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27/11/2017

Porto Alegre, 27 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.629

 

  O leite é o único alimento que deve nos acompanhar por toda a vida. É seguro.

Sua mãe sempre disse para você beber leite todos os dias, que é bom para os ossos, que ajuda a crescer forte e saudável. Mas nos últimos tempos, esse alimento ganhou uma má fama, dividindo especialistas entre os que o consideram dispensável e os que acham que ele é essencial.

Nesse segundo grupo está a pediatra Ana Escobar, autora de vários livros sobre saúde na infância e consultora do programa Bem Estar, da TV Globo. "O leite é o único alimento que deve nos acompanhar por toda a vida. Deve ter ingerido todos os dias", defende ela, que estará em Vitória neste sábado como participante da TecnoAgro, evento realizado pela Rede Gazeta.

Confira o bate-papo com a médica:
Há uma lenda de que o homem é o único mamífero que continua bebendo leite depois de adulto. Deveríamos parar de beber leite?
Não. O leite é um alimento de extrema importância em todas as faixas etárias. É o único alimento que nos acompanha por toda a vida. Deve ser ingerido todos os dias.

Por que?
Estamos vivendo mais do que vivíamos poucos anos atrás. A expectativa de vida hoje é de 100 anos. À medida que o tempo de vida aumenta, nossas necessidades nutricionais vão de modificando. Como manter esses os ossos fortes a vida toda? Precisamos de cálcio, um dos nutrientes essenciais. E a grande e mais importante fonte de cálcio é o leite. Nos adultos, a falta de cálcio gera osteoporose, uma doença que deixa a vida com muito menos qualidade. Um idoso que quebra um osso fica acamado, e isso traz outras doenças e o faz viver menos.

Mas há quem defenda que há outras boas fontes de cálcio, como alguns vegetais.
É verdade. Mas não fornecem cálcio na quantidade que precisamos. Por exemplo, uma criança de oito anos de idade teria que ingerir 14 colheres de aveia por dia ou comer dois pratos inteiros de brócolis por dia para obter cálcio na quantidade necessária. É muita coisa. Ela pode conseguir isso tomando dois copos de leite, um de manhã, outro de noite. A mesma coisa funciona para um idoso.

Muito da má fama do leite vem dos casos de intolerância à lactose, que parecem estar aumentando. O que a senhora acha?
Não temos dados no Brasil. Mas estima-se que em torno de 20% a 30% das pessoas podem ter, de fato, intolerância à lactose. Na Europa, só 15% têm o problema. Na população afrodescendente e asiática, o percentual é um pouco maior. Sabemos que muito disso é moda. As pessoas que fazem restrição à lactose relatam se sentir melhor porque acabam fazendo uma reeducação alimentar. O leite não é o único vilão.

A ultrapasteurização do leite não acaba com os nutrientes?
Não é verdade. A pasteurização pode alterar um pouco a quantidade de proteínas, mas ainda sim há proteínas ali. O cálcio, o magnésio, o potássio continuam intactos. O leite é muito seguro para a saúde.

Como ensinar as crianças a se alimentar de forma saudável?
A obesidade, que vem crescendo no Brasil e no mundo, é multifatorial. Tem a ver com o estilo de vida que vivemos, com o sedentarismo e os hábitos alimentares. Os pais não têm tempo para preparar a comida dos filhos, para fazer um suco. Dão logo o suco de caixinha, que é mais fácil. Para ensinar as crianças a comer bem, os pais devem mudar os próprios hábitos primeiro. E levar as crianças para gastar energia nos espaços livres. (A Gazeta)

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 23 de Novembro de 2017 na cidade de Chapecó, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Outubro de 2017 e a projeção dos preços de referência para o mês de Novembro de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

DSF lança novos indicadores globais sobre sustentabilidade na cadeia láctea

O Dairy Sustainability Framework (DSF) anunciou o lançamento de mais cinco indicadores globais para a divulgação pública do progresso da indústria em cima dos seus 11 critérios de sustentabilidade. Os membros do DSF, que representam mais de 31% da produção global de leite, endossam os 11 critérios e priorizam estes com base nos desafios de sua própria região. 

Cada critério tem sua própria intenção estratégica. Metas de sustentabilidade e iniciativas baseadas no cronograma são desenvolvidas pelos membros para trabalhar buscando esses objetivos a nível regional, nacional e local. O relatório anual de progresso é um compromisso de adesão.

Identificando métricas
Além dos programas de membros individuais, o DSF trabalhou com pesquisadores da Universidade do Arkansas, membros e grupos de partes interessadas mais amplas (incluindo uma consulta pública) para identificar métricas de indicadores de alto nível para os critérios: solo (qualidade e retenção), nutrientes do solo, água (disponibilidade e qualidade), biodiversidade e condições de trabalho. Estes se unem ao cuidado dos animais e às emissões de gases de efeito estufa (GEE), lançados em 2016.

Ao estabelecer e rastrear as métricas do indicador para cada critério, o DSF disse que será capaz de reportar a melhoria agregada contínua do setor global de produtos lácteos. Donald Moore, presidente do DSF, disse que os consumidores querem saber que seus alimentos foram produzidos de forma sustentável e responsável e - informar sobre esses indicadores - permitirá que o setor de produtos lácteos monitore e relate seu desempenho.

Indicadores adicionais
O trabalho está em curso, para conclusão até o final do ano, para calcular os valores iniciais com os quais o relatório anual será comparado. Os quatro indicadores restantes (segurança e qualidade dos produtos, desenvolvimento do mercado, economias rurais e resíduos) serão desenvolvidos por meio de uma abordagem multipartidária, a partir de janeiro de 2018. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Produção/Uruguai
Prossegue a tendência de aumentos no envio de leite para as plataformas da indústria, concluindo outubro com 1,8% acima do volume verificado no mesmo período de 2016. No mês passado foram captados 196,6 milhões de litros, informou o Instituto Nacional do Leite (Inale). Por outro lado, a captação de 2017, até outubro, recuperou 7,8% em relação aos primeiros 10 meses de 2016. No total foram enviados para as fábricas 1.541,9 milhões de litros. Em 2016, a produção de leite totalizou 1.775 milhões de litros, apresentando 10% em relação a 2015. O preço médio pago ao produtor em outubro passado foi de 9,60 pesos por litro, [R$ 1,06/litro], caindo 0,6% em relação a setembro. Em dólares, o preço ao produtor foi de 33 centavos de dólares. Em outubro de 2017 o preço médio ao produtor foi 7,8% superior em pesos, e 3,4% em dólares, em relação a outubro de 2016. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

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