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17/11/2017

Porto Alegre, 17 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.623

 

  Edital - Eleições Sindicais 

Edital publicado no Jornal Correio do Povo, no dia 17/11/2017, sexta-feira, página 18. CLIQUE AQUI para abrir o arquivo. (Correio do Povo/Sindilat)

A OMS publica um guia para prevenir a propagação da resistência antimicrobiana

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as actividades de agro-pecuária, piscícola e alimentar deixem de utilizar sistematicamente antibióticos para estimular o crescimento e prevenir doenças em animais saudáveis.

As novas recomendações da OMS têm como finalidade preservar a eficácia dos antibióticos importantes para a medicina humana reduzindo o seu uso desnecessário nos animais. Nalguns países, aproximadamente 80% do consumo total de antibióticos de importância médica dá-se no sector animal, principalmente para estimular o crescimento em animais saudáveis.


O abuso e o uso indevido de antibióticos em animais e em humanos estão a contribuir para o aumento da ameaça que representa a resistência aos antimicrobianos. Alguns tipos de bactérias causadoras de infecções humanas graves já são resistentes à maioria ou à totalidade dos tratamentos disponíveis, e há muito poucas alternativas prometedoras em fase de investigação.

Numa revisão sistemática publicada no The Lancet Planetary Health conclui-se que as intervenções que restringem o uso de antibióticos em animais destinados à produção de alimentos reduzem as bactérias resistentes aos antibióticos nestes animais até 39%. Esta investigação serviu de base, directamente, para produzir as novas directrizes da OMS.


A OMS recomenda firmemente uma redução geral do uso de todas as classes de antibióticos de importância médica nos animais destinados à produção de alimentos, incluindo a restrição completa destes fármacos para estimular o crescimento e prevenir doenças sem diagnóstico prévio. Só se deverá administrar antibióticos a animais saudáveis para prevenir uma doença se esta foi diagnosticada noutros animais do mesmo efectivo ou da mesma população de peixes.

Sempre que seja possível, devem-se realizar análises aos animais doentes para determinar o antibiótico mais eficaz para tratar, de maneira prudente, a sua infecção específica. Os antibióticos utilizados em animais deverão eleger-se de entre os que, de acordo com a OMS, são «de menor importância» para a saúde humana, e não de entre os classificados como «de importância crítica e de máxima prioridade». Estes antibióticos costumam ser o tratamento de último recurso ou fazem parte de uma série limitada de tratamentos dos que se dispõe para tratar infecções bacterianas graves em humanos.

Muitos países já adoptaram medidas para reduzir o uso de antibióticos em animais destinados à produção de alimentos. Por exemplo, em 2006 a União Europeia proibiu o uso de antibióticos para estimular o crescimento. Os consumidores também estão a impulsionar a procura de carne produzida sem o uso sistemático de antibióticos, pelo que algumas importantes cadeias alimentares estão a adoptar a política de «ausência de antibióticos» para a compra de carne. CLIQUE AQUI para acessar a versão em inglês. (http://www.who.int)


Recuperação da produção de leite na China deve conter importações em 2018

A China verá "importações restritas" tanto de leite em pó desnatado quanto de leite em pó integral em 2018, com as compras diminuídas por uma recuperação da produção leiteira do país, reforçada pela modernização da indústria.

A agência de Pequim do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em sua primeira previsão para oferta e demanda de produtos lácteos da China do ano que vem - visto como uma influência fundamental nos preços mundiais - previu que a produção de leite será de 36,5 milhões de toneladas, um aumento de 2,8% com relação ao ano anterior.

O aumento, bem acima da previsão de 1,5% do Rabobank, recuperaria cerca de metade do mercado perdido durante o declínio da produção em 2016 e 2017. E isso reflete, além de uma queda nos custos de silagem de milho, melhorias na produtividade incentivadas pela genética aprimorada e pela melhora das práticas de criação, o que deverá manter a melhora da produção de leite no país. "A China continuará vendo uma maior produção como resultado de investimentos de longo prazo na genética de gado leiteiro e da consolidação e modernização das instalações lácteas", disse a agência.

No entanto, o aumento da produção deverá afetar a demanda de importação de produtos lácteos da China, com a agência dizendo que o "aumento da produção doméstica irá restringir as importações, encerrando uma tendência de crescimento de importações de vários anos".

De fato, as importações de leite em pó integral deverão aumentar em 50.000 toneladas, para 500.000 toneladas, sustentadas pela preferência dos consumidores por produtos estrangeiros, após uma série de escândalos no início desta década pela contaminação do produto doméstico. "Os produtos de leite em pó integral importados continuam sendo vistos pelos consumidores chineses como sendo mais seguros e mais confiáveis. Eles também têm um prazo de validade de mais de dois anos - geralmente o dobro dos produtos chineses similares".

No entanto, as compras de leite em pó integral - dos quais a China é o principal importador, consumidor e produtor - permanecerão bem abaixo do recorde de 671 mil toneladas de 2014, devido ao armazenamento em meio aos medos relacionados ao aumento dos preços. E as importações chinesas de leite fresco cairão para o menor volume em três anos, de 520 mil toneladas. Enquanto isso, as importações de leite em pó desnatado cairão em 25.000 toneladas para o menor volume em três anos, de 200.000 toneladas, informou a agência, prevendo uma recuperação nos preços relativos dos do leite em pó integral.

"A indústria relata que os fabricantes de produtos lácteos chineses usaram relativamente mais leite em pó desnatado para substituir o leite em pó integral, porque os preços do leite em pó desnatado eram baixos o suficiente para compensar a diferença de qualidade. No entanto, à medida que o preço leite em pó desnatado se recupera em 2018, as importações e o uso provavelmente diminuirão para os níveis anteriores".

Na verdade, os preços do leite em pó desnatado aumentaram no último leilão GlobalDairyTrade, na semana passada, mostrando crescimento de 1,2%, em comparação com uma redução de 5,5% do leite em pó integral. "Isso foi uma surpresa, porque a Fonterra aumentou o volume de suas ofertas de leite em pó desnatado nos próximos 12 meses, uma indicação de amplas ofertas", disse o Conselho de Produtores de Leite dos EUA. (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preços/AR
A capacidade de pagamento das grandes indústrias de laticínios se encontra em níveis elevados em relação ao valor médio do leite pago aos produtores, enquanto que nas pequenas, a situação é inversa. O "valor de referência de demanda" em setembro passado - último dado disponível - de grandes indústrias (praticamente as que integral o CIL - Centro das Indústrias de Laticínios) foi de 6,51 pesos/litro, [R$ 1,22/litro], enquanto o "preço básico" médio recebido pelos produtores de leite foi de 5,70 pesos/litro, [R$ 1,07/litro], segundo cálculos realizados pelo Instituto Argentino de Professores Universitários de Custos (IAPUC), junto com o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA). As pequenas indústrias - Pymes lácteas (que operam com a distribuição regional e estão associadas, em sua maioria à Apymel), o valor de referência em setembro foi de 5,45 pesos/litro, [R$ 1,02/litro], ou seja, ficou abaixo do preço médio pago aos produtores de leite. O "valor de referência de demanda" expressa a capacidade de pagamento pelo litro de leite cru pela indústria em condições normais de operação e para uma situação de "nivelamento" dos resultados da empresa, sem margem de renda nenhuma (lucro zero). A alta capacidade de pagamento que detém as grandes indústrias de laticínios se reflete nos últimos balanços apresentados pelas duas principais empresas que processam atualmente, o maior volume de leite no mercado argentino. Nos primeiros nove meses de 2017 a Mastellone Hnos (La Serenísima) divulgou lucro de 303 milhões de pesos versus 96 milhões de pesos no mesmo período de 2016. É preciso lembrar que entre janeiro e setembro de 2015 e 2014 havia registrado prejuízos de 265 e 308 milhões de pesos, respectivamente. Enquanto isso, a canadense Saputo, em seu último balanço - também com dados de 30 de setembro passado - informou que "as vendas da divisão argentina aumentaram graças às maiores vendas, tanto no mercado interno como externo". (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

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