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25/10/2016

 

Porto Alegre, 25 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.378

 

  Preço do leite atinge extremos em 2016

Direto de Santa Maria (RS), onde acontece o 2º Fórum Itinerante do Leite, o presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, diz que este ano foi atípico para o setor. No primeiro semestre, os preços atingiram patamares históricos, e no segundo semestre, quando a produção reagiu e as importações foram maiores do que era necessário, os preços diminuíram de forma intensa. Os extremos prejudicam o produtor, que não consegue fazer o planejamento, e também prejudica a indústria, que não consegue garantir suas margens e viabilizar seus negócios. Para assistir a entrevista, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)
 

 
  
 
Produtores pedem preço mínimo para o leite

Entidades que representam os produtores de leite do Rio Grande do Sul querem que seja instituído um preço mínimo para a matéria-prima, como forma de acabar com a constante oscilação do valor pago ao produtor. A proposta foi colocada na pauta do 2º Fórum do Leite, em Santa Maria (RS), nesta segunda-feira, dia 24. Atualmente, o valor é balizado de forma geral pelas informações repassadas pelas indústrias. No entanto, o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no estado (Fetag), Pedro Signori, afirma que o preço é formado apenas por 50% da produção gaúcha de leite. "Com o preço mínimo, ninguém recebe menos do que isso e você agrega qualidade e sanidade dos animais". Para assistir a entrevista, CLIQUE AQUI

O produtor Daniel Kraetzig, de Jaguari (RS), mantém um rebanho de apenas oito vacas. Recebendo 30% a menos pelo litro de leite - que não passa de R$ 0,95 na região -, ele teve que apertar os custos, reduzindo gastos com alimentação. "Hoje, só na base da pastagem. Mão tem condições de dar ração", diz.

Reidratação
A indústria sugere a inclusão de um parágrafo na portaria do Ministério da Agricultura garantindo que o leite em pó, só possa ser reidratado a partir de matéria-prima produzida no Brasil. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados (Sindilat), Darlan Palharini, hoje a restrição não está clara. (Canal Rural) 

 
Instrução Normativa nº 40 

Não surtiu nenhum efeito positivo para os produtores de leite goianos e nacionais as alterações propostas pelo Governo Federal na Instrução Normativa nº 40, de 20 de outubro de 2016, que altera o artigo 1º da Instrução Normativa nº 26 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que trata da reconstituição do leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado para atender o abastecimento público na região de desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Segundo o gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Edson Novaes, a diferença da (IN) 26 para a (IN) 40 é que, a partir de agora, somente pode ser reconstituído o leite em pó oriundo de matéria-prima (leite) com origem em estabelecimento industrial registrado no Serviço de Inspeção Federal (SIF), localizado em território nacional. "Entre outras palavras, continua autorizada a reconstituição do leite em pó para a produção de leite longa vida. Com isso, não se pode mais reconstituir o leite em pó oriundo de importações".

Ele explica que há alguns aspectos que tornam essa medida praticamente inócua para os produtores de leite nacionais. A primeira delas é de que no Brasil não existem, atualmente, grandes estoques de leite em pó de origem nacional para serem reconstituídos. "O grande volume de leite em pó que temos hoje, no Brasil, foi internalizado, provenientes da Argentina, Uruguai ou de outros países", destaca.

Outro aspecto que faz com que essa medida não tenha resultado esperado, de acordo com Sérgio, é a estrutura deficitária do Mapa para fiscalizar se as indústrias estão realmente reconstituindo o leite em pó de leite de origem nacional ou não para a produção de leite longa vida. "E a terceira e mais importante questão é que, mesmo com a queda de produção de leite ocasionada em alguns estados brasileiros no primeiro semestre deste ano, não faltou leite para atender o mercado brasileiro e em específico a região nordeste. O leite produzido pelos produtores nacionais atende perfeitamente à demanda nacional", explica.

Sérgio acrescenta que essa alteração da (IN) 40 só atende os interesses comerciais das indústrias, uma vez que não faz sentido produzir leite em pó para depois reconstituí-lo em leite longa vida, já que os preços pagos internamente para a produção de leite em pó são os mesmos pagos para se produzir o leite longa vida. "O que se percebe é a manutenção de uma política para que as indústrias continuem a reconstituir o grande volume de leite em pó importado e que foram importados com valores menores aos pagos aos produtores goianos", enfatiza.

Por fim, Sérgio avalia que o que é necessário para que não haja mais prejuízos e para que os produtores nacionais não continuem saindo da atividade, é a revogação imediata da (IN)26, e agora da (IN)40, para que os produtores de Goiás e do Brasil possam voltar novamente a serem estimulados a investir e a produzir leite para que possamos não só abastecer o mercado interno, mas gerar excedentes exportáveis ao invés de importarmos. (Faeg)

Pesquisador expõe dados da produção de leite

Na primeira palestra da Agrotecnoeste 2016, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Aldo Stock, comentou diversos dados sobre o mercado de leite, tratando de questões como consumo, produção, competitividade e eficiência. A palestra aconteceu nesta quinta-feira, 20, no auditório central.

Segundo ele, há uma crescente demanda por produtos lácteos que não corresponde à velocidade de crescimento da produção, o que encarece o produto para o consumidor. Um dos fatores que explica esse crescimento no cenário internacional é o consumo de produtos como queijos, iogurtes e até soro em pó por países que tradicionalmente não consumiam esses alimentos.
Com relação ao Brasil, Lorildo apresentou dados sobre a produção, conforme as regiões e também de acordo com o tamanho dos rebanhos por produtor. As regiões que mais produzem leite são o sul e sudeste do Brasil.

Já a análise da estrutura produtiva revela um cenário de concentração. De acordo com os dados apresentados, o país tem cerca de um milhão de produtores de leite e, deste total, 800 mil são pequenos produtores, com até 30 vacas. No entanto, eles respondem por apenas 20% da produção. Por outro lado, 200 mil médios e grandes produtores respondem por 80% do leite produzido no Brasil. "E essa concentração tende a aumentar: a cada dia mais e mais produtores saem do mercado de leite", concluiu. (Da assessoria de imprensa do Campus Iporá do IF Goiano). (Fonte: Oeste Goiano)
 

 

EUA: Wisconsin perdeu quase 400 fazendas leiteiras desde 2015
O Estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, perdeu quase 400 fazendas leiteiras no ano passado, de acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - que mostrou que pouco mais de 9.400 rebanhos leiteiros estavam ativos no estado em 1 de outubro, 4% a menos que em 2015. Porém, o presidente da Associação de Negócios Leiteiros de Wisconsin, Gordon Speirs, disse que a perda deste ano é positiva comparada com os declínios nos anos anteriores. "Esse é um dos menores (declínios) em minha memória e acho que é uma vitória real para nossa indústria, considerando os desafios econômicos que tivemos no último ano e meio com os baixos preços do leite", disse Speirs, que é proprietário e opera na Shiloh Dairy, em Brillion. "Há não muitos anos atrás, perdíamos 600, 800 e até 1.000 por ano". O número de rebanhos leiteiros vem declinando nos últimos 40 anos, à medida que mais produtores se aposentam sem que tenha alguém para cuidar de sua operação, disse Speirs. "As pessoas envelhecem, seus filhos não estão interessados em continuar o negócio da família e estão deixando a indústria". O número de vacas leiteiras em Wisconsin continuou muito estável nos últimos anos. Speirs disse que muitos produtores de leite aumentaram suas operações enquanto outros deixaram a indústria. (As informações são do http://www.wiscontext.org, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

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