Pular para o conteúdo

Porto Alegre, 17 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.565

 

Conseleite SC 
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 17 de agosto de 2017 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Julho de 2017 e a projeção dos preços de referência para o mês de Agosto de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (Faesc)
 
 

Leite com chocolate é o alimento dos atletas de alto desempenho

Segundo especialistas, para atletas de elite, que exigem muito de seus corpos, o leite com chocolate fornece uma mistura de carboidratos e proteínas que ajudam na recuperação muscular e na redução das dores. Um artigo publicado no Journal for Nutrition and Exercise Metabolism, avaliou nove ciclistas de enduro. Os pesquisadores observaram que os ciclistas que beberam leite com chocolate após exercícios intensos apresentaram, após uma recuperação de 4 horas e outra sequência ainda mais intensa de exercícios, um desempenho superior àquele dos ciclistas que receberam bebidas formuladas à base de carboidratos.

Em matéria da Runner's Word, Leslie Bonci, especialista em nutrição esportiva diz que "existem 3 pontos extremamente importantes após uma corrida. Primeiro, você quer se reidratar. Em segundo lugar, você precisa repor o glicogênio ou o estoque de carboidratos que o organismo utilizou durante o exercício. Por último, você precisa de combustível para reconstruir as fibras musculares", afirma. O leite com chocolate pode ajudar nesses 3 pontos. Como um líquido, ele promove reidratação. Os carboidratos, presentes no chocolate, ajudam a repor o glicogênio. E as proteínas auxiliam na reconstrução e recuperação dos músculos após os exercícios. Em outras palavras, o leite com chocolate funciona muito bem, além de ser uma opção fácil. (www.bebamaisleite.com.br)

 

1ª Conferência de Vigilância em Saúde será realizada no fim do mês 

Com o tema Política Nacional de Vigilância em Saúde e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) como direito à Proteção e Promoção da Saúde do povo brasileiro, a 1ª Conferência Municipal de Vigilância em Saúde acontecerá no dia 29 de agosto, uma terça-feira, no auditório da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Teutônia. Com grupos de trabalho e mesas de debate, o encontro vai discutir assuntos relacionados ao trabalho da Vigilância em Saúde para a melhoria da qualidade de vida da população e o fortalecimento do SUS. A Vigilância em Saúde é constituída pelas vigilâncias Epidemiológica, Sanitária, Ambiental e de Saúde do Trabalhador. Os grupos de trabalho serão divididos respeitando os quatro eixos temáticos para discussão: O lugar da Vigilância em Saúde no SUS; Responsabilidades do Estado e dos governos com a Vigilância em Saúde; Saberes, práticas, processos de trabalhos e tecnologias na Vigilância em Saúde; e Vigilância em Saúde participativa e democrática para enfrentamento das iniquidades sociais em saúde. 

O objetivo da conferência é avaliar a situação de saúde, analisar as prioridades e elaborar propostas para o fortalecimento dos programas e ações de âmbito municipal e regional, além de propor diretrizes para definir as política estadual e nacional de Vigilância em Saúde e o fortalecimento dos programas e ações de Vigilância em Saúde. As propostas criadas em cada um dos grupos temáticos serão apresentadas por delegados - eleitos no dia 29 - na 1ª Conferência Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, que acontece de 6 a 8 de outubro, em Porto Alegre. Posteriormente, o Estado apresentará suas demandas na Conferência Nacional de Vigilância em Saúde. A comissão organizadora da etapa municipal se reuniu na manhã da última sexta-feira, 11 de agosto, para falar sobre os preparativos para o evento do dia 29. Os trabalhos na 1ª Conferência Municipal de Vigilância em Saúde serão durante todo o dia, das 8h às 11h30min e das 13h às 17h. (Jornal do Comércio) 

 

A decisão da FDA sobre o leite ultrafiltrado é uma boa notícia para a indústria de laticínios

Leite Ultrafiltrado/FDA - A Associação de fabricantes de queijo de Wisconsin está satisfeita com o anúncio Administração norte-americana de drogas e alimentos (FDA) declarando que o leite de vaca ultrafiltrado pode ser usado para fazer todos os tipos de queijos naturais. A indústria de laticínios tem buscado aprovação por este ingrediente lácteo natural em fabricação de queijo por quase 20 anos.

"O anúncio da FDA é uma vitória importante para Wisconsin e para outros grandes estados fabricantes de queijos", disse John Umhoefer, diretor executivo da Associação de Fabricantes de Queijo de Wisconsin, uma associação comercial que representa os fabricantes de produtos lácteos há mais de 125 anos.

Umhoefer observou que a decisão do FDA permitirá que os fabricantes de queijo usem esta forma natural e concentrada de leite na fabricação de queijos, com restrições de rotulagem flexíveis, e a decisão abrirá as portas para que Wisconsin e outros estados produzam e comercializem mais leite ultrafiltrado e fresco para fabricantes de queijos em todo o país.

"Há uma oferta excessiva de leite nos EUA há mais de um ano, causando um estresse financeiro real para famílias de fazendas leiteiras. Esta decisão pode levar a mais produção de leite ultrafiltrado e encontrar novos mercados para nossos abundantes suprimentos de leite ", disse Umhoefer.

A indústria de laticínios tem trabalhado com a FDA há quase duas décadas para permitir o uso de leite ultrafiltrado em queijos com um padrão federal de identidade - como cheddar, mozzarella, Colby e brick. O leite ultrafiltrado é o leite fresco da fazenda que atravessa um filtro para reduzir a quantidade de água e o açúcar do leite, a lactose e concentrar as proteínas naturais no leite. "É mais prático e econômico enviar esse leite líquido e filtrado para fabricantes de queijos, outros fabricantes de produtos lácteos e até mesmo processadores de alimentos nesta forma concentrada", disse Umhoefer.

A FDA permitiu o uso de leite ultrafiltrado fluido em queijos padronizados se a filtração ocorrer na fábrica de queijo onde o queijo natural foi produzido, e a agência emitiu três exceções para permitir o uso de leite ultrafiltrado ao longo dos anos. Por exemplo, em 2005, a agência permitiu o uso de leite ultrafiltrado fluido na fabricação de queijos suíços. Umhoefer afirmou que esta notícia significa que o leite ultrafiltrado pode ser trazido como um ingrediente lácteo natural para fazer qualquer queijo natural, desde que as propriedades físicas, químicas e o sabor do queijo não sejam afetados.

A FDA também irá relaxar a posição que assumiu na declaração de ingredientes para queijos naturais feitos com leite ultrafiltrado fluido. A agência tomou a posição de que seria necessário constar as palavras "leite ultrafiltrado" no painel de ingredientes. Em comentários públicos oferecidos à agência em 2005, a Wisconsin Cheese Makers Association explicou que esse requisito de rotulagem sobrecarregaria os pequenos fabricantes de queijos que possuem orçamentos limitados, e criaria um ambiente difícil para embalagem e rotulagem para empresas que fracionam queijos que podem ou não ter sido feitos com leite ultrafiltrado. A FDA continuará a encorajar esta rotulagem, mas continuará analisando as demandas sobre a questão.

"O leite fluido ultrafiltrado é um ingrediente lácteo natural - é um leite concentrado que ajuda os fabricantes de maquinário de corte e, finalmente, os produtores de leite, porque produtos lácteos de ótima qualidade podem ser feitos de forma mais econômica", disse Umhoefer. O critério da FDA na rotulagem dará aos fabricantes de queijo a flexibilidade para usar ou não usar este ingrediente sem precisar de materiais de embalagem redundantes, observando esse ingrediente de leite, disse ele. (Dairy Herd Management - Tradução Livre: Terra Viva)

NO RADAR
DEVE SER apresentada durante a Expointer, proposta de programa de modernização da pecuária de corte, que inclui selo de identificação da carne gaúcha. Hoje, reunião para acertar detalhes da iniciativa, da Secretaria da Agricultura e de entidades do setor, será realizada.(Zero Hora) 

Porto Alegre, 16 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.564

 

Proteínas do leite contribuem para fortalecimento muscular em idosos 

Manter uma alimentação saudável e rica em nutrientes, aliada a atividades físicas, é fundamental para o ser humano em todas as etapas da vida. Durante a terceira idade, no entanto, este cuidado deve ser redobrado, tendo em vista que o corpo pode começar a apresentar sinais de sarcopenia, que é a redução natural de massa e força da musculatura. Neste contexto, o leite vem sendo apontado por cientistas como um alimento fundamental para atrasar este processo.

As proteínas do soro e as caseínas, ambas encontradas no leite, têm sido estudadas por pesquisadores da Arizona State University, nos EUA. Estas duas categorias de proteínas são ricas no aminoácido leucina e apresentam relação com a síntese muscular. As proteínas do soro (whey) são rapidamente quebradas pelo organismo, exercendo efeito nos músculos em até três horas após a ingestão. As caseínas, digeridas mais lentamente, levam de seis a oito horas até chegarem nos músculos.

Pesquisas mostram também que o consumo de soro de leite (whey) pode contribuir para o desenvolvimento muscular nos idosos. O estudo analisou o balanço líquido de um aminoácido, a fenilalanina, nas pernas de pessoas da terceira idade. O experimento mostrou que o grupo que ingeriu o whey incorporou mais fenilalanina e demonstrou maior crescimento dos músculos da perna se comparados com aqueles que receberam aminoácidos sem o soro. (Sindilat com informações de Beba Mais Leite http://www.bebamaisleite.com.br/noticia/proteinas-do-leite-reduzem-a-perda-muscular-em-idosos)

 

Assembleia aprova a fiscalização privada

A Assembleia Legislativa aprovou ontem, por 34 votos a 15, o projeto de lei 125/2017, do Executivo, que autoriza a indústria alimentícia a contratar fiscais privados para a inspeção de produtos de origem animal no Rio Grande do Sul. A exigência é que os profissionais sejam habilitados pela Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi). A justificativa do governo do Estado para o projeto é a falta de condições de atender à demanda atual das indústrias com seu quadro de funcionários. "Hoje temos mais de 30 projetos de novas plantas e de ampliação de estabelecimentos represados porque não conseguimos analisar por falta de pessoal", destaca o secretário da Agricultura, Ernani Polo, que acredita no fortalecimento da fiscalização no Estado com a nova legislação. Polo prevê que o novo modelo entre em vigor no início de 2018. Até lá, explica, há várias etapas por vencer. Depois da publicação do decreto de regulamentação serão lançados os editais de credenciamento das empresas prestadoras de serviços, que serão contratadas pelas indústrias. "Para serem credenciadas, estas empresas terão que cumprir uma série de quesitos e não poderão ter conflito de interesse com as que serão inspecionadas", avisa o secretário. Estarão vinculados a estas empresas os veterinários que serão habilitados e treinados pelo poder público.

Também foi aprovada uma emenda do líder do governo, deputado Gabriel Souza, com apoio de vários parlamentares, que estabelece que a s agroindústrias de pequeno porte poderão optar por continuar sendo atendidas pelo serviço oficial ou pelo terceirizado. O resultado da votação foi criticado pela diretoria da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro), que promete questionar na Justiça a legalidade da mudança na legislação, já que até agora a inspeção era prerrogativa de agentes públicos.

"O Rio Grande do Sul está copiando os projetos de insucesso de Santa Catarina e Paraná", disse o diretor da associação, Antônio Augusto Medeiros. "É um processo que tira do Estado a responsabilidade que é dele, de garantir a saúde e qualidade dos produtos de origem animal", analisa. 

O deputado Pedro Ruas qualificou o projeto como "absurdo" e sustentou que "a retirada da fiscalização de caráter público deixa toda a população sob a égide do interesse do lucro". Já o deputado Sérgio Turra foi um dos defensores da proposta. "Este projeto não causará prejuízo para ninguém", comentou. O diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado (Sicadergs), Zilmar Moussalle, diz que as empresas não têm preferência por veterinários do setor público ou privado, desde que sempre haja profissionais à disposição para atendimento da demanda. A aprovação foi bem recebida pelos laticínios gaúchos. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o projeto representa a modernização da inspeção, colocando o Rio Grande do Sul em uma nova rota de expansão para o setor industrial. (Correio do Povo)

Mapa publica IN sobre inovações tecnológicas na fabricação de produtos de origem animal

Para acompanhar a evolução dos processos de produção dos produtos de origem animal (incluindo ovos, leite e mel), o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), editou a Instrução Normativa nº 30. 

A IN, que trata de inovações tecnológicas, publicada nesta terça-feira (15), no Diário Oficial da União, define critérios para análise de proposta, avaliação, validação e implementação de inovações empregadas em qualquer etapa de fabricação de produtos de origem animal. Os processos deverão obter um termo de Não Objeção do ministério, caso haja adequação às regras de segurança alimentar.

São consideradas inovações: a mudança de maquinários das empresas, novos procedimentos de fabricação, inclusão de substâncias novas (aditivos, conservantes e outros), métodos de mitigação de micro-organismos nocivos à saúde (patógenos) não utilizados atualmente ou que transformem significativamente o produto final.

Ao adotar novos métodos, as empresas devem submeter ao Mapa, o pedido de aceitação dos processos. Para conceder ou não o certificado, o ministério irá fiscalizar adequação aos requisitos de inocuidade, identidade e qualidade dos alimentos, podendo acompanhar o seu desenvolvimento e suspendê-lo, caso não atenda aos requisitos previstos.

Segundo o diretor do Dipoa, José Luis Vargas, "a indústria processadora de alimentos de origem animal passou por grande evolução tecnológica ao longo das últimas décadas. O salto evolutivo aliado à grande demanda por alimentos e à mudança dos hábitos alimentares, aumentaram a busca por maior produtividade, diversificação de produtos e competitividade nos mercados nacional e internacional". Para o diretor, o grande benefício da normatização é dar celeridade aos processos e complementar o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA).

Em 2016, a Divisão de Avaliação de Inovações Tecnológicas (DITEC) foi criada, no ministério, para avaliar os requerimentos de utilização de inovações tecnológicas quanto à sua adequação aos requisitos de inocuidade, identidade e qualidade dos produtos de origem animal. "Da mesma forma que ocorre em outros países com grande produção de produtos de origem animal, o departamento busca, também, valorizar e estimular parcerias entre as indústrias de alimentos e as instituições de pesquisas e as universidades, para o desenvolvimento de tecnologias de produção inovadoras, seguras, e que ajudem a aumentar a oferta de alimentos e a competitividade das empresas brasileiras", explica o diretor. (As informações são do Mapa)

Nova Zelândia aplica multa aproximada de US$ 42.000, depois de ter que sacrificar 193 vacas

Bem-estar animal/NZ - Uma grande fazenda de leite da Ilha Sul, na Nova Zelândia foi multada em quase US$ 42.000 (NZ$ 60.000) depois de ter sido declarada culpada por inúmeras acusações de negligência que levaram ao sacrifício de 193 vacas. As propriedades da Castlerock Dairies Limited eram administradas por Jared Mattews, de 41 anos, que manejava 2.000 vacas em 700 hectares, e Dean McMillan, de 44 anos, também administrava ao lado, outra fazenda, com o mesmo tamanho, e o mesmo número de vacas de acordo com o Ministério das Indústrias de Base (MPI) da Nova Zelândia. A Castlerock Dairies Limited e os dois gerentes da empresa foram enquadrados em oito artigos da Lei de Bem-Estar Animal pelo Tribunal de Invercargil, no dia 15 de agosto. Ambos os gerentes foram condenados a pagar multas de US$ 7.235 (NZ$ 10.000) cada, e as custas judiciais. Ambos também foram sentenciados a prestar 275 horas de serviço comunitário. A Castlerock Dairies Limited foi condenada a pagar multa de US$ 27.131 (NZ$ 37.500) e arcar com as custas do processo no valor de US$ 8.320 (NZ$ 11.500). Em 2015 a indústria já tinha sido multada pelo MPI por maltratar animais.

Foram acusados de não fazerem a manutenção das vias de acesso utilizadas pelas vacas entre as pastagens e as salas de ordenha, em ambas as fazendas. Os caminhos teriam que ter manutenção preventiva, para evitar claudicação, no entanto, isto não ocorreu. Quando a fiscalização do MPI chegou às fazendas, lama e excrementos nas vias chegavam aos joelhos dos animais. De acordo com o investigador do MPI, Gary Orr, a claudicação das vacas era tão grave que não havia como tratar os animais. Por causa da distância e da lama, as vacas levavam três horas para sair dos pastos e chegarem às ordenhas. Quatorze veterinários passaram várias semanas nas propriedades para auxiliar o pessoal do MPI. No final da inspeção, 193 vacas foram sacrificadas, e outras 761 precisaram de tratamento. Os veterinários descreveram a cena como "perturbadora", e que ia muito "além da compreensão". "O pior caso de negligência já presenciado", disseram.

Orr estava preocupado com os reflexos que isso pode ter na indústria da Nova Zelândia. "Além de razões humanitárias, o fracasso em cumprir requisitos de bem-estar animal pode ter sérias consequências para o setor agrícola em geral", diz Orr. O MPI informa que o abuso, nesta escala, é incomum na Nova Zelândia. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), projeta que a Nova Zelândia irá produzir 21,9 milhões de toneladas de leite, em 2017, superando as marcas registradas em 2014. O país oceânico deverá exportar 15,2%$ de sua produção este ano. (Dairy Herd - Tradução Livre: Terra Viva)

 

VBP da agropecuária deve somar R$ 535 bi
O Ministério da Agricultura voltou a reduzir sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do país em 2017. Segundo levantamento divulgado ontem pela Pasta, o montante deverá somar R$ 535, 4 bilhões, cerca de R$ 600 milhões a menos que a projeção de julho  mais montante, ainda recorde, 4,5% superior ao do ano passado. O VBP dos 21 produtos que fazem parte da pesquisa foi elevado para R$ 367,9 bilhões em 2017, 10,2% mais que o de 2016. Já o dos cinco principais produtos da pecuária deverá recuar 6,3% para R$ 167,5 bilhões. (Valor Econômico)

Porto Alegre, 15 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.563

 

 Dados indicam triangulação de leite pelo Uruguai

O Uruguai produziu 1,7 bilhão de litros de leite em 2016 e consumiu 700 milhões de litros. Segundo dados divulgados pelo próprio país, o saldo, se convertido em pó, renderia 120 mil toneladas. Só o Brasil recebeu 100 mil toneladas de leite em pó e 18 mil toneladas em queijos do país vizinho, o que representa praticamente todo o volume restante. Os números, segundo o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, indicam uma possível triangulação de produção de outros países para ingresso no Brasil com incentivo. "O Uruguai se diz o sétimo maior exportador de lácteos do mundo. Em casos como esse, o governo brasileiro tem que agir porque prejudica muito o mercado nacional, principalmente os estados do Sul do Brasil", frisou durante sua manifestação na audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (15/8), em Brasília. 

Representando o Sindilat e também a Aliança Láctea Sul-Brasileira, Palharini ainda reforçou a importância de o governo adquirir emergencialmente 50 mil toneladas de leite em pó para enxugar o mercado e permitir reação de preços. Contudo, advertiu que o pagamento deve ficar na casa dos R$ 14,00 o quilo, acima dos R$ 11,80 previstos pela Conab que, na versão do setor, não remuneram adequadamente a produção. "Ações como essa serão uma injeção na economia que permite inclusão social", reforçou. O líder gaúcho ainda pontuou a importância de se retomar a Subcomissão do Leite na Comissão de Agricultura da Câmara. A ideia é que o grupo de trabalho se debruce sobre assuntos relevantes para o setor. Uma dela é o estímulo às exportações de produtos lácteos para países como o México. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Emater propõe assistência específica ao setor lácteo

Presidente da Emater, Clair Kuhn, se reuniu na tarde desta terça-feira (15) com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, para propor a prestação de serviço extras de assistência técnica aos produtores ligados às indústrias e cooperativas associadas ao sindicato. A ideia inicial da Emater é intensificar as ações junto ao setor lácteo, mas, para isso, precisa de parceria que viabilize a expansão dos serviços, uma vez que a autarquia tem recursos escassos. "Vejo a parceria como positivo, mas é um projeto que deve ser construído", afirmou Guerra após a apresentação da proposta. 

Além disso, os presidentes discutiram questões conjunturais que prejudicam o cenário dos lácteos brasileiros. Entre elas, as importações de leite em pó, que vêm expandindo a oferta de leite no mercado nacional. A questão tem preocupado os produtores e as indústrias e foi alvo de reunião nesta tarde em Brasília, onde o Sindilat também se fez presente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Letícia Szczesny

 

Cenários de mercado estável no leilão GDT

No leilão GDT desta terça-feira (15/08), os preços médios dos lácteos comercializados indicaram estabilidade, com pequena queda (de apenas 0,4%) em relação ao último leilão, fechando a US$3.339/tonelada. A manteiga recuou 1,3% e fechou com média de US$ 5.735/tonelada e, por outro lado, o queijo cheddarconseguiu leve recuperação em relação ao leilão anterior, fechando em média de US$4.005/tonelada (alta de 1,4%). 

O leite em pó desnatado segue instável e com preços ainda baixos (e ainda fortemente descolados dos preços do leite em pó integral); neste leilão, conseguiu uma leve recuperação de 0,3% fechando a US$1.968/tonelada. Enquanto isso, depois de 3 leilões consecutivos de aumento nos preços, o leite em pó integralrecuou 0,6% e fechou a média a US$3.143/tonelada.

Foram comercializadas 32.260 toneladas de produtos lácteos neste leilão, quantidade 2% inferior ao volume no último leilão. 

O cenário de preços futuros do leite em pó integral permanece praticamente estável em patamares próximos aos atuais até janeiro de 2018, com maiores preços nos meses de dezembro e janeiro. (Milkpoint/GDT)

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 15 de Agosto de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2017 é de R$ 2,2976/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br . (Conseleite/PR)

CPLeite/Embrapa 
O custo de produção de leite em julho registrou aumento, 0,08% no preço dos insumos, em relação a preços praticados no varejo, em junho deste ano. Este resultado tem por base o Índice de Custos de Produção de Leite - ICPLeite/Embrapa, calculado pela Embrapa Gado de Leite. O principal motivo do aumento do custo em julho se deveu a insumos relacionados à qualidade do leite e aos combustíveis. Dos oito grupos que compõem o índice, dois variaram negativamente - Concentrado, -0,71% e Produção e compra de volumosos, - 0,53%. A soma destes dois grupos, entretanto, representa 61,7% do peso do índice. Qualidade do leite apresentou aumento de 5,46% seguido por Energia e combustível, que foi de 4,35%. Os grupos Sanidade e Sal mineral apresentaram variações respectivamente de 0,6% e 0,05%. Os grupos Mão de obra e Reprodução não registraram variação no mês analisado. (Embrapa)

Porto Alegre, 14 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.562

 

 Sindilat participa de audiência pública sobre importações de lácteos em Brasília

O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, representa o setor lácteo da região Sul do Brasil em audiência pública nesta terça-feira (15/8), em Brasília. O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, busca debater o impacto das importações de lácteos do Mercosul no mercado nacional.  

O encontro foi solicitado pelo deputado Domingos Sávio (PSDB/MG), através do requerimento n.º 435/2017. Em documento, Sávio alega que a queda natural do preço do leite ao longo dos anos foi agravada pelas importações de leite subsidiado e que isso dificultou o ajuste da pecuária leiteira nacional. Com as importações crescendo de maneira expressiva, principalmente as de leite em pó, há excesso de oferta no mercado interno, mantendo os preços em patamares baixos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

20ª Expofeira é realizada em Santo Augusto 

A 20ª edição da Expofeira registrou o maior volume de produção de leite das feiras do Rio Grande do Sul neste ano. Foram 72,93 litros de leite por dia em três ordenhas. O Concurso de Leite contou com sete animais, sendo que o vencedor foi uma vaca de propriedade de Leopoldo Cavalheiro, de Boa Vista do Cadeado (RS). A Expofeira aconteceu de 10 a 13 de agosto, no Parque de Exposições do Sindicato Rural, em Santo Augusto (RS). O evento teve apoio do Sindilat, Farsul e Fundesa.

Para o coordenador da Expofeira, também coordenador da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, o evento demonstrou capacidade de produção e alta qualidade dos animais. "Trouxe também para o setor os avanços da tecnologia e a evolução da atividade leiteira", explicou. "Reuniu informação e troca de experiências em assuntos de interesse da cadeia". 

Além disso, a feira contou com a participação especial da vaca Mimosa em uma peça infantil que reuniu mais de 900 crianças em quatro sessões. O espetáculo, que aconteceu dias 10 e 11 de agosto, abordou de maneira lúdica os benefícios do leite, as boas práticas de produção e o cotidiano do produtor rural. A "Mimosa na Expofeira" foi promovida pelo Espaço da Arte em parceria com a Tribu di Arteiros. 

Paralelamente, a Associação Comercial, Industrial e Pecuária de Santo Augusto (Acisa) promoveu a 8ª Feicisa, feira de comércio e indústria realizada em quatro dias. O destaque foi para oportunidades de negócios, exposição de produtos locais e atividades de entretenimento e cultura. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

    
Crédito: Maria Paula Corrêa

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 11 de agosto de 2017, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de julho de 2017 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de agosto de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)


 

Proteínas do leite reduzem a perda muscular em idosos

Muitas mudanças que ocorrem com o envelhecimento são difíceis de explicar. Dentre elas, está a dificuldade de manter e ganhar massa muscular. Esta condição é conhecida como sarcopenia, e estima-se que seja responsável por grande parte de todos os gastos em cuidados com os idosos, em função da dificuldade de locomoção.
 
Ao longo do tempo, pesquisadores têm mostrado que uma combinação cuidadosa de treinos de resistência, associados a uma dieta contendo quantidades suficientes de alguns aminoácios, pode melhorar a condição física na terceira idade.

A digestão e a absorção de proteínas não sofrem reduções com o envelhecimento, mas os idosos necessitam de um maior aporte protéico dietético para suprir suas exigências de manutenção e ganho de massa muscular. Embora não se saiba exatamente porque isso ocorre, suspeita-se que possa haver uma relação com o fluxo sanguíneo para as células musculares, que diminui com o avançar da idade.

Pesquisadores da Arizona State University, nos EUA, vêm estudando duas categorias de proteínas, ricas no aminoácido leucina, e que apresentam alta relação com a síntese muscular: as proteínas do soro e as caseínas, ambas encontradas no leite. 
A diferença mais importante entre as proteínas do soro (whey) e as caseínas é a taxa na qual elas são absorvidas pelo organismo. As proteínas do soro são rapidamente quebradas, e seus constituintes exercem seu efeito nos músculos em, aproximadamente, 3 horas após a ingestão. As caseínas, por sua vez, formam coágulos insolúveis no estômago, que são lentamente digeridos, gastando cerca de 6 a 8 horas para chegarem aos músculos.

Esportistas e treinadores podem tirar proveito dessa diferença, utilizando, por exemplo, um suplemento rico em caseína, antes de dormirem, e outro, à base de proteínas do soro, no meio do dia, já que ficarão um tempo menor sem se alimentar, em relação ao período da noite.

Pensando agora nos idosos, um estudo mostrou algo muito interessante. O trabalho mensurou o balanço líquido de um aminoácido - a fenilalanina - nas pernas dos idosos, e comparou o que ocorreu quando eles ingeriram soro de leite (whey) versus uma mistura de aminoácidos essenciais sem o soro. Curiosamente, o grupo que ingeriu o whey incorporou mais fenilalanina e apresentou maior crescimento dos músculos da perna do que aquele que recebeu os mesmos aminoácidos sem o soro. Assim, o whey parece auxiliar mais o desenvolvimento muscular que os seus aminoácidos isolados, pelo menos na população idosa.

[1. Soop M, Nehra V, Henderson GC, Boirie Y, Ford GC, Nair KS. (2012) Coingestion of whey protein and casein in a mixed meal: demonstration of a more sustained anabolic effect of casein. Am J Physiol Endocrinol Metab 303: E152-E162.

2. Katsanos C, Chinkes DL, Paddon-Jones D, Zhang XJ, Aarsland A, Wolfe RR. (2008) Whey protein ingestion in elderly persons results in greater muscle protein accrual than ingestion of its constituent essential amino acid content. Nutr Res 28:651-658.] (Fonte: www.bebamaisleite.com.br)

Preços/AR
A Subsecretaria de Lácteos do Ministério da Agroindústria publicou o preço médio pago ao produtor  no mês de julho. Foi 34% superior em relação ao mesmo mês do ano passado. O preço médio pago ao produtor foi de 5,63 pesos/litro em Buenos Aires (1.632 fazendas), 5,47 pesos/litro em Córdoba (2.824 fazendas), 5,67 pesos/litro em Entre Rios (447 fazendas, 5,40 pesos/litro em La Pampa (115 fazendas, e 5,59 pesos/litro em Santa Fe (3.236 fazendas). A média nacional foi de 5,56 pesos/litro. Por outro lado, o preço médio pago ao produtor por 18 empresas alcançou 5,61 pesos/litro, o que representa US$ 0,31/litro. (Infortambo - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 11 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.561

 

Lançada a Expointer 2017

 

Foto: Jézica Bruno

Com o Theatro São Pedro lotado, a Expointer 2017 foi lançada oficialmente nesta quinta-feira (10/8), em Porto Alegre (RS). A feira, considerada a maior realizada a céu aberto da América Latina, ocorre de 26 de agosto a 3 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A programação desta edição, que celebra os 40 anos de história do evento, conta com mais de 500 atrações, como exposição de 150 raças de animais, incluindo bovinos de leite, bovinos de corte, gado misto, entre outros. 

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, o evento é de extrema importância para movimentar recursos no Estado. "A Expointer acontece em um momento importante para a economia brasileira, em que o agronegócio, além de ser a base da economia, tem criado diferenciais, tanto para o mercado interno, quanto para o externo", explica. Para o coordenador do Setor de Leite da Languiru, Fernando Staggemeier, que participou do lançamento representando o Sindilat, a edição deste ano terá expressiva participação. "Apesar da crise de importação do leite, a expectativa é boa, vai ser uma bela Expointer. Tenho certeza que todos irão participar, seja o agricultor expondo o seu animais, ou as lideranças representando as suas cooperativas", comentou.

O governador do Estado, José Ivo Sartori, também ressaltou a importância do agronegócio para a economia gaúcha. Segundo ele, a Expointer é uma "clara demonstração da pujança, da superação e do potencial do setor primário no Estado". A expectativa dos organizadores para este ano é repetir os números de 2016, quando o volume de negócios chegou a R$ 1,92 bilhão. A cerimônia de lançamento contou com apresentação do Guri de Uruguaiana, da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro e do CTG Rancho da Saudade. Além disso, os cantores Elton Saldanha, Daniel Torres e Erlon Péricles interpretaram a música tema dessa edição, que trata da trajetória da feira. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

USDA provoca fortes quedas em Chicago

Divulgadas ontem, as novas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para oferta e demanda de grãos no país e no mundo na safra 2017/18 provocaram a queda das cotações de soja, milho e trigo na bolsa de Chicago. No mercado de soja, a principal correção "baixista" realizada foi para a produção dos EUA, que passou a ser calculada em 119,2 milhões de toneladas, mais de 4 milhões acima da previsão de julho e volume, recorde, 1,7% maior que o de 2016/17. Sobretudo a partir desse ajuste, os estoques finais globais foram elevados para 97,8 milhões de toneladas, incremento de 0,8% na comparação. 

Por causa dessa relação mais confortável entre produção e consumo, em Chicago os contratos da soja para setembro recuaram 32 centavos de dólar e fecharam a US$ 9,34 por bushel, menor valor para um contrato futuro de segunda posição de entrega desde o dia 29 de junho. No mercado de milho, a pressão sobre os preços veio dos cortes menores que o esperado para as colheitas americana e global na nova temporada - a primeira foi reduzida para 359,6 milhões de toneladas, 6,6% abaixo de 2016/17, e a segunda para 1,033 bilhão de toneladas, queda de 3,5%. Na bolsa, os papéis de segunda posição de entrega (dezembro) recuaram 15,25 centavos de dólar, para US$ 3,71 por bushel, piso desde 13 de julho. No caso do trigo, a elevação da projeção do USDA para a colheita global levou a uma queda de 18 cents dos contratos de segunda posição (dezembro) em Chicago, que fecharam a US$ 4,6875 por bushel. (Valor Econômico) 

Uruguai - Exportações de lácteos geraram US$ 313 milhões

Exportações/Uruguai - As divisas geradas com as exportações do setor lácteo chegaram a US$ 313 milhões, entre janeiro e julho de 2017, revelou o Instituto Nacional do Leite (INALE). Os preços da manteiga aumentaram 27%, e dos queijos 13%. Mas, em decorrência das queda dos volumes embarcados, o faturamento com exportações caiu 2% em comparação com o mesmo período de 2016. "Em 2017 foi exportado apenas a produção do ano em curso", diz o Inale. Nos primeiros sete meses do ano os principais destinos para os produtos lácteos uruguaios foram: Brasil, em primeiro lugar, seguido pela Rússia, Argélia, México e Argentina, mostra o boletim elaborado pelo Inale. Nesse período o preço da manteiga aumentou 27% e do queijo 13%, mas caiu o preço do leite em pó integral e do leite em pó desnatado. 

Ao comparar os preços médios recebidos pelos produtos exportados no acumulado até julho de 2017 em relação a igual período de 2016, observa-se que a manteiga aumentou 55%, o leite em pó integral 39%, o queijo 27%, e o leite em pó desnatado, 15%. Em relação a dezembro do ano passado os preços registraram os seguintes reajustes: manteiga 36%, leite em pó integral 11%, e o queijo 9%, enquanto o preço do leite em pó desnatado caiu 9%. "A pequena redução no total é consequência de que em 2016 foram exportados volumes maiores de leite em pó integral que estavam em estoque desde 2015. Em 2017 só foi embarcada a produção do ano em curso", diz o Inale. No acumulado até julho deste ano foram reduzidas as vendas de todos os produtos lácteos exportados. A maior queda foi do leite em pó integral, com 37%, a manteiga 18%, o leite em pó desnatado 15%, e os queijos 11%, diz a publicação. (Todo El Campo - Tradução Livre: Terra Viva)

Cotações oficiais do mercado holandês de lácteos (€/100 kg) - agosto de 2017

Mercado LTO - A oferta de leite permaneceu estável em maio, depois de leve crescimento em março e abril. O desempenho variou entre os países. Enquanto a Alemanha, França e também na Holanda houve declínio da produção, volumes, particularmente, elevados foram verificados na Irlanda, e na Polônia. Também ao nível mundial houve crescimento da oferta. Na Nova Zelândia, a oferta cresceu tanto em março como em abril, embora o volume tenha caído em maio. Na América do Sul, por um longo período houve declínio. Na Argentina e Uruguai a produção vem se recuperando nos últimos meses. A produção de leite nos Estados Unidos também cresceu em média de 2%. Assim como alguns meses atrás, o mercado de lácteos mostrou duas tendências diferentes. De um lado, os preços do leite em pó desnatado sob pressão, com a queda da demanda e aumento da concorrência no mercado mundial, especialmente dos Estados Unidos. Em junho, a Comissão Europeia também decidiu vender um pequeno volume dos estoques de intervenção. Por outro lado, as cotações da manteiga no mercado holandês chegaram a valores sem precedentes (acima de 600 euros por 100 kg), depois de elevações mensais contínuas. Mesmo assim o preço do leite em pó se manteve estável, sustentando, principalmente, pelos elevados preços da manteiga. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

 

RS: Lactalis do Brasil receberá produtores na Expointer 2017
Lactalis/RS - Dedicando atenção especial aos produtores rurais, a Lactalis do Brasil vai participar da 40ª edição da Expointer. Considerada a maior feira a céu aberto da América Latina, ocorre de 26 de agosto a 3 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), e vai contar com mais de 500 atrações, entre palestras técnicas, Feira de Agricultura Familiar, Feira de Artesanato e atrações culturais. O lançamento oficial do evento ocorreu nesta quinta-feira (10), em cerimônia no Theatro São Pedro, em Porto Alegre (RS). A expectativa de público é de 355 mil pessoas. De acordo com o diretor de Comunicação Externa, Assuntos Regulatórios e Corporativos da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella, a ideia é aproveitar a Expointer para promover uma maior aproximação com os agricultores. "Temos cerca de 8 mil produtores rurais parceiros no Rio Grande do Sul que fornecem quase um bilhão de litros de leite por ano para a empresa. Queremos abrir a nossa casa na Expointer para que seja a extensão da própria casa deles, possam consumir os produtos gerados a partir do seu próprio leite e tenham a oportunidade de maior aprimoramento técnico com foco no aumento da produtividade e qualidade", afirmou. Durante a feira, a Lactalis do Brasil vai oferecer palestras técnicas com professores, que vão abordar assuntos como produtividade e matéria-prima. Além disso, a empresa vai promover uma degustação de produtos lácteos no seu estande. Promovida pelo governo do RS, a Expointer mostra em primeira mão as novidades da agropecuária mundial. A expectativa deste ano dos organizadores é repetir os números de 2016, quando o volume de negócios alcançou R$ 1,92 bilhão. (Página Rural)

Porto Alegre, 10 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.560

 

China continua pressionando demanda por lácteos

A demanda por produtos lácteos está boa no mundo, mas não fantástica. A China apresenta uma boa posição compradora, em parte porque sua própria produção de leite é baixa e permanecerá assim por um tempo, disse a analista de mercado da Bolsa de Valores da Nova Zelândia, Susan Kilsby.

Ela acrescentou que, sobre os outros mercados, não existe o mesmo otimismo em países com economias muito ligadas aos preços do petróleo e não vai mudar enquanto o preço dessa commodity não se ajustar, disse a especialista, segundo relatório divulgado pelo Instituto Nacional do Leite (INALE) do Uruguai.

Sobre os demais mercados, ela disse que a demanda está muito bem e que se espera que siga estável, mas se a produção continuar crescendo, esse fator pressionará os preços no futuro, no caso de não haver uma demanda adequada para essa produção.

Durante os primeiros cinco meses desse ano, a produção leiteira da União Europeia (UE) baixou 1,1% com relação ao mesmo período do ano anterior. Por sua vez, a produção de maio foi 0,1% inferior com relação ao mesmo mês de 2016.

Sobre as perspectivas de médio prazo da produção de leite na Europa, se espera crescimento e é o que está começando a acontecer, especialmente devido à velocidade de produção. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint.)

Acordo Mercosul e UE faria EUA perderem competitividade no Brasil

Mercosul/UE - O mercado de agronegócio e de alimentos dos Estados Unidos tem muito a perder se o Mercosul e União Europeia fecharem um acordo comercial. Os norte-americanos seriam afetados principalmente nas negociações com o Brasil, o principal mercado do bloco. Estudo do serviço de representação do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Brasil aponta que, se concretizado, o acordo daria uma condição bem pior de competitividade aos produtos dos Estados Unidos em relação aos da União Europeia. Atualmente, tanto Estados Unidos como União Europeia têm as mesmas taxas de barreiras nas exportações para o Brasil. Além disso, os dois --europeus e norte-americanos-- têm produtos semelhantes na lista de exportações para os brasileiros. O Mercosul já é um grande competidor dos norte-americanos no setor de agronegócio. O bloco é líder mundial em produção e exportação em vários setores importantes, como soja, carnes, açúcar, café e suco.

Por formar o maior bloco do mundo, os europeus teriam grandes vantagens nas exportações e importações de produtos do Mercosul, dificultando a presença dos norte-americanos na região. Enquanto os países do Mercosul querem abrir mais o mercado para seus produtos agrícolas, os europeus estão de olho em produtos industrializados como queijo e chocolate, que chegam a ter taxa de importação de 28%. No ano passado, os Estados Unidos exportaram o correspondente a US$ 1,38 bilhão de produtos agrícolas ao Brasil. No mesmo período, a União Europeia colocou no país o correspondente a US$ 1,79 bilhão.

Trigo e etanol lideram as compras brasileiras nos Estados Unidos, enquanto na União Europeia o país busca produtos lácteos, peixes e frutos do mar. As preocupações de redução de mercado com o bloco do Mercosul não são só dos produtores norte-americanos. Os europeus também temem, uma vez que os custos de produção nos países do Mercosul são menores. A chegada de Donald Trump ao governo dos Estados Unidos deu uma freada nos acordos internacionais de comércio. Além de discutir o acordo do Nafta (formado pelos países da América do Norte), os Estados Unidos deixaram o TPP (Parceria Transpacífico), que englobava 12 países. (Folha de SP)

Produção/NZ 

Menos chuva na semana passada permitiu a recuperação de algumas áreas, mas, serão necessários ventos mais quentes para regiões mas úmidas. A umidade maior em julho não afetou o crescimento das pastagens de inverno, mas o manejo do gado em pastos frágeis foi um desafio.

A previsão do tempo para os próximos três meses apontam para temperaturas acima da média no país, e volumes de chuva menores, o que pode significar um forte crescimento das pastagens na primavera. No entanto, a previsão é de mais chuvas para esta semana, e será necessário um manejo bastante cauteloso para evitar danos maiores às pastagens. As novilhas de dois anos começam as parições em Canterbury, e as vacas começam a ocupar as ordenhas. Enquanto isso, a temporada de parições da Ilha Norte está praticamente encerrada. Enquanto isso o Mycoplasma bovis, [um agente causador de mastites, artrites, pneumonia, e transtornos reprodutivos, principalmente em bezerros e animais jovens], continua ocupando as manchetes, que acusam o Governo de estar apresentando medidas fracas para enfrentar o surto, e muitos sugerem o confinamento e pesquisa dos sêmens dos touros. Os relatórios dos testes realizados até agora mostram que os problemas ficaram restritos a duas, das nove fazendas monitoradas, mas, as autoridades dizem que serão necessários pelo menos mais dois meses de exames para identificar as causas.

Na última semana o leilão da Fonterra caiu 1,6% com os preços da manteiga dando uma relaxada, mas, mantendo firme o preço do leite em pó integral pelo quarto evento consecutivo. Esse resultado ajuda a consolidar as previsões para o ano, mas, o retorno está sendo prejudicado por problemas cambiais. A Westland Milk Products anunciou que pagará entre NZ$ 6,40 e NZ$ 6,80/kgMs nessa nova temporada, o que mostra sua estratégia de voltar a ser competitiva, uma vez que anunciou corte de NZ$ 70 milhões em suas operações. A coleta de dados sobre a captação de leite em junho está atrasada para a divulgação pelo DCANZ, mas, os números preliminares apontam para o crescimento do volume, em relação ao mesmo mês do ano passado. A DairyNz protestou contra o impacto das novas regras de imigração para os trabalhadores do setor lácteo, com clara preferência aos imigrantes da indústria hoteleira, e pedem justiça. (interest.co.nz - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Preço pago pelas principais indústrias europeias - junho de 2017

Preços LTO - O cálculo preliminar do preço médio pago pelas principais indústrias europeias no mês de junho de 2017 foi de € 33,69/100 kg, [R$ 1,28/litro], para o leite padrão. Aumento de € 0,51/100 kg em relação ao mês anterior. Comparado com junho de 2016, o incremento foi de € 7,62/100 kg, ou mais de 29,2%. A razão para que a diferença nos preço do leite em relação ao ano anterior seja tão alta não é apenas pela melhora nos preços do leite este ano, mas, também porque os preços do leite atingiram os níveis mais elevados desde junho de 2016. Em abril deste ano, o preço mensal do leite superou a média dos últimos cinco anos (de 2012 a 2016). 

Os preços do leite fora da Europa também subiram. A Fonterra recentemente elevou a previsão do preço ao produtor para a próxima temporada em NZ$ 0,25/kgMS. Incluindo os dividendos projetados de NZ$ 0,50, o preço total da temporada 2017/18 chegará a NZ$ 7,25/kgMS, [R$ 1,29/litro], o que corresponde a € 35,45/100 kg. Em 2016/17 o preço final do leite foi de NZ$ 6,65/kgMS, [R$ 1,18/litro]. O leite Classe III nos Estados Unidos subiram de US$ 15,57, [R$ 1,11/litro], para US$ 16,64/cwt, [R$ 1,19/litro]. Convertido o preço do leite padrão, em junho, atingiu € 36,97/100 kg. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

Nos últimos cinco anos desapareceram 502 fazendas de leite no Uruguai
Produção/Uruguai - Nos últimos cinco anos desapareceram 502 fazendas de leite no Uruguai. O processo de concentração registrado no período inicial foi acompanhado por um crescimento de produtividade. Mas, logo depois a eficiência em escada foi neutralizada por fatores climáticos. Entre 2011 e 2014 a captação média anual de leite por fazenda do Uruguai passou de 1569 para 1885 litros (+17,6%).  Mas, em 2015 o crescimento foi marginal, 1894 litros. Em 2016 a média cai para 1832 litros por causa dos problemas gerados pelas chuvas excessivas, segundo o último boletim lácteo publicado pelo Departamento de Estatísticas Agropecuárias do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai. O fechamento de unidades produtoras de leite combinado com a menor produção - pela incapacidade de enfrentar as "mudanças climáticas" -  fez com que a oferta nacional de leite retrocedesse três anos. A qualidade sanitária do leite também piorou no ano passado: 77% do total do leite captado pela indústria obtiveram menos de 100.000 UFC/ml de contagem bacteriana, e 400.000 contagem de células somáticas. Em 2015 a média foi de 89%. Depois de registrar a produção recorde de 2.018 milhões de litros de leite em 2013, a produção caiu para 2.014 milhões de litros em 2014. As quedas continuaram e em 2015 e 2016, os volumes totais foram de 1.990 milhões de litros e de 1.816 milhões de litros, respectivamente. As exportações totais convertidas em litros equivalentes leite, durante 2016, totalizaram 1.649 milhões de litros (179 milhões a mais que em 2015). As indústrias comercializaram no ano passado 2.448 milhões de litros (1.816 milhões captados e, mais 632 milhões do estoque remanescente do ano anterior). As exportações corresponderam a 67,3% do volume - 1.649 milhões de litros em equivalente leite. (Valorsoja - Tradução Livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 09 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.559

 

  MUDANÇA PERMITE ALERTA PRIMEIRO, MULTA DEPOIS

A aplicação de multas na área de defesa sanitária animal ganhou novos parâmetros no Rio Grande do Sul. Projeto do Executivo aprovado ontem na Assembleia Legislativa (PL 113) altera a legislação que trata do tema. A principal modificação terá impacto direto no bolso e na consciência do produtor rural.

Até hoje, quando havia algum tipo de irregularidade como, por exemplo, a não comunicação da vacinação do gado contra a febre aftosa, o pecuarista recebia direto a penalidade.

A partir de agora, receberá primeiro uma advertência. Isso dá a oportunidade para que o problema seja corrigido sem trazer custo adicional.

- O objetivo da multa não é ser arrecadatória e, sim, educativa - argumenta o secretário da Agricultura, Ernani Polo, sobre a modificação.

Outra alteração é a possibilidade de desconto de 80% nos valores para o produtor que não for reincidente. A medida atende à reivindicação feita sobretudo por produtores da agricultura familiar, que muitas vezes acabavam com a produção inviabilizada por conta das multas que eram aplicadas.

- Agora, temos como trabalhar lá na ponta, com o produtor. A multa causava impacto grande. Às vezes, ele não conseguia se recuperar - afirma Guilherme Velten Júnior, assessor de meio ambiente e política agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).

O secretário da Agricultura explica que, até 2012, os valores das multas estavam defasados. Naquele ano, no entanto, houve aumento:

- As multas passaram a ser pesadas.

De lá para cá, vinha se trabalhando a possibilidade de modificar a lei. A Assembleia também aprovou recentemente outro projeto do Executivo referente ao passivo das penalidades. Na votação de ontem, foi incluída emenda, do deputado Elton Weber (PSB), que determina que a advertência não conte como infração para fins de reincidência.

- A advertência é positiva para a conscientização. A multa direto, muitas vezes, deixava o produtor revoltado - comenta o parlamentar.

Para protestar contra a medida provisória que renegocia as dívidas do Funrural e o aumento de impostos - que resultou em combustível mais caro -, produtores de Tapes decidiram colocar colheitadeiras, tratores e caminhões às margens da BR-116. Prometem manter os equipamentos no mínimo até domingo no local, mas garantem que a manifestação não tem prazo para acabar.

Genésio Moraes, presidente do Sindicato Rural do município, explica que há expectativa pela votação, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, do projeto de resolução apresentado pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) que altera a legislação da contribuição, retirando incisos do artigo 25, que trazem a base de cálculo do imposto cobrado sobre o empregador rural.

- Tornaria, por outro caminho, inconstitucional o Funrural. Não achamos justo pagar esse atrasado - afirma Moraes, em relação ao débito acumulado.

Em 2010, decisão da Justiça havia considerado inconstitucional a cobrança, o que levou muitos produtores a deixarem de fazer a contribuição.

Neste ano, o entendimento do Supremo Tribunal Federal foi outro: que o Funrural era constitucional, criando um passivo bilionário. Na semana passada, o governo federal publicou medida provisória com as condições de pagamento desse atrasado. (Zero Hora)

Temer sanciona com vetos lei que legaliza benefícios ficais de Estados 

O presidente Michel Temer (PMDB) sancionou, nesta terça-feira, com dois vetos, a lei complementar 160 que trata da legalização de benefícios fiscais concedidos por Estados a empresas e indústrias na chamada guerra dos portos ou guerra fiscal. O texto tramitou por mais de três anos no Congresso Nacional e foi aprovado em julho. A lei está publicada na edição de hoje do "Diário Oficial da União" (DOU). O texto trata da regularização de incentivos, isenções e benefícios fiscais oferecidos pelos Estados e Distrito Federal ao longo dos anos em desacordo com a legislação vigente. 

As unidades da Federação buscaram, com isso, atrair empresas e indústrias para gerar empregos e crescimento econômico. A competição entre os Estados por esses investimentos, com o uso dos incentivos como instrumento, é conhecida como guerra fiscal. A prática, que está em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi condenada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). De acordo com o texto, não é mais necessário que um Estado obtenha concordância unânime de todos os membros do Confaz para conceder um incentivo fiscal. A partir de agora, será necessária a anuência de dois terços dos Estados. Esse total deverá ser distribuído nacionalmente, com pelo menos um terço dos Estados de cada região do país concordando com a concessão. 

A concessão de novos incentivos fiscais, bem como a prorrogação dos que já estejam em vigor, só poderão ter vigência por um prazo determinado, a depender do setor de negócios beneficiado. O prazo pode chegar a até 15 anos no caso de setores como agropecuário, indústria e transporte urbano. Os artigos 9 e 10 foram vetados após serem ouvidos os ministérios da Fazenda, Justiça e Segurança Pública e a AdvocaciaGeral da União. Em mensagem, Temer explica que os dois artigos forem vetados "por não apresentarem o impacto orçamentário e financeiro decorrente da renúncia fiscal". Ele justifica ainda que "no mérito, causam distorções tributárias, ao equiparar as subvenções meramente para custeio às para investimento, desfigurando seu intento inicial, de elevar o investimento econômico, além de representar significativo impacto na arrecadação tributária". (Valor Econômico)

OCDE prevê recuperação global e no Brasil 

As perspectivas de retomada do crescimento persistem tanto na Alemanha e França como no Brasil e China, apontam indicadores da atividade para os próximos meses, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "O indicadores antecipam uma tendência positiva da atividade econômica no Brasil", afirmou ao Valor o chefe da unidade de indicadores compostos da OCDE, Roberto Astolfi. Os Indicadores Compostos Avançados (ICA) procuram antecipar momentos de inflexão da atividade econômica em relação à sua tendência com antecedência de seis a nove meses. Leva em conta índice constante de 100. Se o resultado para um país ficar abaixo de 100, significa que o crescimento é mais lento do que o normal. A inflexão positiva no caso do Brasil é ilustrada pela evolução nos indicadores passando de 97 em junho de 2015 para 101,5 em fevereiro deste ano e agora para 102,4. 

No geral, os indicadores da OCDE continuam a apontar uma dinâmica de crescimento para os países membros da entidade no seu conjunto, que reúne tanto países industrializados como emergentes, como México e Turquia. Conforme a OCDE, o ICA permite antecipar, como no mês passado, um crescimento estável no Japão, no Canadá, na zona do euro. O mesmo é esperado nos Estados Unidos e na Itália. No Reino Unido (99,6), sob a sombra do Brexit - decisão de sair da União Europeia -, os indicadores confirmam sinais de uma possível diminuição da expansão da economia. A tendência agora é de uma inflexão mais positiva de crescimento no chamado G-5 asiático - China, Índia, Indonésia, Japão e Coreia do Sul. 

No caso da China, a segunda maior economia do mundo, a OCDE é desta vez mais positiva do que no mês passado. "As perspectivas de recuperação do crescimento estão mantidas para a Alemanha e França, assim como para a China e o Brasil", diz a OCDE. Porém, os indicadores apontam para "possível" desaceleração do crescimento na Rússia. (Valor Econômico)

LINA: o que afeta a estabilidade do leite?
Não é raro algumas amostras de leite reagirem positivamente ao teste do álcool - realizado na fazenda no momento da coleta -, formando coágulos. Quando isso acontece, o leite é rejeitado pela indústria. No entanto, em muitas das vezes, o leite não está ácido! Neste caso, temos o chamado leite instável não ácido (LINA). Nessa hora, surge então a grande dúvida da maioria dos produtores: o que causa essa instabilidade do leite? Para responder essa pergunta, o EducaPoint disponibilizou o curso "LINA: um problema de qualidade ou manejo", ministrado por uma grande pesquisadora do tema, a Drª Vivian Fischer, professora da Universidade federal do Rio Grande do Sul. Ao longo do curso, a Drª Vivian fala sobre diversos aspectos que podem impactar na estabilidade do leite, como a composição da dieta, o ambiente, as práticas de manejo, a sanidade, a raça dos animais, o estádio de lactação, entre outros. CLIQUE AQUI para assistir o vídeo e conferir qual o impacto do estresse térmico dos animais na estabilidade do leite. (Milkpoint)

Porto Alegre, 08 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.558

 

MANIFESTAÇÕES MUDAM ROTA DE EXPORTAÇÕES DO RS

A manifestação dos caminhoneiros no Estado fará as exportações de carne suína zarparem para o porto de Itajaí, em Santa Catarina. A decisão é das indústrias do setor, que seguem tendo dificuldades de fazer a carga chegar em Rio Grande, assim como não conseguem levar contêineres vazios para as unidades. Superintendente do porto gaúcho, Janir Branco diz que o movimento permanecia aquém do normal com redução de 50% por conta do temor de represálias como pedras e ameaças a quem se aventurar cruzar as estradas. Ontem, ele iria se reunir com o secretário da Segurança Pública na busca por estratégia capaz de garantir a normalidade do tráfego. 

? Ficamos muito abatidos (com a mudança de porto). Sabemos como é difícil conseguir uma carga, e para perdê-la, pode ser em um estalar de dados? diz Branco. Aproximadamente 30% da produção gaúcha de suínos do Estado é exportada? são cerca de 3,8 mil toneladas por semana, 15 mil toneladas por mês. A maioria dos embarques? 80%? ocorre pelos terminais gaúchos.

? É aceitável que só o Rio Grande do Sul tenha esse problema? Isso não está ocorrendo em outros Estados? questiona Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips). A mudança certamente trará prejuízos ao Estado. A decisão ocorre porque as empresas estão tendo dificuldades para escoar a produção destinada ao mercado internacional. O mesmo ocorre com o segmento de aves, que tem o Exterior como destino de 45% dos itens processados.

? A situação ainda está crítica. Se essa questão não se resolver em mais um dia, pode impactar a produção das indústrias, principalmente as que exportam? argumenta José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

Empresas de processamento de leite também estão tendo dificuldades para cruzar as rodovias dentro do Estado. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, passou a tarde de ontem recebendo mensagens de associados com relatos de bloqueios e pontos de tensão em cidades como Giruá, Santo Ângelo, Palmeira das Missões, Três Passos, Cruz Alta, Ibirubá, Soledade, Camaquã e Pelotas. Muitas vezes, a passagem fica impedida durante o dia, mas é liberada à noite.

? Isso tem gerado mais custos e demora. Há indústrias que nem saíram para recolher leite. Existe um cenário de insegurança e pessoas têm receio de sair e de ficar com leite parado além do tempo permitido pela legislação? relata o presidente do Sindilat-RS. ((Zero Hora)

As 100 maiores processadoras de lácteos da América do Norte

Todo ano, a revista Dairy Foods lança uma lista com as 100 maiores processadoras de lácteos da América do Norte. A indústria de lácteos da América do Norte está em constante movimento e desde o último relatório, as empresas fizeram uma série de aquisições. Os negócios continuaram acontecendo mesmo depois de encerradas as tabulações das receitas de 2016 das 100 maiores empresas de processamento de lácteos com sede no Canadá, nos Estados Unidos e no México. O maior negócio no último ano foi a compra da WhiteWave pela Danone. A nova empresa, chamada DanoneWave, combina a fabricante de iogurtes Dannon (ano passado, no 15) com a WhiteWave (n° 14), fabricante de bebidas orgânicas e vegetais. A nova empresa subiu para o número 4 na lista deste ano. Os três primeiros lugares do Dairy 100 permaneceram inalterados em relação ao ano passado. Em ordem, eles pertencem à Nestlé USA, Dean Foods e Saputo. O número 5 é da Kraft Heinz Co. (ano passado, número 13), seguida por Schreiber Foods (ano passado número 4), Agropur (ano passado número 5), Dairy Farmers of America (ano passado número 7), Lactalis American Group (não listado) e Land O'Lakes Inc. (ano passado número 6). Metade dos top 10 são empresas dos EUA, as outras são de propriedade de canadenses ou têm matrizes francesas ou suíças. Pode-se argumentar que a Kraft Heinz está sob controle estrangeiro devido ao investimento da 3G Capital, que tem vínculos com o Brasil.

Quando a Danone comprou a WhiteWave, a fabricante de iogurte adquiriu um portfólio de bebidas não lácteas, a posicionando para o sucesso de longo prazo, já que as vendas de "leites" vegetais continuam aumentando. Como parte de um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a Danone teve que vender sua participação na companhia de iogurte orgânico Stonyfield (com US$ 370 milhões em vendas em 2016). A Lactalis comprou o negócio por US$ 875 milhões em julho. A Dean Foods adquiriu uma empresa de suco orgânico chamada Uncle Matt's Organic no final de junho. Esse acordo veio com dois benefícios: proporciona à empresa acesso aos clientes para bebidas não lácteas e permite que a empresa participe do crescente espaço de alimentos orgânicos. Esse é um movimento que outros processadores de leite fluido podem querer imitar.

A número 15, Prairie Farms, cooperativa do Meio-Oeste conhecida por suas marcas de leite e sorvete, posicionou-se para o crescimento, adquirindo a Swiss Valley Farms, uma cooperativa de Iowa (e classificada como número 60 no ano passado). O acordo dá à Prairie Farms acesso ao queijo, categoria que faltava à empresa. A Swiss Valley Farms traz à mesa uma grande variedade de produtos de queijo e ingredientes lácteos, sem mencionar uma lista estabelecida de clientes de exportação. Este ano, a Parmalat, empresa italiana controlada pela gigante francês Lactalis, adquiriu a Karoun Dairies, fabricante de queijos étnicos e produtos lácteos fermentados da região de Los Angeles, juntamente com sua fábrica de processamento em Turlock, Califórnia. Hochland, outro produtor italiano de produtos lácteos, adquiriu a fabricante de queijo cremoso, Franklin Foods. A Franklin, com fábricas no Arizona e Vermont, ficou de fora da Dairy 100; Clique aqui e confira a lista. (As informações são da Dairy Foods, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Leite/Europa - Perspectivas do mercado lácteo - Europa- Relatório 31/2017

A produção de leite na Europa em 2017 continua abaixo dos volumes projetados pelos observadores no início do ano. No acumulado de janeiro a maio a produção ficou 1% abaixo do volume registrado no mesmo período do ano passado. No mês de maio a queda percentual foi de 0,2% em relação ao mesmo mês de 2016. A produção total da Europa está sendo puxada para baixo por influência dos dois maiores produtores do bloco, Alemanha e França. Os volumes caíram na Alemanha (-3,8%) e França (-3,2%), de janeiro a maio de 2017, enquanto aumentaram na Itália (+3%) e na Irlanda (+6,2%). Mas, os resultados positivos de alguns países não conseguiram compensar as quedas significativas da Alemanha e França. Os fatores que afetaram negativamente a produção de leite incluem a seca entre maio e junho, e uma primavera fraca. Os preços não estavam suficientemente elevados para incentivar uma produção adicional. 

A expectativa é de que a produção na Europa tenha um saldo positivo na segunda metade do ano. A diferença entre os preços das gorduras e das proteínas na União Europeia (UE) até agora em 2017, aumentou. Pequena ou modesta correção, pelo menos, é o que alguns observadores esperam para os próximos meses, enquanto outros estão mais pessimistas. Uma incerteza persistente refere-se à magnitude dos estoques de intervenção do leite em pó desnatado. O momento e a forma de redução desses estoques são preocupantes, tendo em vista o impacto que podem ter no mercado. A produção de leite em vários países da Europa Oriental teve as seguintes alterações no acumulado do ano e em maio de 2017, em relação aos mesmos períodos do ano anterior: Bulgária (+4,7%), (+9,7%); República Checa (+2,8%), (+7,1%); Polônia (+3,5%), (3,1%); e Romênia (+2,7%), (5,7%). (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

A produção mundial de leite acumula resultados negativos este ano

A produção mundial de leite voltou a mostrar quedas nos volumes produzidos na primeira metade do ano, uma situação similar á do ano passado. Observando os principais países produtores, a Argentina foi a de pior desempenho, com uma queda de 10,7% de janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o boletim elaborado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) com base em informações do site clal.it, houve queda de 0,19% na produção mundial no primeiro semestre de 2017, situação semelhante à ocorrida em 2016, quando na primeira parte do ano a produção dos principais países produtores mostrava redução de 0,16%. O grupo selecionado de países produtores e importadores, que representam em torno de 60% da produção mundial de leite de vaca, continua o crescimento no mercado dos Estados Unidos, em paralelo a uma recuperação "importante" na Nova Zelândia, enquanto que na União Europeia (UE) se percebe uma queda da produção, em decorrência dos preços baixos depois da crise leiteira e pelos incentivos à redução da produção. 

Já na América Latina, "houve incremento da produção em 2017, com exceção da Argentina que ainda apresenta queda na comparação anual, que deverá ser neutralizada até o final do ano, fechando provavelmente com um valor levemente positivo", destaca o boletim da OCLA. Especificamente, além da queda local de 10%, os países que acompanharam a Argentina com déficits em sua produção foram: Austrália (-6,1%); Turquia (-4,2%); Japão (-2,2%); União Europeia (-1,1% na média dos 28 países), e Ucrânia (-0,8%). Os países que aumentaram a produção foram encabeçados por países localizados na região da Argentina: Chile e Uruguai, que tiveram crescimento de 5,8% e 5,1%, respectivamente. Também tiveram alta, países como Bielorrússia (+2,2%); México (+2,1%); Nova Zelândia (+2%); Estados Unidos (+1,4%); e Rússia (+0,6%). No meio ficou o Brasil, com rendimento igual ao período anterior. A queda do mercado de laticínios na primeira parte do ano já ocorre em duas temporadas seguidas, depois de apresentar crescimentos em 2014 e 2015 de 3,38% e 1,26%, respectivamente. Os dados do OCLA já alarmavam sobre a situação produtiva no país, ao advertir que em 2016 a produção de leite teve a maior queda em 46 anos, com redução de 14,17% em relação a 2015. A perda de consumo no mercado interno e a retração na demanda externa, além dos problemas decorrentes das condições climáticas que afetam as fazendas, foram as principais causas. No total, a produção primária de leite alcançou no ano passado 9.711 milhões de litros. Este ano, em torno de 460 fazendas encerraram a atividade leiteira, duplicando a taxa média de fechamentos dos últimos anos. (Agrosito - Tradução Livre: Terra Viva)

FrieslandCampina
O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru no mês de agosto de 2017 é de € 38,50 por 100 quilos de leite, [R$ 1,46/litro]. Aumentou € 1,25 por 100 quilos de leite. A expectativa é de que o preço do leite na maioria das indústrias de referência aumente em agosto. As cotações da manteiga e de queijos continuam com tendência de alta diante de uma demanda firme, e baixos estoques. O preço garantido da FrieslandCampina para o leite orgânico no mês de agosto de 2017 é de € 48,75/100 kg, [R$ 1,85/litro], havendo queda de 1,50 €/100 kg em relação a julho. O preço do leite orgânico nas principais companhias de referência continua relativamente estável. A queda foi causada por uma correção de 1,31 €/100 kg de meses anteriores. O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano, (nos anos anteriores o volume era de 600.000 quilos). O volume base do prêmio e o esquema da sazonalidade foi descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 07 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.557

 

Sindilat defende oferta do produto ao México

A renegociação do acordo comercial entre o Brasil e o México deve incluir lácteos brasileiros (leite em pó, outros leites, cremes de leite, concentrados e adocicados) entre os produtos agrícolas prioritários para a exportação àquele país. A informação é da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, que está em tratativas com o governo mexicano. A abertura desse mercado é reivindicada pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat), já que o Brasil importa mais lácteos do que exporta. No primeiro semestre de 2017, 21,6 milhões de quilos de leite UHT, leite em pó e queijos foram vendidos ao exterior, enquanto o Brasil comprou 98,6 milhões de quilos. Para o presidente do Sindilat Alexandre Guerra, a alta oferta de lácteos no mercado interno provoca queda dos preços. "Já que o governo diz que não tem como bloquear a entrada dos produtos argentinos e uruguaios, temos que buscar um novo destino para os nossos produtos", ressalta. 

Guerra explica que o mercado mexicano é estratégico porque consome grandes volumes. Também observa que o setor tem que aproveitar a renegociação em andamento para cobrar a efetiva abertura daquele mercado. "Não adianta só colocar o leite na lista de prioridade, o governo tem que fazer acontecer", cobra. O analista de Comércio Exterior da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, André Ponzo, avisa que os mexicanos ainda não assumiram nenhum compromisso com a proposta. Guerra argumenta que, nos últimos anos, as empresas brasileiras gastaram mais com a compra de produtos mexicanos do que faturaram com vendas para o país norte-americano. 

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços confirmam isso. De 2012 a 2016, o saldo acumulado da balança comercial entre os dois países é favorável ao México, com uma diferença de 5,5 bilhões de dólares. No período, o Brasil faturou 21,5 bilhões de dólares com a exportação e desembolsou R$ 27 bilhões dólares comas importações. Guerra também se disse apreensivo com declarações do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que é favorável a facilitar a importação de produtos dos diversos continentes. (Correio do Povo)

Leite/América do Sul - Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 31/2017.

Um ano atrás, fortes tempestades e inundações catástrofes afetaram muitas bacias leiteiras do Cone Sul da região. Hoje, a indústria de laticínios se recuperou e está em melhor forma do que há um ano. Além do mais, a grande oferta de grãos regional, a preços relativamente mais baixos estão beneficiando a produção de leite, tornando os custos operacionais menores. Na Argentina e no Uruguai, a produção de leite nas fazendas está entre estável e queda, em decorrência das baixas temperaturas que prejudicam o desempenho das vacas. Entretanto, a oferta de leite é mais que adequada para atender a maioria das necessidades das indústrias, especialmente de leite fluido e queijo. 

A demanda por leite fluido está bem forte nesse período, com a volta às aulas, depois das férias de inverno. A produção de leite no Brasil vem melhorando, e os preços aos produtores em julho caíram pelo segundo mês consecutivo. O volume é suficiente para atender a demanda por leite fluido e queijos. Com maior oferta, o Brasil depende menos das importações dos países vizinhos, como da Argentina e do Uruguai. Mas, por enquanto, a expectativa é de que a demanda por produtos lácteos permaneça fraca no curto e médio prazo, já que o poder de compra dos consumidores brasileiro está em queda. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

AgroTech Conference vai mostrar as principais inovações para o agronegócio

A cada ano, consumimos mais! Somos 7,3 bilhões de habitantes e, segundo a ONU, seremos 8,6 bilhões em 2030 e 11,2 bilhões de pessoas em 2100. Nunca dependemos tanto da tecnologia para sermos mais eficientes na produção de alimentos. Atualmente, as maiores inovações tecnológicas têm surgido através das startups, empresas iniciantes que criam soluções disruptivas e promovem grandes avanços.

Esse fenômeno transformacional tem acontecido em diversas indústrias: automóveis, setor financeiro, medicina e, inevitavelmente, no agronegócio. O StartSe, maior agente promotor dessa nova economia, vai reunir algumas das empresas mais inovadoras do mundo para mostrar como a tecnologia vai impactar o agronegócio. Vamos promover a maior conferência já feita no Brasil sobre AgroTechs!

Serão mais de 800 pessoas reunidas para conhecer tecnologias que envolvem drones, inteligência artificial, nanosatélites, realidade virtual, biotecnologia, energia renovável, sustentabilidade e muito mais. O AgroTech Conference acontece em São Paulo, no dia 21 de setembro, no Expo Center Norte. Acesse o site da conferência para conhecer mais detalhes. https://eventos.startse.com.br/agrotech/ (StartSe)

Metsul lança ferramenta
Os produtores rurais dispõem de uma nova ferramenta de monitoramento das condições climáticas no Rio Grande do Sul. Lançado pela Metsul Meteorologia, o serviço oferece a possibilidade de acompanhamento, pelo site www. metsul.com, de modelos numéricos e de simulação utilizados pelos meteorologistas Eugenio Hackbart, Estael Sias e Luiz Fernando Nachtigall. As cartas trazem informações sobre temperatura e ocorrências de chuva, tempestades, geadas, neve e granizo. "O produtor tem a chance de ler análises de alta precisão que vão lhe permitir planejar suas atividades e adotar ações preventivas", afirma a Diretoria de Comunicação da Metsul. O serviço pode ser obtido mediante assinatura mensal, trimestral, semestral ou anual, por preços que variam de R$ 29,90 a R$ 299. (Jornal do Comércio)

Porto Alegre, 04 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.556

 

  Argentina: diferença nos tamanhos das fazendas impacta nos ganhos pelo litro do leite

Até agora, em 2017 o setor de lácteos da Argentina está experimentando situações contrastantes. Em junho passado, as grandes fazendas leiteiras do oeste de Buenos Aires, em média, ganharam 0,86 a 0,51 peso (US$ 0,048 a US$ 0,029) por litro produzido (rendimento bastante baixo, mas ainda assim um rendimento). Por sua vez, os médios perderam 0,31-0,36 peso (US$ 0,0176-US$ 0,0204) por litro, enquanto que os pequenos registraram perdas de 0,58-0,63 peso (US$ 0,033-US$ 0,0358) por litro.

O custo médio integral - denominado de "longo prazo" - de uma grande fazenda na bacia leiteira no oeste de Buenos Aires, em junho, foi de 4,84 pesos (US$ 0,27) por litro, de acordo com estimativas publicadas pelo Observatório da Cadeia de Lácteos com base em cálculos do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA).

Por sua vez, o custo médio total de uma fazenda "média" na bacia leiteira do oeste de Buenos Aires foi, em junho, de 5,71 pesos (US$ 0,32) por litro, enquanto o custo na fazenda "pequena" ficou em 5,83 pesos (US$ 0,33) por litro.

A questão é que, de acordo com dados indicativos publicados pela Câmara de Produtores de Leite da Bacia Oeste (Caprolecoba), uma fazenda leiteira de 10 mil litros por dia recebeu, em junho, de 5,35 a 5,70 pesos (US$ 0,30 a US$ 0,32) por litro, enquanto que o intervalo foi entre 5,25 a 5,40 (US$ 0,29 a US$ 0,30) por litro nas fazendas que produzem 4500 litros diários. Já as fazendas pequenas, de 1.500 litros de leite, receberam em junho 5,20 a 5,25 (US$ 0,295 a US$ 0,297) por litro.

Os modelos, a partir do qual são calculados os custos, são construções teóricas que não incluem o impacto de fatores conjunturais, como desastres climáticos. O custo médio integral inclui amortizações e custo de oportunidade da terra.

O "Observatório Lácteo" está a cargo da Direção Nacional de Planeamento Estratégico do Setor do Ministério da Agroindústria e tem um Conselho Assessor Institucional composto por representantes dos setores público e privado. 

Em 03/08/17 - 1 Peso Argentino = US$ 0,05689
17,5667 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Valorsoja.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Simpósio debate produção com qualidade e rentável 

Um desafio foi lançado nesta quarta-feira, dia 2 de agosto, aos cerca de 250 produtores que prestigiaram o 1º Simpósio Leite Real Cotrijal. Eles foram recepcionados com a frase "+leite/ha/ano". O evento, realizado no auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, abordou assuntos de grande impacto para a atividade leiteira.

"Nosso objetivo inicial foi tirar o produtor da zona de conforto e lançar esse desafio", disse Renne Granato, gerente de Produção Animal da Cotrijal. A programação teve quatro palestras, abrangendo temas como ordenha, período de transição, nutrição pré e pós-parto, nutrição do rebanho, melhoramento genético, reprodução e qualidade do leite.

"É um simpósio diferente, com a proposta de discutir a evolução da produção leiteira, com o pensamento em um melhor custo/benefício para nosso produtor. Além desse evento, restruturamos a forma de atuação dos nossos profissionais junto aos produtores de leite de nossa área de ação, o que nos permite uma maior parceria e participação no que diz respeito à difusão da informação, sempre de olho no resultado", destacou o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica.

Preocupados com o custo de produção da atividade leiteira, os palestrantes foram unânimes na afirmação de que investir em manejo e nutrição adequados, do nascimento à fase de lactação da vaca, resultará em uma boa relação custo/benefício. "Temos a missão de ser cada vez mais eficientes, conduzir mais vacas e produzir mais leite na mesma unidade de área. Esse é o caminho a ser seguido por todos os produtores de leite do mundo, com eficiência e uso racional de recursos", disse Rodrigo de Almeida, professor da Universidade Federal do Paraná, que abriu a programação de palestras. 

Debates e questionamentos 
Atentos aos temas, os produtores aproveitaram cada minuto do simpósio para tirar dúvidas e questionar os palestrantes. Fabrício Zatt, de Colorado, aprovou o formato do evento e destacou a importância do tema Período de Transição. "São palestras como essas que nos fazem entender melhor a nossa atividade e como agir com o nosso rebanho. Saio satisfeito e cheio de informações", disse o produtor. 

Outro assunto abordado foi nutrição de gerações, pelo gerente de Negócios Ruminantes na Zinpro Brasil, Rogério Isler. Também foram palestrantes, o gerente do departamento técnico da ABS Pecplan, Hélio Rezende, de Minas Gerais (MG), que abordou o tema Melhoramento Genético e Reprodução, e o espanhol Rafael Ortega, que falou sobre Qualidade do Leite e Sistemas de Ordenha. 

A segunda edição do Simpósio Leite Real Cotrijal já está marcada para o dia 8 de agosto de 2018, consolidando-se como um dos tradicionais eventos anuais realizados pela cooperativa.

Oportunidade de negócios
O intervalo para o almoço foi muito bem aproveitado. Além de confraternizar, os produtores tiveram a oportunidade de fazer bons negócios junto aos estandes das empresas parceiras do evento, que levaram seus produtos ao Restaurante do Parque da Expodireto Cotrijal. Vendedores das Lojas Cotrijal e os profissionais do DEVET também acompanharam as negociações, mais uma facilidade para uma possível compra. (Fonte: Assessoria de Imprensa Cotrijal)

Projeções apontam alta oferta de leite orgânico no mercado dos Estados Unidos
 
As projeções de alguns grandes produtores de lácteos orgânicos dos Estados Unidos são de crescimento de cerca de 5,5% na produção de leite orgânico em 2017. O crescimento mais próximo de 1% seria mais perto do nível de conforto de alguns processadores em termos de expansão de processamento, distribuição e vendas.

Há alguma apreensão quanto à capacidade de processamento e vendas, tanto no varejo quanto no atacado, para absorver todo o aumento. Uma possibilidade é que mais leite orgânico seja enviado para mercados convencionais até que um novo equilíbrio de produtos lácteos orgânicos se desenvolva.

Umidade, calor e importações
Três variáveis nesta equação são umidade, calor e importações. A qualidade e a quantidade de alimentos de origem animal orgânicos cultivados durante a atual safra ainda não foram determinadas à medida que as condições climáticas se desenvolvem. 

As condições de produção no país estão sendo desafiadas em várias áreas por uma umidade quase constante. Outras áreas são afetadas pelo calor extremo. O resultado final da safra orgânica de 2017 ainda não foi determinado e continua a ser uma incerteza nesse ponto.

Para uma série de processadores de lácteos orgânicos, os esforços para recrutar produtores de leite para a transição para o orgânico pararam. Vários recrutados anteriormente permanecem no processo de transição e estão sendo feitos esforços para acomodá-los à medida que eles fazem a transição completa. O interesse em inscrever novos pretendentes é quase zero. 

Poucos produtores de produtos lácteos deverão completar o processo de transição para além do final de 2018. (As informações são do Dairy Foods, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Leite industrial

A Tangará Foods, fabricante de leite em pó e soluções alimentares, prevê investir R$ 80 milhões até 2019. As prioridades da empresa serão a expansão no Sul e no Sudeste, onde tem menos força, e o portfólio de compostos lácteos, vendidos ao comércio, indústria e restaurantes, diz José Aloízio Jr., presidente da companhia.

"Cerca de metade da nossa receita ainda vem de commodities, de leite em pó, mas nossa estratégia é dar mais atenção às soluções lácteas, que sofrem menos na crise", afirma o executivo.  "Em 2016, a produção de leite [no país] foi pequena, então as margens foram excepcionais. Neste ano, há um superabastecimento e a tendência é que o preço [do leite em pó] derreta."

Parte do aporte previsto até 2019 está destinado a ampliações de fábricas em Pernambuco e Rio Grande do Sul, além de aquisições de outras empresas. "Nosso principal foco é uma [aquisição] no setor de alimentício para ampliar nosso portfólio", diz Aloízio.

R$ 750 MILHÕES foi a receita em 2016
550 são os funcionários. (Folha de São Paulo) 

Bloqueios preocupam
O protesto de caminhoneiros nas estradas gaúchas bloqueou a passagem de transportadores de leite em Ijuí e Palmeira das Missões, na quarta-feira e ontem. O Sindilat manifestou preocupação por conta dos eventuais descartes das cargas que ficaram muito tempo no trânsito. "Alguns associados relataram ainda que os caminhões não conseguiram se deslocar até as propriedades para buscar o leite", informou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. (Correio do Povo)