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Porto Alegre, 13 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.693

 

  Proposta de alteração na lei do Susaf-RS é pauta de reunião

Representantes do setor produtivo de proteína animal do Estado debateram, nesta terça-feira (13/03), no gabinete da Secretaria da Agricultura do RS (Seapi), possíveis modificações na lei nº 13.825, que regulamenta o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-RS). O esboço do decreto diz respeito à auditoria da adesão ao sistema pelos estabelecimentos regulamentados pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que atualmente é responsabilidade do Estado. Com a proposta, os municípios teriam autonomia nesse processo, fiscalizando as agroindústrias familiares do seu território. 

Coordenador da reunião, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, iniciou a discussão afirmando que, atualmente, o sistema não tem agilidade em razão dos recursos limitados do Estado. “A falta de estrutura acaba afetando todos os níveis de fiscalização que o Estado não consegue atender”, declarou. A proposta de alteração, segundo Polo, é uma forma de buscar alternativas para aqueles que “produzem bem”, trabalharem com qualidade, fazendo com que o Estado dê atenção maior à ponta final de produção, que é o que chega à mesa do consumidor. 

Entre todos os pontos levantados pelas entidades, o que mais preocupa o setor lácteo neste momento é o cumprimento da Lei do Leite. É o que afirma o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, que levantou a questão durante a reunião. “Viemos fazendo um trabalho visando a sanidade e transparência ao longo desse tempo. O básico, que eu entendo, é que temos que cumprir a lei”, afirmou, destacando que possíveis mudanças não devem se sobrepor à Lei Estadual.  

Os representantes irão avaliar posteriormente a proposta e voltarão a debatê-la em reunião com data a ser definida. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Vitorya Paulo

Oriente Médio se desponta pelo alto potencial no consumo de lácteos

O Oriente Médio está se tornando cada vez mais maduro para produtos proteinados que contribuem com a saúde e o bem-estar dos consumidores. Porém, na região ainda não há uma enorme demanda por alimentos e bebidas esportivas especificamente desenvolvidas para quem frequenta academias e pratica atividades físicas. Essa é a visão de Simon Penfold, gerente geral do Oriente Médio e África da NZMP, braço de ingredientes b2b da Fonterra. Simon destaca que querem crescer e acelerar o mercado de saúde e bem-estar na região. “Os consumidores do Oriente Médio estão começando a controlar a saúde e podem enxergar essa solução por meio dos produtos lácteos”.

Penfold, que está há oito meses nessa função, falou durante a feira Gulfood em Dubai. A empresa apresentou seus ingredientes nutricionais, incluindo o NZMP Fat-Filled Milk Powder e o NZMP Buttery Blend. Também, uma nova linha de proteínas em pó pronta para misturar, a “white label", foi desenvolvida para atender as necessidades dos consumidores focados em nutrição esportiva e estilo de vida ativo da região. "Existe uma clara necessidade de ingredientes básicos lácteos para atender às necessidades nutricionais do dia a dia para a maioria dos consumidores em todo o Oriente Médio. No entanto, os fabricantes de alimentos e bebidas precisam se preparar para mudanças. Podemos ver que a demanda por nutrição esportiva, nutrição infantil e soluções de bebidas de alta proteína estão aumentando, e esperamos que o interesse nessas soluções continue crescendo. Eu diria que o mercado produtos de nutrição esportiva especializados de alto nível ainda não está evidente, mas virá", acrescentou.

Lançamentos de novos produtos ricos em proteína mais que dobraram entre 2012 e 2017 no Oriente Médio e África, de acordo com a Mintel Global New Product Database. Penfold antecipa que essa tendência continuará e dará forma ao desenvolvimento de alimentos e bebidas no Oriente Médio e na região da África. "Quero ver um produto da NZMP sendo consumido todos os dias e não importa se é um ingrediente acessível ou premium", acrescentou. "O importante é que continuemos construindo confiança e conscientização, além de destacar que nosso grande ponto forte é termos a Nova Zelândia – com seus rebanhos a pasto -  como fonte da matéria-prima", completou. 

Enquanto a Arábia Saudita continua sendo um pilar fundamental para o negócio da empresa no Oriente Médio, Simon também identifica o Irã, a Argélia, a Nigéria, o Egito e os Emirados Árabes Unidos como mercados que oferecem um potencial de crescimento considerável. "Depois de mais de 40 anos operando neste mercado, estamos entendendo a região e as diversas necessidades de seus consumidores”, acrescentou. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Rentabilidade da atividade leiteira em 2017 e previsões para 2018

Anualmente a Scot Consultoria calcula as rentabilidades médias das atividades agropecuárias e de outras opções de investimento de capital, referentes ao fechamento do ano anterior. Para este cálculo são utilizados modelos econômicos que levam em consideração fatores estimados para cada negócio agropecuário (índices técnicos, localização e estrutura produtiva), conforme o nível tecnológico. Neste sentido, os resultados apresentados podem ter significativa variação, conforme alteração dos índices produtivos.

Pecuária leiteira
No caso da pecuária leiteira, a rentabilidade média da atividade de alta tecnologia (25 mil litros/ha/ano) caiu de 3,08% em 2016 para 2,08% em 2017. Para sistemas com produtividade média de 1,5 mil litros por hectare ano houve prejuízo médio 8,47%. O preço pago ao produtor caiu em maior proporção que os custos de produção. A pressão de baixa foi maior no segundo semestre, com a produção aumentando (safra) e a demanda interna patinando. Segundo o Índice Scot Consultoria de Custo de Produção, a queda nos custos foi de 7,9% em 2017, frente a 2016, enquanto o preço pago aos produtores caiu, em média, 9% no mesmo período.


  
O pior resultado
Para a pecuária leiteira de baixa tecnologia este foi o sexto ano consecutivo de rentabilidade negativa. Foi o pior resultado dentre as atividades agropecuárias analisadas. 

 Na figura 2, uma comparação com outras atividades agropecuárias e opções de investimentos.

 

Para 2018
Para 2018 as apostas estão na retomada do crescimento da demanda interna por produtos lácteos, porém, ainda em ritmo lento. Do lado da oferta, a estimativa da Scot Consultoria é de crescimento de 1,8% da produção, patamar abaixo do verificado em 2017 (2,5%). Os resultados negativos da atividade, o clima desfavorável e o aumento dos custos de produção deverão refletir na produção brasileira. A oferta ajustada, se acompanhada de uma recuperação da demanda, poderá refletir em uma variação maior nos preços do leite ao produtor no primeiro semestre.

Para o produtor, a expectativa é de que os preços comecem a subir a partir de fevereiro, com a curva de produção começando a cair nas principais bacias leiteiras. Para o pagamento de fevereiro, referente a produção de janeiro, 64% dos laticínios pesquisados acreditam em estabilidade do preço ao produtor, 22% falam em alta e 14% acreditam em queda frente ao pagamento anterior. Para março a previsão é de que o movimento de alta ganhe força, com peso maior da entressafra e menor disponibilidade de leite cru, além de uma melhoria da demanda. Do lado dos custos de produção, a expectativa de menor produtividade das lavouras nesta safra, e questões como clima e câmbio podem resultar em aumento nos preços destes insumos, o que exigirá maior cautela e planejamento de compra desses produtos. (Juliana Pila – zootecnista/Rafael Ribeiro – zootecnista/Scot Consultoria)

  Ministro não acredita em aprovação do ICMS sobre exportação neste ano
Em evento em Cuiabá, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira (12), que não acredita que haja ambiente favorável para aprovar mudanças na Lei Kandir neste ano. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata do retorno à cobrança de imposto sobre exportações preocupava produtores do setor agropecuário. De acordo com o ministro, a cobrança do ICMS tiraria a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. A emenda, além de depender de maioria ampla para aprovação no Congresso, deve enfrentar resistência da bancada rural. A PEC 37/2007, que retoma a cobrança, passou na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em novembro. O regime de desoneração foi instituído em 1988 e se estendeu com a Lei Complementar 87/1996 a produtos primários e semielaborados destinados à exportação. A preocupação com a PEC já havia sido levada pelo ministro ao presidente Michel Temer. Durante entrevista no Mato Grosso, Blairo Maggi disse que a desoneração permitiu avançar para o norte do estado, “para regiões mais distantes e produzir mais. Se for tributar com 12%, 18%, o agro, nessas regiões, tenho certeza absoluta que não terá competitividade. Não há como esses produtores que estão mais distantes produzirem”. De acordo com o ministro, as margens dos produtores têm diminuído “ao ponto de, praticamente, hoje, se não colher muito bem e aproveitar vantagens, às vezes do câmbio, acaba-se empatando, trocando seis por meia dúzia”. Maggi advertiu que seria uma coisa perigosa mexer com o tributo. “Isso não é uma questão de choradeira, mas é arriscado mexer com um setor que é a base da economia”. (As informações são do Mapa)


Porto Alegre, 12 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.692

 

Silvana Covatti tem foto inaugurada na Galeria dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa

A deputada Silvana Covatti, primeira mulher a ser presidente da Assembleia Legislativa do RS, teve foto inaugurada na Galeria dos ex-presidentes na tarde desta segunda-feira (12/3), na Assembleia Legislativa do Estado. "Torço para que, depois de mim, tenhamos outros rostos femininos aqui", disse Silvana, que presidiu a casa em 2016. A parlamentar enalteceu a importância e força das mulheres na política e ressaltou que o mês de março foi escolhido para a cerimônia com o objetivo de homenageá-las.

Representando o atual presidente da casa, Marlon Santos, o deputado Frederico Antunes ressaltou que Silvana serve de exemplo para outras mulheres que querem seguir no caminho da política. "Você é um orgulho para as mulheres gaúchas", disse a senadora Ana Mélia Lemos, que esteve presente para prestigiar a conquista de Silvana Covatti. 

Também participaram do evento deputados da Assembleia, amigos e a família de Silvana. Na ocasião, agradeceu o apoio do marido e também deputado Vilson Covatti, e dos três filhos do casal. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Leticia Szczesny 

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 09 de Março de 2018, atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Fevereiro de 2018 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de Março de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 

Famílias retomam hábitos de consumo da fase pré-crise; manteiga e requeijão se destacam

Aos poucos, as famílias brasileiras começam a retomar alguns hábitos de consumo adquiridos nos tempos de bonança da economia. Depois da longa recessão econômica que fez os consumidores cortarem ou substituírem produtos no dia a dia, a lista de compras voltou a ser incrementada com mercadorias um pouco mais caras. No lugar da margarina, a manteiga retornou à mesa; assim como o óleo de soja foi substituído pelo azeite de oliva. O requeijão, a batata congelada e o pão industrializado também estão de volta ao cardápio dos consumidores.

Dados da consultoria Kantar Worldpanel mostram que, em 2017, mais de dois milhões de lares voltaram a comprar manteiga pelo menos uma vez no ano - indicador que mostra uma reação do mercado de consumo. No auge da crise, o produto estava presente em 32,94% dos lares brasileiros. Com a retomada, a participação subiu para 36,80% - superior à registrada antes da recessão, em 2014 (34,17%). O mesmo ocorreu com o azeite, que retornou à lista de supermercado de 1,4 milhão de famílias. "À medida que a economia melhora, a primeira cesta a dar sinais de recuperação é a de bens de consumo não duráveis", afirma a diretora de negócios e Marketing da Kantar, Christine Pereira. A retomada é explicada por um conjunto de fatores: inflação baixa, juros no menor patamar histórico, aumento da renda e ligeira reação do mercado de trabalho.

Carrinho
Produtos que voltaram às casas dos brasileiros

 

Outro motor do consumo foi a redução do endividamento das famílias, que chegou a comprometer 22,8% da renda mensal em 2015. De lá pra cá, o indicador seguiu um movimento de queda. Segundo dados do Banco Central, em dezembro do ano passado, já estava em 19,9%.

 

Cálculos do economista Maurício Molan, do Santander, mostram que o aumento da massa salarial e o recuo do endividamento dos brasileiros devem liberar cerca de R$ 124 bilhões para a economia. "Vemos um crescimento consistente do consumo neste ano, já que o emprego e a renda estão voltando. Tudo isso é muito poderoso."

A expectativa é de que o varejo tenha um avanço de 4,7% em 2018 - o que deve ajudar a sustentar as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 3%. Levantamento da Tendências Consultoria Integrada mostra que o aumento do consumo deverá ser puxado em especial pelos Estados do Norte e por São Paulo.

O economista da consultoria, Adriano Pitoli, afirma que quem sofreu mais durante a crise tem potencial para registrar melhor desempenho agora. Ele lembra que a maior disponibilidade dos bancos para emprestar dinheiro também pode ter efeito positivo nesse mercado. Durante a crise, as instituições financeiras fecharam os cofres para novos empréstimos às pessoas físicas. "Mas, vale pontuar que há um longo caminho pela frente para o País retomar por completo os níveis pré-crise", diz Pitoli. Segundo ele, projeções apontam que apenas em 2021 o Brasil vai voltar ao patamar de consumo de 2013. Essa avaliação é compartilhada pela diretora da Kantar, Christine Pereira. Ela destaca que, apesar de novos compradores e do avanço nas vendas de produtos de maior valor agregado, o desafio é aumentar a frequência de compras, ainda limitada.

Outra dificuldade é que essa onda de consumo, por ora, não deve ser acompanhada de grandes volumes de investimentos. "A ociosidade ainda é muito grande e vai demorar para ter um gatilho de novos investimentos produtivos", diz Pitoli.

O economista do Santander, no entanto, tem opinião diferente. Segundo ele, apesar do baixo uso da capacidade instalada, há outros investimentos importantes que podem ser feitos agora, como a modernização de parques industriais e a demanda por máquinas no agronegócio, que tem efeito multiplicador na economia. "Os indicadores são bastante positivos, especialmente se levarmos em consideração que estamos saindo de uma grave recessão. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

Argentina - A situação é cada vez mais grave
Seca/AR - "O custo de alimentar é altíssimo. Os custos de produção dispararam, sobretudo para os itens alimentação e energia. Hoje existe milho acima dos 3.600 pesos, [R$ 578/tonelada], e a soja acima de 6 mil, [R$ 964/tonelada], que são acompanhados pelos suplementos e arrendamentos. A silagem que fizemos ficou muito ruim e hoje o animal está vivendo de uma alimentação que é baseada em suplementação". Sobre o preço, o produtor disse que "não faltará alguém para dizer que a escassez de leite provocará o aumento do preço nas gôndolas. Digamos que com esses preços, sem aumentar na gôndola, poderíamos transferir um pouco da renda para a produção primária, porque, hoje, as contas não fecham. Voltamos a transferir recursos para o setor industrial e comercial". O mês de fevereiro foi chave para dar o estado de alerta agrícola nas zonas mais produtivas do país com uma seca que continua inclemente, e que teve como consequência e elevação dos preços dos grãos e grandes empresas começaram a reduzir a produção de alimentação animal. Outro dado a ser levado em conta é a média mensal do dólar nos meses de janeiro e fevereiro de 2018, que ficou em 19,0 e 19,8 pesos/dólar, respectivamente, o que implica que os componentes dolarizados continuaram impactando na rentabilidade dos produtores de leite desde o começo do ano. (Agrositio - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 09 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.691

 

   Setor lácteo negocia aproximação com a Argentina  

Representantes do setor lácteo estiveram reunidos na tarde desta sexta-feira (09/3) com membros da embaixada da Argentina, em Brasília, para estreitar relação com o país, visando exportação de lácteos e importação de insumos mais baratos. Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, que esteve presente no encontro, o objetivo é trabalhar operacionalmente o Mercosul para que o Brasil, e especificamente os estados do Sul do Brasil, ganhe competitividade, promovendo melhorias no modo de produção e avanços para enxugar os custos na produção leiteira. 

"Queremos trabalhar juntamente aos países vizinhos para que, além de incentivar a competitividade, possamos ter melhores preços na exportação do leite em pó e na importação de insumos da Argentina", disse Palharini, ressaltando que a ideia é estreitar o diálogo com a embaixada do país e aproveitar a expertise Argentina, que tem um consumo per capito de lácteos superior ao Brasil. 

Ficou acordado que, até abril, as entidades voltarão a se reunir para alinhar ações práticas de integração Brasil-Argentina que terá a participação do embaixador da Argentina, o deputado federal Vilson Covatti Filho e de representantes de outras entidades nacionais e regionais. Recentemente, lembra Palharini, ação similar foi realizada com a embaixada do Uruguai. Segundo o representante da Argentina, Javier Dufourquet, agregado agrícola da Embaixada, seu país também tem muito a ganhar com essa integração. 

Também estiveram presentes na reunião o assistente técnico da embaixada, Cristian Santiago Rondán, e representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da assessoria do deputado Wilson Covatti Filho. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Ivan Bonetti/gabinete deputado Covatti Filho

 

De mãos atadas

Foi sem nenhuma enrolação que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, respondeu sobre o que pode fazer para modificar as relações do Brasil no Mercosul, ação considerada fundamental para diluir a crise vivida pelos produtores de leite:
- Estamos de mãos atadas.

O argumento dos produtores e da indústria é de que as importações prejudicam a produção brasileira de leite - e também de arroz. Blairo e o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, defendem a necessidade de alteração no acordo do bloco, mas explicam que é uma questão sobre a qual a pasta não tem ingerência - é papel das Relações Exteriores.

Na parceria comercial com a Argentina, por exemplo, o Brasil tem superávit de US$ 8 bilhões. No agronegócio, o retrato é outro: déficit de US$ 3 bilhões.
- O Mercosul é importante? É. Exportamos muito pelo bloco. Mas quem está pagando essa conta é o produtor - avalia Geller.

Ambos oferecem apoio para pressionar o Itamaraty. A sugestão é, ainda, para que os três Estados do Sul unam forças nessa briga.
- Daqui a pouco, pressionando, eles virão com outra solução, que pode gerar uma reação, para achar um caminho - avalia Ernani Polo, secretário da Agricultura do Estado.

Blairo ouviu muitos pedidos de representantes dos setores de leite, arroz, trigo e suínos. Presente no encontro, Tarcísio Hübner, vice-presidente de agronegócios do Banco do Brasil, deu pelo menos uma boa notícia: produtores de leite poderão renegociar financiamentos de custeio - pagar 20% e prorrogar o restante em três parcelas anuais - e de investimento - adiado por um ano.

Em um ambiente como a Expodireto-Cotrijal, os resultados de uma gestão eficiente saltam aos olhos. Essa ação difundida no ambiente de grandes empresas se tornou uma realidade - e uma necessidade - também dentro do ambiente cooperativo. O tema pautou o Campo em Debate, evento realizado por Zero Hora na Casa da RBS.

Representando um bom exemplo, o superintendente administrativo-financeiro da Cotrijal, Marcelo Schwalbert, explicou como a cooperativa de Não-Me-Toque, que em 2017 faturou R$ 1,7 bilhão, é administrada:
- Trabalhamos com governança. Em resumo, há organização e atuação do quadro social.

Com uma escola superior e cursos de MBA voltados à preparação de profissionais, o presidente do Sistema Ocergs/Sescoop, Vergilio Perius, falou sobre as premissas da boa gestão:
- Precisa ser democrática e igualitária, com a presença de jovens e mulheres.

Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), disse que há três anos a entidade desenvolve um programa de autogestão para monitorar desempenho:
- Além de acender a luz amarela para problemas e comparar a situação das cooperativas, fornece itens para definir os próximos investimentos. (Gisele Loeblein/Zero Hora)

Preço/França 

O presidente francês, Emmanuel Macron, tem repetido em diversas ocasiões, que o preço pago ao produtor deve ser baseado no custo de produção. Por esse motivo, as organizações francesas que representam o setor lácteo APLI, OPL e France Milk Board (FMB) do Grande Oeste e da Baixa Normandia, junto com a organização comunitária European Milk Board (BEM), encomendaram ao escritório alemão de estudos agrícolas e econômicos (BAL), um levantamento sobre o custo de produção de leite na França. Os resultados mostraram que, em média o custo de produzir um quilo de leite é de 45,14 centavos, [R$ 1,86/litro]. Os números foram os seguintes:

- Custo de produção depois de deduzir a venda de bezerros            35,04 centavos/kg
- Estimativa do custo do trabalho do agricultor                                14,21 centavos/kg
- Custo total da produção de leite                                                     49,25 centavos/kg
- Dedução das ajudas                                                                         -4,11 centavos/kg
- Custo final da produção de leite                                                     45,14 centavos/kg

O preço médio de 33,91 centavos/lg que o pecuarista francês vem recebendo nos últimos cinco anos implica que 25% dos custos não foram cobertos com o preço recebido. Inclusive em 2017, quando houve uma certa recuperação no preço do leite, os produtores de leite estavam com 10,72 centavos/kg de seus gastos a descoberto. Em 2016 a defasagem era de 14,31 centavos/kg. A OPL pede uma regulamentação que permita ao produtor receber valores sustentáveis. (Agrodigital– Tradução livre: Terra Viva)

Fonterra se une com Beca em tecnologia para treinamento por realidade virtual

A cooperativa de produtos lácteos da Nova Zelândia, Fonterra, e a empresa de soluções, Beca, se associaram para desenvolver uma tecnologia de treinamento de segurança e sanidade em realidade virtual. A Fonterra disse que o sistema permite que os funcionários naveguem nos sites de fabricação e distribuição da cooperativa sem colocar o pé no local e ajudará a reduzir os tempos de embarque. Um porta-voz da Fonterra comentou que a cooperativa contratou a Beca para desenvolver a ferramenta, por isso a Fonterra possui os direitos sobre a aplicação, que foi especificamente adaptada às suas plantas.
 

Oportunidades significativas

A cooperativa disse que a tecnologia faz parte de um compromisso de toda a empresa para se tornar líder mundial na mitigação de riscos. O diretor de saúde, segurança, resiliência e risco de Fonterra, Greg Lazzaro, disse que a realidade virtual tem potencial para ser um divisor de águas na cooperativa e que as oportunidades para a realidade virtual são significativas. "Podemos replicar o ambiente físico de nossas plantas, para que o pessoal possa realizar treinamentos virtuais de segurança e saúde de forma extremamente imersiva e realista", disse Lazzaro. "Isso significa que nosso pessoal pode aprender e identificar potenciais perigos mais rapidamente do que nunca, incentivando os funcionários a se envolverem mais e melhorar a segurança no local de trabalho”.  

A nova tecnologia de realidade virtual substituirá uma parcela significativa do treinamento prático sobre saúde e segurança na Fonterra, que muitas vezes é mais caro e menos eficaz. O treinamento pode ser adaptado a cada um dos locais da empresa e testado por meio da conclusão dos módulos. Atualmente, todo o treinamento é realizado no local, disse o porta-voz. "Nós vemos o treinamento de realidade virtual em saúde e segurança como sendo mais eficiente. Atualmente, o trainee deve ser acompanhado por outra pessoa, isto é, um gerente, que facilita o treinamento. Este treino pode levar algumas semanas. Com a realidade virtual, o trainee pode fazer isso aprendendo de forma independente. Esta ferramenta também nos permite capturar dados sobre a conclusão do treinamento para que possamos saber quando as pessoas precisam de uma atualização, por exemplo. Também estamos apresentando aos funcionários uma nova tecnologia que pode ter aplicações adicionais no futuro”.

Adicionando valor ao negócio
Andrew Cowie, gerente de projetos da Beca, disse que a tecnologia é o futuro do treinamento em saúde e segurança e pode ser facilmente replicada em outros locais de trabalho e áreas de treinamento. "O Walmart está realizando treinamentos hoje usando a realidade virtual. Os jogadores de futebol americano estão usando isso e os militares também. Nossos clientes estão cada vez mais interessados na aplicação de tecnologias de realidade virtual e no valor que pode adicionar aos seus negócios", disse Cowie.

"Neste caso, o uso da realidade virtual para treinar é ideal, pois é efetivo enquanto é eficiente em termos de custo e tempo. A captura de realidade para esses tours de treinamento é feita facilmente com uma câmera de mão e a simulação de realidade virtual funciona por meio de um smartphone usando um fone de ouvido simples”. A Fonterra disse que, embora não haja mais aplicações em desenvolvimento no momento, reconhece que a realidade virtual é uma tecnologia valiosa que provavelmente será cada vez mais utilizada. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

  DIGO AOS PRODUTORES QUE FICO
Na passagem pela Expodireto-Cotrijal, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, reafirmou que não será candidato às eleições deste ano. O empresário e produtor rural, que ocupa uma cadeira no Senado, já havia tomado a decisão quando recebeu convite do presidente Michel Temer para ficar à frente da pasta. E há ainda outro fator que pesou na hora da avaliação: “Teríamos um novo ministro de abril até 31 de dezembro, e outro em janeiro de 2019. Seria uma descontinuidade de tudo o que foi feito. Sou do setor, sei o quanto isso atrapalharia as coisas que estamos tentando fazer em termos de sanidade e de fiscalização.” (Zero Hora)

Porto Alegre, 08 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.690

   Sindilat pede PEP do leite para ministro Blairo Maggi

Para enfrentar a crise que vem reduzindo o preço do leite no mercado interno, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) pediu ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a adoção de  Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) para o leite em pó. A reivindicação foi entregue nesta quinta-feira (8/3) pelo vice-presidente do Sindilat, Caio Vianna, em mãos a Maggi, durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Segundo Vianna, a ferramenta permite ao governo retirar do mercado lotes expressivos de leite com investimento bem inferior a outras modalidades. Isso porque no PEP o governo subsidia apenas o frete da carga, o que a torna competitiva sem a necessidade de realizar a aquisição integral do produto.

O ofício do Sindilat solicita PEP para 50 mil toneladas com o prêmio de R$ 2 mil por tonelada. O objetivo é garantir que as empresas e cooperativas do Brasil consigam comercializar seus produtos em igualdade de condições e competitividade em relação a cargas vindas de outros países do Mercosul onde o custo de produção é menor. Com isso, espera-se assegurar preço e renda e atingir o valor de R$ 13,94 o quilo do leite em pó estabelecido pela resolução nº 80 de 13/11/2017 da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 Crédito: Alexandre Farina

GT da Proteína Animal - Leite debate ações de valorização do setor na Expodireto

Ocorreu na tarde de quarta-feira (7/3), durante a Expodireto Cotrijal, em Não-me-toque, mais uma reunião do Grupo de Trabalho da Proteína Animal - Leite, na casa da Ocergs na feira. Participaram do encontro diversos representantes do setor, entre eles o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o secretário executivo da entidade, Darlan Palharini. Na ocasião, os presentes definiram que será feita uma força-tarefa para elaborar campanha que valorize a produção gaúcha de lácteos. 

Durante a conversa, Guerra sugeriu a criação de um projeto estadual que siga os mesmos moldes do programa Leite Saudável, do governo federal, que presta assistência técnica aos produtores para melhorar qualidade e produtividade. Por meio desta iniciativa local, será possível estimular a competitividade da produção e ampliar as exportações. "Precisamos de um projeto neste sentido para estimular o produtor e tirar a pressão do mercado", disse Guerra. Auditor-fiscal da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), Roberto Schroeder gostou da ideia. "Somos parceiros na superintendência para fazer este contato lá em Brasília", afirmou. 

Como medida para fomentar o setor, Palharini sugeriu a instituição de um prêmio para empresas exportadoras. "As compras governamentais não podem parar. Mas precisamos conduzir, via deputados e senadores, a criação de um prêmio exportação entre os cinco ou seis estados brasileiros que são os principais produtores e têm condições de participar", disse.

Na reunião, também estavam presentes representantes da Fetag, Emater, Ocergs, Famurs, Embrapa e IGL, além de BRDE. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Bruna Karpinski 

Importações lácteas seguem abaixo de 2017

Os dados mais recentes da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram que em fevereiro, o Brasil aumentou o volume de leite importado, internalizando 81,6 milhões de litros em equivalente leite, 24,5% mais leite do que em janeiro, mas ainda 38,8% menos do que em fevereiro de 2017 (observe o gráfico 1). 

Gráfico 1. Volume importado em equivalente leite e variação em relação ao mesmo mês do ano anterior. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da AliceWeb. 
 

Mesmo com o aumento de quase 25% nas importações, os gastos totais aumentaram "apenas" 8,6%, ficando em US$ 33,2 milhões em fevereiro, contra US$ 30,6 milhões em janeiro, mostrando que o valor por litro importado sofreu uma considerável queda. Esta queda pode ser justificada pelo aumento na participação do leite em pó desnatado nas importações, um produto que ainda está bastante desvalorizado no mercado internacional.

Nos leites em pó, as importações foram incentivadas pela recuperação gradual da demanda final e pela queda de captação no campo. No desnatado, sua desvalorização internacional também ajudou, e 2,9 mil toneladas foram importadas, 82,1% a mais do que em janeiro. Mesmo assim, no acumulado de 2018 (jan-fev), as importações de leite em pó desnatado estão 37,5% abaixo em relação ao mesmo período de 2017. O leite em pó integral teve um aumento de 15% no seu volume importado em fevereiro, chegando em 3,4 mil toneladas. Contudo, no acumulado de 2018, o volume ainda segue 64% inferior ao mesmo período do ano passado.

As importações das gorduras lácteas (manteiga 82% de gordura + óleo butírico de manteiga) também foram relevantes, incentivadas pelos altos preços praticados no mercado interno e a escassez de matéria-prima no Brasil. Assim, 472 toneladas foram importadas em fevereiro, volume 27% superior em relação a janeiro e 57% em relação a fevereiro de 2017.

Se as importações se recuperaram, as exportações permaneceram praticamente estáveis. Em fevereiro, o Brasil embarcou 12,2 milhões de litros de leite equivalentes, 1,7 milhão a mais do que em janeiro, e 53% menos do que em fevereiro de 2017. Assim, o saldo negativo da balança comercial de lácteos voltou a crescer a, ficando negativo em 69 milhões de litros em fevereiro, como mostra o gráfico 02.

Gráfico 2. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da AliceWeb. 

 

Abaixo, uma tabela detalhando os principais produtos negociados na balança comercial. (Milkpoint)

Tabela 1. Balança comercial láctea em fevereiro de 2018.

Dez áreas vão concentrar o serviço de fiscalização de produtos de origem animal

Foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (7) a Portaria nº 266, definindo dez áreas de abrangência dos Serviços de Fiscalização e Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa), que antes eram atribuídos a cada Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nos estados e no Distrito Federal.

"É um compromisso que o Ministério da Agricultura assumiu desde o ano passado para diminuir ou extinguir qualquer possibilidade de interferência política na fiscalização de sanidade, de saúde animal. A medida vem nessa direção para que a gente deixe totalmente blindado esse processo", disse o ministro Blairo Maggi.

"O país foi dividido em dez regiões diferentes e, a cada uma delas, um número de frigoríficos ficará subordinado. O titular da unidade terá a responsabilidade de conversar diretamente com os fiscais e com o público privado que demanda os serviços", explicou. Maggi observou ainda que, assim, reclamações chegarão ao Sipoa para que imediatamente atue e resolva os problemas. O ministro adiantou que ainda será publicado um novo regimento interno do ministério, organizando as cadeias de comando e controle.

"A autonomia política das superintendências permanecerá, porque a vigilância animal ou vegetal não vai mudar e pressupõe ações conjuntas entre o Mapa e as unidades federativas", segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel.
A modernização do Serviço de Inspeção Federal, de acordo com o ministro, ainda será complementada por projeto de lei ou medida provisória, submetido ao Congresso Nacional, assunto que, disse, já ter sido tratado com o presidente Michel Temer. (As informações são do Mapa)

Mercado/UE
O preço dos produtos lácteos em janeiro e fevereiro registraram pequenas mudanças apesar de certa volatilidade no mercado futuro. Não houve grandes alterações em relação à produção de leite, mas, segundo a AHDB os operadores estão voltando ao mercado. O preço médio da manteiga na UE aumentou 1,5% entre janeiro e fevereiro, subindo uma semana atrás da outra. Os preços estão se mantendo firmes apesar da produção de leite crescente. Os compradores, que antes estavam indecisos, voltaram ao mercado buscando assegurar abastecimento, possivelmente para evitar um forte aumento de preços mais na frente. A cotação do leite em pó desnatado (SMP) mantém a tendência de baixa, já que os estoques estão abundantes. O leite em pó integral (WMP) caiu no início do mês, mas, se recuperou em seguida. Existe aumento da demanda pela indústria de alimentos e as exportações continuam fortes. O preço do soro de leite subiu na primeira metade de fevereiro e depois ficaram estáveis. O valor médio de queijos caiu em fevereiro, apesar de ser um período em que normalmente sobem. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 07 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.689

 

   Sindilat participa da Expodireto Cotrijal

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou da abertura oficial da Expodireto Cotrijal 2018 na manhã desta segunda-feira (5/3), em Não Me Toque. O dirigente representou o setor laticinista, que foi alvo de manifestações das autoridades presentes ao encontro, que tem o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, como anfitrião. Representando o ministro Blairo Maggi, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, pontuou que a crise vivenciada por setores como o do leite, arroz e trigo não será solucionada com medidas paliativas. A saída, garantiu ele, está na união dos setores e no planejamento de ações continuadas que permitam o desenvolvimento de longo prazo. Novacki ainda pediu às lideranças que formalizem seus pleitos ao Ministério da Agricultura.

O presidente do Sindilat reforçou o propósito de união, lembrando que o setor laticinista necessita de unidade e maior competitividade. "Precisamos trabalhar unidos, mas em busca de maior competitividade, de custos mais compatíveis com a remuneração que a atividade permite, o que é regido pelo mercado", salientou.

Durante a solenidade de abertura, Novacki ainda enalteceu a posição do país de maior produtor de alimentos do mundo e elencou os programas federais que facilitam a vida do produtor. "O setor agrícola é muito importante para a economia do país, responsável por um em cada três empregos formais e por quase 25% do PIB brasileiro, além de quase 50% das exportações. Desde que assumimos o Ministério, temos defendido a importância do Brasil não só para os brasileiros, mas para o mundo. Se o Brasil parar ou diminuir sua produção, muita gente vai passar fome". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Expodireto

 

Fórum Estadual do Leite aborda desafios do confinamento e da produção à pasto  

"A vaca tem que ser a rainha da propriedade", afirmou o zootecnista Renato Palma Nogueira, consultor técnico em bovinos de leite de Casa Branca (SP), na primeira palestra do 14º Fórum Estadual do Leite, realizado na manhã desta quarta-feira (7/3) na Expodireto Cotrijal, em Não-me-toque, com o apoio do Sindilat. O especialista falou sobre os cuidados com vacas confinadas, sistema que tem ganhado espaço na pecuária leiteira.

De acordo com Nogueira, um dos pontos mais importantes é o manejo da alimentação. "A vaca confinada precisa fazer de nove a doze refeições por dia, com 20 horas de oferta de comida por dia. Ela tem que estar livre, leve e solta para decidir que horas ela vai comer", indica o especialista. O técnico ressaltou ainda que o segredo do sucesso é "fazer o simples bem feito". Uma das dicas dadas pelo zootecnista diz respeito à criação de novilhas, que têm que entrar em lactação com 600 quilos de peso - se for menos, o animal produzirá menos.

O segundo convidado foi o produtor da Cotrijal Augusto Hoffstaedter, de Victor Graeff. Na atividade há 22 anos, a propriedade tem 234 animais, sendo 134 vacas em lactação em 55 hectares destinados à produção leiteira. "Sinônimo de cama boa é vaca limpa", disse o produtor, destacando que é preciso estar atento à umidade e temperatura da cama.

Para falar sobre os desafios de um sistema de produção à base de pasto, o palestrante foi o agrônomo Wagner Beskow, pesquisador e consultor de Cruz Alta (RS). O especialista abordou o impacto da qualidade do pasto na receita bruta e também falou sobre o uso de programas para lançar os custos de produção e fazer análise financeira.

O produtor Valdir Jacoby, de Selbach (RS), também apresentou depoimento sobre o planejamento do pasto e gestão da propriedade, que está há quase 40 anos na atividade. A família destina área de 20 hectares à produção de leite. São 64 animais, sendo 30 vacas em ordenha. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Foto: Bruna Karpinski 

 

Especialista projeta cenário positivo para o setor lácteo em 2018

As perspectivas para o mercado de lácteos em 2018 foi o tema de palestra apresentada pelo agrônomo Marcelo Carvalho, CEO da Agripoint, de Piracicaba (SP), durante o 14º Fórum Estadual do Leite, realizado na manhã desta quarta-feira (7/3), durante a Expodireto Cotrijal, em Não-me-toque (RS), com o apoio do Sindilat. "Vemos um cenário positivo de oferta. Tende a ser um ano mais estável, sem as flutuações que ocorreram em 2016", projeta o especialista.

Segundo Carvalho, a demanda será um aspecto muito importante em relação ao que vai acontecer em 2018. "Vemos uma curva de recuperação bem mais intensa que 2017, com preços na média, por volta de 4% mais altos", prevê o agrônomo, lembrando que o cenário de otimismo está atrelado a uma expectativa de recuperação do consumo e também de menor volume de importação no primeiro semestre.

"A eficiência é a base de tudo. Precisamos fazer o controle da terceira casa depois da vírgula para medir resultados. Trabalhar com indicadores é fundamental para buscar a viabilidade do nosso negócio", avalia o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.
Ao final da apresentação, o fórum contou com a participação do público presente, que lotou o auditório da feira. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, manifestou preocupação com os impactos do inverno rigoroso na União Europeia e EUA e aproveitou para questionar até que ponto a condição climática pode influenciar o mercado brasileiro, principalmente no que diz respeito ao aumento de custos. De acordo com Carvalho, o impacto deve ser pequeno. Entretanto, o especialista pontua que o frio pode afetar os preços lá fora, fator que pode ocasionar alguma interferência aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Bruna Karpinski 

 

Com 967 emendas, MP que altera reforma trabalhista tem comissão instalada

O Congresso Nacional instalou nesta terça-feira (6) uma série de comissões mistas destinadas a apreciar medidas provisórias enviadas pelo presidente Michel Temer nos últimos meses, dentre elas a que altera diversos pontos da reforma trabalhista. Os colegiados, formados por senadores e deputados, serão responsáveis pela primeira etapa de tramitação das matérias que, se aprovadas, seguem para apreciação dos plenários da Câmara e do Senado.

Editada após um acordo do governo com os senadores, a MP 808/2017 modifica trechos das mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovadas em meio a controvérsias entre os parlamentares. Um dos 17 artigos modificados libera grávidas e gestantes para trabalharem em locais insalubres. O senador Gladson Cameli (PP-AC) foi eleito presidente do colegiado e o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), o vice.

A matéria recebeu 967 emendas, ou seja, sugestões de alterações no texto, que serão analisadas nas próximas semanas pelos 26 parlamentares integrantes do colegiado. Como foi assinada por Temer em novembro do ano passado, a MP perderia a validade no último dia 22 de fevereiro, dois meses depois de editada, mas foi prorrogada por mais 60 dias pelo presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE).

Já o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem se posicionado contrariamente à edição de medida provisória para tratar desse tema. Como se trata de uma MP, as alterações já possuem força de lei, mas precisam ser aprovadas pelos deputados e senadores no prazo de dois meses, prorrogáveis por igual período.

Outras medidas provisórias também tiveram comissões mistas instaladas hoje, dentre elas a que reduz a idade mínima para o saque das cotas dos fundos do PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público).

Já a MP 811/2017 retira a vedação para que a empresa Pré-Sal Petróleo (PPSA) possa atuar diretamente na comercialização de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos. Graças a essa medida provisória, a estatal pôde promover ontem (5) a primeira venda de barris de petróleo para a Petrobras.

Saiba quais são os principais pontos da MP que altera a reforma trabalhista:
Trabalho intermitente (executado em períodos alternados de horas, dias ou meses) - A modalidade de contrato garante parcelamento das férias em três vezes, auxílio-doença, salário-maternidade e verbas rescisórias (com algumas restrições), mas proíbe o acesso ao seguro-desemprego ao fim do contrato. A convocação do trabalhador passa de um dia útil para 24 horas. Trabalhador e empregado poderão pactuar o local de prestação do serviço, os turnos de trabalho, as formas de convocação e resposta e o formato de reparação recíproca, em caso de cancelamento do serviço previamente acertado entre as partes.

O período de inatividade não será considerado como tempo à disposição do empregador e, portanto, não será remunerado. O trabalhador poderá, durante a inatividade, prestar serviço para outro empregador. Em caso de demissão, ele só poderá voltar a trabalhar para o ex-patrão, por contrato de trabalho intermitente, após 18 meses. Essa restrição vale até 2020.

Grávidas e lactantes - As gestantes serão afastadas de atividade insalubre e exercerão o trabalho em local salubre. Neste caso, deixarão de receber o adicional de insalubridade. Para as lactantes, o afastamento terá de ser precedido de apresentação de atestado médico. O trabalho em locais insalubres de grau médio ou mínimo somente será permitido quando a grávida, voluntariamente, apresentar atestado médico autorizando a atividade.

Jornada 12×36 - Acordo individual escrito para a jornada de trabalho de 12 horas, seguidas de 36 horas de descanso, só poderá ser feito no setor de saúde (como hospitais). Nos demais setores econômicos, essa jornada deverá ser estabelecida por convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

Contribuição previdenciária - O trabalhador que em um mês receber menos do que o salário mínimo poderá complementar a diferença para fins de contribuição previdenciária. Se não fizer isso, o mês não será considerado pelo INSS para manutenção de qualidade de segurado. A regra atinge todos os empregados, independentemente do tipo de contrato de trabalho.

Negociação coletiva - Acordo ou convenção coletiva sobre enquadramento de trabalho em grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres poderão prevalecer sobre a legislação, desde que respeitadas as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho. Os sindicatos não serão mais obrigados a participar de ação de anulação de cláusula de acordo ou convenção impetrada por trabalhador (ação individual). A participação obrigatória (o chamado "litisconsórcio necessário") havia sido determinada pela reforma trabalhista.

Trabalhador autônomo - A MP acaba com a possibilidade de o trabalhador autônomo prestar serviço a um só tomador (fim da cláusula de exclusividade). O autônomo poderá ter mais de um trabalho, no mesmo setor ou em outro diferente. Tem o direito de recusar atividade exigida pelo tomador.

Representação em local de trabalho - A comissão de representantes dos empregados, permitida em empresas com mais de 200 empregados, não substituirá a função do sindicato, devendo este ter participação obrigatória nas negociações coletivas.

Prêmios - Aqueles concedidos ao trabalhador (ligados a fatores como produtividade, assiduidade ou outro mérito) poderão ser pagos em duas parcelas.

Gorjetas - Não constituem receita própria dos empregadores, destinando-se aos trabalhadores. O rateio seguirá critérios estabelecidos em normas coletivas de trabalho. (Agência Brasil)

 Preço do Milho 

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços praticamente estáveis. A preocupação com o clima na Argentina sustenta os contratos, mas os agentes começam a corrigir tecnicamente. O mercado segue em compasso de espera aguardando o relatório de Oferta e Demanda que será divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. (Fonte: Canal Rural)

Porto Alegre, 06 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.688

 

 Marcas de Quem Decide destaca laticínios gaúchos

A pesquisa Marcas de Quem Decide, promovida pelo Jornal do Comércio e realizada pela Qualidata, destacou a força dos laticínios gaúchos na lembrança e na preferência dos consumidores do Rio Grande do Sul. A entrega da distrição a empresas referência em seus setores foi realizada em solenidade na manhã desta terça-feira (6/3), na Fiergs, em Porto Alegre.  No segmento Produtos Lácteos, a Santa Clara foi a marca mais lembrada com 29,7% dos votos, um crescimento de 4,8 pontos percentuais em relação à pesquisa do ano passado, quando a empresa foi apontada por 24,9% dos entrevistados. A Piá ficou em seguida com 16% e a Elegê foi lembrada por 8,4% dos entrevistados, ocupando assim o terceiro lugar. A Santa Clara também conquistou liderança na preferência dos gaúchos com 23,7%, posição ocupada em 2017 pela cooperativa Piá, que, nesse ano, somou 17,8% dos votos e ficou na segunda colocação. Seguida da Elegê que se manteve em terceiro lugar com 6,8% da preferência dos entrevistados. Em sua 20ª edição, a pesquisa Marcas de Quem Decide ouviu mais de 400 consumidores em 47 cidades do Rio Grande do Sul.

Na categoria Queijos, a cooperativa Santa Clara também ficou em primeiro lugar tanto como marca mais lembrada quanto preferida dos gaúchos. A cooperativa de Carlos Barbosa foi citada por 37,1% dos entrevistados no quesito lembrança e 31,2% em preferência. A marca RAR se destacou, saltando do quarto lugar em lembranças e preferência dos gaúchos para segundo, totalizando 3,5% e 5,5% dos votos, respectivamente, um aumento significativo em relação ao ano passado, quando somou 1,9% dos votos para marca mais lembrada e 2,1% em marca preferida. O terceiro lugar foi ocupado pela marca Santa Rosa que somou 3,3% em lembrança e 3,1% em preferência. As demais colocações de ambas as categorias serão divulgadas pelo Jornal do Comércio no dia 26 de março. 

A solenidade contou com lideranças do setor empresarial e autoridades. Estiveram presentes o governador do Estado, José Ivo Sartori, e o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior. O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, marcou presença no evento e mostrou-se otimista com as projeções para o setor lácteo em 2018. "No ano passado, nós tivemos uma queda de consumo interno e ficamos sem alternativas de escoar a produção, o que ocasionou queda  de preços. Agora, estamos buscando uma retomada pelo mercado internacional", destacou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Entidades debatem programação da Fenasul

Instituições que participam tradicionalmente na organização da Fenasul reuniram-se na manhã desta terça-feira (6/3), na Secretaria da Agricultura (Seapi), para debater a realização da feira, prevista para a segunda quinzena de maio de 2018. Além do Sindilat e da Seapi, estiveram presente representantes da Gadolando e  Associação de Criadores de Gado Jersey. 
O encontro foi coordenado pelo chefe de gabinete do secretário Ernani Polo, Antônio Aguiar. Uma das questões que está em debate é a data de realização da exposição. A organização também discute alternativas para garantir maior presença de animais e público no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Um novo encontro será realizado na próxima terça-feira (13/3) para alinhar outras questões ainda pendentes.Segundo o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que participou da reunião, as indústrias ainda estão alinhando a participação do sindicato na Fenasul frente à falta de recursos para investimento. "Tivemos um corte expressivo de receitas e precisamos ajustar as despesas", pontuou.

Foto: Carolina Jardine

 

Lácteos: índice de preços GDT recua 0,6% em leilão

O índice de preços internacionais de lácteos GDT recuou 0,6% no leilão realizado nesta terça-feira, 6, na GlobalDairyTrade, em relação ao leilão anterior. O preço médio ficou em US$ 3.593 por tonelada. A GlobalDairyTrade é uma plataforma de negociação criada pela Fonterra, da Nova Zelândia. Já o preço médio de leite em pó integral atingiu US$ 3.232 por tonelada, enquanto o índice para o produto caiu 0,8% em relação ao último leilão. O indicador GDT cobre uma série de produtos e vencimentos, e é considerado uma referência no mercado de produtos lácteos. (Estadão Conteúdo/GDT)

 
 
 
Perspectivas do mercado lácteo - Europa- Relatório 09/2018 de 02 de março de 2018

Um incomum inverno extremamente frio vem atingindo grande parte da Europa nos últimos dias. Regiões inteiras da Alemanha estão com temperaturas congelantes. Na Itália a previsão é de tempestades de neve, o que é bastante incomum. 

O clima mais frio na Alemanha está reduzindo o aumento sazonal da produção de leite. No entanto observadores esperam que a produção de leite em 2018 fique acima da de 2017. A primavera pode vir com ganhos nos próximos meses. Existe grande expectativas em relação aos primeiros dados sobre as exportações de 2018, quando, acreditam os analistas, será constatado o aumento nas exportações de queijo pela União Europeia (UE). Se isto ocorrer, estará revertendo o fraco desempenho dos últimos anos. A projeção é de que as vendas de queijo nesse início de 2018 ficará em torno de 3% maior do que a verificada no início de 2017.

Queijo é o destino preferido para a produção extra de leite na UE, menos do que a manteiga e o leite em pó desnatado. As indústrias de queijo acreditam que existem negociações que poderão elevar as exportações. Estão em curso esforços agressivos na UE para expandir as oportunidades de exportação de queijos. A UE é o maior exportador mundial de queijos e pretende continuar crescendo nesse mercado. A Ucrânia aumentou em 63% as importações de queijo em 2017, quando comparadas com 2016. Todos os dez maiores fornecedores de queijo para a Ucrânia são membros da UE. As principais variações foram: Polônia, +46%; Alemanha, +39%; França, +49%; Holanda, +39%; e Itália, +17%.  (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 

 
 

 Nestlé lança versão zero lactose de seu creme de leite
Atenta às tendências, ao potencial promissor do mercado e às necessidades das pessoas, a Nestlé® lança a versão zero lactose de seu creme de leite. O produto não contém lactose e pode ser utilizado nas preparações doces e salgadas e chega para agregar ao portfólio da marca, que já conta com as versões lata e caixinha tradicional e lata light. O novo Creme de Leite Zero Lactose Nestlé poderá ser encontrado nas melhores redes varejistas de todo o Brasil ainda neste mês. (As informações são do Newtrade)

 

Porto Alegre, 05 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.687

 

  Sindilat lamenta morte de Raul Randon

O Sindicato da Indústria de Latícinios do RS (Sindilat) lamenta a morte do presidente do Conselho de Administração das empresas Randon, Sr. Raul Alsemo Randon, neste sábado (3/3) na cidade de São Paulo (SP). Aos 88 anos, foi vítima de parada cardíaca após complicações decorrentes de uma cirurgia para colocação de prótese no fêmur. Visionário, o empresário do ramo metalmecânico empreendeu no setor laticinista com maestria ao dar asas à RAR. Fez de sua paixão pelos queijos um projeto diferenciado no setor industrial, que resultou em um dos rótulos mais diferenciados já produzido em solo gaúcho: o gran formaggio, primeiro queijo tipo Grana fabricado da América Latina.

O legado de Raul Alselmo Randon deixa ao setor laticinista e a todo o empresariado gaúcho uma lição de profissionalismo, paixão e competência. Temos a certeza que o setor perde um líder nato que fará muita falta. Que sua história sirva de exemplo às novas gerações que, com certeza, conduzirão seus projetos no futuro. Nossos sentimentos à família e amigos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)  


Foto: Magrão Scalco

 

Mecanização da atividade leiteira avança no campo
Além das lavouras, a mecanização do agronegócio ganha espaço na pecuária, especialmente na produção de leite. E, claro, também cresce em importância na Expodireto. Da ordenha mecanizada ou robotizada (que praticamente elimina a intervenção humana) à alimentação do gado, o uso de máquinas supre a falta de mão de obra, melhora a qualidade do produto e o volume de leite obtido nas propriedades, e está avançando no campo.

"A robotização da ordenha, que dispensa qualquer necessidade de intervenção direta do agricultor, exige um bom investimento. Mas é possível adotar medidas e equipamentos mais simples e que também facilitam o trabalho e melhoram a produção", destaca Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticí- nios do RS (Sindilat). Enquanto a robotização pode exigir pelo menos R$ 1 milhão em investimento, avalia executivo, adotar um sistema de envio direto de leite da ordenha para os taques pode ser feito com menos de R$ 30 mil. Ampliar aos poucos a mecanização, começando pelo mais simples, é a alternativa encontrada por produtores como Arialdo Bristot para se modernizar. Nos últimos três anos, ele investiu cerca de R$ 300 mil na propriedade, onde cria 45 vacas, com ajuda dos pais e da esposa, em Paraí. "Passamos da ordenha manual à mecanizada, canalizando o envio do leite aos tanques refrigerados e colocando ventilação na sala de ordenha e no confinamento para dar mais conforto ao animais. Também compramos equipamentos para colher, embalar e misturar feno e ração. Antes era tudo braçal", comemora Bristot, que é ligado à Cooperativa Santa Clara. Hoje, conta o produtor, até mesmo a mistura do feno com a ração é feita de forma automatizada, e a pastagem é melhorada com irrigação. O resultado, diz o pecuarista, veio com aumento de até 3 litros diários por animal e avanço na qualidade do líquido.

"Com leite melhor sendo entregue, temos um ganho de R$ 0,07 a 0,08 por litro", esclarece Bristot, que hoje consegue obter quase 40 mil litros de leite por mês utilizando 52 hectares para a atividade. Gelson Melo de Lima, superintendente de produção agropecuá- ria da Cotrijal, acredita que deve ter incremento a demanda dos produtores por sistemas cada vez mais informatizados de controle de dados e gestão. Um deles é o que permite mudar a alimentação do animal de acordo com a quantidade e qualidade do leite. "É tudo computadorizado e interligado. O sistema identifica problemas no leite de determinado animal e automaticamente processa mudanças na alimentação, de forma individualizada", conta Lima. (Jornal do Comércio)

Perspectivas do mercado lácteo - Oceania - Relatório 09/2018 de 02 de março de 2018

O aumento da produção de leite na Austrália está sendo atribuído à melhoria do tempo em muitas bacias leiteiras, assim como o preço mais elevado do leite ao produtor. Muitos produtores e industriais comentam sobre as condições favoráveis que impulsionam a cotação das commodities no momento. 

Estão conscientes de que a produção de leite na Nova Zelândia é menor do que a projetada, e a boa demanda por lácteos pelos países da região continua. Reconhecem o potencial risco para os preços se houver reversão desses fatores. Os recentes planos de investimento em processamento de leite na Austrália estão animando muitos produtores. As indústrias esperam que a produção responda aos investimentos. A produção acumulada da temporada, julho de 2017 a janeiro de 2018 subiu 3,1% em relação a um ano atrás. A produção de leite em janeiro de 2018 na Nova Zelândia foi de 2,3 milhões toneladas, queda em relação à produção de janeiro de 2017 que foi de 2,4 milhões de toneladas, de acordo com a DCANZ. Janeiro é o terceiro mês consecutivo da produção em queda que se seguiu ao pico de outubro de 2017. O volume de sólidos, em janeiro de 2018, foi de 194,1 milhões de quilos, também abaixo do valor obtido em janeiro de 2017, 209,7 milhões de quilos.

Observadores da Nova Zelândia projetam queda de 1,5% na produção da temporada 2017/2018 em relação à anterior. É possível mudança de quadro se o clima e as pastagens continuarem melhorando pelo resto da temporada.  (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

Manteiga deixa de ser vilã e venda aumenta
Os consumidores não apenas estão comendo mais manteiga, como também estão dispostos a pagar mais caro por ela, o que está gerando grandes ganhos para as fabricantes de marcas de alto padrão. As vendas globais de manteiga no varejo crescerão 2,9% em 2018, para US$ 19,4 bilhões, superando o crescimento de 1,9% do volume de vendas, segundo a Euromonitor International. A tendência está estimulando a expansão de marcas internacionais que se beneficiam com a opção dos consumidores por gorduras mais naturais, segundo Raphael Moreau, analista de pesquisa sênior da empresa de pesquisa. A demanda por manteiga, creme de leite e outras commodities ricas em gorduras derivadas do leite aumentou depois que a percepção dos consumidores foi influenciada por estudos que mostravam os riscos menores à saúde do consumo de gorduras lácteas e os efeitos prejudiciais das gorduras trans alternativas, informou o Departamento de Agricultura dos EUA em relatório de 14 de fevereiro. A situação está respaldando os preços, que atingiram um recorde em setembro passado devido à escassez na Europa. "Os consumidores estão exigindo cada vez mais produtos lácteos ricos em gordura, permitindo que ela e, portanto, também a manteiga, voltem a fazer parte de suas dietas", disse Hanne Soendergaard, vice-presidente-executiva de marketing e inovação da Arla Foods, por e-mail. A demanda mais forte por marcas premium de alta qualidade está estimulando as vendas da manteiga Lurpak da Arla, pela qual "os consumidores estão dispostos a pagar um preço mais alto", disse a executiva. A receita com a Lurpak subiu 8,3% em 2017 apesar de o volume de venda ter caído 2,7%, informou a Arla em seu relatório anual de resultados. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

Porto Alegre, 02 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.686

 

Japão: mercado de leite em pó para adultos está em alta

Quando se ouve ou lê leite em pó a primeira imagem é de bebês ou crianças. Ou, às vezes, para fazer algum doce. No Japão, esse produto alimentício anda em baixa porque o número de bebês vem caindo a cada ano. Tanto que as indústrias andam exportando o leite em pó para bebês, para outros países da Ásia. Mas, por outro lado alguns fabricantes descobriram um segmento interessante. Desenvolveram leites em pó com sabores diferentes, acrescidos de suplementos, para finalidades diferentes.

Em setembro do ano passado a Yukijirushi, uma tradicional indústria de leite e derivados, criou uma linha chamada Platina Milk. Já deu para imaginar para que público. Sim, o de cabelo platinado, ou acima de 60 anos. E acertou em cheio. O público da terceira idade é ativo pois foi-se o tempo em que avançar na idade era sinônimo de hospitais e medicamentos. De uns anos para cá, a pessoas da terceira idade querem ter longevidade com saúde.

Leite em pó para terceira idade
Uma pesquisa realizada pela fabricante apurou o que o público maduro deseja quando chegar na terceira idade. As respostas foram: boa memória em primeiro lugar, força muscular em segundo e beleza em terceiro. Assim, a fabricante desenvolveu três leites em pó com finalidades distintas. Um deles tem sabor de matcha com suplementos para pessoas ativas, enriquecido com cálcio, leucina e vitamina D. O outro é leite puro acrescido de suplementos como 11 tipos de vitamina, 8 tipos de minerais, DHA e proteína para balancear a saúde. O terceiro tem sabor de sopa potage, acrescido de colágeno, cerâmica e geleia real para a beleza da pele.

Outra que iniciará uma linha a ser vendida nos supermercados e farmácias a partir de abril é a morinaga, com suplementação de lactobacilos para manter a imunidade. Outra indústria, a Kyushin, já tem o leite em pó para adultos, mas criou um com sabor de iogurte, há quatro anos. (As informações são do Portal Mie)    

 
 
Nova Zelândia - Quanto será a queda efetiva de produção de leite?

Produção/NZ - Nas últimas semanas começou uma polêmica na Nova Zelândia em relação a quanto poderá cair a produção de leite no país e se a Fonterra poderá aumentar o preço a seus produtores na temporada 2017/2018. No início do ano os valores dos produtos lácteos (especialmente do leite em pó integral) se incrementaram no GlobalDairyTrade, influenciados pela menor oferta prevista pela cooperativa neozelandesa.

Nos quatro primeiros eventos de 2018 o preço do leite em pó integral subiu 17,8%. O banco ASB disse que a queda de 3% na produção prevista pela Fonterra na temporada 2017/2018 é muito pessimista. Os analistas do banco questionaram essa projeção devido ao retorno das chuvas em boa parte do país nas últimas semanas. No último boletim da Associação das Empresas de Laticínios da Nova Zelândia foi divulgada a informação de quem janeiro a produção do país caiu 7,4% em relação a igual mês do ano anterior, medido em quilos de sólidos. No acumulado a produção 2017/2018 até agora está 0,9% abaixo do volume registrado em igual período do ciclo anterior. E, nos 12 meses fechados em janeiro a captação é 0,8% superior. No relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a previsão é de que no ano calendário de 2018 a produção cairia 1% em relação a 2017.

Atualmente a Fonterra projeta o preço do leite ao produtor em NZ$ 6,40/kgMS, [R$ 1,15/litro]. Os analistas do banco ABS mantiveram uma estimativa de preço em NZ$ 6,50/kgMS, [R$ 1,17/litro]. Já o banco ANZ considera que a Fonterra manterá sua atual projeção de preço para essa temporada. Ainda que seja esperada nova queda de preços com maior oferta interna nos próximos meses, o preço do leite em pó deverá se manter na faixa entre US$ 2.800 a US$ 3.200 a tonelada. Já os corretores da OMF estima que a Fonterra deverá aumentar para NZ$ 6,78/kgMS, [R$ 1,22/litro], o preço do leite ao produtor. (El Observador - Adaptação: Terra Viva)

Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 09/2018 de 02 de março de 2018

Leite/América do Sul - Nas duas últimas semanas, chuvas esparsas trouxeram alívio para o milho, soja e outras culturas de verão da América do Sul. No entanto, temperaturas elevadas e falta de chuvas é a previsão do tempo para o resto do verão, e outono, como efeito do fenômeno La Niña. Na realidade, de acordo com o Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola da Argentina (INTA), até o dia 19 de fevereiro de 2018, o percentual de água disponível no solo variou entre 0 e 10% em todo o país, o que é sinal de seca severa. Sabendo disso os produtores de leite estão muito preocupados com a sua rentabilidade, diante do potencial aumento no preço dos grãos, que representam em torno de 50% da alimentação de seus rebanhos. De acordo com alguns contatos das indústrias, os preços das fazendas permanecerão bastante estáveis pelo menos até o final do verão. Em geral a produção de leite vem mantendo um declínio constante em todo o continente, enquanto os níveis de matéria gorda e proteína permanecem baixos. 

A volta às aulas na Argentina e Uruguai estão fazendo crescer a demanda de leite engarrafado. Por outro lado, já começa a faltar leite para as necessidades das indústrias. Diante disso, algumas fábricas começam a priorizar a produção de queijos e iogurtes, por exemplo, reduzindo a secagem para leite em pó. Também a fabricação de manteiga é menor, com a menor disponibilidade de creme. De acordo com as indústrias, os produtores de leite ainda não receberam os subsídios do governo para ajudar a superar os danos causados pelas inundações de anos anteriores. Assim, as estradas rurais continuam precárias nas principais bacias leiteiras.
No Brasil a escassez de leite está ajudando a sustentar o preço do leite ao produtor. Após as tradicionais comemorações das duas últimas semanas, os pedidos de leite engarrafado pelo varejo e food service caíram. A produção de queijo e manteiga está ativa, mas, já começa a faltar matéria prima em algumas regiões do país. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
 

Captação de leite na UE aumentou 1,8% em 2017
A captação de leite na União Europeia (UE) no mês de dezembro registrou um aumento significativo, sendo 3,9% superior ao de dezembro de 2016 (+474 000 toneladas). Os maiores aumentos de volume foram registrados na Alemanha, na França e no Reino Unido. Os maiores aumentos percentuais foram registrados na Irlanda (+ 13,6%), Romênia (+ 10,9%), Lituânia (+ 10%) e Áustria (+ 9,4%). As captações acumuladas ao longo do ano de 2017 foram 1,8% superiores às de 2016, o que se traduz em 2,7 milhões de toneladas de aumento, de acordo com os últimos dados do Observatório da Indústria de Lácteos da UE. Os maiores percentuais de aumentos nas entregas em 2017 foram registrados na Bulgária, Chipre, Irlanda e Romênia, enquanto 10 Estados-Membros reduziram suas entregas de leite (Alemanha, Holanda, Suécia, Finlândia, Hungria, Croácia, Grécia, Malta, Letônia, Lituânia). Na Espanha, as entregas aumentaram 1,8%, ficando na média da UE. Os produtos lácteos cuja produção aumentou em 2017 foram leite em pó integral (+ 2,8%), queijo (+ 2,0%, embora a queda no último mês do ano tenha sido muito pronunciada), leite concentrado (+ 1,4%) e creme (+ 1,0%), enquanto o leite em pó desnatado (-2,6%), o leite de consumo (-0,7%) e a manteiga (-0,4%) apresentaram redução. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 01 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.685

 

    Lactalis produz leite UHT em garrafas e manteiga com a verdadeira receita francesa no RS

O Grupo Lactalis deu início, neste mês de fevereiro, à fabricação de leite UHT das marcas Parmalat e Elegê envasado em garrafas. Os produtos sairão da nova linha da unidade de Teutônia, no Rio Grande do Sul, cuja inauguração ocorreu na manhã desta quarta-feira (28/2) com a presença de autoridades e do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Tendência no mercado europeu, as embalagens representam apenas 2,2% do volume de leite comercializado no Brasil. Em seu pronunciamento, o governador destacou que o projeto consolidado hoje é resultado de uma parceria iniciada no começo de sua gestão. "O amanhã depende do que estivermos realizando hoje", frisou, elogiando a iniciativa da Lactalis e lembrando que mais empresas precisam seguir esse exemplo e investir no RS.

Para adaptar a fábrica de Teutônia, a Lactalis investiu R$ 50 milhões em equipamentos para produção de leite UHT em garrafas e R$ 20 milhões para a linha de manteiga premium, muitos deles importados da Europa. O processo durou 12 meses e foi concluído no final de 2017. Segundo o CEO da Lactalis do Brasil, André Salles, o Rio Grande do Sul é um estado estratégico para a empresa. "Esta é uma tendência que chega ao Brasil como fruto do amadurecimento do mercado de lácteos. O leite em garrafas agrega um novo conceito de praticidade e conveniência ao consumidor", completou o diretor de comunicação da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella.  

As garrafas Multiprotect apresentam barreiras de revestimento que evitam o contato do leite com o ambiente externo, ajudando a mantê-lo fresco por mais tempo. A embalagem ainda tem alta resistência, fácil acondicionamento e manuseio simples, evitando perdas e respingos. A aposta da Lactalis é na capacidade de amadurecimento do mercado brasileiro, uma vez que, na França, por exemplo, o leite em garrafa PET representa 43% do mercado. No Reino Unido, a embalagem lidera com 75% das vendas.

MANTEIGA PRÉSIDENT GASTRONOMIQUE - Os investimentos na nova fábrica também permitiram a inauguração de uma nova unidade de produção de manteiga. Agora, será produzida no RS a manteiga com a verdadeira receita francesa: a Président Gastronomique. Comercializada em todo o país, levará às mesas brasileiras o sabor único da manteiga mais vendida na França. "É um produto que traz ao Brasil  inovação,  diferenciação e  qualidade que desenvolverá o mercado, como a  Lactalis  faz ao redor do mundo", pontua Salles.

LACTALIS NO BRASIL ─  A Lactalis é uma empresa familiar de origem francesa fundada em 1933. Inicialmente destinada à produção de queijos, cresceu com base em uma política de valorização dos produtores/fornecedores e comprometimento com o consumidor. A Lactalis tem 80 mil funcionários e está presente em 85 países. São 236 fábricas com captação de 18 bilhões de litros ao ano. No Brasil, a empresa deu início às atividades em 2013 com a compra da Balkis. Em seguida, assumiu unidades da LBR que lhe concederam o uso da marca Parmalat no Brasil. Atualmente, tem 4 mil funcionários atuando em 15 unidades. (Assessoria de Imprensa Lactalis)

 
Foto: Wiliam Perin/ Divulgação Lactalis

 
 
PIB 2017: Brasil cresce 1% e encerra 2 anos de recessão

A soma de todos os produtos e serviços produzidos no País teve, em 2017, a primeira expansão desde 2014 (quando o Produto Interno Bruto subiu 0,50%), confirmando a saída da recessão.  O PIB subiu 1% ano passado, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Em 2015 e 2016, houve declínio de 3,5% do PIB em cada ano, conforme dados revisados pelo IBGE. O resultado veio abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, de 1,10%, e dentro do intervalo das previsões, de alta de 0,93% a 1,30%.


 
No quarto trimestre de 2017, o PIB subiu 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado que ficou no piso do intervalo das estimativas dos analistas. O teto era 1,0% e a mediana, 0,30%. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o PIB apresentou alta de 2,1% no quarto trimestre de 2017, vindo abaixo da mediana, de 2,50%, e mais perto do piso das estimativas, de 1,90% a 3,10%. 

Destaques. Um dos fatores que ajudaram a puxar o PIB foi a agropecuária, que subiu 13,0% em 2017 ante 2016, o melhor resultado da série histórica iniciada em 1996. Já no quarto trimestre de 2017, o PIB da agropecuária ficou estável contra o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o PIB da agropecuária mostrou alta de 6,1%.

O consumo das famílias também cresceu: subiu 1,0% em 2017 ante 2016 e 0,1% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o consumo das famílias mostrou alta de 2,6%. O consumo do governo, por sua vez, caiu 0,6% em 2017 ante 2016. No quarto trimestre de 2017, esse indicador subiu 0,2% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o consumo do governo mostrou queda de 0,4%. Já o PIB da indústria ficou estável em relação a 2016.  No quarto trimestre de 2017, porém, houve alta de 0,5% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o avanço foi de 2,7%.

Retomada. Desde o início do ano, a economia já dava sinais de reação, com avanço de 1,3% no primeiro trimestre, 0,7% no período de abril a junho e 0,1% do terceiro trimestre, todos os dados na margem com ajuste sazonal. 

Além das questões temporárias que deram impulso para o consumo, a inflação baixa e o corte na taxa de juros foram alguns dos fatores que ajudaram a estimular a atividade doméstica em 2017, diz Luiz Castelli, da GO Associados. "Não são só fatores pontuais. Também tem uma dinâmica melhor da situação externa", acrescenta.

Entre os fatores pontuais, o mais relevante, lembram os economistas, foi a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que somaram saques de R$ 44 bilhões entre março e julho, favorecendo bastante o consumo, que foi o principal motor da recuperação em 2017, e o varejo do lado da oferta, que é contabilizado no PIB dentro de Serviços.

O consumo das famílias deve voltar a crescer depois de anos de contração, de 3,2% em 2015 e 4,3% em 2016. "No lado da demanda, o destaque é o consumo das famílias voltando a ficar positivo, como reflexo da inflação mais baixa, da liberação do FGTS e da melhora da confiança. Mas a retração menor dos investimentos também pode ser comemorada", diz o economista Francisco Pessoa Faria, da LCA Consultores.

Do lado da oferta, a recuperação entre todos os grandes setores, dizem os economistas, ocorre graças à safra recorde de grãos do ano passado. A agropecuária deve dar a principal contribuição para o crescimento previsto.

Pessoa Faria, da LCA, que esperava avanço de 1,03% do PIB de 2017, destaca como principais influências a agropecuária e a indústria de transformação. Ele diz que, embora, o PIB agrícola, beneficiada pela safra recorde, contribua para o resultado, o crescimento previsto para a indústria de transformação é mais representativo do início do processo de retomada visto no ano passado.

"Sem prejuízo dos ganhos de produtividade no campo, a expansão da agropecuária está mais relacionada a questões climáticas. Em termos de virada da atividade, a indústria de transformação é o principal destaque." 

Para 2018, a GO Associados espera um cenário mais favorável, com possibilidade de crescimento de 3,2% para o PIB. "A retomada que vem acontecendo de forma paulatina trimestre a trimestre deve ganhar força ao longo de 2018", diz. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)


Tetra Pak 

Monica Pieratti é a nova líder de Marketing da área de processamento da Tetra Pak Américas. A executiva chega com o desafio de desenvolver produtos e serviços que tornem a indústria alimentícia mais competitiva, além de fomentar a inovação, alta performance e eficiência dos fabricantes de alimentos e bebidas. 

Na companhia desde 2001, a executiva já atuou no escritório de Modena, na Itália, como gerente global de Marketing, e, em 2011, foi transferida para a filial da empresa em Lima, no Peru, no cargo de gerente de marketing e produto. Em 2014, voltou ao Brasil para assumir a posição de gerente de portfólio, na qual permaneceu até fevereiro deste ano. Formada em Marketing pela Universidade Luterana da Califórnia, Monica também acumula passagens por Colgate-Palmolive e Coca-Cola. Por meio de sua área de processamento, a Tetra Pak fornece soluções completas e equipamentos para processamento de lácteos, queijos, sorvetes, bebidas e alimentos preparados. Com tecnologias de ponta, é possível obter as melhores práticas em termos de segurança alimentar, eficiência, qualidade do produto e desempenho ambiental. (Assessoria de Imprensa Tetra Pak)

Uruguai: comparada a janeiro de 2017, produção de leite cresce 2,7%
A produção de leite no Uruguai continua recuperando os volumes enviados para as indústrias, atingindo um aumento de 2,7% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2017, de acordo com dados do Instituto Nacional do Leite (INALE). Os envios em janeiro desse ano foram de 156,6 milhões de litros, contra 152,58 milhões em janeiro de 2017. O preço do leite para o produtor durante o último mês de janeiro aumentou 0,9% em relação a dezembro passado, ao atingir uma média de 9,49 pesos por litro. Medido em dólares, o preço foi de 0,33 a litro, registrando um aumento de 2,1%. Durante o mês de janeiro, o preço médio do leite registrou um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2017, tanto em pesos como em dólares. (As informações são do El Observador, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.684

 

    Setor leiteiro pede agilidade na votação do PL do Fundoleite

Dirigentes de entidades representativas da cadeia produtiva do leite reivindicaram a votação do projeto de lei 287/2017, que altera a destinação dos recursos captados pelo Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) junto ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Marlon Santos (PDT). O pedido foi feito na manhã desta terça-feira (27/02), em reunião da qual participou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, no gabinete da presidência. Na ocasião, também estavam presentes representantes da Fetag, Farsul, Famurs, Apil, Ocergs e Conseleite, além de deputados. Embora o projeto já tivesse sido formatado e apresentado no final do ano passado ao ex-presidente da casa, Edegar Pretto (PT), o encontro teve o objetivo de buscar agilidade na tramitação da matéria a partir do conhecimento da pauta pelo novo chefe do Legislativo.

O PL refere-se, principalmente, à distribuição dos recursos do Fundoleite. Pela proposta, a nova divisão ficará da seguinte forma: 70% para assistência técnica a produtores, 20% para fomentar projetos em benefício do setor e 10% para custeio do Instituto Gaúcho do Leite (IGL). Na avaliação de Guerra, esta modificação proporciona condições de todas as entidades do setor acessarem os recursos do fundo.

De acordo com o secretário da Agricultura do Estado, Ernani Polo, a construção da mudança foi feita de forma harmônica entre as entidades. O presidente da casa elogiou a iniciativa, afirmando que "mobilizações como essas são necessárias", destacando que nunca na história da Assembleia houve tanta dedicação ao setor primário. A força coletiva para chegar ao consenso foi elogiada pelo presidente do Sindilat. "Fizemos um esforço muito grande pra organizar as diretrizes, com efeitos positivos que tanto o setor como o produtor merecem ter", pontuou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)



 
Foto: Vitorya Paulo

 
 
Preços no mercado interno contribuem para reduzir déficit da balança comercial de lácteos 

A queda de 15% nas importações de lácteos em 2017 contribuiu para reduzir o déficit da balança comercial do setor. No período foram trazidos de outros mercados o equivalente a US$ 561,91 milhões contra US$ 658,37 milhões importados em 2016. Já a receita com as exportações de produtos lácteos caiu 34%, atingindo US$ 112,58 milhões. Assim, o déficit da balança comercial do setor, de US$ 449 milhões, representou um recuo de 7,4% na comparação com 2016.

Para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a perda significativa do mercado da Venezuela nas exportações – em 2016 representava 48% dos embarques de lácteos brasileiros e, em 2017, passou para 15% - foi um dos fatores que afetou o desempenho das vendas externas no ano passado. Por outro lado, segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o menor volume importado ocorreu em função dos baixos preços praticados no mercado interno ao longo do ano passado. “A diminuição da renda do brasileiro levou a uma redução do consumo de lácteos, forçando os preços para baixo. Esse comportamento tornou o mercado interno mais competitivo, nivelando com preços internacionais”, explica. Também o menor volume de compras externas reduziu a oferta de produtos no mercado interno e impactou parte das exportações. “Esses fatores deixaram um segundo semestre de péssimos resultados tanto para a indústria quanto para os produtores”.

O presidente do Sindilat acredita que 2018 será de reação do setor lácteo, com a perspectiva de retomada da economia, aumento da confiança do consumidor e recomposição da renda do brasileiro, que nos últimos anos passou a priorizar as contas mais básicas e deixou de lado alguns hábitos de consumo. “A expectativa é que os lácteos sejam os primeiros a voltarem com força para a mesa dos brasileiros”, afirma o dirigente.

O campo já deu os primeiros sinais de que está pronto para atender ao aquecimento dessa demanda. Dados relativos à captação do leite no terceiro trimestre de 2017 indicam crescimento na comparação com o mesmo período de 2016. “Pela primeira vez em dois anos, os números apresentam expansão e evidenciam uma tendência positiva para o ano”, afirma Guerra.

De acordo com o IBGE, a quantidade de leite captado, considerando propriedades com inspeção federal, estadual e municipal, chegou a 6,16 bilhões de litros no terceiro trimestre de 2017, alta de 5,4% sobre o mesmo período de 2016. Na mesma base de comparação, no Rio Grande do Sul, a elevação foi de 8%, alcançando 954,18 milhões de litros, dando ao Estado a terceira colocação nacional em volume de leite captado. “O mercado, de uma forma geral, sinaliza para uma retomada, e a cadeia produtiva deve seguir fazendo o seu trabalho buscando a eficiência”, salientou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Fevereiro de 2018, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de janeiro de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Fevereiro de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)


 

 

COPO CHEIO
Comprado para ajudar a enxugar a oferta de leite no mercado interno brasileiro, no ano passado, o leite em pó foi distribuído ontem para a Federação das Apaes do Estado. A quantia destinada à entidade é de 270 toneladas, mas a aquisição do governo federal foi de mil toneladas, em um investimento de R$ 15 milhões do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A compra foi feita pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). (Zero Hora)