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Porto Alegre, 22 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.315

 

MG: Embrapa lança desafio de startups para o leite

Realizado por Litteris Consulting, Qrânio, Carrusca Innovation e Embrapa, o Ideas for Milk vai estimula a criação, a aceleração e o investimento em startups que busquem soluções tecnológicas para o mercado lácteo

Juiz de Fora/MG
Uma competição entre empreendedores na busca pelas melhores inovações tecnológicas para o setor lácteo. Isso é o que pretende o Ideas for Milk, que abre as inscrições a partir de 1º de agosto. Podem participar startups já constituídas ou equipes que pretendam criar uma startup. Serão submetidas ideias de soluções web, mobile ou em hardware relacionadas à cadeia produtiva do leite, abrangendo todos os segmentos, desde os insumos para a fazenda até os produtos lácteos na gôndola dos mercados.

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, afirma: "Ainda não encontramos em profusão soluções em softwares, aplicativos e hardwares que auxiliem nas atividades produtivas e que viabilizem precisão nas tomadas de decisões".  Sobre o mercado de IoT (Internet das Coisas, da sigla em inglês), que tem como exemplos sensores e chips, ele comenta: "o agronegócio do leite brasileiro ainda não participa da quarta revolução industrial, a da Internet das Coisas". Desafio nacional - O Ideas for Milk será composto de três etapas. A primeira é a seleção das cinco melhores ideias inscritas em cada sede onde haverá uma Final Local. Serão oito Finais Locais e o ganhador de cada uma delas vai para a Final Nacional, que será realizada no dia 14 de dezembro, em Brasília.

A proposta é reunir profissionais do mundo do leite e do mundo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para que se aproximem e criem oportunidades de desenvolver negócios em conjunto. O público alvo do evento é formado por empreendedores, estudantes, professores, pesquisadores e outros profissionais interessados no universo das startups. Startup - O conceito de startup é definido pelo mercado como companhias e empresas jovens, que buscam explorar atividades inovadoras. São empreendimentos recém-criados, que primam pela inovação tecnológica em qualquer área ou ramo de atividade e buscam um modelo de negócio que atraia grande número de clientes e gere lucros em pouco tempo. Empresas como Google, Facebook, Uber e WhatsApp são exemplos de startups que alcançaram êxito mundial.

Aceleradoras, incubadoras e investidores-anjo que acreditem no modelo de negócio fazem parte do universo que impulsiona as startups na caminhada pelo sucesso. Martins explica que o Ideas for Milk irá proporcionar uma interface entre os empreendedores e quem pode ajudá-los a crescer, com ganhos para o agronegócio do leite. São realizadores do Ideas for Milk: Embrapa (unidades Gado de Leite, Informática Agropecuária e Instrumentação), Litteris Consulting, Qranio e Carrusca Innovation. Onze universidades que se destacam nas áreas de agrárias e TIC são correalizadoras das etapas locais: Esalq/USP, USP São Carlos, Ufscar, Unicamp, Ufmg, PUC-Minas, UFV, Ufla, Ufjf, PUC-RS e Ufrgs. Empresas de tecnologia, aceleradoras e investidores-anjo participam como apoiadores do Ideas for Milk. As inscrições devem ser realizadas no site www.ideasformilk.com.br, entre os dias primeiro de agosto e 12 de outubro. (Embrapa Gado de Leite)

 
 
Mapa: decreto autoriza reconstituição do leite em pó para a produção de UHT e leite pasteurizado

Confira a publicação na íntegra:

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 21 DE JULHO DE 2016

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto no Decreto nº 8.701, de 31 de março de 2016, no parágrafo único do art. 507 do Decreto no 30.691, de 29 de março de 1952, e o que consta do Processo SEI no 21000.020851/2016-14, resolve:

Art. 1º: Fica autorizada, pelo prazo de um ano, a reconstituição de leite em pó pelas indústrias de laticínios sob Inspeção Federal, previamente habilitadas à produção de leite Ultra-Alta Temperaturas (UHT ou UAT) e de leite pasteurizado, localizadas na área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, afetada pela seca, observadas as exigências legais, visando à produção de leite UHT e de leite pasteurizado reconstituídos, para abastecimento público direto, obedecidas as normas dispostas na Instrução Normativa no 14, de 22 de abril de 2013.

Art. 2º: Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º: Fica revogado o art. 6o da Portaria no 196, de 23 de setembro de 1994. (Informações Diário Oficial da União, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Agricultura pede isenção de PIS Cofins em importação de milho

O Ministério da Agricultura pediu à equipe econômica do governo proposta de isenção de PIS/Cofins na importação de milho, até o fim do ano, para forçar a queda do preço do produto no mercado interno. Segundo o secretário de Política Agrícola da pasta, Neri Geller, a medida visa a atender às regiões deficitárias, que precisam comprar o grão de outros países produtores, principalmente da Argentina e do Paraguai. Apesar da alíquota de importação nos países do Mercosul ser zero, as compras externas têm a incidência de 1,65% de PIS e de 7,6% de Cofins. "Considerando o preço médio de importação nos últimos três anos, de US$ 149,40 a tonelada, a incidência dos tributos de 9,25% representa um custo adicional de US$ 13,80 por tonelada. Assim, esses tributos geram acréscimo aos importadores do cereal", argumentou o secretário. A redução na produção da safra de inverno, de 11,6 milhões de toneladas, provocada pelas adversidades climáticas, fez com que houvesse escassez do grão em algumas regiões do país. A colheita do milho 2ª safra está estimada em 43 milhões de toneladas. 

A avicultura e suinocultura representam, respectivamente, 52% e 25% da demanda nacional. De acordo com Geller, estes setores são dependentes do comportamento do mercado de milho na formação de suas receitas. Em média, o grão representa 70% do custo da ração das aves. "A isenção desses tributos será uma forma de melhorar o equilíbrio da rentabilidade das cadeias produtivas de carnes e ovos", destacou o secretário. Outra alternativa em negociação com o governo é o aumento do limite de venda de milho nas operações do Programa de Venda em Balcão, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, o limite sairia de 6 mil para 14 mil quilos de milho por comprador. Já para o Nordeste e Norte, passaria de 6 mil para 10 mil quilos por beneficiário/mês. Os preços de referência da venda direta levam em conta as cotações do produto no mercado local. (Jornal do Comércio)

 
Mapa: decreto autoriza reconstituição do leite em pó para a produção de UHT e leite pasteurizado
O Diário Oficial da União publicou hoje (22) um decreto que autoriza, pelo prazo de um ano, a reconstituição de leite em pó pelas indústrias de laticínios sob Inspeção Federal (previamente habilitadas à produção de leite Ultra-Alta Temperaturas [UHT ou UAT] e de leite pasteurizado) localizadas na área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE.  O decreto abrange a área da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, afetada pela seca, observadas as exigências legais, visando à produção de leite UHT e de leite pasteurizado reconstituídos. Um dos objetivos do decreto é abastecer o público direto, obedecidas as normas dispostas na Instrução Normativa nº 14, de 22 de abril de 2013. A Instrução Normativa entra em vigor hoje. (Informações Diário Oficial da União, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
 

Porto Alegre, 21 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.314

 

 Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Julho de 2016 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Junho de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Julho de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)
 
 
 
Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite aborda desenvolvimento da cadeia leiteira 

O desenvolvimento da cadeia leiteira, como a expansão do mercado e os avanços da indústria, foi debatido ao longo da manhã desta quinta-feira (21/07) no 19º Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite, em Carlos Barbosa, no RS. O evento reuniu diversas autoridades, como o prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva, e especialistas do setor. A organização do evento é da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) e conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat). 

Representando o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o diretor Ângelo Paulo Sartor ressaltou a importância do encontro, uma vez que a cadeia leiteira tem grande importância para a economia gaúcha. Apenas no Rio Grande do Sul são mais de 105 mil famílias envolvidas.

O Seminário Nacional e Internacional de Queijo e Leite, pela sua importância, se tornou uma das principais atividades na Festiqueijo. Ao longo da manhã ocorreram diversas apresentações sobre o mercado, os cuidados aos animais e avanços tecnológicos. Além das palestras, serão realizados o 2º Curso de Juízes de Queijo, que permitirá aos participantes entenderem e aprimorarem os paladares do queijo, entre os dias 21 e 22 de julho; e o 2º Concurso Estadual de Queijos, para avaliação propriamente dita, no dia 23 de julho. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Yakult investe em linha de baixa caloria

A Yakult do Brasil fez investimento com recursos próprios de R$ 60 milhões para colocar no mercado uma nova linha de leite fermentado com baixo teor calórico. A meta da companhia com o novo produto é ampliar em 10% suas vendas no país. No ano passado, as vendas da empresa no Brasil cresceram 3% em receita, para R$ 402 milhões. Em volume, as vendas ficaram estáveis, mantendo a média de 2,1 milhões de unidades por dia. No primeiro semestre deste ano, as vendas avançaram 5% em relação a igual intervalo de 2015, segundo a empresa. Do investimento total, R$ 50 milhões foram aplicados na instalação de uma nova linha de produção na fábrica de Lorena (SP). Outros R$ 10 milhões serão investidos em uma campanha publicitária, desenvolvida pela agência Publicis. Hoje, começam a ser divulgados os anúncios em emissoras de TV aberta e por assinatura. "Hoje, muitos brasileiros desejam melhorar a qualidade de vida por meio da alimentação e da prática de esportes. Acompanhamos essas mudanças com investimento em tecnologia e pesquisas e trouxemos uma nova proposta à população", afirmou Eishin Shimada, presidente da Yakult no Brasil. O novo produto é o leite fermentado Yakult 40 light, com 41% menos calorias em comparação à versão original do produto, ou com 30 calorias por unidade. O produto já existe no Japão, mas passou por adaptações para ter um sabor mais atraente para os consumidores brasileiros. A redução das calorias foi obtida com a substituição do açúcar por sucralose. O produto é voltado para o público adulto. 

 
A Yakult produz por dia 2,1 milhões de frascos de leite fermentado. Desse volume, 1,85 milhão de unidades são do Yakult tradicional e o restante das unidades são do leite fermentado voltado ao público adulto (Yakult 40). Shimada disse que no país tem crescido a demanda dos consumidores adultos por produtos com menos calorias e menos adição de açúcares, razão pela qual a companhia decidiu trazer a linha e tem perspectiva de crescimento mais acelerado nas vendas. Shimada disse ainda que a empresa tinha planos de expandir a sua rede de distribuição local com revendedores diretos, no ano passado. Mas o plano foi afetado pelo agravamento da recessão econômica no país. Em 2015, a Yakult manteve 5 mil revendedores diretos. Do total, 70% estão concentrados no Estado de São Paulo, com o restante distribuído nos Estados do Rio de janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Pernambuco. "Tendo como base essas localidades, a meta para os próximos anos é expandir a distribuição, com revendedores diretos em outras regiões do país", afirmou Shimada. De acordo com o executivo, a comercialização direta hoje representa 60% das vendas na Grande São Paulo. Supermercados e hipermercados respondem por 20% das vendas, enquanto as pequenas lojas respondem por outros 20%. De acordo com dados da Euromonitor International, a Yakult do Brasil é a terceira maior competidora no mercado de iogurtes, com 12,2% de participação. À sua frente estão a Danone, com 37,3% do mercado, e a Nestlé, com 20,8% de participação. Em termos de marca, a Yakult é a segunda colocada no mercado, atrás da Activia, da Danone. (Valor Econômico)

CNA confirma queda do valor da produção no campo

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira ("da porteira para dentro") deverá alcançar R$ 541,5 bilhões em 2016, conforme projeções da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgadas ontem. Se confirmado, o montante será 1,04% inferior ao do ano passado, resultado que reflete sobretudo os "problemas climáticos causados [à oferta] por estiagens ou excesso de chuvas" em diferentes regiões do país. A estimativa mais recente do Ministério da Agricultura para o VBP do setor neste ano ficou em R$ 514,4 bilhões, 3% menos que o cálculo da Pasta para 2015. De acordo com a superintendência técnica da CNA, o VBP da agricultura, que inclui 20 das principais culturas agrícolas do país, deverá somar R$ 339,8 bilhões, uma redução de 1,83% na comparação com o ano passado. Para a pecuária, a entidade aponta um ligeiro crescimento de 0,33%, para R$ 201,7 bilhões.

Das culturas agrícolas consideradas, dez tendem a apresentar aumento do VBP em 2016: amendoim (19,9%, para R$ 2,2 bilhões), cacau em amêndoas (10,8%, para R$ 2,7 bilhões), café beneficiado (16,2%, para R$ 25,3 bilhões), cebola (1,3%, para R$ 2,8 bilhões), feijão (7,6%, para R$ 9,1 bilhões), laranja (8,4%, para R$ 5,8 bilhões), mandioca (18,3%, para R$ 5,6 bilhões), milho (14,8%, para R$ 52,4 bilhões), trigo (20,7%, para R$ 4,9 bilhões) e uva (1,3%, para R$ 5,5 bilhões). Outros importantes produtos, no entanto, deverão registrar VBPs menores que em 2015. É o caso da soja, carro¬chefe do agronegócio nacional, cujo valor bruto da produção deverá ficar em R$ 126,7 bilhões, 2,2% abaixo do ano passado, segundo a CNA, "por conta da redução dos preços médios neste ano e da estimativa menor de produção". Também há quedas previstas para algodão (15,5%, para R$ 2,9 bilhões), arroz (12,5%, para R$ 9 bilhões), banana (25,7%, para R$ 10,8 bilhões), batata inglesa (6,9%, para R$ 7 bilhões), cana (8,4%, para R$ 51,4 bilhões), fumo (20%, para R$ 6,7 bilhões), mamona (18,3%, para R$ 55,1 milhões), sisal (27,2%, para R$ 444,5 milhões) e tomate (35,5%, para R$ 8,4 bilhões). Na pecuária, apenas os segmentos de frango e ovos deverão registrar aumento do valor da produção ¬ 3,5% (para R$ 38,9 bilhões) e 4,6% (para R$ 10,.4 bilhões), respectivamente. Já o VBP da carne bovina tende a permanecer relativamente estável em R$ 101,8 bilhões e há quedas previstas para suínos (4,2%, para R$ 12,7 bilhões) e leite (1,2%, para R$ 37,9 bilhões). Mais em www.cna.org.br. (Valor Econômico)
 

 
 
Europa: preços dos lácteos aumentam mas produtores ainda não sentem os benefícios
 
Os preços dos produtos lácteos europeus estão se estabilizando, à medida que a demanda de exportação aumenta, mas os produtores terão que esperar para sentir os benefícios, disse a Comissão Europeia. Ela fez comparações com o mercado de lácteos em 2009, quando os maiores preços dos produtos lácteos demoraram para se traduzir em maiores preços ao produtor.

A Comissão Europeia espera que o volume total de leite distribuído pelos produtores às indústrias na União Europeia (UE) nesse ano e em 2017 aumentará graças ao maior rendimento por vaca. "Desde a primeira semana de maio, os preços da UE começaram a aumentar", disse a Comissão. Os preços da manteiga aumentaram 12% em seis semanas, enquanto os preços do leite em pó integral aumentaram 11%. Porém, o preço do leite cru, de 27,27 euros (US$ 30,07) por 100 quilos, ainda estava 13% menor que no ano anterior em abril, e quase 30% menor que em abril de 2014.

A Comissão Europeia disse que um relatório dos Estados Membros "indica que mais cortes de preços ocorreram em maio, quando os preços dos lácteos começaram a se recuperar". "Esse atraso na transmissão de preços segue uma via similar à de 2009, quando os decréscimos mais fortes nos preços mensais ocorreram em março e abril, enquanto os preços dos lácteos já tinham se estabilizado".

A demanda por lácteos da China, que é um fator importante nos preços mundiais dos lácteos, está se recuperando após uma queda prolongada. A Comissão Europeia nota que "as importações chinesas se recuperaram fortemente em janeiro". Até maio, as importações chinesas aumentaram 22% com relação ao ano anterior.

Outro fator que está pesando nos mercados é o embargo russo às importações de lácteos, junto com vários outros alimentos. Antes das sanções, a Rússia absorvia 30% das exportações de lácteos da UE. Porém, a Comissão Europeia disse que as maiores exportações à Ásia estavam balanceando a perda de comércio com a Rússia. "O aumento das exportações de queijos, especialmente ao Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita é tão forte, que as exportações totais em 2016 deverão se igualar aos níveis de antes do embargo russo".

De fato, a UE está aumentando sua participação no mercado mundial de lácteos para 37%, 3 pontos a mais que no ano anterior. "As exportações mundiais foram levemente menores que no ano anterior nos primeiros quatro meses do ano". Porém, assim como outros importantes exportadores, Nova Zelândia, Reino Unido e Austrália viram um declínio significativo nas importações e os envios da UE aumentaram 6%.

As importações de lácteos dos Estados Unidos estão sendo suprimidas pela crescente demanda doméstica, que também está impulsionando as importações. As exportações da Austrália e da Nova Zelândia, ao mesmo tempo, estão menores devido à menor produção. 

Em 19/07/16 - 1 Euro = US$ 1,10303
0,90577 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Financiamento 
O financiamento da safra 2016/2017 é o mais caro em pelo menos 20 anos. A conclusão é do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio (IBDAgro), que calcula que os recursos do crédito rural caíram mais de 50% na comparação entre o primeiro semestre de 2016 e o do ano passado. De R$ 13 bilhões contratados em 2015 os valores teriam passado para R$ 6 bilhões. A queda nos depósitos à vista é considerada um dos principais fatores para a diminuição de recursos do crédito rural. Segundo o presidente do IBDAgro, Ademiro Vian, quase 30 mil produtores já deixaram de acessar o dinheiro, quando se compara o primeiro semestre do ano passado com o mesmo período de 2016. Ele acredita, inclusive, no esgotamento desse tipo de política. "Esta é uma das piores crises que eu já vi em meus 40 anos de experiência no mercado financeiro", afirma. (Canal Rural)
 

 

Porto Alegre, 20 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.313

 

  Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em junho de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de julho de 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de julho de 2016 é de R$ 2,7076/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleite.com.br/conseleite. (Fonte: Conseleite/PR) 
 
 
Ana Amélia participa de Reunião de Associados do Sindilat

A senadora Ana Amélia Lemos participará da próxima reunião de Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) no 29 de julho, em Porto Alegre. A presença foi confirmada nesta terça-feira (19/7) por meio de ofício encaminhado ao presidente Alexandre Guerra. A diretoria do Sindilat convida seus associados a estarem presentes nesse momento importante de interação da parlamentar com o setor lácteo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Sindilat realiza reunião com escola técnica 

Foi realizada ontem (19/07), na sede do Sindilat, reunião com a Escola Estadual Técnica Agrícula Celeste Gobbato, centro estadual de referencia em educação profissional, de Palmeiras das Missões. O encontro visou apresentar indicadores, projetos e as produções da escola na cadeia do leite. Na ocasião, o diretor da instituição, Luis Carlos Cosmann , convidou o sindicato para 1º workshop cadeia produtiva do leite, que será realizado nos dias 19 e 20 de outubro, que terá palestras com profissionais renomados do setor e também uma saída de campo, na Escola em Palmeira das Missões. 

O objetivo do encontro foi apontar as principais atividades da Escola sobre a cadeia do leite e como funciona a produção e comercialização. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, prestou apoio à escola. "É muito interessante como eles levam o assunto do leite para os alunos. Além de teoria, também tem a prática e isso que rende novos trabalhadores altamente qualificados para o setor", destacou. Também participaram da reunião representantes da Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões, Emater, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
Para Ibre, arrecadação caiu 7% em junho
A reversão parcial da desoneração sobre a folha de pagamentos no fim do ano passado está contribuindo para que a arrecadação federal dê os primeiros sinais de estabilização, ainda que o recolhimento de tributos que dependem da atividade econômica continue a apresentar quedas muito intensas, de acordo com os pesquisadores José Roberto Afonso e Vilma Pinto, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Segundo levantamento feito com base nos dados do Tesouro Gerencial até o dia 13 de julho, a arrecadação administrada pela Receita Federal somou R$ 95,9 bilhões no mês passado, uma queda de 7,1% na comparação com junho do ano passado, já descontada a inflação do período. Os dados do Tesouro Gerencial não reproduzem exatamente os números que devem ser divulgados pela Receita Federal nos próximos dias, mas conseguem antecipar tendências, explicam os pesquisadores. 

O número ainda é frustrante, dizem eles, mas "parar de mergulhar" já é um avanço relativo. Ao menos a arrecadação no curto prazo, afirmam Afonso e Vilma, começa a mostrar um ritmo de queda levemente menor do que o observado em períodos mais longos: no acumulado do ano, a queda da receita administrada foi de 7,4%, enquanto em 12 meses o recolhimento de tributos encolheu 7,5%. Essa diferença é até mais expressiva quando a comparação leva em conta a arrecadação total da União, que inclui royalties de petróleo, por exemplo. Em junho, a queda também foi de 7,1%, mas no acumulado do ano a retração é de 7,9% e em doze meses, de ¬8,2%. "É uma mudança muito importante. Depois de mais de um ano, pela primeira vez a curva mensal passou a superar a acumulada em quatro meses, e ambas ficaram acima da anualizada", afirmam. A expectativa, portanto, é que ainda que a arrecadação continue em terreno negativo, os resultados devem começar a melhorar, na comparação em 12 meses, ao longo de 2016, até por causa da base de comparação muito fraca. O problema é que essa aparente reversão de tendência parece estar associada ao aumento das alíquotas de contribuição previdenciária sobre o faturamento de empresas que no passado foram beneficiadas com a desoneração da folha de pagamentos, já que a massa salarial continua diminuindo. 

A reoneração foi uma das medidas de ajuste fiscal propostas pelo ex¬ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aprovada em 2015. Em junho, a arrecadação previdenciária encolheu "apenas" 3,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, um ritmo de queda bem menos intenso do que em 12 meses (¬8,7%). Essa é, porém, uma ajuda pontual, alertam os especialistas, já que no ano que vem a recomposição das alíquotas já não será mais capaz de aumentar o recolhimento de tributos. "Quanto mais a reversão da desoneração da folha salarial explicar desse comportamento menos negativo da receita, mais preocupa a tendência no longo prazo, porque terá desaparecido o efeito do corte daquele benefício", diz Roberto Afonso. Para Vilma, as desonerações precisam ser revistas, já que estão em nível muito elevado e sem análise específica de seu custo benefício, mas não é certeza que toda reoneração ampliaria a receita imediatamente. Para que a arrecadação de impostos e de contribuições previdenciárias tenham reação de fato, afirma ela, é essencial que o mercado de trabalho pare de piorar e a atividade dê sinais mais concretos de retomada. Por enquanto, apesar dos sinais de certa melhora da indústria, os impostos mais ligados à atividade econômica ainda mostram comportamento bastante negativo. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), por exemplo, encolheu 20,7% em junho, em termos reais, mais do que a retração de 16,7% no acumulado em 12 meses. O Imposto de Importação também teve desempenho ruim, com recuo de 27,5% no mês passado, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, a queda é menos intensa, de 14,8%. O mesmo vale para contribuições como a Cofins, em que o setor de serviços tem mais peso. Em junho, a retração foi de 8,3%, mais do que os ¬6,4% no acumulado em 12 meses. Para sair do fundo do poço, o cenário para a economia precisará mudar a ponto de inverter a trajetória do crédito, das importações, da produção e das vendas, concluem os pesquisadores. A questão, diz Vilma, é que mesmo com recuperação da economia, não é possível saber se a retomada terá intensidade suficiente para ajudar no ajuste fiscal necessário. (Valor Econômico)

 

Agência dos EUA reduz probabilidade de formação de La Niña até outubro

A NOAA, agência americana de pesquisas atmosféricas e oceânicas, reduziu suas estimativas para a probabilidade de formação do La Niña entre agosto e outubro deste ano. Segundo o órgão, as chances de o fenômeno se formar nos próximos três meses são de 55% a 60%, ante uma probabilidade de 75% apontada no relatório anterior, divulgado no dia 11.

De acordo com o órgão, os modelos estatísticos apontam para uma formação mais tardia do fenômeno, enquanto os modelos de previsão dinâmicos indicam um La Niña mais fraco. Por isso, a agência meteorológica reduziu as possibilidades de La Niña nos próximos três meses.

Patrícia Madeira, meteorologista da Climatempo, explica que a configuração de um La Niña depende de três meses consecutivos de temperaturas 0,5ºC abaixo da média nas águas superficiais do oceano Pacífico. Com as temperaturas apenas 0,4ºC abaixo da média, o fenômeno deve se formar com leve atraso, de uma a duas semanas.

"A probabilidade foi reduzida porque julho está um pouco mais quente que o esperado. Mas o La Niña deve começar em outubro ou começo de novembro", destacou Patrícia. Com o atraso no início do fenômeno climático, a meteorologista descarta impactos mais fortes na safra americana de grãos, cuja colheita ganha força em setembro.

Para o Brasil, onde o La Niña é associado ao clima mais seco na região sul do país, a meteorologista também descarta grandes impactos. "Pode acontecer redução de chuvas, mas não com gravidade suficiente para afetar a safra porque vai ter água", destaca Madeira. Para as demais regiões, "o que pode ocorrer é uma redução das chuvas em fevereiro no Centro-Oeste e Sudeste do país, mas que não deve pegar a safra em um momento vulnerável", avalia a meteorologista. (As informações são do Valor Econômico)

Queijos/AR 

Pelos primeiros dados do "balanço lácteo" publicado pela Subsecretaria de Lechería, os estoques de queijos duros estão reduzidos aos mínimos históricos: os preços estão tão elevados que o produto já pode ser guardado em caixa forte. O preço na gôndola de um queijo Parmesão Conaprole nos supermercados de Montevidéu é encontrado a US$ 16/kg. Um produto similar de primeira marca, em Buenos Aires (Romano La Serenísima) é vendido a US$ 21/kg (31% mais). Boa parte dessa incrível diferença se explica pela inflação inercial que vem se arrastadno do regime kirchnerista e a elevada concetrnação da distribuição (com cadeias de supermercados que aplicam margens gigantescas aos preços dos atacadistas de queijos). Mas esse fenômeno também ocorre diante dos baixíssimos estoques de queijos de massa dura. Muitas indústrias de laticínios não têm nenhuma pressa em vender essa mercadoria. Em abril deste ano - último dado da Subsecretaria de Lechería - o estoque de queijos duros foi de 158.680 equivalentes litros de leite, versus 180506 e 210398 litros em março e fevereiro passados. Em abril de 2015 o estoque era de 187.050 litros. Quedas também foram observadas nos estoques dos queijos de massa semidura. 

Em abril deste ano, devido ao desastre climático que afetou mutias zonas produtivas de Córdoba, Santa Fe e Entre Rios, a produção nacional de leite - que já vinha caindo com o encerramento de muitas propriedades produtoras e redução dos rebanhos - foi de apenas 658 milhões de litros (20% menos que no mesmo mês de 2015). Nesse contexto de falta de leite - que provocou um aumento nominal significativo dos preços impulsionado por uma concorrência acirrada - a maior parte das indústrias passaram a liquidar os estoques de queijos e destinar o pouco leite disponível na elaboração de queijos frescos (leite em pó continuando sendo um negócio horrível). As autoridades da Subsecretaira da Lecheria do país - tal como antecipado - começaram a publicar uma nova série de indicadores ("balanço lácteo") por meio dos quais se promoverá a redução da assimetria de informações sobre a cadeia de laticínios. O "balanço lácteo" permite observar que efetivamente no começo deste ano a indústria contava com um excesso gigantesco nos estoques de leite em pó, que apesar de continuar elevado, foi reduzido com as vendas realizadas para a Venezuela, pela SanCor, e pela menor oferta de leite disponível a partir de abril passado. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

Consumo per capita de margarina pelos americanos está menor que o de manteiga

Os dados sobre manteiga e margarina disponibilizados pelo Serviço de Pesquisas Econômicas (ERS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - que fornece estimativas anuais sobre ofertas per capita disponíveis para os consumidores americanos e que serve como um indicador de consumo - podem ajudar a contar a história do consumo de manteiga e margarina no país. 

Na primeira metade do século XX, a disponibilidade de manteiga nos Estados Unidos era maior do que a de margarina. A disponibilidade durante esse período era em média de 7,26 quilos por pessoa por ano de manteiga, comparado com 1,27 quilos por pessoa de margarina. A escassez e o racionamento de manteiga durante a Segunda Guerra Mundial levou os consumidores e processadores de alimentos a buscarem substituir a manteiga por margarina. 

Após a Segunda Guerra Mundial, muitas políticas públicas e restrições sobre a margarina (incluindo restrições na coloração) foram deixadas de lado. Além disso, alguns consumidores tinham se tornado mais acostumados ao sabor da margarina e o menor custo da mesma com relação à manteiga também favoreceu a troca (US$ 0,51 por quilo para margarina comparado com US$ 1,57 por quilo para manteiga em 1946). Ao mesmo tempo, a margarina foi promovida como uma alternativa mais saudável à manteiga, devido a seu menor teor de gordura saturada.

O menor preço da margarina e as maiores ofertas nos anos após a guerra derivaram de uma oferta cada vez mais crescente de óleo de soja, o que coincidiu com a maior demanda de farelo de soja para alimentar o gado. Originalmente, as margarinas eram preparadas com uma mistura de gorduras animais - como sebo e banha - com óleos de palma, semente de palma, entre outros. Nos anos trinta, a margarina era principalmente feita a partir de óleos vegetais produzidos domesticamente e parcialmente hidrogenados para converter os óleos líquidos em um produto cremoso semissólido em temperatura ambiente. 

Entre 1942 e 1972, a disponibilidade de manteiga caiu de 7,44 para 2,27 quilos por pessoa/ano. No mesmo período, a disponibilidade de margarina aumentou firmemente, ultrapassando a de manteiga em 1958, para 4,04 quilos por pessoa e alcançando o pico de 5,44 quilos por pessoa em 1976.

Na segunda metade da década de setenta, a disponibilidade de margarina começou a apresentar tendência de queda, com o maior declínio começando em 1994. Em 2005, o consumo de margarina caiu para menos que o consumo de manteiga, apesar do maior preço da manteiga (US$ 7,23/kg) comparado com o de margarina (US$ 1,96/kg). 

A disponibilidade de margarina continuou caindo para 1,59 quilos por pessoa em 2010. Em 2013, a disponibilidade per capita de manteiga era de 2,49 quilos. A manteiga deve parte do seu aumento no consumo às preocupações referentes às gorduras trans na margarina e, mais recentemente, às sugestões de que a gordura saturada não é tão prejudicial à saúde como se pensava. Juntas, a disponibilidade de manteiga e margarina estão perto da metade do que eram há 25 anos, à medida que os processadores de alimentos, restaurantes e consumidores se voltaram a saladas e óleos de cozinha para suprir suas demandas de gorduras e óleos. (Os dados são do ERS, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), traduzidos pela Equipe MilkPoint)

 
 

19º Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite será junto com o 2º Curso de Juízes e o 2º Concurso de Queijos
O 19º Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite acontece no próximo dia 21 de julho, a partir das 8h30, no município de Carlos Barbosa/RS. A organização é da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) que trará para o evento renomados especialistas na área. Além do Seminário, também ocorrerá no local no dia 21 e 22 de julho o 2º Curso de Juízes de Queijo e no dia 23 de julho o 2º Concurso Estadual de Queijos. Confira a programação e inscreva-se! Para maiores informações, CLIQUE AQUI! (Assessoria de Imprensa AGL)

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Porto Alegre, 19 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.312

 

  Preço do leite atinge maior valorização da história do Conseleite

O preço do leite padrão no Rio Grande do Sul deve apresentar aumento de 11,15% em julho. Dados divulgados pelo Conseleite nesta terça-feira (19/7) indicam que valor projetado para o litro deve ficar em R$ 1,3170 frente ao valor de R$ 1,1849 consolidado em junho. Nos últimos três meses (maio-julho), o aumento chega a 27,30%. Segundo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Belisário Finamore, o valor projetado para julho é o maior já verificado no histórico do Conseleite. Outros picos foram  registrados em 2007  (R$ 1,1331),  2009 (R$ 1,1650) e 2013 (R$ 1,1565), em valores corrigidos pelo IPCA. "Os preços alçaram voo no Rio Grande do Sul, principalmente no leite UHT e leite pasteurizado", pontuou o pesquisador. Outros produtos lácteos também seguiram a tendência de alta no mês, como o queijo prato e o leite condensado. 

No ano (janeiro- julho de 2016), o valor de referência do leite UHT subiu 83,41% (julho - R$ 1,48/litro) , seguindo pelo pasteurizado, com alta 55,03% (julho - R$ 1,45/litro) e do leite em pó, com 17,92% (julho - R$ 1,041). "Depois de dois anos com preços congelados, 2016 sinaliza ser um ano de boa remuneração para o setor lácteo", acrescentou Finamore, que apresentou os dados com ajuda do colega Marco Antônio Montoya.

Presidindo os trabalhos, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, prevê que os preços sigam em um patamar elevado até agosto e, em seguida, tendam a apresentar algum ajuste. Contudo, os valores não devem retornar aos patamares de 2015 frente a um cenário impactado pela importação e fatores climáticos. Guerra ainda alertou sobre a importância de manter o controle do mercado interno uma vez que há leite entrando de outros países no Brasil, o que ameaça a rentabilidade da atividade. O preço só vem se mantendo, explica ele, pela redução da captação de leite nos tambos gaúchos. Além disso, a alta dos custos de produção no campo e na indústria também impactou nos valores apurados. "O milho subiu, os combustíveis subiram. Estamos em um patamar em que é possível trabalhar e remunerar produtores e indústria", frisou Guerra.

Na ocasião, os conselheiros ainda avaliaram o projeto de alteração no website e da marca do Conseleite, o que ficou de ser definido no encontro do mês de agosto.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Legenda: Professor Marco Antônio Montoya e Alexandre Guerra
 
 
 
Leilão GDT: mercado internacional continua sem grandes variações nos preços

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (19/07) não apresentou variação de preços sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.336/tonelada.

Nenhum dos produtos comercializados no leilão apresentou grande variação em seus preços. O queijo cheddar e o leite em pó desnatado caíram 1,1% em relação ao leilão anterior, sendo comercializados a US$2.886/ton e US$1.927, respectivamente. O leite em pó integral teve alta de 1,9% no preço em relação ao leilão anterior, sendo comercializado a US$2.079/ton.

Foram vendidas 31.348 toneladas de produtos lácteos neste leilão, cerca de 1% abaixo do volume no mesmo período do ano passado. Os contratos futuros de leite em pó integral continuam sem apontar para grandes mudanças até o início de 2017. Até janeiro, as projeções estimam preços entre US$2.045 e US$2.130/ton, sem nenhuma alteração significativa no atual patamar de preços. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint)

 
Europa revela subsídio de 500 milhões de euros para produtores rurais

A Comissão Europeia revelou um pacote de ajuda aos produtores de €500 milhões (US$ 551,51 milhões) na segunda-feira (18) para dar suporte financeiro aos produtores de leite que estão passando por dificuldades nos 28 estados membros. O último pacote inclui €150 milhões (US$ 165,45 milhões) direcionados a subsidiar as reduções voluntárias na produção de leite em toda a UE e €350 milhões (US$ 386,06 milhões) em uma ajuda condicional.

O pacote de ajuda condicional será definido e implementado ao nível de estado membro. Os estados membros terão permissão de combinar fundos da UE, o que fornece potencial de dobrar o subsídio a alguns produtores de leite. A Alemanha e a França, os dois maiores produtores de leite da UE, deverão receber quase €58 milhões (US$ 63,97 milhões) e €50 milhões (US$ 55,15 milhões), respectivamente. Irlanda e Holanda, os dois fornecedores de leite de mais rápido crescimento, receberão €11 milhões (US$ 12,13 milhões) e €23 milhões (US$ 25,36 milhões), respectivamente. A Irlanda, em particular, era contra a ajuda relacionada a controles extensivos da oferta, enquanto os maiores produtores da UE, Alemanha, França e Polônia, eram a favor disso. O ministro da Agricultura da Irlanda, Michael Creed, elogiou o novo pacote de subsídio por fornecer aos estados membros o máximo possível de flexibilidade.

 
 

A Comissão Europeia também autorizou a expansão dos subsídios aos estoques públicos existentes e a extensão da intervenção (programa de suporte aos preços) para leite em pó desnatado até fevereiro de 2017. Entretanto, o volume teto para o leite em pó desnatado comprado a preços fixos permanece em 350.000 toneladas até 31 de dezembro de 2016.

O pacote financeiro de hoje é o terceiro fornecido desde que a União Europeia (UE) aboliu sua política de cotas de produção de leite de 30 anos em abril de 2015.

A Comissão Europeia notou que em menos de um ano, forneceu mais de €1 bilhão (US$ 1,1 bilhão) para os produtores financeiramente afetados em um momento de pressões orçamentárias significativas. A Comissão Europeia afirmou que "essa é uma resposta muito robusta por parte da Comissão e é uma afirmação muito forte de suporte aos produtores europeus", levando ao questionamento se a Comissão Europeia está enviando um sinal aos produtores de leite de que o apoio financeiro da UE aos produtores de leite está secando. (As informações são do Daily Dairy Report)

 
Pessimismo
Má notícia: a intenção de consumo das famílias gaúchas teve queda de 30,2% em julho em relação ao mesmo período do ano passado e de 9,4% em relação ao mês anterior. É o menor patamar registrado desde janeiro de 2010. Os números foram divulgados ontem pela Fecomércio-RS. Na avaliação da entidade, o mercado de trabalho segue enfraquecido, com redução de postos de trabalho, o que impacta a renda das famílias, sem contar a inflação e os juros altos. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 18 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.311

 

Déficit na balança de lácteos é o dobro de 2015

O déficit na balança comercial de lácteos do Brasil no primeiro semestre já é o dobro do déficit registrado em todo o ano passado. O quadro é reflexo da escassez de matéria--prima no mercado doméstico, o que tem estimulado as importações. Nos primeiros seis meses do ano, o país importou US$ 268,6 milhões em produtos lácteos e exportou US$ 62,7 milhões, o que gerou um déficit de US$ 205,9 milhões. Em todo o ano passado, o déficit havia sido de US$ 100 milhões, conforme dados da Secex/Midc compilados pela MilkPoint. Considerando os volumes comercializados em equivalente leite, o déficit na balança também cresceu. Conforme a MilkPoint, no primeiro semestre, o déficit foi de 683,7 milhões de litros ante 343,7 milhões no mesmo intervalo de 2015. Em todo o ano passado, o déficit fora de 548 milhões de litros.

 

A escassez de leite no mercado doméstico por conta da redução da produção tem elevado os preços internos da matéria¬-prima, o que torna a importação mais competitiva. De acordo com Valter Galan, analista da MilkPoint, as importações poderiam ser ainda maiores, mas no momento, os principais fornecedores do Brasil ¬ Argentina e Uruguai ¬ enfrentam alguma restrição na oferta por problemas climáticos e aumento nos custos de produção. No primeiro trimestre deste ano, a aquisição de leite no Brasil recuou 4,5%, para 5,86 bilhões, segundo o IBGE. Pelas estimativas da MilkPoint, a retração se acentuou no semestre, para 7% na comparação com igual período de 2015 (ver quadro).

Até maio, a queda era projetada em 6%. Diante desse cenário, a disponibilidade total também caiu mais ¬ 4%. Até maio, o recuo era de 3,5%. Ainda conforme as projeções da MilkPoint, a disponibilidade de leite per capita no semestre foi de 56,6 litros, 4,8% abaixo dos 59,4 litros um ano antes. O recuo também avançou em relação a maio. A expectativa de Galan é de um ambiente mais favorável à produção de leite no Brasil neste semestre uma vez que a relação de troca com o milho começou a melhorar. Assim, avalia, os preços da matéria-¬prima devem começar a ceder. Aliás, já começa a haver recuo nos preços dos produtos finais, como leite longa vida e mozzarella, segundo Galan, reflexo de uma retração do consumidor.

No curto prazo, contudo, o cenário não deve mudar muito, pois a importação ainda está competitiva, diz o analista. Enquanto o queijo mozzarela nacional é negociado por entre R$ 22 e R$ 23 o quilo no atacado, o produto argentino chega a São Paulo por cerca de R$ 17 o quilo. Marcelo Costa Martins, diretor¬executivo da Viva Lácteos (que reúne empresas do segmento), concorda que, no curto prazo, "não há perspectiva de mudança", uma vez que a limitação de oferta persiste no mercado interno. Ele observa, porém, que mesmo num cenário pouco estimulante para as exportações, as empresas do setor "continuam apostando na importância da abertura de novos mercados". O objetivo é estarem prontas quando o cenário estiver mais favorável. (Valor Econômico) 

 
 
Bancos querem fatia maior do crédito agrícola

Em um cenário de retração de diversos setores da economia brasileira, as instituições financeiras têm voltado cada vez mais suas atenções para o cré- dito agrícola, tradicionalmente dominado pelo Banco do Brasil. Entre as principais estratégias adotadas estão o aumento do volume de recursos do agronegócio em relação ao total da carteira; a especialização das equipes de atendimento, inclusive com a contratação de agrônomos; e a aproximação do relacionamento com cooperativas, empresas do setor e produtores. Para a safra 2016/2017, todos os principais bancos privados do País incrementaram o volume de recursos disponível. Apenas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o Sicredi vai liberar R$ 6,1 bilhões, quase 8% mais do que no ciclo anterior. Em nível nacional, o Santander não revela os números, mas pretende incrementar em 20% a disponibilização de recursos livres e controlados. Da mesma maneira, o Bradesco, que aplicou R$ 21 bilhões, em 2015/2016, pretende aumentar o índice em 10%. 

O Banrisul, por sua vez, lançou, no fim do mês passado, uma carteira de R$ 2,1 bilhões para produtores gaúchos, alta de cerca de 10%. Por outro lado, o volume maior de recursos voltado ao campo tem sido acompanhado por elevações nos juros nos últimos dois anos. No Plano Agrícola e Pecuário, lançado pelo governo federal em julho, as taxas variam de 9,5% a 12,75% ao ano, sendo de 8,5% para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). De acordo com os bancos, a elevação das alíquotas não tem influenciado nas contratações, pois ocorreram paralelamente a alta da taxa Selic, hoje em 14,25%. No caso da agricultura familiar, que contará com R$ 30 bilhões, as taxas variam de 2,5% a 5,5%, apresentando queda para produtos agroecológicos e da cesta básica. Mesmo com a maioria das alíquotas mais onerosas, o agronegócio segue com inadimplência baixa na comparação com outros setores. "É uma inadimplência muito aquém do mercado tradicional.

É um setor que vem se beneficiando de safras cheias, preços bons nas commodities e, com isso, acaba tendo um cená- rio diferente em relação aos demais segmentos", explica o diretor executivo do Sicredi, Gerson Seefeld. No Banrisul e no Sicredi, por exemplo, as pendências dos agricultores giram, respectivamente, em torno de 3% e menos de 0,3% da carteira de crédito. Enquanto o custeio e a comercialização da lavoura exigem crédito anual, a área de investimento é a que mais sentiu os efeitos da crise econômica, vide as bruscas quedas nas vendas de máquinas nos dois últimos anos. Segundo Seefeld, a busca por financiamento para compra de maquinário, armazenagem e construção, caiu nesse período. "Há cinco anos, houve investimento pesado na renovação do parque de máquinas. Depois, o produtor passou a fazer aplicações mais precisas. 

Acredito que, agora, está havendo uma readequação do mercado, com investimentos em equipamentos que gerem mais produtividade e menos perdas na colheita", explica. Para o superintendente executivo de Agronegócios do Santander, Claudio Yutaka, principalmente na região Sul, há espaço para renovação do maquinário, o que tem impulsionado a procura por crédito de investimento. "Em geral, os produtores trocam 10% do parque de máquinas anualmente e há um desgaste natural pelo uso de colheitadeiras e tratores", analisa. Yutaka afirma ainda que o aumento do preço médio da terra tem obrigado o agricultor a investir em agricultura de precisão, irrigação e armazenagem para elevar a produtividade. Nesse cenário, entram as linhas de silos, construção civil e renovação tecnológica: outra oportunidade dos bancos para captar o setor que mais cresce na economia brasileira. (Jornal do Comercio)

 
Projeto Leite na Escola apresenta resultados 
  
Em oito meses de ação, o projeto Leite na Escola já visitou 22 escolas e atendeu 2.608 alunos de escolas estaduais da região Metropolitana de Porto Alegre. Realizada pela Secretaria de Agricultura (Seapi), a ação integra a agenda da Câmara Setorial do Leite e tem apoio de instituições ligadas ao setor produtivo, como o Sindilat. Os dados foram divulgados em reunião de trabalho realizada nesta segunda-feira (18/7). De novembro de 2015 a julho de 2016, as oficinas levaram conhecimento a crianças com objetivo de incentivar o consumo de leite e derivados desde a infância, resgatar a confiança no produto e mostrar todo o percurso do leite, desde a origem até a mesa das famílias. Após cada apresentação, os alunos são convidados a degustar alguns itens, momentos esses onde foram consumidos 522 litros de bebida láctea, 99 litros de leite e 30 quilos de queijos.  Os alunos que participaram das oficinas ainda receberam a revistinha "Pedrinho & Lis: a origem do Leite". 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou a reunião e ressaltou a importância dessa ação junto a esses novos consumidores e garantiu a continuidade da parceria para atender a novas instituições de ensino. O coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes, pontuou que a expectativa é atender mais 20 escolas neste segundo semestre e que a intenção é ampliar a atuação uma vez que a demanda por receber a equipe do projeto é crescente. Contudo, pontuou que a ação precisa estar enquadrada na questão orçamentária e logística existente. 

No segundo semestre, o projeto Leite na Escola traz uma novidade. A segunda edição da revistinha "Pedrinho e Lis em: A Fantástica Fábrica do Laticínios" já está em elaboração. A ideia, pontuou o estagiário Pedro Nery, é lançar a publicação na Expointer 2016. O gibi traz informações sobre o processamento do leite e como funciona um laticínio, além de brincadeiras e curiosidades. Na ocasião, a equipe do projeto Leite na Escola ainda apresentou dados compilados a partir de questionários respondidos pelos professores que acompanharam o primeiro semestre de atividades. Segundo levantamento, 77% deles acreditam que a ação ajudou no consumo de produtos lácteos na merenda, 82% informaram que o assunto rendeu novas atividades em sala de aula e 100% gostariam de levar alunos a propriedades leiteiras ou indústrias. (Assessoria de Impresa Sindilat)

Festiqueijo espera receber 21 mil visitantes na edição deste ano

Principal evento do calendário de Carlos Barbosa, na Serra Gaúcha, o Festiqueijo chega a sua 27ª edição com perspectiva de aumentar o número de visitantes em relação ao ano passado. Os organizadores esperam receber 21 mil pessoas entre os dias 1 e 31 de julho, sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, no salão paroquial da Igreja Matriz. "O público é muito fiel. As pessoas se programam para participar", descreve o presidente da diretoria voluntária do evento, Diego Carlos Baldasso. Ou, seja, a crise não tem afetado a expectativa de público. O valor do ingresso às sextas-feiras e domingos é R$ 100,00. Aos sábados a entrada passa para R$ 110,00. Há gratuidade para crianças até 7 anos, sendo que para as que têm de 8 a 12 anos o valor cobrado é de R$ 50,00. No local, o visitante tem acesso a mais de 40 tipos de queijos, além de um amplo cardápio de pratos típicos da região, o que faz com que o festival seja reconhecido como um dos principais eventos gastronômicos da Serra. 

 
A cultura italiana é presença forte, reforçam as soberanas Cheila Paula Pansera, que é a Senhorita Festiqueijo, e Stephanie Pech, a dama de companhia. "A cultura italiana diz que uma senhorita nunca anda sozinha, por isso existe a dama de companhia", comenta Cheila. "Tudo foi pensado para respeitar as tradições", acrescenta Stephanie. Segundo a vice-presidente e diretora de Marketing do evento, Jéssica Dalcin Andrioli, o espaço que recebe o Festiqueijo passou por melhorias que garantem mais conforto aos visitantes, com atenção à climatização do ambiente, sobretudo. "Prezamos muito pela qualidade", afirma Jéssica. (Jornal do Comercio)
 
Sindilat debate parceria para Fórum em Santa Maria
Reunido na sexta-feira (15/7) com Luciane Kolbe e Márcia Mandagará, do Canal Rural, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, alinhou parceria para a realização da segunda edição do Fórum do Leite. O evento ocorrerá no próximo dia 11 de outubro, em Santa Maria. Desta vez, o encontro terá o apoio da Universidade Federal de Santa Maria. Na ocasião, foi debatida a temática central do evento e os encaminhamento a serem dados para sua realização. O 1º Fórum Estadual do Leite - Rumo à Excelência foi realizado em Ijuí no mês de junho e reuniu mais de 500 pessoas no auditório da Unijuí para discutir as mudanças oportunizadas com a nova Lei do Leite.  O projeto itinerante deve ter sequência em diversas regiões produtoras de leite do Rio Grande do Sul. (Assessoria de Impresa Sindilat)
 

 

Porto Alegre, 15 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.310

 

  Impostos sobre peixes e queijos podem ter aumento, alerta ministro da Fazenda

A equipe econômica do novo governo estuda aumentar os impostos cobrados sobre alimentos como salmão, que hoje tem tributação zero, para engordar os cofres públicos. Outros itens, como bacalhau, truta e atum do Atlântico podem ser alvos do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sem mencionar vários tipos de queijos, como provolone, muçarela, minas e prato. 

Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Meirelles citou o salmão como um "item de luxo", que foi adicionado à cesta básica do brasileiro, e sobre o qual a alíquota do PIS-Cofins - hoje zero - pode ser elevada. O quilo do salmão fresco inteiro custa, em média R$ 50,00. No primeiro semestre, o Brasil gastou quase US$ 200 milhões com a importação de 32 mil toneladas do peixe do Chile.

A Receita Federal estima que o governo vai deixar de arrecadar só este ano R$ 18,5 bilhões devido à desoneração do PIS-Cofins da cesta básica, que beneficia alimentos como feijão, arroz, farinha de mandioca, batata-doce, milho e leite. Massas, açúcar, óleo de soja e itens de higiene e limpeza também entram nessa lista, assim como carnes bovinas, proteínas de frango e carnes de caprinos e ovinos - para respeitar hábitos alimentares de diferentes regiões do País. 

Meirelles usou o salmão para exemplificar como alguns itens podem sofrer elevação de tributação, se for necessário. Segundo ele, a medida é estudada, mas ainda não passa de um "Plano C". O "Plano A" continua sendo ajustar as contas públicas com a contenção do crescimento dos gastos públicos. A outra prioridade é fortalecer o caixa por meio de privatizações, securitizações e vendas de ativos.

Antes de tomar qualquer decisão, o governo avaliará a repercussão que o aumento dos impostos terá sobre a economia. No caso específico do PIS-Cofins, também deverá ser levado em consideração quanto essa medida representará em aumento de custo para as empesas, e se, no limite, ela terá que demitir funcionários em função disso. Também existem estudos para uma alta geral do tributo. (As informações são do Economia - iG)
 

 
Campo aberto para produtos que sustentam as exportações

 

Estudo recém ¬concluído pelo Ministério da Agricultura e pela Embrapa com projeções para o agronegócio brasileiro até a safra 2025/26 confirma que o cenário é bastante positivo para os produtos mais valorizados do setor nos mercados interno e externo. Mas, em contrapartida, sinaliza um horizonte sombrio para itens básicos como arroz e feijão, voltados sobretudo ao abastecimento doméstico e que normalmente oferecem aos agricultores remunerações mais baixas do que commodities como soja e milho, por exemplo. Como adiantou ontem o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, o estudo aponta que a safra brasileira de grãos poderá alcançar entre 255,3 milhões e 301,3 milhões de toneladas na safra 2025/26, ante 196,5 milhões em 2015/16 ¬ um crescimento que, na melhor das hipóteses será de 53,3%%, puxado por soja e milho. 

Esse incremento embute avanços tanto da produtividade das lavouras quanto da área plantada total, que poderá crescer para entre 58,2 milhões e 65,6 milhões de hectares, ante 58,2 milhões na temporada 2015/16. "Ainda que as nossas projeções sejam conservadoras, esses dados mostram que a agricultura brasileira tem um grande potencial de crescimento pela frente", afirma José Garcia Gasques, coordenador geral de Análise de Estudos do ministério. O cenário traçado está em linha com o que esperam do Brasil órgãos como a FAO, a agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Entre os produtos que puxam as perspectivas de expansão do campo nacional, um dos grandes destaques é a soja, que já é o carro ¬chefe do agronegócio brasileiro. 

O estudo prevê que a produção da oleaginosa poderá alcançar 129,2 milhões de toneladas (médias dos limites inferior e superior apontados) em 2025/26, 35,1% mais que em 2015/16, com uma expansão de 30% da área plantada, para 43,2 milhões de hectares. Em seguida, aparece o milho, cuja colheita poderá aumentar 24,2%, para 94,7 milhões de toneladas (média dos limites), em uma área 4,4% superior, da ordem de 16,4 milhões de hectares. Em larga medida, essas culturas tendem a ser impulsionadas pelo aumento da demanda para produção de ração tanto no país quanto no exterior, tendo em vista a tendência de incremento do consumo de proteínas animais, principalmente em países emergentes. Tanto que, no horizonte desenhado pelo Ministério da Agricultura e pela Embrapa, a produção brasileira de carne de frango poderá aumentar 34,6%, para 19,1 milhões de toneladas no ciclo 2025/26, a de carne suína tende a crescer 31,3%, para 4,7 milhões de toneladas, e a de carne bovina poderá subir 21%, para 10,2 milhões de toneladas, sempre considerando as médias dos limites inferiores e superiores das estimativas. 

Mas, se são igualmente positivas as perspectivas de expansão da produção de açúcar, café e laranja, entre outros, o quadro traçado para os básicos arroz e feijão é preocupante, sobretudo porque o ministério e a Embrapa projetam aumentos de produtividade até agora não registrados. As estimativas do estudo do ministério apontam que a área plantada de arroz poderá cair 48,3% até 2025/26, para 1 milhão de hectares, e que a produção, mais eficiente, tende a crescer 2,6%, para 11,5 milhões de toneladas. Já a área de feijão poderá recuar 40,5%, para 1,8 milhão de hectares, e a colheita poderá subir 2%, para 3,4 milhões de toneladas, também por ganhos de produtividade superiores a 40%, que não encontram paralelo nas últimas décadas. No caso do feijão, por exemplo, da safra 2005/06 para o ciclo 2014/15 ¬ a temporada 2015/16 foi muito prejudicada pela seca ¬, a produtividade média caiu 28%. (Valor Econômico)


Itamaraty cita vantagens em acordos internacionais; agricultura familiar vê perda de soberania

Ao analisar o projeto, o Itamaraty entende que o texto pode aproximar o Brasil de eventuais acordos de investimento firmados com outros países no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "A proposta vai na direção de não discriminação entre empresas brasileiras ou controladas por estrangeiros", disse Norberto Moretti, que representou o Ministério das Relações Exteriores na audiência. "A consequência prática é que o investidor estrangeiro, sob a forma de uma empresa nacional de capital estrangeiro, terá o mesmo tratamento que uma empresa brasileira", disse Moretti. O deputado Heitor Schuch (PSB-RS), que propôs o debate, se disse contrário à proposta. "Não podemos nem permitir falar que agricultor familiar esteja correndo o risco de perder sua terra para estrangeiros. Estaremos realimentando a indústria dos sem-terra.

Portanto, o Brasil precisa antes cuidar bem dos brasileiros", disse. "Pode até trazer gente de fora, mas não entregando a terra. " Schuch disse que o objetivo do projeto "é vender 25% do território nacional para estrangeiros". "É dali que tiramos a produção agrícola, que gera emprego, gera renda e traz divisas novas para o Brasil", afirmou. Para o secretário da Contag, Elias D'Ângelo, a matéria põe em risco a soberania nacional e poderá inflacionar o preço da terra no País. Mesma opinião compartilhada pelo presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva. Segundo o dirigente, no Rio Grande do Sul hoje 30% dos agricultores não têm terra e plantam em áreas arrendadas. "A terra é um bem, sim, mas também tem função social. 

Precisamos é de crédito fundiário para garantir a sucessão rural e a produção de alimentos", opinou. Também contrário ao projeto, o representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Guilherme Delgado, disse que o texto é completamente inapropriado. "O projeto vai na contramão dos regimes fundiários instituídos pela Constituição de 1988. Precisamos entender que a terra não é mercadoria, mas um bem intergeracional de uso múltiplo e com uma função social clara", defendeu Delgado, para quem o texto põe em risco comunidades tradicionais, como índios e quilombolas, e a soberania nacional. (Jornal do Comércio)
 
Secretário do Mapa 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem novo secretário de Mobilidade Social, do Produtor Rural e Cooperativismo. É José Dória, ex-secretário Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional e administrador em RH. Nesta quinta-feira (14), ele teve reuniões com o ministro Blairo Maggi e com o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki. Dória disse que uma de suas principais atribuições à frente da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e Cooperativismo é trabalhar para que o Brasil tenha uma agricultura cada vez mais sustentável. (MAPA)

Porto Alegre, 14 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.309

 

  Missão sanitária a caminho

O deputado Alceu Moreira busca junto ao Ministério da Agricultura o agendamento de uma missão governamental a laticínios uruguaios e argentinos. "A ideia é conferir a condição sanitária de produção destes países", disse o parlamentar. Isso porque o Brasil é importador de produtos lácteos destes países. "A qualidade precisa ser igual ou superior à do leite produzido aqui", destacou, afirmando que este é um pleito antigo do setor lácteo brasileiro. Segundo o deputado, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considerou oportuna a realização de missão sanitária, até mesmo para um intercâmbio de informações. Entretanto, ainda não há data prevista. A expectativa de Moreira é que a missão ocorra ainda neste ano.

Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra considerou positivo o pleito. "Podemos analisar a produção e entender a visão que eles têm do leite daqui pra frente", pontua o dirigente, destacando que Uruguai e Argentina sempre foram referência em produção de leite de qualidade. De janeiro a março deste ano, as importações brasileiras de leite cresceram 11%, de 28,8 milhões de quilos no mesmo período de 2015 para 32,2 milhões; e as exportações caíram 23%, de 13,9 milhões de quilos no primeiro trimestre do ano passado para 10,6 milhões neste. (Correio do Povo)
 
 
Tamanho médio das fazendas leiteiras globais pode ser diferente daquilo que imaginamos

Em 2015, havia cerca de 121 milhões de produtores de leite no mundo. Quando você pensa sobre os motivos pelos quais o setor de lácteos e as políticas governamentais estão proximamente relacionadas a resposta é que muitas pessoas estão envolvidas na produção global de leite, disse o diretor gerente da International Farm Comparison Network (IFCN), Torsten Hemme, durante a Conferência de Gestão de Grandes Rebanhos Leiteiros, realizada no começo de maio, próximo a Chicago.

Ainda haverá 121 milhões de produtores de leite nos próximos anos? Os números deverão declinar. "Quando nossos números de produtores declinam, se iniciam alguns processos políticos para a prevenção de perdas. Nós podemos parar essa mudança estrutural? Não, mas o processo político estará lá e cabe a nós orientar os envolvidos o máximo possível", frisou Torsten. 

É interessante notar que, até 2013, o número de fazendas leiteiras estava aumentando lentamente, de forma que tem havido cerca de 1% de aumento nos números de fazendas. Esse é um indicador que mostra novas adições de animais nos rebanhos. 

 

Qual o tamanho médio de uma fazenda leiteira?
O tamanho de uma fazenda é um indicador muito simples, mas significativo. Países com um tamanho médio de rebanho com mais de 100 vacas incluem Estados Unidos, Argentina, Uruguai, África do Sul, Oceania, Arábia Saudita e partes da Europa - especialmente, Reino Unido e República Tcheca. Entretanto, a maioria dos países no mundo não são de grande escala, mas sim, tem rebanhos menores. "O tamanho médio de uma fazenda leiteira mundial atualmente é de cerca de 3 vacas, que produzem aproximadamente 18 quilos de leite. Metade disso, os próprios produtores consomem e a outra metade é vendida. Essa é a realidade", comentou Hemme. 

Ele destacou que 73% das fazendas leiteiras são de pequena escala ou fazendas familiares, que possuem de uma a duas vacas, enquanto cerca de 23% possui de duas a dez vacas. "Cerca de 60% das vacas leiteiras estão em fazendas de pequena escala ou familiares, enquanto cerca de 26% das vacas estão na categoria de fazendas familiares médias, que têm 10 a 100 vacas. Cerca de 15% das vacas estão em fazendas comerciais com mais de 100 vacas", ponderou o diretor. 

De acordo com ele, em alguns países, fazendas com mais de 100 vacas são consideradas "hobby", porém, é importante observar a indústria de lácteos por meio de uma visão global. "No momento, talvez apenas 3% das vacas leiteiras totais estão em rebanhos com mais de 1000 vacas. É interessante notar que nós provavelmente temos 300.000 rebanhos globalmente - com mais de 100 vacas - e grande parte deles estão localizados nos Estados Unidos", finalizou. (As informações são do http://www.thecattlesite.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Kantar WorldPanel: Italac foi uma das marcas que mais ganhou consumidores em 2015
 
Entre 2014 e 2015, as marcas no Brasil que mais ganharam consumidores foram aSeara (3,4 milhões de novos lares), Brilhante (2,8 milhões) e Italac (2,7 milhões), de acordo com dados inéditos da Kantar WorldPanel. 

O estudo Brand Footprint mostra que o crescimento da Seara, da JBS, está relacionada com a busca do consumidor por uma proteína mais barata, ajudado pelo maciço investimento em propaganda. Agora, a marca chega a 32,8 milhões de domicílios.

 

Já a Italac, ainda de acordo com o estudo, beneficiou-se da estratégia de inovação e aumento do portfólio. A empresa mineira de laticínios alcança 33,4 milhões de residências.

E a marca Brilhante, da Unilever, presente em 25,3 milhões de lares, mais barata que alguns de seus concorrentes, cresceu pelo melhor custo/benefício. (As informações são do jornal O Globo)

USDA revisa para cima produção norte-americana de grãos

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse nesta terça-feira (12/7) que produtores do país devem colher uma safra recorde de milho. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA estimou a produção em 14,54 bilhões de bushels (369,32 milhões de toneladas), acima da projeção de junho, de 14,43 bilhões de bushels (366,52 milhões de t). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam um número maior, de 14,561 bilhões de bushels (369,85 milhões de t).

Os estoques de milho nos EUA ao fim da atual temporada, em 31 de agosto, devem somar 1,701 bilhão de bushels (43,21 milhões de t), ante projeção de 1,708 bilhão de bushels (43,4 milhões de t) em junho. Os analistas esperavam um aumento para 1,784 bilhão de bushels (45,3 milhões de t). Para o ciclo 2016/2017, o USDA estimou os estoques em 2,081 bilhões de bushels (52,86 milhões de t), abaixo da previsão do mercado, de 2,189 bilhões de bushels (55,6 milhões de t). 

Já a safra de soja foi estimada em 3,880 bilhões de bushels (105,61 milhões de t), acima da previsão de junho, de 3,8 bilhões de bushels (103,43 milhões de t) mas próxima da estimativa de analistas, de 3,876 bilhões de bushels (105,5 milhões de t). O USDA reduziu sua estimativa para as reservas domésticas de soja em 2015/2016, de 370 milhões de bushels (10,07 milhões de t), em junho, para 350 milhões de bushels (9,53 milhões de t). O número ficou próximo da previsão de analistas, de 354 milhões de bushels (9,64 milhões de t).

Para 2016/2017, os estoques finais foram projetados em 290 milhões de bushels (7,89 milhões de t), em linha com a previsão do mercado. Em 30 de junho, o USDA disse que produtores de soja semearam uma área recorde de 83,7 milhões de acres (33,87 milhões de hectares). O número ficou acima dos 82,236 milhões de acres (33,28 milhões de hectares) previstos em 31 de março.

Já a área semeada com milho foi estimada em 94,1 milhões de acres (38,08 milhões de hectares). O número ficou acima dos 87,999 milhões de acres (35,6 milhões de hectares) do ano passado e dos 92,759 milhões de acres (37,54 milhões de hectares) projetados por analistas.

O clima favorável durante a primavera do Hemisfério Norte e a alta dos preços de commodities agrícolas levaram produtores a semear uma área maior este ano. As condições foram amplamente favoráveis durante os estágios iniciais de desenvolvimento e, caso persistam, podem resultar em alta produtividade. No entanto, se o clima ficar mais quente e seco no fim de julho, o rendimento pode ser afetado. "Parece que teremos uma grande safra de milho", disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities.

Ele observou, porém, que o clima parece mais ameaçador à medida que julho avança. Os estoques globais de milho em 2016/2017 devem somar 206,9 milhões de toneladas, disse o USDA. Já as reservas mundiais de soja devem cair para 66,31 milhões de toneladas no próximo ciclo, de 72,17 milhões de toneladas projetadas para este ano. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 
Importação de lácteos tem ligeiro recuo em junho
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as importações brasileiras de lácteos tiveram ligeira redução em junho. O volume totalizou 25,19 mil toneladas no mês. Na comparação com o embarcado em maio deste ano, a queda foi de 2,3%. Para os gastos, a redução no período foi de 0,8%, totalizando US$61,90 milhões. O produto mais importado foi o leite em pó. O país importou 17,35 mil toneladas, num total de US$42,10 milhões no mês de junho. Os maiores fornecedores de produtos lácteos, em valor, foram o Uruguai, com 64,2%, a Argentina com 23,1% e a Nova Zelândia, com 4,0%. Apesar da queda mensal, na comparação com igual período do ano passado, a importação aumentou 59,0% em valor e 101,5% em volume. (Scot Consultoria)
 

Porto Alegre, 13 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.308

 

  Reunião debate 2º Fórum Estadual do Leite
 
Representantes do setor lácteo, coordenadores e professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Emater reuniram-se para definir detalhes do 2º Fórum Estadual do Leite - Rumo a Excelência, que ocorrerá no dia 11 outubro, em Santa Maria. O encontro, realizado nesta terça-feira (12/07), na sede da universidade, teve como objetivo discutir a programação, apontando aquelas que deverão ser as bases temáticas abordadas. Também houve encontro com o vice-reitor do USFM, Paulo Bayard Dias Gonçalves, que enalteceu a importância do evento para o desenvolvimento do setor. 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que esteve na reunião, destacou que a primeira edição foi uma experiência positiva, garantindo assim a ampliação das discussões. "O objetivo é avançar com o debate iniciado em Ijuí, em junho deste ano, mantendo profissionais e estudantes informados sobre os principais assuntos que circundam o setor lácteo. Para esse segundo encontro queremos reunir os prefeitos de Santa Maria e da região para instruí-los sobre a importância do processo de inspeção municipal, bem como manter os alunos por dentro das exigências do sistema", afirmou.

A chefe do departamento de tecnologia e ciência dos alimentos da UFSM, Neila Richards, considerou importante a mobilização da universidade e das prefeituras da região no debate. "É um evento importante para que possamos disseminar conhecimento e também discutir soluções para o setor lácteo", afirmou ela. A reunião contou ainda com a participação de professores dos cursos de veterinária, zootecnia, agronomia, engenharia florestal e tecnologia dos alimentos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Kalyne Bertolin (UFSM), Júlia Bastiani (Sindilat), Paulo Bayard Dias Gonçalves (UFSM), Darlan Palharini (Sindilat), Neila Richards (UFSM) e Enio Giotto (UFSM) 
Crédito: Divulgação /Sindilat 
 
 
E-book apresenta informações atuais, mitos e verdades sobre a intolerância à lactose
A intolerância à lactose é um tema cada vez mais em evidência, gerando interesse nos consumidores e empresas. Mas afinal, o que realmente é a intolerância à lactose?  A intolerância à lactose é um tipo de sensibilidade alimentar. Pessoas que sofrem de intolerância à lactose não possuem a quantidade da enzima lactase suficiente para decompor a lactose e, assim permitir sua plena utilização pelo organismo. Esta condição causa distúrbios intestinais a quem consome uma quantidade de lactose maior do que aquela que o seu corpo pode digerir e absorver. 

O MilkPoint, em parceria com a DSM, está lançando hoje o e-book "Mitos e verdades sobre a intolerância à lactose", que tem o intuito de apresentar informações atualizadas sobre o tema, bem como estratégias que podem ajudar indivíduos que tenham esta condição a desfrutar dos alimentos lácteos, atendendo, desta forma, às recomendações nutricionais e desfrutando do prazer por eles proporcionados. Além disso, outras dúvidas comuns serão respondidas, como as principais diferenças entre a intolerância à lactose e a alergia ao leite e como se faz o diagnóstico do problema. Acesse AQUI. (Milkpoint)

 
 

Secretaria da Agricultura leva orientações sobre o consumo do leite a estudantes da rede pública da capital

 
Nesta quarta-feira (13) a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, através na Câmara Setorial do Leite, realizou o "Projeto Leite na Escola" no bairro Bom Jesus. Participaram da ação 180 alunos do 1° ao 5° ano da Escola Estadual Coelho Neto, em iniciativa que contou com uma apresentação sobre a importância de consumir leite e derivados diariamente, abordando desde a origem do leite até como ele chega às mesas das famílias. Na oportunidade, ocorreu a distribuição da revista em quadrinhos "Pedrinho & Lis": A origem do leite", e de produtos lácteos doados pelo SINDILAT para complementar o lanche das crianças.
 
A Escola Coelho Neto foi a última a ser contemplada pelo projeto neste primeiro semestre de 2016, que já atendeu outras 21 escolas e mais de 2.600 alunos. A expectativa agora é desenvolver a atividade em 25 escolas até do final do ano. Para saber mais sobre o Leite na Escola, nesta segunda-feira dia 18/07 às 14h, na sala 51 da SEAPI, será realizado um seminário de avaliação dos resultados do primeiro semestre deste ano. (Fonte: CST/Leite)

 
Leite/EUA

A produção de leite em pó nos Estados Unidos aumentará, significativamente, sua capacidade nos próximos dois anos, apesar do excesso da oferta mundial. De acordo com um novo relatório do CoBank, apesar da queda de 30% nos preços do leite desde 2015, a produção mundial de leite continua a subir, e o excesso de leite acaba em pó. Esses volumes extras, junto com os elevados estoques nos Estados Unidos e Nova Zelândia, têm pressionado para baixo os preços do leite em pó, com poucas esperanças de recuperação antes de 2017.
 
 

"Os exportadores dos Estados Unidos estarão em um ambiente de concorrência acirrada, além de enfrentar o desafio da moeda forte", diz Ben Laine, economista sênior da Divisão de Intercâmbio do CoBank. "A recuperação pode ser lenta com o retorno ao mercado dos estoques da união Europeia". No entanto, diante desse excesso de oferta a preços baixos, novos projetos estão sendo desenvolvidos para adicionar capacidade instalada estimada em 440 milhões de pounds, [200 mil toneladas, ou 193 milhões de litros], por ano às indústrias dos Estados Unidos nos próximos dois anos. "Embora essa expansão possa parecer inoportuna no contexto atual, as perspectivas de longo prazo mostram um quadro muito diferente", explicou Laine. "No longo prazo, os mercados emergentes e uma população mundial crescente irá permitir que o setor lácteo dos Estados Unidos possa se expandir, especialmente, se a indústria de leite em pó se posicionar de forma competitiva". A população mundial deverá crescer em mais um bilhão de pessoas até 2030, sendo que a expectativa desse crescimento ocorra na África e na Ásia - regiões que não possuem áreas particularmente propícias à produção de leite. As condições econômicas dessas regiões, no entanto, favorecerão o consumo de lácteos - uma forma relativamente barata de incorporar proteínas de alta qualidade em suas dietas. A projeção é de que sejam necessários 145 bilhões de pounds, [65 milhões de toneladas, ou 63 bilhões de litros], de leite adicionais para essas regiões até 2020, com aumentos maiores ainda exigidos nos 20 anos subseqüentes, observa o relatório do CoBank.
 

Os produtores norte-americanos reconheceram esta oportunidade e se esforçam para serem os escolhidos para suprir o futuro mercado mundial de leite em pó. De fato, nove indústrias norte-americanas, que representam mais da metade do leite em pó desnatado (SMP) produzido no país, investiram recentemente, ou estão com projetos de investimento na capacidade instalada para aumentar a produção de produtos que atendam as rigorosas especificações de clientes globais, diz o relatório. Para reforçar a competitividade no mercado mundial, as indústrias de leite em pó dos Estados Unidos terão que adaptar e ajustar sua produção para preferências e necessidades globais. Modernização das instalações, tornando-as mais flexíveis e habilitadas a produção de leite em pó desnatado (SMP), leite seco desengordurado e leite em pó integral (WMP). As novas fábricas também precisam aumentar a economia em escala, reduzindo os custos unitários. Além disso, ter capacidade de produzir ingredientes lácteos como lactose, caseína, proteína isolada de leite, proteína concentra entre outros produtos, diversificando e melhorando as margens de lucro. "As indústrias de laticínios precisam estarem aptas a atender às mudanças e dinâmicas dos valores dos componentes e ter capacidade de trabalhar com um mix de produtos mais favorável no momento", observou Laine.

Como se ajustar com a China, o principal importador de WMP?
A demanda da China é significativa, mas esporádica. Continua sendo um importante player no comércio mundial de produtos lácteos, mas também contribui para a volatilidade do mercado. Cerca de três quartos das importações da China procedem da União Europeia, e o restante da Nova Zelândia. As importações chinesas surgiram em 2013 e 2014 e contribuíram para o crescimento dos preços no mundo e nos Estados Unidos. As importações de lácteos pela China depois caíram drasticamente diante da queda do crescimento econômico. O abrandamento da economia interrompe a trajetória crescente das necessidades de lácteos na China, mas, não a ponto de levar a um impasse. A flexibilização da política de filho único que estava em vigor desde 1979 poderá aumentar a demanda por fórmulas infantis em cerca de 15% ao longo dos próximos anos. Além disso, as preocupações acerca da qualidade e segurança da produção chinesa de fórmulas infantis desde o escândalo da contaminação por melamina em 2008 deverá dar suporte às importações. Em resposta à preferência dos consumidores chineses por fórmulas importadas, algumas companhias estão investindo em fazendas e construindo fábricas de laticínios na Nova Zelândia e na Austrália. (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)
 

Expectativa de alta do preço do leite pago ao produtor
A produção em queda e a concorrência entre os laticínios devem continuar dando sustentação aos preços do leite pagos ao produtor pelo menos até agosto. Para o pagamento de julho, referente ao leite entregue em junho, 80,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta dos preços ao produtor e os 20,0% restantes falam em manutenção. Para agosto, diminuiu a quantidade de laticínios apontando para alta nos preços do leite, mas ainda assim, não são esperados recuos em nenhuma região do país, mesmo no Sul. No mercado spot, os preços do leite subiram fortemente nas últimas quinzenas, chegando a R$2,00 por litro em São Paulo. As valorizações corroboram com o cenário de forte concorrência pela matéria-prima. As cotações dos produtos lácteos também subiram no atacado e varejo. (Scot Consultoria)

Porto Alegre, 12 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.307

 

Indústrias de lácteos com inspeção municipal defendem liberação de FGPP

As agroindústrias do setor leiteiro enquadradas no Sistema de Inspeção Municipal (SIM) enfrentam problemas para obter o Financiamento para Garantia de Preço ao Produtor (FGPP), embora a exigência de inspeção federal tenha deixado de existir a partir da safra 2012/2013, quando foi criada a modalidade de financiamento substituindo o então Empréstimos do Governo Federal (EGF). Esta é uma linha de crédito do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), cujo objetivo é financiar o carregamento de estoques de produtores rurais e agroindústrias para comercialização futura. 

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), Wilson Massote, há cinco anos o setor vem demandando mais crédito no FGPP. Ressalta, no entanto, que não houve sucesso até agora e, inclusive, ocorreu retração no volume liberado. "Se o clima for favorável até o final do ano, teremos leite abundante, mas não teremos condições de estocar todo o produto. Não há sensibilidade do governo, para esta questão. Gostaríamos que isso fosse colocado realmente em pauta", alerta. Outro entrave das pequenas indústrias de laticínios para a obtenção de crédito, são as dívidas junto ao INSS que impedem a emissão de certidão negativa. 

O dirigente do G100 afirma que este problema também não permite a participação de muitas empresas no programa Mais Leite Saudável que ajuda a melhorar a competitividade do setor leiteiro e a renda do produtor. Uma das reivindicações da entidade é a utilização de créditos de PIS/Cofins para liquidação automática de débitos de INSS para as indústrias lácteas. "Se isto não ocorrer, a maioria das micro, pequenas e médias empresas de laticínios não terão acesso ao crédito. É preciso uma solução urgente", alerta Massote. As pautas de reivindicação foram objetos de discussões com o governo, em reunião com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, no dia 21 de junho, em Brasília, e de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, proposta pelo deputado federal Alceu Moreira, (PMDB/RS), na quinta-feira passada, dia 7 de julho. (Jornal do Comércio)

 
 
Setor amplia participação

O Relatório do Comércio Exterior do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado ontem pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul, apontou um volume comercializado no mês de junho de 2,5 milhões de toneladas, equivalente 1,353 bilhão de dólares. O número, que corresponde a 75% do total de exportações gaúchas, representa um incremento de 10,8% no volume exportado em relação ao mesmo período do ano passado e de 1,65% comparado à maio de 2016. Em maio, o volume de exportações teve um crescimento de 46,6%, confirmando uma tendência de melhora dos negócios a partir do segundo trimestre do ano. De acordo com o documento da Farsul, o resultado positivo no final do primeiro semestre ajudou a amenizar a queda nas vendas, que foram 2,2% menores em relação aos primeiros seis meses de 2015. A China mantém a posição de grande comprador do agronegócio gaúcho, com 36,2% do total comercializado. (Correio do Povo)

O Brasil foi responsável por 60% do faturamento com as exportações de lácteos do Uruguai

O Brasil se transformou no principal destino das exportações de lácteos do Uruguai, representando 60% do faturamento no primeiro semestre do ano, informou a El Observador Mercedes Baraibar, técnica da área de informação econômica e estatísticas do Instituto Nacional de La Leche (Inale). Mesmo sem divulgar a quantidade adquirida pelo Brasil, o valor foi estimado pelo Uruguay XXI em US$ 158 milhões. Brasil e China - apesar do faturamento bem menor que o Brasil - foram destacados no primeiro boletim semestral de monitoramento de mercados que lançou esta semana o Inale. A informação divulgada se concentra nos mercados que são chaves para o Uruguai: Brasil, que importou 60% das divisas obtidas com lácteos; e a China, como mercado potencial no longo prazo, apesar de neste momento não estar tão forte, explicou Baraibar. A análise do Inale considera o comportamento dos mercados nos primeiros quatro meses de 2016 e sua comparação com o mesmo período do ano passado. 

Apesar da situação econômica complicada do Brasil e projeções de retração do consumo em geral - pela inflação e uma economia que crescerá levemente em 2017 - está previsto crescimento considerável das importações. Nestes itens, o Uruguai foi o primeiro ou o segundo fornecedor, dependendo do produto. Por outro lado, a China efetuou compras importantes nos primeiros meses de 2016, mas, a pergunta é se realmente houve recuperação da demanda, ou se está apenas considerando fazer estoques com preços baixos para os próximos meses, ressaltou Baraibar. 

Os Estados Unidos aumenta a oferta a taxas variáveis, mas, abaixo dos preços pagos pelos produtores, esperando que a produção desacelere. Situação idêntica ocorre na União Europeia. Já a Rússia, apesar das dificuldades, é um mercado importante para a manteiga do Uruguai e também tem efetuado compras pontuais de queijo e leite em pó desnatado. Em matéria de perspectivas, nada faz prever alteração na demanda ou retração da produção. Por isso, nada indica quando haverá recuperação dos preços. Mas, todos os analistas dizem que irão melhorar. Alguns opinam que será antes do final de 2016, e outros que será no primeiro semestre do próximo ano. Também é esperada uma desaceleração da produção, embora deva crescer 1,6%, ou a taxas menores. Isto significa um volume extra de leite no mercado, que em alguns lugares como nos Estados Unidos e União Europeia vão crescer nos estoques, dificultando a recuperação de preços, diz Baraibar. (El Observador, Tradução Terra Viva)

Goiás registra queda de mais de 6% na produção de leite no 1º semestre

O criador Gonçalves Costa é produtor de leite em Itaberaí. Foi a primeira vez que antecipou, em um mês e meio, o trato das vacas com silagem e ração. Não chove na região há mais de três meses. O pasto secou bem antes do previsto e para piorar, o milho, importante componente da ração, não rendeu. "De 600 toneladas, colhemos 100 toneladas de material ruim", afirma.

Em maio do ano passado a fazenda produziu 57 mil litros de leite. Em maio deste ano caiu para 41 mil litros, uma redução de 28%. Isso nunca tinha acontecido na fazenda. A fazenda faz parte de uma associação que conta com 60 produtores. Todos estão sofrendo para a alimentar o gado. "Se ele retira ou diminui essa comida, a vaca vai deixar de produzir 30 litros e produzir 20, 22, ou menos. No nosso grupo tivemos uma queda de 30%", comenta Eurípedes Bassamurfo, produtor de leite.

Para a Federação da Agricultura de Goiás, o clima só agravou uma crise que o produtor vem enfrentando nos últimos anos. O número de vacas ordenhadas no estado, caiu 3% em 2015. O produtor estaria descartando animais além do necessário.
"O produtor teve que sacrificar animais para pagar compromissos financeiros lá atrás. Estamos sentindo isso agora. Os preços aumentando, a produção caindo. E não é só Goiás, o Brasil teve uma queda de produção em torno de 8%", declara Edson Novaes, gerente econômico da Faeg. Segundo a Federação da Agricultura de Goiás, a queda da produção no estado nos últimos doze meses ficou em 8,7%, acima da média nacional. (Portal Lacteo)

 
Queijo artesanal em pauta no ministério
O deputado federal Alceu Moreira encaminhou documento ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, sugerindo que a pasta regulamente a produção de queijo artesanal. A ideia é estipular regras específicas para esta modalidade de produto. Moreira é autor de um projeto de lei que visa regulamentar a atividade. A estimativa é de que 80 mil estabelecimentos possam ser beneficiados, especialmente no Rio Grande do Sul e Minas Gerais. (Correio do Povo)
 
 

 

Porto Alegre, 11 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.306

 

 Rural Show supera expectativas e bate recorde de público em 2016

A oitava edição do Rural Show terminou na tarde deste domingo, dia 10 de julho. O evento, que já é considerado o maior da agricultura familiar do Brasil, novamente superou as expectativas e teve recorde de público, totalizando a participação de cerca de 45 mil pessoas. Durante os quatro dias do Rural Show, o público, que compareceu ao Centro de Eventos de Nova Petrópolis, teve a oportunidade de participar de palestras e dinâmicas, acompanhar encontros e reuniões para troca de experiências.

De acordo com o presidente da Cooperativa Piá, Gilberto Kny, este ano o objetivo do Rural Show foi de multiplicar o máximo de conhecimentos, tecnologias e inovações. "Acima de tudo, com o evento queríamos ampliar as tecnologias em mais áreas da economia do setor da agricultura familiar", relata.

A Emater/RS - Ascar, uma das promotoras do evento, trouxe diversas alternativas e novas tecnologias à exposição. "Nesta edição trouxemos uma pequena mostra do que trabalhamos no dia-a-dia. Para a feira selecionamos tecnologias destinadas ao produtor rural e também mostramos algumas alternativas para aquele público da cidade que tem interesse em inovações ligadas ao setor primário, como é o caso das energias alternativas e da hidroponia", explica o chefe do Escritório Municipal da Emater/RS - Ascar em Nova Petrópolis, Luciano Hamilton Ilha.

O produtor de amora, Edilson Sebastião Ribeiro, de São João do Triunfo, do Paraná, veio à Nova Petrópolis especialmente para o Rural Show em busca de alternativas para a mosca-das-frutas. No espaço da Emater/RS - Ascar ele encontrou soluções e também recebeu orientações quando ao plantio de morango, cultura que está iniciando em sua propriedade. "O Rural Show foi promissor. Não pretendo perder as próximas edições", relata Ribeiro.

A Emater/RS - Ascar participa ativamente desde a primeira edição do Rural Show. Neste ano, a entidade promoveu excursões com o objetivo de aproximar ainda mais o trabalhador do campo. Da área de atuação dos escritórios regionais de Lajeado, Porto Alegre, Passo Fundo, Soledade e Caxias do Sul foram 120 excursões vindas de diversos municípios gaúchos.

A credibilidade que o Rural Show adquiriu se fez notar ao longo dos quatro dias de feira com intensa movimentação de público e também com a presença de autoridades ligadas ao setor.  Para o subsecretário da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul e presidente da Expointer, Sérgio Bandoca Foscarini, o Rural Show é um evento muito importante para o Estado. "Ele fornece uma visibilidade diferente por se tratar de uma feira menor. Tenho certeza que muitas inovações que vi aqui, levarei para a Expointer 2016", salienta.

Além das dinâmicas, a oitava edição do Rural Show contou com a exposição de 180 stands, sendo 45 agroindústrias. No Centro de Eventos foi criado um espaço exclusivo para apresentação e comercialização dos produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado.

Representando os expositores desta edição, o representante técnico de Vendas da Bayer Saúde Animal, Júlio Cesar Martino, agradeceu pela oportunidade e garantiu que o Rural Show é um evento diferenciado e consolidado, que leva informações importantes para o produtor, o que torna ele mais eficiente. "No Rural Show estamos contribuindo não só com a cadeia leiteira, mas também com toda a agricultura. Aqui, fornecemos informações que podem ser utilizadas no dia-a-dia na propriedade. São conhecimentos que fazem diferença nos dias de hoje", completa Martino.

Para o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, é importante reconhecer o trabalho que vem sendo feito em Nova Petrópolis. "Estamos num evento de fortalecimento do nosso setor agropecuário. Está no DNA do gaúcho a capacidade de produzir alimentos", frisa.  Na ocasião, o secretário ainda elogiou o trabalho que a Cooperativa Piá vem realizando. "A Piá é uma referência não só para nosso Estado, mas para todo o Brasil, de como o trabalho é feito com seriedade. A Cooperativa busca efetivamente o apoio ao produtor e faz com que o leite seja produzido com a melhor qualidade para disponibilizar ao consumidor", completa.

Neste ano, o Rural Show também recebeu um importante encontro para o segmento do leite, a Reunião Conjunta das Câmaras de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul - OCERGS. O encontro contou com a participação do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Kny aprovou a realização do Rural Show 2016. "Nesses quatro dias recebemos agricultores que de 340 municípios, cerca de 5 mil famílias rurais estiveram presentes nesse que é o único evento do agronegócio familiar empreendedor que ocorre no auge do inverno gaúcho".

O Rural Show teve organização da Cooperativa Piá, Emater/RS - Ascar e Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e contou com o apoio de diversos financiadores: Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul - SDR, Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul - FETAG, Instituto Gaúcho do Leite - IGL, Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul - Sindilat RS, Tetra Pak, SIG Combibloc, Sistemas OCERGS/SESCOOP RS, Badesul, Sicredi Pioneira, HDA Iluminação LED e Milkpoint. (Assessoria de Imprensa Piá)

  
Crédito: Mauro Stoffel                                                                  Crédito: Jéssica Simões
 
Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra comenta sobre aumento do leite

O consumidor tem notado que o preço pago pelo litro do leite, se elevou nos últimos dias. De maio para junho, o preço do leite longa vida integral no Estado subiu 14%, de acordo com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Para o leite natural tipo C, o aumento foi de 12%. A explicação, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) Alexandre Guerra, isso é resultado de inúmeros fatores. Entre eles, a lei da oferta e da procura. 

O Diretor da Cooperativa Santa Clara de Carlos Barbosa, em conversa com a reportagem da Rádio Estação, comentou sobre os fatores que contribuíram para a elevação do produto na gondolas, informando que ocorreu uma queda na produção de leite nos últimos meses, porém, a procura aumentou. Destacando também, que as baixas temperaturas acabaram prejudicando as pastagens. Alexandre reforça, que o consumidor não deve notar redução no preço do produto a curto prazo.  Para ouvir o áudio, CLIQUE AQUI. (Estação FM)

Danone compra grupo americano de alimentos orgânicos por US$ 10,4 bi 

A Danone SA fechou a compra da empresa americana de alimentos orgânicos WhiteWave Foods Co. por US$ 10,4 bilhões. O negócio vai dar à gigante francesa dos lácteos uma fatia do crescente mercado de alimentos orgânicos e mais do que dobrar sua receita na América do Norte. A Danone informou ontem que vai pagar US$ 56,25 em dinheiro por ação da WhiteWave. O negócio ¬ a maior aquisição feita pela empresa nos últimos dez anos ¬ deve impulsionar sua linha de produtos mais sofisticados com marcas que incluem o leite Horizon Organic, o iogurte Wallaby Organic e as saladas embaladas Earthbound Farm, que segundo a WhiteWave são líderes de mercado em suas categorias. O anúncio ocorre quase 18 meses após o diretor¬presidente da Danone, Emmanuel Faber, ter assumido o comando da empresa prometendo levá¬la de volta a um crescimento sustentável, em parte reestruturando seus negócios na China e promovendo ajustes na sua unidade de produtos lácteos frescos. As ações da WhiteWave saltaram 18,6% ontem, para US$ 56,23, na Bolsa de Nova York, praticamente o mesmo valor da oferta apresentada pela 

Danone, já que os investidores apostam que a empresa pode atrair uma proposta mais alta. "Os alimentos embalados estão sob pressão, mas o que eles estão comprando é esse produto alimentício sofisticado", que não está na faixa inferior de preços do mercado, diz Jon Cox, analista da firma europeia de serviços financeiros Kepler Cheuvreux. "Esse mercado está crescendo muito rapidamente na América do Norte e globalmente." É o primeiro negócio de grande porte fechado na Europa desde o referendo de 23 de junho, quando o Reino Unido votou por sair da União Europeia, decisão chamada de Brexit. O resultado da votação desencadeou duas semanas de turbulências no mercado, incluindo uma acentuada depreciação da libra esterlina, que caiu mais de 10% ante o dólar. A iminente saída britânica do bloco está gerando receios de que o apetite por fusões e aquisições diminua no Reino Unido e na Europa e que negócios em andamento possam ser adiados. 

O acordo entre a Danone e a WhiteWave também indica que as multinacionais europeias estão redirecionando o foco de fusões e aquisições para a América do Norte, depois de terem priorizado por muitos anos os voláteis mercados emergentes. "De certa forma, a Brexit reforça a lógica da transação porque ela destaca o valor de grandes negócios em locais estáveis", disse o diretor¬presidente da WhiteWave, Gregg Engles. Nos últimos anos, a empresa americana tem obtido uma das maiores taxas de crescimento no setor, graças à demanda cada vez maior por alimentos saudáveis e orgânicos, a qual vem transformando a indústria alimentícia. Ao contrário do que ocorre em muitas grandes empresas de alimentos, as vendas da maioria dos produtos da WhiteWave crescem na faixa de dois dígitos. No ano passado, a WhiteWave registrou lucro de US$ 168 milhões e receita de US$ 3,9 bilhões. A Danone, cujo portfólio inclui produtos como as marcas de iogurte Activia e Actimel, elevou recentemente suas estimativas para 2016, mas seu desempenho tem sido prejudicado pela desaceleração em mercados emergentes, como Brasil e Rússia. 

A aquisição da WhiteWave fará com que a América do Norte responda por 22% da receita da Danone, ante 12% hoje, dando a ela melhores condições de concorrer com rivais como a suíça Nestlé SA nos EUA. "Isso nos permitirá melhorar o perfil de crescimento da Danone e reforçar nossa solidez através de uma plataforma mais ampla na América do Norte", disse Faber. A WhiteWave surgiu de um desmembramento da Dean Foods, em 2013, e analistas especularam que ela poderia se tornar um alvo para outras empresas de alimentos. Ela também colocou o pé no mercado de fusões e aquisições nos últimos anos, comprando a empresa de alimentos nutricionais Vega e a de lácteos Wallaby Yogurt Co., em 2015. As equipes de gestores da Danone e da WhiteWave se conhecem há 15 anos, disse Faber. Conversas sobre uma possível união ganharam força este ano, quando a Danone definiu um novo comitê executivo e deu sequência à sua reestruturação. A oferta dá à WhiteWave um valor de cerca de US$ 12,5 bilhões, incluindo dívidas e algumas outras obrigações. Os analistas ressaltaram que o preço pago não foi baixo. A Danone está pagando 40 vezes o valor estimado do lucro da WhiteWave em 2017, enquanto as empresas europeias do setor de consumo costumam ser negociadas pela metade desse múltiplo, diz James Edwardes Jones, analista do banco canadense RBC Capital Markets. "É um preço alto, mas obviamente eles estão comprando uma empresa com crescimento muito maior do que o do setor de consumo europeu", diz ele. Os investidores receberam bem a notícia. As ações da Danone subiram cerca de 2% em Paris. A Danone irá financiar a aquisição por meio de dívida e espera ampliar seu lucro operacional em US$ 300 milhões até 2020. Ela registrou lucro operacional de 2,21 bilhões de euros (US$ 2,45 bilhões) no ano passado. (Valor Econômico)

"Plano A é controle de despesas, B é privatização e C é imposto"

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, propôs como meta para as contas do governo federal em 2017 um déficit máximo de R$ 139 bilhões, sem contar os gastos com juros. Para atingir a meta, suas estratégias incluem de privatizações ao aumento do tributo sobre a gasolina (Cide), do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do PIS-Cofins, que abrange, por exemplo, alimentos como o salmão, um "item de luxo". A seguir, trechos da entrevista concedida à Agência Estado.

A meta fiscal menor acabou surpreendendo?
A medida mais importante foi a redução das despesas. Caso as despesas continuassem com o ritmo dos últimos 16 anos, teríamos déficit de R$ 274 bilhões. Para chegarmos ao déficit de R$ 139 bilhões, consideramos R$ 80 bilhões de cortes. Essa foi a grande alteração.

De onde virá esse corte?
Eles dependem da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que cria um teto para o gasto público. Teremos um limitador importante para saúde e educação, que passam a crescer no mesmo ritmo do teto. Caso se considere que existe possibilidade de a PEC não ser aprovada, aí a correção terá de ser nos demais gastos não previdenciários. Não é um corte de R$ 80 bilhões em cima de um patamar atual. Existe, sim, uma limitação de crescimento, que é de R$ 80 bilhões. É o que seria se as despesas crescessem no ritmo real de 6% acima da inflação.

A PEC garante esse corte?
Garante. Só o controle de despesa levaria a déficit de R$ 194 bilhões. Com a recuperação das receitas, cai para R$ 139 bilhões.

Como será essa recuperação de receitas? Com alta da Cide?
Nos últimos anos, as receitas tributárias têm caído sistematicamente como proporção do PIB. No momento em que há uma recuperação, a curva da confiança reage - o que já está acontecendo. Nossa expectativa é de que isso, no devido tempo, comece a se refletir na arrecadação tributária e portanto haja, em 2017, uma recuperação.

Mas não suficiente...
Teremos privatizações, concessões, outorgas, etc. Elas virão de qualquer maneira. Como virá de qualquer maneira a recuperação da receita. Se chegarmos a 31 de agosto com a conclusão de que há risco de a meta não ser cumprida, podemos ter aumento de impostos.

As privatizações são uma rede de segurança?
Isso. Tem uma segunda rede, que é aumento de imposto. Inclusive alguns de trâmite mais rápido, como a Cide. Ou alguns que dependam do Congresso, como o PIS-Cofins.

O PIS-Cofins seria um aumento para setores específicos?
Existem estudos para setores específicos. Por exemplo, produtos de luxo que estão incluídos na cesta básica, como o salmão.

A discussão é se o salmão é básico ou luxo?
Não é básico. Outro peixe não serve? Digamos, um robalo? É um exemplo de pequeno montante, mas que pode ser aplicado.

O Brasil terá uma nova onda de privatizações?
Sim. É a nossa opinião. Vai muito além do que estamos calculando como meta primária. A geração de receitas para União e Estados é um efeito secundário. Mais importante é aumentar o potencial de crescimento da economia.

O crescimento vem mais rápido do que se está esperando?
É possível, sim. Por isso, estou dizendo que é necessário dar confiança de que a meta será cumprida. E será. Por isso que não temos apenas o plano A, que seria o controle das despesas e o aumento da arrecadação. Além disso, tem as privatizações, que são o plano B, e o plano C, que são os tributos.

A reforma da Previdência está nessa conta?
Vamos por partes. Não está para 2017. Para 2019, também não.

Como o impeachment afeta a sua estratégia?
Não estamos levando em conta esse ponto. No entanto, caso haja recuperação maior da confiança, na hipótese de ser concluído o processo, teremos recuperação maior ainda do que estamos prevendo. (Zero Hora)

 
PIS/Cofins 
A Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), divulga as empresas que tiveram os projetos de investimentos de suas associadas aprovados pela antiga Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, e atual Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Mapa, para aquisição de créditos presumidos da contribuição PIS/Pasep e da Cofins da aplicação no Programa Mais Leite Saudável. Desde março de 2016 o Diário Oficial da União (DOU) publica as decisões, e as empresas devem ficar atentas aos prazos de vigência dos referidos projetos, muitos dos quais encerram-se em dezembro de 2016. Link para consulta. (G100/DOU)