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Porto Alegre, 05 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.302

 

  Leilão GDT: mercado internacional segue sem grandes variações

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (05/07) apresentou leve queda de 0,4% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.345/tonelada. O leite em pó integral registrou queda pelo terceiro evento seguido, fechando a US$2.062/tonelada (-1,6%). Na comparação com o mesmo período de 2015, o leite em pó integral não apresenta grande variação, com preços 0,4% acima do apresentado no ano passado.

O leite em pó desnatado, por outro lado, teve a terceira alta seguida, fechando a US$1.938/ton (+2,6). O queijo cheddar apresentou pequena queda de -0,5%, sendo cotado a US$2.902/ton. Foram vendidas 32.500 toneladas de produtos lácteos neste leilão, 2,1% abaixo do volume comercializado no mesmo período do ano passado.

Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram uma expressiva reação para agosto, apontando para alta de 15,4% a um preço de US$2.427/ton. No entanto, para o restante do ano, a previsão é que mercado recue novamente para o patamar de US$2.000 a US$2.100/ton. (A matéria é da Equipe MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade)

 
 
 
Brasil é destaque em projeções de longo prazo de FAO e OCDE

Em amplo estudo com projeções de longo prazo divulgado ontem, a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) confirmaram um cenário de desaceleração da demanda e da oferta globais por produtos agropecuários na próxima década, projetaram uma relativa estabilização das cotações internacionais das commodities agrícolas no período e voltaram a estimar que, nesse contexto, o Brasil tende a ganhar ainda mais participação em alguns de seus principais mercados.

 

No caso da soja, que lidera a produção brasileira de grãos e é um dos itens mais importantes na pauta de exportação do país, FAO e OCDE preveem que a produção nacional deverá alcançar 135,5 milhões de toneladas em 2025, ante um cálculo para 2016 que indica a colheita de 100,2 milhões - esse volume não foi de fato alcançado, por conta de  adversidades climáticas, e está previsto pela Conab em 95,6 milhões. No caso do milho, FAO e OCDE partem de uma base de 83,1 milhões de toneladas neste ano (serão 76,2 milhões, conforme a Conab) e projetam 101,2 milhões de toneladas em 2025.

Entre os produtos de origem animal, os destaques são os previstos aumentos das produções brasileiras de carne bovina (de 9,6 milhões, em 2016, para 11 milhões em 2025); carne de frango (de 13,8 milhões para 16,8 milhões de toneladas) e também deleite (de 31,9 milhões para 39,1 milhões de toneladas). (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
 
Blairo Maggi: nenhum país tem legislação ambiental tão dura quanto o Brasil

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (4) do Global Agrobusiness Forum (GAF 2016), em São Paulo. Ele apresentou aos participantes dados elaborados pela Embrapa apontando que mais de 61,3% do território nacional é ocupado por áreas de preservação ambiental. Isso, na avaliação do ministro, é um passaporte para vender ao mundo a informação de que o Brasil tem a legislação mais dura sobre o assunto. De acordo com a Embrapa, dos 38,7% restantes do território apenas 8% são ocupados por lavoura e florestas plantadas. Outros 19% são destinados à pastagem e 11% de vegetação nativa preservadas em propriedades rurais. Para o ministro, esses dados rebatem as críticas de que a agropecuária brasileira esteja devastando as florestas.

O ministro disse que nenhum país tem uma legislação tão dura quanto a brasileira em relação à preservação ambiental. Com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o percentual preservado nas propriedades privadas poderá aumentar em até 70% em função da regularização das áreas desmatadas. Maggi destacou ainda que as terras indígenas ocupam cerca de 13% do território brasileiro, bem mais do que as áreas destinadas à agricultura. 

Os dados apresentados pelo ministro surpreenderam os produtores rurais e os representantes estrangeiros presentes ao evento. Blairo Maggi ressaltou que é importante que esses números sejam divulgados, especialmente no exterior. "Isso é um patrimônio internacional." Outro ponto destacado pelo ministro é que a agropecuária brasileira vende o produto, mas não o conceito associado a ele. Como exemplo, Maggi citou a sustentabilidade da agricultura nacional. "A Bélgica, por exemplo, vende chocolate, mas não planta cacau. Apenas associa o conceito ao produto".

O presidente Michel Temer fez a abertura do evento e destacou a importância do setor para a economia brasileira. "A agropecuária tem o potencial de tirar o país da crise mais rapidamente do que os demais setores", afirmou Temer. O ministro disse também que o Brasil tem produzido mais utilizando menos espaço. A produção de grãos no país aumentou 220% nos últimos 38 anos, praticamente usando a mesma área, graças ao avanço tecnológico. Maggi afirmou ainda que pretende, nos próximos cinco anos, aumentar a participação do Brasil no mercado internacional dos produtos agropecuários de 7% para 10%. (As informações são do Mapa)

 
 
Preços/AR 
 
Algumas empresas já recebem mais de US$ 2.500/tonelada. A média do mês passado ficou em US$ 2.350/tonelada. Boa notícia: começou a recuperação dos preços de exportação do leite em pó integral argentino a partir de vendas realizadas ao Brasil e Chile.
As exportações argentinas de leite em pó integral a granel declaradas em junho passado foram de 4.975 toneladas ao preço médio ponderado de US$ 2.351/tonelada, contra 4.793 toneladas (sem considerar as remessas para a Venezuela) a US$ 2.113/toneladas em maio deste ano. O importante é que 1.310 toneladas registradas no mês passado (26% do total) foram declaradas com cotações acima de US$ 2.500/tonelada. Os maiores preços em junho corresponderam à venda de 10 toneladas da Lácteos Monte Cristo para o Uruguai por US$ 3.000/toneladas; 100 toneladas da Sobrero y Cagnolo (Cremac) para o Brasil pelo valor de US$ 2.800/toneladas; 15 toneladas da Corlasa para o Brasil a US$ 2.700/toneladas; e 500 toneladas da Nestlé para o Brasil pela cotação de US$ 2.626/tonelada. 
 
Também houve registro de vendas realizadas pela filial local da Nestlé de 273 toneladas para o Chile ao preço de US$ 2.576/tonelada; e de 400 toneladas da Sobrero y Cagnolo ao Brasil pelo valor US$ 2.575/tonelada. Os menores valores FOB declarados no mês passado corresponderam às operações da SanCor para a Argélia foram: 176 toneladas a US$ 1.800/toneladas; 92 toneladas a US$ 1.850/tonelada; e 29 toneladas a US$ 1.900/tonelada (nessa região é extremamente difícil competir com as indústrias européias, que ocupam a maior parte do mercado argelino). Em junho a SanCor não declarou o que foi exportado para a Venezuela (em 2016 já foram enviadas 13.608 toneladas para o mercado bolivariano). E junho de 2016 a empresa declarou vendas de 1.105 toneladas ao preço médio FOB de US$ 2.696/tonelada (sem considerar a Venezuela). (Valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)
 
Levantamento mostra 14,6% de desistência 
Dados preliminares da declaração anual de rebanho, da Secretaria de Agricultura (Seapi), indicam redução de 14,6% no número de propriedades que trabalham com bovinos de leite no Estado. Segundo o levantamento, os produtores que declararam ter animais e estar na atividade caí- ram de 54.546 em 2015 para 46.578 em 2016 -- 7.968 produtores a menos. O rebanho leiteiro também teve diminuição de 8,2% no período, recuando de 1,2 milhão para 1,1 milhão de cabeças. A veterinária Daniela Azevedo, fiscal agropecuária do setor de Epidemiologia e Estatística da Seapi, destaca que, até o momento, foram tabuladas 92% das informações recebidas. A Seapi tem até o final do mês para lan- çar todos os dados no sistema. O levantamento consolidado será divulgado no início de agosto. A projeção confirma a percep- ção da Fetag, que vem demonstrando preocupação com o abandono da produção de leite. "Os números mostram que a atividade não está dando o retorno que o produtor espera", avalia o assessor de Política agrícola da Fetag, Marcio Langer, referindo-se à diminuição da rentabilidade. Assistente técnico estadual da Emater, Jaime Ries considera que o número que indica a desistência de quase 8 mil produtores é coerente, mas entende que o universo a ser considerado é maior que o do levantamento da Seapi. Pelos números de 2015 da Emater, levantados por metodologia diferente, o Estado tem 84 mil produtores de leite vinculados à indústria e outros 12 mil informais. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 04 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.301

 

  Alergênicos nos rótulos: resolução já está valendo

Embalagens de comidas e bebidas devem trazer informações sobre a presença de substâncias que comumente causam alergias. A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovada em junho de 2015, começou a valer ontem. A iniciativa foi aprovada após intensa mobilização de pais e mães que enfrentam dificuldades em identificar quais alimentos seus filhos podem consumir.

As famílias criaram, em 2014, a campanha Põe no Rótulo. A advogada Cecília Cury, uma das coordenadoras, conta que, por muitas vezes, ligava para o Serviço de Atendimento ao Consumidor e o máximo que ouvia era "senhora, leia o rótulo" ou "senhora, não temos a obrigação de dar esse tipo de informação".

- Quando o meu filho teve o diagnóstico de alergia à soja e ao leite, o mais difícil era saber se tinha a possibilidade de o produto conter uma das substâncias às quais ele era alérgico. Agora, o consumidor vai ter a informação disponível o tempo todo no rótulo - comemora Cecília.

Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) diz que reconhece como legítimas as demandas do consumidor. Apesar de algumas empresas terem antecipado a mudança nas embalagens, um grupo ligado à indústria alimentícia chegou a pedir o adiamento do prazo para início da vigência da nova norma. A Anvisa negou o pedido. 

CONFIRA NAS PRATELEIRAS:
-Os rótulos deverão informar a existência de 17 substâncias: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas), crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite (de todos os mamíferos), amêndoa, avelã, castanha de caju, castanha do Pará, macadâmia, nozes, pecã, pistaches, pinoli, castanhas, além de látex natural.

-Produtos com esses ingredientes devem trazer uma das seguintes informações: "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)", "Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)" ou "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados".

-Nos casos em que não for possível garantir a ausência de alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente, o rótulo deve trazer a declaração "Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)". (Zero Hora)
 
 
Francesa Lactalis pretende ampliar quatro unidades de lácteos no RS
Desde que chegou ao Brasil, há três anos, a francesa Lactalis deixou claro que tinha ambições para crescer no mercado brasileiro de lácteos. Captadora hoje de 22% de todo o leite produzido no Rio Grande do Sul, a empresa pretende investir mais de R$ 120 milhões na ampliação de quatro unidades gaúchas: Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. A concretização ainda depende de incentivos tributários, negociados com o governo estadual. - Esperamos ter uma definição até o fim de julho, para começar as obras ainda neste ano - adianta Guilherme Portella, diretor de relações institucionais e assuntos regulatórios da Lactalis do Brasil.

A intenção é ampliar as unidades gaúchas para aumentar a fabricação de requeijão, queijo prato e mussarela e também a marca global President - queijo artesanal que deu origem à empresa francesa ainda na década de 1930. Hoje, a multinacional é dona das marcas Elegê, Batavo, Parmalat, Santa Rosa e Galbani. A francesa entrou no mercado gaúcho em 2013, quando comprou ativos de lácteos da BRF e fábricas da LBR. No Rio Grande do Sul, tem cinco unidades industriais e um centro de distribuição, em Fazenda Vilanova. Em todo o país, possui 17 unidades industriais de leite e derivados. (Zero Hora)

LEITE/CEPEA: preços de leite ao produtor seguem em alta e sobem 5,1% em junho

O preço do leite UHT atingiu, em junho, o maior patamar real da série do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, iniciada em 2010 (os valores foram deflacionados pelo IPCA de maio/16). O derivado negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo teve média de R$ 3,6476/litro, 24,1% superior à de maio/16. Neste ano, a valorização acumulada é de expressivos 58,5%. Outros lácteos acompanhados pelo Cepea também seguem essa tendência. O queijo muçarela teve média de R$ 18,31/kg em junho, com alta de 14,08% em relação ao mês anterior e de 29,8% no ano.

O impulso vem da baixa oferta de leite no campo, que mantém acirrada a disputa entre laticínios pela matéria-prima. A menor disponibilidade se deve, especialmente, ao período de entressafra e aos elevados custos de produção, que desestimularam muitos produtores. Em junho, o preço do leite pago ao produtor subiu em todos os estados acompanhados pelo Cepea.

Na "média Brasil" (que pondera o valor pelo volume captado nos estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), o preço médio do leite ao produtor foi de R$ 1,2165/litro (sem frete e impostos) em junho, alta de 5,14% em relação ao mês anterior e 18% maior que o de junho/15, em temos reais. O preço bruto médio (com frete em impostos) foi de R$ 1,3276/litro, aumento real de 18% frente ao mesmo período do ano passado. O aumento na média nacional em junho foi influenciado, principalmente, pelas elevações de 6% no preço de Santa Catarina e de 5,77% em Minas Gerais. As médias líquidas foram de R$ 1,2474/litro no estado catarinense e de R$ 1,2636/litro no mineiro.

O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) teve queda de 1,63% em maio, considerando-se os sete estados que compõem a "média Brasil". A Bahia registrou a maior queda na captação, de 6,87%, seguida por Goiás (-3,37%), Minas Gerais (-2,62%), São Paulo (-2,09%), Santa Catarina (-0,8%) e Paraná (-0,3%). Rio Grande do Sul foi o único estado que registrou ligeira melhora na captação em maio, de 0,73%. Para os próximos meses, a captação deve começar a se recuperar no Sul, devido às forragens de inverno e ao período de safra que começa um pouco antes nessa região.

Nesse cenário, a concorrência para captação por parte das indústrias de derivados lácteos deve seguir acirrada, mantendo os preços do leite em alta. Dos agentes entrevistados pelo Cepea, 97,8% (que representam 99,5% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite em julho, enquanto o restante (2,2%, que representam 0,5% do volume) acredita em estabilidade nas cotações - frente ao mês passado, houve diminuição no número de colaboradores que estima estabilidade nos valores. 

Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços em julho. O levantamento de preços pago ao produtor do Cepea é mensal e conta com apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do Cepea/Esalq)

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em JUNHO/16 referentes ao leite entregue em MAIO/16.
 

Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE. 
 

Exportações/AR

O Brasil receberá mais de 9.000 toneladas de leite em pó em julho da Argentina. A cota de exportação saiu de 3.600 tonelada para 4.3000 toneladas mensais até junho de 2017. Esta semana foi chave para grande parte do setor lácteo da Argentina, principalmente para os exportadores que vinham segurando seus estoques de leite em pó de 2016 e parte de 2015.

O motivo foi o acordo firmado com o Brasil aumentado o teto de exportação de leite em pó de 3.600 toneladas para 4.300 toneladas por mês, de junho de 2016 até junho de 2017, perfazendo um total de 51.600 toneladas no ano. Além disso, foi assinado um compromisso de aprovar todas as licenças de exportação do mês de maio que estavam aguardando o acordo, já que o mesmo tinha sido finalizado em abril. A Apymel participou da negociação e assinou o documento. Pela primeira vez as Pymes tiveram voz e voto em semelhante negociação com o principal destino dos lácteos argentinos. Há anos as discussões eram realizadas entre o setor privado brasileiro e argentino, ainda que do lado brasileiro sempre houvesse gente do governo, para decidir que licenças seriam ou não aprovadas. Desta vez o Governo Argentino através do Ministério da Agroindústria esteve presente, negociando em paralelo com o governo do país vizinho. Finalmente, depois de muitas idas e vindas, esta semana foram aprovadas todas as licenças de maio que chegaram a mais de 5.000 toneladas e as de junho, que são 4.300 toneladas. O baixo regime de exportação de leite em pó para o Brasil de maio e junho fez com o preço finalmente aumentasse, como sucede com todo produto escasso, até chegar a US$ 2.800/tonelada. 

Em julho haverá aumento exponencial do volume exportado, pois, serão incluídas as licenças de maio e junho, num total de 9.300 toneladas. A pergunta lógica seria: se existe pouco produto aumenta o preço, mas, se houver grande oferta? O preço cai em julho? É uma possibilidade. No entanto, é bom lembrar que o Brasil está com grande falta de leite no mercado local. O que a Argentina não exportou nos meses passados, foi feito pelo Uruguai que não tem limites, e aproveitou as circunstâncias. Duplicou o volume de vendas e também aumentou os preços. É preciso levar em consideração. o preço internacional de leite em pó e os custos locais de produção. O preço do leite ao produtor entre 4 e 4,3 pesos não poderia permitir a exportação do leite em pó por menos de US$ 3.100/US$ 3.200 a tonelada. No entanto, ainda que o mercado brasileiro consiga absorver estes preços, precisa ser levado em conta que o mesmo produto pode ser adquirido a US$ 2.118 a tonelada na Nova Zelândia, ou a US$ 2.200 a tonelada, nos Estados Unidos. Adicionando as tarifas alfandegárias do Mercosul de 28%, sairia ao preço médio de US$ 2.800 a tonelada. O frete de qualquer um dos dois países é igual ou mais barato do que mandar um caminhão de Córdoba ou Santa Fe. Definitivamente, o teto do preço do leite para o Brasil estará condicionado ao preço internacional mais o imposto extra do bloco. (Infortambo - Tradução livre: Terra Viva)
 

Rural Show realiza apresentações nativistas no próximo final de semana
Durante a 8ª edição do Rural Show - evento voltado para a agricultura familiar -, a comunidade de Nova Petrópolis poderá prestigiar dois grandes shows nativistas. Na sexta-feira, 8 de julho, acontece a apresentação da dupla César Oliveira e Rogério Melo, e no sábado, 9, quem se apresenta é o cantor Joca Martins. Os shows, acontecem às 20h30min, na Praça das Flores. A entrada é gratuita. O Rural Show 2016 inicia na próxima quinta-feira, 7, às 9h, no Centro de Eventos de Nova Petrópolis. Nesta edição, serão abordadas e apresentadas inovações acessíveis ao agricultor, especialmente aquele que atua nas áreas de horticultura, fruticultura e gado de leite. Também serão realizadas diversas atividades, como: exposições, palestras, debates sobre temas ligados ao campo, reuniões entre as entidades do setor, concurso de novilhas das raças Jersey e Holandesa e apresentações de Border Collie no pastoreio das ovelhas. Além disso, será criado um espaço exclusivo no local para apresentação e comercialização dos produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado. O evento, que encerra no domingo, dia 10, é promovido pela Cooperativa Piá, em parceria com a Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e Emater-RS/Ascar. (Assessoria de Imprensa Piá)

 

Porto Alegre, 01 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.300

 

 Zenith: inovações impulsionam aumento no consumo de leite ao redor do mundo

O mercado global para leite fluido continuou crescendo em 2015, aumentando em 2,4%, para 251 bilhões de litros, de acordo com um relatório recente da firma de consultoria, Zenith International. O leite puro continua, de longe, o tipo mais comumente consumido, capturando 93% do volume total, com o leite com sabor representando os 7% restantes. Ambos os segmentos deverão se fortalecer nos próximos anos até 2020, com um crescimento anual de 2% a 7%, respectivamente.

A maioria do consumo ocorre na região da Ásia Pacífico, com um volume de mais de 130 bilhões de litros, representando 52% do mercado global. Essa região é seguida por Europa Ocidental, América do Norte e América Latina, com uma participação combinada de 35%. As vendas em todas as regiões, com exceção da América do Norte, aumentaram em 2015.

A diretora de inteligência de mercado do Zenith International, Esther Renfrew, disse que o leite está indo relativamente bem. "Sabemos que em alguns mercados, ele não está indo particularmente bem (em mercados maduros) mas está crescendo na Ásia predominantemente". Renfrew frisou que, embora ela estude as tendências dos lácteos, é importante saber como a categoria se comporta com relação a outras bebidas. "Eu tenho que olhar para a categoria de forma mais ampla, porque precisamos entender como o leite se encaixa junto com as bebidas de frutas e carbonatadas, chás e água engarrafada. É uma forma útil de entender em um contexto mais amplo", completou.

"Como categoria, o leite tem na verdade perdido um pouco de participação e isso principalmente devido à água engarrafada. O leite tinha cerca de 13% de participação em 2010 e caiu para 12%. A água passou de 14% para 17% e isso mostra que as pessoas passaram a buscar água para se hidratarem ao invés do leite", pontuou ela.  


Renfrew destacou que as indústrias de leite e água têm similaridades. "Elas estão buscando fornecer aos consumidores algo um pouco mais excitante, e também cobrir as tendências de que os consumidores estão abandonando as bebidas açucaradas em busca de uma hidratação mais saudável. É por isso que estamos vendo ambas as indústrias fazendo muita coisa referente à comunicação e ao posicionamento de suas marcas", comentou. "Analise o leite nos Estados Unidos: há muito trabalho com associações de atletas e  recuperação muscular. As campanhas destacam que é melhor consumir leite após a prática de exercícios físicos ao invés de outras bebidas oferecidas no mercado". O leite FairLife é um exemplo clássico nos Estados Unidos, já que revigora a categoria ao agregar valor ao seu leite e os consumidores parecem entender isso. 

"Nós trabalhamos para tentar entender o lado do consumidor. Desviamos da produção, da captação de leite e das cotas. Avaliamos o que o consumidor está interessado em comprar e quais são as tendências. O desafio no mercado de leite fresco é a sua distribuição e a manutenção do seu resfriamento", completou. Para ela, o desafio é tornar o leite uma bebida excitante. "Há algumas marcas que fazem isso. Elas estão tentando ganhar as pessoas para levá-las a um consumo contínuo de leite. Alguns países estão tendo sucesso fazendo isso e um exemplo são os países escandinavos". 

Esther disse que, na Ásia, o crescimento no consumo é devido ao entendimento da população com relação às propriedades do leite.  "Notamos vários programas de incentivo ao consumo de leite nas escolas da  Indonésia, Filipinas e China. Esses mercados estão crescendo muito rápido porque eles já compreenderam os benefícios funcionais do produto". 

 
Questionada sobre um possível perigo no desaceleramento do consumo da Ásia - como ocorreu com os mercados tradicionais e maduros - ela acredita que isso não venha a ocorrer e acredita que ainda há muitas oportunidades nos mercados maduros. "Sem dúvidas, o que estamos vendo é que algumas inovações estão ajudando, seja inovação em produtos voltados para crianças, produtos enriquecidos com proteínas ou com sabores mais excitantes e incomuns. Esses tipos de inovação estão contribuindo para que a categoria de lácteos cresça".

Na indústria de queijos, produtos como queijos ricos em proteína, queijos com sabor, queijos especificamente para lanches ou queijos em forma de coração estão entre as tendências recentes. Renfrrew disse que, na China, o mercado de queijos está crescendo no setor de food service e que o varejo está crescendo relativamente rápido. "A categoria láctea permite inovações e por isso, você vai encontrar uma variedade de diferentes consumos domésticos em todo o mundo". Ela acrescentou que a indústria de lácteos é nova em alguns mercados da Ásia, o que significa que o futuro pode ser influenciado pelas companhias que estão operando por lá.

A inovação está disseminada na indústria, com os processadores tentando capturar participação de mercado por meio de ofertas de produtos com valor agregado aos consumidores. Tendências de inovação surgiram nos últimos anos, incluindo leites enriquecidos com vitaminas, sabores inspirados em produtos de confeitaria e posicionamento premium para produtos voltados à perda de peso ou focados em algum gênero.

Usando dados de 72 países, o leite está em terceiro lugar na lista de bebidas de crescimento global de 2010-2015, com 19 bilhões de litros, atrás somente do chá (55 bilhões) e água engarrafada (97 bilhões). Em 2010, o leite tinha 13% de participação nos mercados de bebidas, com 216 bilhões de litros, e embora essa participação de mercado em 2015 tenha diminuído para 12%, a quantidade real aumentou para 233 bilhões de litros. Outros desenvolvimentos recentes no setor de lácteos incluem iogurte rico em proteína e iogurtes em embalagens adaptadas para crianças. 

Fique atento:
Em resposta ao sucesso absoluto do Latin America Dairy Congress (LADC), realizado em Novembro de 2015, a AgriPoint, em parceria com a Zenith International, realizará o LADC 2016 - Dairy Vision. A partir deste ano, o evento incorpora em seu nome a visão e a estratégia que norteiam seu conceito.

Mantendo o foco principal, de ser "um evento de líderes para líderes", com a participação dos maiores executivos do segmento lácteo, o Dairy Vision está sendo preparado para repetir e reforçar o sucesso obtido em sua edição inaugural. Sua temática permanecerá voltada a discussões sobre mercado, marketing, inovação, empreendedorismo, consumo, entre outros conceitos fundamentais para o desenvolvimento sustentável da cadeia láctea. Aguarde as próximas novidades!

Para mais informações, acesse: http://www.ladc.com.br/. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 
Francesa Lactalis pretende ampliar quatro unidades de lácteos no RS

Desde que chegou ao Brasil, há três anos, a francesa Lactalis deixou claro que tinha ambições para crescer no mercado brasileiro de lácteos. Captadora hoje de 22% de todo o leite produzido no Rio Grande do Sul, a empresa pretende investir mais de R$ 120 milhões na ampliação de quatro unidades gaúchas: Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. A concretização ainda depende de incentivos tributários, negociados com o governo estadual.

- Esperamos ter uma definição até o fim de julho, para começar as obras ainda neste ano - adianta Guilherme Portella, diretor de relações institucionais e assuntos regulatórios da Lactalis do Brasil.

A intenção é ampliar as unidades gaúchas para aumentar a fabricação de requeijão, queijo prato e mussarela e também a marca global President - queijo artesanal que deu origem à empresa francesa ainda na década de 1930. Hoje, a multinacional é dona das marcas Elegê, Batavo, Parmalat, Santa Rosa e Galbani.

A francesa entrou no mercado gaúcho em 2013, quando comprou ativos de lácteos da BRF e fábricas da LBR. No Rio Grande do Sul, tem cinco unidades industriais e um centro de distribuição, em Fazenda Vilanova. Em todo o país, possui 17 unidades industriais de leite e derivados. (Zero Hora)
 
Europa aumenta teto de intervenção de leite em pó desnatado

As novas regras aumentando o teto de intervenção pública para leite em pó desnatado - de 218.000 toneladas para 350.000 toneladas - entraram formalmente em vigor na quinta-feira, dia 30 de junho. Essa medida ocorreu em reposta à atual crise de mercado e segue normas excepcionais anunciadas pela Comissão Europeia no Conselho de Agricultura do mês de março.

O aumento no teto de intervenção ocorre em um momento no qual os volumes de leite em pó desnatado comprados até agora nesse ano alcançaram 296.525 toneladas, das quais 218.000 toneladas ocorreram via intervenção com preço fixo e 78.525 toneladas via propostas de intervenção, disse a Comissão.

Foi anunciado que os últimos dados incluem ofertas por 15.127 toneladas de leite em pó desnatado de 12 estados membros que foram aceitas pela Comissão na semana passada sob o sistema de oferta a um preço máximo de €169,8 (US$ 188,18) por 100 quilos (preço de intervenção) - conforme apoiada pelo Comitê da Organização dos Mercados Comuns (CMO) na última quinta-feira. Com o maior teto, as compras de intervenção do leite em pó desnatado agora se reverteram a um sistema de preços fixos.

Em sua fala sobre a situação do mercado no Conselho de Ministros da Agricultura em Luxemburgo, na segunda-feira, o comissário, Phil Hogan, confirmou que a Comissão está trabalhando em um pacote de suporte para o setor de lácteos - com recursos financeiros se necessário. 

"Na concepção de um pacote de suporte como esse, estamos avaliando todas as opções disponíveis que nos ajudarão a trazer equilíbrio ao mercado de lácteos". "Considerando que existem limitações sobre o que pode ser feito para encorajar a demanda, precisamos inevitavelmente focar no lado da oferta da equação. Embora nossas análises ainda estejam sendo feitas, temos que olhar todos os instrumentos disponíveis para nós e considerar se estão ou não disponíveis, além dos termos de acesso à eles".

"Estou consciente de que a crise no setor de lácteos da Europa está ocorrendo em todos os estados membros, mesmo se sentida de forma mais aguda em uns do que em outros. Dessa forma, qualquer novo pacote irá, além de resolver a estabilização e a redução da produção, ser equitativa em seu tratamento dos produtores de leite na União". 

Em 30/06/16 - 1 Euro = US$ 1,10825
0,90232 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do AgriLand, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
O Mercosul amortece a baixa de preços do setor lácteo uruguaio
Em junho, quase 80% das exportações leite em pó foram para o Brasil, 7 mil toneladas, ao preço médio de uS$ 2.600/tonelada. Em seguida aprecem: Argélia (9%), e Rússia (4,5%), mas ao preço médio de US$ 2.100/tonelada, ou seja, US$ 500 a menos do que foi pago pelo grande sócio do Mercosul. No caso dos queijos, até ontem, tinham sido embarcadas 3.000 toneladas, das quais 47% foram para o Brasil, 16% para a Rússia e 14% para o México. No último Encontro do Inale o subsecretário de Pecuária, Enzo Bench, chamou a atenção da indústria porque considerava que estava havendo uma concentração perigosa das vendas para o Brasil. Estes questionamentos surpreenderam os produtores, industriais, e inclusive autoridades do próprio INALE. Uma fonte do Inale comentou que graças ao mercado e facilidade de acesso em questões alfandegárias, proporcionados ao Uruguai, pelo Mercosul, quando comparado com outros concorrentes é o que vem permitindo as indústrias pagarem aos produtores, neste momento, o preço que estão sendo pagos. Sem esse mercado, seguramente, a conjuntura para a indústria Uruguaia seria ainda mais preocupante. (Tardaguila - Tradução livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 30 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.299

 

 Setor lácteo opina sobre o Brexit

O Reino Unido (UK) aprovou a saída da União Europeia (UE), mas, com profundas divisões regionais, Gibraltar, Escócia, e Irlanda do Norte votaram pela permanência na UE. O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, na Conferência extraordinária logo após a decisão, disse que o PE se reunirá até terça-feira "para avaliar os resultados do referendo e elaborar os passos necessários das instituições europeias, especialmente o próprio PE. Com base no artigo 50 do tratado, o Parlamento estará completamente envolvido nas próximas etapas". "A linha do PE é bastante clara - estamos muito tristes com a decisão dos eleitores do Reino Unido, mas, foi a expressão da soberania da vontade dos britânicos de deixar a UE. Isto é um momento difícil para ambos os lados", acrescentou.

Nação de comerciantes
Em termos de negócios, Christian Verschuere, Diretor geral do EuroCommerce disse, "Este é um dia triste, mas também um alerta para a Europa e para a futura linha de atuação da UE. Devemos respeitar a vontade do povo britânico, mas, perderemos um país liberal e com visão de futuro, que tem sido uma força motriz no mercado interno, possui os melhores regulamentos e tem um comércio global aberto. "A Grã-Bretanha é uma nação de comerciantes, e o dinamismo do varejo é uma liderança em inovação tanto nas ruas como online". No trabalho "Exportando Lácteos para o Mundo" Lácteos britânicos, publicado em janeiro de 2016, foi observado que as exportações do Reino Unido para fora do bloco comunitário cresceram 91% em volume em relação aos últimos cinco anos, até o final de 2014. Durante esse mesmo período, o volume de exportações dentro do bloco aumentou 28%. Em 2014 o valor das exportações de lácteos totalizaram £ 1,3 bilhão.

Comentário da indústria
Dr. Judith Bryans, Diretor Executivo da Dairy UK disse: "A indústria láctea do Reino Unido é adaptável, resiliente e determinada, com habilidades de inovação para muitos desafios encontrados. A indústria de laticínios do Reino Unido não tomou partido nesse debate porque sabemos, que independente do resultado, precisamos continuar operando no mercado global de lácteos e demonstrar nosso compromisso inabalável não apenas de vender, mas, levar o melhor do setor lácteo britânico". Bryans disse que o Setor Lácteo do Reino Unido continuará a cooperar com o Governo do país, administrações regionais e organizações relevantes para promover os interesses do setor lácteo do Reino Unido e ajudar a indústria agro alimentícia seguir na direção certa. Temos uma indústria de alto padrão que entrega produtos de qualidade internacional e nosso pessoal tem a ambição e a determinação de obter sucesso.

Arla comprometida com o Reino Unido
A Arla Foods, com sede na Dinamarca, mas com operações no Reino Unido, disse que o resultado será crucial para a Arla, já que o Reino Unido é o maior mercado da companhia. Peter GiØrtz-Carlsen, chefe da Rala Foods na Europa, disse: "Estamos desapontados com o resultado do referendo. No entanto, respeitamos a decisão daqueles do Reino Unido, que, em última análise, escolheram sair. Temos, continuamente, apoiado o bom funcionamento e o fortalecimento da UE, que se concentra em garantir a continuação da livre circulação de mercadorias, serviços, pessoas e finanças. "No entanto, vamos trabalhar com o governo do Reino Unido e outras partes envolvidas para apoiar, na medida do possível, o ambiente pós-Brexit". A Arla disse que focará em minimizar algum potencial impacto negativo em seus negócios como resultado do Brexit e preservar o livre comércio entre o Reino Unido e a UE, tão importante para os negócios da companhia. "As consequências do Brexit dependerão das negociações subsequentes entre a UE e o Reino Unido que levarão dois anos para se completarem. Para a Arla, é importante que o tratado seja estabelecido sem cotas de importações e exportações ou tarifas que irão limitar a livre circulação. Acompanharemos essas negociações de perto e a Arla terá planos para mitigar os efeitos, mas é muito cedo para comentar diferentes cenários que poderão surgir", disse GiØrtz-Carlsen.

Efeitos de curto e longo prazo
A indústria de laticínios possui 12.700 associados em sete Estados Membros da UE, sendo 2.700 britânicos. Aproximadamente 80% das vendas totais da Arla são geradas na UE e mais de 25% desse valor é gerado no Reino Unido. "Muitos de nossos negócios no Reino Unido são baseados na produção local. No entanto, para colocar os 13 bilhões de quilos de leite satisfatoriamente, é indispensável que nossos produtos possam circular livremente através dos mercados nos quais operamos", acrescentou GiØrtz-Carlsen. A Arla disse que apesar dos novos desafios para a Arla e outras companhias depois do Brexit, os resultados do referendo não reduzem a importância do mercado do Reino Unido para a Arla. "O Reino Unido pode decidir deixar a UE, mas permanece um mercado importante para a Arla", conclui GiØrtz-Carlsen.

Reação do governo dinamarquês
Martin Bille Hermann, o Secretário de Estado da Dinamarca disse: "Estou triste com a decisão dos britânicos de saírem. Agora em vez de falarmos sobre questões como criação de empregos e controle eficiente da migração, falaremos sobre a saída do Reino Unido. O recado britânico é claro - os políticos do Reino Unido obtiveram o resultado que queriam - agora viverão de acordo com ele. "A Dinamarca é membro da União Europeia e continuará a ser. Pesquisas mostram que a Dinamarca quer isso. Juntos somos mais fortes, do que separadamente".

Reino Unido mercado importante para a Danone
A francesa Danone, que opera no Reino Unido, também comentou: 'O Reino Unido é um mercado importante para a Danone - um dos top 10 - e temos uma indústria com cerca de 1.200 empregados trabalhando lá. Estamos comprometidos com nossos negócios no Reino Unido. Nosso objetivo é mitigar os efeitos sobre nossa política e continuaremos monitorando o impacto. É muito cedo para quantificar, em termos de comércio, custos e preços, mas, podemos dizer que nosso objetivo é utilizar instrumentos necessários para continuarmos competitivos".

Sem discussão
O Grupo Müller, que tem operações no Reino Unido e também no continente europeu, disse: "O resultado da votação não é um problema que gostaríamos de tomar uma posição pública. Nosso foco é elaborar e disponibilizar produtos de qualidade para nossos clientes e consumidores".

Posição da Nestlé é similar
"Observamos o resultado do referendo do Reino Unido e a decisão do eleitorado britânico de deixar a União Europeia. As consequências práticas da decisão ficarão mais claras nos próximos meses. A Nestlé continuará operando normalmente e irá acompanhar de perto a evolução", disse um porta-voz.

NFU vê incertezas
A Cargill disse ao FoodNavigator que embora acredite que tenham distintas vantagens para que o Reino Unido e países membros se mantenham juntos na União Europeia, "a prioridade agora é monitorar de perto a situação e assegurar que nossos interesses comerciais sejam protegidos nos próximos meses, enquanto a situação se desenrola". O presidente da NFU, Meurig Raymond disse: "O voto para deixar a União Europeia levará, inevitavelmente, a um período de incertezas em inúmeros áreas que são de vital importância para os agricultores britânicos. A NFU se envolverá plenamente e de forma construtiva com o governo britânico para construir novos arranjos, e isto precisa ocorrer o mais rapidamente possível. Nossos membros, com razão, querem conhecer o impacto em seus negócios com urgência. Entendo que as negociações tomarão muito tempo para serem concluídas, mas, é vital que se estabeleça desde o início um compromisso de que a agricultura britânica não será prejudicada. É de suma importância que a agricultura britânica continue rentável e competitiva, e sendo o alicerce para indústria de alimentos, o maior setor da indústria da Grã-Bretanha". Em 2014, de acordo com o NFU, os principais destinos dos alimentos do Reino Unido, exportações de bebidas e ração animal foram Irlanda (£ 3.4 bilhões), França (£ 2,1 bilhões), Estados Unidos (£ 1,9 bilhões), Holanda (£ 1,3 bilhões) e Alemanha (£ 1,2 bilhões. No mesmo período as importações de alimentos, bebidas, e alimentação animal vieram, principalmente, da Holanda (£ 4,9 bilhões), França (£ 4,2 bilhões), Irlanda (£ 3,8 bilhões) e Alemanha (£ 3,7 bilhões).

Copa & Cogeca
Copa & Cogeca disseram que o Brexit marca um dia triste para os agricultores da União Europeia e do Reino Unido. "Trabalhamos para assegurar que a comunidade agrícola não pague o preço da política internacional", diz um comunicado. O secretário geral da Copa & Cogeca, Pekka Pesonen disse que o ponto chave será o de evitar quaisquer outras perturbações no mercado agrícola europeu, dada a importância dos laços nas relações econômicas e da atual crise do mercado agrícola". Mais da metade das exportações de alimentos e bebidas do Reino Unido, atualmente, vão para a União Europeia, e o Reino Unido é também um grande mercado para exportação de alimentos e bebidas de outros Estados Membros, disponibilizando aos consumidores europeus boas escolhas, diversificação e produtos de qualidade. Vamos trabalhar arduamente para garantir que as comunidades agrícolas da União Europeia ou do Reino Unido não sejam os únicos a pagar o preço dos impactos da política internacional e minimizar prejuízos sobre o comércio", disse Pesonen.

Nenhuma mudança para o Red Tractor - por enquanto
O Presidente-Executivo, David Clarke, da Assured Food Standards [Padrões de Segurança Alimentar], disse que o Brexit, por enquanto, significa negócios dentro dos padrões Red Tractor Assurance. "O Reino Unido permanece membro da União Europeia no futuro imediato e é preciso aguardar com atenção os termos dos tratados que o Governo do Reino Unido será capaz de negociar com os parceiros comerciais da Europa para mais adiante.

Baby Milk Action
Patti Rundall, da Baby Milk Action, disse que a rede Internacional Baby Food Action, IBFAN (da qual a Baby Milk Action é membro), tem muita razão de reclamar da UE e gastar mais de 30 anos tentando melhorar os padrões. No entanto, ela disse que de acordo com sua perspectiva, era "muito mais importante ficar no bloco e continuar para aperfeiçoar, do que sair". Ela disse que as leis da UE para o comércio de fórmulas e alimentos infantis e as regras de transparência que regem a EFSA, que o IBFAN ajudou a elaborar, "embora não sejam tão severas como deveriam ser, são melhores que nada - e melhoraram a segurança de alimentos para bebês e controlam um pouco o marketing prejudicial".

Incertezas dos analistas
As incertezas ecoaram entre os analistas do Euromonitor International. Sarah Boumphrey, líder global de economia e consumidores do Euromonitor disse: "Uma palavra-chave continuará pairando sobre a economia britânica: incerteza. A incerteza também irá em direção da própria União Europeia - O Reino Unido tem um papel significativo na UE, tanto econômica, como demograficamente. Os economistas eram quase que esmagadoramente unânimes em suas opiniões sobre o Brexit - isso iria prejudicar a economia do Reino Unido". Ela acrescenta que a extensão dos danos tem sido mais difícil de avaliar. "Apesar do elevado receio da recessão de imediato, nosso modelo macro mostra queda de 2% no crescimento do PIB ao longo dos cinco anos pós Brexit, com um enorme impacto em 2017".

Preocupações da União Europeia
No entanto, de acordo com o Euromonitor, a incerteza acompanhará também a própria União Europeia. O Euromonitor diz que o Reino Unido tem um papel significativo na União Europeia, tanto econômico, como demograficamente. Ele diz que em 2015 o Reino Unido foi o a segunda maior economia da União Europeia - atrás da Alemanha. Também é uma das grandes economias da UE, contribuindo com 35% do crescimento econômico do bloco entre 2010 e 2015. O Reino Unido é o maior mercado consumidor do bloco e é responsável por um de cada cinco dólares gasto na UE. E também é responsável pelo rápido crescimento de 56% das despesas de consumo desde 2010.

Modelo Euromonitor
De acordo com o Modelo de Previsão da Indústria do Euromonitor, olhando a previsão do crescimento do volume, em um cenário Brexit, os setores de alimentos embalados do Reino Unido mais prejudicados serão: confeitaria, pratos prontos e snacks. Os lácteos terão melhor desempenho do que outros setores. Boumphrey disse que a incerteza que irá se abater sobre o Reino Unido, pelo menos nos próximos dois anos, é um dos maiores desafios das empresas. "Isso afetará indubitavelmente o sentimento dos negócios, pressionando para baixo os investimentos e afetando a confiança do consumidor. Haverá um impacto direto sobre a libra, e isso pode elevar a inflação. Então dependendo da base de custos dos negócios isso pode ter um efeito negativo - embora para os exportadores britânicos a moeda fraca possa ser uma benção. Decisões estratégica e operacional serão necessárias para decidir onde estabelecer as operações da empresa. É pouco provável que as operações atacadistas sejam removidas, mas, relocação (geográfica) dos investimentos é desejável".

Nenhum impacto sobre os gastos
Boumphrey disse que o Modelo de Previsão da Indústria do Euromonitor não aponta grande impacto nos gastos dos consumidores. "As categorias mais afetadas serão itens discricionários - como por exemplo, confeitaria. Staples não são guiados por mudança de renda. Por isso não é esperado um impacto cataclísmico no gasto do consumidor". No caso das empresas exportadoras do Reino Unido, Boumphrey diz que elas deveriam "evitar reações automáticas e ficarem calmas, tomando medidas inadiáveis. O Reino Unido não deixará a União Europeia da noite para o dia. Repassar o peso do aumento de preços diretamente para os consumidores finais não é uma escolha fácil". Ela observa que a economia do Reino Unido poderá se manter incerta pelos próximos dois anos enquanto ocorrem as negociações de saída. "O "Desconhecimento" será o maior desafio, tornando difícil as empresas se protegerem. Penso que uma abordagem cautelosa para investimentos será prudente até que a poeira abaixe e exista um rumo nas negociações". (Dairy Reporter - Tradução livre: Terra Viva)

 
FrieslandCampina 

O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru, em julho de 2016 é de £ 25,00/kg. É o mesmo preço que foi garantido em maio de junho deste ano. A demanda por leite continua estável. Nas últimas semanas a produção de leite na União Europeia (UE) caiu, logo depois do pico sazonal em maio. Resultado, desde então, as cotações mostram ligeira tendência ascendente.
 
  

Os preços de 100 kg de proteína, matéria gorda e lactose, £ 408,10, £ 204,05, e £ 40,81, respectivamente, são os mesmos dos dois meses anteriores. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)


 

Plano Safra Gaúcho dispõe de R$ 3 bilhões

Com recursos de R$ 3 bilhões do sistema financeiro estadual - Banrisul, Badesul e BRDE -, foi lançado ontem no Palácio Piratini, o Plano Safra Gaúcho 2016/2017. São R$ 2,1 bilhões do Banrisul, R$ 550 milhões do BRDE e R$ 350 milhões do Badesul. O montante total destinado pelo governo estadual é recorde. Em 2015, o Plano Safra Gaúcho disponibilizou R$ 2,8 bilhões, volume superior ao do ano anterior: R$ 2,74 bilhões. Dos R$ 2,1 bilhões que podem ser aportados via Banrisul, R$ 1 bilhão é destinado para custeio, R$ 600 milhões para comercialização e R$ 500 milhões para investimento. Estão previstos financiamentos para agricultores familiares (Pronaf), médios produtores (Pronamp) e agricultores empresariais, cooperativas, agroindústrias, beneficiadores, cerealistas e demais empresas do setor. 

A maior parte das operações envolvendo os R$ 500 milhões disponibilizados pelo BRDE são relacionadas a projetos de irrigação e de armazenagem; aquisição de máquinas e equipamentos; pesquisas e tecnologia; obras civis; e projetos sanitários e ambientais. Recursos para compra de máquinas, equipamentos e implementos também podem ser financiados dentro dos R$ 350 milhões viabilizados pelo Badesul, que ainda oferece linhas de crédito para projetos de açudes, correção de solo e armazenagem. "Este Plano Safra recorde é fruto de um esforço do governo. Apesar do momento de dificuldades, demonstra a crença no setor que contribui para o desenvolvimento da economia do Rio Grande do Sul. 

Estes recursos estarão à disposição no sistema financeiro estadual a partir de 1 de julho para que os agricultores já comecem a pensar na safra de verão", anunciou o governador José Ivo Sartori. O governador elogiou o trabalho integrado das secretarias da Agricultura, Pecuária e Irrigação e do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo. "A união, a construção coletiva e a articulação em favor do crescimento são premissas do nosso governo. Assim reafirmamos nosso compromisso com os produtores rurais e com o desenvolvimento no campo", afirmou. 

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, afirmou que viabilizar recursos aos produtores, por meio das instituições financeiras, "é investir no retorno imediato na economia do estado". 
O secretário do Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, disse que o Plano Safra permite aos produtores planejar seus investimentos e até ampliá-los. "Para os pequenos produtores, representa investimento em tecnologia para aumentar a produção. " Representando os produtores rurais, Vinícios Ivan Andreazza, 19 anos, contou como financiamentos obtidos nas linhas do Plano Safra mudaram a realidade da propriedade da família. "Com o foco na qualidade, fiz cursos e adquirimos tecnologia. Aumentamos a produção e hoje temos sete funcionários. "

O presidente da Cooperativa Mista São Luiz (Coopermill) de Santa Rosa, Joel Antônio Capeletti, destacou a importância destes recursos para o sistema cooperativo. O superintendente do Banco do Brasil (BB) no Rio Grande do Sul, Edson Bündchen, adiantou que, até o final do ano, o BB deve liberar R$ 10 bilhões para o agronegócio gaúcho. Do total de recursos disponibilizados pelo governo federal, 62% são financiados pelo Banco do Brasil e o RS fica com 20% do montante total desembolsado pelo BB. (Jornal do Comercio)
 

Laboratório credenciado
O Ministério da Agricultura publicou ontem portaria que suspende o cancelamento do credenciamento do laboratório Unianálises, da Univates, de Lajeado. Desde novembro do ano passado, estavam suspensos os ensaios das áreas de Microbiologia em Alimentos e Físico-Química de Produtos de Origem Animal. Com a medida, o laboratório está novamente credenciado para análise de amostras oficiais. O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual, Mauro Rockenbach, disse que a medida reabre as condições de monitorar com mais precisão a qualidade do leite gaúcho. (Correio do Povo)
 
 

 

Porto Alegre, 29 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.298

 

 Novo CEO da Nestlé reforça ambição do grupo em saúde 

Nestlé, o maior fabricante de produtos alimentícios do mundo, terá um novo presidente executivo a partir de janeiro de 2017: Ulf Mark Schneider, que dirigia até agora a Frenesius Group, especializada em técnicas médicas. Schneider vai suceder Paul Bulcke que, por sua vez, deverá ser nomeado presidente do conselho de administração a partir de 6 de abril de 2017, se confirmado pelos acionistas. A escolha do novo executivo, de fora da companhia, surpreendeu em parte. De um lado, havia boas opções internas, como o vice-presidente para as Américas, o francês Laurent Freixe. De outro, porém, Schneider, que vem de uma das empresas globais líderes na área de saúde, sinaliza a ambição do grupo suíço nesse segmento. 

Ao anunciar o novo CEO, o conselho de administração reafirmou a orientação de longo prazo de tornar Nestlé uma empresa mundial do primeiro plano em nutrição, saúde e bem-estar. Com Bulcke, experimentado na área de produtos de grande consumo, e agora com Schneider, vindo da indústria ligada à saúde, Nestlé poderá acelerar essa estratégia. Cidadão alemão e americano, de 50 anos de idade, Ulf Mark Schneider sai da Frenesius, companhia com faturamento de € 28 bilhões, para comandar um grupo cuja receita é três vezes maior, em torno de 89 bilhões de francos suíços em 2015. Ele começará a trabalhar na Nestlé em setembro, para um período de introdução no grupo. Até ele assumir, em janeiro de 2017, haverá uma integração com Nestlé Health Science e Nestlé Skin Health. Estas duas áreas devem passar a se reportar diretamente ao futuro CEO. Peter Brabeck, após 50 anos na Nestlé, vai atingir a idade limite de partida em abril de 2017 e se aposentará, deixando a presidência do conselho de administração para Bulcke. 

Para Brabeck, Nestlé terá uma equipe de direção bem preparada para fazer face a "um ambiente externo mais e mais difícil e realizar desempenhos tanto de longo quanto de curto prazo". O futuro CEO, por sua vez, declarou-se "impaciente" para começar a trabalhar numa empresa cujos clientes "se interessam mais e mais por sua saúde e seu bem-estar". Ao escolher Schneider, Nestlé rejeitou, além de Freixe, outros dois candidatos internos, segundo a Bloomberg: Chris Johnson (dirige o programa de eficiência de custos) e Wan Ling Martello (no comanda das regiões de Ásia, Oceania e África). A última vez que a Nestlé escolheu um CEO de fora do grupo foi em 1922. (Valor Econômico)


 Ulf Mark Schneider, novo CEO, desembarca na Nestlé em setembro
 
RS: Programa Mais Leite de Qualidade é tema de reunião na Seapi

Nesta terça-feira (28) a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do estado do Rio Grande do Sul, através da Câmara Setorial do Leite realizou reunião com a finalidade de rediscutir as diretrizes do programa Mais Leite de Qualidade. mDanilo Gomes e Joana Voges, da Câmara Setorial do Leite, juntamente com representantes de instituições financeiras, SDR, Simers, Mapa, Emater, Fetag e Famurs reuniram-se para debater pontos importantes do Programa Mais Leite de Qualidade, que foi criado pelo Decreto 50.123 de 2013.

O Programa tem como objetivo fomentar a aquisição de equipamentos para que os produtores se adequem as normatizações de sanidade e qualidade do leite, o público alvo são os produtores que não tem estrutura de resfriamento adequada, tanto na substituição dos resfriadores de imersão, como na aquisição de novos equipamentos. Como encaminhamento, ficou definido que as entidades presentes irão encaminhar sugestões e propostas de reformulação do programa até o dia 15 de Julho e um grupo de trabalho formado por técnicos irá avaliar e alinhar as propostas. Estima-se que hoje no Estado, cerca de 28.000 produtores não possuem refrigerador de expansão direta. (Fonte: Seapi/RS)

 
Transparência nos incentivos

Diante da cobrança da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) para que haja mais transparência nas desonerações fiscais, a Secretaria da Fazenda apresenta um estudo de 2014 que aponta uma renúncia de R$ 15 bilhões, 11,97% a mais do que no ano anterior. De tudo o que o Estado abriu mão em 2014, R$ 6 bilhões (42,5%) foram por força constitucional, especialmente as isenções de ICMS sobre exportações. Só da Lei Kandir, as perdas chegam a R$ 3,3 bilhões por conta da vocação exportadora do Estado. 

 
Os outros 57,5% (R$ 8,1 bilhões) são por força de diferentes leis, entre as quais as que reduzem impostos para pequenas e microempresas, leite, carne e cesta básica, e as que concedem incentivos para investimentos em cultura, esporte e assistência social. Quando cobrado, o secretário Giovani Feltes desafia os sindicalistas a indicarem setores que devem ter incentivos cortados. (Zero Hora)

China: indústria de lácteos tem rápido desenvolvimento e futuro promissor

A indústria de lácteos da China está se desenvolvendo rápido e isso inclui desenvolvimentos em agricultura moderna, processamento de alimentos e tecnologia no setor de lácteos. Entretanto, a contínua importação de leite e produtos lácteos está sendo apontada como causadora de desafios e dificuldades para a indústria doméstica de lácteos chinesa. 

As principais características da indústria de lácteos da China reportadas pelo China Economic Net incluem:

- A produção de leite na China em 2015 foi de quase 40 milhões de toneladas;

- O processamento de produtos lácteos englobou mais de 27 milhões de toneladas;

- Mais de 50 milhões de toneladas de lácteos foram importadas;

- A ordenha mecanizada é responsável por mais de 90% da produção total do país;

- A pastagem está melhorando rapidamente;

- O consumo per capita anual de leite e produtos lácteos foi reportado como tendo expandido de 7 quilos em 2000 para os atuais níveis de quase 34 quilos;

- Independentemente disso, a China ainda está bem abaixo da média da Ásia, que está em 75 quilos - a média mundial é de 110 quilos;

- Uma questão importante em termos da indústria de lácteos da China é que ela é vista em posição de crescimento em um mercado lento;

Para desenvolver a indústria de lácteos da China, é necessário:

- Reduzir os custos associados com a produção de leite;

- Melhorar o desempenho de criação;

- Desenvolver um mix de produtos que esteja mais de acordo com os requerimentos de mercado;

- Desenvolver relações mais fortes entre a produção de leite e os setores de processamento;

- Garantir segurança dos produtos lácteos locais;

- Produzir leite seguro e saudável para o consumidor chinês.

O potencial de crescimento de consumo na China é promissor, baseado em vários fatores, incluindo:

- Crescimento econômico e desenvolvimento da China;

- Melhora no padrão de vida e aumento da renda disponível das famílias;

- Rápida urbanização;

- Mudança nos padrões de consumo em termos de mix de produtos e preferências da dieta;

- Um objetivo - baseado no Ministério da Agricultura - é aumentar a produção de leite da China para 40,8 milhões de toneladas/ano. Isso representa um aumento anual de 400 mil toneladas. (As informações são do Dairy Diary - Chinese Edition, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Produção/EUA
Entre 2010 e 2015 a produção de leite dos Estados Unidos aumentou 7 bilhões de litros, com o Centro-Oeste sendo responsável por quase metade desse crescimento. Consequentemente, existe o medo de que não haja capacidade de processamento para lidar com esse aumento de matéria-prima. Efetivamente, houve relatos de que alguns produtores foram forçados a jogar fora parte da produção durante o pico sazonal. Até agora, neste ano, a produção no Centro-Oeste de janeiro a maio subiu 4,6% em relação ao ano passado. No mesmo período, a produção total de leite nos EUA, aumentou 1,7%. Para resolver o problema, três cooperativas, incluindo a Dairy Farmers of America (DFA) estão formando uma joint venture para construir uma fábrica de queijo em Michigan com capacidade para processar 2,6 milhões de litros de leite por dia. (DairyCo - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 28 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.297

 

 Trabalho pela qualidade do leite

O setor lácteo gaúcho vive um momento ímpar em seu desenvolvimento. Com a aprovação da Lei do Leite, agricultores e indústrias são desafiados a profissionalizar ainda mais seus processos e a rastreabilidade de forma a oferecer, cada vez mais, um produto de alta qualidade ao consumidor. A proposta, construída com a ajuda de toda a cadeia produtiva e sob a batuta da Secretaria da Agricultura, é resultado da união de esforços de centenas de pessoas e empresas que trabalham com seriedade para oferecer o que de melhor o campo tem a dar. Preocupado com esse novo movimento, o Sindilat resolveu unir o setor produtivo ao meio acadêmico para debater os rumos da produção leiteira gaúcha. Importante que se siga: a mais fiscalizada do país. Nesta sexta-feira, quando que se comemora o Dia Internacional do Leite, pesquisadores, empresários, produtores e universitários participam de evento em Ijuí, o primeiro de uma série que se dispõe a discutir novos caminhos para a produção. Será o momento de debater questões que impactam o dia a dia dos agricultores e dos laticínios, como o uso de tecnologia, as questões de relação de trabalho e o aprimoramento da nutrição animal. Assuntos que buscam fomentar a atividade em um momento delicado. Com margens extremamente ajustadas e enfrentando dificuldades decorrentes do clima, o setor atravessa uma das entressafras mais severas e longas de todos os tempos. O frio das últimas semanas elevou a demanda por leite, o que acabou por amplificar o impacto no pre- ço no varejo. A reposição, apesar de elevar o gasto das famílias, é vista como uma questão essencial para que indústria e produtores recuperem a lucratividade de suas operações, atingida por uma violenta elevação de custos. Para superar essas dificuldades, é hora de deixar de lado rusgas e embates históricos e trabalharmos juntos por uma produção mais forte. O leite hoje é fonte de renda para mais de cem mil famílias e reverte arrecadação de ICMS para 467 dos 497 municípios gaúchos. Com isso, movimenta o equivalente a 2,8% do PIB do RS. Números que podem representar pouco para quem não vive as dificuldades da produção, mas que são muito para aqueles envolvidos com um trabalho sério e zeloso, como o de muitos laticínios e tambos. Porque produzir leite é, acima de tudo, um compromisso: com o campo, com a família e com a vida. (Alexandre Guerra, Presidente do Sindilat/Correio do Povo)
Piá amplia linha de produtos Zero Lactose
 
Com o objetivo de atender a demanda crescente por alimentos diferenciados, a Piá está ampliando sua linha zero lactose com os produtos: achocolatado Chocolateria, requeijão, queijo mozarela, queijo prato, além de queijos cremosos como Cottage e creme de ricota.De acordo com o conceituado instituto de pesquisa Kantar, atualmente, a Cooperativa é líder na comercialização de leite zero lactose, versão 1 litro, no Rio Grande do Sul. "É um mercado que está crescendo muito, aproximadamente, 30% ao ano", afirma o gerente de marketing, Tiago Haugg, que completa: "Nosso objetivo é ampliar cada vez mais nosso mix, integrando a ele produtos que atendam aos mais diversos públicos. A ampliação abrange isso". 

Para Haugg, um dos motivos para o aumento expressivo no consumo de produtos zero lactose é porque eles não são consumidos apenas por quem é intolerante. "A linha tem sido procurada por pessoas que buscam uma digestão mais leve, o que torna o mercado ainda mais promissor", finaliza. As novidades da Cooperativa Piá serão apresentadas em breve, durante a Expoagas 2016, que acontecerá em agosto, na Fiergs, no Rio Grande do Sul. 

Mais informações:
Fundada em 29 de outubro de 1967, Cooperativa Piá nasceu movida pelo espírito de união de seus integrantes. Presidida pelo médico veterinário Gilberto Kny, junto com os colegas da diretoria, Nilson José Olbermann e Jeferson Adonias Smaniotto, e os nove conselheiros administrativos e fiscal, tem obtido a cada ano números expressivos. Atualmente, possui 1,4 mil colaboradores e 20 mil associados, sendo 2,5 mil produtores de leite e mais de mil produtores de frutas, que fornecem matéria-prima de forma quase diária. 
 
Gera, cerca de, 10 mil empregos indiretos. Com equipamentos modernos, processa 550 mil litros de leite por dia e produz quatro mil toneladas de polpas de frutas. Além da indústria de laticínios e da indústria de processamento de frutas, conta ainda com duas fábricas de rações e uma rede de supermercados e agropecuárias com 18 lojas. Na ponta final, são quatro milhões de consumidores em quatro estados brasileiros que compram os mais de 265 produtos da empresa de Nova Petrópolis, em 15 mil pontos de vendas. (Assessoria de Imprensa Piá)

Qualidade do leite rastreada

Quando o assunto é leite, não há consenso. Até mesmo quando se trata de homenageá-lo. No dia primeiro de junho comemora-se o Dia Mundial do Leite. Já o dia 24 é o Dia Internacional do Leite. Por que duas datas? Não sei... Mas, no Dia Mundial, proferi palestra na Câmara dos Deputados, em Brasília, em evento organizado pela Associação G100. No dia Internacional pretendo estar em Ijuí, Rio Grande do Sul, saindo de Chapecó, Santa Catarina, para também proferir palestra, a convide do Sindilat - RS. Nos dois casos, o assunto é o mesmo: o SIMQL. Mas, o que é o SIMQL?

A amostra de leite de uma propriedade todo mês é encaminhada para um dos dez laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, com o objetivo de avaliar a qualidade e, por consequência, definir o adicional a ser incorporado no preço a ser pago. Todavia, a utilidade desta amostra vai muito mais além de formar preço. Se agrupados os dados, é possível monitorar a qualidade do leite brasileiro. Isso, todavia, não acontece facilmente. Ou não acontecia, até agora.

O Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro - SIMQL é uma ferramenta inovadora, que permite conhecer a qualidade do leite de diferentes formas, sob as óticas espacial, temporal e temática. Em termos espaciais, é possível fazer um zoom nos dados e ir da macrorregião até ao município, considerando as variáveis que traduzem a qualidade do leite: CTB - Contagem Total de Bactérias, CCS - Contagem de Células Somáticas, Teor de Gordura, Teor de Proteína, Lactose, Extrato Seco e Extrato Seco Desengordurado. É possível comparar regiões entre si ou aferir o comportamento destas sete variáveis ao longo de anos ou de meses. Também é possível monitorar a qualidade do leite entregue em cada um dos entrepostos ou unidades fabris, que tenham a certificação do Serviço de Inspeção Federal - SIF, em todo o Brasil.

Este é o primeiro software do setor lácteo, concebido em BI - Business Intelligente, que permite a interação amigável entre variáveis escolhidas, mesmo que o usuário nada saiba sobre programação de computadores. Por outro lado, coloca o nosso setor em ambiente de BIG DATA, que significa analisar em segundos um montante imenso de dados, impossível para o cérebro humano. Pois, o SIMQL faz isso em questão de milésimos de segundos, baseado num banco de dados que já ultrapassou a 50 milhões de registros. Participaram desta construção os secretários e suas equipes da Secretaria da Defesa Agropecuária e da Secretaria da Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo, além da equipe de Tecnologia de Informação e de Planejamento Estratégico do MAPA. Pela Embrapa, a equipe do Departamento de Tecnologia de Informação e um conjunto grande de colegas da Embrapa Gado de Leite também estiveram diretamente envolvidos.

É preciso fazer dois registros. O primeiro é o valor do planejamento. Apesar da ansiedade, dominamos a vontade que nos impulsionava a querer agir, de imediato. A estratégia de dispender dois meses no planejamento foi fundamental para a qualidade e velocidade dos resultados alcançados. Todos os imprevistos que ocorreram foram surpreendentemente previstos pela equipe e tínhamos para todas as situações o plano "b" pensado. Do repasse de recursos até à entrega da ferramenta foram apenas sete meses - um recorde, em termos de execução, seja no setor público ou privado.

O segundo registro é de justiça histórica. Em 1996, o Brasil bateu recorde na importação de lácteos. Naquele ano, importamos US$ 600 milhões em leite e derivados. Esse fato fez acender a luz vermelha. Aumentar a produção de leite passou a ser objetivo perseguido pelos setores público e privado. Pois bem! Enquanto a palavra de ordem era quantidade, a equipe de pesquisadores em qualidade da Embrapa Gado de Leite, liderada pelo pesquisador Dr. José Renaldi, iniciava as primeiras ações voltadas para formulação de políticas públicas focadas em Qualidade.

O Dr. José Renaldi, hoje aposentado, e todos os que nestes vinte anos participaram da equipe voltada à qualidade de leite, cumpriram a mais difícil das missões. No início, há vinte anos, eles pregaram no deserto. Tiveram a sabedoria de gradativamente doutrinar o setor e, colocaram a questão da qualidade na ordem do dia. Agindo assim, mostraram que ser pesquisador da Embrapa é muito mais que se restringir a publicar trabalhos científicos. Foi por isso que a Embrapa foi criada. O pesquisador da Embrapa precisa interagir e interferir na realidade.

O pioneirismo do Dr. Renaldi e equipe da Embrapa Gado de Leite gerou o ambiente para que surgissem RBQL, CBQL, IN51 e IN62, essas siglas que aparecem a todo momento diante dos nossos olhos, quando o assunto é qualidade do leite. É preciso olhar o futuro e saber posicionar-se no presente. Também é preciso reverenciar o passado, que moldou o presente.  Por isso que registramos que o SIMQL começou a ser construído há vinte anos, em 1996, com as primeiras ações lideradas pelo do Dr. Renaldi Brito! (Embrapa)

 
Chile terá maior fazenda leiteira robotizada do mundo

Até o começo do próximo ano, 6.500 vacas leiteiras da Agricola Ancali, localizada próximo a Los Angeles, no Chile, terá 64 ordenhadeiras robotizadas. Foi anunciado em 22 de junho que o Fundo El Risquillo, fazenda que pertence ao Agricola Ancali, vai se tornar a maior fazenda leiteira robotizada do mundo.

A fazenda atualmente ordenha 920 vacas com 16 ordenhadeiras DeLaval VMS. Os primeiros oito robôs foram instalados em outubro de 2014 e os outros oito foram instalados no final do mês de março deste ano. No momento, quatro salas de ordenha rotativas ordenham mais 5.600 vacas.

Quando o novo galpão estiver completo, há planos de instalar 48 ordenhadeiras robotizadas VMS nas vacas criadas em free stall que atualmente são ordenhadas no sistema rotativo. Uma vez terminado o projeto, a fazenda ordenhará mais de 4.500 vacas com robôs. "Estamos nos preparando para o futuro", disse o gerente de operações da Agricola Ancali, Odrióm Escobar.

Escobar é o gerente da fazenda desde 2012 e estimou que as vacas nos robôs produzirão 10% mais leite comparado com o sistema rotativo. Ordenhando em 16 robôs atualmente, a produção média é de 2610 quilos por robô/dia. As vacas ordenhadas em robôs produzem 45,20 quilos por dia e gastam 6 minutos e 49 segundos no robô em cada ordenha. Tipicamente, uma vaca terá em média 2,9 ordenhas por dia. "Os benefícios têm sido notáveis", disse o diretor executivo da Agricola Ancali, Pedro Heller. "Mais produção, melhores condições de bem-estar animal e menos estresse para as vacas".

Escobar acredita que o aumento na produção de leite pode ser atribuído ao menor tempo que as vacas gastam esperando para serem ordenhadas. Ele tem visto menos competição para entrar nos robôs do que em outros sistemas, o que tem estimulado as novilhas de primeira lactação para as ordenhas. O tempo de espera caiu para os sistemas robotizados de ordenha, ajudando a aumentar a longevidade e reduzindo a claudicação. 

Os testes do leite para o Fundo El Risquillo em 1 de março foram: gordura, 3,7%; proteína, 3,5%; e contagem de células somáticas, 157.900 células/ml. "Estamos muito felizes com os resultados até agora e esperamos ter sucesso com o novo projeto".

Além do aumento da produção e dos benefícios de bem-estar animal, haverá economia de trabalho. Atualmente, 140 funcionários trabalham no Fundo El Risquillo e para cada sistema rotativo há três ordenhas com cinco ordenhadores por turno. Um corte na mão de obra é esperado quando as transições para ordenha principalmente em robôs ocorrer.

O plano é ordenhar vacas recém-paridas por meio do sistema rotativo em seus primeiros 30 dias de lactação junto com vacas com úberes com algum problema de conformação. Após 30 dias, as vacas serão movidas para o sistema robótico. Escobar disse que a seleção para a conformação do úbere ajuda a reduzir a quantidade de ordenhas incompletas nos robôs.

O leite do Fundo El Risquillo vai para o mercado nacional de leite fluido do Chile. A fazenda tem mais de 9712,45 hectares de terra produzindo 71,67 milhões de quilos de silagem de milho ao sul de Santiago. Outras operações incluem a produção de carne bovina e uma fazenda de criação de cavalos. (Milk Point)

 
Pecuária BR: Produção de leite deve fechar o 1º semestre do ano com 5% de queda
A produção de leite deve fechar o primeiro semestre de 2016 com queda próxima de 5% em volume. É o resultado do aumento nos custos e as margens reduzidas em 2015 levaram a um desinvestimento considerável na atividade leiteira, o que teve impacto direto na produção. O dado é de recente Relatório do Rabobank. (SBA)
 

 

Porto Alegre, 27 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.296

 

 Setrem apresenta Curso de Tecnologia em Laticínios

A reunião de associados do Sindilat, realizada nesta segunda-feira (27/6), contou com apresentação das ações da Setrem e do Arranjo Produtivo Local do Leite Fronteira Noroeste (APL Leite). Na ocasião, foi apresentado o novo Curso Superior de Tecnologia em Laticínios, que está em seu terceiro semestre e já conta com 30 alunos. As turmas do curso são anuais. A professora da Setrem Vanessa Gass destacou o objetivo do projeto, que é oferecer mão de obra altamente qualificada ao mercado. Na faculdade, há um tambo e uma agroindústria com capacidade de processamento de até 600 litros dia, o que permite aos estudantes acompanharem todo o processo produtivo no dia a dia.  A Setrem é uma instituição filantrópica que dispõe de dez cursos superiores, entre eles o de Tecnologia em Laticínios, cujo custo da mensalidade fica próximo a R$ 700,00.

O curso tem duração de 3 anos e meio (incluindo estágio) e busca formar profissionais que vão atuar desde a captação da matéria-prima até a gestão das empresas. As aulas são realizadas sempre à noite, o que permite atender a profissionais que já atuam no mercado ou que têm atividades laborais durante o dia. "A ideia é ofertar mão-de-obra qualificada para o setor", frisou. O diretor geral da Setrem, Flávio Magdas, pontuou que o curso surgiu a partir da demanda das próprias indústrias da região e que foi inspirado em modelos aplicados em Minas Gerais. Um dos destaques do currículo é o projeto Inovalac, que estimula os alunos a desenvolverem novos produtos. Além de visitas técnicas e de campo, a Setrem também realiza o Simpósio Estadual de Derivados Lácteos.  

APL Leite 
Após visitas a 20 municípios da Fronteira Noroeste do RS, o APL Leite pretende implementar grupos de trabalho (GTs) para debater os desafios do setor na Fronteira Noroeste nos próximos meses.  A ideia é organizar a cadeia produtiva do leite na região. Os GTs contarão com representantes do poder público, instituições de ensino e pesquisa, empresas e instituições financeiras. O primeiro GT será focado na ação dos produtores. "Queremos que as indústrias unam-se ao projeto para que cresçamos sem lacunas e todos de uma forma unida", pontuou o gestor do APL, Diórgenes Albring. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Associados aprovam contas do primeiro trimestre de 2016

Os laticínios associados ao Sindilat aprovaram, durante reunião na tarde desta segunda-feira (27/6), as contas do sindicato referentes ao primeiro trimestre do ano. A decisão segue o parecer indicado pelo Conselho Fiscal da entidade e divulgado ainda durante o turno da manhã. Em conjunto, os conselheiros sugeririam algumas ações operacionais a serem avaliadas pela diretoria.

Durante o encontro, os laticínios ainda falaram sobre a regulamentação da Lei do Leite, cujo decreto foi assinado pelo governador José Ivo Sartori na sexta-feira passada (24/6) durante o 1º Fórum Estadual do Leite, em Ijuí. Também foram avaliados os danos que a guerra fiscal traz à produção do Estado e as ações que devem ser tomadas para proteger as empresas que processam o leite no Rio Grande do Sul. Ainda foi abordada a questão da normativa da Anvisa que exige informações sobre presença de itens alergênicos nos rótulos das embalagens de produtos lácteos. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que a Anvisa autorizou o uso de adesivos nos rótulos, mas que, mesmo assim, ainda está em estudo o ajuizamento de uma ação para prorrogar o prazo de adequação à norma.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ainda apresentou os dados divulgados pelo Conseleite na semana passada que sinalizou aumento dos preços pagos ao produtor. Os representantes da indústria informaram as dificuldades na captação do leite, principalmente com a desistência de alguns criadores da atividade. Com capacidade ociosa, as empresas estão convictas de que a remuneração deve seguir rota ascendente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
 
Leite: setor tem desequilíbrio entre custo e preço 
Direto do 1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência, que acontece em Ijuí (RS), o coordenador da Comissão de Grãos e Leite da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Jorge Rodrigues, explica que o custo dos insumos do setor aumentou muito, principalmente por conta da alta dos grãos. A cotação do leite também subiu, mas não na mesma intensidade, ou seja, há um desequilíbrio entre custos e preços. Com esta situação, alguns acabam deixando a atividade de lado durante um tempo, para investir em grãos. Para assistir o vídeo, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)

Produtor de leite deixa atividade por custo alto

A apresentadora Kellen Severo, que participa do 1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência, que acontece em Ijuí (RS), traz um dado curioso: a cada 11 minutos, um produtor de leite deixa a atividade, segundo o último censo do Brasil. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, explica que isso acontece em parte por problemas de sucessão familiar, quando os filhos não querem dar continuidade ao trabalho dos pais, e em parte porque alguns produtores não conseguem arcar com os custos de produção. Mas ele garante que também há uma parcela de produtores que consegue ter renda na atividade. Para isso, é preciso dedicação e investimento em conhecimento técnico e de gestão. Para assistir o vídeo, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)

Noroeste do RS se destaca em produtividade de leite

Direto do 1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência, que acontece em Ijuí (RS), o chefe do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Roberto Carbonera, diz que a região se destacou nos últimos anos em produção e produtividade. Com isso, muitos produtores tiveram melhores condições de trabalho. Sobre os que optaram por sair da atividade, Carbonera afirma que existe uma ideia de que "tudo está errado e nada funciona", mas muita coisa funciona sim, entretanto alguns produtores não estão satisfeitos com o lucro obtido. Para assistir o vídeo, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)

Com produção em queda, preço do leite sobe

Direto do 1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência, que acontece em Ijuí (RS), o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtores Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, diz que o preço do leite no mercado consumidor subiu nos últimos meses, e este aumento tem sido repassado ao produtor. Segundo ele, a expectativa é que este cenário continue nos próximos meses também, pois a produção está em queda, aproximadamente 6% menor do que em 2015. Para assistir o vídeo, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)
 

 
Preço do leite
Levantamento da Gfk - que monitora preços de 35 categorias de produtos em 320 supermercados do país - mostra que o preço médio do litro do leite longa vida subiu quase 30% desde o início do ano e está em R$ 3,33 em junho, considerando as duas primeiras semanas do mês. Em janeiro, era R$ 2,61. É o maior nível do preço nominal em cinco anos, desde 2011. "O leite é o tipo de produto que as pessoas não têm muito como substituir ou reduzir o consumo. Com isso, acabam cortando outros itens para garantir sua compra", afirma o diretor de atendimento da Gfk, Marco Aurélio Lima. Mais do que apenas um produto, o salto no preço do leite afeta toda a cadeia de laticínios, que inclui itens como manteiga, queijo, iogurte e requeijão. O preço da manteiga disparou este ano, com alta de 41,89%. Já o iogurte subiu 7,33% e o leite condensado, 12,87%. E nas próximas semanas o preço vai continuar em alta, segundo Lima Filho. "Os preços devem ficar firmes pelo menos até julho e agosto. A partir de setembro, começa o período de chuvas, que favorece os pastos e a produção de leite". (Fonte da Notícia: Gazeta do Povo)

 

Porto Alegre, 24 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.295

 

 Sartori sanciona regulamentação e brinda a Lei do Leite.

 
Crédito: Carolina Jardine

Em um auditório lotado de produtores, lideranças, estudantes, representantes do meio acadêmico e das indústrias, o governador José Ivo Sartori sancionou, na manhã desta sexta-feira (24/06), durante o 1º Fórum Estadual do Leite, em Ijuí (RS), o decreto que regulamenta a Lei do Leite (Lei 14.835). O texto traz uma série de avanços para o setor e representa um marco histórico para o setor lácteo gaúcho. "Essa lei foi construída pelo setor leiteiro e significa mais segurança na mesa do produtor", pontuou Sartori, que, empunhando um copo de leite, puxou brinde entre as autoridades. O ato foi transmitido ao vivo pelo Canal Rural diretamente do Campus da Unijuí.

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, destacou o trabalho dos servidores e entidades que se empenharam na regulação do texto e frisou que a Lei do Leite não deve ser um regramento estático. "Precisamos ir atualizando a lei, adequando-a às novas tecnologias", frisou Polo, lembrando das pesquisas que estão sendo realizadas pela Embrapa em parceria com o Sindilat e o Fundesa para uso de medidores de vasão georreferenciados. Aproveitou a oportunidade para enaltecer a ação dos produtores que vivem uma realidade árdua com "duas safras por dia".

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, conclamou o setor a unir-se para enfrentar as dificuldades que ameaçam a rentabilidade da atividade. "O que temos que ter em mente é que não há crescimento sem crise. Para expandir nossa produção e melhorar nossos processos, precisamos quebrar paradigmas, repensar projetos e estarmos abertos ao novo. Porque a inovação se faz da ruptura. Sejamos ousados" Nesse sentido, Guerra destacou a relevância do Fórum Estadual do Leite, que deve busca novos rumos para a produção láctea gaúcha. Após esta primeira etapa em Ijuí, informou ele, o fórum itinerante deve seguir para Santa Maria.

As mudanças propostas pela Lei do Leite buscam aumentar a responsabilidade de produtores, indústrias e transportadores de leite sobre a qualidade do produto que chega aos consumidores. Veja abaixo as principais mudanças que a Lei do Leite traz à produção gaúcha:

AUTORIZAÇÃO DO TRANSVASE
A medida permite a captação de leite por um caminhão com dois tanques acoplados, representando um ganho logístico considerável para a indústria. A regulamentação também ajuda na inclusão de mais produtores na cadeia, uma vez que o sistema viabiliza a coleta em propriedades mais distantes.

Pela legislação, o transvase só será possível em veículo com tanques em chassis separados, o que, no mercado, é conhecido como Romeu e Julieta. Além disso, o transvase do leite cru deve ser realizado em circuito fechado (sem manipulação). Os locais de transvase (onde o leite passa de um tanque para o outro) devem ser previamente definidos e informados à Secretaria da Agricultura e georreferenciados, além de obedecer a normas ambientais, sem colocar em risco a segurança da matéria prima transportada. Outra exigência é que cada tanque tenha seu próprio documento de trânsito e que os dois voltem juntos às plataformas das indústrias.

CADASTRO DAS PROPRIEDADES FORNECEDORAS DE LEITE CRU
As propriedades precisam estar com os cadastros atualizados no Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, devendo estar regularizadas e com as obrigações sanitárias estabelecidas pela legislação vigente em dia.

COMPRA E VENDA DO PRODUTO
Com a nova legislação, as relações de compra e venda passam a ser possíveis somente nos seguintes casos:
1) produtores de leite e estabelecimentos de processamento de leite;
2) produtores de leite e postos de refrigeração;
3) postos de refrigeração e estabelecimentos de processamento de leite;
4) cooperativas de produtores e estabelecimentos de processamento ou refrigeração, desde que o leite seja procedente da fazenda de algum de seus associados.
5) estabelecimentos de processamento de leite, com a ressalva de que comercializem entre si apenas "leite cru pré beneficiado", devidamente registrado no serviço de inspeção sanitária oficial. Também fica previsto prazo máximo de 48 horas entre ordenha e beneficiamento do leite.

TREINAMENTO DOS TRANSPORTADORES
Com a lei 14.835, todos os elos da cadeia deverão ter um cadastro. Os transportadores precisam passar por treinamento reconhecido pelo Serviço Oficial de Fiscalização.

DOCUMENTO DE TRÂNSITO
O transporte do leite cru deve obrigatoriamente ser acompanhado de documento para trânsito, indicando os fornecedores de origem, o volume de leite transportado, o destino e a finalidade do leite, em modelo previamente definido em normativa específica emitida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação.

MULTAS
Transportadoras e quaisquer outros membros da cadeia produtiva que desrespeitarem a legislação, além de responderem penalmente, estarão sujeitos ao pagamento de multa. Entre as de menor valor está aquela designada a quem comprar leite de produtor não cadastrado no DDA/ SEAPI, com custo de R$ 7.740 a R$ 30.960. Ser transportador desvinculado da indústria é mais grave, sendo cobrados de R$ 77.400 até R$ 309.600 do infrator da norma. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Oficinas debatem questões cruciais para avanços no campo.

 
Crédito: Taise Diceti

Os debates técnicos travados nas seis oficinas realizadas na tarde desta sexta-feira (24/6), no Campus da Unijuí, em Ijuí, serão compilados em um documento a ser avaliado em outras regiões gaúchas nas próximas edições do evento. Entre os apontamentos, estão a necessidade de maior cuidado com as zoonoses do rebanho e com os processos de manejo diário da propriedade, questões simples mas que atingem a rentabilidade das propriedades e podem inviabilizar a atividade. O próximo Fórum Estadual do Leite deverá ocorrer em Santa Marina no mês de setembro.

Uma das oficinas mais concorridas foi a que abordou questões relativas à qualidade do leite e contou com a presença de Maira Zanella, da Embrapa, e Karla Prates, da Seapi. Elas responderam questões de dezenas de estudantes, professores e produtores. "Ficou sensacional. Fiquei muito feliz por ter sido convidada para este evento ", frisou Karla. "Fomos convidadas para fazer esse debate e estar á disposição para responder questões de qualidade e referentes à IN 62 e à Lei do Leite", acrescentou Maíra.   

Outro destaque foi a abordagem do supervisor do Senar, Herton Lima, que falou sobre as zoonoses. "Esquecemos o arroz com feijão. Antes de nos preocuparmos com o Composto Barn precisamos fazer um calendário de vacinação para a propriedade", pontuou ao referir-se aos danos da leptospirose nas propriedades rurais. Outra oficina abordou a importância da nutrição animal e a relação de uma alimentação rica em fibras para o desempenho produtivo das vacas.

Na Unidade Móvel do Senar, estacionada dentro do campus especialmente para o evento, a oficina sobre tecnologia e novos equipamentos para o setor leiteiro atraiu pela inovação. "Esse modelo de trabalho em oficinas dá dinamismo e propicia a interatividade. Tivemos aqui em Ijuí um público muito qualificado e que aproxima os futuros profissionais do setor e permite aos estudantes interagirem com setores público e privados", frisou coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes. As oficinas ainda abordaram questões relativas ao bem-estar animal e como o manejo correto contribui para elevar a produtividade, como o sombreamento adequado de áreas da propriedade e a contenção do barro, fator prejudicial para o gado leiteiro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

CCGL inaugura unidade que vai gerar mais de 5 mil empregos diretos e indiretos.

 
Credito: Luiz Chaves/Palácio Piratini

O Grupo CCGL inaugurou nesta sexta-feira (24), em Cruz Alta, a segunda unidade da fábrica de leite em pó. Com isso, a empresa torna-se o maior parque industrial de leite em pó do Brasil. Os investimentos somam R$ 130 milhões - R$ 105 milhões via BRDE - e o restante oriundo de recursos próprios. Com a nova unidade, que conta com a tecnologia mais moderna da América Latina, serão gerados aproximadamente 5 mil empregos diretos e indiretos, entre colaboradores, produtores e fornecedores. Seu equipamento de secagem possibilita também a produção de derivados mais enriquecidos, como vitaminados e compostos.

No evento que marcou a abertura da planta, o governador José Ivo Sartori disse que a CCGL é um exemplo de empreendimento para outras áreas. "Numa situação de crise, vemos a expansão de um negócio, que vai dobrar a capacidade de processamento de leite", observou. A CCGL passa de 1 milhão de litros por dia para 2,2 milhões de litros/dia a serem processados. "A obra representa o fortalecimento da CCGL e um estímulo aos produtores para qualificarem seus rebanhos", completou o governador.

"Essa evolução se traduz na vontade e na garra de muitas pessoas", disse o presidente da CCGL, Caio Vianna. "Temos um compromisso com o desenvolvimento econômico e social de cada família de produtores. Com a inauguração, teremos capacidade para suprir aproximadamente 15% do leite em pó consumido em todo país. Ainda, a ampliação vai permitir a adesão de novas unidades de produção de leite ao Grupo CCGL, além de atrair oportunidades de mercado", destacou.

O Grupo CCGL conta com a associação das principais cooperativas agrícolas gaúchas - um universo de 171 mil produtores rurais em 350 municípios. Destes, 3.700 são responsáveis pelo fornecimento de matéria-prima para a fabricação de leite em pó (nas versões integral, integral instantâneo, desnatado e zero lactose), achocolatado e creme de leite.

A Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) é uma planta de produção de leite habilitada para exportação pelo Ministério da Agricultura e pelos principais fabricantes de alimentos do Brasil. No evento, o grupo homenageou produtores que fornecem a matéria-prima. Após houve a visitação à nova planta industrial. Atualmente, os mercados estratégicos da CCGL são as regiões Norte e Nordeste, maiores consumidores de leite em pó no país, representando 90% das vendas do Grupo. 

A CCGL surgiu para integrar as atividades do agronegócio, com foco na sustentabilidade, na produção em escala e na rentabilidade. A CCGL conta com três unidades de negócio: CCGL LOG, responsável pelas atividades de transporte e logística, em Rio Grande; CCGL TEC, unidade de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias; e CCGL LAC, com a fábrica de leite em pó, achocolatado e creme de leite, localizada em Cruz Alta.
Propriedades livres de brucelose e tuberculose
Foi assinado ainda convênio com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação para a implantação do programa de Certificação de Propriedades Livres de Brucelose e Tuberculose - Programa Sanidade Total CCGL. A iniciativa abrange 20 mil animais nesta primeira etapa e prevê o investimento de R$ 1,7 milhão, além de rebanhos das regiões Norte, Noroeste, Missões e Central do RS. A cerimônia reuniu secretários estaduais, deputados estaduais e federais, a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Silvana Covatti, representantes do setor primário e de cooperativas e lideranças da região. (Palácio Piratini)

 

 

Os Estados Unidos consumiram mais produtos lácteos.

Os 320 milhões de habitantes dos Estados Unidos consumiram em média 270 kg de equivalente leite por ano, ou seja, alta de 2% no consumo per capita. Esta dinâmica interna sustenta o preço do leite dentro país em torno de US$ 377, ou seja, um nível menos baixo do que o praticado por seus concorrentes. Mas a produção não esperou a elevação do consumo para aumentar. Cresceu 20% em dez anos. Este alta foi decorrente do crescimento de 1,4% na produtividade animal, e o rendimento atual é de 10.160 kg/vaca. (Terra Viva)

 
 

 

Porto Alegre, 23 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.294

 

 Fórum debate qualidade do leite rumo à excelência
 
 


A cidade de Ijuí (RS) receberá, na próxima sexta-feira (24), o 1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência, com transmissão ao vivo pelo Canal Rural, a partir das 9h30. Pesquisadores, representantes de entidades do setor e autoridades debaterão os caminhos para melhorar a qualidade do produto. O evento contará com a participação do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, e do secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS, Ernani Polo.

A busca da qualidade é uma questão que envolve toda a cadeia, passando por produtores rurais, transportadores e indústrias, chegando aos consumidores. No encontro, painelistas e debatedores falarão sobre iniciativas que incluem a contribuição decisiva da pesquisa no processo de qualificação do leite e programas em andamento para desenvolver o sistema de produção cada vez mais, além da legislação do setor. O pesquisador Paulo do Carmo Martins, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), apresentará uma palestra sobre o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro. Martins é chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG).

Com apresentação da jornalista Kellen Severo, o fórum terá como debatedores a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas (RS), Maira BalbinottiZanela; o coordenador das comissões de Grãos e do Leite da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Jorge Rodrigues; e o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores na Agriculturano RS (Fetag-RS), Pedrinho Signori.

O chefe do Departamento de Estudos Agrários da Unijuí, Roberto Carbonera, falará sobre a Rede Leite, uma experiência de desenvolvimento regional interinstitucional. O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, participará da abertura do fórum e dos debates. Guerra ressalta o caráter itinerante do fórum, que também deverá ser realizado em outros municípios gaúchos no segundo semestre do ano. "Queremos que a ação ganhe respaldo estadual em um grande movimento de reflexão e união de esforços pela melhoria constantes dos processos produtivos", afirmou.

No Dia Internacional do Leite, a programação deverá atrair centenas de produtores rurais e estudantes ao Salão de Atos da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí). Os interessados podem se inscrever gratuitamente pelos sites do Canal Rural (www.canalrural.com.br) e da Unijuí (www.unijui.edu.br). Os telespectadores poderão enviar também suas perguntas aos painelistas pelo WhatsApp (11) 9-8524- 0073 e página da emissora no Facebook (www.facebook.com/canalrural).

Os participantes do evento serão recebidos às 9h, com um milk break (café da manhã com produtos lácteos). Também faz parte da agenda a realização de oficinas técnicas e debates temáticos das 14h às 16h no Campus da Unijuí e na unidade móvel do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado (Senar-RS). Entre os temas previstos, estão produção de leite e derivados, qualidade nutricional, segurança na inspeção, bem-estar animal e inovações tecnológicas.

O fórum é organizado pelo Canal Rural, em parceria com o Sindilat-RS, Sistema Farsul e Fetag-RS. O evento conta ainda com apoio técnico da Embrapa e da Unijuí.(O Sul)
 

Ministério da Nova Zelândia prevê futuro promissor para o setor lácteo.

O Ministério das Indústrias Primárias (MPI) da Nova Zelândia disse que embora as exportações de lácteos tenham caído 6% no último ano, o futuro parece promissor. Citando o último relatório chamado Situação e Previsões para as Indústrias Primárias (SOPI, da sigla em inglês), o Ministério disse que a previsão para as indústrias primárias neozelandeses é positiva, com forte previsão de crescimento na maioria dos setores. De acordo com eles, os preços dos lácteos deverão aumentar gradualmente nos próximos dois anos.

O diretor do setor de política do MPI, Jaeerd Mair, disse: "No geral, houve um declínio de 6% no valor das exportações de lácteos no ano passado, mas uma recuperação gradual inesperada nos preços deverá levar a maiores valores de exportação de dois a três anos. No geral, nossas previsões mostram um crescimento de 34% até 2020".

Para alguns setores, uma queda no dólar neozelandês abrandou o impacto dos menores preços do dólar americano. Ao mesmo tempo nas fazendas, a produção no setor primário tem se mantido relativamente estável, com as condições do El Niño não resultando em uma seca disseminada.

"Os preços dos lácteos permaneceram fracos à medida que a oferta global ainda está abundante. A produção na Nova Zelândia caiu marginalmente, mas os volumes de exportação aumentaram. A produção ainda está alta na União Europeia (UE), o que está mantendo pressão de baixa nos preços".

Mair disse que a previsão para o setor primário é suportada pelos investimentos significativos na indústria e na capacidade de processamento do país em uma série de setores.
Acordos de livre comércio também ajudarão no crescimento das exportações, enquanto o crescimento da população e o desenvolvimento econômico na Ásia darão suporte à maior demanda por produtos neozelandeses. (Milk Point)

 

Sindileite Goiás lança "Manual de Boas Práticas Agropecuárias" para os produtores de leite.
O Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite) lançou a segunda edição do seu "Manual de Boas Práticas Agropecuárias". Essa publicação circulou pela primeira vez em 2008 e, com o tempo, foi necessário um trabalho de atualização. Como da primeira vez, o Sindileite reuniu um grupo de especialistas (médicos veterinários, zootecnistas, engenheiros agrônomos, técnicos em laticínios e outros profissionais) que cuidaram da tarefa.

O Manual de Boas Práticas Agropecuárias é um trabalho de fôlego com 60 páginas contendo informações por meio de vários títulos, como: "O que é um leite de qualidade"; "O que é a contagem bacteriana"; "O que é a contagem de células somáticas"; "O proprietário/administrador"; "Organização da fazenda"; "Acesso à propriedade e às instalações"; "O funcionário"; "Meio ambiente"; "Água"; "O animal"; "Produtos químicos"; "Ordenha"; "Resfriamento e armazenamento do leite"; "Tipos de resfriamento"; "Dimensionamento do tanque de resfriamento por expansão direta"; entre outros. 

Além desses títulos apontados acima, o BPA do Sindileite - Goiás tem uma série de modelos de anexos com espaços próprios para preenchimento, visando dar condições para um real acompanhamento da rotina da propriedade produtora de leite. 

Objetivo e parcerias 
O Manual de Boas Práticas Agropecuárias, coordenado pelo médico veterinário Alfredo Luiz Correia (diretor executivo do Sindileite e presidente do Fundepec-Goiás) e por Luiz Magno de Carvalho (diretor técnico do Sindileite e diretor de expansão do Laticínios Bela Vista - Leites Piracanjuba), foi editado com 60 mil exemplares e isso foi possível graças a colaboração dos especialistas e a parceria entre o Sindileite, o Sebrae-Goiás e o Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás - Fundepec.

O BPA está sendo entregue a custo zero aos produtores de leite no estado de Goiás através da logística dos laticínios, no trabalho de captação de leite nas propriedades. A publicação destina-se também à circulação nacional mediante autorização do Sindileite-Goiás, desde que o interessado não a utilize para fins comerciais.

Os objetivos dessa publicação segundo Alfredo são vários e, entre eles, a busca de qualidade de produção a cada dia; manejo correto do rebanho buscando melhor produtividade e conforto animal; qualificação constante dos funcionários; melhor gestão por parte dos proprietários; produção sustentável respeitando o meio ambiente e o crescimento da produção nas propriedades proporcionando melhor remuneração para quem vive da atividade. (Milk Point)

Fórum debate a lei do setor

A primeira edição do Fórum Estadual do Leite - Rumo Excelência está marcada para amanhã, no Salão de Atos da Unijuí, em Ijuí. O evento é itinerante e vai reunir produtores, indústria, pesquisadores, acadêmicos e lideranças políticas e setoriais para debater os novos rumos da produção de lácteos com o advento da regulamentação da Lei do Leite.(Correio do Povo)

 
 
1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência
A Unijuí irá sediar no dia 24 de junho, sexta-feira, o 1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência. O evento terá início às 9h, no Salão de Atos do Campus Ijuí, em comemoração ao Dia Internacional do Leite. O Canal Rural estará transmitindo ao vivo o evento, no horário das 9h30 às 12h. O Fórum é promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Sistema Farsul, Fetag-RS e Canal Rural, com apoio técnico da Embrapa e da Unijuí, e apoio da AGL, Apil, Emater, Famurs, IGL, Ocergs e Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação. Para inscrever-se gratuitamente e maiores informações, CLIQUE AQUI.

 

 

Porto Alegre, 22 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.293

 

   Ministro da Agricultura se reúne com o setor lácteo
 O setor lácteo foi o primeiro a ser ouvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no processo de desburocratização da pasta. O ministro Blairo Maggi se reuniu na tarde de ontem com representantes da cadeia produtiva e pediu que encaminhem sugestões ao grupo de trabalho que estuda mudanças nos procedimentos e normas do Mapa para reduzir a burocracia. "A legislação, às vezes, impõe tantas restrições que o produtor não consegue produzir", observou Maggi. Os representantes do setor aproveitaram a reunião para apresentar uma pauta de reivindicações ao ministro, que inclui a abertura do mercado chinês aos produtos lácteos brasileiros. 

Eles lembraram que o Brasil está aquém das exportações de laticínios de outros países, onde os produtores recebem subsídios. Em 2015, a cadeia produtiva exportou US$ 319,2 milhões, a maior parte para a Venezuela. Outra demanda apresentada pelo setor foi com relação ao Guia Alimentar do Ministério da Saúde. A ideia é alterar questões referentes à recomendação do consumo de queijos e iogurtes, indicando a demanda de três porções/dia. Atualmente, o queijo tem recomendação para consumo com moderação, e o iogurte não tem recomendação, uma vez que está enquadrado como alimento ultraprocessado. 

Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Guilherme Portella, a mudança busca destacar as potencialidades dos produtos lácteos como fonte de nutrientes e proteínas, assim como fazem muitos países da Europa. "O ministro mostrou-se muito sensível às demandas do setor", pontuou Portella. AGRONEGÓCIOS Ministro da Agricultura se reúne com o setor lácteo Blairo Maggi quer sugestões para desburocratização de normas Os produtores alegam que cumprem todas as normas internacionais e que os produtos seguem as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde). 

A Secretaria de Defesa Agropecuária vai fazer a ponte com o Ministério da Saúde e Anvisa e verificar o que pode ser feito. Maggi destacou que a responsabilidade pelo controle de qualidade dos alimentos deve ser do próprio produtor e não apenas do governo. Para o ministro, as empresas devem responder juridicamente pelos produtos que colocam no mercado. No encontro, Maggi comprometeu-se a trabalhar pelo fomento à exportação de produtos lácteos brasileiros, principalmente com foco no México e na China. 

O ministro ainda pontuou a importância do setor estar constantemente atuante em Brasília negociando seus pleitos. "Ele vem da iniciativa privada e disse que está disposto a tirar os entraves da produção nacional", citou Portella. Durante a audiência, lideran- ças entregaram ao ministro documento com uma série de pleitos, entre eles, o aumento do limite de financiamento para garantia de preço ao produtor para R$ 100 milhões por beneficiário e uso de crédito rotativo, ou seja, mantendo os limites definidos dentro do prazo de vigência dos contratos. Também querem inclusão de laticínios no Programa de Construção de Armazéns (PCA), uma vez que no último Plano Safra apenas produtores e cooperativas foram contemplados com a verba para aquisição e instalação de silos de estocagem de leite in natura. 

Conforme o presidente da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), Pedro Augusto Guimarães, uma das reivindicações, de acordo com o dirigente foi o pedido de compensação dos créditos de PIS/Cofins com os dé- bitos de INSS para as indústrias lácteas. "Os dois são tributos federais. O que pedimos é a compensação de um crédito que as indústrias têm a receber do Fisco com a Receita com um débito que elas têm com o órgão. Isso já é objeto de documento encaminhado pelo G100", observa. O setor de carnes deve ser o próximo a ser ouvido pelo Mapa.(Jornal do Comercio)

 

 
CCGL 

Após um ano e meio de obras, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) inaugura na sexta-feira, em Cruz Alta, a ampliação da fábrica que permitirá dobrar a capacidade atual de processamento de leite - passando de 1 milhão de litros diários para 2,2 milhões de litros.

Praticamente todo o volume será destinado para produção de leite em pó, que tem em Norte, Nordeste e Sudeste do país seus principais mercados. Com o investimento ao redor de R$ 120 milhões (R$ 20 milhões de recursos próprios e R$ 100 milhões financiados), a cooperativa pretende aumentar o número de produtores que fornecem leite, hoje de 4 mil. - Quando atingirmos nossa capacidade máxima, nos próximos anos, poderemos dobrar o número de produtores - estima Caio Vianna, presidente do Grupo CCGL. A unidade criará 150 novos postos de trabalho na região noroeste, os quais já começaram a ser preenchidos. O investimento passou a ser planejado há três anos, quando a cooperativa atingiu a capacidade máxima de processamento. Do faturamento de R$ 740 milhões em 2015, cerca de 80% veio do leite. A CCGL reúne 17 cooperativas diretas associadas, além de uma central que congrega outras 20 pequenas unidades. (Zero Hora)

Fórum Estadual do Leite terá oficinas do SENAR/RS

A Unidade Móvel do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (SENAR/RS) será uma das principais atrações da primeira edição do Fórum Estadual do Leite, que ocorre nesta sexta-feira (24/6) em Ijuí, no Salão de Atos da Unijuí. No espaço, a entidade realizará oficinas técnicas sobre Qualidade do Leite. A ação é gratuita para o público e terá seis sessões ao longo do dia: às 10h, às 11h, às 13h, às 14h, às 15h e às 16h. O Fórum é promovido pelo Sistema Farsul em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Fetag-RS.

Com o lema "Rumo a Excelência", o evento marcará a passagem do Dia Internacional do Leite, reunindo representantes de entidades do setor, autoridades e pesquisadores. A programação irá discutir os principais pontos da cadeia leiteira, desde o produtor até a indústria, com o objetivo de estimular iniciativas para maior qualidade no segmento.

Durante o Fórum, a Unidade Móvel do SENAR/RS estará localizada ao lado do Salão de Atos no campus da universidade. Com orientação de instrutores técnicos, serão apresentados parte dos cursos realizados pela entidade em parceria com os Sindicatos Rurais e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais no Estado. Os visitantes poderão acompanhar demonstrações de itens importantes na produção leiteira, como Boas Práticas na propriedade, controle da mastite, doença que acomete bovinos leiteiros, e resfriamento do leite.(Agrolink)

Rede Lanagro trabalha para ser referência mundial

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quer tornar referência mundial em análises a Rede de Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagro's) e as 414 unidades credenciadas (públicas e privadas). Para isso, começou um projeto para alinhar a estratégia da rede e fortalecer a credibilidade dos produtos agropecuários brasileiros nos mercados nacional e internacional. De acordo com a Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial (CGAL), o trabalho permitirá a integração da Rede Lanagro, a eficácia da utilização dos recursos púbicos e a prestação de um serviço de excelência para o país e seus parceiros comerciais. "O Brasil é um player importante no mercado de produtos agropecuários. Temos capacidade para oferecer análises laboratoriais ainda mais precisas e mostrar que os produtos daqui são seguros para o consumo", destaca o diretor da CGAL, Rodrigo Nazareno. A Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial desenvolve esforços para aumentar os investimentos em pessoal e infraestrutura.

A Rede Lanagro possui seis laboratórios nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Pará. Sua principal atribuição é o monitoramento laboratorial da saúde dos rebanhos e plantações, bem como o controle e fiscalização de alimentos, bebidas e insumos produzidos e comercializados no Brasil. (As informações são do Mapa)

Workshop G100

Busca-se aprimorar cada vez mais os processos visando a qualidade do campo à indústria. As principais adulterações do leite estão associadas a questões econômicas ou para mascarar a má qualidade do produto. Um workshop no município de Concórdia, em Santa Catarina, vai avaliar os riscos que este produto, tão importante na alimentação da população, corre desde a coleta até a sua industrialização. O objetivo é capacitar todas as pessoas envolvidas com a cadeia leiteira e seus derivados com palestras que irão abordar vários aspectos relacionados às propriedades biológicas e físico-químicas do leite. Um dos palestrantes é o especialista em ciência e tecnologia de laticínios, Sinval Pereira da Silva, que falará sobre origem, qualidade da matéria-prima e possíveis adulterações do leite. Os principais pontos que serão destacados em sua palestra envolvem desde a obtenção do leite no campo, os parâmetros importantes que devem ser levados em consideração pela indústria para a seleção dos fornecedores/produtores e também os fornecedores de leite spot. Segundo Silva, também serão abordados os cuidados necessários para o controle da qualidade da matéria-prima durante o transporte, os quesitos necessários na recepção do leite na indústria, os principais tipos de fraudes existentes no leite e em quais elos da cadeia elas são mais comuns.

Silva lembra que para garantir a qualidade do leite existem os quesitos legais que os órgãos de inspeção exigem que as empresas cumpram. Destaca, no entanto, a importância das empresas buscarem aprimorar e desenvolver processos que vão além dos exigidos por estes órgãos, para que possam garantir maior qualidade do leite e seus derivados. Conforme o especialista, entre os motivos para ocorrerem as adulterações do leite estão principalmente ganhos econômicos ou a necessidade de mascarar a má qualidade do produto. "No caso da fraude econômica, ocorre, por exemplo, a adição de água e mais algum componente como sacarose, sal, amido, etc. com o objetivo de restabelecer as condições normais do leite. Já no caso da fraude por qualidade, o que acontece, principalmente, é a adição de alguma substância alcalina (soda caustica), ou outro componente, para mascar a má qualidade do leite", explica Silva.

O evento que ocorre na próxima quinta-feira, dia 23 de junho, é promovido pela Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), e Embrapa. A programação começa a partir das 14h na Embrapa Aves e Suínos. O workshop se destina aos técnicos que interagem com o produto da ordenha até o laticínio, além dos agentes públicos reguladores, pesquisadores e estudantes. Mais informações e inscrições podem ser obtidas no site www.g100.org.br.
Este é o primeiro de uma série de workshops realizados pelas entidades promotoras. Além de Santa Catarina, os eventos ocorrerão também em Sergipe e duas vezes em Minas Gerais, sendo um no Triângulo Mineiro e o outro na Zona da Mata.
Serviço
Data: 23 de junho de 2016
Hora: 14h
Local: Embrapa Aves e Suínos - Rodovia BR-153, s/n, Concórdia (SC)
Informações e Inscrições: http://bancogeral.com.br/workshops-ablv-g100/ (Agrolink)

 
 
Lácteos/AR

No final de abril as autoridades do Centro da Indústria Leiteira (CIL) pediram "ao restante da cadeia láctea, e aos consumidores, em particular, a máxima compreensão" diante das inundações que resultaram na queda significativa da produção de leite. Se alguns consumidores não conseguiram ainda interpretar o que significa "a máxima compreensão" seguramente irão entender quando virem que os produtos lácteos subiram 11%, em maio, na cidade de Buenos Aires, em relação ao mês anterior.

Semelhante aumento não tem relação alguma com o aumento geral de preços registrado no setor de alimentos e bebidas (+3,7%) ou de carne (+2,6%), ou ainda pães (+1,6%). A queda abrupta da produção de leite decorrente do desastre climático ocorreu nas bacias leiteiras de Entre Rios, Santa Fe e Córdoba obrigando as indústrias de laticínios a recompor - também de maneira abrupta - os preços aos produtores de leite. Mas, tal como mostra o último aumento de preços de referência realizado pela Câmara dos Produtores de Leite da Bacia Oeste (Caprolecoba), as maiores indústrias (com exceção da Mastellone Hnos) deixaram de competir por preço (estabelecendo, em maio passado, o valor de 4 pesos/litro aos grandes produtores quando haviam pago de 3,20 a 3,35/litro, em abril).

Os preços internacionais do leite em pó - principal produto lácteo argentino de exportação - continuam em níveis médios deficitários. Assim sendo, a conta do aumento da fatura paga aos produtores será, em boa medida, paga pelos consumidores argentinos (que, graças à defasagem cambial, pagam cada vez mais caros pelos alimentos, quando cotados em dólares).
O fato é que o consumo de lácteos nos supermercados - segundo dados do INDEC - vem apresentando queda acentuada, ao nível nacional: em abril deste ano, segundo os últimos dados disponíveis, as vendas de lácteos nesses canais comerciais chegaram a 2.542 milhões de pesos, uma cifra 1,28% maior que a de março deste ano. No período a inflação registrada foi de 6,5%. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

 
1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência
A Unijuí irá sediar no dia 24 de junho, sexta-feira, o 1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência. O evento terá início às 9h, no Salão de Atos do Campus Ijuí, em comemoração ao Dia Internacional do Leite. O Canal Rural estará transmitindo ao vivo o evento, no horário das 9h30 às 12h. O Fórum é promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Sistema Farsul, Fetag-RS e Canal Rural, com apoio técnico da Embrapa e da Unijuí, e apoio da AGL, Apil, Emater, Famurs, IGL, Ocergs e Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação. Para inscrever-se gratuitamente e maiores informações, CLIQUE AQUI.