Porto Alegre, 18 de agosto de 2017 Ano 11- N° 2.566
A Heja Indústria de Laticínios é o mais novo associado do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). De acordo com a diretora da Heja, Márcia Fröelich, a principal motivação para proposta, formalizada em 6 de julho, é a integração e o alinhamento com o setor lácteo. "Somos um laticínio pequeno e sentimos a necessidade de contar com o apoio do sindicato", afirmou.
Há mais de 20 anos, a Heja é a única indústria de laticínios em Panambi, com foco principal na produção de queijos. Além disso, a empresa fornece bebidas lácteas, creme de leite pausterizado e leite pausterizado tipo C. Atenta à competitividade do setor, Marcia afirmou que 2017 está sendo um ano díficil para a produção de lácteos. "Vamos salvar nossas empresas e trabalhar juntos", ressaltou a diretora sobre o momento no segmento.
A primeira reunião de associados do Sindilat que a Heja participou ocorreu em 27 de julho, marcando o início das atividades entre a indústria e o sindicato. "A participação no Sindilat já está nos proporcionando informações sobre o mercado de laticínios", destacou a diretora Márcia Fröelich ao comentar sobre as mudanças ocorridas desde a associação ao Sindilat. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Setor vai pedir ajuda a Brasília
O setor leiteiro do Rio Grande do sul buscará medidas em Brasília para contornar a crise que está enfrentando. Pelos cálculos da Fetag, 2,5 mil famílias se afastaram da atividade nos últimos quatro meses. No período, o preço de referência do litro passou de R$ 1,05 para R$ 0,95, segundo o Conseleite. Ontem, deputados estaduais ligados à Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo criaram um grupo de trabalho que tentará encaminhar soluções junto ao governo federal. A ideia é marcar reuniões com os ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores na próxima semana. Produtores e indústria consideram como medida fundamental para abrandar a crise a redução ou até mesmo o bloqueio das importações de leite em pó de países do Mercosul, sobretudo do Uruguai. Nos contatos em Brasília, os parlamentares gaúchos devem exibir um levantamento que o Sindilat está elaborando para confirmar suspeita de triangulação de leite pelo Uruguai.
O secretário-executivo do sindicato, Darlan Palharini, diz que os números preliminares indicam que o país vizinho não teria produção suficiente para atender o mercado brasileiro. Para o secretário-geral da Fetag, Pedrinho Signori, a "culpa é do Estado, que não tem uma política de proteção dos produtores". Também será pedido que o governo federal compre pelo menos 20 mil toneladas de leite em pó do Estado e que a Conab revise o preço mínimo do quilo do produto, que hoje é de R$ 11,99 para a Região Sul, para pelo menos R$ 14. A crise do setor também será investigada por uma subcomissão da Câmara Federal. (Correio do Povo)
Uruguai - Planta para secagem de soro contribui para a cadeia de valor do setor lácteo
A ministra da Indústria, Energia e Mineração (MIEM), Carolina Cosse, destacou os "elevados padrões de inovação tecnológica do complexo industrial, que significa uma contribuição à cadeia de valor do setor de laticínios".
A planta indústrial Alimentos Fray Bentos foi instalada ao custo de US$ 100 milhões. Produz soro desmineralizado para exportação e gera 100 postos de trabalho direto. "Acabo de ver uma indústria 4.0, de dimensões importantes, instalada no Uruguai", afirmou Cosse, logo depois de percorrer a fábrica de secagem de soro (Alimentos Fray Bentos), localizada a cinco quilômetros das rodovias 2 e 24, Rio Negro. A indústria desmineraliza o soro em até 90%, resultando em um insumo destinado à elaboração de alimentos infantis e para idosos. A totalidade da produção é exportada para o Brasil, México, e China, como os principais mercados. A fábrica cumpre com as exigências do mercado internacional, "processa 300.000 litros diários e a empresa tem capacidade para produzir o dobro dessa quantidade, com elevados padrões em inovação tecnológica do complexo industrial, o que significa uma contribuição à cadeia de valor dos lácteos", acrescentou a ministra Cosse.
"Por se tratar de uma indústria 4.0 requer pessoal qualificado com elevados padrões em organização do trabalho, medidas para a proteção e inocuidade do produto final, e a circulação de pessoas (entre outros aspectos), e isso forma parte de uma nova concepção da cultura do trabalho no país", destacou.
Alimentos Fray Bentos gera 100 postos de trabalho direto, e a média de idade de seus funcionários é de 25 anos. Eles são procedentes de Fray Bentos, Mercedes, Young e Nuevo Bertín. O empreendimento foi possível pelo acordo de um consórcio integrado pela empresa Claldy do Uruguai, e La Sibila da Argentina. O investimento foi de cem milhões de dólares, dos quais 53,8 milhões foram empréstimos do Banco República e o restante por uma instituição bancária da praça, e capital argentino. (TodoElCampo - Tradução Livre: Terra Viva)
Leite/América do Sul
Apesar das condições chuvosas nas últimas semanas no Cone Sul da América do Sul, a produção de leite continua a aumentar, especialmente no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. A oferta de leite e matéria gorda tem sido adequada para atender as necessidades de processamento, incluindo leites em pó. De acordo com algumas indústrias, o firme mercado internacional de manteiga está impulsionando os preços também no mercado regional. A produção de leite na Argentina e Uruguai está próxima do pico sazonal. A demanda por leite engarrafado e UHT é firme, uma vez que a maioria das escolas retomaram os fluxos, e os varejistas renovam os estoques.
A fabricação de queijo está muito ativa, e os estoques estão aumentando em algumas indústrias. Segundo o Ministério da Agricultura, em julho de 2017, a produção de leite da Argentina cresceu 5% em relação ao mês anterior, e 3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Durante julho de 2017, os preços nominais pagos aos produtores de leite aumentaram 34% em relação a julho de 2016. A produção de leite continua aumentando no Brasil. Como resultado, as indústrias de alimento estão usando mais a produção doméstica, e importando menos produtos lácteos dos países vizinhos. O engarrafamento de leite está intenso, e em muitas plantas os estoques de leite UHT crescem. Muitas indústrias estão tentando reduzir os estoques com redução de preços. Enquanto isso começa o reaquecimento da demanda de queijo, após algumas semanas de vendas fracas. De um modo geral, a procura por leite em pó continua fraca. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
Leite/Europa
Estimativas atuais sobre a produção de leite na Alemanha e na França mostram declínio sazonal. De acordo com as estimativas da ZMB Dairy World a produção de leite da Alemanha caiu 0,4% na última semana, em relação à semana anterior, e declinou 1,6% em relação à mesma semana do ano passado.
Na França, a estimativa é de que produção de leite caiu 1,8% em relação à mesma semana de 2016. De janeiro a junho, a ZMB avaliou que a produção de leite na Alemanha caiu 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em junho de 2017 a produção também ficou 0,5% em relação ao mesmo mês de 2016.
No entanto, alguns relatórios preliminares sugerem que a produção de janeiro a junho em alguns outros países da Europa pode ter superado o volume do mesmo período de um ano antes. Relatórios do ZMB sobre o Leste Europeu, registram queda de 4,2% na produção de leite da Turquia, no primeiro semestre de 2017. Ainda com foco na Turquia, a fabricação de lácteos de janeiro a junho, em comparação com o mesmo período do ano anterior, variaram da seguinte forma: manteiga (+7,7%); queijo (+1,2%); e leite em pó desnatado (-29%). A produção na Eslovênia caiu 0,5% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2016. Ho entanto, a produção em junho de 2017 subiu 2%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, mas, 6% menos que maio de 2017. A Comissão Europeia informou que a Rússia estendeu para 31 de dezembro de 2018 as sanções sobre as importações de produtos agrícolas da União Europeia (UE), (carnes, lácteos, frutas, verduras e legumes), que foram instituídas em 7 de agosto de 2014. Relatório da Comissão Europeia mostra que as exportações de produtos agrícolas da UE para a Rússia caíram de 11,8 bilhões de euros em 2013, para 5,6 bilhões de euros em 2016. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)