Pular para o conteúdo

 

 

Porto Alegre, 23 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.272

   Em busca da padronização

 

Para buscar a padronização e tirar da informalidade mais de 8 mil produtores, a Secretaria de Agricultura firmou protocolo de intenções com entidades do setor para fazer uma radiografia da elaboração do queijo colonial no Estado, durante a Expoleite Fenasul. O documento foi assinado pela Seapi, Fepagro, Emater, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Ulbra, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal de Santa Maria.

O coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes, explica que a intenção é apurar por amostragem de que formas os queijos coloniais são fabricados hoje. Segundo Gomes, não se trata de buscar uma receita para ser aplicada no Estado, mas sim de definir uma padronização da produção, desde o tipo de coalho a ser usado, o tempo de maturação e as "olhaduras" (os furinhos que alguns queijos têm). "A fabricação hoje se dá de forma empírica, por um número enorme de produtores. O que nós queremos é que esse produtor se legalize e que possa vender em condições sanitárias adequadas, mas preservando a identidade colonial", explica. 
O diretor técnico da Emater, Lino Moura, disse que a iniciativa deve ser comemorada, pois vai possibilitar abertura de mercado para o setor, além do reconhecimento do produto. A mesma expectativa é compartilhada pelo presidente da Fepagro, Adoralvo Schio. "A Fepagro se orgulha de fazer parte de um projeto como este, pois cria um mecanismo de diferenciação do produto, o que aumenta as perspectivas de quem produz", diz. A pesquisa aplicará um questionário para obter informações como descrição de estruturação, ingredientes e processos de fabricação do queijo, formas de comercialização e importância econômica para as famílias. Da mesma forma, será buscada a contextualização histórica da fabricação em cada propriedade, para saber como os agricultores aprenderam a elaborar o produto e com quem. (Correio do Povo)
 
 
Programa vai combater carrapato

Um dos principais problemas da pecuária no Rio Grande do Sul, o carrapato, ganhou atenção da Secretaria da Agricultura do Estado com o lançamento de um programa específico de combate à praga. De acordo com o veterinário coordenador do Serviço de Doenças Parasitárias da secretaria, Ivo Koher, a intenção é implementar um sistema educativo para os produtores que resulte num manejo mais adequado do rebanho e na utilização mais criteriosa dos produtos disponíveis para tratar as doenças trazida pelo ácaro, que ataca especialmente os bovinos. "O carrapato é uma praga que vem vencendo a briga contra os instrumentos agropecuários de combate. É imune, hoje, à grande maioria dos medicamentos, e chega a causar um prejuízo anual de R$ 350 milhões à produção", alerta. 

O presidente interino do Conselho Regional de Medicina Veterinária, José Arthur Martins, comemora a iniciativa. "Finalmente, surge um projeto de execução simples que pode diminuir o prejuízo astronômico que o carrapato representa, principalmente d o ponto d e vista d a conscientização do uso dos carrapaticidas", afirma. O consultor de Sanidade Animal da Farsul, Luiz Pitta Pinheiro, também saúda o projeto e afirma que, mais importante do que seu sucesso, é o fato de o assunto ter caráter de prioridade para a Secretaria da Agricultura. "Precisamos conscientizar sobre o manejo da criação e isso se faz com informação", afirma. (Correio do Povo)

EUA: produção de leite atinge níveis recordes e contribui para o excesso de queijos no país

Nos Estados Unidos, há tanto queijo que cada um dos habitantes do país precisaria comer quase 1,5 quilo a mais este ano para equilibrar o mercado. A abundância, na verdade, é apenas um indício do excesso de leite, carne bovina, suína e de aves que os produtores americanos começaram a acumular dois anos atrás, quando os preços estavam em alta e os mercados de exportação pareciam se encaminhar para um longo período de crescimento.

Os estoques abundantes de grãos reduziram o risco ao diminuir o custo da ração animal. A alta duradoura do dólar, no entanto, tem desencorajado muitos mercados estrangeiros a comprar produtos dos EUA, o que tem provocado um acúmulo de oferta no país justo quando a produção vem atingindo níveis recordes. Isso levou os preços de muitos bens no mercado doméstico a desabar para seus níveis mais baixos em vários anos.

As exportações de queijos e coalhada do país já caíram, em volume, 14% no ano até o fim de fevereiro, enquanto as importações cresceram 23%, impulsionadas pela depreciação das moedas da Europa, Nova Zelândia e Canadá, informou a agência de estatísticas de comércio do Censo americano. A América Latina tem amortecido um pouco a desvantagem americana. A existência de cotas de exportação em países como a Argentina, que normalmente atende os mercados da América Latina, melhorou a competitividade do queijo americano, diz Jeff Gilfillan, estrategista sênior de mercado da consultora financeira RJO Futures, em Chicago.

A produção de leite das sete maiores regiões exportadoras continua aumentando, embora a um ritmo muito mais lento em comparação com o início da expansão, em 2014, disse em fevereiro Gregg Tanner, diretor-presidente da gigante americana de laticínios Dean Foods. A União Europeia é quem mais contribui para a alta, com um crescimento anual de mais de 5% na produção de leite desde que as cotas de exportação foram eliminadas, em março de 2015.

O governo americano informou recentemente que os estoques de soja poderiam cair quase 25% este ano, à medida que cresce a demanda no mercado internacional. Já as perspectivas para os mercados de outras commodities não foram tão otimistas. O USDA prevê que a oferta de trigo e de milho continuará crescendo. O órgão estima ainda que a produção americana de carne bovina, suína e de aves vai se expandir 3,1% neste ano em relação a 2015, para 44,3 milhões de toneladas, já que os agropecuaristas estão ampliando suas operações e criando animais mais pesados, graças aos baixos preços dos grãos.

A expectativa é que os produtores americanos coloquem no mercado mais de 96 milhões de toneladas de leite neste ano, um volume recorde. Grande parte disso é vendida para a indústria do queijo, que armazena sua produção à espera que a demanda cresça e os preços subam.

A queda nos preços dos lácteos este ano apresenta um novo teste para a indústria americana. Afinal, desde a aprovação de uma lei agrícola, em 2012, o setor já não conta com a proteção do governo, que acumulava estoques para sustentar os preços. As câmaras frigoríficas comerciais armazenavam o volume recorde de 540 mil toneladas de queijo no fim de março, o último mês para o qual existem dados disponíveis. É uma alta de 11% em relação ao mesmo mês de 2015. Os americanos consomem em média 16,3 quilos de queijo por ano, por pessoa, mas não o suficiente para arrefecer a oferta.

O excesso de queijo e outros produtos marca uma virada drástica para o setor agrícola nos EUA, que há apenas alguns anos lutava contra a seca e doenças que afetaram o abastecimento e fizeram disparar os preços dos produtos para o consumidor final nos supermercados.

Os mercados de commodities muitas vezes oscilam entre altos e baixos devido ao tempo necessário para ajustar a produção à nova demanda. As decisões de expandir rebanhos de carne e leite têm de ser feitas com bastante antecedência, levando-se em conta os nove meses de gestação das vacas e os mais de doze meses necessários para que elas atinjam a maturidade.

Para os consumidores americanos, isso representa um alívio. Os preços de varejo do queijo caíram 4,3% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo a firma de pesquisa de mercado IRI. (Milkpoint)

USDA: queda no preço do leite na Nova Zelândia resulta em diminuição do rebanho 

Produtores de leite e derivados na Nova Zelândia estão passando pelo segundo ano em que os preços pagos ao produtor estão abaixo do break even (ponto de equilíbrio) e a expectativa é de que o cenário se mantenha em 2017, podendo chegar até 2018. A avaliação é de fontes da indústria ouvidas pelo adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) em Wellington, capital da Nova Zelândia.

Atualmente, o preço aos produtores está entre 4 e 5 dólares neozelandeses por quilo, o que torna atrativa a simples operação de reduzir o rebanho leiteiro entre 5% e 15%. Para manutenção do rebanho, os preços deveriam apresentar uma tendência clara de melhora, para em torno dos 6 dólares por quilo na temporada 2016/17, aponta o USDA.

Entre 2014 e 2016, os produtores neozelandeses reduziram o rebanho leiteiro em torno de 5%, para 4,93 milhões de cabeças. É esperado que esta redução repercuta sobre a produção local, com a estimativa de que sejam produzidos 20,92 milhões de toneladas do produto em 2016, o que representa uma queda de 4,5% ante o volume produzido em 2014.

Já a produção de lácteos, excluído o leite em estado líquido, deve reduzir 2,2% no ano em relação a 2015, de 3,015 milhões de toneladas para 2,95 milhões de toneladas. Ainda assim, o número é 2% superior à projeção inicial, refletindo a estimativa de produção de leite maior do que o esperado anteriormente.

Em relação às exportações em 2016, o USDA espera que sejam embarcadas 3,096 milhões de toneladas de produtos lácteos, incluindo leite em estado líquido. O número é 3% superior à estimativa anterior. No ano passado, foram exportadas 3,141 milhões de toneladas, 3,7% acima da projeção do USDA. Para o fim de 2016, o USDA reduziu sua estimativa de estoque, passando de 181 mil toneladas para 175 mil toneladas. (Milkpoint)

 
 

Qualidade do leite premiada
As grandes vencedoras do primeiro Concurso Leiteiro de Sólidos da Expoleite/Fenasul foram as vacas CR-Judde 1352 Supercsp (categoria jovem), da Cabanha Rottili Rodrigues, de Santo Augusto, e Dalia 567, da Cabanha Giliotto, de Serafina Corrêa (categoria adulta). CR-Judde registrou a produção de 7,74 quilos por dia de proteína, gordura e lactose. Dalia atingiu a marca de 8,85 quilos por dia. Instituído por iniciativa do Sindilat, o concurso distribuiu R$ 10 mil em prêmios, R$ 2,5 para as primeiras colocadas, R$ 1,5 mil para as segundas e R$ 1 mil para as terceiras. Foram julgados, através das amostras de três ordenhas diárias de cada uma das inscritas, os teores de gordura e proteína do leite, entre outros itens. As análises foram processadas pelo Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas. (Correio do Povo)

 

 

Porto Alegre, 20 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.271

 

   Leite segue em alta e ultrapassa a marca de R$ 1,00

O preço de referência do Leite projetado para o mês de maio ultrapassou a casa de R$ 1,00. Segundo dados divulgados pelo Conseleite/RS na manhã desta sexta-feira (20/5), na Fenasul, em Esteio, o valor médio deve ficar em R$ 1,0091 o litro, 2,07% a mais do que o valor consolidado no mês de abril, que ficou em R$ 0,9886. Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, o valor está 20% acima do mesmo mês do ano anterior. "A dúvida neste momento é se os preços continuarão subindo ou começarão a se estabilizar a partir do próximo mês", frisou, alertando que o que definirá o cenário futuro é o aumento da oferta de produto no mercado gaúcho.

O presidente Conseleite, Jorge Rodrigues, pontuou que, se o cenário de valorização continuar como está, teremos dois anos consecutivos positivos para o preço do leite. Finamore acrescentou que, nominalmente (sem considerar a inflação), o leite já acumula valorização de 13,65% em 2016. Os preços em alta são explicados pela severa entressafra que reduziu consideravelmente a produção abaixo da média histórica que caracteriza o período no Estado.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, diz que ainda não houve reação no campo com aumento de produção, e os valores devem seguir em um patamar mais elevado. Ele ainda alertou que é preciso que o mercado e os consumidores compreendam que não se trata de alta de preço, mas de repasse de reajuste nos custos de produção. "Esse valor é essencial para manter o produtor no campo produzindo e dar à indústria e ao produtor uma margem mínima de lucratividade", destacou.(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Conseleite aprova tabela de Remuneração por Qualidade


Depois de uma manhã de debates entre produtores e indústria, o Conseleite aprovou hoje (20/5), durante reunião na Fenasul, em Esteio, a Tabela de Remuneração por Qualidade para o leite gaúcho. O documento está baseado no regramento da IN 62 e nas tabelas individuais das indústrias já aplicadas atualmente. Apresentada pelo presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, ela enquadra a produção em sete níveis distintos que levam em consideração quatro índices: CBT, CCS, gordura e proteína. Desta forma, a produção seria remunerada com base nos escores somados dessas quatro categorias com bonificações máximas de: 7% para CBT, 7% para CCS, 4% para gordura, 3,75% para proteína, podendo chegar ao teto de 21,75%.

Contudo, ficou definido que a tabela não será utilizada para composição dos preços do Conseleite nem será cruzada com os dados mensais divulgados, funcionando apenas como uma referência para as empresas que não têm a sua e que desejem usá-la. Rodrigues alertou que a ideia é dar ao produtor parâmetros para que ele visualize desafios a serem superados para viabilizar remuneração adicional. "A tabela não vai precificar o Conseleite", garantiu Jorge Rodrigues.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, acrescentou que a tabela não irá intervir nos números do Conseleite nem nas políticas de qualidade próprias adotadas pelas indústrias porque isso é inviável. "Essa tabela deve ser apenas um balizador", salientou Guerra, lembrando que cada indústria tem a sua política de bonificações de acordo com seu mix de produtos. Segundo ele, quem regula o preço do produto é o mercado e é impossível estabelecer uma tabela de bonificações com percentuais que não podem ser repassados ao produto final mas precisam ser cumpridos pela indústria. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Sindilat participa da abertura da Expoleite/Fenasul 2016

A abertura da 39ª Expoleite e 12ª Fenasul, realizada nesta quinta-feira (19/5) no Parque Assis Brasil, em Esteio/RS, reuniu autoridades, parlamentares e representantes de entidades do setor lácteo. Com o objetivo de discutir os desafios da cadeia leiteira e formas de impulsionar a produção, a feira ocorre até domingo (22/5), com expectativa de faturar R$ 1 milhão.

Durante a cerimônia, o governador do Estado José Ivo Sartori destacou a abrangência da cadeia leiteira no RS e a sua importância para a economia e geração de empregos. "Celebrar mais esta edição da Expoleite/Fenasul é reconhecer o trabalho de homens e mulheres que fazem da pecuária leiteira uma fonte de trabalho e renda. Sua contribuição é especialmente importante nesta época de profunda crise financeira", disse. 

Presente na feira com ações que reforçam a qualidade do leite, o Sindilat está promovendo oficinas culinárias para crianças e também a realização do Concurso de Sólidos em parceria com a Secretaria da Agricultura (Seapi), UFRGS e Embrapa. A entrega das premiações será realizada no sábado (21/5), durante a festa de confraternização da Expoleite/Fenasul, a partir das 20h, no parque. 

A abertura do evento foi marcada pelo tradicional banho de leite, que consagra os vencedores do Concurso Leiteiro da Raça Holandês. Na categoria Vaca Adulta, a premiação coroou o bicampeonato da Dália Propriedade Giliotto 517 (box119), da Propriedade Giliotto, de Serafina Correa. O animal produziu 65,93 quilos de leite em três ordenhas. Já a vaca campeã na categoria Jovem foi a CR Judd 1352 Super C.S.P (Box 98), da cabanha Rottili Rodrigues de Santo Augusto, que produziu 60,45 quilos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Ministro busca acelerar venda de 660 mil toneladas de milho

O novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, corre contra o tempo para agilizar a venda de 660 mil toneladas de milho dos estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda nas próximas semanas, segundo uma fonte do governo. A alta do cereal, principal insumo da ração de aves e suínos, vem afetando as margens das indústrias do setor no país desde o ano passado e levou empresas do país, como JBS e BRF, a recorrerem à importação de milho. De perfil pragmático, o novo ministro, que defende a garantia de renda aos produtores, já tem em mãos uma minuta de decreto para revogar o Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep), órgão formado por quatro ministérios, responsável pela aprovação das operações de compra e venda de produtos agropecuários pela Conab. O conselho é considerado burocrático e moroso por técnicos do governo e pelo próprio Maggi.

 A medida teria como objetivo acelerar esses leilões de venda de milho. Enquanto não consegue desburocratizar ou mesmo extinguir o conselho, Blairo Maggi pretende publicar em breve uma nova resolução do Ciep, autorizando a comercialização de um volume inicial de 160 mil toneladas do cereal estocado pela Conab. Essa medida seria mais rápida pois a venda desse volume já foi aprovada pela câmara técnica do conselho em março último, mas ainda depende da assinatura dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Desenvolvimento Agrário e Social, Osmar Terra. Posteriormente, o Ministério da Agricultura pretende vender mais 500 mil toneladas, com o intuito de conter a alta do cereal, que já subiu cerca de 40% este ano, segundo o Indicador Esalq/BM&F Bovespa. Ao todo, os estoques de milho mantidos nos armazéns da Conab espalhados pelo país somam mais de 902,3 mil toneladas, segundo levantamento da própria autarquia. 

Contudo, a maior quantidade se concentra em Sorriso (MT), e a operação logística para o escoamento desse produto até o Sul do país leva tempo. Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), afirmou que os "elevadíssimos" preços do milho não cedem e vêm tornando incertas as operações de empresas em alguns municípios do Sul, onde a saca de 60 quilos do cereal está cotada em R$ 60. "Já estivemos com o ministro e pedimos para que agilize esses leilões da Conab, mesmo porque as últimas medidas anunciadas pelo governo para aliviar nosso mercado ainda não estão funcionando", disse. Ele se referia à retirada do imposto de importação do milho pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) em operações nos próximos seis meses e à ampliação do limite de financiamento por produtor de uma linha para retenção de suínos, que dobrou para R$ 2,4 milhões. (Valor Econômico)

 

Concurso leiteiro consagra bicampeã
A vaca Dalia propriedade Gillotto, de Serafina Correa, foi a campeã do Concurso Leiteiro da Raça Holandês na categoria Adulta. Em três ordenhas, produziu quilos de leite. Este é o bicampeonato do animal, que já havia conquistado o título em 2014. O criador Guilherme Gillioto disse que o recolhimento resulta de um trabalho de três décadas da família. Na categoria Vaca Jovem a campeã foi a CR Judd 1352 Super C.S.P. (box 98), da cabana Rottili Rodrigues, de Santo Augusto, que produziu 60,45 quilos em 24 horas. O criador Sergio Elizeu Machado Rodrigues ressaltou a genética leiteira e os cuidados com a alimentação.Durante a abertura da Expoleite/Fenasul ontem à tarde, em Esteio, o presidente da Gadolando, Marcos Tang, destacou as características das campeãs do Concurso. "Além de terem excelente capacidade de digestão para converter o alimento em leite, precisam ter um temperamento adequado para fazê-lo diante de um público", explicou. Participaram da disputa 24 animais (Correio do Povo)

 

 

Porto Alegre, 19 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.270

 

   Normativas devem concluir aplicabilidade da Lei do Leite

Aguardando publicação do decreto de regulamentação pelo governo do Estado, a Lei do Leite ainda precisará de instruções normativas adicionais para que possa ser implementada na íntegra.  Uma delas deve reger o formato do cadastramento dos transportadores pelos laticínios, informações que farão parte de um grande banco de dados administrado pela Secretaria da Agricultura (Seapi). O cadastro reunirá dados sobre formação, treinamento profissional e o nome das indústrias para as quais o transportador trabalha. Outra Instrução Normativa deve definir a operacionalização de um selo para identificação dos caminhões que transportam o leite e o modelo de documento de trânsito que acompanhará as cargas.

A complementação da Lei do Leite foi reforçada pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante mesa redonda realizada na tarde desta quinta-feira (19/05) durante simpósio promovido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Sindicato dos Médicos Veterinários do RS (Simvet/RS) e Secretaria da Agricultura (Seapi) durante a Fenasul, em Esteio (RS). O debate foi mediado pelo editor-chefe do Correio do Povo, Telmo Flor. 

Segundo Guerra, é importante lembrar que já existe uma legislação que regulamenta o setor, mas a Lei do Lei traz detalhamento que torna o controle sobre o setor mais eficiente. "O maior patrimônio que temos é a nossa marca. Quando acontece problema com alguém, o reflexo vem para todos. Todo o setor perde, indústria e produtores. Nosso sindicato sempre apoiou a legislação", frisou. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, completou que o leite gaúcho é um dos mais testados do país. Segundo ele, das 51 milhões de amostras testadas no país, 44% vêm do Rio Grande do Sul.  "Essa legislação vem como um avanço e nos auxilia a mostrar para o mundo que a melhor qualidade do leite está aqui", completou Palharini.

O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, pontuou que a Lei do Leite não trará grandes mudanças para quem opera na regularidade. Mesma posição foi defendida pela médica veterinária Andrea Troller Pinto, do Simvet. "Dá mais segurança para quem está trabalhando certo e ao Estado força para a atividade fiscalizadora sobre quem não está trabalhando corretamente", disse. 

O representante da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes, reforçou os avanços do projeto. "Estamos trabalhando para dar uma resposta para a sociedade na elaboração de uma legislação que contemplasse a lacuna", pontuou, referindo-se à ação de transportadores autônomos que tornou-se rotina no RS no passado.  A veterinária de Seapi, Karla Pivato, destacou como um dos principais avanços a responsabilização das indústrias em relação ao papel dos transportadores uma vez que a Lei prevê que os laticínios responsabilizem-se pela ação de seus terceirizados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
Crédito: Carolina Jardine
 

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Maio de 2016 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Abril de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Maio de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)
 

 

EUA: Rabobank analisa excesso de queijos; o maior estoque desde 1984

No final de março, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou que os Estados Unidos têm um estoque de queijos de 1,2 bilhão de libras (equivalente a 544,3 milhões de quilos), o maior desde 1984. De acordo com o diretor executivo e analista sênior do Rabobank, Tom Bailey, o excesso de queijos dos Estados Unidos é resultado da maior demanda de consumo por queijos junto com uma combinação de fatores econômicos.

"Tudo se volta para o preço do leite. Isso começou há cerca de dois anos, quando registramos preços recordes do leite com a remoção das cotas da União Europeia (UE), o que impulsionou muitos investimentos nos Estados Unidos, na Europa, na Austrália, na Nova Zelândia e em partes da América Latina. Vimos muitos investimentos no crescimento da oferta". Os maiores investimentos no lado da oferta do mercado de lácteos resultou em um adicional de 2,6 bilhões de quilos de leite entre março de 2015 e março de 2016, um grande aumento no crescimento do volume para o mundo absorver, disse Bailey.

O excedente global no mercado de lácteos - combinado com os preços internacionais - alcançou um valor baixo quase recorde, tornando as exportações aos Estados Unidos uma opção atraente para a UE, de acordo com ele.

Em termos de crescimento com relação ao ano anterior, as importações dos Estados Unidos aumentaram 39,24 milhões de quilos - 17% de aumento com relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações declinaram 56,43 milhões de quilos e a produção de queijos dos Estados Unidos aumentou 139,52 milhões de quilos, criando um estoque total de 544,3 milhões de quilos de queijos nos Estados Unidos.

Os americanos, em média, consumiram 907,18 gramas de quilos a mais em 2015, aumentando para 15,65 quilos por pessoa anualmente. Isso deverá alcançar 17,15 quilos em 2024, de acordo com dados do USDA. A demanda por queijos vem crescendo consideravelmente à medida que os americanos se tornam mais conscientes com relação à saúde. Os queijos processados também estão sendo substituídos por queijos integrais. "Costumávamos evitar queijos e manteiga, mas tem havido um renascimento da gordura dos lácteos e não estamos mais tão assustados. As companhias estão se reformulando para incorporar mais a gordura láctea", comentou Bailey. 

No entanto, há muito queijos, alertou Bailey, citando "uma reação exagerada do lado da oferta" como uma razão parcial para o excesso de queijos nos Estados Unidos. "No final das contas, a produção de queijos deverá cair. Caso contrário, nós definitivamente estaremos com um montante de queijos no qual não seremos capazes de consumir". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Expoleite 2016 estreia concurso de sólidos

Consagrada pelo destaque dado ao volume de leite produzido, graças ao concurso de gado leiteiro, a 39ª Expoleite e 12ª Fenasul, neste ano, se volta também para a qualidade do produto, avaliado no concurso de sólidos, que verifica o teor de proteína, gordura e minerais da produção. O evento teve início ontem e ocorre até 22 de maio, no parque Assis Brasil, em Esteio. A fria quarta-feira, que marcou o início da programação, começou com as ordenhas do concurso leiteiro: a primeira, realizada às 6h; a segunda, às 14h; e a terceira, às 22h. Serão feitas ainda outras duas coletas: às 6h e às 14h desta quinta-feira. Destas, as três intermediárias terão amostras recolhidas para análise de sólidos, que será feita pela Embrapa de Capão do Leão. O servidor estadual Danilo Cavalcanti Gomes, médico veterinário e coordenador da Câmara Setorial do Leite, explicaque a Secretaria da Agricultura dispõe de local adequado para preservação das amostras, que serão encaminhadas para o laboratório com rigor e a presença de um fiscal, que acompanhará o envio do material. O resultado será divulgado no sábado. "Quando se traz um concurso de sólidos para um evento que tradicionalmente premia o volume, há um diferencial muito grande. Não basta nos preocuparmos só com o volume, mas também com a qualidade", justifica sobre a importância da avaliação. Estimular a produção focada no aspecto qualitativo do leite garante benefícios à indústria, aos produtores e à sociedade. Na fabricação de produtos lácteos, como o queijo, quanto melhor for a qualidade do leite - considerando percentuais superiores de proteína, gordura, lactose e minerais, por exemplo -, maior será a rentabilidade da produção: em vez de usar 10 litros de leite para fabricar um quilo de queijo, pode-se produzir a mesma quantidade com apenas oito litros. 

Para o produtor, que ofereceu as melhores condições ao gado a fim de assegurar os ganhos qualitativos do leite, a remuneração também é maior. "O preço pago pelo litro de leite está variando entre R$ 0,85 e R$ 0,95, mas, para o conteúdo com maior qualidade, a remuneração pode chegar a R$ 1,15", demonstra Gomes. A prática de pagar um valor adicional pela qualidade do leite já faz parte da rotina dos principais laticínios, mesmo de menor porte, reforça. Outro benefício é que o leite com maior propriedade qualitativa, por ser tão valioso para o produtor e para a indústria, é menos vulnerável à fraude. "O leite de baixa qualidade é insumo para dulteração", sublinha Gomes. Ao ar ênfase à questão, a Expoleite ajuda a disseminar as melhores práticas. Dentro da porteira, esse cuidado pressupõe, na atual conjuntura, uma atenção equilibrada entre necessidades e custos. O Criadeiro La Linda, de Carlos Barbosa, participa da feira com 11 animais (quatro vacas, quatro novilhas e três terneiros) e, em meio à crise, tenta amenizar os altos custos de produção para melhorar os ganhos. O funcionário da cabanha Fernando Mocellin diz que "o preço pago pelo litro nunca esteve tão bom", porém as despesas também subiram. Em média, o grupo recebe R$ 1,15 pelo litro entregue, já considerando o bônus pela qualidade. Além do gado leiteiro, estarão em exposição cavalos crioulos, cavalos árabes, aves e terneiros, que totalizam 1.131 animais inscritos. Entre as novidades para a edição 2016 está uma etapa classificatória do Freio de Ouro, tradicional prova promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). O evento é realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação em parceria com a Associação de Criadores de Gado Holandês (Gadolando). (Jornal do Comércio)

 

 

Expoleite/FENASUL
O primeiro dia de funcionamento da 39º Expoleite e 12º Fenasul, que tem abertura oficial hoje às 18h, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio foi de preparação dos animais para os concursos e leiloes que ocorrem até este domingo. Mesmo em um ano marcado pela crise econômica e política, a feira teve adesão acima do esperado. O superintende técnico da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), José Luiz Rigon, diz que os produtores podem ser considerados heróis. "Todos que estão aqui estão sendo leais a tradição e a atividade. Estamos num momento muito delicado no país. Se o produtor fosse raciocinar economicamente, sequer sairia de casa", avalia Rigon lembra que mesmo com a crise, as feiras agropecuárias crescem anualmente na casa dos 7%, o que desperta o interesse dos produtores, pela valorização que as feiras agregam ao nome das granjas e cabanas. Com um gasto calculado em R$8 mil a R$ 10 mil, com transporte de animais e hospedagem, o criador Camilo Cestonaro, de Nova Bassano, afirma que o esforço para participar do evento é recompensado. "Viemos à feria com o intuito de driblar a crise", diz. Nesta quinta feira, às 14h acontece o debate sobre a Lei do Leite, com a presença de representantes do CRMV-RS, Seapi, Simvet, Sindilat, Farsul, Fetag e Ministério Público Estadual. (Correio do Povo)

 

 

 

Porto Alegre, 18 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.269

 

   Começam oficinas culinárias para crianças na Fenasul

Escolas da Região Metropolitana de Porto Alegre deram início, nesta quarta-feira (18/5), às oficinas culinárias com produtos lácteos na Fenasul, em Esteio (RS). Um dos primeiros grupos a ser recebido pela equipe do estande Mundo do Leite foi composto por alunos da Escola Aberta, da Vila Cruzeiro, de Porto Alegre. A ação integra o projeto Leite na Escola, da Secretaria da Agricultura, e é uma iniciativa conjunta com o Sindilat e apoio do Senar e Fundesa. Neste ano, o sindicato participa da Fenasul no espaço Mundo do Leite, no Pavilhão de Gado Leiteiro  do Parque de Exposições Assis Brasil. "É com grande satisfação que fizemos essa parceria com o Sindilat para trazer as crianças para a Fenasul e mostrar o todo esse universo por meio do projeto Leite na Escola. E conseguimos fazer isso de uma maneira divertida por meio da elaboração de uma receita com leite em pó, que permite o manuseio do produto", pontuou o representante da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes. A ação foi destacada pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra: "É um momento de mostrar às novas gerações a força da produção do campo e que os alimentos que chegam todos os dias à mesa são fruto de muito trabalho". 

A diversão para quem participou da oficina foi garantida, destacou a nutricionista do Senar/RS Marjana de Matos, que coordenou os trabalhos.  Atentos, os alunos da professora Márcia Leal, que leciona o 4º ano da Escola Aberta, devem seguir trabalhando a temática em sala de aula. "Oficinas como essa trazem bastante enriquecimento, porque permitem que eles manuseiem os produtos e ajuda para a própria formação deles como cidadãos", destacou.

A atividade ainda incluiu apresentação técnica sobre o leite e seus derivados, proferida pela estudante de Medicina Veterinária Carina Machado Viana. "É incrível ver a satisfação deles no olhar. Eles se interessam e participam, é muito bom trabalhar com as crianças sobre esse universo", pontuou. Na sequência, as crianças são conduzidas a um roteiro pelos bretes para conhecer melhor o mundo do setor lácteo. "As crianças vão conhecer o espaço dos animais, aprender as diferenças entre terneiros e vacas, entender como é realizada a ordenha e por onde passa o leite vendo os tanques de expansão, além de explicar a importância da higienização em todo processo", cita Carina.  

As oficinas seguem nesta quinta e sexta-feira com horários pela manhã e tarde. Considerado a maior mostra do outono gaúcho, a Expoleite Fenasul 2016 segue até o dia 22 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O evento é uma promoção da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) e da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) e tem apoio do Sindilat. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
  
 

Sindilat apoia Olimpíada de Acessibilidade

Com o objetivo de promover a confraternização entre crianças com deficiências físicas, terapeutas e voluntários, o Educandário São João Batista, de Porto Alegre, está promovendo as Olimpíada da Acessibilidade nesta quarta, quinta e sexta-feiras. A entidade filantrópica visa o tratamento e a educação de crianças e adolescentes com limitações físicas. Os jogos incluem atividades como corrida de cadeiras de rodas (com e sem acompanhante), chutes livre à gol com ajuda de botas especiais, brincadeiras que desenvolverão o tato, como adivinhação com caixas táteis e alimentos os quais vão ingerir. 

Em parceria com o Gabinete da Primeira Dama, o Sindilat está apoiando a iniciativa. Além da oferta de lanche para as crianças, foram confeccionadas medalhas para os participantes. "São momentos como esse que colocam o setor lácteo ao lado da sociedade. É preciso estimular as crianças em todas as suas potencialidades", pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 

 Crédito: Priscila Gauto

 

Pesquisa da academia norte-americana aponta que transgênicos não trazem riscos à saúde

Organismos geneticamente modificados (OGMs) não oferecem riscos à saúde e aparentemente não prejudicam diretamente o meio ambiente, de acordo com um estudo realizado pela Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos.

Conforme o estudo, que analisou 20 anos de pesquisa sobre variedades transgênicas de milho, soja, algodão e herbicidas relacionados, os OGMs não oferecerem risco específico de câncer, autismo ou outros males que foram supostamente associados a eles.  Ainda assim, a Academia aponta que é difícil identificar com precisão a influência de fatores específicos no meio ambiente, diante da "natural complexidade" da questão.

Na segunda-feira, 16, especialistas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) afastaram a tese de que o glifosato, o herbicida mais utilizado do mundo, oferece risco de câncer. A Monsanto é a principal comercializadora do glifosato, com a marca Roundup. (As informações são do Dow Jones Newswires e do jornal O Estado de São Paulo)

A nata da produtividade

A soja é o motor do agronegócio, o arroz é a cultura em que o Rio Grande do Sul lidera em volume e a pecuária de corte simboliza a história da economia rural do território, mas, quando o quesito é produtividade, é no leite que o Estado assume a ponta no país.

Investimento em genética, cuidados com alimentação e atenção à sanidade formam a receita que fez o rebanho do Estado ter um rendimento médio por cabeça de 3,034 mil litros ao ano. É quase o dobro do número nacional e 12,6% acima de Santa Catarina - segundo colocado -, conforme dados de 2014 da Produção da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde 2006, o rendimento médio no RS cresceu 43,1%, enquanto no Brasil avançou 25,7%.

A excelência na capacidade de extrair mais leite por animal se espalha por várias cidades. Dos 50 municípios brasileiros com maior produtividade leiteira, 34 são gaúchos. Carlos Barbosa, na Serra, tem o melhor resultado do Estado - 6,8 mil litros/ano - e o terceiro no país.

- Se tenho animais com sanidade, boa genética e produzo e forneço alimentos de qualidade, tenho tudo para melhorar a produtividade - resume João Seibel, diretor industrial de lácteos da Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa.

Na genética, a qualidade do rebanho reflete o trabalho de décadas em melhoramento, por meio da inseminação artificial e transferência de embriões. Na sanidade, o avanço no combate a enfermidades como mastite, tuberculose e brucelose.

Na nutrição, se sobressai a capacidade de produzir alimentos em fartura - como milho para silagem e azevém e aveia para pré-secados - e a conscientização de que é necessário guardar para períodos do ano considerados entressafra. Assim, fica garantida a oferta de comida de qualidade para as vacas mesmo no período seco, intervalo de cerca de 60 dias antes de o animal prenhe parir, quando não está em lactação. Isso assegura melhor desempenho ao voltar a ser ordenhado. Ainda no manejo, o uso cada vez maior de sistemas de confinamento ou semiconfinamento é outro fator que contribui para a produtividade, diz Seibel.

- Um animal da raça holandesa, com 650 quilos, se tiver de caminhar durante o dia, sair das instalações para beber água e procurar sombra, subindo e descendo morro, perde muita energia para se locomover e a capacidade de produção não é explorada ao máximo - observa o diretor da Santa Clara. (Zero Hora)

Custos vitaminados

Está nos custos, e não no valor pago pela indústria, a principal preocupação dos produtores de leite do Rio Grande do Sul. Pressionados pela necessidade de desembolsar mais, principalmente pela ração, reflexo da valorização do milho e da soja, muitos pecuaristas têm optado por cortar alimentação ou até reduzir o rebanho. A medida tem levado à queda na oferta de leite, sustentação das cotações e à tendência de o consumidor não ter perspectiva, pelo menos no curto prazo, de ver os preços recuarem nas gôndolas dos supermercados, avisa o zootecnista Rafael Ribeiro, consultor de mercado da Scot Consultoria.

- O preço médio do leite pago ao produtor no país foi de R$ 1,04 em abril, 14% acima do mesmo período do ano passado, enquanto os custos subiram 26,2% - observa Ribeiro, listando, além dos grãos, preços de energia elétrica, combustíveis e mão de obra como maiores influências para pressionar os gastos.

O presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, observa que, hoje, os preços pagos ao produtor no Estado variam entre R$ 0,98 e R$ 1,20 e, para alguns pecuaristas, as despesas superam as receitas. Com isso, há pouco apetite para investir na propriedade e na reposição do rebanho, nota o dirigente.

- A remuneração não é o principal problema. Está razoável. Mas tem muito produtor sem margem - admite Tang, que vê, como consequência, uma baixa procura por novilhas prenhes no Estado.

Após o excesso de leite no mercado em 2014 no país, o declínio da oferta iniciou ainda ano passado, também devido a problemas climáticos, como falta de chuva no Brasil Central e excesso de umidade no Sul. Em 2015, a produção teve redução de 2,8%, para 24 bilhões de litros, a primeira queda desde o início da série histórica de acompanhamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1997. O consumo per capita no país, que cresce desde 2005, baixou de 174 litros em 2014 para 173 litros ano passado e este ano pode fechar em até 166 litros, estima a Scot Consultoria.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, observa que, com o aprofundamento da crise, o consumidor tem mudado os hábitos de compra, buscando ofertas, produtos com menor custo e embalagens econômicas.

- A classe C perdeu poder de compra e vem migrando para produtos de menor valor agregado. A indústria tem de fazer frente a isso, melhorando o custo-benefício, sem deixar de inovar em produtos para o bem-estar das pessoas - avalia Guerra.

Para Marcos Tang, da Gadolando, uma das saídas para fortalecer o setor seria a indústria demonstrar mais interesse na exportação para o país transformar em realidade o potencial de ser uma potência global de lácteos. (Zero Hora)

 

Entrega de leite/Reino Unido 
A entrega de leite na porta de casa das pessoas voltou a ser moda em Londres. O trabalho é puxado e acontece durante toda a madrugada, mas tem lá sua recompensa: os leiteiros são vistos como guardiões da comunidade e recebem o carinho dos clientes na hora da entrega. Veja vídeo (G1/Jornal Hoje)


Compartilhe nas redes sociais

Descadastre-se caso não queira receber mais e-mails. 

    

 

Porto Alegre, 17 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.268

 

   Leilão GDT: preços internacionais voltam a apresentar leve aumento

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (17/05) registrou alta de 2,6% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.283/tonelada. O leite em pó integral apresentou uma alta de 3,0% em relação ao leilão passado sendo comercializado a US$ 2.252/tonelada, voltando a ficar próximo aos valores que apresentava no início desse mesmo ano. 

O leite em pó desnatado não apresentou grande variação, com uma leve queda de 0,9%, fechando a US$ 1.658/tonelada. Assim como o leite em pó desnatado, o queijo cheddar também apresentou queda de -0,8% em relação ao último leilão, sendo comercializado a US$ 2.693/tonelada.

Foram vendidas 18.113 toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume cerca de 31,7% abaixo do mesmo período do ano passado, indicando que o leilão GDT não vem sinalizando melhoras na demanda.

Os contratos futuros de leite em pó integral continuam sem apontar para grandes mudanças ao longo de 2016. Até novembro, as projeções estimam preços entre US$2.228 e US$2.340/ton, sem nenhuma alteração significativa no atual patamar de preços. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência)
 
 
 
 

Europa é "inundada" por leite um ano após o fim do sistema de cotas

 
Quem chega à fazenda de 80 hectares de Leon Backs, em Rutten, no centro da Holanda e a uma hora de Amsterdã, não vê vacas e sim campos de tulipas de diversas cores. O pasto está quase todo plantado com essa flor que faz o país ser chamado de floricultura do mundo. As 120 vacas estão concentradas no estábulo ao lado da residência, e só se deslocam ali dentro para serem ordenhadas por dois robôs.

"A situação está difícil, tive que alugar muitos hectares a produtores de tulipas para compensar a perda com o leite", diz Leon, 35 anos de idade, que trabalha sozinho, na fazenda que comprou do pai em 2009. Ele conta que há dois anos recebia € 0,40 por quilo de leite, mas agora o preço despencou para € 0,25. Alugando o pasto para produção de tulipas, ele embolsa € 2.750 (R$ 11.200) ao ano por hectare. 

Isso ocorre porque a Europa foi "inundada" por leite, um ano depois do fim do sistema de cotas que limitava a produção no setor. A história de Leon ilustra a crise que vivem atualmente os produtores europeus, desde que, a partir de abril de 2015, passaram a poder produzir e exportar o quanto desejarem. 

Na expectativa dessa liberalização, criadores, sobretudo na Holanda, Bélgica, Dinamarca e Irlanda, compraram mais vacas e mais terras, produzindo mais para conquistar novos mercados, em particular a China. Mas, já em 2014, a Rússia havia decretado um embargo aos produtos agrícolas europeus, fechando um mercado para os queijos do velho continente. Além disso, a China, maior importadora mundial de leite em pó, freou bruscamente suas importações do produto. E o clima favorável ajudou os concorrentes Nova Zelândia, Austrália e Estados Unidos a aumentarem sua produção.

Os preços no mercado internacional, que começaram a cair no fim de 2014, degringolaram com a superprodução europeia. Só em outubro de 2015 a Irlanda elevou seu volume de leite em 48% e a Holanda, em 16,8%. Entre janeiro e fevereiro deste ano, a alta do volume na Europa fez a produção global crescer 3,4%. "Produzimos 1,7 milhão de toneladas a mais em pouco tempo, e o excesso de oferta nos impede de obter preço remunerador, ameaça fazendas e estruturas regionais", diz Regina Reiterer, assessora do European Milk Board (EMB), que reúne produtores de 15 países.

Além da derrubada de preços, a situação agravou-se com a alta dos custos de produção. Segundo o EMB, as perdas são "inacreditáveis". O exemplo mais cruel vem da Alemanha, o maior produtor: custa € 0,4494 produzir um quilo de leite, mas o produtor recebe €0,2866 pelo produto.  Ou seja, apenas 64% dos custos estão cobertos pelo preço recebido.

Depois que milhares de produtores bloquearam o centro de Bruxelas, sede da UE, com tratores e queimaram fardos de feno, atraíram a atenção para a crise no setor. Recentemente, a UE aprovou um plano de restrição voluntária de produção em troca de ajuda para melhorar a imagem do setor, por exemplo. Mas associações de produtores dizem que, sem coordenação, os cortes voluntários de produção não funcionam. 

A produção global de leite e produtos lácteos alcançou 800,7 milhões de toneladas em 2015. A União Europeia (UE) produz cerca de 20% desse total, segundo a FAO, a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. As exportações globais somaram US$ 71,3 bilhões ano passado, e os europeus exportaram US$ 17,8 bilhões.

A Holanda, pequeno país de 17 milhões de habitantes, é um dos maiores produtores de lácteos da Europa. O setor, no país, representa € 12 bilhões. Cerca de 35% da produção é consumida internamente, 45% exportada a outros países da Europa e 20% para o resto do mundo.

Os holandeses prepararam-se para o fim do regime de cotas, para produzir mais e tomar rapidamente fatias de mercado. A produção, que somara 11 bilhões de quilos de leite em 2010, pulou para 13,5 bilhões de quilos em 2015. E aproxima-se rapidamente da meta de 14 bilhões de quilos que era prevista para 2020. Mas seus produtores alegam que reduzir os volumes não terá efeito no preço internacional porque representam só 2% do total global.

Os pecuaristas holandeses são conhecidos pela alta produtividade no setor. O rebanho médio no país é de 80 vacas. Enquanto uma vaca produz 6.777 quilos de leite por ano na média europeia, na Holanda, o volume chega a 9.500 quilos por ano.

Para Egbert Koersen, que cria 80 vacas em 50 hectares, acredita que o problema é que os holandeses são obcecados por crescer e crescer. "Pensamos na quantidade, não na qualidade, e queremos sempre produzir e vender mais", diz o produtor de Heerenbroek, leste da Holanda, enquanto serve leite de suas vacas, com café, na cozinha de sua residência. "Aumentamos demais a produção, e agora temos que sair dessa".

Koersen conta que obteve financiamento pelo prazo de cinco anos pagando juro de 2,7% ao ano para três quartos do capital e de 1,8% pela taxa Euribor (juro de referência do mercado do euro) para o restante. Presidente da cooperativa Rouveen, ele diz que os produtores têm a chance de receber remuneração um pouquinho melhor pelo quilo de leite, por volta de 5%, porque vendem para suas respectivas cooperativas. As 50 vacas de Koersen produzem 700 mil quilos de leite por ano. Com a crise, ele alimenta um plano: converter-se para a produção orgânica. "Com o leite orgânico, dá para ganhar 30% a mais", diz. 

Outra discussão hoje na Holanda é sobre a imagem do leite. Cerca de 30% da produção vem de vacas que passam a maior parte do ano no estábulo. Os produtores que deixam suas vacas mais tempo pastando conseguem receber atualmente € 1 a mais por 100 quilos de leite. O consumidor é informado sobre o método de produção do leite.

Para a FrieslandCampina, maior cooperativa da Europa e quinto player mundial em lácteos, 2016 continuará sendo um ano ainda de muito desafio por causa da enorme oferta de leite e da menor demanda. Mas a expectativa da empresa é de que o excedente decline e a demanda volte a melhorar, especialmente nas regiões com pouca capacidade de produção de lácteos. "Os preços internacionais estão em níveis historicamente baixos, e as oportunidades de exportação vão aumentar de novo para a Europa".

Kevin Bellamy, do Rabobank, reputado analista do setor, estima que, diante da queda de preços, o crescimento da oferta nas regiões produtoras tende a desacelerar. O banco avalia que, ao longo do ano, o consumo de lácteos deve continuar crescendo na Ásia, EUA e Europa. A exceção é o Brasil - afetado pela recessão e pela menor produção de leite.

Para a Associação de Produtores de Leite dos EUA, há sete razões para uma recuperação global não ser iminente: a fragilidade da economia mundial, o elevado estoque de lácteos, a persistente alta produção na Europa, o baixo nível de importações pela China, a estagnação dos preços, problemas relacionados ao clima e pouca demanda. (As informações são do Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint)

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em abril de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de maio de 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 


 
Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de maio de 2016 é de R$ 1,9821/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleite.com.br/conseleite. (Fonte: Conseleite/PR) 

Concurso premia maior teor de sólidos

Com foco constante na qualidade da matéria-prima produzida pelo rebanho gaúcho, a 39ª Expoleite e 12ª Fenasul, marcadas para o período de 18 a 22 de maio, em Esteio, terão como principal novidade o Concurso Leiteiro de Sólidos. Serão reconhecidas as vacas que produzirem leite com maior teor de gordura e proteína. O objetivo é incentivar o controle leiteiro das vacas em lactação. A disputa será paralela ao tradicional torneio leiteiro, que todos os anos reconhece os animais que produzem os maiores volumes. As amostras serão coletadas por técnicos da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e enviadas ao Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, para análise. São duas as categorias: Vaca Jovem, para animais com menos de 36 meses de idade; e Vaca Adulta, para exemplares com 36 meses ou mais. Os animais vencedores serão conhecidos na sexta-feira, às 18h, quando ocorre o esperado banho de leite. 

Na visão do veterinário Danilo Cavalcanti, coordenador da Câmara Setorial do Leite, ligada à Secretaria da Agricultura, o concurso de sólidos é uma ferramenta importante de valorização das propriedades que prezam pela qualidade do leite que estão produzindo. "Volume e qualidade não podem andar em dissonância", destaca. Para o técnico, o concurso de sólidos "vem pra mostrar que existem outros aspectos relacionados ao leite que são mais importantes que o volume". Serão avaliadas amostras de três ordenhas. O leite com alto teor de sólidos indica que as vacas estão sendo bem alimentadas, o que aumenta a produção individual e total do rebanho. Conforme preconiza a instrução normativa (IN) 62, de 2012, o teor de sólidos determina o valor industrial do leite, pois quanto mais gordura e proteína, maior rendimento a indústria terá ao fabricar os derivados lácteos. 

A iniciativa do Concurso de Sólidos é do Sindilat, que busca ampliar a qualidade da matéria-prima. "Serve como incentivo para melhorar a competitividade do setor ao dar melhores resultados tanto para a indústria quanto para o produtor", destaca o presidente da entidade, Alexandre Guerra. O sindicato vai destinar R$ 10 mil à premiação, que será dividida da seguinte forma: R$ 2,5 mil para os primeiros lugares nas categorias Jovem e Adulta; R$ 1,5 mil para as segundas colocadas; e R$ 1 mil para os animais que ficarem com os terceiros lugares. O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang, destaca a importância de os produtores fazerem o controle individual dos animais no que diz respeito aos componentes sólidos do leite. Para a raça Holandês, o ideal é que os parâmetros não sejam inferiores a 3,5% de gordura e 3% de proteína. Tang ressalta ainda que, na hora do acasalamento, o teor de sólidos é um elemento que deve ser levado em conta pelos criadores, já que as informações são disponibilizadas pelas empresas de sêmen. (Correio do Povo)

 

Produção de leite na Argentina deve recuar 10% em 2016, afirma adido do USDA
O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) em Buenos Aires reduziu sua projeção para a produção de leite na Argentina em 2016 para 10,39 milhões de toneladas, equivalente a 10,09 milhões de litros. A revisão representa queda de 10% ante o volume produzido no ano anterior. A estimativa foi reduzida em face de condições climáticas adversas, com enchentes atingindo as principais regiões produtoras, como a província de Córdoba, Entre Ríos e Santa Fé. Além disso, maiores custos de produção e menor preço pago aos produtores pesaram sobre o resultado. Estima-se que 80% das regiões produtoras estão em situação crítica devido a condições climáticas e financiamento. O adido do USDA projeta que o país exportará 211 mil toneladas de produtos lácteos, 7% abaixo do ano anterior. (As informações são do Estadão)

 

Porto Alegre, 16 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.267

 

   Produção multiplicada por quatro

A industrialização de leite em pó no Rio Grande do Sul quadruplicou em apenas seis anos, passando de 439 milhões de litros destinados à fabricação do produto em 2009 para 1,78 bilhão de litros em 2015. Este volume deve crescer ainda mais com investimentos recentes, como é o caso da CCGL, de Cruz Alta. No próximo mês, a cooperativa inaugura a segunda etapa da planta de leite em pó. Com isso, elevará sua capacidade de processamento dos atuais 1 milhão de litros para 2,2 milhões de litros por dia. "Com a produção de leite em pó, conseguimos administrar o período em que há superoferta de matéria-prima para comercializar na entressafra", destaca o presidente da CCGL, Caio Vianna. Para 1 quilo de leite em pó integral, são utilizados 8,5 litros de leite. O crescimento da produção de leite no Estado, que saltou de 3,4 bilhões de litros em 2009 para 5 bilhões de litros em 2015, é um dos fatores que justifica o aumento da produção de leite em pó. 

Para dar conta de absorver o volume crescente de matéria-prima, os laticínios passaram a investir na ampliação da capacidade de processamento. De 2009 a 2015, segundo dados do Conseleite, a participação do leite em pó na comercialização de produtos lácteos cresceu de 12,92% para 35,79%. No mesmo período, a destinação da matéria-prima para o leite UHT caiu de 65,56% para 48,78%. A durabilidade do leite em pó e a facilidade de estocagem estão entre os fatores que impulsionaram o crescimento. "O leite em pó é um produto que a indústria consegue estocar melhor, por mais tempo", comenta o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Outra vantagem é a possibilidade de enviar o produto para locais mais distantes. Em média 40% da produção atende ao consumo gaúcho. O restante do volume é destinado a outros estados e também à exportação, tendo como principais destinos a Venezuela e a Bolívia. (Correio do Povo)

Cosulati começou em 1957

A unidade de laticínios da Cosulati em Capão do Leão foi a primeira a produzir leite em pó no Estado e é a segunda mais antiga do Brasil. Operando desde 1957, quando industrializava 25 mil litros por dia, a planta ampliou sua capacidade para os atuais 620 mil litros ao dia. "O leite em pó sempre foi o carro-chefe da cooperativa", destaca o gerente da unidade de laticínios da Cosulati, Airton Seyffert. Em média, 80% da matéria-prima recebida é destinada à produção de leite em pó. Neste período de entressafra, o laticínio tem processado 370 mil litros por dia, sendo que 300 mil são destinados à produção de leite em pó. Porém, nos meses em que a captação de matéria-prima aumenta, em setembro e outubro, a planta processa 500 mil litros por dia. O principal mercado são sorveterias e chocolaterias do Rio Grande do Sul e de São Paulo. O produto também é destinado ao consumidor final em estados das regiões Norte e Nordeste, além da exportação à Venezuela. Entre as vantagens competitivas, Seyffert destaca a facilidade de transporte e armazenagem do produto. (Correio do Povo)

 

Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 13 de abril de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de abril de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de maio de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

Dia Mundial do Leite 

Está próximo o dia 1º de junho, destacado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para comemorar o Dia Mundial do Leite. A Associação Brasileira das Pequenas e Médias Empresas e Cooperativas de Laticínios - G100, e suas associadas começam os preparativos para comemorar a data.

Em 2015 foi realizado o primeiro "Brasília FestLeite - 2015", com as corridas de rua, e muita divulgação dos benefícios do leite para a saúde. O evento, dentro desse formato voltará em 2017. Mas, a data não pode deixar de ser comemorada. Neste ano será realizada uma edição simplificada, com 4 palestras. Uma a cargo da FAO terá como tema "Leite na nutrição humana". A Embrapa abordará o tema da Qualidade do Leite, apresentando o novo sistema de controle - SIMQL. O MAPA irá discorrer sobre os Modelos de Rastreabilidade da Qualidade de Alimentos; e a ABLV falará sobre "A Conjuntura do Leite no Mundo e no Brasil". As palestras serão realizadas no Auditório Nereu Ramos, no subsolo do Anexo II da Câmara dos Deputados. No mesmo dia a FAO estará distribuindo o livro "Leite e Produtos Lácteos na Nutrição Humana", no espaço Mário Covas, na entrada do Anexo II da Câmara. (Terra Viva)
 

Santa Clara
Com a licença de instalação em mãos, a cooperativa Santa Clara deve começar as obras de terraplenagem da nova unidade de Casca no próximo mês. O investimento será de cerca de R$ 100 milhões - dos quais R$ 70 milhões serão de financiamento do BRDE. A planta terá capacidade de produção de até 600 mil litros de leite por dia - na primeira fase, serão 300 mil litros por dia - e deve começar a operar até o final de 2018. (Zero Hora)

 

 

Porto Alegre, 13 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.266

 

   Aproveite o doce sabor do leite

Há muito tempo que se fala na necessidade de realizar uma campanha pelo aumento do consumo de leite, não só pelas qualidades benéficas do produto à saúde, mas também porque precisam colocar melhor sua produção. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) levará à Fenasul 2016 um novo projeto de conscientização sobre o consumo de leite direcionado a escolas de Ensino Fundamental. Em parceria com a Secretaria da Agricultura, Fetag, Farsul, Senar e Ministério da Agricultura, as Oficinas Culinárias mostrarão às crianças a importância do leite na alimentação e o doce sabor que ele pode dar aos pratos mais simples. Nos dias 18, 19 e 20 de maio. (Jornal do Comercio)

Finep lança duas novas linhas de financiamento

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Comunicações, lança hoje, em São Paulo, duas novas linhas de financiamento no valor total de R$ 2,4 bilhões. Desse total, R$ 1,8 bilhão se referem a um programa de crédito a empresas. Os R$ 600 milhões restantes ¬ divididos em três parcelas anuais de R$ 200 milhões ¬ virão do Programa de Apoio às Empresas do Setor de Telecomunicações (Funttel). No caso do programa de crédito orçado em R$ 1,8 bilhão, serão atendidos mais de dez setores diferentes, com destaque para as áreas de energia (R$ 185 milhões), tecnologia da informação (R$ 150 milhões) e saúde (R$ 150 milhões). Sobre os empréstimos incidirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 2% (em média) ao ano. Já o Funttel terá quatro linhas temáticas: quatro linhas temáticas: comunicações ópticas, digitais sem fio e estratégicas e mais redes de transporte de dados. Do total de R$ 600 milhões, até 25% poderão ser utilizados para operações de investimento direto ¬ participação direta da Finep em empresas. As condições de financiamento incluem juros iguais à Taxa Referencial (TR) mais 5% ao ano, com carência de até 48 meses e prazo total de até 120 meses. Segundo o presidente da Finep, Wanderley de Souza, todos os recursos referentes aos programas estão em caixa ou previstos no orçamento. Souza tem viagem agendada a Brasília na próxima semana para apresentar resultados da Finep e colocar seu cargo à disposição. (Valor Econômico)

Grandes laticínios cresceram menos em 2015 

Num ano em que a produção brasileira de leite recuou quase 3%, o ritmo de captação das 15 maiores empresas de lácteos do Brasil também perdeu força, refletindo, salvo alguns casos particulares, a menor oferta. De acordo com o ranking da Leite Brasil ¬ associação que reúne produtores ¬, as 15 maiores empresas de lácteos do país captaram juntas 9,857 bilhões de litros de leite em 2015, apenas 1,2% acima do que adquiriram no ano anterior. Nesse cenário, considerando a capacidade total instalada dessas empresas, a ociosidade foi de 38%. Embora tenha entrado no ranking da Leite Brasil individualmente em 2015, a multinacional suíça Nestlé seguiu na primeira posição, com uma recepção de 1, 768 bilhão de litros. O número é 11,6% menor do que o de 2014. A redução, conforme explicou a Nestlé, deve-se à reorganização da área de captação de leite da companhia. 

Até meados de 2014, a Nestlé e a neozelandesa Fonterra adquiriam a matéria¬prima por meio de uma parceria na DPA, mas após a reorganização passaram a captar separadamente. Em segundo lugar no ranking, ficou a francesa Lactalis do Brasil, com uma captação de 1,592 bilhão de litros. O volume é quase 12% superior ao de 2014. O presidente da Lactalis para a América Latina, Patrick Sauvageot, explica que os dados de 2014 consideram apenas a captação pela BRF, que vendeu seus ativos de lácteos para a Lactalis em setembro daquele ano. Já em 2015, incluem os ativos adquiridos da BRF e também os da LBR, igualmente comprados pela francesa. Num cenário de persistente escassez na oferta de leite no país, Sauvageot evitou fazer estimativa sobre quanto leite a empresa deve adquirir este ano. "É difícil fazer previsões porque não se sabe quanto haverá de matéria-prima", afirma. "Nosso objetivo é aumentar a produção (de lácteos) no Brasil, mas tem de aumentar a produção de leite". Ele destaca a política de compras da Lactalis, que prioriza a aquisição direta dos produtores, num programa que inclui assistência técnica e que visa a melhoria da qualidade do leite e a fidelização do fornecedor. Conforme o ranking da Leite Brasil, a empresa francesa foi a que mais fez compras diretas em 2015 entre as que fazem parte do grupo. Foram 13.381 produtores. "O objetivo é manter nossa base de produtores, mas eles mesmos estão produzindo menos", lamenta. Para o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, a tendência é que a produção de leite aumente "um pouco" no período das águas este ano, o que deve levar os preços a recuarem também "um pouco". "Na hora em que cair, será um atrativo para as pessoas consumirem um pouco mais", afirma. Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada em lácteos, destaca no ranking de 2015 o baixo uso de capacidade instalada, o que reflete a menor oferta de leite em decorrência de preços baixos e problemas climáticos. 

De acordo com a Leite Brasil, as 15 empresas tinham uma capacidade de processamento de 15,884 bilhões de litros de leite no ano passado e beneficiaram juntas 9,857 bilhões de litros. Isto é, a utilização foi de 62% da capacidade. No ranking, que em 2015 teve 15 empresas, Itambé e Laticínios Bela Vista mantiveram suas posições, mas houve destaques, como a Vigor, que estava no 11º lugar em 2014 e subiu para oitavo no ano passado, superando a francesa Danone em recepção de leite. De acordo com o presidente da Vigor, Gilberto Xandó, o avanço da empresa na categoria iogurtes no país é uma das razões para o aumento de mais de 50% na captação de leite entre 2014 e 2015. "Crescemos quase 30% na categoria iogurtes. E no [iogurte] grego, crescemos 46%", disse. O aumento das exportações de leite em pó pela Vigor em 2015, para a Venezuela, também demandaram mais leite, informa. Além disso, diz Xandó, a empresa avançou no mercado de queijo ralado, no qual tem fatia de 28%. Outra razão para o incremento na captação é que a Dan Vigor ¬ a Vigor adquiriu os 50% restantes da empresa em setembro de 2014 ¬ passou a ser computada na captação de leite em 2015. Já a recepção de leite da Itambé, joint venture entre Vigor e Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), caiu 4,4% em 2015. Ricardo Cotta, diretor de relações institucionais da Itambé, diz que a retração está relacionada à menor exportação de leite em pó ¬ produto que demanda muita matéria¬prima ¬ pela empresa em 2015. 

Para se produzir um quilo de leite em pó integral são necessários 8,2 litros de leite fluido. Cotta pondera que o fato de a captação ter recuado não significa que a empresa não esteja crescendo. "Grande parte do crescimento em 2015 e no início de 2016 está se dando em produtos de maior valor agregado". Segundo ele, em 2015, a receita da Itambé com iogurtes subiu 20,4% sobre o ano anterior. No primeiro quadrimestre de 2016, a alta já é de 33%. O executivo também está pessimista com a oferta de leite este ano e projeta que a captação da Itambé deve cair 6%. O número está em linha com a estimativa da MilkPoint sobre o primeiro quadrimestre deste ano. Segundo Valter Galan, na média Brasil, a captação de leite recuou 6% a 7% sobre igual intervalo de 2015. A estimativa é que a produção brasileira tenha somado 34,18 bilhões de litros no ano passado, considerando leite formal e informal. A Danone, cuja captação recuou 12,3% em 2015, não respondeu ao pedido de entrevista. Com sua posição inalterada no ranking da Leite Brasil, o Laticínios Jussara, ampliou em 5,5% sua captação em 2015. Laércio Barbosa, diretor da empresa, explica que esse crescimento se deu em decorrência do aumento da compra de leite no chamado mercado spot (negociado entre as empresas). Segundo ele, houve maior demanda pela matéria-prima no ano passado para atender a então recém¬lançada linha de leite longa vida em garrafa pet. Preocupado com a escassez de oferta hoje, Barbosa diz que a empresa "fará um esforço" para repetir o índice de crescimento de 2015. (Valor Econômico) 

 

Secretário Confirma Sistema de Acreditação
O Secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo confirmou que um comitê gestor, reunindo o governo e entidades ligadas à inspeção agropecuária, estuda a criação de um sistema de inspeção por acreditação de veterinários. Pelo modelo, o Estado treinaria e credenciaria os profissionais de empresas de prestação de serviço, as quais, quando contratadas, fariam a inspeção animal. (Correio do Povo) 

 

 

 

Porto Alegre, 12 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.265

 

   Encontro debate modelos de serviços de inspeção de produtos de origem animal

Representantes do setor produtivo, fiscais agropecuários e parlamentares se reuniram na tarde de quarta-feira (11/5) para participar de encontro sobre os modelos de serviços de inspeção de produtos de origem animal. Com palestra do médico veterinário e representante da Organização Internacional da Saúde Animal (OIE) para as Américas, Luiz Barcos, foram apresentados as principais experiências realizadas em vários países como Nova Zelândia, Austrália, França, Alemanha e México. 
 
De acordo com Barcos, cada Estado deve buscar seu sistema de inspeção, em atividades que passam pela boa governança, recursos humanos, capacidade de resposta, comprometimento, legislação clara e envolvimento e integração entre o setor privado e público, adaptado a sua realidade. "Conhecer as práticas consolidadas em outros países é o primeiro passo para estudos na construção de um modelo próprio e eficaz que possa dar continuidade ao desenvolvimento de todos os setores produtivos do Estado", destacou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, presente no evento. 

Durante o encontro, o palestrante também ressaltou a necessidade de compartilhar responsabilidades em todos os níveis da cadeia produtiva, envolvendo setor público e privado, em processos que integrem desde o produtor até o consumidor. Segundo o secretário de agricultura, Ernani Polo, o governo do Estado criou um comitê gestor do aprimoramento do serviço de inspeção e um grupo executivo em que participam servidores da secretaria para atender essa necessidade. 

Para o secretario, o encontro foi importante no sentido de colher subsídios para avançar neste tema no RS. "É importante verificar experiências já consolidadas de grandes países, que Luiz Barcos nos apresentou e que pode nos dar um caminho. Queremos que o Estado possa cumprir de forma adequada suas obrigações de fiscalização, mas que, ao mesmo tempo, os setores produtivos cresçam cada vez mais. Nosso desafio é construir um modelo nosso, dentro deste processo de debate e construção conjunta, para avançar nesta direção", pontuou Polo.

 A OIE foi fundada em 1921, possui 181 países membros e recomenda diretrizes para legitimar medidas de proteção agropecuária e saúde alimentar. O evento foi realizado pela a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, através do Departamento de Defesa Agropecuária,  no auditório da Emater. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação)

 
Crédito: Alexandre Farina
 
 
 
Brasil pesou a mão nas compras
Preocupada com o avanço das importações de leite e o efeito sobre os preços do mercado interno, a indústria gaúcha irá a Brasília na próxima semana. No leite em pó desnatado há redução, mas é o integral que tem peso no mercado. (Zero Hora)
 
 
 
NZ: avanço nos abates contribuiu com a redução de 3,2% no número de vacas leiteiras

O número de vacas leiteiras na Nova Zelândia recuou cerca de 3,2% em 2015, para 6,5 milhões de cabeças, afirma Neil Kelly, gerente de Indicadores do órgão governamental Statistics New Zealand. "Agora o número está próximo do nível verificado em 2013. Esta redução foi causada por um avanço dos abates e ocorreu num período de queda dos preços do leite", explicou.

O órgão revela, ainda, que a Nova Zelândia tinha 29,1 milhões de ovelhas, 3,5 milhões de carneiros para corte e 900 mil cervos em 30 de junho de 2015. "A quantidade de ovelhas seguiu recuando. Existem agora pouco mais de 6 ovelhas por pessoa no país, muito abaixo dos 13 animais por pessoa há 20 anos", disse. O país é responsável por cerca de um terço das exportações de lácteos e é o maior fornecedor global de carne de carneiro. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo Estadão e Dow Jones Newswires)

Preços do leite ao produtor devem seguir firmes em curto e médio prazos

A concorrência entre as indústrias de laticínios continua forte, com a produção caindo nos principais estados produtores. Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em março de 2016, a produção, considerando a média nacional, diminuiu 2,1%, em relação ao mês anterior. Desde o pico, em dezembro de 2015, até março, a produção (média nacional) caiu 10,9%. Para uma comparação, neste mesmo período do ano passado (dez/14 a mar/15), a queda foi de 5,8%. A produção deve continuar caindo no Brasil Central e região Sudeste nos próximos meses.

Para o Sul do país, espera-se ligeira queda à estabilidade nos volumes produzidos em curto prazo, com crescimento a partir de meados de maio/junho, com as pastagens de inverno. Para o pagamento de maio (produção de abril), 73,0% dos laticínios pesquisados no país acreditam em alta dos preços ao produtor e os 27,0% restantes falam em manutenção. Para junho, aumentou o número de empresas no Sul do país apontando para manutenção dos preços, em função da expectativa de retomada da produção. No mercado spot, os preços do leite subiram na segunda quinzena de abril, em relação à primeira metade do mês. Na primeira quinzena de maio ficaram estáveis. (Scot Consultoria)

 

Produção mundial 
A produção mundial de leite nos grandes países exportadores cai entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, de acordo com relatório da britânica AHDB Dairy. O equivalente leite por dia (calculado ajustando a produção de leite em diferentes estações pelo mundo) reduziu 1,6%, com a produção caindo em todas as cinco principais regiões: Europa, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos e Argentina. Isto indica que os baixos preços do leite começam a impactar nos níveis de produção em muitas regiões, não apenas na Nova Zelândia. No entanto, houve ligeiro aumento na captação em fevereiro, 0,3% na média, impulsionada em todas as regiões, exceto na Argentina. Um pequeno incremento em apenas um mês pode não ser motivo de preocupação, dado que similar comportamento foi verificado entre setembro e outubro do ano passado. No entanto, AHDB Dairy disse que os dados disponíveis da Europa vão até fevereiro e, que a Europa e os Estados Unidos estão, atualmente, nos meses do pico de produção. (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 11 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.264

 

   Decreto da Lei do Leite deve sair nos próximos dias

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, espera que, dentro de alguns dias, seja publicado no Diário Oficial do Estado o decreto que regulamenta a Lei do Leite. O texto final foi remetido nesta quarta-feira (11/5) pela Secretaria da Agricultura (Seapi) à Casa Civil, informou Polo, durante lançamento da Fenasul 2016, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. Resultado de trabalho realizado junto com as entidades do setor, entre elas o Sindilat, a matéria estabelece responsabilidade e critérios para a produção, transporte e processamento de produtos lácteos no Rio Grande do Sul. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o encaminhamento é uma vitória de todos, "uma vez que materializa diversos pedidos dos laticínios, entre eles a liberação para o transvase do leite".

O café da manhã de lançamento da exposição reuniu autoridades, lideranças do agronegócio e imprensa. Na ocasião, o presidente da Gadolando, Marcos Tang, destacou a força da exposição mesmo em um momento de crise como o atual.  "Faremos a feira com muita teimosia. Sabemos que as exposições mundialmente tendem a ter redução no número de animais inscritos e aumento da qualidade. Quem vai é porque está com o animal pronto", disse.

Entre as principais novidades desta edição, pontuou Tang, está o Concurso de Sólidos, que terá apoio do Sindilat e está sendo organizado pela Seapi, Ufrgs e Embrapa.  O sindicato aportará R$ 10 mil para premiação dos três primeiros colocados nas categorias Vaca Jovem e Vaca Adulta. Segundo Tang, é importante que os criadores usem a informação sobre capacidade de produção de sólidos (gordura e proteína) dos animais   para seleção genética. "É uma ferramenta que deve ser muito usada, está disponível e é valorizada pela indústria", acrescentou. 

Em sua manifestação, o governador do Estado, José Ivo Sartori, disse que o momento é de trabalhar juntos para o avanço do setor e pela realização de uma grande Fenasul. "Sem trabalho não acontece nada. Estamos no segundo lugar no ranking nacional e queremos trabalhar mais para chegar a primeiro", pontuou referindo-se à produção gaúcha que perde apenas para a de Minas Gerais. Valorizando a atividade, o governador lembrou que o leite é fonte de renda fixa para milhares de famílias gaúchas e classificou a a regulamentação da Lei do Leite como "um passo importante" em busca da excelência. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Sindilat promove oficinas culinárias e debate técnico na Fenasul
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) levará à Fenasul 2016 um novo projeto de conscientização sobre o consumo de leite direcionado a escolas de ensino fundamental. Em parceria com a Secretaria da Agricultura (Seapi), Fetag, Farsul, Senar e Ministério da Agricultura, as Oficinas Culinárias mostrarão às crianças a importância do leite na alimentação e o doce sabor que ele pode dar aos pratos mais simples. O roteiro faz parte do Projeto Leite na Escola, da Seapi, integrará escolas públicas da Região Metropolitana de Porto Alegre e será realizado nos dias 18, 19 e 20 de maio no estande do Mundo do Leite, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A programação começa com apresentação do vídeo do Mundo do Leite, que explica em detalhes o processo produtivo do campo à indústria. Em seguida, as crianças participarão de palestra orientativa sobre consumo e, por fim, serão convidadas a produzir deliciosos docinhos à base de leite em pó e chocolate. Estão previstas, diariamente, duas oficinas no turno da manhã e duas à tarde. "Nosso projeto na Fenasul 2016 irá explicar às crianças que o leite que chega à mesa é resultado de um longo e delicado processo. Também queremos mostrar a esses estudantes todo o potencial do leite na culinária por meio de uma deliciosa brincadeira na cozinha", pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.
 
Neste ano, o Sindilat também apoiará a realização do Concurso de Sólidos entre os animais da raça Holandês. A disputa, organizada pela Seapi, Ufrgs e Embrapa, valoriza as vacas que produzem um leite com maior quantidade de gordura e proteína, aspectos altamente valorizados pela indústria. O Sindilat está oferecendo premiação em dinheiro e troféus aos três primeiros colocados de cada categoria (Vaca Jovem e Vaca Adulta) em um total de R$ 10.000,00.
 
Durante a Fenasul, o Sindilat ainda promoverá encontro entre os laticínios e a promotora do Ministério Público do RS Caroline Vaz, juntamente com o médico veterinário da Seapi Vilar Ricardo Gewher no dia 20/5, às 14h, na Casa da Farsul. A reunião será um momento para conversar sobre os critérios relacionados ao fatiamento de queijos e derivados. Pela manhã do mesmo dia 20, será realizada a reunião mensal do Conseleite a partir das 10h, também na Casa da Farsul no Parque de Exposições Assis Brasil. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Fronteira Noroeste unida pelo desenvolvimento da cadeia produtiva do leite
 
A Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul tem grande vocação para o agronegócio, especialmente no que se refere à cadeia produtiva leiteira. E, buscando potencializar o alcance de produtos de alta qualidade e produtividade, o Arranjo Produtivo Local (APL) da Fronteira Noroeste tem tido importante destaque neste debate, como ocorreu nesta quarta-feira (11/5), no auditório do Campus Setrem, em Três de Maio. O encontro recebeu mais de 60 pessoas, entre representantes de instituições de ensino, cooperativas, organizações, sindicatos, entidades, beneficiadoras de leite, além de produtores, para debater e traçar estratégias relativas à cadeia produtiva do leite. 

Entre os objetivos da reunião esteve a construção de um plano de atividades a ser desenvolvido neste primeiro ano na região. No esforço de fortalecer a cadeia produtiva do leite no Noroeste do Estado, o APL se propõe a servir como um instrumento para a capacitação de profissionais que atuam no segmento. Segundo o diretor técnico da Funcap e gestor do APL, Diórgenes Albring, entre as funções está incentivar e auxiliar no maior investimento em mão de obra local. "Investir em qualificação profissional é essencial para elevar o nível de qualidade da nossa produção", disse.

Representando o Sindilat, o secretário-executivo Darlan Palharini destacou que o APL é fundamental no processo de desenvolvimento da região, reconhecendo dificuldades e oportunidades. "A APL Leite já é uma realidade e está se solidificando, trazendo mais parceiros e discutindo marcos regulatórios. É uma grata surpresa e o Sindicato espera colaborar e que este exemplo sirva para outras regiões do Estado. A busca do APL gera desenvolvimento", enfatizou, destacando que a região Noroeste é uma das maiores bacias leiteiras do Estado. (Assessoria de Imprensa Sindilat com informações SETREM)

 

Secretário Executivo do Sindilat Darlan Palharini
Crédito da Foto: Leonardo Konzen/Assessoria de Comunicação SETREM

 

 
Piracanjuba moderniza marcas e embalagens
O crescimento dos últimos anos, aliado à necessidade de se manter atenta às últimas tendências, levou a Piracanjuba - uma das maiores marcas do segmento lácteo brasileiro - a modernizar sua identidade visual e apresentar ao mercado mudanças na logomarca e novas embalagens. O resultado é uma tipografia simplificada, com traços leves, que transmitem valores importantes da empresa, como qualidade e inovação, além de permitir melhor visualização nas gôndolas.

"Fizemos uma pesquisa com consumidores para avaliar o alcance da marca. Aumentamos o símbolo gráfico e os raios internos foram melhor encaixados. As letras do logotipo foram substituídas por letras mais contemporâneas e amigáveis, refletindo assim, mais qualidade e inovação, drives principais da Piracanjuba no momento", explica a Gerente de Marketing da Piracanjuba, Lisiane Guimarães.

A linha Pirakids é um dos grandes destaques dessa reformulação, o que deixa a marca ainda mais forte na categoria de produtos infantis. O "personagem Pirakids", elemento principal nas embalagens, tornou-se um menino cientista curioso e criativo - o totalmente "Piradinho", que, junto com seu amigo imaginário, vive pensando em soluções para melhorar a vida das pessoas e do planeta. "A tipologia destaca a logomarca e as novas cores dão mais personalidade ao produto. O Piradinho, ainda mais descolado, vem cheio de histórias para cair no gosto dos consumidores", reforça Lisiane.

Aliada ao projeto da nova logomarca, todas as embalagens foram redesenhadas e passam a ter um maior impacto visual. A estrutura gráfica foi simplificada, criando um padrão de uma onda reconhecível em todas as categorias em que a Piracanjuba está inserida.

Outra preocupação foi potencializar os apelos emocionais (nostalgia, qualidade, pureza) e sensoriais (appetite appeal, impacto visual, textura dos ingredientes) para que os produtos ficassem ainda mais chamativos aos olhos dos consumidores. "Essas mudanças reafirmam a disposição da empresa de continuar crescendo e conquistando cada vez mais espaço na mente, no coração e no dia a dia dos consumidores", destaca Lisiane.

Os projetos foram desenvolvidos pela Pande Design Solution e os consumidores já podem conferir o resultado nas gôndolas de todo país. (Fonte: Assessoria de Imprensa, adaptado pela Equipe Milknet)

 
Defesa agropecuária

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinou convênio com os serviços estaduais de defesa agropecuária no valor de R$ 45 milhões. A iniciativa objetiva apoiar a reestruturação e implementação do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e o fortalecimento das ações de defesa agropecuária em 2016. O convênio, assinado pela ministra Kátia Abreu nessa terça-feira (10), também tem uma linha especial de R$ 600 mil para o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). "Agora, precisamos definir o plano de trabalho em conjunto com as unidades estaduais. Também vamos acompanhar as ações desenvolvidas e estabelecer diretrizes e prioridades, respeitando a necessidade de cada unidade da Federação", disse o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel. O Suasa visa a ampliar em todo o país a inspeção dos alimentos de origem animal e vegetal. O sistema de defesa agropecuária inclui atividades de sanidade, inspeção, fiscalização, educação sanitária, vigilância de animais, vegetais, insumos, produtos e subprodutos de origem animal e vegetal. (MAPA)
 

Ministério facilita as exportações
Todas as empresas que já têm cadastro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) serão automaticamente autorizadas a exportar seus produtos agropecuários, deixando, com isso, de necessitar da autorização prévia do Ministério da Agricultura. A medida, anunciada ontem pela Ministra Kátia Abreu, deve elevar o número de agoindústrias habilitadas das atuais 800 para 3,5 mil. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 10 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.263

 

   Expoleite-Fenasul/RS 
 
O lançamento oficial da Expoleite-Fenasul 2016 acontece nesta quarta-feira (11), a partir das 9h, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. Nesta ocasião será oferecido um Leite com Café para autoridades, representantes das entidades participantes e imprensa especializada.
Vão estar falando sobre o evento o Governador José Ivo Sartori, o secretário da agricultura, pecuária e irrigação, Ernani Polo e o presidente da Gadolando, Marcos Tang, também promotora da feira. Os presentes no "Leite com Café" vão poder conferir uma das boas representantes da raça Holandesa que será levada ao jardim do Palácio Piratini, onde ainda ocorrerá o "Brinde de Leite" entre os principais promotores da Expoleite-Fenasul.
O evento
Considerada a maior mostra do outono gaúcho, a 39º EXPOLEITE e 12º FENASUL acontecem de 18 a 22 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, RS. A promoção é da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul-Seapi e da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul- Gadolando. A proposta da Expoleite é de ser uma grande e qualificada vitrine da pecuária leiteira gaúcha. Na programação das raças Holandesa e Jersey estão Concurso Leiteiro, Julgamento Morfológico e Leilões. Complementando o atual Concurso Leiteiro realizado tradicionalmente, a Expoleite 2016 promoverá Concurso de Sólidos. Em lugar do volume produzido, o novo Concurso apontará as amostras de leite com maior quantidade de sólidos no caso gordura e proteína. (Fonte da Notícia:Seapi/RS)
 
Uruguai: poder de compra dos produtores de leite caiu 24% em um ano

O poder de compra dos produtores de leite do Uruguai caiu no último ano segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), com base na sua publicação trimestral sobre Indicadores de Preços e Custos da Produção Primária de Leite.

Considerando o preço atual recebido pelo produtor e os custos para a produção de um litro de leite, o poder de compra de insumos caiu 24% comparado ao ano passado. Segundo o Inale, essa situação se deve à baixa no preço do leite (-13%) e ao aumento dos custos (+14%). Os grupos de produtos que incidiram a alta nos custos foram principalmente concentrados (+5,1%), arrendamento (+1,9%) e mão de obra assalariada (+1,4%).

Os custos em dólares caíram (-11%) com relação ao ano anterior, principalmente pelo efeito do aumento do tipo de câmbio (+27%), fato que aumentou a importância na estrutura dos produtos cotados em dólares. Aproximadamente 60% dos custos são em dólar.

No entanto, em março de 2016, o poder de compra do leite se recuperou com relação ao mês anterior (+4%), ou seja, em março, o litro de leite permitiu a compra de 4% mais insumos do que poderia comprar em fevereiro. (As informações são do El Observador)
 
 
Ministério da Agricultura e Embrapa anunciam plataforma para promover qualidade do leite

Os resultados, a partir de agora, serão atualizados semanalmente e permitirão o acompanhamento atualizado e a formulação de políticas públicas. O sistema também contribuirá com a definição de estratégias das empresas, permitindo melhorar a competitividade da cadeia produtiva do leite brasileiro, cujo faturamento deve chegar a R$ 70 bilhões em 2015.

O Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL) inclui um software desenvolvido pela Embrapa em conjunto com as Secretarias de Defesa Agropecuária, da Produção e Cooperativismo e a área de informática, todas do Ministério da Agricultura. Entre o planejamento do sistema e seu lançamento foram necessários sete meses. Um dos primeiros impactos é que o Mapa evoluirá de 3 milhões para cerca de 50 milhões de amostras de leite das propriedades analisadas mensalmente, com mapas de produção e qualidade atualizados semanalmente.

O lançamento atende a uma demanda antiga do setor leiteiro. Dez laboratórios, distribuídos por todo o País, formam a Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL). Eles fazem análises do leite por produtor, usando amostras coletadas no máximo a cada mês. Com base nos resultados, é definido o valor a ser recebido pelo produtor. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), Paulo Martins, diz que "os dados disponíveis até agora não geravam informações. Eles eram apurados isoladamente e não havia um sistema que os organizasse de maneira a permitir uma observação mais qualificada do leite que estamos produzindo no País".

Paulo Martins explica que "agora passamos a cruzar dados diferentes de maneira bastante amigável". Na prática, isso significa que "vai ser possível ter noção da qualidade do leite em regiões, mesorregiões, microrregiões e município". As instruções normativas relacionadas à qualidade do leite no Brasil serão baseadas em dados atualizados e muito detalhados. Outra vantagem é que será possível simular parâmetros e identificar como estes afetam a produção.
Um dos benefícios relevantes do novo sistema é que políticas públicas de intervenção na qualidade terão muito mais precisão. O Mapa já está planejando fazer políticas de transferência de tecnologia e assistência técnica de maneira mais precisa em regiões em que haja necessidade de melhoria. Também será possível monitorar o desempenho dos dez laboratórios credenciados para os testes.

Num primeiro momento o sistema será utilizado por uma comissão com representantes do governo e setor privado. É ela quem vai discutir níveis de acesso às informações. Com cerca de 1,3 milhão de produtores, o leite é o único produto presente em praticamente todos os municípios - somente 60 não o produzem. "Temos um divisor de águas na formulação de políticas públicas. Saímos da era do achismo e colocamos o leite na sociedade do conhecimento", avalia Paulo Martins.

O Programa
A Qualidade do Leite é um dos sete pilares do Programa Leite Saudável, do Mapa, estruturado a partir de demandas do setor produtivo dos últimos 15 anos. Resultado desse pilar, o SIMQL irá gerenciar os dados registrados pelos laboratórios da RBQL.

Com o sistema é possível saber como está a qualidade do leite nas diferentes regiões do Brasil, consultado as variáveis CBT (contagem bacteriana total), CCS (contagem de células somáticas), teor de gordura, teor de proteína, lactose, extrato seco e extrato seco desengordurado. O filtro da consulta é aplicado sobre um determinado período, que pode ser de um mês ou um ano específico.

O sistema tem a capacidade de gerar análises até o nível de municípios, dentro de cada uma das microrregiões do Brasil. Também permite consultar a quantidade de amostras recebidas por laboratório da RBQL e o percentual de amostras desconsideradas por não conformidades.

Essas informações permitem identificar as regiões mais críticas e que demandam ações voltadas à melhoria de qualidade. Possibilitam também a adoção de estratégias de inteligência de negócios pelos laticínios, que poderão tomar decisões a partir do conhecimento da qualidade do leite entregue por seus produtores, em cada uma das unidades fabris, e comparada a outras indústrias.

RBQL
Os laboratórios que compõem a rede estão instalados em universidades e Unidades da Embrapa. Todos são credenciados pelo Mapa e avaliam, pelo menos uma vez por mês, a qualidade do leite entregue aos laticínios por cada produtor, de acordo com as exigências da Instrução Normativa 62.

Desenvolvimento do Sistema SIMQL
O Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro foi desenvolvido em apenas sete meses, saltando de uma base de 3 milhões para 48 milhões de dados. Foram envolvidas as equipes técnicas da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) e da Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo (SPRC), que atuaram em conjunto com pesquisadores da Embrapa Gado de Leite e do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI) da Embrapa.

Próximas etapas
A modelagem do SIMQL permite construir novos módulos para cruzamento de dados dos laboratórios com dados do IBGE. Será possível ainda que os dados sirvam de base para o Plano Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), a ser construído pelo Mapa, em conjunto com o setor produtivo e a academia.

Boas práticas
Ao comentar sobre o lançamento do SIMQL, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, lembrou que a Empresa foi capaz de abraçar o desafio de aumentar a qualidade do leite brasileiro com competência e eficiência. "Desenvolvemos um sistema de gestão de dados e informações num espaço de tempo muito curto, de pouco mais de sete meses, e passamos a gerar o conhecimento que permite monitorar a produção tanto na dimensão espacial quanto na temporal, e acompanhar a dinâmica e a trajetória do produtor brasileiro na melhoria da qualidade do leite". (Embrapa/Portal Lácteo)

Balança comercial do agronegócio registra superávit de US$ 7,1 bi em abril
 
A balança comercial do agronegócio teve superávit em abril de 2016. As exportações do setor ultrapassaram as importações em US$ 7,1 bilhões. Enquanto isso, os outros produtos brasileiros tiveram déficit de US$ 2,2 bilhões. "Se não fosse o setor agrícola, a balança comercial total do Brasil teria resultado negativo", avaliou a secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (9). No mês passado, a balança brasileira como um todo somou US$ 4,8 bilhões.

As exportações do setor agropecuário cresceram 14,3% no mês passado em relação ao mesmo período de 2015. O faturamento somou US$ 8,08 bilhões, o que representa 52,5% de todo o valor exportado pelo Brasil. 

"Esse crescimento das vendas externas ocorreu apesar da queda quase generalizada dos preços internacionais dos produtos agropecuários", analisou a secretária. Apenas carne de peru, álcool e frutas tiveram aumento no preço médio de exportação em abril deste ano. Segundo Tatiana, o aumento de 14,3% das exportações ocorreu em função do incremento da quantidade exportada de diversos produtos do agronegócio.

No complexo soja, o volume embarcado chegou a 11,6 milhões de toneladas, um recorde para os meses de abril. Em nenhum mês de abril de toda a série histórica (1997 a 2016), as exportações do setor ultrapassaram 10 milhões de toneladas.

Em faturamento, o complexo soja somou US$ 4,04 bilhões, crescimento de 30,6% em relação ao mesmo período do ano. O principal produto exportado foi a soja em grão, responsável por 87,3% do total das vendas externas do setor. Em abril deste ano, o Brasil exportou 10,1 milhões de toneladas de soja em grão (+54%) e 1,43 milhão de toneladas de farelo (+19,5%). "Ainda temos soja para exportar em maio e junho com boa tendência de negócios no comércio internacional", lembrou Tatiana Palermo.

Outro destaque nas vendas externas brasileiras foi o setor de carnes, com faturamento de US$ 1,2 bilhão, alta de 4,4% sobre abril de 2015. Sozinha, a carne de frango cresceu 9,7%. "O Brasil já é o maior exportador mundial desse tipo de carne, com uma participação de cerca de 25% do mercado mundial no ano passado. Caso o desempenho das exportações continuem nesse ritmo, o país vai ganhar ainda mais espaço", observou a secretária.

A Ásia continua sendo o principal destino dos produtos agropecuários. Em abril deste ano, as vendas para a região atingiram US$ 4,37 bilhões, aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. Com esse valor, a participação da Ásia chega a 54,1% do total das exportações brasileiras do agronegócio, o que representa um recorde para um mês de abril, em toda a série histórica, que começou em 1997.

Cerca de 74% das vendas para a Ásia tiveram como destino a China (US$ 3,23 bilhões). As exportações de soja em grão para esse país subiram de US$ 1,9 bilhão em abril de 2015 para US$ 2,8 bilhão em abril de 2016. Sozinho, o grão foi responsável por 86,7% das exportações brasileiras do agronegócio para os chineses.

A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também divulgou o balanço das exportações do acumulado de 2016 e dos últimos 12 meses. (As informações são do Mapa)

Fonterra corta preço do leite a produtores australianos e oferece empréstimo

A Fonterra disse que cortará o preço que paga pelo leite aos produtores australianos após medida similar tomada pela concorrente, Murray Goulburn, em meio à queda da demanda chinesa. 

A Fonterra divulgou que reduziria suas previsões de preço do leite na Austrália nesta estação para A$ 5 (US$ 3,74) por quilo de sólidos do leite - equivalente a A$ 0,42 (US$ 0,31) por quilo de leite -, dos A$ 5,60 (US$ 4,18) por quilo de sólidos do leite [A$ 0,47 (US$ 0,35) por quilo de leite], mas oferecerá aos produtores empréstimos de até A$ 0,60 (US$ 0,44) por quilo, reembolsáveis a partir de 2018.

Os preços globais dos lácteos caíram cerca de 60% desde o começo de 2014, principalmente devido à demanda mais fraca da China após o país ter estocado leite em pó. A maioria dos analistas espera que os preços do leite permaneçam baixos por um tempo. "A mudança no preço reflete melhor a realidade do desequilíbrio entre oferta e demanda que está afetando os preços globais decommodities, composto pelo recente fortalecimento do dólar australiano", disse a Fonterra. A Fonterra opera 10 fábricas na Austrália que são responsáveis por quase um décimo de seu processamento total de leite.

O maior produtor de leite da Austrália, Murray Goulburn Co-operative Co Ltd, reduziu na semana passada sua previsão de lucro líquido para o ano e cortou sua previsão de preços ao produtor para A$ 4,75 a A$ 5 (US$ 3,55 a US$ 3,74) por quilo de sólidos do leite [A$ 0,39 (US$ 0,29) a A$ 0,42 (US$ 0,31) por quilo de leite] com relação à previsão anterior, de A$ 5,60 (US$ 4,18) por quilo de sólidos do leite [A$ 0,47 (US$ 0,35) por quilo de leite], culpando vendas menores que o esperado à China. A cooperativa também disse que forneceria assistência financeira aos produtores resultando em encargos de até A$ 165 milhões (US$ 123,43 milhões).

"A medida da Fonterra é uma notícia devastadora para a indústria de lácteosaustraliana após uma estação muito desafiadora", disse a presidente do grupo Australian Dairy Farmers, Simone Jolliffe. "Estamos preocupados com as dívidas dos produtores nos próximos anos", finalizou ela. 

Em 06/05/16 - 1 Dólar Australiano = US$ 0,74807
1,33649 Dólar Australiano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são da Reuters)

 
 
Confaz simplifica redução de incentivo

Ficou mais fácil para os Estados e o Distrito Federal reduzirem em, no mínimo, 10% os incentivos fiscais concedidos aos contribuintes. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou convênio que torna facultativa a criação de um fundo para o recebimento desses recursos. Pela norma, pode¬se também diminuir diretamente o benefício, o que inclui regime especial. O fundo vincula os recursos financeiros a uma destinação específica ¬ o desenvolvimento e equilíbrio fiscal. "Condicionar a fruição de incentivos de ICMS ao depósito em fundo de equilíbrio fiscal contraria a Constituição Federal, que veda a vinculação de receita de imposto a fundo", afirma Anderson Trautman Cardoso, do Souto Correa Advogados. A possibilidade de redução dos incentivos fiscais foi estabelecida pelo Convênio ICMS nº 31, deste ano, agora revogado pelo Convênio ICMS nº 42, publicado no Diário Oficial da União de sexta¬feira. A nova norma também torna mais rigorosas as condições para o contribuinte continuar a ter direito ao benefício. Agora, se o beneficiário descumprir as imposições da Fazenda por três meses alternados também vai perdê¬lo definitivamente. 

 
Segundo o Convênio ICMS nº 31, isso só aconteceria no descumprimento por três meses consecutivos. O novo convênio estabelece ainda que o montante deverá ser calculado mensalmente e, no caso de um fundo ser instituído para o percentual, deverá ser depositado na data fixada na legislação estadual ou distrital. "Ao possibilitar a mera redução dos incentivos fiscais, o novo convênio destrava os Estados, que antes teriam que obrigatoriamente constituir um fundo para aplicar a medida", diz o advogado Júlio de Oliveira, do Machado Associados. "Já os contribuintes continuam a poder contestar na Justiça a norma estadual que estabelecer a redução, por violação ao direito adquirido", acrescenta. O advogado Igor Mauler Santiago, do escritório Sacha Calmon ¬ Misabel Derzi Consultores e Advogados, afirma que os Estados e o Distrito Federal não podem reduzir incentivos fiscais já concedidos, condicionados e por prazo certo, por necessidade de caixa. "Para a empresa ter esse tipo de benefício, precisa se instalar em determinada região, gerar um número estabelecido de empregos etc", diz. "Não podem ser modificados, sob pena de ofensa ao ato jurídico perfeito e vasta jurisprudência do Supremo Tribunal Federal." A possibilidade de os Estados exigirem dos contribuintes um depósito de, no mínimo, 10% do valor do benefício fiscal, é inconstitucional, segundo Eduardo Suessmann, advogado do Trench, Rossi e Watanabe Advogados. "O depósito não preenche os requisitos constitucionais exigidos para a cobrança de imposto ou contribuição. Por exemplo, não é ICMS porque o fato gerador não é a circulação de mercadoria, mas o fato de receber incentivo fiscal. Não é contribuição por não haver na Constituição Federal dispositivo que permita a instituição de contribuição pelos Estados ou Distrito Federal", afirma. Quando foi editado o Convênio ICMS nº 31, os Estados do Rio Grande do Sul, Bahia e Rio de Janeiro informaram ter interesse em colocar em prática a medida. (Valor Econômico)
 

Plano Safra
O Conselho Monetário Nacional aprovou as regras do Plano Safra 2016/2017. A confirmação das condições apresentadas no pacote do Governo Federal era um dos temores de produtores e entidades do setor. (Zero Hora)