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08/08/2017

Porto Alegre, 08 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.558

 

MANIFESTAÇÕES MUDAM ROTA DE EXPORTAÇÕES DO RS

A manifestação dos caminhoneiros no Estado fará as exportações de carne suína zarparem para o porto de Itajaí, em Santa Catarina. A decisão é das indústrias do setor, que seguem tendo dificuldades de fazer a carga chegar em Rio Grande, assim como não conseguem levar contêineres vazios para as unidades. Superintendente do porto gaúcho, Janir Branco diz que o movimento permanecia aquém do normal com redução de 50% por conta do temor de represálias como pedras e ameaças a quem se aventurar cruzar as estradas. Ontem, ele iria se reunir com o secretário da Segurança Pública na busca por estratégia capaz de garantir a normalidade do tráfego. 

? Ficamos muito abatidos (com a mudança de porto). Sabemos como é difícil conseguir uma carga, e para perdê-la, pode ser em um estalar de dados? diz Branco. Aproximadamente 30% da produção gaúcha de suínos do Estado é exportada? são cerca de 3,8 mil toneladas por semana, 15 mil toneladas por mês. A maioria dos embarques? 80%? ocorre pelos terminais gaúchos.

? É aceitável que só o Rio Grande do Sul tenha esse problema? Isso não está ocorrendo em outros Estados? questiona Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips). A mudança certamente trará prejuízos ao Estado. A decisão ocorre porque as empresas estão tendo dificuldades para escoar a produção destinada ao mercado internacional. O mesmo ocorre com o segmento de aves, que tem o Exterior como destino de 45% dos itens processados.

? A situação ainda está crítica. Se essa questão não se resolver em mais um dia, pode impactar a produção das indústrias, principalmente as que exportam? argumenta José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

Empresas de processamento de leite também estão tendo dificuldades para cruzar as rodovias dentro do Estado. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, passou a tarde de ontem recebendo mensagens de associados com relatos de bloqueios e pontos de tensão em cidades como Giruá, Santo Ângelo, Palmeira das Missões, Três Passos, Cruz Alta, Ibirubá, Soledade, Camaquã e Pelotas. Muitas vezes, a passagem fica impedida durante o dia, mas é liberada à noite.

? Isso tem gerado mais custos e demora. Há indústrias que nem saíram para recolher leite. Existe um cenário de insegurança e pessoas têm receio de sair e de ficar com leite parado além do tempo permitido pela legislação? relata o presidente do Sindilat-RS. ((Zero Hora)

As 100 maiores processadoras de lácteos da América do Norte

Todo ano, a revista Dairy Foods lança uma lista com as 100 maiores processadoras de lácteos da América do Norte. A indústria de lácteos da América do Norte está em constante movimento e desde o último relatório, as empresas fizeram uma série de aquisições. Os negócios continuaram acontecendo mesmo depois de encerradas as tabulações das receitas de 2016 das 100 maiores empresas de processamento de lácteos com sede no Canadá, nos Estados Unidos e no México. O maior negócio no último ano foi a compra da WhiteWave pela Danone. A nova empresa, chamada DanoneWave, combina a fabricante de iogurtes Dannon (ano passado, no 15) com a WhiteWave (n° 14), fabricante de bebidas orgânicas e vegetais. A nova empresa subiu para o número 4 na lista deste ano. Os três primeiros lugares do Dairy 100 permaneceram inalterados em relação ao ano passado. Em ordem, eles pertencem à Nestlé USA, Dean Foods e Saputo. O número 5 é da Kraft Heinz Co. (ano passado, número 13), seguida por Schreiber Foods (ano passado número 4), Agropur (ano passado número 5), Dairy Farmers of America (ano passado número 7), Lactalis American Group (não listado) e Land O'Lakes Inc. (ano passado número 6). Metade dos top 10 são empresas dos EUA, as outras são de propriedade de canadenses ou têm matrizes francesas ou suíças. Pode-se argumentar que a Kraft Heinz está sob controle estrangeiro devido ao investimento da 3G Capital, que tem vínculos com o Brasil.

Quando a Danone comprou a WhiteWave, a fabricante de iogurte adquiriu um portfólio de bebidas não lácteas, a posicionando para o sucesso de longo prazo, já que as vendas de "leites" vegetais continuam aumentando. Como parte de um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a Danone teve que vender sua participação na companhia de iogurte orgânico Stonyfield (com US$ 370 milhões em vendas em 2016). A Lactalis comprou o negócio por US$ 875 milhões em julho. A Dean Foods adquiriu uma empresa de suco orgânico chamada Uncle Matt's Organic no final de junho. Esse acordo veio com dois benefícios: proporciona à empresa acesso aos clientes para bebidas não lácteas e permite que a empresa participe do crescente espaço de alimentos orgânicos. Esse é um movimento que outros processadores de leite fluido podem querer imitar.

A número 15, Prairie Farms, cooperativa do Meio-Oeste conhecida por suas marcas de leite e sorvete, posicionou-se para o crescimento, adquirindo a Swiss Valley Farms, uma cooperativa de Iowa (e classificada como número 60 no ano passado). O acordo dá à Prairie Farms acesso ao queijo, categoria que faltava à empresa. A Swiss Valley Farms traz à mesa uma grande variedade de produtos de queijo e ingredientes lácteos, sem mencionar uma lista estabelecida de clientes de exportação. Este ano, a Parmalat, empresa italiana controlada pela gigante francês Lactalis, adquiriu a Karoun Dairies, fabricante de queijos étnicos e produtos lácteos fermentados da região de Los Angeles, juntamente com sua fábrica de processamento em Turlock, Califórnia. Hochland, outro produtor italiano de produtos lácteos, adquiriu a fabricante de queijo cremoso, Franklin Foods. A Franklin, com fábricas no Arizona e Vermont, ficou de fora da Dairy 100; Clique aqui e confira a lista. (As informações são da Dairy Foods, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Leite/Europa - Perspectivas do mercado lácteo - Europa- Relatório 31/2017

A produção de leite na Europa em 2017 continua abaixo dos volumes projetados pelos observadores no início do ano. No acumulado de janeiro a maio a produção ficou 1% abaixo do volume registrado no mesmo período do ano passado. No mês de maio a queda percentual foi de 0,2% em relação ao mesmo mês de 2016. A produção total da Europa está sendo puxada para baixo por influência dos dois maiores produtores do bloco, Alemanha e França. Os volumes caíram na Alemanha (-3,8%) e França (-3,2%), de janeiro a maio de 2017, enquanto aumentaram na Itália (+3%) e na Irlanda (+6,2%). Mas, os resultados positivos de alguns países não conseguiram compensar as quedas significativas da Alemanha e França. Os fatores que afetaram negativamente a produção de leite incluem a seca entre maio e junho, e uma primavera fraca. Os preços não estavam suficientemente elevados para incentivar uma produção adicional. 

A expectativa é de que a produção na Europa tenha um saldo positivo na segunda metade do ano. A diferença entre os preços das gorduras e das proteínas na União Europeia (UE) até agora em 2017, aumentou. Pequena ou modesta correção, pelo menos, é o que alguns observadores esperam para os próximos meses, enquanto outros estão mais pessimistas. Uma incerteza persistente refere-se à magnitude dos estoques de intervenção do leite em pó desnatado. O momento e a forma de redução desses estoques são preocupantes, tendo em vista o impacto que podem ter no mercado. A produção de leite em vários países da Europa Oriental teve as seguintes alterações no acumulado do ano e em maio de 2017, em relação aos mesmos períodos do ano anterior: Bulgária (+4,7%), (+9,7%); República Checa (+2,8%), (+7,1%); Polônia (+3,5%), (3,1%); e Romênia (+2,7%), (5,7%). (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

A produção mundial de leite acumula resultados negativos este ano

A produção mundial de leite voltou a mostrar quedas nos volumes produzidos na primeira metade do ano, uma situação similar á do ano passado. Observando os principais países produtores, a Argentina foi a de pior desempenho, com uma queda de 10,7% de janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o boletim elaborado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) com base em informações do site clal.it, houve queda de 0,19% na produção mundial no primeiro semestre de 2017, situação semelhante à ocorrida em 2016, quando na primeira parte do ano a produção dos principais países produtores mostrava redução de 0,16%. O grupo selecionado de países produtores e importadores, que representam em torno de 60% da produção mundial de leite de vaca, continua o crescimento no mercado dos Estados Unidos, em paralelo a uma recuperação "importante" na Nova Zelândia, enquanto que na União Europeia (UE) se percebe uma queda da produção, em decorrência dos preços baixos depois da crise leiteira e pelos incentivos à redução da produção. 

Já na América Latina, "houve incremento da produção em 2017, com exceção da Argentina que ainda apresenta queda na comparação anual, que deverá ser neutralizada até o final do ano, fechando provavelmente com um valor levemente positivo", destaca o boletim da OCLA. Especificamente, além da queda local de 10%, os países que acompanharam a Argentina com déficits em sua produção foram: Austrália (-6,1%); Turquia (-4,2%); Japão (-2,2%); União Europeia (-1,1% na média dos 28 países), e Ucrânia (-0,8%). Os países que aumentaram a produção foram encabeçados por países localizados na região da Argentina: Chile e Uruguai, que tiveram crescimento de 5,8% e 5,1%, respectivamente. Também tiveram alta, países como Bielorrússia (+2,2%); México (+2,1%); Nova Zelândia (+2%); Estados Unidos (+1,4%); e Rússia (+0,6%). No meio ficou o Brasil, com rendimento igual ao período anterior. A queda do mercado de laticínios na primeira parte do ano já ocorre em duas temporadas seguidas, depois de apresentar crescimentos em 2014 e 2015 de 3,38% e 1,26%, respectivamente. Os dados do OCLA já alarmavam sobre a situação produtiva no país, ao advertir que em 2016 a produção de leite teve a maior queda em 46 anos, com redução de 14,17% em relação a 2015. A perda de consumo no mercado interno e a retração na demanda externa, além dos problemas decorrentes das condições climáticas que afetam as fazendas, foram as principais causas. No total, a produção primária de leite alcançou no ano passado 9.711 milhões de litros. Este ano, em torno de 460 fazendas encerraram a atividade leiteira, duplicando a taxa média de fechamentos dos últimos anos. (Agrosito - Tradução Livre: Terra Viva)

FrieslandCampina
O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru no mês de agosto de 2017 é de € 38,50 por 100 quilos de leite, [R$ 1,46/litro]. Aumentou € 1,25 por 100 quilos de leite. A expectativa é de que o preço do leite na maioria das indústrias de referência aumente em agosto. As cotações da manteiga e de queijos continuam com tendência de alta diante de uma demanda firme, e baixos estoques. O preço garantido da FrieslandCampina para o leite orgânico no mês de agosto de 2017 é de € 48,75/100 kg, [R$ 1,85/litro], havendo queda de 1,50 €/100 kg em relação a julho. O preço do leite orgânico nas principais companhias de referência continua relativamente estável. A queda foi causada por uma correção de 1,31 €/100 kg de meses anteriores. O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano, (nos anos anteriores o volume era de 600.000 quilos). O volume base do prêmio e o esquema da sazonalidade foi descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)

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