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Porto Alegre, 24 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.467

 

Venda de leite dos EUA deverá cair até 2020, segundo relatório da Mintel

Um relatório recente do Mintel diz que a categoria de lácteos dos EUA verá um declínio contínuo nas vendas, em contraste com seu forte crescimento em 2014, quando houve uma combinação de preços elevados do leite, aumento da demanda internacional e reposicionamento dos lácteos para alinhar com as tendências de saúde. A empresa de pesquisa de mercado prevê que o total de vendas de lácteos dos EUA caia para US$ 15,9 bilhões, uma queda de 11% durante o período de 2015 a 2020.

"O consumo de leite líquido nos Estados Unidos vem decaindo há décadas. O consumo mais baixo vem à medida que os consumidores aumentam o consumo de outras bebidas, desafiando a indústria láctea a oferecer produtos para serem consumidos em múltiplas ocasiões, com uma variedade de benefícios e aplicações".

O crescimento da categoria de "leites não derivados do leite bovino" continuará a ameaçar o consumo de leite dos Estados Unidos, acrescentou o relatório. "O crescimento de leites não derivados do leite bovino continuará já que muitos consumidores estão se tornando adeptos aos leites vegetais. A maioria dos consumidores de leite também diz ter consumido esses leites alternativos nos últimos três meses". 

Leite vegetal 
A inovação dentro da categoria mantém os consumidores interessados e a grande variedade de leites vegetais ajuda a atender a uma variedade de necessidades de saúde dos consumidores e preferências de sabor. As vendas totais de leites não derivados do leite bovino nos EUA totalizam atualmente cerca de US$ 2 bilhões, mas o Mintel previu que a categoria atingirá quase US$ 3 bilhões até 2020, com crescimento interanual contínuo. No entanto, a crescente tendência alimentar sobre a adição de proteína fez com que alguns consumidores questionassem a quantidade do nutriente nos leites alternativos em comparação com o leite de vaca.

A fabricante de leite à base de grãos, Ripple, disse que o leite de amêndoa, que é o leite mais popular dentre os alternativos, contém apenas um grama de proteína por 30 mL, enquanto que a bebida de coco contém zero. Os produtos da Ripple oferecem oito gramas de proteína por 30 mL, a mesma quantidade que o leite. Apesar de enfrentar a concorrência direta de alternativas de produtos a base de vegetais, o Mintel disse que os fabricantes de lácteos têm outras oportunidades de espaço em branco para aproveitar.

"O leite é conhecido por beneficiar a saúde óssea, mas há uma porcentagem muito menor de consumidores bebendo leite pelos benefícios para o coração ou para perda de peso. Há uma oportunidade de destacar melhor esses atributos e expandir as percepções dos consumidores sobre os benefícios do leite para a saúde. No entanto, com a maioria dos consumidores bebendo leite porque gostam do sabor, também deve haver uma maior ênfase no perfil do sabor do leite. Gostar do gosto é uma das principais razões pelas quais os consumidores bebem as bebidas que consomem". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

  

 
A proposta é que produtos não lácteos deixem de ser chamados de "leite"

O congresso dos Estados Unidos considera proibir produtos alternativos. Defendem nos Estados Unidos os valores nutricionais únicos do leite. O Congresso dos Estados Unidos expressou sua preocupação em um assunto de interesse popular como o leite. Tratam por via legal de que se preservem seus valores nutricionais e de que se proíba que também se chame como tal, produtos alternativos. O senador Tammy Baldwin de Wisconsin e o representante de Vermont, Peter Welch, ambos do partido democrata, propõem uma lei que proíba que se denomine "leite" a produtos não lácteos alternativos elaborados com amêndoa, soja, aveia, avelã, ou cânhamo, publicou La Vanguardia da Espanha. O conjunto de agricultores que se dedicam a abastecer as indústrias de laticínios, se reúnem contra estes produtos não lácteos, pois consideram que sofrem com esta concorrência desleal, já que enganam o consumidor. O produto não leva leite e é comercializado com este nome, diz a publicação.

Benefícios
Segundo Baldwin, o fato de alternativas não lácteas serem vendidas com esta denominação, "é uma afronta aos produtores que trabalham duro a cada dia para elaborar um produto nutritivo". "Estas imitações que usam o bom nome do produto lácteo em benefício próprio, são contra a lei", acrescenta o senador de Wisconsin. Ainda mais neste momento que o veganismo e o leite a base de plantas está em pleno auge, os pecuaristas norte-americanos se juntam para evitar que o nome "leite" passe a representar uma cópia do original. "As cópias se apresentam como uma adulação, mas produtos chamados leite, que evidentemente não o são, aumentam, estão mal classificados e representam uma enganação", afirma brad Nevin, produtor de leite membro da Associação de produtores de Leite de Wisconsin. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

Uruguai tem a oportunidade de se inserir em cadeia global de valor

Um estudo do Banco Mundial (BM) afirma que é possível que a indústria de laticínios e a Tecnologia de Comunicações e Informações (TICs) do Uruguai tenham a oportunidade de serem incoporadas às cadeias globais de valor (CGV), que é a forma predominante do comércio mundial, adiantou a El Observador, Gonzalo Varela, um dos autores do trabalho. Técnicos do BM trabalharam em ambos os setores. Os lácteos como "um setor tradicional com problemas, que exporta ou deixa de exportar, mas, que não ganha tudo o que poderia", explicou Varela. Em contrapartida, as TICs "é um setor novo e inovador". Para o BM, o problema do setor lácteo uruguaio é que "tem experiência mas, foca em determinados produtos de baixo preço devido a pouca ou nenhuma diferenciação". No estudo são visualizados "subsetores" que podem melhorar, como o caso dos queijos artesanais. Os técnicos do BM realizaram uma análise quantitativa, o que quer dizer, ao nível de valor agregado da cadeia láctea, com a ideia de "ver como podemos ajudar o Uruguai a estar mais perto dos consumidores, já que hoje vende os produtos a multinacionais e não ao consumidor final", disse Varela. 

O caminho é "diferenciar" e tender a "produtos Premium", que habitualmente começam por desenvolver em mercados locais e logo se movem para nichos de alto valor. A ideia é como intervir nesse processo". Varela explicou que as CVG "dão oportunidades de ser provedores de empresas grandes que têm poder de inserção" nos mercados, como o caso da Conaprole, ao mesmo tempo em analisam quais as políticas públicas utilizar. Existem temas chaves como redução de custos na cadeia, a especialização, por exemplo em alguns dos componentes da cadeia, e os avanços em infraestrutura e logística. Está comprovado que a melhora de 10% em rodovias aumenta 23% o valor agregado no Uruguai. O setor público e o privado devem identificar qual a fase da cadeia é competitiva. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

 

Previsão de aumento da produção de leite na EU em 2017 dependerá da evolução dos preços
A produção de leite na União Europeia (28 países membros) em 2017 poderá aumentar 0,6% em relação a 2016. Este aumento seria consequência dos melhores rendimentos, que se espera que aumentem em 2%, apesar de as fazendas leiteiras poderem cair em 1,6% em 2017, de acordo com estimativas da Comissão Europeia. Especificamente, prevê-se uma redução em 380 mil cabeças, especialmente de fazendas holandesas, como resultado do Plano de Redução de Fosfato. As entregas na UE-28 podem aumentar na primavera e chegar a um nível semelhante ao de 2016 no final do segundo trimestre. Na segunda metade do ano, as entregas poderiam ser acima dos níveis do ano anterior, desde que os preços não caiam. Um fator que pode ter um impacto sobre os preços é o crescimento na oferta mundial de leite. A produção nos EUA e na Nova Zelândia provavelmente aumentarão durante todo o ano, embora a demanda por manteiga e queijo permaneça forte. É necessário ver se o crescimento da demanda é suficiente para equilibrar qualquer aumento na produção de leite. Outra incógnita é o impacto que os volumes de intervenção da União Europeia de leite em pó desnatado terão sobre os preços do leite. Não devemos esquecer que atualmente estão armazenadas 350 mil toneladas, representando 30% da produção anual. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

Porto Alegre, 23 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.466

 

Iniciativa da Languiru e parceiros prioriza sustentabilidade da propriedade familiar

No mês de março ocorreram novas reuniões do grupo gestor e técnico que planeja projeto de inclusão social e produtiva, idealizado pela Cooperativa Languiru, com apoio e envolvimento da Emater, de Sindicatos de Trabalhadores Rurais, de Secretarias Municipais da Agricultura de Teutônia, Estrela e Westfália, do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e da Sicredi Ouro Branco. O grupo iniciou os trabalhos considerando a sustentabilidade da pequena propriedade, especialmente dos pequenos produtores de leite com dificuldades de produzir volumes que compensem a captação da matéria-prima na área de atuação da Languiru. O projeto ainda está em período de estruturação, com a definição de etapas do programa e previsão de lançamento ao longo do primeiro semestre. 

"É uma demanda que surgiu junto ao quadro de associados da Languiru, estimulando o incremento na produção leiteira e a oferta de outras alternativas produtivas para as propriedades rurais familiares, como o milho, por exemplo. Unindo esforços, aproveitando o potencial e as características produtivas regionais, estamos no caminho certo para a sustentabilidade e crescimento das pequenas propriedades. Paralelamente ao trabalho de assistência técnica e orientação dos parceiros envolvidos no projeto, o sucesso da iniciativa também depende da vontade dos produtores em participar das atividades", explicou o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, reafirmando a importância econômica e social da cadeia produtiva do leite.

O gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli, enalteceu o empenho da Languiru, segundo ele, uma das poucas cooperativas que ainda recebem pequenos volumes de leite produzidos pelos associados. "O projeto é uma importante iniciativa para que produtores sem escala não saiam do mercado. A avaliação deverá ser individualizada, entendendo a realidade e necessidade de cada propriedade rural", disse, acrescentando que o primeiro ano de trabalho será de experiências. Segundo Brandoli, o diagnóstico será possível a partir de visitas às propriedades rurais dos agricultores interessados em participar, para elaboração de plano de ação. O secretário da Agricultura de Estrela, José Adão Braun, reforçou a necessidade de avaliação de cada propriedade. "Precisamos realizar um Raio-X dos municípios para definição do público-alvo do projeto. Inclusive, é uma maneira de atrair novos associados para a Cooperativa Languiru. Hoje, percebo que muitos produtores estão 'sobrevivendo', sem o melhor aproveitamento das suas reais potencialidades", disse.

Leite
A base do programa é a cadeia leiteira, com a possibilidade de surgimento de outras opções de atividades. Inicialmente, deverá ocorrer a coleta de indicadores técnicos, econômicos, sociais e ambientais das propriedades participantes, para, a partir disso, sugerir oportunidades de melhoria. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia/Westfália, Liane Brackmann, elogiou a iniciativa. "Me sinto realizada e feliz. É a primeira vez que vejo a união de esforços para um projeto de inclusão, de modelo diversificado. Vejo tudo isso com muito bons olhos. Mais uma vez percebemos a importância do cooperativismo para a viabilidade da pequena propriedade rural familiar. É uma iniciativa que intensifica a aproximação da assistência técnica do produtor", frisou, acrescentando que todas as propriedades possuem potencial para "algo mais", com valorização da produção local, união o valorização do trabalho. Nesse contexto, Bayer e Brandoli voltaram a afirmar: o sucesso do projeto, a partir da sua implantação, depende da real intenção dos produtores em participar efetivamente das atividades propostas. "Estamos lançando o embrião, que tem tudo para se desenvolver e contribuir significativamente para a inclusão social e produtiva", concluiu o gerente regional da Emater/RS-Ascar.

O pastor Sinodal, Gilciney Tetzner, que participou de uma das reuniões de planejamento do grupo gestor do projeto, parabenizou a equipe pela iniciativa. "É uma ação louvável para atender às necessidades das pequenas propriedades rurais. Certamente o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia, estruturado junto às atividades do Sínodo Vale do Taquari, poderá dar a sua contribuição ao longo desse processo", afirmou.

Planejamento
A partir das decisões preliminares a respeito do projeto, a equipe que estuda a construção do programa dividiu o grupo em comitê gestor e comitê técnico para o alinhamento das próximas ações. Estão sendo delineadas as etapas e critérios de seleção dos participantes, pontos observados para diagnósticos das propriedades, com visitas técnicas para coleta de indicadores, e elaboração de planejamento junto às propriedades participantes, com orientação aos agricultores, finalizando com reuniões de apresentação dos dados coletados em cada município, em eventos com lideranças, profissionais técnicos e demais envolvidos. Paralelamente a isso, o grupo ainda estuda a possibilidade de organização de encontro com a participação dos produtores envolvidos nas atividades do projeto piloto. "Seguimos com o ciclo de reuniões periódicas para definir os detalhes do programa, mas o que já se tem como definitivo é o consenso de que existe uma grande oportunidade em nossas mãos, contribuindo para a sustentabilidade das atividades do pequeno agricultor familiar", concluiu Bayer.
"A vida ensina que todos temos limitações, mas, por vezes, precisamos de algum incentivo para seguir em frente, apesar das dificuldades. E nisso, procuramos fazer a nossa parte para evitar de perdermos bons produtores pelo caminho", finalizou Liane. (Assessoria de Imprensa Languiru)

 
CRÉDITO FOTO - Leandro Augusto Hamester (14) e Roseméri Krämer

 

 
Alta do preço do leite no mercado spot

No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços subiram na primeira quinzena de março. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, os negócios ocorreram, em média, em R$1,502 por litro, posto na plataforma. Os maiores valores chegaram a R$1,650 por litro. Houve alta de 7,0% na comparação com a segunda quinzena de fevereiro deste ano. O preço vigente está 14,0% acima da média do mesmo período de 2016.

Em Minas Gerais e em Goiás, os preços médios ficaram em R$1,492 e R$1,368 por litro, respectivamente. A produção nacional está em queda desde o final de 2016 nas principais bacias leiterias do país, o que aumenta a concorrência por matéria-prima pelos laticínios. Em curto e médio prazos, a expectativa é de alta do leite no mercado spot e também para o produtor, com a entressafra no Brasil Central e região Sudeste. No entanto, as importações em alta e a demanda interna patinando podem limitar os aumentos.

Para saber mais sobre o mercado de leite, custos de produção, clima, preços dos lácteos no atacado e varejo e expectativas para a cadeia assine o Relatório de Mercado de Leite da Scot Consultoria. Mais informações em: https://www.scotconsultoria.com.br/loja/relatorios/59/relatorio-do-mercado-de-leite-da-scot-consultoria . (Scot Consultoria/Agrolink)

 
Números preliminares da média diária das importações de leite e derivados

Importação de leite e derivados - Os números preliminares da média diária das importações de leite e derivados, em dólar, na terceira semana de março de 2017 foram 19,8% maiores que os de março 2016 e 20,8% menores em relação a fevereiro de 2017. (MDIC/EdairyNews)

  
    

Conaprole financiará produção de forragens a produtores de leite do Uruguai
 
A principal cooperativa de lácteos do Uruguai, Conaprole decidiu esta semana financiar os custos de fazer silagem e reservas de outono - incluindo combustível, a fim de ajudar os produtores de leite em situação financeira difícil, inclusive para que muitos deles possam reverter os números vermelhos em suas contas na cooperativa.

A comunicação foi feita pela Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), que havia solicitado o apoio da Conaprole há uma semana. Houve uma resposta rápida, disse o vice-Presidente da ANPL, Walter Frisch. A indústria já tinha enviado um sinal na semana passada, quando aumentou o preço por litro em 50 centavos de peso (1,73 centavos de dólar), para 9,80 pesos (US$ 0,34) por litro.

"A cooperativa está apostando que se façam reservas para garantir uma boa captação no outono e inverno", disse Frisch, que lembrou que houve casos de produtores de leite que não poderiam lidar com novas despesas, pois têm dívidas pendentes das reservas ano passado. Os membros das cooperativas interessadas devem contatar os técnicos regionais da Conaprole para obter a assistência financeira. O pagamento do apoio começará a ser feito a partir da próxima primavera e terá um custo financeiro "muito baixo" para os produtores, disse Frisch. (El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Laticínios gaúchos são contra projeto de lei 343
Os laticínios do Rio Grande do Sul estão unidos contra o projeto de lei 343. O texto, que trata da renegociação de dívidas com a União, prevê o corte de benefícios e incentivos dados pelo estado a qualquer setor. A indústria de lácteos alerta que isso tiraria toda a competitividade do Rio Grande do Sul frente aos principais concorrentes, Santa Catarina e Paraná. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do estado (Sindilat), Alexandre Guerra, comenta quais incentivos seriam tirados da indústria com a eventual aprovação da lei. Clique aqui para ver a entrevista na íntegra (Canal Rural)
 
 

 

Porto Alegre, 22 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.465

 

Governo gaúcho lança programa para atrair investidores no Estado


Foto: Karine Viana/Palácio Piratini

Para atrair novos investimentos e promover o desenvolvimento econômico e tecnológico no Rio Grande do Sul, o governo do Estado lançou o programa InvestRS na manhã desta quarta-feira (22/03), no Palácio Piratini. Um grupo multidisciplinar, composto por funcionários do governo e da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), é responsável por auxiliar novos investidores no mercado gaúcho e de dar suporte a organizações já existentes no mercado. 

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, esteve presente na ocasião. O dirigente acredita que a iniciativa é muito importante para o Rio Grande do Sul, mas ressalva que as indústrias que já estão no Estado precisam ser prioridade. "O InvestRS é uma ação que vai ajudar o Estado, mas o governo não pode esquecer de continuar dando atenção às empresas locais para manter a competitividade, porque são elas que criam diferenciais para o desenvolvimento da economia gaúcha", avalia.

O InvestRS apresenta o Rio Grande do Sul como uma porta de entrada para a América do Sul, por possuir localização estratégica, indústria diversificada, economia internacionalizada, mão de obra qualificada, infraestrutura e qualidade de vida. A parceria foi formalizada por meio de um acordo de cooperação, assinado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), Fábio Branco e pelo presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

O InvestRS
As empresas que se interessarem em participar do programa deverão entrar em contato com InvestRS através do portal (http://www.investrs.com.br). Assim que a proposta do projeto estiver alinhada com a equipe, a negociação será feita na Sala do Investidor, onde o empreendedor receberá atendimento físico ou virtual e conhecerá as vantagens oferecidas pelo Estado para implantação ou ampliação do seu empreendimento. Cada projeto tem um gerente responsável pela interlocução entre o empreendedor e os demais atores públicos e privados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  

 
Programa MAPA Leite inicia questionários com propriedades rurais

As aplicações de questionários do Programa MAPA Leite inicia questionários com propriedades ruraisma MAPA Leite já começaram. Na primeira etapa, 450 propriedades do Rio Grande do Sul estão sendo abordadas. As aplicações dos questionários se estenderão até que o SENAR-RS identifique todas as 1.140 propriedades aptas a serem atendidas no projeto. A previsão é que as visitas técnicas se iniciem em julho de 2017.

As propriedades que serão atendidas se concentram nas regiões centro oriental, noroeste e nordeste do RS, sendo que a maior parte dos municípios a serem atendidos estão localizados na região noroeste.

O Projeto Mapa Leite, fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), visa fornecer Assistência Técnica e Gerencial além da capacitação para produção, transporte e beneficiamento de leite seguro e de qualidade.

Cada propriedade rural receberá do SENAR a metodologia de Assistência Técnica e Gerencial, através de profissionais com formação em ciências agrárias de nível técnico e superior em Agronomia, Medicina Veterinária ou Zootecnia, capacitados e habilitados pela instituição. As visitas de campo ocorrerão durante 20 meses, e serão gratuitas. Em seguida, os produtores de leite passarão a assumir o investimento na assistência técnica como um item do seu custo de produção, o que certamente lhe trará benefícios em sua atividade rural.

O MAPA Leite também está sendo realizado nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Ao todo, serão visitadas 3.300 propriedades nos seis estados. A equipe contará com 133 técnicos de campo, que atenderão até 25 propriedades cada. Os técnicos de campo terão seu trabalho acompanhado por um Supervisor, que será responsável por até 15 técnicos de campo. (O Sul)

AR: Exportações argentina de lácteos caíram quase 30% em volume

O ano de 2016 terminou com forte contração na produção, exportação e consumo interno de lácteos na Argentina. Segundo um boletim do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), a produção caiu 12,5% na comparação anual, e as exportações retrocederam 27%. Além disso, o consumo interno per capita baixou 6,1%.  
"A produção de leite em 2016 segundo os últimos dados disponíveis chegou a 9.895 milhões de litros de leite, o que representa queda de 12,5% em relação ao 11.310 milhões alcançados em 2015", disse o OCLA segundo apurou o jornal La Nación. As exportações sentiram a menor oferta e, em 2016, as vendas de 1.647 milhões de litros, caiu 27% em relação a 2015. A queda medida em dólares foi de 9,5% em relação ao ano anterior. No nível interno, o consumo doméstico per capita caiu de 214 litros em 2015, para 201 litros em 2016. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

Por que comer (muito) queijo não afeta o colesterol ruim

O queijo pode não ser tão ruim para os níveis de gordura no organismo muitos imaginam. De acordo com estudo do Food for Health Ireland, da University College Dublin (UCD), na Irlanda, pessoas que incluem grandes porções de queijo na dieta são mais magras do que as outras. 
Além disso, o consumo maior do alimento não foi associado ao aumento nos níveis de colesterol. Na verdade, os participantes que preferiam produtos lácteos com baixo teor de gordura tendiam a níveis mais altos de lipoproteína de baixa densidade (LDL), o colesterol considerado ruim.
O estudo veio para fortalecer outras pesquisas que já sugeriam que a gordura presente no queijo não aumenta o colesterol ruim devido ao conjunto singular de ingredientes que ele contém. A gordura saturada pode aumentar o colesterol LDL, mas também o HDL, o colesterol considerado bom, de acordo com outra série de evidências.

Os cientistas estudaram o impacto de uma dieta rica em laticínios, ou seja, que incluíam alimentos como leite, queijo, iogurte, manteiga e requeijão, em 1.500 pessoas com faixa etária entre 18 e 90 anos. Eles descobriram que aqueles que consumiam diariamente grandes quantidades desses produtos apresentavam um IMC mais baixo, menores porcentagens de gordura, menor circunferência de cintura e menor pressão arterial.
Uma das explicações possíveis para o efeito benéfico do queijo é que as gorduras concentradas nesse alimento, como o ácido linoleico conjugado e o ácido vacênico e o oleico, têm efeito cardioprotetor -- elas bloqueiam parte da formação de colesterol e triglicérides no fígado.

Colesterol ruim
Os resultados são polêmicos. Eles vão contra as atuais recomendações de saúde, que defendem a redução de gorduras saturadas -- presentes no queijo -- para manter os níveis de colesterol saudáveis. O colesterol é transportado no sangue ligado a lipoproteínas de baixa ou alta densidade. Quando há muita lipoproteína de baixa densidade (LDL) no sangue, ela adere às paredes das artérias e bloqueia o fluxo sanguíneo. Quanto maiores esses níveis, maiores os riscos de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

A importância da atividade física
No entanto, para Daniel Magnoni, nutrólogo do Hospital do Coração, em São Paulo, essa questão vai muito além da alimentação. "Somente 20% do colesterol advém da alimentação, 80% é função hepática." A prática de atividades físicas e outros fatores, como a ingestão de frutas e verduras, são peças essenciais para manter a produção de colesterol sob controle. "O colesterol ruim é a chave, enquanto o receptor do fígado é a fechadura. A gordura saturada ocupa essa fechadura, aumentando os riscos", explica o médico. (Veja/Terra Viva)

 
 

 
Reaberto prazo para participar da Agenda Regulatória
Agenda Regulatória - Nesta terça-feira (21/3), a Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu, na Reunião Ordinária Pública, pela reabertura da etapa de Diálogos Setoriais da AR 2017/2020 para o período de 10 dias, entre 27/3 a 5/4/17.  A participação seguirá as mesmas regras estabelecidas no Edital de chamamento n° 2/2016, ou seja pelo preenchimento de pelo menos um dos seguintes formulários eletrônicos: Formulário para descrição de problemas (formulário para apresentação da situação enfrentada pelo participante, esclarecendo quem é afetado, quais as consequências e a ligação desse problema com a legislação da Anvisa) Formulário para indicar aqueles subtemas da AR 2015/2016 e processos de regulamentação que são mais importantes (formulário para o participante priorizar aqueles subtemas da AR 15/16 e propostas de regulamentação que a Anvisa não concluiu até 1/12/16); Caso queira mais detalhes da Agenda Regulatória 2017/2020, acesse a página em Atuação/Regulamentação/Agenda Regulatória. (Anvisa)
 
 

 

Porto Alegre, 21 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.464

 

  Preço do leite estável no Rio Grande do Sul
 
O valor de referência do leite se mantém a casa de R$ 1,00 e a tendência é de estabilidade no mercado nos próximos meses. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (21/3) pelo Conseleite, o valor projetado para março é de R$ 1,0092, 0,47% abaixo do consolidado de fevereiro (R$ 1,0140), mas acima do projetado no mês anterior (R$ 1,0034). "Isso mostra equilíbrio nos valores nesse momento tão difícil para o nosso setor", salientou o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, referindo-se às margens apertadas com que trabalham os laticínios. Na comparação com anos anteriores, o preço do leite está em um dos patamares mais altos dos últimos anos. A explicação, sugere Guerra, é o impacto da redução na produção gaúcha de leite que, segundo o IBGE, chegou a - 3,5% em  2016. "Estamos em um cenário diferente em 2017. Esperávamos uma reação maior do mercado consumidor com a volta às aulas, que chegou mais tímida. As pessoas estão adquirindo apenas o básico e notamos retração do consumo da classe C", ressaltou. Apesar disso, frisou o também presidente do Sindilat, o valor pago pelo leite UHT está em um bom patamar nestes primeiros meses do ano. 
 
Segundo o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore, a produção não vem acompanhando a demanda, colaborando para preços mais elevados. Pontualmente sobre os dados apurados em março, Finamore lembra que o comportamento do leite UHT vem reproduzindo esta estabilidade com aumento de 0,30%. "Geralmente é o leite UHT que tem maior representatividade na formação dos valores de referência", argumentou. O leite em pó, por outro lado, caiu 1,90%. A composição do valor de referência leva em conta o mix de produtos comercializados pelas indústrias gaúchas e não reproduz a remuneração real paga aos produtores uma vez que não incorpora as bonificações para quantidade e qualidade pagas aos produtores pelos laticínios.
 
Ação Contra Importações 
Durante a reunião do Conseleite, as entidades que compõem o colegiado decidiram encaminhar uma nota conjunta ao governo federal com pedido formal de um maior controle sobre a importação de leite em pó pelo Brasil. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, alertou que o temor do setor é que as aquisições aumentem em 2017 em relação a 2016, quando foram importadas 241 mil toneladas de leite. "As importações têm um impacto nefasto no mercado nacional. Nosso medo é que as importações sigam aumentando sem controle. O problema não é só o volume importado, mas o preço que esse leite chega ao mercado brasileiro", salientou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine/Sindilat
 

 
Laticínios alertam para danos do PLP 343 à competitividade do RS

Reunidos na tarde desta terça-feira (21/3) em Porto Alegre, laticínios gaúchos alertaram para os danos do Projeto de Lei (PLP) 343/17 à competitividade da indústria do Rio Grande do Sul. A proposta, que prevê renegociação das dívidas do RS com a União, exige como contrapartida o corte anual de 20% nos benefícios concedidos e suspensão de qualquer tipo de novo incentivo. "O sindicato é contra essa política porque inviabiliza a produção no Estado. Não adianta renegociar a dívida com a União e quebrar o setor produtivo que sustenta a economia", salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Os laticínios também debateram os riscos referentes à retomada da votação do PL 214, que propõe corte de 30% nos créditos presumidos concedidos ao setor. "Não há espaço para o PL 214. Se passar, será a ruína das indústrias lácteas gaúchas", acrescentou Guerra, lembrando que os laticínios operam com a menor margem dos últimos anos.

Qualidade

O Grupo de Qualidade do Sindilat aproveitou a reunião para apresentar apontamentos sobre os padrões definidos para a rotulagem de produtos com baixo teor de lactose. A exigência de comprovação de vacinação contra brucelose e febre aftosa por parte dos produtores ligados aos laticínios também foi debatida, uma vez que algumas empresas vêm enfrentando dificuldades em obter as informações. A proposta é que as indústrias possam passar a solicitar os dados diretamente às inspetorias veterinárias. O tema está em debate junto à Secretaria da Agricultura. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Crédito: Carolina Jardine/Sindilat
 
 
 
Leilão GDT: preços do leite em pó desnatado despencam

Nesta terça-feira (21/03), o leilão GDT indicou leve alta (+1,7%) nos preços médios dos lácteos comercializados, fechando a US$3.101/tonelada. Dentre os produtos comercializados, o destaque foi para a variação dos preços do leite em pó desnatado, que apresentou queda de 10,1% em comparação com o leilão anterior. Desta forma, a média final ficou em US$1.948/tonelada. 

Em contrapartida, o leite em pó integral apresentou variação positiva, de 2,9%, fechando a média em US$2.855/tonelada. A manteiga também demonstrou aumento em seus valores, variando 4,9% em relação ao último leilão e fechando a média em US$4.910.

Já o queijo cheddar apresentou uma variação negativa mais leve do que a observada no último leilão GDT, caindo apenas 1%. Com isso, a média final deste produto ficou em US$3.406/ton. 

Diferentemente da tendência de queda nos preços futuros do leite em pó integral observada no último leilão GDT, os valores atuais demonstram praticamente estabilidade até agosto de 2017. (Milkpoint/GDT)

 
  

 
Conaprole financiará produção de forragens a produtores de leite do Uruguai
A principal cooperativa de lácteos do Uruguai, Conaprole decidiu esta semana financiar os custos de fazer silagem e reservas de outono - incluindo combustível, a fim de ajudar os produtores de leite em situação financeira difícil, inclusive para que muitos deles possam reverter os números vermelhos em suas contas na cooperativa. A comunicação foi feita pela Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), que havia solicitado o apoio da Conaprole há uma semana. Houve uma resposta rápida, disse o vice-Presidente da ANPL, Walter Frisch. A indústria já tinha enviado um sinal na semana passada, quando aumentou o preço por litro em 50 centavos de peso (1,73 centavos de dólar), para 9,80 pesos (US$ 0,34) por litro. "A cooperativa está apostando que se façam reservas para garantir uma boa captação no outono e inverno", disse Frisch, que lembrou que houve casos de produtores de leite que não poderiam lidar com novas despesas, pois têm dívidas pendentes das reservas ano passado. Os membros das cooperativas interessadas devem contatar os técnicos regionais da Conaprole para obter a assistência financeira. O pagamento do apoio começará a ser feito a partir da próxima primavera e terá um custo financeiro "muito baixo" para os produtores, disse Frisch. 
Em 20/03/17 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03473
27,6770 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). 
(As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

Porto Alegre, 20 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.463

 

Brasileiro contém despesas e foca em decisão de compra

O estudo anual 306º Consumer View, realizado com painel de domicílios da Nielsen no País, mostra que o brasileiro procurou por alternativas para driblar a turbulência econômica do Brasil.  Segundo a pesquisa, 52% dos lares brasileiros foram impactados pela conjuntura econômica. São domicílios que não conseguiram pagar suas dívidas ou que algum membro da família ficou desempregado. Eles estão concentrados na classe C, com mais de três pessoas, comprometendo mulheres mais jovens (menos de 30 anos) sem ensino médio completo. Mesmo sentindo as dificuldades no seu cotidiano, esses lares têm comprado, em média, mais itens que antes, embora gastando menos. Vale destacar que, mesmo nesse contexto, antes de reduzir consumo de alimentos, bebidas, itens de higiene/beleza e limpeza do lar, 58% adota outras medidas, tais como reduzir gastos com lazer fora de casa, e 18% declara não ter feito nenhum tipo de mudança orçamentária. Mais de um terço das famílias também afirma que vai se endividar novamente, após a quitação de suas dívidas.

Já os não impactados representam 48% dos domicílios, sendo que 77% destes estão poupando de alguma forma diante de incertezas. Eles economizam, principalmente, para pagar as contas em dia (40%), manter o padrão de vida que alcançou (22%), garantir os estudos próprio ou dos familiares (17%) e suster a casa própria que conquistou (11%). Eles estão concentrados na classe AB, com menos de três pessoas, e com a presença de donas de casa mais maduras (acima de 50 anos). 
Vários canais e promoção 
Além de procurar o autosserviço para se abastecer, os lares estão mixando mais os diferentes formatos para fazer suas compras, frequentando, em média, sete canais. Os formatos menores, como Mercearia, Padaria, Porta a Porta e Vizinhança, são destaques entre as famílias impactadas. A procura por promoções é outro escape para esses domicílios. O abastecimento e a reposição, por meio de produtos mais baratos e/ou promocionais, têm até 13% mais importância nos impactados em comparação com os não impactados.
A busca por itens e embalagens econômicas ocorre, em especial, nas cestas de Bebidas Não Alcoólicas e Limpeza, que são as mais prejudicadas nos lares impactados. O estudo aponta que, em Bebidas Não Alcoólicas, 75% das categorias sofrem trade-down (troca por marcas baratas) entre os impactados (vs. 50% não impactados) e 54% do volume movimentado foi em troca com produtos mais baratos (vs. 50% não impactados). Em Limpeza, 98% da perda de importância da cesta nos lares vêm dos impactados. Por outro lado, Bebidas Alcoólicas ganham destaque devido a redução fora do lar, que puxou o consumo para dentro de casa. Esse crescimento é impulsionado por cerveja tanto em frequência quanto em intensidade de compra.

"Mesmo em condições adversas, os brasileiros estão cada vez mais exigentes quando o tema é consumo. Para o futuro, a indústria e o varejo precisam unir forças para serem relevantes, oferecerem um bom portfólio, praticidade e hiperconveniência", comenta Raquel Ferreira, especialista em entendimento do consumidor da Nielsen Brasil. (Supermercado Moderno/Terra Viva)

 

 
Quase 44.000 pecuaristas da UE reduziram a produção de leite

Uma das medidas tomados pelo Comissário da Agricultura, Phil Hogan, para enfrentar a crise láctea, foi um programa de redução voluntário de leite, que paga 14€/100 kg de leite não produzido. Segundo dados finais liberados pelos Estados Membros durante o primeiro período de redução (outubro a dezembro de 2016), 43.968 produtores reduziram sua produção de leite totalizando 851.700 toneladas. Esta quantidade é 20% menor que a inicialmente projetada (1.071.428 toneladas). Também é menor o número de produtores (13% menos) que efetivamente aderiram ao programa, uma vez que os inscritos foram 58.035. Em destaque estão os casos da Áustria e Eslovênia, cuja quantidade de leite reduzida é 44% menor do que a solicitada. Na Holanda, também houve um perdentual significativo, (-34%) de queda. 

No caso da Espanha, sem bem houve redução de 27.010 toneladas de leite, é 13% menor do que a quantidade solicitada. A redução foi efetivada por 1.350 produtores, o que é uma cifra 13% menor do que os inscritos inicialmente. Os menores volumes de redução em relação ao que foi solicitado por ocasião do lançamento do programa, pode ser em decorrência da recuperação dos preços do leite. Entre o verão e o mês passado, fevereiro, o preço do leite na União Europeia (UE) subiu 31%, atingindo 33,7 centavos/quilo. Os valores referente ao segundo período de redução (novembro de 2016 a janeiro de 2017) serão conhecidos no início de abril. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Carrefour e Tetra Pak Iniciam Projeto Itinerante

A Tetra Pak e o Carrefour realizam, entre março e outubro de 2017, uma iniciativa itinerante chamada 'Caminho da Reciclagem', com o objetivo de levar informação sobre reciclagem para mais de 20 lojas da rede em todo o Brasil.

O projeto compreende uma instalação que explica o ciclo de vida das embalagens longa vida, desde a produção, passando pelo consumo, descarte até a coleta seletiva. A ação, gratuita, integra o programa 'Juntos pelo Meio Ambiente', que já coletou mais de 2.760 toneladas de materiais recicláveis em 2016, a partir de 138 pontos de coleta localizados em lojas do Carrefour em 47 municípios brasileiros. Ao longo dos próximos meses, o projeto passará pelas lojas do Carrefour situadas em Osasco (SP), Santo André (SP), Rio de Janeiro (RJ), São Gonçalo (RJ), Belo Horizonte (MG), Contagem (MG), Ribeirão Preto (SP), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). (Giro News/ Terra Viva)

No ano, superávit da balança ultrapassa US$ 11,1

O superávit acumulado pela balança comercial brasileira superou os US$ 11,1 bilhões no ano até a terceira semana de março. As informações foram divulgadas hoje pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Somente na terceira semana do mês, a balança registrou superávit de US$ 1,437 bilhão, decorrente de exportações de US$ 4,262 bilhões e importações de US$ 2,825 bilhões. Em março, o superávit soma US$ 3,854 bilhões. As exportações nas três primeiras semanas do mês subiram 22% pelo critério de média diária, quando comparadas a março de 2016. Por essa métrica, a principal influência de alta foi dos produtos básicos, que avançaram 34,4%, para US$ 451,3 milhões. Entre os básicos, puxaram as vendas de minério de ferro, petróleo em bruto, soja em grão, carnes suína e de frango e café em grão.

A venda de manufaturados também cresceu 11% para US$ 311,3 milhões no mês, por conta de automóveis de passageiros, óleos combustíveis, veículos de carga, tubos flexíveis de ferro ou aço, hidrocarbonetos e seus derivados halogenados. O embarque de semimanufaturados avançou 9,2% para US$ 104,8 milhões, influenciado por produtos semimanufaturados de ferro/aço, celulose, açúcar em bruto, ferro­ligas e ouro em formas semimanufaturadas.
A média diária de importações também cresceu 12,3% nas três semanas de março, quando comparada ao mesmo mês de 2016, para US$ 590,2 milhões. Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com bebidas e álcool (112,6%), equipamentos elétricos e eletrônicos (36,5%), combustíveis e lubrificantes (31,5%), plásticos e obras (19,0%) e químicos orgânicos e inorgânicos (14,3%). (Valor Econômico)

 
 

Antônio Magela assume presidência da Itambé
Em um comunicado, Jacques Gontijo e Wesley Batista, presidentes do Conselho de Administração da Itambé, divulgaram que Antônio Magela, atualmente responsável pela Diretoria Comercial, assume de forma interina a presidência da empresa e acumulará duas funções. Magela está na Itambé há 37 anos, tem ampla experiência de negócios e vem participando ativamente para o crescimento da empresa. Alexandre Almeida deixa a presidência da Itambé por motivos particulares. Para tornar mais efetiva esta transição, com acúmulo de atribuições da presidência e da diretoria comercial, os seguintes diretores e suas respectivas áreas, antes vinculados diretamente a presidência, passarão a reportar a You Ta Ma, diretor financeiro, também de forma interina:
Antônio Manuel Neves, diretor jurídico;
Francisco Júnior, diretor de suprimentos e planejamento integrado;
João Carlos Pereira Campos, diretor de Tecnologia da Informação. (Assessoria de Imprensa Itambé) 
 

 

Porto Alegre, 17 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.462

 

  Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 16 de Março de 2017 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Fevereiro de 2017 e a projeção dos preços de referência para o mês de Março de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. 
 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,51 e 3,60% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 8,61 e 8,70% de sólidos não gordurosos, entre 451 e 500 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

O leite abaixo do padrão é aquele que contém 3,00 a 3,05% de gordura, entre 2,90 e 2,95% de proteína, entre 8,40 e 8,50% de sólidos não gordurosos, no máximo 600 mil células somáticos/ml e no máximo 600 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (FAESC)
 

 
Cooperativa Piá triplica produção em Nova Petrópolis
A Cooperativa Piá inaugura nesta sexta-feira (17/03), às 16h, a ampliação de sua fábrica de iogurtes no município de Nova Petrópolis (RS). Com a nova estrutura, que ganhou mais 9 mil metros quadrados, a Piá passará a ter uma capacidade de 450 toneladas por dia de fermentados (bebidas lácteas e iogurtes), manteiga, requeijão, doce de leite e doce de frutas, o que corresponde ao triplo da capacidade atual, que é de 150 toneladas. Os investimentos somam R$ 85 milhões, a partir de financiamentos do Banco de Desenvolvimento do RS (Badesul), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Banrisul.

Além de ampliação da área física, que agora passa a ter um total de 29 mil metros quadrados, a fábrica terá uma nova estrutura de equipamentos. Com isso, será modernizada a fermentação e envase de iogurtes, a recepção do leite, bem como a produção de requeijão e doce de leite, o que vai permitir que a cooperativa alcance níveis maiores de segurança alimentar, reduza o custo de fabricação e tenha aumento da capacidade comercial em mercados como Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Os benefícios adquiridos com a ampliação e modernização também vão garantir resultados na área ambiental, relacionados ao menor consumo de recursos naturais, como água e energia elétrica. Atualmente, a Cooperativa Piá processa um volume diário que ultrapassa os 600 mil litros de leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

IBGE: produção se recupera no quarto trimestre, mas ano ainda termina com queda

O IBGE divulgou nesta quarta-feira (15/03), os dados da captação brasileira de leite para o quarto trimestre de 2016. O volume de leite captado no período foi de 6,24 bilhões de litros, 0,8% menor que o mesmo trimestre de 2015 e apenas 0,3% acima da projeção realizada pelo MilkPoint Mercado (de 6,22 bilhões).

No acumulado de janeiro a dezembro, a captação de leite pela indústria totalizou cerca de 23,2 bilhões de litros, 918 milhões de litros a menos do que o ano passado (-3,7%), como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Captação formal de leite pela indústria. Fonte: IBGE. 
 
 

Esta recuperação da produção a partir do segundo semestre de 2016 e, mais fortemente, no último trimestre do ano, retrata claramente o que foi o ano de 2016: um início bastante ruim ao produtor de leite, com evolução positiva, principalmente em função da forte subidas nos preços pagos e a redução dos valores ao final do ano, atingindo margens médias ao produtor de leite que, apesar dos altos e baixos, foram melhores do que 2015 e dentro do histórico médio de anos anteriores. "É importante verificar esta tendência da produção no último trimestre, que sinaliza um cenário de recuperação para 2017", indica Valter Galan, do MilkPoint Mercado. Este é o segundo ano consecutivo de queda na produção, de acordo com o IBGE, algo inédito desde o início da série histórica, em 1997.

Quando comparamos a variação dos dados trimestrais obtidos em 2016 e 2015, podemos observar uma forte queda na captação nos dois primeiros trimestres do ano, em comparação ao ano anterior, seguida por uma importante reação no segundo semestre, terminando 2016 ainda com variações negativas, porém mais brandas (gráfico 2).

Gráfico 2. Variações trimestrais na captação de leite (2016 vs. 2015). Fonte: IBGE, Pesquisa Trimestral do Leite. 

 

Em termos regionais, podemos observar quedas na captação de leite anual em quase todas as regiões do Brasil, sendo a maior variação negativa vista no Centro-Oeste (-7,1%), seguido por Nordeste (-5,9%), Sudeste (-4,1%) e Sul (-2,7%). A única região que apresentou alta em 2016 foi a região Norte (+4,0%), conforme o gráfico 3. 

Gráfico 3. Variação na captação de leite por região (2016 x 2015). Fonte: IBGE. 
 

Os dados de captação anual dos principais estados produtores de leite também apontaram quedas no ano de 2016, em comparação com 2015. Dentre os estados analisados, apenas Santa Catarina apresentou alta no período (+4,0%), lembrando que esses dados refletem a produção processada nos estados e não necessariamente produzida. A maior queda foi sentida pelo Rio Grande do Sul (-6,8%), seguido por Goiás (-5,9%), Minas Gerais (-5,3%), Paraná (-3,1%) e São Paulo (-2,0%).

Gráfico 4. Variação da captação de leite por região (2016 x 2015). Fonte: IBGE. 
 
 

Como mostra o gráfico 5, a disponibilidade per capita de leite (Produção + Importações - Exportações/População) foi bastante diferente nos dois semestres de 2016. No primeiro, o volume per capita disponível foi 3,7% menor que em 2015, o que ajuda a explicar a forte subida de preços verificada no mercado. Já no segundo semestre, a disponibilidade em 2016 cresceu 2,8% em relação a 2015, "puxada" por esta recuperação da produção indicada pelos dados do IBGE e também pelo forte aumento das importações de leite. Diante deste cenário, a disponibilidade de leite anual caiu apenas 0,4% em 2016.

Gráfico 5. Disponibilidade de leite per capita (2016 x 2015). Fonte: MilkPoint Mercado.
 

 
Produção de leite em Portugal reduz 24%
Portugal reduziu voluntariamente em 24% a produção de leite entre outubro e dezembro de 2016, no âmbito do programa lançado pela Comissão Europeia para fazer face à crise no setor, segundo dados divulgados esta quinta-feira. De acordo com dados da Comissão Europeia, 43.968 mil agricultores de toda a União Europeia (UE) -- 912 em Portugal -- aderiram ao programa de redução voluntária de produção de leite, lançado em julho de 2016 e que resultou numa quebra de 851.700 toneladas, numa média de 19 toneladas por agricultor. Em Portugal, a redução foi de 15.090 toneladas de leite, o que representa quase um quarto da produção (24%), numa média de 17 toneladas por agricultor. A redução voluntária da produção de leite é financiada pela Comissão Europeia. (As informações são do portal português Observador)
 

 

Porto Alegre, 16 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.461

 

Criado grupo de acompanhamento para implantação da NF-e

Para solucionar os entraves e discussões que a implantação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-E) para os produtores gaúchos tem causado, a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e entidades do setor decidiram formar um grupo de acompanhamento. A decisão foi tomada em audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (16/3), no Plenarinho da Assembleia. 

A criação do grupo foi uma sugestão do deputado estadual Elton Weber, por achar que a prorrogação da data de implantação da NF-e na zona rural é a decisão mais acertada enquanto não houver sinal de Internet adequado. Assim como o parlamentar, muitos representantes do campo também manifestaram esta mesma apreensão.

A gerente administrativa do Sindilat, Julia Bastiani, reafirmou na reunião a posição tomada pelo sindicato de que a emissão de notas pelo produtor deve ser extinta, já que ele entrega o leite diariamente e só remete o documento fiscal no final do mês. O subsecretário adjunto da Receita Estadual, Paulo Cestari, afirmou que irá avaliar esta sugestão.

O assessor da Anatel, Sidnei Ochmann, disse que conforme base legal está disponibilizada a todos os municípios gaúchos, desde 2016, o atendimento por acesso individual por telefonia fixa para usuários até 30 quilômetros contados a partir do limite urbano da localidade-sede do município. 

Nesta semana, após pressão da Fetag-RS e de Weber, o secretário Estadual da Fazenda, Giovani Feltes, anunciou a prorrogação da entrada em vigor da NF-e de 1º de abril deste ano para 1º de janeiro de 2019. (Assessoria de Imprensa Sindilat com informações da Assembleia Legislativa)

 

 
Laticínios sugere alinhamento com a Seapi para controle de vacinação de brucelose

 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) pretende pedir o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para operacionalizar o controle de vacinação contra brucelose, conforme exigência da IN 19/MAPA, pelas indústrias de laticínios. A proposta é encaminhar um documento à Seapi solicitando que Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDA) possam emitir comprovantes da regularidade com a vacinação dos fornecedores de leite cadastrados diretamente aos laticínios. De posse desses certificados, as empresas conseguiriam cumprir o regramento previsto no artigo 19 da referida IN.

A decisão foi tomada nesta terça-feira (14/3) na primeira reunião do Grupo de Qualidade do Sindilat, criado para alinhar com os laticínios associados questões referentes aos processos ligados à garantia da qualidade. No encontro, os dirigentes técnicos das empresas também avaliaram as resoluções que alteram a rotulagem de produtos em relação à informação sobre lactose. Publicadas em fevereiro, as resoluções RDC 135/2017 e RDC 136/2017 obrigam que todo produto lácteo que possuir mais de 0,1% lactose traga alerta no rótulo.

Segundo a consultora técnica do Sindilat, Letícia Cappiello, muitas indústrias já estão aptas a atender às normas de rotulagem dos produtos que contêm lactose. Contudo, os 24 meses de adaptação estabelecidos pela Anvisa darão tranquilidade ao processo para as demais. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

A Índia, o maior produtor de leite, é responsável por 18,5% de toda produção mundial

A Índia ocupa o primeiro lugar na produção de leite, representando 18,5% da produção mundial, alcançando uma produção anual de 146,3 milhões de toneladas na temporada 2014/15, contra 137,69 milhões de toneladas na temporada 2013/14, crescimento de 6,26%. Considerando que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) registrou crescimento de 3,1% na produção mundial de leite de 765 milhões de toneladas em 2013 para 789 milhões de toneladas em 2014. A disponibilidade per capita de leite na Índia aumentou de 176 gramas por dia em 1990-91 para 322 gramas por dia em 2014-15. É mais do que a média mundial de 294 gramas por dia durante 2013.

Isto representa um crescimento sustentado na disponibilidade de leite e produtos lácteos para a população crescente, e a produção de leite se transforma em uma importante fonte secundária de renda para milhões de famílias do meio rural envolvidas na agricultura. O sucesso da indústria de laticínios é resultado de um sistema integrado de cooperativas de coleta de leite, transporte, processamento e distribuição. A transformação em leite em pó e outros produtos, permite minimizar o impacto sazonal sobre os fornecedores e compradores, a distribuição no varejo de produtos lácteos, proporcionando a partilha dos lucros com os agricultores, que investem no aumento da produtividade. Um modelo que pode ser utilizado por outros produtos agrícolas, ou cadeia de produtores.

De acordo com o Ministro da Agricultura, Radaha Mohan Singh a Índia continua sendo o maior produtor de leite do mundo, com 155 milhões de toneladas em 2015/16. Ele disse que a produção total de leite subiu 4,3% entre julho e outubro de 2016, em relação ao mesmo período de 2015. "Pelas últimas informações disponíveis, o total da produção de leite até outubro foi de 105,41 milhões de toneladas", nos oito primeiros meses da temporada. (News18.com/The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

Mercado chinês de restaurantes atrai laticínios estrangeiros

Em uma cozinha industrial em um arborizado subúrbio residencial da região central de Xangai há uma silenciosa evolução culinária em andamento. Ao lado de prateleiras lotadas de montanhas de manteiga do tamanho de pães de forma e peças de queijos de cinco quilos, chefs estão fazendo experiências com ingredientes exóticos que sua fornecedora da Nova Zelândia, a Fonterra Cooperative Group, quer tornar onipresentes na China: os lácteos. 

Comuns nas dietas ocidentais, o creme de leite, o queijo e a manteiga são itens raramente utilizados nas cozinhas comerciais chinesas. Os exportadores de lácteos estão trabalhando para mudar isso.

A cooperativa de lácteos holandesa Royal FrieslandCampina abriu uma cozinha para treinamento em Xangai em janeiro, unindo-se à Fonterra na estratégia de ensinar os cozinheiros chineses a usar produtos à base de leite e a incorporá-los a pratos populares. Em Hong Kong, onde mais de um século de controle britânico ajudou a inspirar pratos como o arroz de forno com queijo e pães de manteiga e abacaxi, os lácteos representam cerca de 5% dos ingredientes usados nas refeições, segundo a FrieslandCampina. Se essa proporção fosse igualada, se criaria um mercado de US$ 7,5 bilhões por ano na China.

Lácteos - China 
"Podemos ver a ascensão da classe média e a abertura e o ajuste aos alimentos ocidentais", disse Batthew Pang, vice-presidente de serviços alimentícios da FrieslandCampina na China. "Não tivemos essa escala de crescimento potencial em serviços alimentícios em nenhum outro lugar."

A US$ 150 bilhões por ano, o setor de serviços alimentícios da China é o maior do mundo depois do dos EUA e o do Japão, e a culinária estilo ocidental está ganhando popularidade, disse Sally Peng, gerente de contas sênior da empresa de pesquisa NPD Group em Xangai.

A Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo, começou a treinar chefs chineses em 2015 e atualmente realiza workshops em Xangai, Pequim, Guangzhou e Chengdu para os clientes, entre os quais as redes locais de padarias Hoililand e de pizzarias Champion.

A Fonterra vendeu o equivalente a 271 milhões de litros de leite em produtos de consumo e de serviços alimentícios para a China no trimestre que terminou em 31 de outubro, um aumento de 36% em relação ao ano anterior. A margem bruta na China nas duas categorias subiu de 32% para 39%, informou a companhia em novembro. "Uma nova geração de chineses da parte continental do país passou a admirar mais a cultura ocidental - ou está mais adaptada a ela -, especialmente no que diz respeito à alimentação", disse Pang, da FrieslandCampina.

Estudos mostram que uma alta proporção de chineses é incapaz de absorver a lactose, o principal carboidrato do leite, que lhes provoca inchaço, flatulência, cólicas e náuseas. No entanto, a intolerância à lactose está se tornando um problema menor à medida que mais pessoas são expostas a produtos à base de leite desde os primeiros anos de vida, disse Pang. (As informações são do Bloomberg)
 

Crise/Uruguai
O Instituto Nacional de la Leche (Inale) aposta no crescimento do setor lácteo para superar as limitações provocadas pela crise nos últimos três anos. Um fator especial é o financiamento de longo prazo para enfrentar o elevado endividamento de mais de US$ 300 milhões. As soluções para o endividamento de curto prazo começaram com renegociações, e outros com gerenciamento. Mas, também a solução para as dívidas de longo prazo está no crescimento da produção, mediante aumento de produtividade, destacou a El Observador o presidente do Inale, Ricardo de Izaguirre. Ele destaca ações fundamentais: de um lado o aumento da produtividade das fazendas de leite com um serviço de extensão adequado em projetos de cinco anos, e, por outro lado, conseguir um financiamento de longo prazo e amortizações flexíveis. Nessas duas direções estão conseguindo avanços importantes, sustentou Izaguirre. É preciso investir no desenvolvimento de tecnologias, mas, também no tratamento de efluentes e irrigação, o que requer apoio financeiro no curto prazo. Os projetos nessas duas linhas estão avançando e devem dinamizar o setor. A cada 15 dias são realizadas reuniões com diversos atores vinculados à assistência técnica. Espera-se atingir impactos essenciais com a visita dos próprios técnicos às fazendas. No que se refere ao aspecto financeiro, é preciso analisar cada produtor individualmente. Para isso estão sendo realizadas reuniões com o Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (NIA) o Instituto Nacional de Colonização (INC), e o Instituto de Plano Agropecuário (IPA) e com a Universidad da República (Udelar). Antes foram realizadas reuniões com os industriais e com entidades dos produtores de leite. (Fonte da Notícia:El Observador - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 15 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.460

 

   Derivados do leite estarão em destaque na Expoleite/Fenasul

Os derivados do leite serão destaque na 40º Expoleite e na 17ª Fenasul, eventos que serão realizados entre os dias 24 e 28 de maio, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A escolha pelos produtos, como manteiga, queijo, iogurte e creme de leite, entre outros, foi definida em reunião realizada na terça-feira (14/3) no local. Na ocasião, foi criada uma comissão executiva, liderada pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), que ficará encarregada da organização da feira. No dia 28 de março, será realizada uma nova reunião para definir os detalhes da programação. 

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, ressalta que a ideia é trazer palestrantes da área da saúde. "Além de esclarecer dúvidas, estes profissionais vão falar sobre as indicações e os benefícios de consumir produtos lácteos", comenta.

O secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, destacou que a ampliação da temática da feira irá deixá-la mais atrativa ao público. "A nossa expectativa é grande para o evento. Estamos nos organizando entre as entidades para realizar várias atividades", adiantou o coordenador da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues.

A Expoleite/Fenasul será realizada com o apoio do Sindilat, Farsul, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil), Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocergs), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag),  Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e Federação Gaúcha de Laço. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Felipe Wizzoto

 

 
Weber comemora prorrogação de prazo para emissão de Nota Fiscal Eletrônica

Até a sexta-feira (17) será publicado um decreto estadual que prorroga o prazo de obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal Eletrônica para agricultores gaúchos. O decreto é fruto da pressão da Fetag-RS em conjunto com o deputado estadual Elton Weber, que foi informado do novo cronograma nesta manhã pelo secretário da Fazenda, Giovani Feltes.

No caso dos produtores integrados, o prazo foi prorrogado de 1º de abril para 1º de outubro deste ano. Para os demais agricultores a exigência entra em vigor em janeiro de 2019. "A medida era urgente frente a total falta de condições do produtor para emitir a Nota Fiscal por falta de um sinal decente de telefone e Internet", comemora Weber.

A nova prorrogação ocorre quase três meses após a aprovação do Projeto de Lei 34/2016 do deputado Elton Weber na Assembleia Legislativa, em 21 de dezembro. O projeto prevê o reenquadramento de produtores como microprodutores de acordo com a elevação do teto de renda anual, que subiria de 15 mil UPF´s para 25.200 UPF´s (R$ 257.161,50 para R$ 432.031,31). Com esta classificação, o produtor seria obrigado a emitir a NF-e somente a partir de 2019. 

Porém, o projeto foi vetado pelo governador José Ivo Sartori neste mês. Desde então o deputado trabalha pela derrubada do veto, previsto na pauta de votação da próxima semana da Assembleia. Weber argumenta que independentemente da prorrogação ter saído, os tetos estão muito defasados. "Eu lamento que a lei ainda não esteja em vigor, se passou um ano desde que apresentei o projeto." (Assessoria de Imprensa Deputado Elton Weber)

USDEC: Cresce exportações mundiais de lácteos; Para o México, há desaceleração

Os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostraram que os volumes de exportação de soro e leite em pó aumentaram pelo oitavo mês consecutivo, mas os dados também confirmaram um abrandamento das exportações de leite para o México, o maior mercado de exportação para os EUA. Os dados parecem confirmar de alguma forma a preocupação da indústria láctea com o potencial impacto negativo da Administração Trump retirando os EUA da Parceria Transpacífica (TPP), que inclui o México.

"Isso coloca o setor agrícola dos EUA em uma desvantagem competitiva", disse o presidente da Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF), Jim Mulhern, na época. Os envios ao México caíram 2%, para US$ 93 milhões em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado e foram o menor valor desde agosto de 2015. 

"Os dados oficiais do USDA continuam a mostrar um aumento nas exportações de leite em pó integral para o México. No entanto, acreditamos que esse volume representa vendas de leite em pó desnatado que foram mal classificadas no porto", disse o USDEC em sua análise mensal do mercado. Por outro lado, as exportações globais de leite em pó desnatado aumentaram 13% em relação há um ano, devido ao aumento das vendas para o Paquistão e para o Sudeste Asiático.

As exportações de soro de leite nos Estados Unidos registraram o crescimento mais forte, de 41.220 toneladas em janeiro de 2017, um aumento de 24% em relação ao ano passado. De acordo com o USDEC, quase metade das vendas de exportação de soro de leite foi para a China, um mercado que aumentou suas importações lácteas em 73% nos últimos oito meses. Kristi Saitama, vice-presidente de vendas de ingredientes de exportação do USDEC, escreveu em um blog recentemente que três grupos demográficos estão impulsionando a demanda por proteína de soro de leite na China, incluindo: adultos e idosos conscientes sobre questões de saúde, bebês e crianças e "entusiastas fitness da classe média".

De acordo com projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), a população demográfica com mais de 65 anos atingirá aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas em 2050 em todo o mundo, com a China representando o maior segmento desta faixa etária. Além disso, as empresas chinesas estão cada vez mais à procura de soro de leite como uma fonte principal de proteína para produtos de nutrição infantil, como fórmula infantil.

A indústria de lácteos dos Estados Unidos pressionou o Canadá várias vezes para abandonar o que chama de políticas comerciais "protecionistas" que criam incentivos para que os produtores canadenses adquiram produtos lácteos no mercado interno em vez de cumprir as regras e regulamentos estabelecidos no NAFTA. 

O USDEC descobriu que as exportações de leite fluido e creme de leite dos EUA aumentaram 12% em janeiro, mas os envios para o Canadá começaram a diminuir. Os exportadores venderam 3,11 milhões de litros para o Canadá em janeiro de 2017, contra uma média de 6,91 milhões de litros/mês no quarto trimestre de 2016 - queda de 55%. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Parmalat compra companhias de queijos no Chile

Parmalat anunciou que sua subsidiária La Vaquita Holding adquiriu algumas empresas do setor de queijos do Chile. As empresas adquiridas incluem quatro instalações de produção com cerca de 600 funcionários. O portfólio de marcas inclui, entre outros, "La Vaquita" e "Kümey". Em 2016, as empresas adquiridas geraram uma receita líquida de cerca de 95 milhões de euros (US$ 99,98 milhões). O valor das empresas adquiridas foi fixado em cerca de 100 milhões de euros (US$ 105,25 milhões) e a aquisição foi totalmente financiada pelo grupo com recursos próprios. A Parmalat disse que o acordo reforça sua presença na América do Sul, expandindo-se geograficamente em um país onde opera através de um contrato de licenciamento. A La Vaquita, que tem quatro fábricas no Chile, também inclui as marcas Mulpulmo, Président e Santa Sara, e produz uma variedade de queijos, cream cheese e manteiga. (Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 
Bando ANZ: cresce a oferta global de leite
A oferta global de leite voltou a aumentar graças a condições de produção favoráveis no Hemisfério Norte, avaliou nesta terça-feira, dia 14, o banco ANZ. Para a instituição, a produção na Nova Zelândia deverá superar as expectativas na atual temporada, enquanto os estoques europeus tendem a ser maiores. O banco, contudo, diz que essa maior disponibilidade internacional não significará necessariamente pressão sobre os preços. Isso porque os requerimentos de importação na China podem crescer de 10% a 20% em 2017. Caso isso se confirme, os valores do leite em pó poderão se sustentar acima de US$ 2.800 por tonelada. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

 

Porto Alegre, 14 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.459

 

  NOTA OFICIAL

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) vem a público manifestar-se sobre a 12º fase da Operação Leite Compensado deflagrada nesta terça-feira (14/3) nas cidades de Nova Araçá, Casca, Marau, Estrela e Travesseiro.

O Sindilat repudia qualquer tipo de adulteração no leite e defende, assim como seus associados, uma postura ética e respeitosa perante os consumidores.  Desta forma, o sindicato apoia integralmente a operação deflagrada pelo Ministério Público do RS, Ministério da Agricultura, Receita Estadual e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) no intuito de assegurar a qualidade dos produtos lácteos produzidos em todos os municípios do Estado do Rio Grande do Sul.

O Sindilat recomenda aos consumidores que continuem buscando marcas de sua confiança. A ação de supostos malfeitores no setor, além de por em risco a saúde dos consumidores, impõe uma concorrência desleal ao mercado e às centenas de laticínios que atuam com alto rigor e controle de qualidade, comprometidos com a sanidade e integridade dos alimentos que fabricam.  

Os laticínios também entendem que, com a implementação completa da Lei do Leite, fraudes deverão ser ainda mais coibidas. O Sindilat vem trabalhando com afinco na legislação e operacionalização dos regramentos propostos e defende medidas que evitem que cargas rejeitadas por uma empresa possam chegar a outras. 

O Rio Grande do Sul é o estado da federação onde a produção láctea é a mais fiscalizada no país. É importante ressaltar que o leite e seus derivados são alimentos de alto valor nutricional e utilizados na alimentação de milhares de pessoas. Qualquer ação de adulteração deve ser vista como um ato de agressão à saúde humana e punida com o rigor da lei.

Sem mais no momento,

 
Alexandre Guerra
Presidente do Sindilat/RS

Porto Alegre, 14 de março de 2017

 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 14 de Março de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2017 é de R$ 2,3111/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 
 
França busca alianças estratégicas para expandir setor lácteo; Brasil também é alvo
A França, um país que é do tamanho do Estado de Minas Gerais, produz 1,9 milhão de toneladas de 1,2 mil tipos de queijo por ano. Não há uma única região na qual a atividade queijeira não faça parte da cultura e da economia local. 

O brie, de pasta mole e crosta branca, é produzido na região de Seine-et-Marne. Já o comté, um dos mais populares, é produzido nas montanhas da Franche-Comté, na região do Jura, por pequenas cooperativas conhecidas como fruitières. Na categoria dos queijos de cheiro forte está o maroilles, da região de Picardie. Mas os que fazem mesmo sucesso, em matéria de produto gourmet, são os da Normandia. 

Três são considerados pelos mestres queijeiros de todo o mundo como soberbos: o camembert, o livarot e o pont-l'êveque. O camembert, por exemplo, uma criação da época da Revolução Francesa, no final dos anos de 1790, é feito de leite cru. Não por acaso, o queijo conta a história da França e ajuda a economia do país a movimentar € 26 bilhões por ano, principalmente no mercado interno. Agora, os produtores franceses e a sua indústria de lácteos querem aumentar a presença no Brasil. "Com certeza, vamos ter mais queijos franceses na mesa dos brasileiros. Isso é bastante claro para nós", diz Laurent Damiens, 52 anos, diretor de marketing do Centro Nacional Interprofissional de Economia Leiteira (CNIEL), organismo fundado nos anos 1970, que reúne federações de produtores, cooperativas de laticínios e indústrias daquele país.

Damiens esteve no Brasil com uma missão de executivos franceses. Ele se reuniu com importadores e participou do Bonjour French Food em São Paulo, evento que vem sendo realizado em alguns países, entre eles Japão e Austrália, com o objetivo de apresentar o agronegócio francês. De acordo com Michel Bianchi, consul geral da França em São Paulo, o Brasil faz parte de um bloco de países nos quais a expectativa é de expansão do comércio. 

"Hoje, das ações dos organismos de comércio exterior, cerca 40% se concentram na América Latina, como México, Cuba, Argentina e Brasil". No entanto, o País ainda importa pouquíssimos produtos lácteos franceses. Na última década, as compras variaram entre 1,6 mil toneladas por ano a 1,9 mil toneladas. Para os Estados Unidos, a França vende 25 mil toneladas de 400 tipos. No caso das importações brasileiras, a exceção foi 2013, ano em que o País importou 3,4 mil toneladas, por US$ 20,5 milhões. 

Aumentar a presença no mundo também é uma questão de sobrevivência para os produtores de leite da França e faz parte da estratégia de negócios dessa cadeia produtiva. Isso porque atualmente o país produz mais do que consome e está se preparando para produzir muito mais nos próximos anos. A meta do setor é chegar em 2020 processando anualmente até 27 bilhões de litros de leite de vaca. Atualmente são 24,5 bilhões de litros por ano. O volume extra, de cerca de três bilhões, devem ser dedicados exclusivamente à exportação.

A cadeia leiteira na França passou por uma radical transformação nas últimas duas décadas, baseada na concentração em todos os setores. De 150 mil produtores daquela época, hoje há 67 mil. Porém, o número de vacas leiteiras permanece praticamente inalterado: 3,7 milhões, principalmente das raças holandesa, montbéliarde e normanda. "Antes, a média era de 25 vacas por produtor, agora é de 55 vacas", diz Damiens. "Em dez anos, 35 mil produtores passaram a ter 100 vacas ou mais." A produção média anual tem sido de 370 mil litros por fazenda.

Além da concentração, nos últimos cinco anos, as fazendas francesas investiram € 4 bilhões para se modernizar, principalmente em instalações visando o conforto e o bem estar dos animais. De acordo com Damiens, isso é reflexo de uma nova geração de pecuaristas que estão indo para o campo. "Temos como certo que 90% dos produtores que deixaram o leite por se aposentarem, os filhos não herdaram a atividade", diz ele. "Hoje, quem está indo para o campo produzir leite são profissionais da cidade em busca de qualidade de vida, como administradores, publicitários, advogados, com uma super formação e que pensam em economia de escala."

A contrapartida de alianças que visam a venda de produtos lácteos processados tem um motivo. A indústria francesa do setor também tem passado por transformações profundas. Isso porque, com a globalização, o modelo americano de negócio repercutiu em todas as economias do mundo. Em paralelo à concentração de fazendas houve também uma concentração da indústria de lácteos. Até o final dos anos 1990, havia cerca de mil indústrias, hoje há 300 empresas operando 650 fábricas no país. Entre elas estão cinco grandes grupos mundiais: Lactalis, que chegou ao Brasil em 2013, e Danone, no País desde os anos 1970, além de Bel, Savencia e Sodiaal.

A pesquisa é um dos pilares dessas gigantes. Somente a Lactalis, por exemplo, possui uma equipe 200 engenheiros em seus laboratórios franceses. De acordo com Damiens, a concentração no setor gerou uma maior competitividade no segmento. "O setor de laticínios é onde tem ocorrido uma maior variedade de novos produtos no mundo inteiro e a França não fugiu à regra", afirma ele. "No ano de 2014, por exemplo, chegamos a lançar no mercado cerca de 450 novas variedades de queijos, entre eles os aromatizados, por exemplo."

Mas, em um segmento de negócios maduros como é o de queijos, o país mantém intactas algumas diretrizes que estão mais para a tradição que para os modismos. Como os produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP), um selo de qualidade regulamentado pela União Europeia nos anos 1990. Hoje, do total de 186 laticínios com o selo, 50 estão na França: 45 para queijos, três para manteiga e dois para creme de leite. "Esses produtos são ainda mais refinados", diz Damiens. "Podemos trazer ao Brasil o que os brasileiros quiserem." 

A França exporta lácteos para cerca de 140 países. Mas, de acordo com René Quirin, conselheiro agrícola do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Desenvolvimento Internacional, poderia ser mais. "Exportamos € 9,6 bilhões em lácteos, como queijos, creme e nata. Os queijos representam € 4,2 bilhões da receita", afirma Quirin. "Podemos exportar mais porque temos qualidade sanitária e rastreabilidade em toda a cadeia." Em volume, a França exportou 671,8 mil toneladas de queijos em 2015.

No segmento dos lácteos, a expansão das vendas externas ganhou impulso nos últimos 15 anos, muito em função de programas oficiais do governo para incrementar o comércio internacional. Além dos Estados Unidos, que é o maior cliente fora da Europa, os franceses vendem dez mil toneladas somente para o Japão. O maior atrativo dos queijos franceses é justamente a variedade. Só para comparação, a Itália possui cerca de 650 tipos, quase a metade da França. A Espanha possui 450 tipos. Além dos queijos, a França possui outros produtos, como manteiga, creme de leite, leite em pó, leite fluído, iogurte e sobremesas à base de leite. Eles ajudam a engordar o volume das exportações de 1,6 milhão de toneladas, mas ainda restritas aos países europeus.

Benoit Trivulce, consul comercial do governo francês para a América Latina, diz que o seu país está aberto ao mundo. "Estamos em busca de alianças estratégicas em pesquisa, segurança alimentar e também ao comércio", afirma Trivulce. "Na última década, o Brasil se tornou um país estratégico não apenas para os lácteos franceses", diz ele. "Nós temos uma variedade de produtos que vão dos tradicionais vinhos a frutas frescas, como maçã, damasco e kiwi." 

Trivulce é um dos encarregados do governo em encontrar lugar no mundo para os produtos franceses, em troca de parcerias. As exportações do agronegócio francês chegaram a € 63 bilhões em 2015, dos quais 67% foram para os países da própria Europa. "Acreditamos no Brasil porque o País teve dois anos de turbulências econômicas e políticas e no entanto continua muito forte na agroindústria e pujante como mercado consumidor", diz Trivulce. "A França pode servir ao Brasil de plataforma para acessar mercados na própria União Europeia, região com um potencial de 160 milhões de consumidores de produtos sofisticados, como por exemplo peças de couro. Ou mesmo acessar outros mercados, como o continente africano." (As informações são do Dinheiro Rural)

 

 
Conaprole aumenta preço do leite aos produtores no Uruguai
A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) subiu em 50 centavos de peso (1,74 centavos de dólar) por litro o valor do leite pago aos produtores pelo produto enviado durante o mês de fevereiro. Dessa forma, o preço desse período foi de $ 9,80 (US$ 0,34) por litro, informou o diretor da cooperativa, José Alpuin. Esse valor é para leite com 3,83% de gordura e 3,30% de proteína. Uma boa contribuição é feita através do preço quando o produtor enfrenta pesadas despesas preparando reservas de forragem para o próximo outono e inverno. Além disso, as captações de leite em fevereiro passado caíram em média 4% em relação ao mesmo período de 2016. A queda deveu-se principalmente ao forte declínio nos últimos 10 dias do mês devido às temperaturas muito elevadas que afetaram a produção das vacas. 
Em 09/03/17 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03493
27,8471 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 13 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.458

 

Curso vai capacitar técnicos municipais em boas práticas no leite

Para aperfeiçoar a qualidade do leite e aumentar a produção, é necessário que técnicos e responsáveis por garantir a sanidade em laticínios e em postos de resfriamento de leite atendam a legislação nacional e estadual. Pensando nisso, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) promove, nos dias 3 e 4 de abril, curso de capacitação em Boas Práticas de Fabricação. Será das 9h às 17h, na sede da entidade. A consultora de qualidade e médica veterinária, Letícia Cappiello, será a ministrante do curso. 

Na primeira etapa de capacitação, serão apresentadas a Instrução Normativa 62, de 2011, do Ministério da Agricultura, e a Lei 14.835/2016, da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, a chamada "Lei do Leite". Em seguida, Letícia irá descrever os programas de autocontrole e orientará os participantes sobre os procedimentos operacionais obrigatórios nas empresas. Por último, explicará como funciona o programa de coleta à granel e a implantação de controles no transporte de matéria-prima aplicados no Estado. No total, são 14 horas/aula. Durante o treinamento, serão utilizados exemplos das situações vivenciadas diariamente nos laticínios e experiências apresentadas pelos participantes. Maiores informações diretamente na FAMURS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  

 
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 10 de março de 2017, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de fevereiro de 2017 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de março de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)
 
  

Presidente da Languiru fala da cadeia leiteira em reunião de lideranças do Sindicato de Trabalhadores Rurais

  

 Créditos: Leandro Augusto Hamester

No início do mês de março o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia/Westfália (STR) realizou Encontro do Conselho de Lideranças da entidade em sua sede, no Bairro Languiru. Na primeira reunião de 2017, representantes da Secretaria da Saúde de Teutônia falaram de campanha de vacinação contra a febre amarela, com foco no trabalho de prevenção; o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, palestrou sobre perspectivas do setor lácteo gaúcho para os próximos meses; e profissionais abordaram questões relacionadas à produtividade do milho e ao Programa Troca-Troca/RS.
"Este encontro é um momento muito importante, que sempre aborda temas relevantes e de interesse dos produtores rurais, além de apresentar algumas das ações desenvolvidas e planejadas pelo Sindicato. É fundamental o envolvimento das nossas lideranças comunitárias", destacou a presidente do STR, Liane Brackmann, reafirmando a importância da palestra de Bayer. "A produção leiteira é muito representativa e a grande maioria dos nossos associados, assim como dos associados da Languiru, é de produtores de leite."

Tradição e desenvolvimento
O presidente da Languiru, Dirceu Bayer, palestrou sobre o tema "Tradição e desenvolvimento da atividade leiteira na região", considerando que o Vale do Taquari é uma das principais bacias leiteiras do Estado. "Contamos com boas condições para produzir, principalmente em se falando do clima e da água. No entanto, há pontos em que precisamos evoluir. Uma de nossas maiores dificuldades está relacionada à escassez de mão de obra, o que encarece o custo de produção", disse.
Para ele, o trabalho de orientação e assistência técnica aos produtores é fundamental. "Deve haver esta troca constante de experiências e de aprendizado, atendendo às exigências de qualidade e de legislação. Nesse contexto, o trabalho desenvolvido pelo Departamento Técnico da Languiru e pela equipe do Sindicato é muito importante, buscando constantemente o envolvimento e a aproximação com os produtores rurais", enumerou.
Bayer ainda falou dos benefícios para a saúde do consumo de leite e dos volumes mundiais de produção e consumo. "O Brasil possui 1,3 milhão de produtores de leite e o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor, atrás apenas de Minas Gerais. A tendência para os próximos anos é de um aumento mundial da produção de leite. Países em desenvolvimento oferecem condições climáticas favoráveis para a atividade, permitindo o pastoreio dos animais na maior parte do ano, diminuindo os custos de alimentação, de mão de obra e de capital empregado", explicou.

Importação
O presidente se disse preocupado com os volumes de importação de leite em pó de países vizinhos, como Argentina e Uruguai. "A importação de leite em pó para o Brasil duplicou de 2015 para 2016. Por outro lado, as exportações brasileiras são, em geral, pouco competitivas, dependendo da situação do mercado externo. Paralelamente a isso, o forte aumento de produção no país levou à plena disponibilidade de leite, enfraquecendo preços de leite cru ao produtor e também no atacado e no varejo", lamentou Bayer, sugerindo que é necessário unir esforços diante dessa situação. "A redução de impostos para quem importa e a queda na cotação do Dólar facilitam a entrada de leite em pó estrangeiro no Brasil, o que prejudica muito a cadeia leiteira local. Importante esclarecer que não somos contra a importação, até pelo fato de que o Brasil precisa de relações comerciais internacionais, mas que essa comercialização seja em volumes que não tragam problemas aos produtores e à indústria brasileira. O associativismo é a única saída para a sustentabilidade dos pequenos produtores", afirmou, apresentando indicadores da disparidade dessa balança comercial: em 2016, o Brasil importou 241,1 milhões de quilos de leite em pó, diante de apenas 56 milhões de quilos exportados, diferença superior a 185 milhões de quilos.

Sobre perspectivas financeiras para o setor, Bayer adiantou que os preços que chegaram a ser pagos em 2016 não retornam mais, apesar da expectativa de melhora. "O que mais pode beneficiar a rentabilidade da cadeia leiteira é a redução do custo de produção. Porém, um grande problema é a ociosidade nas plantas industriais pela falta de matéria-prima. Hoje, a ociosidade da capacidade industrial instalada no Rio Grande do Sul chega a 30%, sendo que, num cenário ideal, esse índice deveria ser de, no máximo, 15%. De fato, o ano de 2016 foi muito difícil, mas estamos fazendo o melhor pela Languiru e pelos nossos associados", concluiu o presidente. (Assessoria de Imprensa Languiru)

Iogurte pode contribuir com o tratamento da depressão, diz pesquisa dos EUA

Pessoas com depressão poderão em breve ter um novo e inusitado aliado na luta contra a doença: o iogurte. Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, mostrou que os lactobacilos, bactéria probiótica encontrada no iogurte, regulam o nível de um metabólico chamado kynurenine, cujo aumento está associado à depressão.

iogurte - depressão - pesquisa

Tratamento natural
De acordo com os autores, a descoberta mostra que o aprofundamento na compreensão do microbioma intestinal pode nos permitir tratar a saúde mental naturalmente, eliminando as drogas tóxicas. "A grande esperança para este tipo de pesquisa é que não precisaremos nos preocupar com drogas complexas e efeitos colaterais quando podemos apenas lidar com o microbioma. Seria mágico apenas mudar sua dieta, mudar as bactérias que você ingere, e consertar sua saúde - e seu humor.", disse Alban Gaultier, coordenador do estudo.

Bactérias aliadas da saúde
Seu experimento mostrou que quando ratos foram submetidos ao estresse - um dos fatores de risco da depressão - a única alteração na composição do microbioma intestinal foi a perda de lactobacilos, seguida pelo aumento do níveis de kynurenine no sangue e do aparecimento de sintomas de depressão. Por outro lado, o simples fato de inserir a bactéria em sua alimentação fez os sintomas praticamente desaparecerem.

"Uma única cepa de lactobacilos já é capaz de influenciar o humor. Essa é a mudança mais consistente que nós observamos em diferentes experimentos e diferentes configurações que chamamos perfis de microbioma. Vimos que os níveis de lactobacilos se correlacionam diretamente com o comportamento desses camundongos", explicou Ioana Marin, coautora do estudo.

Com base nas novas descobertas, Gaultier planeja começar a estudar se o efeito também acontece em humanos. Promissoramente, as mesmas substâncias biológicas e mecanismos pelos quais os lactobacilos afetam o humor de camundongos também são vistos em seres humanos, sugerindo que o efeito pode ser o mesmo.

Tratamento complementar
Entretanto, os pesquisadores ressaltam que o iogurte ainda não deve ser visto como um tratamento único. Embora não haja mal em pessoas com depressão comerem iogurte, em hipótese alguma elas devem parar o tratamento sem consultar seus médicos. (As informações são da VEJA)

 

 
Faturamento com a exportação com lácteos aumentou 45% no primeiro bimestre
O faturamento com exportações de produtos lácteos nos dois primeiros meses deste ano aumentou, em dólares 45%, alcançando US$ 89 milhões, contra os US$ 61 milhões em igual período de 2016. A elevação se explica com a melhora nas cotações dos produtos exportados, informou o Instituo Nacional de la Leche (Inale). As exportações de leite em pó foram superiores, embora as de queijo tenham caído levemente, enquanto houve queda nas vendas de manteiga, em relação ao primeiro bimestre de 2016. As receitas com leite em pó integral aumentaram 59%, graças ao aumento de 18% em volume, e de 34% nos preços. Já as divisas com leite em pó desnatado cresceram 57%, com elevação de 31% nos volumes vendidos, enquanto o preço médio foi reajustado em 20%. O faturamento de queijos aumentou 17%, mas caiu 3% em volume que foi compensado pelos 21% de aumento nos preços. Finalmente, o faturamento com manteiga subiu 19%, mas em volume caiu em igual percentual, embora o preço tenha subido 47%, na comperação inter-anual. Os preços de exportação de fevereiro melhoraram em relação aos de janeiro para queijos, 8%; manteiga, 4%; e leite em pó integral 1%. Os preços de leite em pó desnatado caíram 3%. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)