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02/03/2018

 

Porto Alegre, 02 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.686

 

Japão: mercado de leite em pó para adultos está em alta

Quando se ouve ou lê leite em pó a primeira imagem é de bebês ou crianças. Ou, às vezes, para fazer algum doce. No Japão, esse produto alimentício anda em baixa porque o número de bebês vem caindo a cada ano. Tanto que as indústrias andam exportando o leite em pó para bebês, para outros países da Ásia. Mas, por outro lado alguns fabricantes descobriram um segmento interessante. Desenvolveram leites em pó com sabores diferentes, acrescidos de suplementos, para finalidades diferentes.

Em setembro do ano passado a Yukijirushi, uma tradicional indústria de leite e derivados, criou uma linha chamada Platina Milk. Já deu para imaginar para que público. Sim, o de cabelo platinado, ou acima de 60 anos. E acertou em cheio. O público da terceira idade é ativo pois foi-se o tempo em que avançar na idade era sinônimo de hospitais e medicamentos. De uns anos para cá, a pessoas da terceira idade querem ter longevidade com saúde.

Leite em pó para terceira idade
Uma pesquisa realizada pela fabricante apurou o que o público maduro deseja quando chegar na terceira idade. As respostas foram: boa memória em primeiro lugar, força muscular em segundo e beleza em terceiro. Assim, a fabricante desenvolveu três leites em pó com finalidades distintas. Um deles tem sabor de matcha com suplementos para pessoas ativas, enriquecido com cálcio, leucina e vitamina D. O outro é leite puro acrescido de suplementos como 11 tipos de vitamina, 8 tipos de minerais, DHA e proteína para balancear a saúde. O terceiro tem sabor de sopa potage, acrescido de colágeno, cerâmica e geleia real para a beleza da pele.

Outra que iniciará uma linha a ser vendida nos supermercados e farmácias a partir de abril é a morinaga, com suplementação de lactobacilos para manter a imunidade. Outra indústria, a Kyushin, já tem o leite em pó para adultos, mas criou um com sabor de iogurte, há quatro anos. (As informações são do Portal Mie)    

 
 
Nova Zelândia - Quanto será a queda efetiva de produção de leite?

Produção/NZ - Nas últimas semanas começou uma polêmica na Nova Zelândia em relação a quanto poderá cair a produção de leite no país e se a Fonterra poderá aumentar o preço a seus produtores na temporada 2017/2018. No início do ano os valores dos produtos lácteos (especialmente do leite em pó integral) se incrementaram no GlobalDairyTrade, influenciados pela menor oferta prevista pela cooperativa neozelandesa.

Nos quatro primeiros eventos de 2018 o preço do leite em pó integral subiu 17,8%. O banco ASB disse que a queda de 3% na produção prevista pela Fonterra na temporada 2017/2018 é muito pessimista. Os analistas do banco questionaram essa projeção devido ao retorno das chuvas em boa parte do país nas últimas semanas. No último boletim da Associação das Empresas de Laticínios da Nova Zelândia foi divulgada a informação de quem janeiro a produção do país caiu 7,4% em relação a igual mês do ano anterior, medido em quilos de sólidos. No acumulado a produção 2017/2018 até agora está 0,9% abaixo do volume registrado em igual período do ciclo anterior. E, nos 12 meses fechados em janeiro a captação é 0,8% superior. No relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a previsão é de que no ano calendário de 2018 a produção cairia 1% em relação a 2017.

Atualmente a Fonterra projeta o preço do leite ao produtor em NZ$ 6,40/kgMS, [R$ 1,15/litro]. Os analistas do banco ABS mantiveram uma estimativa de preço em NZ$ 6,50/kgMS, [R$ 1,17/litro]. Já o banco ANZ considera que a Fonterra manterá sua atual projeção de preço para essa temporada. Ainda que seja esperada nova queda de preços com maior oferta interna nos próximos meses, o preço do leite em pó deverá se manter na faixa entre US$ 2.800 a US$ 3.200 a tonelada. Já os corretores da OMF estima que a Fonterra deverá aumentar para NZ$ 6,78/kgMS, [R$ 1,22/litro], o preço do leite ao produtor. (El Observador - Adaptação: Terra Viva)

Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 09/2018 de 02 de março de 2018

Leite/América do Sul - Nas duas últimas semanas, chuvas esparsas trouxeram alívio para o milho, soja e outras culturas de verão da América do Sul. No entanto, temperaturas elevadas e falta de chuvas é a previsão do tempo para o resto do verão, e outono, como efeito do fenômeno La Niña. Na realidade, de acordo com o Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola da Argentina (INTA), até o dia 19 de fevereiro de 2018, o percentual de água disponível no solo variou entre 0 e 10% em todo o país, o que é sinal de seca severa. Sabendo disso os produtores de leite estão muito preocupados com a sua rentabilidade, diante do potencial aumento no preço dos grãos, que representam em torno de 50% da alimentação de seus rebanhos. De acordo com alguns contatos das indústrias, os preços das fazendas permanecerão bastante estáveis pelo menos até o final do verão. Em geral a produção de leite vem mantendo um declínio constante em todo o continente, enquanto os níveis de matéria gorda e proteína permanecem baixos. 

A volta às aulas na Argentina e Uruguai estão fazendo crescer a demanda de leite engarrafado. Por outro lado, já começa a faltar leite para as necessidades das indústrias. Diante disso, algumas fábricas começam a priorizar a produção de queijos e iogurtes, por exemplo, reduzindo a secagem para leite em pó. Também a fabricação de manteiga é menor, com a menor disponibilidade de creme. De acordo com as indústrias, os produtores de leite ainda não receberam os subsídios do governo para ajudar a superar os danos causados pelas inundações de anos anteriores. Assim, as estradas rurais continuam precárias nas principais bacias leiteiras.
No Brasil a escassez de leite está ajudando a sustentar o preço do leite ao produtor. Após as tradicionais comemorações das duas últimas semanas, os pedidos de leite engarrafado pelo varejo e food service caíram. A produção de queijo e manteiga está ativa, mas, já começa a faltar matéria prima em algumas regiões do país. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
 

Captação de leite na UE aumentou 1,8% em 2017
A captação de leite na União Europeia (UE) no mês de dezembro registrou um aumento significativo, sendo 3,9% superior ao de dezembro de 2016 (+474 000 toneladas). Os maiores aumentos de volume foram registrados na Alemanha, na França e no Reino Unido. Os maiores aumentos percentuais foram registrados na Irlanda (+ 13,6%), Romênia (+ 10,9%), Lituânia (+ 10%) e Áustria (+ 9,4%). As captações acumuladas ao longo do ano de 2017 foram 1,8% superiores às de 2016, o que se traduz em 2,7 milhões de toneladas de aumento, de acordo com os últimos dados do Observatório da Indústria de Lácteos da UE. Os maiores percentuais de aumentos nas entregas em 2017 foram registrados na Bulgária, Chipre, Irlanda e Romênia, enquanto 10 Estados-Membros reduziram suas entregas de leite (Alemanha, Holanda, Suécia, Finlândia, Hungria, Croácia, Grécia, Malta, Letônia, Lituânia). Na Espanha, as entregas aumentaram 1,8%, ficando na média da UE. Os produtos lácteos cuja produção aumentou em 2017 foram leite em pó integral (+ 2,8%), queijo (+ 2,0%, embora a queda no último mês do ano tenha sido muito pronunciada), leite concentrado (+ 1,4%) e creme (+ 1,0%), enquanto o leite em pó desnatado (-2,6%), o leite de consumo (-0,7%) e a manteiga (-0,4%) apresentaram redução. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

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