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31/10/2016

 

Porto Alegre, 31 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.382

 

Rebanho leiteiro da Rússia alcança menor nível já registrado

A produção de leite da Rússia alcançará seu menor nível no ano que vem, à medida que o rebanho leiteiro do país diminuiu para seu menor nível já registrado, disseram oficiais dos Estados Unidos.

O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Moscou disse que o rebanho leiteiro russo cairá 3% em 2017 (comparado com este ano), para 7,32 milhões de cabeças - citando baixos investimentos nos rebanhos, apesar dos maiores rendimentos para grandes produtores. 

O consumo de leite fluido também deverá cair para seu menor nível já registrado, à medida que os altos preços desestimularão o consumo. A estrutura da indústria de lácteos da Rússia está mudando, à medida que fazendas maiores se tornam mais eficientes, com menos vacas produzindo maiores rendimentos. "Essas companhias melhoram sua eficiência, mas não têm incentivos suficientes para expansão", disse o escritório de Moscou, acrescentando que "as incertezas nos programas estatais de suporte agrícola e orçamentos estagnaram os novos investimentos".

A agência notou uma série de desincentivos aos investimentos na produção leiteira russa, incluindo "o uso de substitutos de óleos vegetais pelos processadores". Os produtores de leite da Rússia alertaram que o uso de óleos vegetais da indústria de lácteos como substituto à gordura do leite pode prejudicar a produção local. Apesar dos rebanhos menores, os maiores produtores têm sido capazes de impulsionar a produção graças à melhor genética e manejo do rebanho.

"Como resultado, a produção de leite para uso industrial provavelmente continuará crescendo em 2017, enquanto o rebanho leiteiro nessas fazendas industriais continuará declinando". A produção em fazenda de pequena escala está caindo. Além disso, com as importações permanecendo muito restritas, a agência sugeriu que os maiores preços dos lácteos podem reduzir o impacto do suporte estatal incerto".

A produção de leite na Rússia deverá cair 0,5%, para 30,185 milhões de toneladas em 2017. "A produção de leite fluido declinará a um ritmo mais lento do que os números do rebanho leiteiro devido ao aumento da produção por vaca nas fazendas industrializadas".

As importações de leite fluido, leite em pó integral e desnatado não deverão mudar em 2017, à medida que as sanções às importações da União Europeia (UE) permanecem em prática, com a Bielorrússia continuando a ser o principal vendedor ao mercado russo. (Informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
De onde tirar o Leite?
Matéria-prima escassa
AUMENTO DE 16,7% da capacidade instalada e redução na produção de leite levam a indústria a estudar estratégias para ampliar captação A redução da produção de leite no Rio Grande do Sul, realidade que impacta o fornecimento de matéria- prima para os laticínios, leva o setor a buscar alternativas para elevar a captação. O desafio é abastecer não apenas as plantas atuais, mas as ampliações anunciadas pela indústria. As obras aumentarão em 16,7% a capacidade de processamento, passando de 18,5 milhões de litros por dia em 2015 para 21,6 milhões no final de 2017 - quando estarão concluídas.

A meta parece ainda maior quando considerada a ociosidade atual das plantas - 37,8% - que operaram com a média de 11,47 milhões de litros por dia em 2015. Frente à escassez de matéria-prima, algumas empresas estudam como formalizar contratos de até 12 meses com os produtores.

- Queremos garantir estabilidade no fornecimento e, ao mesmo tempo, fortalecer a relação com os produtores - afirma Guilherme Portella, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Lactalis, que só no Rio Grande do Sul trabalha com 10 mil produtores.

Segundo o executivo, o projeto contempla o fornecimento de ração, medicamentos e genética, além de fomento à assistência técnica e extensão rural. As medidas integram programa de estímulo aos produtores que será lançado pela Lactalis em novembro e deve sair do papel ainda este ano, adianta Portella. 

Esta é uma das estratégias da empresa francesa para atender à demanda, cuja média é de 3 milhões de litros ao dia, e que nos próximos dois anos será ampliada em 50%, a partir do investimento de R$ 104 milhões nas unidades de Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. O objetivo é reduzir os custos de produção e aumentar a produtividade média de 10 litros vaca/dia para 30 litros vaca/dia.

A Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), de Cruz Alta, também está disposta a firmar contratos de compra e venda a preço fixo. Recentemente, a cooperativa mais que dobrou a capacidade de processamento da planta, saltando de 1 milhão de litros por dia para 2,2 milhões. A intenção é atingir o volume máximo de captação em um prazo de três a cinco anos por meio de assistência técnica e fidelização dos produtores.

- Qualquer iniciativa que venha a melhorar a situação dos produtores e dar mais estabilidade, somos parceiros - disse o presidente da CCGL, Caio Vianna, referindo-se aos contratos a preço fixo.

Profissionalização impulsiona produtividade
Especialistas do setor apontam que o caminho para equacionar este paradoxo e ampliar a produtividade de leite no Estado é investir na profissionalização.

-- Os produtores dedicados veem no leite uma oportunidade de negócio e estão preocupados em produzir mais -- avalia o professor Carlos Bondan, da Universidade de Passo Fundo (UPF), acrescentando que a indústria consegue ampliar a produção por meio de projetos técnicos de fomento.

Doutor em Ciências Veterinárias, Bondan se diz surpreso com o investimento da Lactalis devido às dificuldades das indústrias já instaladas em comprar leite e atender à demanda interna. Na avaliação do economista Leonardo Xavier, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o avanço da tecnologia e da mecanização, a tendência é que alguns produtores desistam e outros ampliem a produção.

-- Os menos aptos não vão conseguir se sustentar na atividade -- avalia.

O economista Darcy Bitencourt, pesquisador em economia da produção leiteira da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, acrescenta que o caminho é buscar soluções em conjunto.

-- Precisamos fazer parcerias para fortalecer o setor e fazer um grande estudo da realidade do leite -- avalia Bitencourt.

A orientação do pesquisador é de que os produtores busquem conhecimento para fazer o planejamento e a gestão da unidade de produção. Entre os indicadores que devem ser analisados estão a quantidade de animais, alimentação e área disponível, genética e sanidade.

Energia monofásica é entrave na produção
Além das oscilações de preço que fazem parte do sistema de produção, que é sazonal devido às condições climáticas, os produtores ainda enfrentam outras dificuldades. Um dos entraves para avançar na profissionalização da produção de leite é a falta de energia elétrica bifásica, fator que dificulta até o uso de ordenhadeiras.

- Estes produtores estão atados no poste do subdesenvolvimento agropecuário, pois a inovação tecnológica depende da luz - lamenta o presidente da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), Vergilio Perius, destacando que mais de 30 mil produtores ainda tem energia monofásica.

O zootecnista Jaime Ries, assistente técnico da Emater, ressalta que o Estado tem potencial para continuar avançando e dobrar a produtividade. Entretanto, ainda é necessário tornar a atividade mais atrativa e rentável.

- Hoje, não há nenhum gargalo técnico que limite, basta estimular os produtores a investirem na atividade - comenta.

O veterinário Danilo Cavalcanti Gomes, coordenador da Câmara Setorial do Leite da Secretaria da Agricultura, comenta que qualquer investimento é bem-vindo desde que as contrapartidas decorrentes de benefícios fiscais direcionem parte do retorno para o setor.

- É fundamental existir uma contrapartida social. Não basta gerar empregos - afirma, acrescentando que, no caso de uma indústria de leite, uma boa compensação seria a garantia de manter o maior número possível de produtores na atividade. (Zero Hora)

Valeu, Dr. Drauzio Varella!

 

A palestra proferida pelo Dr. Drauzio Varella: "Benefícios do Consumo de Leite", promovida pelo site "Beba Mais Leite", com o patrocínio da Tetra Pak e da Piracanjuba, ocorreu no Ouro Minas Hotel, em Belo Horizonte, no dia 29 de outubro de 2016. Um grande auditório repleto de pessoas, com um público predominantemente feminino, atento e participativo.

A representante do site www.bebamaisleite abre o evento falando sobre os trabalhos que são desenvolvidos em defesa do leite e sobre a sua importância na alimentação humana. Antes da palestra do Dr. Drauzio, a plateia foi agraciada com duas participações importantes:

- A Dra. Carolina Vieira de Mello Barros Pimentel, que é Doutora em Nutrição em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, nutricionista, professora de Graduação e Pós-Graduação em nutrição, e membro da Câmara Técnica do Conselho Regional de Nutricionistas - 3ª Região, fez uma apresentação detalhada sobre a necessidade de desmistificar o leite Longa Vida. Afirmou que é importante ter transparência e abrir as informações para se entender o que de fato acontece no processo de industrialização desses alimentos. Essa industrialização foi uma resposta a uma demanda do nosso próprio estilo de vida que tem a necessidade de poupar tempo, sem abrir mão da segurança e mais ainda da necessidade de planejar a preparação do cardápio da semana.

- Depois foi a vez da engenheira de alimentos pela Unicamp, Helena Camargo, mostrar a "Lancheira Ideal". Especialista em P&D de novos produtos, com foco em alimentos saudáveis, discorreu, didaticamente, sobre o tema " alimento saudável desde a infância"; a introdução de alimentos a partir de 6 meses de vida; além da importante questão de uma alimentação saudável e balanceada para as crianças no período escolar. Por fim, a apresentação do Dr. Drauzio Varella. A seguir alguns comentários, interpretações e momentos de destaque dessa palestra: 

- Ele disse que ao receber o convite para falar da importância do leite para a saúde, ficou admirado de saber que existe essa necessidade, por conta das coisas fantasiosas que são faladas sobre esse alimento, sobretudo na internet.

O leite acompanha o homem desde o seu surgimento, continua com o florescimento da agricultura e domesticação dos animais.  Muito à sua vontade e descontraído, disse: sou convidado para dizer que leite é bom, que faz bem para a saúde. Mas é tão simples e tão lógico que leite faz bem e que é essencial para todos os mamíferos. Dizem: Mas, o homem é o "único animal adulto que toma leite"! É verdade. Somos os únicos que soube domesticar a vaca! Brincando com o público disse: somos o único animal adulto que toma Chopp! Que bebe cachaça, boa igual essa cachaça mineira! O público reagiu com enormes sorrisos. Assim foi ao longo de toda a palestra, mesmo quando teve de explicar sobre a importância do cálcio contido no leite; sobre a intolerância à lactose; sobre a alergia à proteína do leite; sobre gordura animal; sobre o que se fala a respeito da gordura que nos faz gordos. Sobretudo, foi muito detalhada a explicação sobre o estilo de vida. O gordo é gordo porque come muito; porque se alimenta sem regras, em quantidades e qualidade, e sobretudo porque é sedentário. Mais uma vez brincando diante de fatos diz: quem disser que correr é bom e agradável, mente descaradamente! Porque é ruim, é difícil fazer ginástica ou correr. Eu participo de Maratona. E o que faz bem para a saúde é a preparação. Imagine se de repente digo: vou correr e saio. No primeiro quilômetro o sujeito morre. Então, se vou correr, o melhor é me preparar para participar. É isso que faz bem para minha saúde. Na cama somos profundamente mal caráter. Não tome decisões na cama. Certamente não irá correr! Levante e decida se vai ou não correr! Mas só decida após se vestir a caráter, senão não vai. 

É ruim, é difícil. Mas é importante. Depois de 23 anos que corro ainda faço sofrendo ...! Depois de iniciar a corrida ela só vai ficar gostosa quando acaba o treino ou a corrida! O homem é primata e se locomove para caçar e se alimentar e fazer sexo e qualquer outra coisa, não faço com espontaneidade. Faz porque, de uma forma ou de outra, é obrigado. Eu faço porque quero manter a minha saúde.  Antes, já há muitos anos, uma pessoa gorda era notada em qualquer lugar, olha o Gordo! Hoje já começa a ser o contrário, olha o Magro! Somos obesos, no Brasil somos 52% da população  obesos! Nos EUA muito mais! Substituíram a gordura pelo açúcar! 

No ritmo que conduziu a sua palestra seria possível ficar ali sentado por mais algumas horas. Foi agradável, divertido, proveitoso. Uma aula magna sobre os "Benefícios do Consumo do Leite". O auditório amou todo o conteúdo do evento e dessa palestra, particularmente. Portanto, conclui-se que o gordo é gordo porque come muito. Correr ou fazer ginástica não é gostoso. É importante para a saúde. Fechar a boca e levantar da cama cedo para correr. Senão torna-se mais um gordo. Fácil não é, mas é preciso e já comprovada a eficácia. (Terra Viva)

 

SEGURANÇA ALIMENTAR é tema de seminário hoje no Ministério Público, em Porto Alegre. O encontro tratará sobre fiscalização da produção, distribuição, comercialização de alimentos e riscos à saúde. (Zero hora) 
 

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