácteos desde fevereiro/2016. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2020.
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT

Em maio, o que mais chamou a atenção foi a redução dos preços praticados para importação de leite em pó – o integral, por exemplo, foi importado a preços aproximadamente US$ 400/ton menores que em abril/2020. Esta redução nos preços de importação alinham os valores aos praticados no mercado nacional. Aliada a queda recente na taxa de câmbio, o cenário passa a ser um pouco mais favorável às importações, notadamente do Mercosul.

Apesar disso, as exportações voltaram a subir em maio, os 11,3 milhões de litros em equivalente-leite exportados, representaram um acréscimo de 27% em relação a abr/20. No acumulado do ano (jan/mai) foram exportados 61 milhões de litros em equivalente leite, contra 54 milhões no mesmo período de 2019.

Já o volume de leite importado foi apenas 4% maior, em comparação a abr/20 – um aumento de 1,9 milhões de litros. Comparando com a média do volume importado no mês de maio dos últimos 5 anos, em 2020, houve uma redução de 61,0%. No acumulado do ano, importamos 191 milhões de litros a menos do que no mesmo período de 2019 (- 37%).

Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de maio deste ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em maio de 2020
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint, com base em dados COMEXSTAT.

                    

Ferramenta da Embrapa indica status tecnológico de propriedades leiteiras
Mais de 500 propriedades que produzem leite já utilizaram a ferramenta IAT-Leite, desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP). IAT significa Índice de Atualização Tecnológica e, no caso, é direcionada para a produção leiteira. Trata-se de um sistema de diagnóstico que permite conhecer o grau de uso de tecnologias, acompanhar a implementação de melhorias na propriedade e um mecanismo de diálogo e planejamento entre o produtor e o técnico do serviço de extensão rural que acompanha a propriedade.

Para se ter uma ideia, o IAT-Leite contempla 190 perguntas (ou indicadores) que devem, preferencialmente, ser respondidas em conjunto pelo produtor e pelo técnico. Assim, eles podem discutir as tecnologias pertinentes para a realidade local e os recursos necessários para eventual adoção. Estes indicadores abordam as diferentes dimensões que envolvem a produção leiteira, tais como manejo de alimentação, manejo reprodutivo, manejo de ordenha, manejo sanitário, manejo ambiental, manejo de conforto e bem-estar, dentre outros.

A ferramenta ganha relevância ao atender um complexo agroindustrial que fatura R$ 68,7 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos. A produção de leite no país é estimada em 35,1 bilhões de litros, envolvendo 1,1 milhão de propriedades e mais de 2 mil unidades de recebimento e processamento agroindustrial.

A observação dos indicadores de produtividade da bovinocultura leiteira demonstra o potencial latente de melhorias. A produção por animal ainda é baixa se comparada com a produção média mundial ou de outros países que possuem médias de produção superiores a 3 mil kg/vaca/ano enquanto a média da produção brasileira foi de 1.771 kg/vaca/ano, no período de 2015 a 2017.

De acordo com a pesquisadora Claudia De Mori, a tecnologia se destaca como um elemento fundamental para alcançar este aumento de eficiência na produção de leite no país. “E neste sentido, o IAT-Leite se apresenta como ferramenta que pode auxiliar na análise do perfil tecnológico da propriedade leiteira e visualização de potenciais ações de melhoria”, disse.

Segundo Claudia, entre 2016 e 2018 a ferramenta foi aplicada em mais de 500 propriedades do Programa Balde Cheio em Minas Gerais. Esse programa transfere tecnologias para a pecuária leiteira por meio da capacitação de técnicos que atendem os produtores de leite.

A agregação dos dados de perfil de atualização tecnológica das propriedades mostrou que algumas boas práticas têm maior grau de adoção. É o caso da amostragem e análise de solo em áreas produtoras de forragens, empregada uma vez por ano por mais de 80% das propriedades. Outros exemplos: mais de 80% das propriedades mantinham registro de controle leiteiro mensal ou quinzenal e mais de 60% delas executavam os processos de pré e pós-dipping na ordenha (mergulho dos tetos da vaca em solução desinfetante).

Outras tecnologias ainda possuem baixa adoção, como a oferta de formulação mineral específica para vacas em final de gestação, aplicada por menos de 30% das propriedades; banco de dados de colostro, presente em menos de 5% das propriedades; e sistema de tratamento de dejetos dos animais, relatado em menos de 3%).  Estes dados também permitiram uma discussão com os técnicos e o direcionamento das ações de capacitação de técnicos e produtores do Balde Cheio.

Claudia é uma das autoras do Comunicado Técnico “Índice de atualização tecnológica para propriedades leiteiras: IAT-Leite”, publicação disponibilizada gratuitamente neste link, onde detalhes da ferramenta podem ser consultados gratuitamente.
Técnicos sentem impacto

Para o técnico Lucas Leocádio Pereira da Silva, de Bocaiúva (MG), o IAT-Leite é uma forma de fazer uma espécie de check-list na propriedade dos produtores. “Dá para se ter uma ideia de como estão os manejos de pastagem, sanitário, reprodutivo. Aplico logo nas primeiras visitas porque ela me dá um retrato da propriedade”, afirmou.

Lucas conta que faz um tipo de “entrevista” com os produtores e alguns, ao falarem de determinada tecnologia, informam que desconheciam sua existência. “É uma oportunidade de discutir alguns conceitos com eles e definir quais tecnologias serão aplicadas naquele momento.”

Ainda de acordo com o técnico, os gráficos gerados pelo IAT-Leite permitem fácil visualização do nível tecnológico da propriedade. “A satisfação que a gente tem depois de um ano de trabalho, quando volta a aplicar e vê o impacto, vê como o índice melhorou, é muito grande. A gente aplica todo ano e estabelece uma meta para melhorar nosso índice.”

Também técnico do Balde Cheio, Fábio Silveira Moreira, de Barbacena (MG), utiliza a ferramenta. “É muito boa. Apesar de ser bem extensa e tomar um tempo para aplicar na primeira vez, é muito interessante porque vai apontar onde a propriedade está naquele momento dentro de seus macrotemas”, afirmou.

Como exemplo, ele cita o manejo de pastagem. O IAT-Leite permite levantar se o produtor está aplicando tecnologias de manejo.
“Com isso, vou saber quais os gargalos da propriedade e quais ações terei que recomendar. Sento com ele, faço o diagnóstico das deficiências da propriedade e traço metas junto com ele para o ano.” Passado esse período, a ferramenta é reaplicada e as tecnologias, ajustadas.

Outro técnico, Leonardo Cotta Quintão, de Viçosa (MG), disse que o IAT-Leite é uma ótima ferramenta para diagnóstico da propriedade. “O preenchimento é simples e autoexplicativo. Como medida de segurança, a planilha é travada e não permite respostas duplicadas ou fora do local correto, ou seja, até mesmo técnicos que não estão familiarizados com a ferramenta conseguem usar”, explicou.

De acordo com Leonardo, após o preenchimento da planilha, um relatório bem detalhado é gerado com os pontos fortes e fracos da propriedade, semelhante a análise de Swot ou à matriz Fofa (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) usado em empresas. “Com isso podemos saber onde deve ser o foco do trabalho.”

Para saber mais sobre o Programa Balde Cheio, consulte a página oficial do projeto neste link https://www.embrapa.br/balde-cheio. (As informações são da Embrapa Pecuária Sudeste)

Retomada do movimento é lenta em SC e RS 
Pesquisa indica que 13 mil dos 50 mil trabalhadores do setor em Porto Alegre já perderam o emprego e mais 12 mil poderão ser demitidos se a situação atual se mantiver

Um mês e meio depois da retomarem atividades, os bares e restaurantes de Santa Catarina estão operando com somente 30% de ocupação, na média, embora a legislação permita que funcionem com 50%. Primeiro a autorizar a reabertura dos estabelecimentos, o Estado já perdeu 3 mil empresas do ramo, ou 20 % do total, por conta da pandemia de covid-19.

A situação é semelhante no Rio Grande do Sul, que reabriu o setor em 22 de maio e registra também uma ocupação média de 30%. “O movimento está mais fraco do que esperávamos”, afirma Maria Fernanda Tartoni, presidente da Associação de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel-RS).

Uma pesquisa com associados da Abrasel no Estado indica que 13 mil dos 50 mil trabalhadores do setor em Porto Alegre já perderam o emprego e mais 12 mil poderão ser demitidos se a situação atual se mantiver. Apenas 78% dos estabelecimentos reabriram em maio e 50% afirmam que poderão encerrar atividades nos próximos 60 dias.

Em Santa Catarina, os estabelecimentos ficaram fechados entre os dias 18 de março e dia 21 de abril. Nesse período, 29 mil postos de trabalho foram encerrados - ou 29% do total de empregos no setor - diz a Abrasel do Estado. “A retomada está sendo muito lenta e gradual. O cenário é nebuloso”, afirma Raphael Dabdab, presidente da entidade.

Dono de um pub em Florianópolis, Dabdab afirma que precisou demitir todos os seus 30 funcionários e ainda não tem previsão de quando vai reabrir o negócio. “Trabalhávamos com música ao vivo, entretenimento. A retomada nesse nicho está ainda mais incerta”, diz.

O protocolo de funcionamento dos restaurantes em Santa Catarina é rígido. É preciso garantir uma distância mínima de 1,5 metro entre os clientes, além da obrigatoriedade do uso de máscaras. “Isso reduz a capacidade do estabelecimento comportar clientes entre 50% e 70%”, afirma Dabdab. O executivo afirma que a Abrasel está tentando alterar a regra e obter uma autorização para usar mesas nas calçadas.

Em paralelo, embora Florianópolis não registre morte por covid-19 há quase um mês, o medo de contágio está comprometendo o reaquecimento do setor. O levantamento da Abrasel mostra que apenas 7,5% dos consumidores declaram que se sentem seguros para frequentar estabelecimentos.

Segundo Dabdab, os empresários que sobreviveram estão precisando de financiamento e de uma definição sobre a renovação da MP da redução de jornada e salários, ainda em análise no Senado. (Valor Econômico)

Lançado Movimento HackatAgro.com pela Comissão de Inovação da Farsul
Foi lançado nesta semana o portal HackatAgro.com, uma iniciativa da Comissão de Inovação da Farsul. O HackatAgro.com é um movimento em prol da digitalização do Agro Gaúcho, reunindo Produtores, Startups, Investidores, Empresas e Entidades. A ambição do projeto da Farsul é estimular a criação de uma rede colaborativa, que identifique os problemas dos produtores e os conectam a startups, mentores, pesquisadores e investidores. Um verdadeiro movimento de hackers, desenvolvedores e empreendedores, com o objetivo de criar soluções inovadoras e disruptivas, garantindo eficiência, sustentabilidade e renda para o Agro. Segundo Donário Lopes de Almeida, que lidera a Comissão de Inovação da Farsul, o movimento HackatAgro.com é a consolidação de discussões, debates e ações promovidas pela entidade nos últimos 20 meses. Muitas palestras, seminários, visitas e até um hackathon fizeram parte desta jornada de aprendizado. “O processo de digitalização do Agro já vinha acontecendo, e a Covid19 só abriu novas oportunidades para diversas atividades nas cadeias de produção. Vamos estimular o ecossistema de inovação a direcionar esforços para a solução dos problemas do Agro, acelerando a transformação digital no campo”, complementa. Depois dos eventos de sensibilização e interação entre produtores rurais e startups do Agro, as Agtechs, nas duas edições passadas da Expointer e Expodireto, o projeto de inovação da Farsul passa agora a concentrar ações no ambiente digital. O lançamento do portal HackatAgro.com neste momento está alinhado com a nova realidade, e estará incluindo webinars, vídeo e podcasts, e-books, e a segunda edição do Hackathon do Agro em dezembro. Em plena Covid19, a Farsul manteve as atividades com atuação de forma remota e digital. Além da Comissão de Inovação, muitas outras e distintas áreas da entidade estiveram atuantes no período de quarentena. O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, um ativo usuário do aplicativo Zoom durante a pandemia, falou com entusiasmo “as inovações e a tecnologia trazem a oportunidade de disseminarmos eficiência e ganhos para nossos produtores, e estamos focando nisso”. (HackatAgro.com)

                     

PIB do agronegócio cresce 3,3% no primeiro trimestre
O Produto Interno Bruto do (PIB) do agronegócio teve alta de 3,3% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2019, puxado principalmente pela alta de preços e por expectativas de maior produção. É o que mostra o estudo do PIB divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O estudo mostrou, de janeiro a março de 2020, elevações nos segmentos primário (5,85%), serviços (3,53%), agroindústria (1,41%) e insumos (0,43%). Tanto a pecuária quanto a da agricultura tiveram crescimento no acumulado do primeiro trimestre, de 6,11% e 1,91%, respectivamente. No caso do ramo pecuário, o resultado foi impulsionado pela alta dos preços dos diversos produtos, em um efeito inercial que começou no fim de 2019 e pela maior procura por proteínas animais no final do ano passado e no início de 2020. “A inércia decorre tanto da elevação dos preços das carnes suína e bovina - resultado da demanda aquecida no mercado externo em decorrência da Peste Suína Africana (PSA) – como do reflexo dessa elevação nos preços das proteínas substitutas, como a carne de frango e os ovos”, explica o estudo. Já o comportamento da agricultura é reflexo de preços mais elevados no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, além das boas perspectivas para a safra atual. Quanto aos preços, destaque para café, arroz, milho, soja e trigo, além de alguns hortifrutícolas, como banana e tomate. Quanto à produção, as expectativas são muito positivas para produtos importantes no PIB, como café, soja, milho, algodão e laranja, entre outros. O PIB do agronegócio em março teve alta de 0,94%, comportamento puxado pelo crescimento de todos os segmentos da cadeia produtiva (insumos, serviços, agroindústrias e insumos), além do bom desempenho dos ramos agrícola e pecuário. Segundo estudo CNA/Cepea, os primeiros impactos da Covid-19 também influenciaram o resultado no mês de março. “No mês de março, a pandemia gerou um comportamento de alta nos preços de diversos produtos agropecuários. Além do seu impacto via efeito de desvalorização cambial, a possibilidade de isolamento social, naquele momento, causou picos de demanda que impulsionaram os preços do arroz, da banana, do café e dos ovos”. (As informações são do CNA)
 
 

 

 

Porto Alegre, 8 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.236

 Fazenda do Rio Grande do Sul é referência na produção do queijo tipo grana padano

Família pratica a mesma receita desde meados da década de 1990 e produção do famoso queijo italiano exigiu muitos investimentos na propriedade.

Uma fazenda em Vacaria, no Rio Grande do Sul, é pioneira na produção de um queijo muito consagrado na Itália: o grana padano.

O “grana” do nome tem a ver com os grãozinhos que marcam a textura da massa, lembrando um parmesão. Já “padano” é referente à origem, que é a região da Padânia, no norte da Itália. Fora de lá, o alimento não pode ser chamado de grana padano, é só “tipo grana”.

Nesta fazenda, visitada pela equipe do Globo Rural antes da pandemia do novo coronavírus, a receita é feita desde meados da década de 1990, seguindo o mesmo padrão até hoje com muito investimento.

Investimento milionário
Um bom queijo é resultado da transformação de muitos ingredientes de qualidade, e a primeira etapa de produção é na alimentação do rebanho. Para os produtores, este é o início de um bom queijo.

O gerente de produção da fazenda Ângelo Lacerda explica que a alimentação das vacas é feita com silagem, mas o mais importante é evitar plantas verdes ou alimentos cítricos, isso afeta o leite desses animais.

Por isso, a alimentação rígida das vacas vem quase toda de dentro da fazenda, são várias atividades integradas, com lavouras, silos e os currais.

Tudo é aproveitado na fazenda, os resíduos dos animais viram energia que ajuda na produção do queijo. Esse círculo de produção precisou de muito investimento, na casa dos milhões de reais, e foi feito aos poucos, ao longo de quase 40 anos.

Isso foi plano do produtor rural Raul Randon, que morreu em 2018 aos 88 anos. Empresário do ramo de logística, construiu uma famosa marca de carrocerias.

No começo da década de 1970, ele decidiu investir no campo. Hoje, a propriedade segue sob os cuidados da família, comandada pelo genro Sérgio Martins Barbosa.

A fazenda virou um grande empreendimento e é uma das maiores produtoras de maçã do Brasil. Também produz vinhos, azeites e, claro, o queijo tipo grana – que começou a ser produzido em 1995.

As primeiras 60 novilhas vieram diretamente dos Estados Unidos, de avião, uma história que chamou a atenção. “Gerou repercussão grande quando desceram no aeroporto do Porto Alegre. Vieram todas de avião, dois boeings de novilhas”, recorda Lacerda.

Preparação
Hoje, são mais de mil animais em lactação, com duas ordenhas por dia, dentro de um sistema chamado de “carrossel”. Nele, o leite é bombeado direto para reservatórios resfriados e, dali, segue para um caminhão-tanque.

Depois disso, o leite é testado antes de entrar na queijaria. São testados 20 parâmetros, tudo para garantir que é seguro para alimentação e se tem qualidade suficiente para virar queijo.

O motivo é que o queijo tipo grana é feito com leite cru, sem pasteurização, então todo cuidado é pouco para evitar qualquer contaminação do alimento.

Depois que o leite é aprovado, começa um longo processo de produção. O desnate acontece durante a noite e, no dia seguinte, começa a receita, que é preparada pelo mestre queijeiro Giovani Foiatto, que foi treinado na Itália.

Para cada mil litros de leite, saem 70 kg de massa de queijo. Guindastes e robôs ajudam a movimentar o produto para a sala das prensas, onde ganha forma.

O queijo permanece lá durante 24 horas na sala de prensagem, onde é retirado o soro. Depois, vem a salga do produto e começa a etapa mais importante da produção: a maturação.

Na sala de maturação da fazenda, estão mais de 20 mil queijos guardados, que ficam lá por cerca de 12 meses para só depois irem para o comércio.

Expansão e novos mercados
O queijo tipo grana hoje é vendido em todo o Brasil, e a fazenda já trabalha para dobrar a produção e atender outros países, como China, Rússia e os países vizinho da América do Sul.

Com a pandemia do novo coronavírus, a venda para bares e restaurantes diminuiu e obrigou a fazenda a rever suas projeções de crescimento.

Ainda assim, a receita deve aumentar 15% este ano, e as vendas online, por exemplo triplicaram. Então, o plano de expansão continua. Clique aqui para assistir a matéria na íntegra. (Globo Rural)
         

Cooperativa Piá projeta 15% de crescimento em 2020

A Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis (RS), na primeira prévia do trimestre de 2020, registra um crescimento de seu faturamento na ordem de 12% em relação ao ano anterior. 

Em um cenário de pandemia causado pela covid-19, os números são otimistas, sendo que o projetado para este ano é de 15% de aumento.

De acordo com gerente de marketing da Piá, Tiago Haugg, a empresa irá buscar os números projetados neste segundo semestre de 2020. “Dado ao cenário atual, ter crescimento no faturamento neste primeiro trimestre, já é uma vitória. Agora, o nosso desafio é ir buscar as metas e manter a operação saudável”.

A cooperativa tem redor de três mil associados produtores que entregam matéria-prima diariamente para linha de produção. Hoje, são mais de 20 mil associados e fatura cerca de R$ 600 milhões. Atua em mais de 85 municípios gaúchos com negócio ou atividade leiteira. Presente em municípios da Serra gaúcha, Planalto e Região Metropolitana de Porto Alegre.

Haugg informa que a cooperativa vem registrando neste momento maior consumo de leite UHT, queijo, manteiga e requeijão, entre outros. “As pessoas estão apresentando outros hábitos, comprando produtos para cozinhar em suas casas”, explica. A atitude se justifica, uma vez que, as pessoas acataram a decisão das autoridades sanitárias para o isolamento social.

Haugg destaca que a cooperativa mantém o seu cronograma de lançamento de novos produtos. Neste ano, segundo o gerente de marketing, são 30 lançamentos, principalmente na Linha Piá Profissional, destinado para serem utilizados em casa, como creme de leite culinário, recheios para bolos, coberturas, entre outros. “Já a linha de iogurtes probióticos com kefir da Piá cresceu 14% nos primeiros quatro meses de 2020, na comparação com o quarto quadrimestre de 2019”, informa.

Ele comenta que a empresa está realizando estudos de viabilidade para o lançamento de outras linhas de produto para 2021. Haugg acredita que o consumo aumentará à medida que as pessoas tiverem segurança com a redução da pandemia.
Em 2020, a Piá teve de enfrentar não só os efeitos causados pela pandemia, mas a seca que atingiu, principalmente, o Rio Grande do Sul, resultando na diminuição da oferta de leite.

A Piá foi fundada, em 1967, por imigrantes alemães e por um projeto binacional (Alemanha e Brasil). Ela passou a atuar em duas cadeias produtivas: leite e frutas. Em sua trajetória de mais de 50 anos muitos produtos foram desenvolvidos; muitos deles líderes de mercado, tanto no Estado, quanto no Brasil. A cooperativa salienta que sempre manteve um rígido controle sanitário em toda sua estrutura. (Jornal do Comércio)

Novas embalagens do Leite Languiru realçam qualidade e rastreabilidade

Surpresas aguardam os consumidores de um dos leites mais tradicionais do mercado. 

No mês de junho, começam a chegar às gôndolas as novas embalagens dos leites integral, semidesnatado, desnatado e zero lactose da Languiru. A modernização da identidade, além de expressar a pureza do leite, confere mais destaque à solução de rastreabilidade, que evidencia o QR Code e convida o consumidor a ler a embalagem e a conhecer ainda mais o leite da Cooperativa Languiru.
 
A “caixinha” mais clara representa o branco do leite, produzido com exclusiva dedicação pelas famílias de associados. Além disso, segue evidente o foco na relação de transparência com o consumidor.
 
O QR Code único por embalagem continua presente, agora em local de mais fácil visualização. Uma “Tag” destaca o que representa o grande diferencial da marca e a torna a primeira indústria de laticínios do mundo a possuir um sistema de controle que garante a rastreabilidade cirúrgica de toda a cadeia produtiva até ao ponto de venda. Ao ler o código, por meio de aplicativo de celular, o consumidor visualiza e comprova informações específicas sobre o litro de leite que está adquirindo.
 
 
Fonte: Divulgação Cooperativa Languiru.

Padronização da linha 
O projeto de modernização foi conduzido em sistema de co-criação pelas equipes comerciais e de marketing da Languiru e da SIG Combibloc (empresa responsável pelo fornecimento das embalagens e também da tecnologia de rastreabilidade). O desenvolvimento e a campanha de divulgação também contaram com o apoio da agência Attitude.
 
O projeto iniciou logo após o lançamento do Leite Origem, o leite premium da Languiru, em 2019. A nova linha segue o alinhamento iniciado com o Origem, visualmente mais leve e que destaca informações essenciais com mais ênfase na parte frontal da embalagem.
 
Cores das “caixinhas” seguem iguais 
As cores originais foram mantidas, porém de forma mais vibrante, para facilitar a identificação dos consumidores dos leites Languiru. Para quem busca aproveitar o máximo dos componentes naturais do leite, o vermelho continua sendo a cor do leite integral. Para aquele que deseja apreciar o sabor natural do leite, com uma pequena redução nos níveis de gordura, o verde claro segue identificando o leite semidesnatado. Quem necessita conciliar o consumo com restrições rígidas ao teor de gordura, o azul continua distinguindo o leite desnatado. Já àqueles que apresentam condições específicas de intolerância à lactose, o ocre alaranjado permanece identificando o leite zero lactose.
 
Agregar valor com inovação 
Para o presidente da cooperativa, Dirceu Bayer, a criação de embalagens atrativas e a consolidação de modernos diferenciais como a rastreabilidade, demonstram a missão da Languiru. “Buscamos agregar valor à matéria-prima gerada nas propriedades dos associados, concentrando esforços na inovação. Em virtude disso, oferecemos produtos da mais alta qualidade à sociedade”, enaltece. (As informações são da  Assessoria de Imprensa Languiru)

              

Classes C e D aderem ao e-commerce na quarentena
A digitalização dos hábitos de compra na quarentena cresceu também entre os consumidores de menor poder aquisitivo. Essa é uma das contatações do estudo realizado pela Superdigital , fintech com foco na inclusão financeira, pertencente ao Santander. O estudo analisou as compras nos 30 dias anteriores à quarentena, no primeiro e também no segundo mês de isolamento social. Foi percebido crescimento de 60% nos gastos destinados a estabelecimentos online. O crescimento é superior ao registrados em supermercados físicos, nos quais o público das classes C e D elevou as compras em 40%, de acordo com a pesquisa. Por outro lado, gastos desse público em restaurantes caíram 33%. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)
 
 

 

Porto Alegre, 5 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.235

 Por que autoridades internacionais pedem que suas respectivas populações comam mais queijos?

Coma mais queijo - Inglaterra, França e Canadá deram um grito de guerra patriótico: para um bem maior, não use apenas máscara e fique em casa. Por favor, coma mais queijo!

A Tradição cultural aliada aos benefícios para a saúde faz com que queijos e demais produtos lácteos estejam  presentes  nas mesas de grande parte das famílias mundo afora. Eles  geram memórias afetivas em pessoas de todas as gerações.
Pesquisas científicas recentes apontam que o consumo diário de laticínios diminui a incidência de diabetes e doenças cardiovasculares. E que os benefícios dos produtos vão muito além dos já confirmados lácteos probióticos.
Além dos benefícios  citados, outro ponto tem feito com que países desenvolvidos e comprometidos com a sua população incentivem o consumo de queijo: a sua importância econômica.

Consenso 
No dia 10 de maio, o príncipe Charles escreveu uma carta  pedindo que os ingleses comprem mais produtos lácteos. Dizendo que  era “profundamente preocupante saber que esta crise corre o risco de destruir uma das mais maravilhosas alegrias da vida – o queijo britânico!”

Já o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, pediu  aos cidadãos que “comam queijo canadense para ajudar o produtor de leite local”.  Recentemente, seu governo aumentou a capacidade de empréstimo da Canadian Dairy Commission em 200 milhões de dólares canadenses para comprar e armazenar mais queijo e manteiga.

Além de pedir que os franceses consumam mais queijos, o governo da França também tem  tomado outras medidas. O conselho do Condado de Aisne, por exemplo anunciou a compra de 4 mil queijos maroilles para apoiar a indústria atingida pela crise da Covid-19.  Os queijos adquiridos serão redistribuídos para associações de caridade como Banco de Alimentos, Restos du Coeur e Cruz Vermelha.

O contexto dos produtores brasileiros
A importância econômica do setor de laticínios no Brasil é bem maior do que se imagina. A estimativa é que ele gere cerca de cinco milhões de postos de trabalho. É o setor que mais emprega.

Segundo dados divulgados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),  quase 1/3 da produção de leite no Brasil vem da agricultura familiar.  Ou seja, pessoas que dependem única e exclusivamente da venda do alimento para a sobrevivência.

Para se ter uma noção do impacto deste setor no sustento e sobrevivência da população brasileira, segundo a estatística de produção de leite do IBGE no país temos mais de um milhão de  micros e pequenos produtores de leite espalhados em mais de 5.500 municípios.

Cerca 70% destes pequenos produtores fornecem o leite para o complexo industrial seguindo todas as regras de higiene sanitária. Sendo que o restante  desta produção fica no mercado informal, e por isso não chegam nas prateleiras dos supermercados.

As Indústrias de laticínios que são regulamentadas sob inspeção federal, somam mais de 1.200 empresas constituídas. São mais de duas mil plantas industriais. E existem milhares de empresas com registros nas esferas estaduais e municipais. (Portal Contexto/ Terra Viva)
               

Mais de 700 estabelecimentos já foram habilitados a exportar para 24 países

Mais de 700 estabelecimentos foram habilitados a exportar produtos agropecuários para 24 países desde janeiro de 2019. No início desta semana, mais quatro unidades frigoríficas de aves e uma de suínos foram credenciadas e irão vender as carnes do Brasil ao Vietnã.

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) comemora a ampliação das habilitações para mais um país. “Isso mostra que o mundo olha o Brasil como grande fornecedor de alimentos, supridor de alimentos”, destaca.

As novas plantas frigoríficas de aves aptas a exportar para o Vietnã estão localizadas nos estados de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Já as suínas, em Minas Gerais.
As exportações de produtos agrícolas para o Vietnã, em 2019, somaram US$ 27,5 bilhões. Em 2018, totalizaram US $ 22,6 bilhões.

Abertura de mercados: Desde janeiro de 2019, o Brasil abriu 65 mercados para produtos agropecuários, sendo 30 aberturas registradas somente este ano.

No último dia 25 de maio, a Tailândia, por exemplo, comunicou que irá importar carne bovina com osso, carne desossada e miúdos comestíveis de bovino do Brasil, mercado com potencial de receita de US$ 100 milhões nos próximos anos. O país também abriu seu mercado para os lácteos brasileiros.

Já no início do mês passado, o governo das Filipinas credenciou estabelecimentos de carnes bovinas (Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais, Tocantins e Pará), de aves (Paraná, Santa Catarina e rio Grande do Sul), de peru (Rio Grande do Sul) e suína (Santa Catarina).

Outros novos mercados são castanha-de-baru para Coreia do Sul, melão para China (primeira fruta brasileira para o país asiático), gergelim para a Índia, castanha-do-Brasil (castanha-do-Pará) para Arábia Saudita, material genético avícola para diversos países e milho de pipoca para Colômbia.

As exportações do agronegócio atingiram valor recorde em abril, ultrapassando pela primeira vez a barreira de US$ 10 bilhões no mês. O recorde anterior das vendas externas neste mês ocorreu em abril de 2013, quando as exportações somaram US$ 9,65 bilhões.


PIB agropecuário: A agropecuária apresentou crescimento de 0,6% no primeiro trimestre de 2020 em comparação ao quarto trimestre de 2019, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país. O setor foi o único da atividade econômica nacional a crescer no período analisado.

Em relação a igual período do ano anterior, no caso primeiro trimestre, a agropecuária teve crescimento de 1,9%. (As informações são do Mapa)

Leite em Mapas: a evolução da produção de leite no Brasil desde 1990

O Centro de Inteligência do Leite (CILeite) da Embrapa Gado de Leite criou a página Leite em Mapas que, utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra, por meio de mapas de densidade, a evolução bovinocultura de leite no Brasil desde 1990.

No site, é possível ajustar os dados para os anos 1990, 2000, 2010 e 2018 e comparar as variáveis produção de leite, vacas ordenhadas e produtividade. Com isso, podemos observar o amadurecimento da cadeia em termos de produção e produtividade, bem como a migração da produção entre regiões do País. Veja abaixo a comparação da variável produção de leite para os anos 1990 e 2018:

No exemplo de comparação a seguir é interessante observar o salto em produtividade no  intervalo 2010-2018, principalmente nos estados do Sul e em Minas Gerais. Os estados do Nordeste e Centro-Oeste também demonstram evolução neste quesito, ao contrário do que é observado para os estados do Norte.

Esses dados vão de encontro ao que observamos nos levantamentos Top 100 do MilkPoint, que caracterizam as 100 maiores propriedades do Brasil em volume captado e pode ser acessado aqui. (Milkpoint)
                  

EMATER/RS: animais e produção ainda não se recuperaram do impacto da estiagem
Em quase todas as regiões do Estado, ainda não foi possível observar uma reversão significativa do decréscimo do escore corporal e da produção de leite que havia se estabelecido nos rebanhos bovinos leiteiros em consequência da estiagem. No geral, as condições sanitárias dos rebanhos permanecem satisfatórias, mediante a utilização de práticas de manejo e a utilização de medicamentos para controle de parasitoses internas e externas. As estimativas atualizadas de redução na produção leiteira relatadas pelos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar nas respectivas áreas de abrangência são as seguintes: regional de Bagé – 55%; Frederico Westphalen – 30%; Porto Alegre – 30%; Santa Maria – 30% (em levantamento realizado em parte da região). Na região de Santa Rosa, já é possível observar uma boa produção das pastagens cultivadas de inverno disponibilizadas às vacas; durante a semana, a produção leiteira, embora abaixo da normalidade, foi superior à da semana anterior. (As informações são da EMATER/RS)