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22/11/2017

Porto Alegre, 22 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.626

 

Embrapa realiza workshop sobre aprimoramento na produção

 

A Embrapa Clima Temperado promove, no dia 30 de novembro, o workshop "Inovações para o futuro do leite", no auditório da Embrapa Trigo, em Passo Fundo. O objetivo do evento é apresentar as novas tecnologias usadas pela instituição para aprimorar a produção de leite e discutir demandas e perspectivas da indústria e dos produtores. Segundo a pesquisadora de Qualidade do Leite e LINA da Embrapa Clima Temperado, Maira Zanella, o workshop tem o intuito de "discutir com a cadeia produtiva as ações no setor, buscando alinhá-las". A Embrapa, continua ela, quer ser vista como uma apoiadora do segmento. A pesquisadora também falou sobre a mudança do evento para Passo Fundo. "Já tivemos eventos na zona Sul do estado, e é a primeira vez que fazemos em outra importante região produtora. É importante para acompanhar e discutir com os produtores locais", concluiu.

A expectativa é que mais de cem pessoas participem dos quatro painéis, que discutirão a situação dos produtores de leite, os dados de desistência na atividade, apresentação das inovações da Embrapa e a expectativa do setor lácteo. O evento já tem confirmada a presença do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. De acordo com o executivo, encontros como este, e como o Fórum Itinerante do Leite, realizado esta semana, são essenciais para difundir conhecimentos e incentivar o desenvolvimento de tambos e empresas.

As inscrições para o workshop já estão abertas e podem ser feitas por meio do site https://www.embrapa.br/clima-temperado (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Dados/AR - Porque um Big Data seria chave para a indústria de laticínios?

O setor lácteo tem sido fortemente afetado por inundações, principalmente na província de Buenos Aires, Santa Fe e Sul de Córdoba, que por sua vez, continua com dificuldades econômicas, com preços abaixo dos custos.  Segundo a Subsecretaria de Lácteos do Ministério da Agroindústria, o produtor de leite recebeu 5,61 pesos/litro de leite e, de acordo com o último boletim de Indicadores de Preços da Fundação Agropecuária para o Desenvolvimento da Argentina (FADA), o produtor perde 2 centavos por cada litro de leite que vende, e deve vender 3,6 litros de leite para comprar o um vendido no supermercado, que tem o preço médio de 20,3 pesos. Diante desta situação complicada, é bom lembrar que crise é também oportunidade, de acordo com o ideograma chinês. Perigo pelo destino das fazendas de leite e do setor lácteo, depois de vários anos desafiadores, mas, oportunidade, para repensar a atividade.

Da crise para a oportunidade
Neste contexto, vale a pena lembrar da palestra proferida pelo pesquisador argentino, Nicolás, Lyons, coordenador de Desenvolvimento de Sistemas de Ordenha Automática no Departamento de Indústrias Primárias da província de New South Wales (Austrália), sobre o Big Data para o agro, durante a CREATech. Cada vez tem que produzir mais, com menos, garantir segurança alimentar, minimizar perdas, atrair e conservar mão de obra, o consumidor demanda muito mais do que antes e a pergunta é porque quem o produtor faz o que faz. Estima-se que no setor lácteo, 80% dos dados que se juntam não são usados nem pelo produtor, nem pelos técnicos, nem pela cadeia de valor. Muitos dados e pouca informação. Os especialistas da AGTech destacam que faz falta uma integração público-privada, e retirar das fazendas os dados coletados pelos produtores para serem utilizados no resto da cadeia. O produtor diz que tem problemas de qualidade do leite, reprodução, custos e vendas, e falam sobre gerenciamento, cor, LDH, podômetros e atividade. Ao produtor não interessa isso, existe uma falência na comunicação entre os problemas do produtor e o que se oferece como solução. "O produtor quer solucionar esses problemas com a melhor tecnologia disponível e que lhe permita produzir mais", assegura Lyons.  

Dados para Decisões
Segundo relato do Lyons, anos atrás o produtor podia dizer "tenho 100 vacas que produzem 1.000 litros por dia", e com este dado tomava decisões; logo passou a ter ferramentas para controle leiteiro; depois, seguiram os sistemas de medição de leite diários, podendo ver quanto cada vaca produz; dali, vieram os robôs na ordenha. "Existem muitos detalhes, mas, Mudaram as decisões?" pergunta o pesquisador. As principais empresas tecnológicas do mundo estão de olho no agro. Big Data está pronta para o campo, mas, E o agro está pronto para o Big Data?

"É preciso passar de tecnologia e dados para processos; de precisão a decisão, sem ficarmos com um enorme custo e seguirmos gerenciado tudo como fazemos sempre, tendo enorme subutilização e não temos valor", destaca o analista. Existem muitos dados disponíveis que podem ser utilizados e cita alguns exemplos. "Na Austrália, durante um ano se pagou controle leiteiro a sete estabelecimentos a cada dois meses e a relação custo benefício dessa experiência foi de 3 a 1, porque começaram a tomar melhores decisões de reprodução, descarte, sanidade. Algo bem simples".

O conferencista então sugere ter uma única medição, integrar os dados e suar modelos adequados. Em relação observa: "Enquanto que com dados de condutividade a precisão na detecção de mastite é da ordem de 70%, integrando indicadores de outras variáveis é possível elevar essa proporção para 90%. Também é possível detectar com quatro dias de antecedência, problemas de acidose, usando dados disponíveis". O futuro será mais interessante. É preciso conseguir que os dados que o produtor colhe saiam da porteira, que de resto pode continuar agregando valor, "isto vai diminuir o custo da tecnologia e tem pessoas que pagarão por esses dados, e fará com que os produtores instalem tecnologia porque está de certa maneira subsidiada pelo valor agregado que proporcionará à cadeia", argumenta o pesquisador.

Criatividade sem limite
Lyons destaca que o consumidor quer saber o que está passando no campo. Tanto é assim, que através de um jogo, uma produtora na Irlanda colocou um código QR em suas vacas e estas pastavam perto da estrada, alguém pode parar, escanear o código QR e saber tudo o que se passa com o animal. Outra empresa na Holanda entrega leites embalados por região, que podem ser escaneados pelo código QR e ver a informação sobre a fazenda que forneceu esse leite. As tecnologias são uma enorme oportunidade, mas, também um desafio. "Voltamos às bases para entender quais são os problemas que tem o produtor e a cadeia de valor e utilizaremos dados para responder as perguntas", esclarece Lyons, acrescentando: "Temos que trabalhar na integração e colaboração de toda a cadeia de valor e lamentavelmente, nos falta muitíssimo para isto. A chave é formarmos equipes para fazer uso de todas estas tecnologias". (Agrositio - Tradução livre: Terra Viva)

A produção de leite aumentará nas 5 maiores regiões produtoras, em 2018

Produção 2018 - A produção de leite nas 5 principais regiões exportadoras de produtos lácteos deverá crescer 1,5% no próximo ano, disponibilizando mais 289 bilhões de litros de leite. Isto está em linha com a previsão de crescimento da demanda, de 1,7%, feita pela FAO. A UE-28, o maior produtor, deverá apresentar um crescimento de 1,4%, impulsionado pelo aumento no preço do leite ao produtor, e ganhos de produtividade. 

O aumento da produtividade também deverá beneficiar a produção nos Estados Unidos, que deverá crescer 1,8%. A Nova Zelândia terá aumento de 0,5% diante da expectativa de crescimento de apenas 25.000 cabeças do rebanho, e retorno aos padrões normais de clima, depois da primavera. As condições favoráveis das pastagens, melhora do preço do leite ao produtor e a reconstrução de rebanhos cria a expectativa de que haverá também crescimento na produção de leite na Austrália no próximo ano, com o USDA calculando uma taxa de 2,2%, depois de dois anos difíceis.

Sob efeito do mau tempo e inflação alta, em 2017, a produção da Argentina caiu, acelerou a concentração de fazendas, e expulsou pequenos produtores do mercado. Talvez, refletindo as incertezas sobre a produção, há pouca previsão para a Argentina. No entanto, a FAO estimou crescimento de 1,3% ao ano, no médio prazo, e recuperação do setor. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Preços dos lácteos na Fonterra caíram 10,3% nos últimos dois meses
Leite em pó integral - Desempenho negativo para os lácteos na Fonterra.  Já acumulam quatro baixas consecutivas de preços no mercado internacional nos últimos dois meses, o que representa depreciação de 10,3%. No último evento da multinacional neozelandesa o valor médio dos lácteos caiu 3,4%, ficando em US$ 2,970/tonelada. É a segunda perda relevante nos últimos meses. A maior foi a primeira licitação de novembro com baixa de 3,5%. O leite em pó integral, o produto mais importante nas exportações de lácteos do Uruguai, somou sua quinta baixa consecutiva, caindo em média 2,7%, fechando em US$ 2.778/tonelada. Do segundo leilão de setembro, até hoje, o produto já perdeu US$ 344/tonelada. (El País - Tradução livre: Terra Viva)

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