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07/03/2018

Porto Alegre, 07 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.689

 

   Sindilat participa da Expodireto Cotrijal

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou da abertura oficial da Expodireto Cotrijal 2018 na manhã desta segunda-feira (5/3), em Não Me Toque. O dirigente representou o setor laticinista, que foi alvo de manifestações das autoridades presentes ao encontro, que tem o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, como anfitrião. Representando o ministro Blairo Maggi, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, pontuou que a crise vivenciada por setores como o do leite, arroz e trigo não será solucionada com medidas paliativas. A saída, garantiu ele, está na união dos setores e no planejamento de ações continuadas que permitam o desenvolvimento de longo prazo. Novacki ainda pediu às lideranças que formalizem seus pleitos ao Ministério da Agricultura.

O presidente do Sindilat reforçou o propósito de união, lembrando que o setor laticinista necessita de unidade e maior competitividade. "Precisamos trabalhar unidos, mas em busca de maior competitividade, de custos mais compatíveis com a remuneração que a atividade permite, o que é regido pelo mercado", salientou.

Durante a solenidade de abertura, Novacki ainda enalteceu a posição do país de maior produtor de alimentos do mundo e elencou os programas federais que facilitam a vida do produtor. "O setor agrícola é muito importante para a economia do país, responsável por um em cada três empregos formais e por quase 25% do PIB brasileiro, além de quase 50% das exportações. Desde que assumimos o Ministério, temos defendido a importância do Brasil não só para os brasileiros, mas para o mundo. Se o Brasil parar ou diminuir sua produção, muita gente vai passar fome". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Expodireto

 

Fórum Estadual do Leite aborda desafios do confinamento e da produção à pasto  

"A vaca tem que ser a rainha da propriedade", afirmou o zootecnista Renato Palma Nogueira, consultor técnico em bovinos de leite de Casa Branca (SP), na primeira palestra do 14º Fórum Estadual do Leite, realizado na manhã desta quarta-feira (7/3) na Expodireto Cotrijal, em Não-me-toque, com o apoio do Sindilat. O especialista falou sobre os cuidados com vacas confinadas, sistema que tem ganhado espaço na pecuária leiteira.

De acordo com Nogueira, um dos pontos mais importantes é o manejo da alimentação. "A vaca confinada precisa fazer de nove a doze refeições por dia, com 20 horas de oferta de comida por dia. Ela tem que estar livre, leve e solta para decidir que horas ela vai comer", indica o especialista. O técnico ressaltou ainda que o segredo do sucesso é "fazer o simples bem feito". Uma das dicas dadas pelo zootecnista diz respeito à criação de novilhas, que têm que entrar em lactação com 600 quilos de peso - se for menos, o animal produzirá menos.

O segundo convidado foi o produtor da Cotrijal Augusto Hoffstaedter, de Victor Graeff. Na atividade há 22 anos, a propriedade tem 234 animais, sendo 134 vacas em lactação em 55 hectares destinados à produção leiteira. "Sinônimo de cama boa é vaca limpa", disse o produtor, destacando que é preciso estar atento à umidade e temperatura da cama.

Para falar sobre os desafios de um sistema de produção à base de pasto, o palestrante foi o agrônomo Wagner Beskow, pesquisador e consultor de Cruz Alta (RS). O especialista abordou o impacto da qualidade do pasto na receita bruta e também falou sobre o uso de programas para lançar os custos de produção e fazer análise financeira.

O produtor Valdir Jacoby, de Selbach (RS), também apresentou depoimento sobre o planejamento do pasto e gestão da propriedade, que está há quase 40 anos na atividade. A família destina área de 20 hectares à produção de leite. São 64 animais, sendo 30 vacas em ordenha. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Foto: Bruna Karpinski 

 

Especialista projeta cenário positivo para o setor lácteo em 2018

As perspectivas para o mercado de lácteos em 2018 foi o tema de palestra apresentada pelo agrônomo Marcelo Carvalho, CEO da Agripoint, de Piracicaba (SP), durante o 14º Fórum Estadual do Leite, realizado na manhã desta quarta-feira (7/3), durante a Expodireto Cotrijal, em Não-me-toque (RS), com o apoio do Sindilat. "Vemos um cenário positivo de oferta. Tende a ser um ano mais estável, sem as flutuações que ocorreram em 2016", projeta o especialista.

Segundo Carvalho, a demanda será um aspecto muito importante em relação ao que vai acontecer em 2018. "Vemos uma curva de recuperação bem mais intensa que 2017, com preços na média, por volta de 4% mais altos", prevê o agrônomo, lembrando que o cenário de otimismo está atrelado a uma expectativa de recuperação do consumo e também de menor volume de importação no primeiro semestre.

"A eficiência é a base de tudo. Precisamos fazer o controle da terceira casa depois da vírgula para medir resultados. Trabalhar com indicadores é fundamental para buscar a viabilidade do nosso negócio", avalia o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.
Ao final da apresentação, o fórum contou com a participação do público presente, que lotou o auditório da feira. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, manifestou preocupação com os impactos do inverno rigoroso na União Europeia e EUA e aproveitou para questionar até que ponto a condição climática pode influenciar o mercado brasileiro, principalmente no que diz respeito ao aumento de custos. De acordo com Carvalho, o impacto deve ser pequeno. Entretanto, o especialista pontua que o frio pode afetar os preços lá fora, fator que pode ocasionar alguma interferência aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Bruna Karpinski 

 

Com 967 emendas, MP que altera reforma trabalhista tem comissão instalada

O Congresso Nacional instalou nesta terça-feira (6) uma série de comissões mistas destinadas a apreciar medidas provisórias enviadas pelo presidente Michel Temer nos últimos meses, dentre elas a que altera diversos pontos da reforma trabalhista. Os colegiados, formados por senadores e deputados, serão responsáveis pela primeira etapa de tramitação das matérias que, se aprovadas, seguem para apreciação dos plenários da Câmara e do Senado.

Editada após um acordo do governo com os senadores, a MP 808/2017 modifica trechos das mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovadas em meio a controvérsias entre os parlamentares. Um dos 17 artigos modificados libera grávidas e gestantes para trabalharem em locais insalubres. O senador Gladson Cameli (PP-AC) foi eleito presidente do colegiado e o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), o vice.

A matéria recebeu 967 emendas, ou seja, sugestões de alterações no texto, que serão analisadas nas próximas semanas pelos 26 parlamentares integrantes do colegiado. Como foi assinada por Temer em novembro do ano passado, a MP perderia a validade no último dia 22 de fevereiro, dois meses depois de editada, mas foi prorrogada por mais 60 dias pelo presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE).

Já o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem se posicionado contrariamente à edição de medida provisória para tratar desse tema. Como se trata de uma MP, as alterações já possuem força de lei, mas precisam ser aprovadas pelos deputados e senadores no prazo de dois meses, prorrogáveis por igual período.

Outras medidas provisórias também tiveram comissões mistas instaladas hoje, dentre elas a que reduz a idade mínima para o saque das cotas dos fundos do PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público).

Já a MP 811/2017 retira a vedação para que a empresa Pré-Sal Petróleo (PPSA) possa atuar diretamente na comercialização de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos. Graças a essa medida provisória, a estatal pôde promover ontem (5) a primeira venda de barris de petróleo para a Petrobras.

Saiba quais são os principais pontos da MP que altera a reforma trabalhista:
Trabalho intermitente (executado em períodos alternados de horas, dias ou meses) - A modalidade de contrato garante parcelamento das férias em três vezes, auxílio-doença, salário-maternidade e verbas rescisórias (com algumas restrições), mas proíbe o acesso ao seguro-desemprego ao fim do contrato. A convocação do trabalhador passa de um dia útil para 24 horas. Trabalhador e empregado poderão pactuar o local de prestação do serviço, os turnos de trabalho, as formas de convocação e resposta e o formato de reparação recíproca, em caso de cancelamento do serviço previamente acertado entre as partes.

O período de inatividade não será considerado como tempo à disposição do empregador e, portanto, não será remunerado. O trabalhador poderá, durante a inatividade, prestar serviço para outro empregador. Em caso de demissão, ele só poderá voltar a trabalhar para o ex-patrão, por contrato de trabalho intermitente, após 18 meses. Essa restrição vale até 2020.

Grávidas e lactantes - As gestantes serão afastadas de atividade insalubre e exercerão o trabalho em local salubre. Neste caso, deixarão de receber o adicional de insalubridade. Para as lactantes, o afastamento terá de ser precedido de apresentação de atestado médico. O trabalho em locais insalubres de grau médio ou mínimo somente será permitido quando a grávida, voluntariamente, apresentar atestado médico autorizando a atividade.

Jornada 12×36 - Acordo individual escrito para a jornada de trabalho de 12 horas, seguidas de 36 horas de descanso, só poderá ser feito no setor de saúde (como hospitais). Nos demais setores econômicos, essa jornada deverá ser estabelecida por convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

Contribuição previdenciária - O trabalhador que em um mês receber menos do que o salário mínimo poderá complementar a diferença para fins de contribuição previdenciária. Se não fizer isso, o mês não será considerado pelo INSS para manutenção de qualidade de segurado. A regra atinge todos os empregados, independentemente do tipo de contrato de trabalho.

Negociação coletiva - Acordo ou convenção coletiva sobre enquadramento de trabalho em grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres poderão prevalecer sobre a legislação, desde que respeitadas as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho. Os sindicatos não serão mais obrigados a participar de ação de anulação de cláusula de acordo ou convenção impetrada por trabalhador (ação individual). A participação obrigatória (o chamado "litisconsórcio necessário") havia sido determinada pela reforma trabalhista.

Trabalhador autônomo - A MP acaba com a possibilidade de o trabalhador autônomo prestar serviço a um só tomador (fim da cláusula de exclusividade). O autônomo poderá ter mais de um trabalho, no mesmo setor ou em outro diferente. Tem o direito de recusar atividade exigida pelo tomador.

Representação em local de trabalho - A comissão de representantes dos empregados, permitida em empresas com mais de 200 empregados, não substituirá a função do sindicato, devendo este ter participação obrigatória nas negociações coletivas.

Prêmios - Aqueles concedidos ao trabalhador (ligados a fatores como produtividade, assiduidade ou outro mérito) poderão ser pagos em duas parcelas.

Gorjetas - Não constituem receita própria dos empregadores, destinando-se aos trabalhadores. O rateio seguirá critérios estabelecidos em normas coletivas de trabalho. (Agência Brasil)

 Preço do Milho 

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços praticamente estáveis. A preocupação com o clima na Argentina sustenta os contratos, mas os agentes começam a corrigir tecnicamente. O mercado segue em compasso de espera aguardando o relatório de Oferta e Demanda que será divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. (Fonte: Canal Rural)

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