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24/11/2017

Porto Alegre, 24 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.628

 

  MDS anuncia R$17 milhões

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) anunciou que investirá R$ 17 milhões na compra de leite em pó de cooperativas de agricultores familiares. O valor é suficiente para a aquisi- ção de pouco mais de mil toneladas - o setor havia solicitado a compra governamental de 50 mil toneladas, no país. Mesmo considerando baixo o investimento, as entidades ligadas à cadeia leiteira esperam que esta seja a primeira iniciativa de outras que virão na sequência para tentar regular o mercado de lácteos, prejudicado pela alta oferta e queda da demanda. De acordo com o MDS, a aquisição será feita ainda neste ano, por meio da modalidade Compra Direta do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). 

O preço de referência do quilo do leite em pó para a Região Sul, segundo a Conab, é de R$ 11,99. No entanto, aguarda-se a publicação no Diário Oficial da União (DOU) do valor reajustado em R$ 13,94, cotação que vinha sendo reivindicada pelo setor. A Conab, que será responsável por operacionalizar a compra, diz que ainda não recebeu a liberação de recursos para esta finalidade e, portanto, não há defini- ção sobre quando abrirá o prazo para as cooperativas interessadas se inscreverem. Paraovice-presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro/RS), Darci Hartmann, qualquer medida que ajude o mercado a se reequilibrar é bem-vinda. "No ano passado, por conta dos preços maiores pagos pelo leite, o produtor investiu na propriedade e conseguiu produzir mais neste ano. Por outro lado, o consumo não reagiu", comenta. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, também avalia como importante a iniciativa do governo, mas espera que não seja a única. "Esta primeira aquisição contribui, desde que tenha continuidade até que se chegue ao volume solicitado pelo setor", reivindica. (Correio do Povo)

Lácteos/NZ 

Já faz quase 3 semanas que grande parte de Canterbury não tem chuva significativa, e o verde da primavera está sumindo. Waikato e a Ilha Norte também são bacias leiteiras a espera de chuva, e a orientação é planejar o verão. Evitar sobrecarregar as pastagens com o uso de silagem, e as brássicas de verão. Fazer leves aplicações de Nitrogênio nesse período. A estação de monta segue bem, com acompanhamento rigoroso dos veterinários. Crescem as preocupações com a fraqueza do mercado de laticínios e os números da produção nacional para outubro revelaram crescimento de 2,9% em relação ao ano passado. Dada a fraqueza atual do mercado de leite em pó, os analistas estão preocupados com leite extra, que vai pressionar ainda os preços, embora o mercado de futuros de produtos lácteos tenha apresentado alguma recuperação na semana passada. Mas, a apreensão aumentou depois dos resultados do último leilão, com a queda nas cotações do leite em pó desnatado, junto com o péssimo resultado da manteiga e do queijo, indicando que um corte na previsão para o ano parece inevitável. 

A moeda fraca está ajudando, mas, os economistas da ANZ parecem ter certeza de que a Fonterra irá reduzir para NZ$ 6,25/kgMS, [R$ 1,02/litro], o preço ao produtor em dezembro, e até a otimista equipe do ASB cortou 25 centavos em suas previsões, passando para NZ$ 6,50/kgMS, ]R$ 1,10/litro]. A A2 Milk parece estar resistindo bem à tempestade com seu produto diferenciado, e divulgaram a duplicação dos lucros e crescimento do valor agregado. As notícias são de que a produção de leite chinesa recuperou, e isto pode limitar as exportações da Nova Zelândia em 2018. Mais notícias negativas acerca do surto de micoplasma, e outras 1.000 vacas terão que ser abatidas, enquanto os funcionários do Ministério do Interior (MPI) se esforçam para isolar a doença e erradicar a fonte de contaminação. Vinte e três fazendas foram detectadas com foco da doença, e são submetidas a testes extensivos, controles de movimento, e rigor nas cercas para impedir que a infecção se espalhe. 

Os pequenos processadores de leite estão anunciando o sucesso dos esquemas de incentivo, e seus fornecedores estão respondendo bem às bonificações, para melhorar a qualidade dos seus produtos. A Dairy NZ lançou uma nova estratégia para o setor que tem por objetivo informar às comunidades sobre a abordagem das questões ambientais, de bem-estar animal, e cuidados com as emissões de gás, de uma forma transparente e aberta. A Fonterra introduziu o plano de chegar a emissões zero até 2050 e reduziu o uso de carvão, mas, alguns observadores criticaram os baixos parâmetros da gigante de produtos lácteos, para limitar futuras penalidades monetárias. (interes.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)

Milho

As exportações de milho do Brasil atingiram 2,21 milhões de toneladas até a terceira semana de novembro, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Na média diária, foi embarcado 201,07 mil toneladas neste período. 

O volume exportado diminuiu 16% frente a média diária de outubro deste ano, mas continua recorde quando comparado com o mesmo período de 2016. De novembro de 2017 a novembro do ano anterior, os embarques subiram 318%. Com a colheita do milho 2017/2018 na reta final nos Estados Unidos e maior disponibilidade, os preços do cereal norte-americano caíram, aumentando a concorrência com o Brasil no mercado internacional. Caso os embarques continuem neste ritmo, a estimativa é de que o Brasil exporte um volume próximo de 4,02 milhões de toneladas no acumulado de novembro. A boa movimentação para exportação nos últimos meses tem ajudado na sustentação dos preços do cereal grão no mercado brasileiro. Entretanto, a boa disponibilidade interna deverá limitar as altas de preços do milho em 2018. (Canal Rural)

 

SP: depois de subir por mais de um mês, preço do leite UHT recua, diz Cepea
Após cinco semanas consecutivas em alta, as cotações do leite UHT negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo registraram leve queda de 0,79% na comparação entre a semana de 13 a 17 de novembro e a anterior, com preço médio de R$ 2,11/litro. Já os preços do queijo muçarela permaneceram estáveis na mesma comparação, com média de R$ 14,06/kg. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário está atrelado à dificuldade de venda e ao elevado volume de leite disponível, que seguem impedindo repasses de preços, forçando vendedores a negociar seus produtos a valores menores. (Fonte: Cepea)

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