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15/08/2017

Porto Alegre, 15 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.563

 

 Dados indicam triangulação de leite pelo Uruguai

O Uruguai produziu 1,7 bilhão de litros de leite em 2016 e consumiu 700 milhões de litros. Segundo dados divulgados pelo próprio país, o saldo, se convertido em pó, renderia 120 mil toneladas. Só o Brasil recebeu 100 mil toneladas de leite em pó e 18 mil toneladas em queijos do país vizinho, o que representa praticamente todo o volume restante. Os números, segundo o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, indicam uma possível triangulação de produção de outros países para ingresso no Brasil com incentivo. "O Uruguai se diz o sétimo maior exportador de lácteos do mundo. Em casos como esse, o governo brasileiro tem que agir porque prejudica muito o mercado nacional, principalmente os estados do Sul do Brasil", frisou durante sua manifestação na audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (15/8), em Brasília. 

Representando o Sindilat e também a Aliança Láctea Sul-Brasileira, Palharini ainda reforçou a importância de o governo adquirir emergencialmente 50 mil toneladas de leite em pó para enxugar o mercado e permitir reação de preços. Contudo, advertiu que o pagamento deve ficar na casa dos R$ 14,00 o quilo, acima dos R$ 11,80 previstos pela Conab que, na versão do setor, não remuneram adequadamente a produção. "Ações como essa serão uma injeção na economia que permite inclusão social", reforçou. O líder gaúcho ainda pontuou a importância de se retomar a Subcomissão do Leite na Comissão de Agricultura da Câmara. A ideia é que o grupo de trabalho se debruce sobre assuntos relevantes para o setor. Uma dela é o estímulo às exportações de produtos lácteos para países como o México. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Emater propõe assistência específica ao setor lácteo

Presidente da Emater, Clair Kuhn, se reuniu na tarde desta terça-feira (15) com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, para propor a prestação de serviço extras de assistência técnica aos produtores ligados às indústrias e cooperativas associadas ao sindicato. A ideia inicial da Emater é intensificar as ações junto ao setor lácteo, mas, para isso, precisa de parceria que viabilize a expansão dos serviços, uma vez que a autarquia tem recursos escassos. "Vejo a parceria como positivo, mas é um projeto que deve ser construído", afirmou Guerra após a apresentação da proposta. 

Além disso, os presidentes discutiram questões conjunturais que prejudicam o cenário dos lácteos brasileiros. Entre elas, as importações de leite em pó, que vêm expandindo a oferta de leite no mercado nacional. A questão tem preocupado os produtores e as indústrias e foi alvo de reunião nesta tarde em Brasília, onde o Sindilat também se fez presente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Letícia Szczesny

 

Cenários de mercado estável no leilão GDT

No leilão GDT desta terça-feira (15/08), os preços médios dos lácteos comercializados indicaram estabilidade, com pequena queda (de apenas 0,4%) em relação ao último leilão, fechando a US$3.339/tonelada. A manteiga recuou 1,3% e fechou com média de US$ 5.735/tonelada e, por outro lado, o queijo cheddarconseguiu leve recuperação em relação ao leilão anterior, fechando em média de US$4.005/tonelada (alta de 1,4%). 

O leite em pó desnatado segue instável e com preços ainda baixos (e ainda fortemente descolados dos preços do leite em pó integral); neste leilão, conseguiu uma leve recuperação de 0,3% fechando a US$1.968/tonelada. Enquanto isso, depois de 3 leilões consecutivos de aumento nos preços, o leite em pó integralrecuou 0,6% e fechou a média a US$3.143/tonelada.

Foram comercializadas 32.260 toneladas de produtos lácteos neste leilão, quantidade 2% inferior ao volume no último leilão. 

O cenário de preços futuros do leite em pó integral permanece praticamente estável em patamares próximos aos atuais até janeiro de 2018, com maiores preços nos meses de dezembro e janeiro. (Milkpoint/GDT)

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 15 de Agosto de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2017 é de R$ 2,2976/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br . (Conseleite/PR)

CPLeite/Embrapa 
O custo de produção de leite em julho registrou aumento, 0,08% no preço dos insumos, em relação a preços praticados no varejo, em junho deste ano. Este resultado tem por base o Índice de Custos de Produção de Leite - ICPLeite/Embrapa, calculado pela Embrapa Gado de Leite. O principal motivo do aumento do custo em julho se deveu a insumos relacionados à qualidade do leite e aos combustíveis. Dos oito grupos que compõem o índice, dois variaram negativamente - Concentrado, -0,71% e Produção e compra de volumosos, - 0,53%. A soma destes dois grupos, entretanto, representa 61,7% do peso do índice. Qualidade do leite apresentou aumento de 5,46% seguido por Energia e combustível, que foi de 4,35%. Os grupos Sanidade e Sal mineral apresentaram variações respectivamente de 0,6% e 0,05%. Os grupos Mão de obra e Reprodução não registraram variação no mês analisado. (Embrapa)

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