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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.698


Reino Unido: com a elevação dos custos de produção, produtores de leite consideram deixar atividade

Os temores sobre o aumento dos custos de alimentação, combustível e fertilizantes levaram quase um quarto dos produtores de leite na Inglaterra e no país de Gales a considerar cessar a produção de leite nos próximos 2 anos.

A pesquisa da National Farmer’s Union (NFU) com 610 produtores de leite descobriu que 15% disseram estarem pensando em encerrar a produção de leite, enquanto outros 7% disseram planejarem interromper a produção de leite. Se 7% deixarem a indústria nacionalmente, isso pode significar 840 produtores deixando a indústria.

Preocupações com os preços dos alimentos

Nos dois anos seguintes, os produtores de leite estavam mais preocupados com os preços dos alimentos (93%), combustível (91%), energia (89%) e fertilizantes (88%).

Os pequenos produtores de leite, que produzem menos de 1 milhão de litros, constituem a maioria dos que pretendem interromper a produção de leite e também compõem o maior grupo daqueles com maior probabilidade de não ter certeza de continuar.

Custos na pecuária leiteira

Minette Batters, presidente da NFU, disse que o clima da Grã-Bretanha é perfeito para cultivar uma gama diversificada de alimentos, mas nunca foi tão importante quanto antes garantir isso.

“Os custos estão subindo rapidamente nas fazendas em todo o país e em todos os setores. Isso já está causando impacto nos alimentos que estamos produzindo como nação, além de levar a uma crise de confiança entre os produtores da Grã-Bretanha. Esses resultados da pesquisa definem claramente o que temos a perder se nada for feito.”

“Os produtores estão prontos para o desafio e fazem sua parte na solução, mas o investimento e o compromisso do governo são cruciais ao longo da jornada, principalmente quando estão lutando contra os custos como nunca antes.”

“A agricultura sempre foi um negócio volátil, mas com os preços dos fertilizantes dobrando, os preços dos alimentos e dos combustíveis subindo e o papel variável do clima, as decisões que os produtores estão tomando agora parecerão mais uma aposta do que nunca. Agora precisamos que o governo coloque palavras em ação e garanta que a nação possa continuar desfrutando de comida britânica de alta qualidade”, acrescentou Batters.

Preocupações reais

O presidente do conselho de laticínios da NFU, Michael Oakes, acrescentou que os laticínios também estão sentindo a pressão e expressaram “preocupações reais”, apesar de oferecer preços mais altos por não conseguirem cumprir os compromissos nos próximos meses.

Oakes disse que a produção também estava caindo na Europa e se movendo mais para o leste, então havia uma oportunidade real para o Reino Unido estar lá e atender a alguns desses mercados, acrescentando que a NFU estava conversando com o Defra e o Departamento de Comércio Internacional para explorar mais oportunidades. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Petróleo: Recessão Mundial e seus Efeitos sobre a Demanda Ditarão os Preços
 
Os preços do petróleo WTI e Brent, que servem de referência para o mercado, ficaram abaixo da marca de US$ 100 nas sessões de 6 e 7 de julho, após recuos significativos em 5 de julho, quando o Brent afundou 9% e o WTI despencou 8%.
 
A questão agora é saber se os preços continuarão caindo.
 
1. Temores de uma recessão
A principal razão para a desvalorização do petróleo nesta semana são os temores de uma recessão mundial. Tudo indica que os EUA já estejam em recessão, mas só teremos uma confirmação depois que os dados oficiais forem divulgados. Os indicadores econômicos das maiores economias do mundo não estão positivos.
 
A Alemanha, por exemplo, estuda restringir a atividade industrial, em razão da falta de gás natural. Os preços elevados da energia ao redor do mundo, sobretudo na Europa e EUA, estão fazendo com que os consumidores reduzam seus gastos. Muito embora as viagens estejam fortes no momento, graças à demanda reprimida gerada pelos bloqueios sanitários contra o coronavírus, o temor é que os consumidores fiquem muito mais cautelosos para viajar em vista dos preços elevados, assim que o verão no Hemisfério Norte acabar.
 
O profundo declínio da terça-feira foi intensificado por um relatório do Citibank prevendo que o barril poderia atingir US$ 65 até o fim do ano caso o cenário de recessão mundial se concretizasse. Se, de fato, entrarmos em território recessivo até o fim do verão e a demanda petrolífera cair mais do que os níveis sazonais esperados, tudo leva a crer que veremos o fim do bull market (mercado de alta). Uma recessão e a queda subsequente da demanda serão os vetores mais importantes para a desvalorização do petróleo.
 
2. Alta demanda pelo petróleo russo
Quando as primeiras sanções ao petróleo russo foram anunciadas, a Administração de Informações Energéticas dos EUA chegou a prever que 3 milhões de barris por dia da Rússia sairiam do mercado.
 
Em abril, os dados mostraram um declínio na produção petrolífera russa, na medida em que parte da extração foi interrompida devido à falta de clientes para os exportadores. No entanto, esse cenário rapidamente se reverteu após as autoridades do país encontrarem novos compradores na China e na Índia para substituir os clientes europeus.
 
É natural que os preços tivessem uma queda assim que o mercado percebesse que um volume menor de petróleo russo saiu do mercado.
 
Os investidores devem ficar atentos ao fato de que parte das sanções ao petróleo da Rússia só entrará em vigor a partir do fim do ano, portanto é possível que as exportações do país sejam impactadas até o fim de 2022, provocando a alta dos preços. Contudo, também pode ocorrer que, até essa data, as empresas petrolíferas russas já tenham estabelecido relações com novos clientes, de modo que o efeito das sanções talvez não seja tão significativo no mercado.
 
3. Descontos ao petróleo sancionado
Assim que a Europa e os EUA impuseram sanções ao petróleo da Rússia, muitas refinarias pararam de comprar o óleo proveniente do país, mesmo com as sanções só entrando em vigor a partir do fim do ano.
 
Para atrair novos clientes em outras regiões, as empresas russas começaram a oferecer bons descontos para o seu petróleo. O Irã e a Venezuela também vendem seus barris com descontos significativos, na medida em que seu petróleo também está sob sanção dos EUA.
 
Há tanto petróleo russo disponível que acabou surgindo uma concorrência de preços entre a Rússia, o Irã e a Venezuela, fazendo com que os preços do mercado sob sanção caíssem ainda mais. Isso também pode afetar as cotações de referência do petróleo mundial, ainda que não vejamos o pleno efeito disso até que os produtores do Golfo comecem a reduzir seus preços oficiais de venda para a Ásia. Até o momento, isso não aconteceu, mas não se pode descartar essa medida, especialmente se uma recessão mundial causar uma contração na demanda da Europa e dos EUA.
 
Vários analistas acreditam que os fundamentos do mercado petrolífero (oferta e demanda) indicam que as atuais quedas de preço não serão sustentadas nos próximos meses e que veremos a volta da cotação de três dígitos.
 
Grande parte desse cenário depende da entrada efetiva da economia global em recessão e da consequente extensão dos declínios de demanda. É pouco provável que a oferta de petróleo no mundo aumente a ponto de fazer os preços caírem com os níveis atuais de demanda, portanto o foco de atenção dos investidores deve estar voltado à estabilidade, crescimento ou declínio do consumo. (Investing)

 

Produção de leite registrou queda na Nova Zelândia

O ano de produção de leite da Nova Zelândia abrange o período de 1º de junho a 31 de maio. Assim, já são conhecidos os dados do exercício de 2021-2022. De acordo com estatísticas da DCANZ (Dairy Companies Association of New Zealand), o ano fechou com um volume de 21.393 milhões de litros de leite, valor 4,2% inferior ao volume do exercício 2020-2021. 
Mais uma vez, o clima aparece como a principal causa da queda na produção, além dos problemas de disponibilidade de mão de obra estrangeira. Os dados de produção para 2021-2022 apenas reafirmam a tendência da produção da Nova Zelândia, que não cresce há 8 anos. A produção do último ano fiscal foi 2,3% inferior à do ano fiscal 2014-2015.
O que torna os dados de produção de leite da Nova Zelândia particularmente importantes é que eles são a origem de 91% do leite em pó integral importado pela China (2021), país cuja demanda por laticínios não para de crescer além de ter problemas conjunturais como o Covid, atualmente.

Até agora, esse crescimento da demanda, dada a falta de aumento da produção, é suprido pela Nova Zelândia, renunciando a outros mercados. Os gráficos a seguir mostram a evolução da participação da China nas exportações da Nova Zelândia.

A falta de crescimento da produção na Nova Zelândia e a crescente demanda de seu principal cliente criam oportunidades em outros mercados para os demais países exportadores. (As informações são do Economía Láctea, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 26/2022 – SEAPDR 
A previsão é de que nos próximos cinco dias, uma grande circulação anticiclônica que ocorre em praticamente todo território brasileiro, irá bloquear a chegada de frentes-frias e consequentemente de massas de ar frio no Rio Grande do Sul. Este bloqueio atmosférico deve se findar na noite de segunda-feira (11/7) quando está previsto a entrada de uma frente-fria que atingirá todo o estado provocando ventos fortes durante a noite e madrugada de segunda para terça-feira e chuva até a tarde de terça-feira (12/7) principalmente na Zona Sul e em toda região Central do Rio Grande do Sul. Na quarta-feira (13/7) a previsão é de tempo firme com vento sul baixando as temperaturas em todo o Estado. As rajadas mais fortes de ventos devem ocorrer em toda Costa Leste na Laguna dos Patos e Litoral Gaúcho. E os maiores acumulados de chuva previstos devem ocorrer em Dom Pedrito e Bagé (100 mm), Jaguarão e Santana do Livramento (80 mm), Rio Grande (75 mm), Canguçu (65 mm) e Capão do Leão e Quaraí (50 mm). Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)  


 
 
 

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Porto Alegre, 07 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.697


Você sabe o que são os probióticos lácteos? E quais são os seus efeitos para a saúde de quem os consome? 

Preparamos um post te explicando tudo sobre esse assunto. Confira

                  

                   

As informações são do Beba Mais Leite 


Balança comercial de lácteos: importações seguem ganhando força: O que podemos esperar para o próximo mês?
 
Conforme relatado, no artigo “GDT: cenário baixista persiste e importações lácteas seguem competitivas” o cenário para os preços dos derivados lácteos segue baixista, frente a sinalização de intensificação da política de tolerância zero da covid-19 na China e temores de uma recessão econômica mundial.
 
A província de Xangai na China voltou a realizar testagem em massa em 9 distritos da região, o que ascende um alerta para a retomada dos lockdowns, e tende a prejudicar a demanda do país asiático. Além disso, o cenário baixista foi impulsionado pelos temores de uma recessão econômica mundial, frente a elevação da inflação dos Estados Unidos, e entraves na Europa, reforçados por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia. Este cenário impactou negativamente nos preços dos produtos internacionais, estimulando as importações.
 
Em contrapartida, o dólar voltou a ganhar força, frente aos entraves na economia mundial e a atenção voltada aos riscos ficais no Brasil em meio a anúncios do governo federal de novos auxílios, o que tende a agir no sentido contrário e desfavorecer as importações.
 
Fortalecendo o estímulo às importações, têm-se os preços dos derivados lácteos no mercado interno, que estão operando em patamares elevados, devido ao cenário de baixa disponibilidade de leite no mercado, o que também desestimula as exportações, visto que pode ficar mais viável comercializar os produtos no mercado interno em detrimento de negociar no mercado internacional. Este cenário altista para os produtos lácteos ainda persiste e poderemos observar novos aumentos nos preços, pelo menos a curto prazo.
 
Nesse cenário, mesmo com alguns fatores atuando contra às importações, como a elevação na taxa de câmbio, o produto importado ainda é competitivo, e espera-se que as importações sigam ganhando força nos próximos meses e que a janela de exportações continue fechada. (Milkpoint)

Preços mínimos de produtos da safra de verão são atualizados
 
Os preços mínimos para os produtos da safra de verão e culturas regionais estão atualizados. Os novos valores foram publicados nesta quarta-feira (6), na Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento n.º 452 no Diário Oficial da União (DOU). 
 
Os reajustes tiveram variação de 9,09% a 107,35%, a depender do produto e região. Os novos valores valem para a safra 2022/23 e são fixados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de acordo com a proposta enviada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para as sugestões dos novos preços, foram considerados custos variáveis de produção, além de outras condições de mercado. 
 
O aumento dos custos com fertilizantes foi o principal fator que influenciou na elevação dos custos. Com isso o preço mínimo para o algodão, por exemplo, teve um reajuste de 45,82%, com o valor para a pluma de R$ 120,45. Já para o milho o acréscimo varia de 67,67% nos estados de Mato Grosso e Rondônia a 107,35% nos estados de Roraima, Amazonas, Amapá, Acre e Pará. 
 
Já para a soja, o reajuste chega a 74,1%. No caso do arroz longo fino em casca cultivado no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, a elevação é de 44,53%, saindo de R$ 45,30 para R$ 65,47; enquanto que para o feijão cores a correção chega a 78,95% e o feijão preto chega a 66,47%.  A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) é uma importante ferramenta cujo objetivo é diminuir a variação de renda dos produtores rurais e assegurar uma remuneração mínima, funcionando, assim, como um seguro de preços para o produtor. Uma vez que estimula o agricultor a produzir, a política também promove a regularidade do abastecimento nacional. Nessa política, caso o preço do produto no mercado fique abaixo do mínimo, o governo, por meio da Conab, deve agir de forma a garantir uma remuneração mínima ao produtor, ao mesmo tempo em que estimula a reação de preços no mercado.  
 
Acesse a íntegra da Portaria n.º 452 para saber os valores reajustados de todos os produtos contemplados.  (MAPA)


Jogo Rápido 

Languiru oportuniza nova formação em gestão e sucessão 
Em junho teve início o Programa de Formação em Gestão e Sucessão de Cooperativas. Na edição 2022 a formação agrupa os conteúdos trabalhados até então em dois cursos distintos de formação de líderes e de sucessão familiar promovidos pela Languiru. A turma conta com 24 participantes, integrantes do núcleo familiar de associados e empregados da Cooperativa. Realização da Languiru, o curso conta com a execução da Univates e apoio do Sescoop/RS. Os encontros serão quinzenais, com aulas nas quintas-feiras, na Associação dos Funcionários da Languiru, em Teutônia, estendendo-se até novembro. O presidente da Languiru, Dirceu Bayer, prestigiou a aula inaugural, acompanhado do vice-presidente Cesar Wilsmann. “É muito bom ver este grupo buscando a qualificação e se habilitando para ocupar posições importantes nos Conselhos de Administração e Fiscal da Languiru, visto que o curso é pré-requisito para essa condição. A base de tudo é o estudo, o investimento nas pessoas vale a pena e garante futuro promissor à Languiru e às propriedades rurais”, disse. O vice-presidente acrescentou que a formação contribui significativamente para a profissionalização do campo. “Gerenciar uma propriedade com base no conhecimento é fundamental”, disse Wilsmann. A primeira aula foi ministrada pelo professor Albano Mayer, que abordou gestão, liderança, sucessão e conceitos do cooperativismo. “A Languiru dá mais um importante passo na preparação de gestores e lideranças, seja na propriedade rural ou na Cooperativa”, frisou. O conteúdo programático ainda prevê o debate sobre governança; sentimentos e emoções na gestão de pessoas; direito e legislação cooperativa; sistemas de controle e avaliação das cooperativas; sistemas de produção e logística; noções de contabilidade e análise de demonstrações contábeis; relações familiares e gestão de conflitos; gestão estratégica e análise de investimentos; gestão da inovação; gestão de projetos; vivencial e trabalho aplicado na Cooperativa. (Languiru)


 
 
 

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Porto Alegre, 06 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.696


Uruguai – Campeões mundiais no consumo de lácteos

Consumo/UR – O consumo de lácteos no Uruguai continua aumentando e o nível alcançado é o dobro do consumo médio mundial, segundo um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA).

“No Uruguai são consumidos 266 litros de leite por pessoa por ano, se considerarmos o leite fluido e os derivados. Em 1999 eram 202 litros e desde então, anualmente os uruguaios consomem dois litros mais do que no ano anterior”, explicou o agrônomo Santiago Fariña, diretor do Programa de Leite do INIA

O profissional destacou que esse registro “chama a atenção, porque é mais do dobro do consumo de leite per capita do resto do mundo e um dos mais altos da América Latina”.

As cerca de 3.000 fazendas leiteiras distribuídas em todo o país ordenham por ano 2 bilhões de litros de leite que são processados pela indústria e pelas queijarias artesanais.

De tudo o que é produzido, sempre com base na informação do INIA, 70% é exportado e 30% comercializado no mercado interno, onde o consumo per capita de lácteos é o dobro do resto do mundo

Tendo isso como marco, o INIA tem como objetivo trabalhar para manter essas cifras com um produto de maior qualidade e produzido em sistemas mais sustentáveis.

O que se produz com o leite?

O queijo é o protagonista entre os lácteos em termos de consumo interno e é o produto que absorve 20% de todo o leite produzido anualmente. O produto mais industrializado é o leite em pó, que absorve 50% do leite, e em seguida vem o leite fluido que consome 10% da produção. A manteiga representa 7% e o resto é destinado a outros produtos (sorvetes, iogurtes, doce de leite entre outros).

Quanto à qualidade do leite uruguaio, Fariña detalhou que 90% é processado pela indústria, que se encarrega de avaliar a inocuidade, a ausência de antibióticos e o teor de sólidos, que são os que contêm os aportes nutricionais.

“É importante esclarecer que os produtores de leite recebem o pagamento em função dos sólidos do leite, não pela quantidade de litros. Um leite com poucos sólidos é perda para o produtor, o consumidor e também para a indústria”, explicou.

Com milhões de toneladas de leite anuais, o Uruguai atualmente produz duas vezes mais do que pode consumir internamente. Daí, 70% é exportado para mais de 60 países, sendo Brasil, Argélia e China os principais compradores do último ano.

Um de cada três é excedente

“Nosso leite é de exportação e isso é particular na América Latina, onde somente dois outros países têm mais leite do que consome sua população: Argentina e Costa Rica. O resto produz unicamente para o abastecimento interno”, destacou Fariña.

Sustentabilidade, automação e robotização

A intensificação produtiva e a sustentabilidade são objetivos chave para os pesquisadores do INIA, que buscam soluções que favoreçam toda a cadeia a nível econômico, social e ambiental. No econômico, se centram em desenvolver sistemas com alta eficiência no uso de pastagens e em melhorar a saúde e o conforto das vacas. Também trabalham em um sistema de avaliação genética para que os produtores contem com informações para selecionar touros cujas bezerras produzam leite de maior qualidade, sejam mais férteis, vivam mais tempo e adoeçam menos.

No social, o instituto estuda alternativas tecnológicas como a automação e a robotização que facilitam tarefas e rotinas da fazenda, e assim conseguir melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e tornar mais atrativa a produção de leite para as novas gerações.

Em matéria ambiental, o foco do INIA é obter a autossuficiência dos sistemas, para que não requeiram insumos externos e melhorar o balanço de nutrientes na própria fazenda e gestão de resíduos, de forma a preservar os recursos naturais: solo e água.

“O Uruguai é pioneiro na América Latina em cuidado ambiental nos sistemas produtivos, um pouco por seu perfil exportador, que o faz ficar atento ao que se passa no mundo, e também porque tivemos alertas cedo, com o problema de efluentes no rio Santa Lucía em 2013, que nos fez ver que teríamos que tomar medidas concretas, como o Plano de Uso e Manejo de Solos que temos hojes”, destacou Fariña.

O especialista lembrou que “mais na frente vai determinar a forma como se trabalha nos campos e se produz leite em geral estará relacionado não somente com os consumidores e mercados, mas também com os vizinhos e a população que passar pelas rodovias e denunciar quando os campos não estiverem de acordo”.

Neste sentido, destacou a oportunidade de envolver a sociedade no mundo rural nas discussões sobre produção de alimentos, saúde e sistemas agropecuários.

Diante disso, Fariña disse que “o principal objetivo da ciência deve ser contribuir para que os produtores possam ter renda estável a partir de sistemas que sejam o mais parecido com a natureza em seu estado original, cuidando dos recursos naturais, com animais pastando ao ar livre e reduzindo a necessidade de utilizar insumos externos”.

“Entretanto faltam muitas coisas para melhorar e, nós das ciências estamos trabalhando para conseguir, porque o objetivo é manter a produtividade e a qualidade do leite uruguaio, assegurando a sustentabilidade de toda a cadeia”, concluiu. (Fonte: El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Balança comercial de lácteos: importações seguem ganhando força

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (05/07) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -75 milhões de litros em equivalente-leite no mês de junho, uma diminuição de 23 milhões, ou aproximadamente 43,6% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (junho/2021), o saldo deste ano também foi mais negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -52 milhões de litros, representando uma diferença de aproximadamente 24 milhões de litros, ou 45,7%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

Após uma forte queda entre abril e maio, novamente ocorreram recuos nas exportações. O período apresentou um decréscimo de -3,6 milhões de litros no volume exportado, representando um recuo de 32%. Ao se comparar com 2021, o cenário é ainda mais destoante, ocorrendo um decréscimo de -11,2 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente -58,9% no volume exportado no período. Sendo assim, o cenário desfavorável às exportações se manteve em junho, ocorrendo decréscimos no volume exportado de produtos lácteos.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Do lado das importações, o cenário de ganho de competitividade dos produtos internacionais refletiu em altas nos volumes destinados a estas negociações. O mês de junho apresentou um aumento de 30% nas importações, com um acréscimo no volume de importações de 19,3 milhões de litros em equivalente-leite.

Analisando o mesmo período do ano passado, também nota-se um aumento entre os volumes importados; em junho de 2021, 70,7 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve uma variação positiva de aproximadamente 18%, totalizando um aumento de 12,5 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir:

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Esse aumento nos volumes importados e recuo das exportações acarretaram um saldo mais negativo da balança comercial de lácteos para o mês de junho, apresentando o resultado mais negativo do ano, até o momento, e o menor valor desde novembro de 2021.

Este cenário se formou devido alguns fatores-chave, tais como: os recuos apresentados nos preços internacionais, a baixa disponibilidade de leite no Brasil e os preços dos derivados lácteos no mercado interno, que estão operando próximos de máximas históricas.

Em meio a menor demanda chinesa frente a política de controle da covid-19 no país e temores de uma possível recessão econômica mundial, os preços dos derivados lácteos no mercado internacional vêm emplacando baixas.

Esse fato associado a baixa disponibilidade de leite no mercado interno, que vem impactando nos preços, e impulsionando os valores para próximo de máximas históricas, trouxe um ganho de competitividade para os produtos internacionais, o que refletiu em maiores negociações de importações. 

Desta forma, mesmo em meio ao avanço do dólar nas últimas semanas, o mês de junho se mostrou favorável as negociações de importação e manteve a janela de exportações fechada.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em junho, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 92% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma elevação de 95% em seu volume importado. Além do leite em pó integral, os produtos que tiveram maiores variações com relação à importação foram o soro de leite, os queijos e as manteigas, com aumentos de 20%, 23% e 14%, respectivamente.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o leite UHT, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 81% da pauta exportadora. O leite em pó integral teve um recuo de 95% em seu volume exportado, e o soro de leite um recuo de 100%.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de junho deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em junho de 2022. 

As informações são do Milkpoint

Relatório detalha efeitos do La Niña no mercado global de grãos

Um novo relatório da hEDGEpoint Global Markets avalia os impactos do La Niña nas culturas da soja, milho e trigo. Segundo a companhia, o atual padrão é classificado como Ativo, o que significa que o clima global está sob influência. O fenômeno deve se prolongar no mês de junho, enfraquecendo entre julho-agosto, com impacto nas lavouras de grãos ao redor do mundo.

“Por um lado, a primeira leitura do USDA para a safra 22/23 (a última neste momento) já penalizou a produtividade de milho dos EUA pelos atrasos no plantio, projetando-a 2,2% abaixo da tendência”, avalia Pedro Schicchi, analista de Grãos e Proteína Animal da hEDGEpoint Global Markets. “Por outro, os rendimentos de soja foram projetados em 1,2% acima da tendência neste mesmo relatório”, acrescenta.

Soja e Milho

Os analistas destacam que a janela junho-agosto é marcada pela estação de cultivo nos países do Hemisfério Norte, a saber, EUA e Ucrânia. Nos anos em que ocorre o La Niña, geralmente há secura e calor no Centro-Oeste dos EUA. Embora haja um ganho de produtividade na soja este ano, os rendimentos costumam cair 1,7% (milho) e 1,3% (soja) no histórico do fenômeno.

Na Ucrânia, ao contrário dos EUA, o La Niña tem uma correlação relativamente alta com precipitação acima da média em algumas regiões do Leste Europeu. Em anos análogos, os rendimentos tiveram alta, em média, de 7,5%. Mas o clima não é a preocupação dos produtores ucranianos nesta safra.

A invasão russa impõe questões operacionais, como escassez de mão de obra, insumos e capacidade de armazenamento. Dessa forma, espera-se que a produção de milho do país reduza em 40 a 50%. Atualmente, espera-se que os rendimentos caiam 22% abaixo da tendência. Ainda assim, embora provavelmente não mude a situação atual dos produtores ucranianos, um clima favorável também não prejudica.

Trigo

O mercado de trigo tem muitas preocupações quanto à produção de inverno no Mar Negro, mas o La Niña provavelmente não será uma delas, dado que a colheita já está em andamento na janela analisada (jun-ago). Nas Américas, a Argentina provavelmente terá o inverno mais frio já registrado no começo do ciclo de crescimento após o plantio em julho, enquanto os níveis de chuva tendem a se manter estáveis.

Se o padrão verificado nos últimos anos com ocorrências se repetir, não se deve esperar que o La Niña tenha um grande papel cortando produtividades nas lavouras argentinas. Outros fatores, como a falta de fertilizantes e competição de área com o sorgo, têm mais chance de reverter a tendência de crescimento do trigo no país.

Nos EUA, a situação é parecida com a Rússia: o La Niña deste ano deve chegar tarde demais para comprometer a performance do trigo de inverno. Os impactos maiores tendem a recair sobre a safra de primavera, que corresponde a em torno de 30% da produção total. “Qualquer dano maior à safra de primavera adicionaria mais pressão para um mercado que já está estressado, dado que acrescentaria às tensões geradas pelas más condições da safra de inverno”, disse David Silbiger, analista de Commodities da HedgePoint Global Markets.

As informações são do Agrolink, adaptadas pela Equipe MilkPoint.


Jogo Rápido 

Por que participar do MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade?
A sustentabilidade deixou de ser uma pauta do passado e distante. Ela já e realidade e indispensável para o futuro. Mundialmente, a preservação como meio ambiente e manutenção dos recursos naturais são pautas pulsantes no tripé ambiental da sustentabilidade. No setor lácteo, as ações ambientalmente sustentáveis já permeiam todos os elos da cadeia produtiva. Nas fazendas de leite, do Brasil e do mundo, a adoção de práticas em prol do meio ambiente inclui, o uso de dejetos para adubação, fontes alternativas de energia, reaproveitamento da água das chuvas, uso de bioinsumos, e a produção de biogás a partir dos dejetos dos animais, entre outros. Por ser um assunto relativamente recente, muitos produtores, técnicos e outros profissionais envolvidos no setor, têm dúvidas de como aplicar na rotina das fazendas de leite as alternativas sustentáveis de produção. Por isso, criamos o MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade. Um evento único, inédito e exclusivo sobre o assunto. Associados do Sindilat/RS têm 30% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint adaptado Sindilat/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 05 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.695


O leite fornece micronutrientes essenciais, dirigidos para uma dieta saudável

Leite segundo a FAO - No mês passado foi comemorado o Dia Mundial do Leite. Para chamar atenção sobre a importância desse alimento a FAO fez um cartaz ressaltando suas principais  qualidades e a importância de seus nutrientes na saúde humana. O Cálcio mantém a saúde do coração e dos ossos. A Vitamina A ajuda o corpo a se recuperar mais rápido de doenças, além de ser importante para os olhos, pele, intestino e pulmão.  (Fonte FAO Tradução livre: www.terraviva.com.br)



GDT - Global Dairy Trade 

Fonte: GDT - Global Dairy Trade adaptado Sindilat

 

Primeiro final de semana de Festiqueijo, em Carlos Barbosa, atrai 4,1 mil pessoas

Tradicional festa da Serra gaúcha ocorre até o final de julho

O primeiro final de semana da 31ª edição da Festiqueijo reuniu mais de 4,1 mil pessoas em Carlos Barbosa. O número traz expectativa otimista para superar a projeção de público da tradicional festa da Serra gaúcha, que vai até 31 de julho, sempre de sexta a domingo. A organização espera ter 20% a mais de visitantes do que a edição de 2019, que reuniu 29 mil pessoas.

Como relata Fábio Basso, secretário municipal do Turismo de Carlos Barbosa, o sábado foi o dia mais movimentado, com mais de 2,2 mil visitantes. O diretor do Festiqueijo acredita que o tempo agradável no dia animou os turistas a participarem da festa.

 — Percebemos muitas pessoas circulando não apenas no Festiqueijo, mas ao redor do evento, principalmente na Vila das Etnias e na Feira de Compras de Carlos Barbosa. Conversei com expositores e também estão felizes, porque conseguiram vender bastante produtos  — descreve.

A principal atração da 31ª edição da tradicional festa é o verdadeiro banquete servido no Salão Paroquial da Igreja Matriz de Carlos Barbosa. Os 23 expositores, juntos, servem cerca de 40 tipos de queijos, 30 rótulos de vinhos e 25 de espumantes, além de pratos tradicionais como polenta brustolada com queijo e galeto. Há ainda opções doces como sorvetes e churros de doce de leite.

Uma novidade para a retomada do Festiqueijo em 2022 é a Vila das Etnias. A atração externa, com acesso gratuito, homenageia os imigrantes que povoaram Carlos Barbosa, como os italianos, alemães e poloneses. A organização comemora que o espaço, dividido em casas que apresentam as tradições de cada nacionalidade, é bem recebido entre os visitantes do festival gastronômico.

 — Muitos turistas se surpreendem, porque a Vila das Etnias é um resgate da cultura dos povos. As cinco casas têm toda parte da história, como mobiliário e comida típica, e quem entra nas casas, tem uma aula de cultura. Os turistas, principalmente os que não conhecem a região, ficam muito surpresos com o que é oferecido  — conta Basso.

Excursões se destacam no primeiro final de semana

Um bom sinal para o Festiqueijo superar a meta de público são as excursões em grupo. No primeiro sábado de festa, foram 30. Para o segundo final de semana, o evento espera 60 grupos. Os turistas são de outras regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

 — Neste sábado, tivemos 30 grupos de excursões, totalizando mil pessoas que vieram para cá. Para a semana que vem, nós temos a previsão do dobro de grupos  — informa o secretário de turismo.

No segundo final de semana, os visitantes também poderão se divertir com a 11ª edição da Olimpíada Colonial e com o Pedal Festiqueijo. Nos jogos, os competidores se divertem com provas como revezamento de salame, transporte de leite, cabo de guerra, debulhar milho, entre outras disputas. Por conta do mau tempo deste domingo, a organização passou a atração para o dia 10 de julho. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

PIB do Rio Grande do Sul segue sob impacto da seca
Os prejuízos causados pela estiagem deste ano à agropecuária gaúcha, somados aos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia e da pandemia de Covid-19, à escalada da inflação e à expectativa de baixo crescimento no Brasil, apontam um cenário desafiador para a economia do Rio Grande do Sul nos próximos meses. A análise é do Boletim de Conjuntura, divulgado ontem pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). O documento projeta para o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado no segundo trimestre uma queda ainda mais acentuada do que a verificada nos primeiros três meses do ano. Isso porque de abril a junho é contabilizada a maior parte da produção de soja, que sofreu perdas de 53,5% em 2022. No primeiro trimestre do ano, a economia gaúcha recuou 4,7% frente ao mesmo período de 2021 e 3,8% na comparação com os últimos três meses de 2021. Elaborado pelos pesquisadores Fernando Cruz, Martinho Lazzari, Tomás Torezani e Vanessa Sulzbach, o boletim confirma as perspectivas já indicadas em abril, de potencial efeito negativo da estiagem nas atividades ligadas ao campo e em segmentos da indústria e dos serviços. Na indústria de transformação, a mais significativa da economia do Estado, a tendência é um ritmo de crescimento lento nos próximos meses, em reflexo das perdas na agropecuária e do baixo dinamismo da economia nacional e internacional. O comércio também deve ser afetado pelos mesmos fatores. “No interior do Estado principalmente, o desempenho das vendas do comércio está relacionado com o comportamento do setor primário”, diz Vanessa Sulzbach. De janeiro a maio, as vendas de produtos agrícolas despencaram 34,8%, de acordo com o documento do DEE. O maior impacto veio da retração das vendas de soja para a China, que significou 1,3 bilhão de dólares a menos em receitas em termos absolutos no período. (Correio do Povo)

 
 
 

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Porto Alegre, 04 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.695


Futuro aponta para alianças entre cooperativas
 
Ao contrário de muitos modelos de negócios que não conseguiram sobreviver ao turbilhão de mudanças desencadeadas pelo coronavírus, as cooperativas agropecuárias gaúchas saíram fortalecidas da pandemia. Representado por 121 organizações registradas no Rio Grande do Sul, o segmento emplacou uma receita de R$ 51 bilhões no ano passado, em um salto de 45,9% em relação ao faturamento alcançado em 2020, de acordo com dados do Sistema Ocergs/Sescoop/RS, divulgados no dia 28 de junho. Neste ano, apesar da valorização dos produtos agrícolas, a disparada dos custos operacionais expôs o sistema a um novo teste de resistência.
 
No topo da lista de preocupações dos cooperados, estão os aumentos de preços de combustíveis e fertilizantes, afirma o presidente da Ocergs, Darci Hartmann. A solidez do segmento também foi colocada à prova pelos impactos da estiagem nas culturas de verão, que em algumas regiões do Estado significaram perdas de 80%, obrigando os produtores a renegociar dívidas e a buscar fontes de recursos para financiar a lavoura de inverno. “A resiliência das cooperativas é muito grande. Se tivermos uma boa safra de trigo e depois uma boa safra de soja, conseguimos resolver parte desses desafios”, avalia Hartmann.
 
Segundo o presidente da Ocergs, muitas organizações do setor reagiram ao cenário adverso dos dois últimos anos estabelecendo alianças regionais, tendência que deve se acentuar nos próximos anos. “Para crescer, temos de fazer negócios em conjunto, reduzir custos operacionais, ganhar escala e, acima de tudo, enxergar oportunidades que, muitas vezes, uma cooperativa sozinha não enxerga”, diz Hartmann.
 
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro-RS), Paulo Pires, destaca o papel decisivo da industrialização no fortalecimento das organizações. Hoje, 60 das cooperativas no Estado desenvolvem alguma atividade agroindustrial como forma de agregar valor à produção dos cooperados – de fábricas de farinha, rações animais e fertilizantes a grandes unidades de laticínios e plantas frigoríficas. “No caso do leite, industrializamos praticamente tudo o que recebemos dos produtores. Já nos grãos, vemos movimentos para agregar valor”, afirma Pires.
 
Para o dirigente, a aposta na industrialização deve ganhar ainda mais força no Estado. Esse caminho, porém, pode se revelar mais complexo para as pequenas organizações do segmento, que necessitam de ganhos de escala para diluir os custos de uma operação industrial e se manter competitivas. “Então, é quase um processo excludente: ou a pequena cooperativa se alia a uma maior ou fica fora desse processo”, observa Pires.
 
Um dos pesos-pesados do cooperativismo no país, com 30 organizações reunidas sob sua marca, mais de 170 mil produtores associados e receita de R$ 34,7 bilhões em 2021, a gaúcha CCGL é um exemplo claro dessa vocação industrial do setor. Na sequência de um projeto para duplicar sua capacidade de processamento de leite, hoje de 2,2 milhões de litros diários, a organização de Cruz Alta concluiu neste ano a construção de uma unidade de leite condensado, que recebeu investimentos de cerca de R$ 70 milhões. Agora, planeja fortalecer o portfólio de produtos, segundo o presidente da cooperativa, Caio Vianna.

“Deixamos a planta de laticínios preparada para os próximos cinco anos, talvez não precisemos fazer nenhuma ampliação”, diz. A busca de sustentabilidade é outro foco da cooperativa, que está montando uma usina de energia solar com capacidade de 3,4 MW. “Serão cerca 7 hectares de painéis fotovoltaicos, e pretendemos até o final do ano estar com isso instalado para (suprir) quase toda a nossa necessidade de energia”, detalha o executivo. Os planos incluem ainda ampliação dos terminais graneleiros Termasa e Tergrasa, operados pela CCGL no Porto de Rio Grande e responsáveis pela movimentação de 10 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021. No projeto, a organização planeja investir mais de R$ 700 milhões em recursos próprios. “As áreas de soja estão aumentando muito na Metade Sul. Precisamos ter saída e capacidade de expedição das safras agrícolas”, afirma Vianna. (Correio do Povo)

  
De Cruz Alta, a CCGL, que reúne 30 cooperativas, é um exemplo do potencial industrial do setor, tendo atingido mais de R$ 34,7 bilhões em receita no ano de 2021 e operando atualmente uma capacidade de processamento de leite de 2,2 milhões de litros por dia (Foto: MARKETING CCGL/DIVULGAÇÃO)


Regulamentação ambiental do Farm to Fork paralisa a produção de leite da UE

O USDA acredita que a regulamentação ambiental na Europa significa que o 'pico' de produção de leite foi alcançado no bloco em 2020. Ele previu a produção de leite de vaca da UE-27 de 144,6 milhões de toneladas até 2022, uma diminuição de 434.000 toneladas. em comparação com 2021 e 836.000 toneladas. abaixo de 2020. O número de vacas na UE-27 diminuiu mais de 1,4 milhão de cabeças desde 2016, incluindo uma perda de 800.000 cabeças desde 2019 , revelaram dados do USDA. "Aumentos contínuos ano após ano na produtividade (litros/vaca) não podem compensar essa perda de vacas leiteiras . "
 
A introdução de iniciativas Farm to Fork e mudanças na Política Agrícola Comum provavelmente agravarão a situação em 2023 e além , previu o relatório executivo.
 
“Os especialistas da indústria de laticínios da UE esperam que a produção de leite da UE diminua ainda mais em 2023 e além, quando a nova PAC e as condições do Farm to Fork exigirem que os produtores de leite da UE ajustem seus sistemas de produção.
 
“Do ponto de vista político, com o impacto do Brexit e do COVID-19 nos mercados de laticínios europeus agora atrás de nós, a implementação das novas iniciativas CAP e F2F em 2023 dominará as preocupações dos setores de laticínios da UE. O fortalecimento das políticas ambientais e de mitigação climática da UE apenas aprofundará essas preocupações ”.
 
Mas nem tudo são más notícias para os produtores de leite. Fora do leite de vaca, o USDA notou um aumento na produção, com “valorização do consumidor” por produtos lácteos derivados de cabras e ovelhas, principalmente queijos , apoiando a expansão.
 
Enquanto a produção de leite de vaca está sentindo a pressão das altas proteções ambientais, a produção de queijo deve aumentar este ano devido ao aumento do consumo . “A produção de queijo é o uso preferido das fábricas de laticínios da UE-27, e espera-se que essa tendência continue à medida que várias novas fábricas de queijo surgiram nos últimos anos. Principalmente para produzir mussarela industrial para a indústria de processamento de alimentos . O consumo de queijo na UE continua a aumentar ano a ano e deve continuar até 2022, mas a um ritmo mais lento devido ao aumento dos preços.
 
Os produtores da UE beneficiam do grande apetite do consumidor por queijos locais e protegidos pelo regime de Indicadores Geográficos (IG) . Isso “está ficando mais forte”, com “retornos mais altos para processadores e produtores locais”.
 
No entanto, com suprimentos limitados de leite cru, o USDA disse que "isso ocorre às custas da produção de manteiga, leite em pó desnatado (NFD) e leite em pó seco integral (WDP) " . Isto, prosseguiu o órgão do governo norte-americano, traduz-se numa diminuição das exportações e do consumo interno de manteiga, LPD e LPE, e num aumento dos preços no mercado da UE.
 
“Como os especialistas em laticínios antecipam uma nova onda de produtores de leite potencialmente saindo do setor, os principais players do setor já estão adaptando seus planos e estratégias corporativas à medida que se ajustam a essas novas realidades políticas da UE. Os suprimentos de leite disponíveis são redirecionados para seus interesses mais lucrativos e estratégicos no mercado doméstico e de exportação .” (Traduzido pela OCLA do boletim Dairy Reporter por Katy Askew)
 
 
União Europeia – Acordo da Nova Zelândia
 
Ontem, último dia da Presidência francesa, o acordo comercial entre a UE e a Nova Zelândia foi alcançado após 4 anos de negociações. Segundo estimativas da Comissão Europeia, com este acordo, o comércio bilateral poderá crescer até 30% com um potencial aumento nas exportações anuais da UE de até 4.500 milhões de euros.
 
Embora a CE o apresente como uma grande oportunidade para o setor agroalimentar, a COPA-COGECA (representação de agricultores e cooperativas da União Europeia), considera que este é o grande perdedor do acordo:
 
A CE destaca como uma conquista que as tarifas serão removidas desde o primeiro dia sobre as principais exportações da UE, como carne de porco, vinho e espumante, chocolate, doces e biscoitos. Para a COPA-COGECA, suínos e vinhos da UE já estão entrando no mercado neozelandês e não acreditam que haja muito espaço para crescimento.
 
Quanto aos produtos sensíveis , como diversos produtos lácteos , carne bovina e ovina, etanol e milho doce, a CE defende que apenas importações tarifárias zero ou reduzidas serão permitidas em quantidades limitadas . Para a COPA-COGECA, o acordo significa aumentar as cotas tarifárias já existentes para produtos sensíveis .
 
A Nova Zelândia já tem acesso ao mercado comunitário por 75.000 toneladas. de banha e 11.000 toneladas. de queijo, que aumenta com o acordo em 15.000 toneladas. de banha, 25.000 toneladas. de queijo, 15.000 toneladas. de leite em pó, o que aumentará substancialmente a pressão do mercado. 

Em azul, a cota tarifária existente e em vermelho, a cota adicional acordada no acordo. (Extraído e traduzido pela OCLA da Agrodigital)


Jogo Rápido 

Falta 1 mês para o Interleite Brasil 2022, junte-se aos 1000 inscritos!
 É isso mesmo que você leu, o tempo passou voando e falta apenas 1 mês para a volta do melhor e mais completo evento da cadeia láctea nacional, o Interleite Brasil! Com os apoios do Sistema Faeg/Senar - GO e do Sebrae-GO, nos dias 03 e 04 de agosto, em Goiânia, e também online, pela primeira vez em formato híbrido, o Interleite Brasil chega a sua 20ª edição para fazer deste momento um marco na história do leite brasileiro! O Interleite Brasil 2022 contará com uma grade de palestrantes formada por técnicos, produtores e especialistas, distribuídos em 5 painéis temáticos, totalizando 23 palestras e 14 horas de conteúdo. Serão abordados temas envolvendo sistemas de produção e rentabilidade; índices de eficiência econômica e produtividade; mercado do leite; gestão de pessoas e processos; tecnologia, agenda ambiental e das mudanças estruturais na produção de leite do país. Qual o retrato atual e o que esperar do futuro? Quais as oportunidades no mercado para quem quer se preparar? Se você pensou em ser um agente de transformação do leite brasileiro e fazer parte do futuro, o Interleite Brasil 2022 é o seu lugar! Confira a programação e faça sua inscrição, só falta um mês! Junte-se aos 1000 inscritos no Interleite Brasil 2022! Vamos juntos? Associados do Sindilat/RS têm 20% de desconto. (Milkpoint)

 
 
 

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Porto Alegre, 01 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.694


Festiqueijo celebra em julho o produto que está inserido no DNA de Carlos Barbosa

Evento chega à 31ª edição e ocorre nas sextas, sábados e domingos no Salão Paroquial da Igreja Matriz

A produção caseira dos imigrantes italianos, alemães, suíços e poloneses que chegaram a Carlos Barbosa no século passado transformou, ao longo dos anos, o município da Serra Gaúcha em sinônimo de leite e queijos da melhor qualidade. Movida atualmente por cinco mil associados que fornecem os cerca de 800 mil litros de leite processados por dia pela Santa Clara, a cooperativa de laticínios mais antiga em atividade no Brasil, foi determinante para fazer da cidade uma referência na produção dos derivados.

Não é à toa que desde 1975, incentivada pelos cooperados, Carlos Barbosa celebra sua expertise e evolução no manejo da matéria-prima que está enraizada nas origens de suas famílias. Criada a partir da Festa do Leite, o Festiqueijo chega à 31ª edição nesta sexta-feira (1º) com a expectativa de receber 30 mil visitantes e apresentar o que de melhor as 10 queijarias do município podem oferecer. Para acompanhar as iguarias, nove vinícolas da região também estarão dispostas no Salão Paroquial da Igreja Matriz, no centro da cidade.

— É um evento diferenciado, o consumidor tem a oportunidade de provar toda a nossa linha de produtos e as queijarias podem ter um canal direto com o consumidor final — resume o empresário Daniel Cichelero, 44 anos, que não esconde o fato do sucesso da Cooperativa Santa Clara ter sido o despertar da verdadeira vocação das propriedades que, décadas atrás, se dedicavam ao cultivo da batata.

Nascido na Linha Doze, no interior de Carlos Barbosa, Cichelero cresceu ordenhando vacas manualmente ao raiar do dia e vendo seus pais venderem a pequena produção de leite para financiar o cultivo do tubérculo. Foi com a receita da família que fabricava queijos coloniais para consumo próprio que investiu aos poucos no produto que ganhou o seu sobrenome e hoje figura nas prateleiras das principais queijarias da Serra.

— Intensificamos a produção de leite no início dos anos 2000. Começamos com iogurte, doce de leite e queijo, que veio a se tornar o grande motivador dos investimentos. Fomos aumentando a produção de leite para fazer mais queijo e assim nos tornamos o que somos hoje — afirmou. 

Deu certo. O negócio administrado junto do irmão Evandro Cichelero, 50, conta atualmente com um rebanho de 366 animais, 150 deles em lactação. A produção que iniciou com 200 litros de leite por dia evoluiu para os atuais 5,5 mil litros em uma cadeia produtiva 100% própria, que utiliza até o azevém, plantado na propriedade, como alimento das vacas holandesas.

A trajetória da família Cichelero é somente mais contemporânea do que aquela que iniciou em 1912, pelos devotos de Santa Clara e que hoje emprega 2,2 mil funcionários em três unidades espalhadas pelo Estado. Segundo o diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, a história começou em uma forma de queijo de 15,6 quilos e, 110 anos depois, se transformou em 47 produtos apresentados em mais de uma centena de variedades. História que motiva orgulho e não entende como concorrentes as queijarias que elevam a economia de Carlos Barbosa. 

— Concorrente é aquele que não pratica de forma correta. Agora, aquela indústria que faz um produto e respeita a legislação não é concorrente, é um parceiro que sabe valorizar o que produz — define Guerra, que vê no Festiqueijo a oportunidade de fortalecer os lançamentos do setor. 

Por 17 vezes a marca mais lembrada pelos gaúchos, a Santa Clara produz 600 toneladas de queijo por mês e leva ao evento todas as linhas de queijos para a degustação. Em 2022, destaque para a mussarela e burrata de bufála, queijo coalho com pimenta, queijo brie aquecido em pedra e iscas suínas temperadas com queijo gruyère que estarão a disposição dos visitantes.

Inovação
Quando a história mostra que a coragem de aumentar a produção premia o trabalho, as indústrias não dão passos para trás e seguem em busca de melhoramento. Seja na genética e no bem-estar dos animais, na produção do alimento ou na captação de novos mercados, o setor de laticínios não para em Carlos Barbosa. Na propriedade da família Cichelero, três vacas ostentam os prêmios de maior produtividade no concurso leiteiro da Expointer, e no concurso jovem da Fenasul.

O tratamento dado não só a elas, mas também aos cerca de 15 bezerros que nascem mensalmente na propriedade, e às 150 vacas lactantes é de última geração. A Granja Cichelero foi a primeira da América Latina a ter associados o sistema de ordenha robótica com sistema de ventilação cruzada, que mantém os animais em uma temperatura sempre abaixo de 18ºC.  

Instaladas uma em cada lado do galpão e avaliadas em R$ 800 mil, as máquinas importadas da Suécia estão à disposição das vacas e realizam a ordenha de forma automática, sem que nenhuma pessoa precise levar os animais até lá. Com 183 sensores, o robô calcula a quantidade de leite a ser retirada, higieniza os úberes e realiza a ordenha. 

— É o que há de mais moderno no setor. O que temos aqui é o mesmo que se vê em países da Europa conhecidos pelos queijos famosos — se orgulha Cichelero.  

Serviço 
O quê: 31º Festiqueijo
Quando: de 1º a 31 de julho, somente de sexta a domingo
Local: Salão Paroquial da Igreja Matriz de Carlos Barbosa
Horários: ssextas-feiras, das 14h às 23h; sábados, das 11h às 23h e domingos, das 10h às 17h

Ingressos: sextas-feiras e sábados, crianças de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 195. Aos domingos, de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 175. Crianças com menos de 8 anos têm entrada gratuita. Área Vip custa R$ 380 por pessoa em qualquer dia de evento. (Zero Hora)


Receita Estadual alerta para as alterações decorrentes da exclusão da Substituição Tributária a partir desta sexta (1º/7)

Medida implementada pela Receita Estadual atendeu demanda de diversos setores econômicos gaúchos

Conforme anunciado, atendendo a demanda dos setores econômicos e baseado em estudos econômico-tributários, a Receita Estadual está excluindo da Substituição Tributária (ST) as operações envolvendo oito grupos de mercadorias. A medida constou no Decreto Nº 56.541, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 9 de junho, e é válida a partir desta sexta-feira, 1º de julho de 2022.

Em função da alteração, a Receita Estadual destaca a importância de as empresas estarem atentas às alterações decorrentes da mudança. Para tanto, é fundamental que os contribuintes abrangidos adaptem os respectivos cadastros das mercadorias que a partir de 1º de julho de 2022 não serão mais submetidas à sistemática da ST, bem como seus sistemas de autorização de Nota Fiscal e de Escrituração Fiscal.

Sobre os impactos na NF-e/NFC-e e na GIA
As mercadorias abrangidas, a partir de 1º de julho de 2022, passam ser submetidas à sistemática tradicional de tributação (“débito x crédito” para o contribuinte da categoria Geral ou débito pela sistemática do Simples Nacional). Ou seja, na saída, mesmo que do contribuinte varejista a consumidor final, deverá haver o correto cálculo do imposto, pela determinação da base de cálculo de incidência do ICMS, a aplicação da correta alíquota interna, incluindo o Ampara, se for o caso, resultando no destaque do ICMS devido.

Naturalmente, o CST 60 (ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária) não deve mais ser utilizado na saída das mercadorias impactadas pela medida. Em função disso, a tag cBenef da NF-e/NFC-e, também não irá mais refletir a retenção prévia do ICMS. Por fim, o lançamento na GIA não estará mais vinculado a código da coluna “Outras”.

Setores e grupos de produtos abrangidos:

1. Aparelhos celulares e cartões inteligentes (Lv. III, Tít. III, Cap. II, Seção XXVII e Ap.II, S. III, XVIII);

2. Artigos de papelaria (Lv. III, art. 10, XVII, art. 35, "caput", nota 02, "q"; Tít. III, Cap. II, Seção XLII; Ap. II, S. III, XXXIII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 14);

3. Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos (Lv. III, art. 10, XIX, art.35, "caput", nota 02, "s"; Tít. III, Cap. II, Seção XLIV; Ap. II, S. III, XXXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 16);

4. Artefatos de uso doméstico (Lv. III, art. 10, XV, art. 35, "caput", nota 02, "o"; Tít. III, Cap. II, Seção XL; Ap. II, S. III, XXXI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 12);

5. Pneumáticos e câmaras de ar de bicicletas (Lv. III, art. 10, XI, art. 35, "caput", nota 02, "j"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXVI; Ap. II, S. III, XXVII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 8);

6. Ferramentas (Lv. III, art. 10, VIII, art. 35, "caput", nota 02, "g&"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIII; Ap. II, S. III, XXIV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 5);

7. Materiais elétricos (Lv. III, art. 10, IX, art. 35, "caput", nota 02, "h"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIV; Ap. II, S. III, XXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 6); e

8. Máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos (Lv. III, art. 10, XX, art. 35, "caput", nota 02, "t"; Tít. III, Cap. II, Seção XLV; Ap. II, S. III, XXXVI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 17). (SEFAZ)

 

 

BOVINOCULTURA DE LEITE: Informativo Conjuntural da Emater/RS

A recorrência de precipitações e a manutenção do ambiente com excesso de umidade dificultam o manejo dos rebanhos leiteiros e tornam mais árdua a condução da atividade. O aspecto favorável é a tendência de nova recomposição do preço para o leite entregue em junho, com elevação no valor pago ao produtor, podendo aliviar o balanço entre custos e renda inerentes à produção, que, segundo os produtores, é um dos limitadores da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, os produtores de Alegrete relatam impacto na produtividade das matrizes devido à redução na oferta de forragem e das reservas limitadas de silagem. Foi priorizado o acesso às pastagens para as fêmeas em lactação. Na Campanha, ainda são notados efeitos do vazio forrageiro onde houve atraso na implantação das pastagens de aveia e azevém.

Na de Caxias do Sul, a situação do vazio forrageiro se agravou, e onde a alimentação é baseada em pastagens houve redução na produtividade ou tiveram que suplementar com silagem e ração proteica. Isso impactou negativamente no custo de produção.

Na regional de Ijuí, a produção de leite apresentou uma curva de crescimento do volume coletado em relação às semanas anteriores, mas dentro da normalidade para o período do ano, quando a oferta de alimentos, em especial das forrageiras de inverno, é mais abundante, além de ser uma época de concentração de partos, conforme planejado pelos produtores.

Na de Passo Fundo, a manutenção do excesso de umidade nos solos e a menor oferta das pastagens anuais de inverno fizeram com que os animais permanecessem por mais tempo na sala de alimentação, em locais de contenção ou em pastagens perenes e potreiros, exigindo a complementação e o ajuste das dietas para a manutenção dos níveis de produção e, assim, impactando na elevação dos custos de produção.

Na regional de Santa Rosa, a produção de leite diária apresentou uma pequena elevação em comparação com a semana anterior. Foram produzidos 1,726 milhão de litros por dia na região, mantendo a tendência de aumento na produção. (Emater/RS)


Jogo Rápido 

PREVISÃO METEOROLÓGICA: Os próximos sete dias terão pouca chuva na maior parte do RS
Na quinta (30/8) e sexta-feira (01/7), a presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas baixas e possibilidade de geadas, principalmente no Planalto, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. No sábado (02/7) e domingo (03/7), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva na maioria das regiões. Entre a segunda (04) e terça-feira (05), a presença de uma área de baixa pressão vai manter a umidade e a chuva na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, enquanto as demais regiões permanecerão com tempo seco e temperaturas amenas. pancadas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (06), a propagação de uma nova frente fria vai provocar chuva em todo Estado. Os totais de precipitação esperados são baixos e inferiores a 10 mm na maioria dos municípios do Estado. Na Campanha e Zona Sul os valores oscilarão entre 30 e 50 mm e poderão superar 60 mm em alguns municípios. Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. Clique aqui e acesse o Boletim Integrado Agrometeorológico 25/2022. (SEAPDR)

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 30 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.693


Argentina: rebanho leiteiro perdeu mais de 30% das vacas nos últimos 15 anos
 
Em 2006 e 2007 o rebanho leiteiro argentino tinha 2,15 milhões de animais. Depois veio a seca de 2008/09, as múltiplas intervenções do kirchnerismo (filosofia política atribuída a Néstor Kirchner e sua esposa Cristina Fernández de Kirchner, ambos ex-presidentes da Argentina) no mercado interno e nas exportações de lácteos e o desastre econômico geral em que o país está preso desde pelo menos 2011 até aqui.
 
Ao longo dos últimos 15 anos, esse conjunto de condicionantes gerou diversos períodos de perdas econômicas e desestimulou investimentos entre produtores que possuem menor escala ou produtividade de suas fazendas leiteiras. É por isso que em 2021 o rebanho de vacas leiteiras somou apenas 1,5 milhão de animais.
 
O que aconteceu com aquelas vacas? Isso acontece toda vez que atingem sua vida útil como produtoras de leite e são encaminhadas ao abatedouro para descarte. Os argentinos as comeram. Muitas delas também acabaram no mercado de exportação da chamada vaca velha para a China, um negócio que aumentou significativamente de 2018 até hoje.
 
O número de vacas é fundamental para a possibilidade de crescimento da produção e do rebanho futuro. As medições feitas por analistas como Marcos Snyder mostram que o aumento da oferta de leite é muito maior e mais rápido pela incorporação de animais do que pela melhoria produtiva dos animais ordenhados.
 
A Argentina tem caminhado nos últimos 15 anos na direção oposta. Eles têm vacas mais produtivas, mas muito menos quantidade e é por isso que a oferta de leite não dá o salto que deveria.
 
Essa queda no número de vacas foi ainda mais intensa do que a perda no número total de fazendas leiteiras. Há 15 anos eram 11.500 unidades de produção e no ano passado eram 10.070. A queda foi de 12%.
 
Mas quando a atividade dos estabelecimentos leiteiros é segmentada por porte, observa-se que continua ocorrendo um intenso processo de concentração, o que implica a saída dos menores produtores e o aumento das unidades maiores e mais tecnológicas.
 
A esse respeito, destaca o relatório da OCLA: “Pode-se verificar que as 360 fazendas leiteiras do estrato com mais de 10.000 litros de produção diária produziram uma média de 18.408 litros por dia durante o mês de maio. Eles representam 3,6% do total de fazendas leiteiras e contribuem com 22,9% da produção total. Isso é quase 28% a mais do que o leite fornecido pelas 5.400 fazendas leiteiras de menos de 2.000 litros por dia, e que são 53,6% do total de fazendas leiteiras, que representam 17,9% da produção nacional”.
 
O relatório, por sua vez, indica que entre 2010 e 2021 as pequenas propriedades leiteiras que produzem menos de 2.000 litros reduziram sua participação na produção nacional em 34%, enquanto as grandes, que oferecem mais de 10.000 litros por dia, multiplicaram sua participação na oferta total por 4. (As informações são do Bichos de Campo)


Linhas de crédito do Plano Safra auxiliam no fomento da sustentabilidade agrícola brasileira, diz CBI
 
Certificadora de títulos verdes avaliou as principais linhas de financiamento oferecidas e o alinhamento destas à taxonomia verde da Climate Bonds Initiative
 
Uma análise da Climate Bonds Initiative (CBI) mostrou que aproximadamente R$ 9 bilhões, ou seja, 69% das linhas classificadas como linhas de apoio à agricultura de baixa emissão de carbono e linhas de apoio às práticas sustentáveis, tomadas dentro do Plano Safra 2020/2021, estão alinhadas com os critérios de elegibilidade da certificadora, indicando parâmetros de adicionalidade compatíveis com uma economia de baixo carbono. Outras linhas analisadas foram classificadas pela CBI como parcialmente alinhadas à taxonomia da CBI e não foi identificada linha completamente desalinhada com a taxonomia da CBI.
 
A CBI firmou um Memorando de Entendimento com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para analisar a destinação de recursos de algumas linhas de crédito oferecidas pelo Plano Safra e o alinhamento destas à taxonomia verde da CBI. O documento foi assinado em 2019 e renovado este ano, visando apoiar o desenvolvimento de políticas públicas de incentivo aos empreendimentos agrícolas que adotam práticas sustentáveis e processos produtivos.
 
Segundo avaliação da CBI, a maior parte das linhas apontadas pelo estudo da Secretaria de Política Agrícola “A Contribuição do Plano Safra para o Fortalecimento de Sistemas Produtivos Ambientalmente Sustentáveis” estão integralmente alinhadas à taxonomia da CBI, favorecendo o crescimento da agricultura com bases sustentáveis, gerando benefícios, como o aumento da produtividade (efeito poupa-terra), redução de emissão de gases estufa, prevenção e recuperação de perdas na produção agropecuária, racionalização do uso dos recursos naturais e de insumos, recuperação e conservação dos solos, tratamento de dejetos e resíduos da agricultura, reflorestamento, recomposição de áreas de vegetação nativa, redução do desmatamento, adequação das propriedades à legislação ambiental e geração de energia limpa nas propriedades.
 
A CBI tem expertise no desenvolvimento de padrões, políticas e estruturas de certificação de títulos climáticos, sendo a única certificadora de títulos verdes no mundo. Criada em 2013, a taxonomia da CBI é uma ferramenta cujo principal objetivo é orientar os agentes na identificação de projetos e ativos que contribuam para uma economia de baixo carbono alinhados com as metas do Acordo de Paris e da limitação ao aumento das emissões de gases de efeito estufa a 1,5 graus Celsius até o final do século.
 
O alinhamento dos parâmetros de sustentabilidade dessas linhas em consonância com a taxonomia da CBI demostra a relevância do Plano Safra para o crescimento da produção agropecuária e para adoção e disseminação das tecnologias sustentáveis no Brasil.
 
Estudo
No ano passado, a Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa elaborou o estudo “A Contribuição do Plano Safra para o Fortalecimento de Sistemas Produtivos Ambientalmente Sustentáveis”. No levantamento, foi analisado quais as linhas de financiamento e qual o montante de recursos que foram tomados pelos produtores rurais e por elos das cadeias produtivas do setor que contribuíram para a adoção de tecnologias sustentáveis, fundamentais para o constante aumento da produtividade, redução do custo da alimentação e conservação ambiental.
 
Foram identificados como mais sustentáveis o Programa ABC (Programa de Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura), Pronaf Floresta (Crédito de Investimento para Sistemas Agroflorestais), Pronaf Agroecologia (Crédito de Investimento para Agroecologia), Pronaf Bioeconomia (Crédito de Investimento em Sistemas de Exploração Extrativistas de Produtos da Sociobiodiversidade, Energia Renovável e Sustentabilidade Ambiental), Pronaf Semiárido (Crédito de Investimento para Convivência com o Semiárido), Proirriga (Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido), Moderagro (Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais), Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras), Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) e Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira).  (MAPA)

Plano Safra vai ter R$ 340,88 bilhões
O governo federal anunciou, ontem, o novo Plano Safra para o período 2022/2023. Com R$ 340,88 bilhões para o financiamento do setor agropecuário, os recursos são 36% superiores aos recursos do ciclo passado.
 
- É o plano mais robusto da história - definiu Guilherme Bastos Filho, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, ao afirmar que o desenho do programa foi um trabalho intenso entre equipes.
 
O lançamento do programa foi realizado no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, dos ministros Paulo Guedes, da Economia, e Marcos Montes, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e do presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, entre outras autoridades.
 
O montante total prevê R$ 246,28 bilhões para custeio e comercialização e R$ 94,60 bilhões para investimentos. O volume dos juros controlados será de R$ 195,70 bilhões. O percentual é 18% superior ao do ano passado.
 
A agricultura familiar, por meio do Pronaf, terá R$ 53,61 bilhões - também o maior volume da história. O incremento é de 36% sobre os valores de 2021/2022. Os juros, antes de 3% e 4,5% ao ano, foram elevados para 5% e 6% ao ano.
 
Os médios produtores, via Pronamp, contarão com R$ 43,75 bilhões, com juros de 8% ao ano, também superiores aos 5,5% ao ano do ciclo passado. Já os demais produtores contam com R$ 243,52 bilhões e taxas de 12% ao ano - ante 7,5% ao ano no último Plano Safra.
 
Ao apresentar as cifras, Bastos destacou que os juros aplicados no plano são todos abaixo da taxa básica da economia, a Selic, que serve de referência para o crédito.
 
Definida às vésperas da virada do novo ano safra, que tem início amanhã, a costura do programa lançado ontem foi marcada por incertezas, principalmente em relação à capacidade orçamentária para garantir o volume de recursos aportados. O aumento da Selic também pesou na definição. O ciclo 2021/2022 chegou a ter linhas suspensas devido ao esgotamento de recursos.
 
O ministro da Agricultura destacou que o montante é adequado ao momento em que o setor enfrenta altos custos de produção e dificuldades de abastecimento por produtos que vêm do Exterior. (Zero Hora)

                                         


Jogo Rápido 

Desemprego recua a 9,8% em maio e tem menor taxa para o trimestre desde 2015, diz IBGE
 A taxa de desemprego no Brasil manteve a trajetória de queda registrada nos últimos meses e caiu para 9,8% no trimestre finalizado em maio de 2022, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo diante do recuo, o percentual ainda representa que 10,6 milhões de profissionais estão fora da força de trabalho, um recuo de 11,5% ante o trimestre anterior, ou 1,4 milhão de pessoas a menos no grupo de desempregados no país. No ano, a queda do desemprego é 30,2%, menos 4,6 milhões de pessoas desocupadas. De acordo com os dados apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o número de pessoas ocupadas, de 97,5 milhões, é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e mostrou alta de 2,4% na comparação com o trimestre anterior e de 10,6% na comparação anual. Isso equivale a um aumento de 2,3 milhão de pessoas no trimestre e de 9,4 milhões de ocupados no ano. Para a coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, houve um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada no trimestre encerrado em maio. "Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2021. No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas", avalia ela. A pesquisadora ressalta ainda que os aumentos da ocupação vêm ocorrendo em diversas formas de inserção do trabalhador, tanto entre os informais quanto entre os com carteira de trabalho. "O contingente de trabalhadores com carteira vêm apresentando uma recuperação bem interessante, já recompondo o nível pré-pandemia", diz Adriana. Os dados mostram que, a partir do quarto trimestre de 2021, começou a se observar um processo de recuperação da população ocupada em atividades como construção, indústria, agricultura e serviços relacionados à tecnologia da informação e comunicação e serviços financeiros. (Correio do Povo)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.692


Curso promove capacitação de técnicos para análise de laudos de leite

Com o objetivo de auxiliar na capacitação de profissionais para a realização de interpretações de laudos de leite, o Funcap, a APL Fronteira Noroeste e o Projeto Suport D Leite, com o apoio da Amufron e do Sindicato da Indústria de Laticínios do (Sindilat/RS), promovem curso nesta quinta-feira (30/6). O evento, que visa contribuir com ajustes no manejo nas propriedades e com a qualificação do leite, ocorrerá na Unijuí Santa Rosa (Bloco A – 316) a partir das 8h.

 As palestras serão voltadas para técnicos do setor (médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas e secretários de agricultura) e abordarão diversos temas como amostragens e suas implicações nos resultados, análises de dieta, análises de doenças, mastite e manejo de ordenhas. As apresentações serão comandadas pela médica veterinária e professora da Unijuí, Denize fraga, e pela bióloga Tadine Secco. 

Denize destaca que o evento permitirá o debate entre os profissionais e a qualificação para futuras ações em relação à qualidade do leite. “Ele busca permitir uma qualificação em relação a interpretação de laudos de análises de leite com vistas a ajustes de manejo”, acrescenta. O encontro, segundo ela, terá como principais pontos abordados as análises de composição, contagem de células somáticas, cultura microbiológica, contagem bacteriana, leite instável não ácido e nitrogênio ureico, revelando as inter-relações entre estes resultados e suas implicações nos manejos empregados nas propriedades. O Sindilat/RS disponibilizará os produtos para os dois milk breaks que ocorrerão durante o dia.

 Confira a programação completa:

- Abertura do evento às 8h
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga e a mestre Tadine Secco
- Milk break
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga
- Intervalo para almoço
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga
- Milk break com discussão dos temas abordados no dia
- Encerramento às 17h30min
 
As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS


 

Logística - Fluxo do comércio impacta na disponibilidade de produtos lácteos

Produção/UE – Os efeitos combinados da redução da produção de leite e do aperto comercial impactam na disponibilidade de produtos lácteos no primeiro trimestre de 2022 tanto no Reino Unido (RU), como na União Europeia (UE-27).

No RU, a captação de leite vem em queda na comparação anual, desde agosto de 2021, e nos primeiros três meses de 2022 caiu 1,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021. O teor de gordura e proteína também caiu, e a perda foi de 2,4% no mesmo período, em relação ao ano anterior.

Para a manteiga, a combinação da baixa produção com o aumento do comércio líquido (exportações-importações) resultou na menor disponibilidade do produto em comparação com a mesma época do ano passado. Já a oferta de queijo encontra-se no mesmo nível do ano passado, com uma disponibilidade ligeiramente maior no primeiro trimestre.

Os leites em pó, de um modo geral tiveram sua disponibilidade em queda, devido à baixa produção e pequena variação no comércio. Embora o saldo das importações e exportações não tenha mudado na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a disponibilidade de ambos é menor do que as verificadas um ano antes. Normalmente o RU tem superávit na balança comercial de leite em pó, tanto integral como desnatado.

Então é provável que as dificuldades de embarcar os produtos – em decorrência do aumento dos procedimentos administrativos depois do Brexit – ou a falta de contêineres tenha dificultado as exportações.

A oferta de produtos na UE-27 mostra um quadro semelhante para a manteiga, mas queda na disponibilidade de queijo. Para manteiga e queijo, a principal causa para o aperto na disponibilidade dos produtos no continente parece ser os baixos níveis de produção, já que não houve alteração na balança comercial de um ano para outro.

A disponibilidade de leite em pó na UE foi maior no primeiro trimestre, na comparação anual. Isso foi decorrente da combinação do baixo volume de produção (em relação ao ano passado) mas, uma queda relativamente grande das exportações.

   

Fonte: AHDB – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Cadeia leiteira: Cerca de 330 pessoas participam de reunião-almoço com presidente da Languiru

No dia 23 de junho ocorreu nova edição de reunião-almoço da Languiru com o quadro social. Realizado na Associação dos Funcionários, em Teutônia, o encontro reuniu associados da cadeia leiteira e contou com a participação de aproximadamente 330 pessoas, inclusive produtores vindos de outras regiões do Estado onde a Languiru atua.
O evento foi conduzido pelo presidente Dirceu Bayer, que apresentou números e investimentos, e falou do bom momento para a produção leiteira. “Já vínhamos projetando que esse seria o ano do leite, e a lei da oferta e da procura nos mostra o cenário favorável para a cadeia produtiva. Fazemos o possível para atender as necessidades dos nossos produtores, nos diferentes segmentos, isso é a essência do cooperativismo colocada em prática pela Languiru”, disse, destacando a transparência e o contato direto com o quadro social. “O segmento leite conta com o maior número de associados, e a expressiva participação neste evento demonstra o apoio à Languiru.”

Investimentos
O presidente comentou sobre a ampliação e diversificação do mix de produtos, especialmente no segmento das carnes; falou do projeto de construção da queijaria junto à Indústria de Laticínios, em Teutônia; da instalação de Agrocenter em Rio Pardo e de supermercado e Agrocenter em Westfália. “Precisamos evoluir e esses investimentos são importantes para superarmos o momento adverso. É preciso acompanhar as evoluções impostas pelo mercado consumidor”, exemplificou, projetando o retorno desses investimentos já em 2022 e, principalmente, no exercício de 2023.

Pró-Leite
O gerente de fomento do Setor de Leite, Mauro Aschebrock, detalhou benefícios financeiros oportunizados pelo Programa Pró-Leite, iniciativa da Cooperativa que bonifica o produtor a partir de diferentes critérios. “A Languiru paga para que o produtor rural cresça, oportuniza assistência técnica e incentiva o aumento da produção. Todo aumento de produtividade gera volume para a Indústria de Laticínios e, consequentemente, ganhos ao produtor. É uma maneira de profissionalizar a produção leiteira, com um programa de incentivo flexível que recebe melhorias a partir de sugestões e novas oportunidades do segmento”, frisou, alertando para o risco de drástica redução dos volumes de produção a nível mundial em virtude dos altos custos.
Bayer valorizou o espaço democrático para colocações dos associados. “A Languiru está aberta às opiniões dos seus associados e essas reuniões-almoço terão continuidade com os diferentes segmentos produtivos. No caso do Pró-Leite, por exemplo, ouvindo o associado qualificamos ainda mais o programa, juntos criamos novas possibilidades.”

Apoio do quadro social
O associado Roberto de Oliveira, com propriedade em Linha São Jacó, município de Estrela, parabenizou a Languiru pelas reuniões com o quadro social. “É uma forma de valorizar quem está aqui, a fidelidade desses produtores, ao mesmo tempo em que o associado conhece mais sobre a sua Cooperativa. Muitas vezes o produtor só observa o preço e não olha todos os benefícios como associado. Vamos valorizar esse trabalho, comprar as ideias da nossa Cooperativa e trazer sugestões.”

O representante da associada Lácteos Vacaria, Eusébio Körbes, enalteceu o trabalho da Cooperativa e seus produtores. “A demanda por leite está aquecida e precisamos todos fazer o ‘dever de casa’, com boas perspectivas para o produtor de leite. Devemos auxiliar com produtividade e qualidade, o que permite que o produto final do leite Languiru também seja diferenciado. Isso agrega de todos os lados e vamos subindo juntos.”

Com propriedade em São João do Bom Retiro, município de Estrela, o associado José Adão Braun parabenizou a Languiru pela valorização do quadro social, mencionando os benefícios do Pró-Leite. “É algo que vem ao encontro das necessidades do produtor. Vale a pena ser cooperativado, vale a pena pertencer ao quadro de uma Cooperativa séria como a Languiru. Na hora em que a dificuldade cresce, ela nos abraça, e isso fica evidente mais uma vez.”

As informações são da Languiru

Jogo Rápido 

ANTT reajusta tabela de preços do frete rodoviário
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizou sua tabela de preços mínimos de frete rodoviário. Na nova relação, publicada no último dia 24, o reajuste médio ficou entre 7,06% e 8,99%.O valor do frete depende de itens como número de eixos, distância do deslocamento e tipo de operação. A atualização da tabela ocorreu porque o preço médio do óleo diesel praticado nos postos subiu mais de 5%, o que dispara o gatilho do reajuste. Segundo atualização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel S10 na última semana, de R$ 7,678 por litro, subiu 13,73% em relação à semana anterior. (Valor Econômico)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.691


La Niña enfraquece mas vai avançar até o verão de 2023

Período de enfraquecimento será observado entre julho e setembro, mas, posteriormente, o resfriamento do Pacífico se intensificará novamente

A anomalia negativa da temperatura do oceano Pacífico equatorial diminuiu de -1 °C em meados de maio para -0,5 °C atualmente, indicando que o fenômeno La Niña está em um breve período de enfraquecimento. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), esse período de enfraquecimento será observado entre julho e setembro, mas, posteriormente, o resfriamento do Pacífico se intensificará novamente, completando o terceiro ano seguido sob La Niña.

Do ponto de vista prático, mesmo sob La Niña, há registro de chuva forte na região Sul desde março. Isso aconteceu pela formação de bloqueios atmosféricos e gradientes de temperatura mais favoráveis no oceano Atlântico.

De acordo com a previsão probabilística da Universidade de Colúmbia, a chuva forte prosseguirá entre junho e agosto, porém mais ao sul, na Metade Sul do Rio Grande do Sul, além do Uruguai e leste da Argentina. Mais ao norte, a chuva fica abaixo da média em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

No leste e norte do Nordeste, há previsão de chuva acima da média, inclusive com tempestades intensas, como as que aconteceram em maio em Pernambuco. A temperatura ficará acima da média no interior das regiões Sul e Sudeste e em boa
parte do Centro-Oeste.

Isso não quer dizer que não há previsão de frio, mas apenas indica que as ondas de frio devem vir de forma mais espaçada no inverno. (Canal Rural)


Leite/América do Sul

O clima de outono traz melhores expectativas em relação ao conforto das vacas, levando ao aumento da produção de leite no Cone Sul da América do Sul. 

Entretanto, existem indicadores de que, a despeito do aumento do preço ao produtor, o volume de leite, na melhor das hipóteses, cresce apenas ligeiramente. Crescem as expectativas em relação à segunda colheita de milho no Brasil, mas os custos logísticos estão aumentando junto com os rendimentos. As expectativas em relação à soja, também melhoraram na Argentina e no Brasil, mas os custos de combustível e fertilizantes continuam subindo.

As cotações do leite em pó desnatado subiram na região, e os estoques estão apertados e estão indo para atender contratos já firmados. Apesar da oferta apertada, a demanda é relatada como estável e os compradores hesitam em comprar mais do que as necessidades imediatas. O preço do leite em pó integral continua inalterado. Mudanças na produção de caseína causaram alguns atrasos nos embarques para os EUA, mas os mercados estão notavelmente firmes na região e globalmente, devido à demanda contínua versus suprimentos apertados. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


 

Piracanjuba divulga Relatório de Sustentabilidade 2021

Piracanjuba - De acordo com pesquisa de reconhecimento de marca, feita pela consultoria Kone Cesário+Gustavo Cesário, com dados coletados pela Netquest, a Piracanjuba obteve percentual de reconhecimento de 97,7% da população brasileira. 

O resultado, obtido em 2021, indica que os produtos são consumidos em milhares de lares, atendendo a demanda de diferentes públicos, com um portfólio variado e bem distribuído. O desenvolvimento das atividades, que vão além das práticas comerciais, envolve esforços em torno do Meio Ambiente, da Responsabilidade Social e da Governança Corporativa. A sustentabilidade é parte indispensável das ações e, para demonstrar isso, a empresa apresenta, pelo segundo ano consecutivo, o Relatório de Sustentabilidade.

O documento relata e presta contas à sociedade e aos públicos interessados sobre sua atuação. Além de importante iniciativa de comunicação e gestão, o documento serve como um modelo de gerenciamento de ações e para criar indicadores referenciais, comparando os resultados dos anos seguintes com os anteriores”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Campos.

A publicação reúne dados e informações que permitem um maior conhecimento sobre o que a empresa tem angariado nos últimos 66 anos e, em especial, em 2021, um ano que exigiu muito da indústria, devido ao cenário econômico e às necessidades sociais decorrentes dos ciclos da pandemia.

No relatório, além da linha do tempo, portfólio de produtos e unidades de negócios, encontram-se as principais iniciativas de gestão de pessoas, os projetos sociais, as atividades de engajamento com as comunidades, e detalhes sobre os processos e inovações operacionais. Os números apresentados referem-se ao ano fiscal de 2021 e, nos resultados financeiros, os dados são comparados com os anos fiscais anteriores. A empresa também detalha os investimentos em sustentabilidade, que estão conectados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Clique aqui e acesse o relatório completo. (Piracanjuba)


 

Jogo Rápido 

METEOROLOGIA:  Simagro deve ter 100 torres
Até o final de 2023, a Secretaria da Agricultura (SEAPDR) pretende ter instaladas no Rio Grande do Sul 100 torres de coleta de dados meteorológicos que completarão o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro). O sistema vem sendo implementado desde 2020 com a instalação de 20 estações, construídas com recursos oriundos do acordo de uma empresa de agrotóxicos responsabilizada no inquérito do Ministério Público sobre agrotóxicos, encerrado em 2019. O meteorologista da SEAPDR, Flávio Varone, adianta que, até o final de julho, mais dez estações serão instaladas no Estado. Outras 20, pertencentes à estrutura da antiga Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), serão recuperadas até o final de 2022, com investimento de R$ 900 mil da secretaria na obra. Além dos 50 pontos de coleta de dados que serão concluídos em 2022, a secretaria já tem R$ 13 milhões para a instalação de mais 50 torres até o final do ano que vem. A verba, destinada pelo Programa Avançar na Agropecuária, será investida em equipamentos e na manutenção destes por 36 meses. "As estações vão auxiliar o produtor com indicadores simples para decisões com base em informações do clima", diz Varone. Os indicadores poderão orientar questões como aplicação de defensivos, nortear projetos de irrigação e apontar pontos de infestação de doenças como a ferrugem asiática.  (Correio do Povo)