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01/07/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 01 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.694


Festiqueijo celebra em julho o produto que está inserido no DNA de Carlos Barbosa

Evento chega à 31ª edição e ocorre nas sextas, sábados e domingos no Salão Paroquial da Igreja Matriz

A produção caseira dos imigrantes italianos, alemães, suíços e poloneses que chegaram a Carlos Barbosa no século passado transformou, ao longo dos anos, o município da Serra Gaúcha em sinônimo de leite e queijos da melhor qualidade. Movida atualmente por cinco mil associados que fornecem os cerca de 800 mil litros de leite processados por dia pela Santa Clara, a cooperativa de laticínios mais antiga em atividade no Brasil, foi determinante para fazer da cidade uma referência na produção dos derivados.

Não é à toa que desde 1975, incentivada pelos cooperados, Carlos Barbosa celebra sua expertise e evolução no manejo da matéria-prima que está enraizada nas origens de suas famílias. Criada a partir da Festa do Leite, o Festiqueijo chega à 31ª edição nesta sexta-feira (1º) com a expectativa de receber 30 mil visitantes e apresentar o que de melhor as 10 queijarias do município podem oferecer. Para acompanhar as iguarias, nove vinícolas da região também estarão dispostas no Salão Paroquial da Igreja Matriz, no centro da cidade.

— É um evento diferenciado, o consumidor tem a oportunidade de provar toda a nossa linha de produtos e as queijarias podem ter um canal direto com o consumidor final — resume o empresário Daniel Cichelero, 44 anos, que não esconde o fato do sucesso da Cooperativa Santa Clara ter sido o despertar da verdadeira vocação das propriedades que, décadas atrás, se dedicavam ao cultivo da batata.

Nascido na Linha Doze, no interior de Carlos Barbosa, Cichelero cresceu ordenhando vacas manualmente ao raiar do dia e vendo seus pais venderem a pequena produção de leite para financiar o cultivo do tubérculo. Foi com a receita da família que fabricava queijos coloniais para consumo próprio que investiu aos poucos no produto que ganhou o seu sobrenome e hoje figura nas prateleiras das principais queijarias da Serra.

— Intensificamos a produção de leite no início dos anos 2000. Começamos com iogurte, doce de leite e queijo, que veio a se tornar o grande motivador dos investimentos. Fomos aumentando a produção de leite para fazer mais queijo e assim nos tornamos o que somos hoje — afirmou. 

Deu certo. O negócio administrado junto do irmão Evandro Cichelero, 50, conta atualmente com um rebanho de 366 animais, 150 deles em lactação. A produção que iniciou com 200 litros de leite por dia evoluiu para os atuais 5,5 mil litros em uma cadeia produtiva 100% própria, que utiliza até o azevém, plantado na propriedade, como alimento das vacas holandesas.

A trajetória da família Cichelero é somente mais contemporânea do que aquela que iniciou em 1912, pelos devotos de Santa Clara e que hoje emprega 2,2 mil funcionários em três unidades espalhadas pelo Estado. Segundo o diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, a história começou em uma forma de queijo de 15,6 quilos e, 110 anos depois, se transformou em 47 produtos apresentados em mais de uma centena de variedades. História que motiva orgulho e não entende como concorrentes as queijarias que elevam a economia de Carlos Barbosa. 

— Concorrente é aquele que não pratica de forma correta. Agora, aquela indústria que faz um produto e respeita a legislação não é concorrente, é um parceiro que sabe valorizar o que produz — define Guerra, que vê no Festiqueijo a oportunidade de fortalecer os lançamentos do setor. 

Por 17 vezes a marca mais lembrada pelos gaúchos, a Santa Clara produz 600 toneladas de queijo por mês e leva ao evento todas as linhas de queijos para a degustação. Em 2022, destaque para a mussarela e burrata de bufála, queijo coalho com pimenta, queijo brie aquecido em pedra e iscas suínas temperadas com queijo gruyère que estarão a disposição dos visitantes.

Inovação
Quando a história mostra que a coragem de aumentar a produção premia o trabalho, as indústrias não dão passos para trás e seguem em busca de melhoramento. Seja na genética e no bem-estar dos animais, na produção do alimento ou na captação de novos mercados, o setor de laticínios não para em Carlos Barbosa. Na propriedade da família Cichelero, três vacas ostentam os prêmios de maior produtividade no concurso leiteiro da Expointer, e no concurso jovem da Fenasul.

O tratamento dado não só a elas, mas também aos cerca de 15 bezerros que nascem mensalmente na propriedade, e às 150 vacas lactantes é de última geração. A Granja Cichelero foi a primeira da América Latina a ter associados o sistema de ordenha robótica com sistema de ventilação cruzada, que mantém os animais em uma temperatura sempre abaixo de 18ºC.  

Instaladas uma em cada lado do galpão e avaliadas em R$ 800 mil, as máquinas importadas da Suécia estão à disposição das vacas e realizam a ordenha de forma automática, sem que nenhuma pessoa precise levar os animais até lá. Com 183 sensores, o robô calcula a quantidade de leite a ser retirada, higieniza os úberes e realiza a ordenha. 

— É o que há de mais moderno no setor. O que temos aqui é o mesmo que se vê em países da Europa conhecidos pelos queijos famosos — se orgulha Cichelero.  

Serviço 
O quê: 31º Festiqueijo
Quando: de 1º a 31 de julho, somente de sexta a domingo
Local: Salão Paroquial da Igreja Matriz de Carlos Barbosa
Horários: ssextas-feiras, das 14h às 23h; sábados, das 11h às 23h e domingos, das 10h às 17h

Ingressos: sextas-feiras e sábados, crianças de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 195. Aos domingos, de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 175. Crianças com menos de 8 anos têm entrada gratuita. Área Vip custa R$ 380 por pessoa em qualquer dia de evento. (Zero Hora)


Receita Estadual alerta para as alterações decorrentes da exclusão da Substituição Tributária a partir desta sexta (1º/7)

Medida implementada pela Receita Estadual atendeu demanda de diversos setores econômicos gaúchos

Conforme anunciado, atendendo a demanda dos setores econômicos e baseado em estudos econômico-tributários, a Receita Estadual está excluindo da Substituição Tributária (ST) as operações envolvendo oito grupos de mercadorias. A medida constou no Decreto Nº 56.541, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 9 de junho, e é válida a partir desta sexta-feira, 1º de julho de 2022.

Em função da alteração, a Receita Estadual destaca a importância de as empresas estarem atentas às alterações decorrentes da mudança. Para tanto, é fundamental que os contribuintes abrangidos adaptem os respectivos cadastros das mercadorias que a partir de 1º de julho de 2022 não serão mais submetidas à sistemática da ST, bem como seus sistemas de autorização de Nota Fiscal e de Escrituração Fiscal.

Sobre os impactos na NF-e/NFC-e e na GIA
As mercadorias abrangidas, a partir de 1º de julho de 2022, passam ser submetidas à sistemática tradicional de tributação (“débito x crédito” para o contribuinte da categoria Geral ou débito pela sistemática do Simples Nacional). Ou seja, na saída, mesmo que do contribuinte varejista a consumidor final, deverá haver o correto cálculo do imposto, pela determinação da base de cálculo de incidência do ICMS, a aplicação da correta alíquota interna, incluindo o Ampara, se for o caso, resultando no destaque do ICMS devido.

Naturalmente, o CST 60 (ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária) não deve mais ser utilizado na saída das mercadorias impactadas pela medida. Em função disso, a tag cBenef da NF-e/NFC-e, também não irá mais refletir a retenção prévia do ICMS. Por fim, o lançamento na GIA não estará mais vinculado a código da coluna “Outras”.

Setores e grupos de produtos abrangidos:

1. Aparelhos celulares e cartões inteligentes (Lv. III, Tít. III, Cap. II, Seção XXVII e Ap.II, S. III, XVIII);

2. Artigos de papelaria (Lv. III, art. 10, XVII, art. 35, "caput", nota 02, "q"; Tít. III, Cap. II, Seção XLII; Ap. II, S. III, XXXIII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 14);

3. Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos (Lv. III, art. 10, XIX, art.35, "caput", nota 02, "s"; Tít. III, Cap. II, Seção XLIV; Ap. II, S. III, XXXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 16);

4. Artefatos de uso doméstico (Lv. III, art. 10, XV, art. 35, "caput", nota 02, "o"; Tít. III, Cap. II, Seção XL; Ap. II, S. III, XXXI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 12);

5. Pneumáticos e câmaras de ar de bicicletas (Lv. III, art. 10, XI, art. 35, "caput", nota 02, "j"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXVI; Ap. II, S. III, XXVII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 8);

6. Ferramentas (Lv. III, art. 10, VIII, art. 35, "caput", nota 02, "g&"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIII; Ap. II, S. III, XXIV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 5);

7. Materiais elétricos (Lv. III, art. 10, IX, art. 35, "caput", nota 02, "h"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIV; Ap. II, S. III, XXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 6); e

8. Máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos (Lv. III, art. 10, XX, art. 35, "caput", nota 02, "t"; Tít. III, Cap. II, Seção XLV; Ap. II, S. III, XXXVI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 17). (SEFAZ)

 

 

BOVINOCULTURA DE LEITE: Informativo Conjuntural da Emater/RS

A recorrência de precipitações e a manutenção do ambiente com excesso de umidade dificultam o manejo dos rebanhos leiteiros e tornam mais árdua a condução da atividade. O aspecto favorável é a tendência de nova recomposição do preço para o leite entregue em junho, com elevação no valor pago ao produtor, podendo aliviar o balanço entre custos e renda inerentes à produção, que, segundo os produtores, é um dos limitadores da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, os produtores de Alegrete relatam impacto na produtividade das matrizes devido à redução na oferta de forragem e das reservas limitadas de silagem. Foi priorizado o acesso às pastagens para as fêmeas em lactação. Na Campanha, ainda são notados efeitos do vazio forrageiro onde houve atraso na implantação das pastagens de aveia e azevém.

Na de Caxias do Sul, a situação do vazio forrageiro se agravou, e onde a alimentação é baseada em pastagens houve redução na produtividade ou tiveram que suplementar com silagem e ração proteica. Isso impactou negativamente no custo de produção.

Na regional de Ijuí, a produção de leite apresentou uma curva de crescimento do volume coletado em relação às semanas anteriores, mas dentro da normalidade para o período do ano, quando a oferta de alimentos, em especial das forrageiras de inverno, é mais abundante, além de ser uma época de concentração de partos, conforme planejado pelos produtores.

Na de Passo Fundo, a manutenção do excesso de umidade nos solos e a menor oferta das pastagens anuais de inverno fizeram com que os animais permanecessem por mais tempo na sala de alimentação, em locais de contenção ou em pastagens perenes e potreiros, exigindo a complementação e o ajuste das dietas para a manutenção dos níveis de produção e, assim, impactando na elevação dos custos de produção.

Na regional de Santa Rosa, a produção de leite diária apresentou uma pequena elevação em comparação com a semana anterior. Foram produzidos 1,726 milhão de litros por dia na região, mantendo a tendência de aumento na produção. (Emater/RS)


Jogo Rápido 

PREVISÃO METEOROLÓGICA: Os próximos sete dias terão pouca chuva na maior parte do RS
Na quinta (30/8) e sexta-feira (01/7), a presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas baixas e possibilidade de geadas, principalmente no Planalto, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. No sábado (02/7) e domingo (03/7), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva na maioria das regiões. Entre a segunda (04) e terça-feira (05), a presença de uma área de baixa pressão vai manter a umidade e a chuva na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, enquanto as demais regiões permanecerão com tempo seco e temperaturas amenas. pancadas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (06), a propagação de uma nova frente fria vai provocar chuva em todo Estado. Os totais de precipitação esperados são baixos e inferiores a 10 mm na maioria dos municípios do Estado. Na Campanha e Zona Sul os valores oscilarão entre 30 e 50 mm e poderão superar 60 mm em alguns municípios. Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. Clique aqui e acesse o Boletim Integrado Agrometeorológico 25/2022. (SEAPDR)

 
 
 
 
 

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