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16/08/2017

Porto Alegre, 16 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.564

 

Proteínas do leite contribuem para fortalecimento muscular em idosos 

Manter uma alimentação saudável e rica em nutrientes, aliada a atividades físicas, é fundamental para o ser humano em todas as etapas da vida. Durante a terceira idade, no entanto, este cuidado deve ser redobrado, tendo em vista que o corpo pode começar a apresentar sinais de sarcopenia, que é a redução natural de massa e força da musculatura. Neste contexto, o leite vem sendo apontado por cientistas como um alimento fundamental para atrasar este processo.

As proteínas do soro e as caseínas, ambas encontradas no leite, têm sido estudadas por pesquisadores da Arizona State University, nos EUA. Estas duas categorias de proteínas são ricas no aminoácido leucina e apresentam relação com a síntese muscular. As proteínas do soro (whey) são rapidamente quebradas pelo organismo, exercendo efeito nos músculos em até três horas após a ingestão. As caseínas, digeridas mais lentamente, levam de seis a oito horas até chegarem nos músculos.

Pesquisas mostram também que o consumo de soro de leite (whey) pode contribuir para o desenvolvimento muscular nos idosos. O estudo analisou o balanço líquido de um aminoácido, a fenilalanina, nas pernas de pessoas da terceira idade. O experimento mostrou que o grupo que ingeriu o whey incorporou mais fenilalanina e demonstrou maior crescimento dos músculos da perna se comparados com aqueles que receberam aminoácidos sem o soro. (Sindilat com informações de Beba Mais Leite http://www.bebamaisleite.com.br/noticia/proteinas-do-leite-reduzem-a-perda-muscular-em-idosos)

 

Assembleia aprova a fiscalização privada

A Assembleia Legislativa aprovou ontem, por 34 votos a 15, o projeto de lei 125/2017, do Executivo, que autoriza a indústria alimentícia a contratar fiscais privados para a inspeção de produtos de origem animal no Rio Grande do Sul. A exigência é que os profissionais sejam habilitados pela Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi). A justificativa do governo do Estado para o projeto é a falta de condições de atender à demanda atual das indústrias com seu quadro de funcionários. "Hoje temos mais de 30 projetos de novas plantas e de ampliação de estabelecimentos represados porque não conseguimos analisar por falta de pessoal", destaca o secretário da Agricultura, Ernani Polo, que acredita no fortalecimento da fiscalização no Estado com a nova legislação. Polo prevê que o novo modelo entre em vigor no início de 2018. Até lá, explica, há várias etapas por vencer. Depois da publicação do decreto de regulamentação serão lançados os editais de credenciamento das empresas prestadoras de serviços, que serão contratadas pelas indústrias. "Para serem credenciadas, estas empresas terão que cumprir uma série de quesitos e não poderão ter conflito de interesse com as que serão inspecionadas", avisa o secretário. Estarão vinculados a estas empresas os veterinários que serão habilitados e treinados pelo poder público.

Também foi aprovada uma emenda do líder do governo, deputado Gabriel Souza, com apoio de vários parlamentares, que estabelece que a s agroindústrias de pequeno porte poderão optar por continuar sendo atendidas pelo serviço oficial ou pelo terceirizado. O resultado da votação foi criticado pela diretoria da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro), que promete questionar na Justiça a legalidade da mudança na legislação, já que até agora a inspeção era prerrogativa de agentes públicos.

"O Rio Grande do Sul está copiando os projetos de insucesso de Santa Catarina e Paraná", disse o diretor da associação, Antônio Augusto Medeiros. "É um processo que tira do Estado a responsabilidade que é dele, de garantir a saúde e qualidade dos produtos de origem animal", analisa. 

O deputado Pedro Ruas qualificou o projeto como "absurdo" e sustentou que "a retirada da fiscalização de caráter público deixa toda a população sob a égide do interesse do lucro". Já o deputado Sérgio Turra foi um dos defensores da proposta. "Este projeto não causará prejuízo para ninguém", comentou. O diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado (Sicadergs), Zilmar Moussalle, diz que as empresas não têm preferência por veterinários do setor público ou privado, desde que sempre haja profissionais à disposição para atendimento da demanda. A aprovação foi bem recebida pelos laticínios gaúchos. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o projeto representa a modernização da inspeção, colocando o Rio Grande do Sul em uma nova rota de expansão para o setor industrial. (Correio do Povo)

Mapa publica IN sobre inovações tecnológicas na fabricação de produtos de origem animal

Para acompanhar a evolução dos processos de produção dos produtos de origem animal (incluindo ovos, leite e mel), o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), editou a Instrução Normativa nº 30. 

A IN, que trata de inovações tecnológicas, publicada nesta terça-feira (15), no Diário Oficial da União, define critérios para análise de proposta, avaliação, validação e implementação de inovações empregadas em qualquer etapa de fabricação de produtos de origem animal. Os processos deverão obter um termo de Não Objeção do ministério, caso haja adequação às regras de segurança alimentar.

São consideradas inovações: a mudança de maquinários das empresas, novos procedimentos de fabricação, inclusão de substâncias novas (aditivos, conservantes e outros), métodos de mitigação de micro-organismos nocivos à saúde (patógenos) não utilizados atualmente ou que transformem significativamente o produto final.

Ao adotar novos métodos, as empresas devem submeter ao Mapa, o pedido de aceitação dos processos. Para conceder ou não o certificado, o ministério irá fiscalizar adequação aos requisitos de inocuidade, identidade e qualidade dos alimentos, podendo acompanhar o seu desenvolvimento e suspendê-lo, caso não atenda aos requisitos previstos.

Segundo o diretor do Dipoa, José Luis Vargas, "a indústria processadora de alimentos de origem animal passou por grande evolução tecnológica ao longo das últimas décadas. O salto evolutivo aliado à grande demanda por alimentos e à mudança dos hábitos alimentares, aumentaram a busca por maior produtividade, diversificação de produtos e competitividade nos mercados nacional e internacional". Para o diretor, o grande benefício da normatização é dar celeridade aos processos e complementar o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA).

Em 2016, a Divisão de Avaliação de Inovações Tecnológicas (DITEC) foi criada, no ministério, para avaliar os requerimentos de utilização de inovações tecnológicas quanto à sua adequação aos requisitos de inocuidade, identidade e qualidade dos produtos de origem animal. "Da mesma forma que ocorre em outros países com grande produção de produtos de origem animal, o departamento busca, também, valorizar e estimular parcerias entre as indústrias de alimentos e as instituições de pesquisas e as universidades, para o desenvolvimento de tecnologias de produção inovadoras, seguras, e que ajudem a aumentar a oferta de alimentos e a competitividade das empresas brasileiras", explica o diretor. (As informações são do Mapa)

Nova Zelândia aplica multa aproximada de US$ 42.000, depois de ter que sacrificar 193 vacas

Bem-estar animal/NZ - Uma grande fazenda de leite da Ilha Sul, na Nova Zelândia foi multada em quase US$ 42.000 (NZ$ 60.000) depois de ter sido declarada culpada por inúmeras acusações de negligência que levaram ao sacrifício de 193 vacas. As propriedades da Castlerock Dairies Limited eram administradas por Jared Mattews, de 41 anos, que manejava 2.000 vacas em 700 hectares, e Dean McMillan, de 44 anos, também administrava ao lado, outra fazenda, com o mesmo tamanho, e o mesmo número de vacas de acordo com o Ministério das Indústrias de Base (MPI) da Nova Zelândia. A Castlerock Dairies Limited e os dois gerentes da empresa foram enquadrados em oito artigos da Lei de Bem-Estar Animal pelo Tribunal de Invercargil, no dia 15 de agosto. Ambos os gerentes foram condenados a pagar multas de US$ 7.235 (NZ$ 10.000) cada, e as custas judiciais. Ambos também foram sentenciados a prestar 275 horas de serviço comunitário. A Castlerock Dairies Limited foi condenada a pagar multa de US$ 27.131 (NZ$ 37.500) e arcar com as custas do processo no valor de US$ 8.320 (NZ$ 11.500). Em 2015 a indústria já tinha sido multada pelo MPI por maltratar animais.

Foram acusados de não fazerem a manutenção das vias de acesso utilizadas pelas vacas entre as pastagens e as salas de ordenha, em ambas as fazendas. Os caminhos teriam que ter manutenção preventiva, para evitar claudicação, no entanto, isto não ocorreu. Quando a fiscalização do MPI chegou às fazendas, lama e excrementos nas vias chegavam aos joelhos dos animais. De acordo com o investigador do MPI, Gary Orr, a claudicação das vacas era tão grave que não havia como tratar os animais. Por causa da distância e da lama, as vacas levavam três horas para sair dos pastos e chegarem às ordenhas. Quatorze veterinários passaram várias semanas nas propriedades para auxiliar o pessoal do MPI. No final da inspeção, 193 vacas foram sacrificadas, e outras 761 precisaram de tratamento. Os veterinários descreveram a cena como "perturbadora", e que ia muito "além da compreensão". "O pior caso de negligência já presenciado", disseram.

Orr estava preocupado com os reflexos que isso pode ter na indústria da Nova Zelândia. "Além de razões humanitárias, o fracasso em cumprir requisitos de bem-estar animal pode ter sérias consequências para o setor agrícola em geral", diz Orr. O MPI informa que o abuso, nesta escala, é incomum na Nova Zelândia. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), projeta que a Nova Zelândia irá produzir 21,9 milhões de toneladas de leite, em 2017, superando as marcas registradas em 2014. O país oceânico deverá exportar 15,2%$ de sua produção este ano. (Dairy Herd - Tradução Livre: Terra Viva)

 

VBP da agropecuária deve somar R$ 535 bi
O Ministério da Agricultura voltou a reduzir sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do país em 2017. Segundo levantamento divulgado ontem pela Pasta, o montante deverá somar R$ 535, 4 bilhões, cerca de R$ 600 milhões a menos que a projeção de julho  mais montante, ainda recorde, 4,5% superior ao do ano passado. O VBP dos 21 produtos que fazem parte da pesquisa foi elevado para R$ 367,9 bilhões em 2017, 10,2% mais que o de 2016. Já o dos cinco principais produtos da pecuária deverá recuar 6,3% para R$ 167,5 bilhões. (Valor Econômico)

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