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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.001


Camex é convocada pela Câmara para falar sobre importações de leite no País
 
As importações de leite no País serão tema de audiência pública da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (10). A Câmara de Comércio Exterior (Camex) foi convocada para o encontro, proposto pelo deputado Heitor Schuch (PSB/RS), para explicar o aumento expressivo na entrada de lácteos no Brasil neste ano, oriundos principalmente do Mercosul. Este é o principal fator apontado para a queda nos preços do leite aos produtores que resultam na maior crise já enfrentada pelo setor.
 
De acordo com o Agrostat, plataforma de dados de comércio exterior do Ministério da Agricultura, a importação de leite em pó da Argentina e do Uruguai aumentou mais de quatro vezes entre janeiro e maio deste ano na comparação com os cinco primeiros meses de 2022. Em junho, foram importadas 72,8 mil toneladas do produto contra 16,9 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Em termos de valores, as importações passaram de US$ 62,8 milhões para mais de US$ 282,1 milhões na comparação entre os mesmos períodos (janeiro a maio) de 2022 e 2023.
 
Conforme Schuch, a indústria de laticínios desempenha papel fundamental na economia brasileira, gerando empregos, fomentando o desenvolvimento rural e garantindo o fornecimento de alimento essencial à população. "É urgente, portanto, que sejam debatidos os efeitos dessas importações desenfreadas e suas consequências no mercado interno. E, também, abordar as regulamentações vigentes com objetivo de promover um mercado justo e equilibrado" afirma o deputado.
 
Além da secretária Executiva da Camex, Marcela Carvalho, estarão presentes na audiência representantes dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, O secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini, e o presidente da Frente Agropecuária Gaúcha, deputado Elton Weber (PSB), também participam do encontro.
 
O tema preocupa produtores, indústria, Legislativo e Executivo. Nesta semana, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, sem dar detalhes, que uma medida tributária deverá ser anunciada para aumentar a competitividade da cadeia produtiva do leite no País. O tema foi tratado por representantes do Mapa e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
 
"O governo nunca foi displicente. Nossas equipes trabalharam intensamente durante todo o fim de semana em busca da solução para que possamos dar uma resposta efetiva para este setor tão importante da nossa economia. A minha mensagem é de comprometimento", disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
 
O ministro ponderou que a relação comercial com o Mercosul é muito positiva para o Brasil, mas que todas as ações estão sendo observadas pelo governo, dentro das regras, para que os produtores de leite não sejam mais prejudicados.
 
O assunto é tratado com apreensão no âmbito do Grupo de Trabalho da Proteína Animal da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). O Assessor Executivo da Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (APIL), Osmar Redin, que integra o GT da Federasul, aponta que o setor está em crise desde 2021, e que as baixas do preço do leite chegaram ao limite em setembro de 2023.
 
Segundo ele, por não adotar mecanismos para subsidiar o produto, diferente do que ocorre em outros países, o Brasil sofre reflexos da crise mundial. "Não existem programas governamentais e nem políticas de longo prazo específicas para a atividade leiteira no País", acrescenta.
 
Redin enfatiza que iniciativas precisam ser implementadas com urgência, visando uma reação favorável para o setor leiteiro. "As pequenas indústrias precisam de créditos compatíveis aos seus produtos. As compras governamentais para programas sociais devem ser exclusivamente de produtos nacionais, impulsionando as produções locais. E a Reforma Tributária precisa ser mais clara sobre as leis, decretos, percentuais que possam impactar positivamente ao nosso setor", encerrou.As informações são do Jornal do Comércio


Fenatrigo debate Pecuária Leiteira em fórum
 
Pecuária leiteira - Realizado nesta quarta-feira (04/10), durante a Fenatrigo, em Cruz Alta, o “Fórum da Produção Pecuária: produção de leite no Rio Grande do Sul, cenário, perspectivas e caminhos” reuniu especialistas e produtores rurais para discutir avanços na cadeia produtiva do leite. 
 
O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar, vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) e à Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), com apoio da Universidade de Cruz Alta, Smart Coop e RTC Rede Técnica Cooperativa. @@O que se sabe, a partir das informações transmitidas durante o Fórum, é que os investimentos por parte do Governo e a iniciativa privada do setor produtivo têm oferta garantida de Crédito Rural, rodoviário e energia elétrica no campo. No entanto, quase a metade dos 33.019 produtores de leite do Rio Grande do Sul se queixam do preço pago pela indústria, da falta de mão de obra, do elevado custo de produção e da falta de sucessores na atividade. Um dos palestrantes do Fórum, o assistente técnico estadual de Leite da Emater/RS-Ascar, zootecnista Jaime Ries, apresentou um estudo realizado neste ano no Estado. O estudo aponta mudanças no sistema de produção, com famílias migrando do sistema de pastagem com suplementação para os sistemas de semiconfinamento e confinamento, com preferência para galpões do tipo free stall e Compost Barn. A automação da ordem teve início em 2019, chegando em 2023 com 0,35% dos produtores utilizando robôs, e 0,05%, o sistema de ordem carrossel. A ordem manual praticamente desapareceu das propriedades rurais, estando presente em 0,49% delas.
 
Quanto à tecnologia para produzir leite, os produtores seguem dando preferência à pastagem anual de inverno e de verão, com interesse crescente pelos volumosos de verão, inseminação artificial, pastoreio rotativo, pastagem perene de verão, ração conforme a produção de leite, controle de leiteiro e aplicação de pastagens.
 
Em resumo, a produção de leite no Rio Grande do Sul tem se mantido relativamente estável, na faixa dos 4 bilhões de litros/ano, oscilando sensivelmente para baixo. Até agosto deste ano, a produção gaúcha de leite era de 3,8 bilhões de litros. O número de famílias na atividade, que em 2015 era 84.199, caiu 60,78%, restando atualmente 33.019 famílias. O rebanho de vacas leiteiras encolheu 34,47%, todavia houve aumento da produtividade. Em 2015, uma vaca produziu, em média, 11,76 litros/dia. Atualmente, a produção média de uma vaca é de 16,34 litros/dia, resultado de investimentos em genética, tecnologia e manejo. 
 
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor nacional de leite, com destaque para as regiões Fronteira Oeste e Vale do Taquari e, ainda, Médio Alto Uruguai, Noroeste Colonial e Celeiro.
 
Em Cruz Alta, segundo a extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Larissa dos Reis, 52 famílias produzem anualmente 10.590.475 litros. 

As informações são da EMATER/RS

EMATER/RS - BOVINOCULTURA DE LEITE: Informativo Conjuntural 1783 de 5 de outubro de 2023
 
As persistentes chuvas têm afetado o manejo do rebanho bovino leiteiro, dificultando o pastoreio e a condução dos animais à sala de ordenha e pastagens. Esse cenário favorece o  surgimento de mastites, exigindo atenção especial dos produtores. Além disso, a baixa luminosidade está atrasando o crescimento das pastagens tanto de inverno quanto de verão. O excesso de umidade e a queda da temperatura também têm impactado na preparação adequada do solo para a semeadura de pastagens anuais de verão, como milheto e sudão. Nas áreas baixas, a saturação do solo e a falta de luminosidade afetam ainda mais as forragens. No geral, a sanidade e o estado corporal do gado se mantiveram estáveis e, apesar dos desafios climáticos, a qualidade do leite está adequada.
 
● Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o período foi favorável para os produtores de leite, que aproveitaram os dias sem ocorrência de chuvas para acessar as áreas de pastagens anteriormente isoladas pelo excesso de umidade. No entanto, o acúmulo de barro continua sendo um desafio para a higiene dos animais. 
● Na de Caxias do Sul, a silagem de milho é a principal base forrageira da atividade leiteira, e as condições do tempo adversas, que causam o atraso no plantio tem preocupado os produtores. 
● Na de Erechim, os rebanhos estão em bom estado sanitário. O nível de bem-estar dos animais ficou alto no último período devido às chuvas intermitentes e às temperaturas amenas. 
● Na de Ijuí, as chuvas intensas prejudicaram o manejo dos animais, as pastagens e a higienização durante a ordenha, ocasionando formação excessiva de barro e pisoteio nas pastagens, dificultando as operações. 
● Na de Passo Fundo, os rebanhos mantêm boas condições corporais e produção de leite. Não foram registrados problemas de saúde ou nutrição nos animais. Os produtores continuaram a fornecer alimentos conservados e rações para ajustar as dietas conforme as necessidades nutricionais. 
● Na de Pelotas, as mangueiras pré-ordenha continuam enfrentando problemas de limpeza devido ao barro, e algumas estruturas foram danificadas pelo granizo. O período atual exige esforços na reparação de telhados de galpões e na correção de lonas de silagem. O clima mais estável, com menor volume de chuvas, tem permitido a drenagem das áreas de pastagens e o retorno dos animais, resultando em bom desempenho para o gado no campo. 
● Em Rio Grande, a escassez de alimentação para o gado é preocupante: os estoques de feno estão praticamente esgotados; e há pouca silagem disponível. Além disso, a situação das cheias na região ainda persiste, e as perdas estão estimadas em mais de 30%.
● Na de Porto Alegre, a redução das chuvas melhorou o acesso dos bovinos aos pastos. O estado nutricional do rebanho é satisfatório, e há oferta apropriada de pastagem, refletindo em produção leiteira satisfatória. 
● Na de Santa Maria, a redução nas precipitações foi favorável para as vacas leiteiras, permitindo-lhes acesso a pastagens de melhor qualidade nutricional. O preço médio do litro de leite pago aos produtores continua estável. 
● Na de Santa Rosa, a ocorrência de temperaturas mais altas e poucas geadas beneficiou as pastagens perenes durante o inverno, reduzindo os impactos do vazio forrageiro na primavera. A alimentação dos animais segue suplementada com alimentos conservados, principalmente silagem de milho. Os indicadores de qualidade do leite seguem estáveis, e prevê-se uma melhoria em razão da mudança nas temperaturas. 
● Na de Soledade, o desenvolvimento das lavouras de milho para silagem está atrasado devido à falta de luminosidade e à intensa infestação de cigarrinha. Menos da metade das lavouras planejadas para milho silagem foi implantada, cenário esse distinto em relação ao ano anterior. A semeadura das lavouras está atrasada em função do excesso de chuvas.
 
As informações são da EMATER/RS

Jogo Rápido

Uruguai: queda acentuada no valor das exportações de lácteos
As exportações de lácteos do Uruguai caíram acentuadamente em setembro. Segundo dados publicados na segunda-feira (02/09), pelo Instituto Uruguai XXI, o valor das exportações chegou a US$ 67 milhões, uma queda de 34% em relação ao mesmo mês de 2022. O Brasil se manteve como principal destino, apesar da queda de 56% na comparação anual, passando de US$ 52 milhões em setembro de 2022 para US$ 23 milhões em setembro de 2023. Por produto, as exportações de leite e creme concentrados diminuíram 37%, registrando vendas de US$ 50 milhões em setembro de 2023. As exportações de queijos e requeijões somaram US$ 8 milhões, enquanto as de manteigas somaram US$ 6 milhões. Outros produtos lácteos, como soro de leite e extratos, contribuíram com US$ 3 milhões no total. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre, 05 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.000


Leite A2A2: fazenda de Farroupilha inova com linha de produtos de fácil digestão

Empreendimento espera atingir parte da população que deixou de consumir lácteos por questão de desconfortoPioneira na fabricação de leite tipo A no Rio Grande do Sul, a Fazenda Trevisan, de Farroupilha, inaugura um novo ciclo com a produção de A2A2, obtido de vacas apenas com esse genótipo. Foram oito anos de estudos e seleção genética para alcançar o rebanho 100% A2A2. A grande vantagem é um produto de fácil digestão para pessoas que sentem algum tipo de incômodo ao ingerir leite. — A gente espera conseguir atingir parte da população que deixou de consumir lácteos por questão de ter desconforto. O nosso objetivo maior é agregar aquele consumidor que não consome mais lácteos, e não dividir o mercado de laticínios. É um produto muito bom e que pode trazer mais consumidores — diz Christiano Trevisan, um dos diretores da fazenda e filho dos proprietários, Osmar e Carmen Trevisan. Com o investimento apenas em vacas A2A2, as demais foram vendidas. Houve uma pequena perda de produção, já que os animais A1A1 tem maior rendimento, mas isso não é um problema para a gestão da fazenda que aposta em qualidade ao invés de quantidade.LEIA MAIS
Executivo da Marcopolo é uma das pessoas mais influentes da América LatinaExecutivo da Marcopolo é uma das pessoas mais influentes da América Latina
— O que a gente busca não é ter vacas com a maior produção de leite possível, mas sim com a melhor produção. Por isso que a gente busca leite de vacas A2A2 — frisa Christiano. A novidade foi apresentada durante evento nesta quarta-feira na propriedade, localizada na Vila Jansen. Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados), presente na cerimônia, a Trevisan é a primeira fazenda do Estado a produzir, em escala industrial, produtos A2A2: 

— Sempre fui um entusiasta desse tipo de leite e essa tecnologia é muito importante para o Rio Grande do Sul. 

A Fazenda Trevisan tem, atualmente, 700 vacas, sendo 350 em produção. O volume produzido por dia é de 12,5 mil litros de leite. Além de leite, produz creme de leite e iogurtes, todos A2A2. 

Entendendo melhor
Entre as proteínas presentes no leite, estão as beta-caseínas que possuem as variantes A1 e A2. O leite produzido por vacas de genótipo A2A2 tem apenas beta-caseínas do tipo A2 enquanto o leite de vacas com genótipos A1A2 e A1A1 tem também beta-caseína do tipo A1. 

A beta-caseína A1 favorece a formação de betacasomorfina-7 (BCM-7) durante a digestão, o que pode causar desconforto para algumas pessoas. Na digestão da A2, a BCM-7 é inexistente ou quase nula. Ou seja, o leite A2A é uma alternativa para quem é sensível à betacasomorfina-7. 

— Para algumas pessoas isso dá bastante diferença. Para as pessoas que não têm nenhum desconforto intestinal isso não vai alterar. Gostaria de deixar isso bem claro — destaca Christiano. 

— Mas não tem nada a ver com a lactose. As pessoas que têm intolerância à lactose seguem com o consumo de produtos sem lactose — acrescenta Jean Carlos Trevisan, irmão de Christiano. 

Ampliação em 2024
A partir de janeiro, a fazenda estará em obras. A família projeta ampliação da área para a possibilidade de 650 animais em lactação. O aumento no rebanho será gradativo e deve levar de três a quatro anos para alcançar esse número. O crescimento se dará aos poucos porque pais e filhos fazem questão de ter o controle da produção do começo ao fim.  

— A gente procura não adquirir animais. A gente tem como objetivo fazer toda a parte de criação interna, criar os bezerrinhos aqui até virarem vacas — explica Jean. 

Rebanho holandês
A Trevisan exerce produção leiteira há mais de 10 anos e desde 2018 produz e envasa leite tipo A. Os estudos para a produção A2A2 começaram há cerca de oito anos para agregar valor à matéria-prima e não ficar dependente das oscilações das indústrias. O rebanho é formado 100% por vacas da raça holandesa. 

Conforme o médico veterinário e gestor na fazenda, Átila Cado Soares, as vacas em produção têm média de 43,5 litros. 

— O mercado demanda por um produto diferenciado, de alta qualidade, seguro, que promova o bem-estar animal e que seja ambientalmente sustentável para oferecer para seus clientes e consumidores, e produzido aqui dentro do RS. Todos os nossos produtos são produzidos com leite tipo A e têm o plus de ser também feitos exclusivamente com leite A2A2 — destaca. (Zero Hora)


Argentina – Já é oficial: as exportações de lácteos, sem retenções até o final do ano

Retenções/AR – O Poder Executivo nacional colocou em vigor a partir desta quarta-feira a eliminação das retenções por 90 dias para as exportações de lácteos, medida anunciada há algumas semanas pelo ministro da Economia, Sergio Massa, mas que não havia sido formalizada.

O decreto 506/2023 foi publicado no Diário Oficial e estabelece a suspensão até 31 de dezembro das alíquotas denominadas direitos de exportação para 50 produtos que a indústria de laticínios vende para o exterior e que, até essa data, será aplicada uma alíquota 0%.

O objetivo da decisão é aumentar a capacidade das indústrias de laticínios de melhorarem o pagamento do leite aos produtores que tiveram forte aumento de custos, em agosto, decorrentes da desvalorização cambial, representando, em média, mais de 20 pesos por litro de leite produzido.

Sem retenção aos lácteos

Quando a medida foi anunciada, em 20 de setembro, depois de receber uma dura carta de entidades que representam os produtores e a indústria, Massa estimou que esta medida significaria um custo fiscal para o Governo de 10 bilhões de pesos.

E anunciou outras questões que ainda não foram formalizadas: disse que esta política teria como contrapartida o aumento, pelas indústrias de laticínios, dos produtos lácteos nas gôndolas do varejo, mas o decreto publicado hoje não faz referência a isso.

Também foi destacado que os subsídios concedidos através do Programa Impulso Tambero, aos estabelecimentos que ordenham menos de 7 mil litros por dia, iam aumentar em 20%, mas ainda não existem ações concretas sobre isso.

Os fundamentos da medida

Nas considerações do decreto, o governo explica que “a queda dos preços internacionais dos produtos produtos lácteos registrada no segundo semestre deste ano, gera menor capacidade de pagamento do leite ao produtor pelas indústrias de laticínios”.

O problema, acrescenta a Casa Rosada, é que neste contexto de baixos preços internacionais e a debilidade da demanda do principal consumidor mundial, se alia uma produção nacional que está em pleno crescimento sazonal de primavera, o que significa que aumentará a oferta de leite, e por consequência, o preço não terá incentivos para subir.

Por isso, “para melhorar o nível da renda dos produtores e da indústria, promover o desenvolvimento e incentivo à produção e ao valor agregado nacional, impulsionar as vendas nos mercados externos, melhorar a competitividade da cadeia e fortalecer a permanência da população rural em cada região do nosso país, torna-se necessário suspender, temporariamente, até 31 de dezembro de 2023, inclusive, os direitos de exportação correspondentes a certos produtos lácteos e seus derivados”, afirma o governo.

Os produtos beneficiados

No anexo do decreto são listados 50 produtos mencionados em sua Nomenclatura Comum do Mercosul.

Por grandes categorias estão: leite em pó, tanto integral como desnatado e nata; iogurte; lactosoro; manteiga; queijos; lactose; doce de leite; sorvetes; bebidas a base de leite; caseínas (caseinato de cálcio para uso da indústria de alimentos, embalado para venda direta ao público, elaborado com leite bovino, caseinato de potássio elaborado com leite bovino e lactoalbumina”. (Fonte:  infocampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Bancada agro cobra ações ‘mais rápidas’ do governo para socorrer produtores de leite

FPA cobrou intervenção no Mercosul, com a criação de barreira para limitar entrada de produtos

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), disse que o setor leiteiro nacional, que enfrenta uma crise por conta da alta nas importações de lácteos, precisa de uma ação "mais rápida" do governo. O congressista criticou as medidas anunciadas até agora e cobrou uma intervenção no Mercosul, com a criação de alguma barreira para limitar a entrada de produtos de Argentina, Uruguai e Paraguai.

"A única solução é uma barreira no Mercosul. Usar o parágrafo 1º do acordo, que já foi usado pela Argentina no caso do açúcar. Eles não tinham condição de produzir açúcar de cana, produzem de beterraba, e foi usada a taxa compensatória. Tínhamos todas as condições de fazer isso para o leite também porque a concorrência é desleal", disse Lupion em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (4/10).

Lupion disse que as medidas anunciadas e planejadas pelo governo não têm efeito imediato e geram preocupação. Ele disse que a compra de R$ 100 milhões de leite em pó pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por exemplo, não é capaz de rastrear o produto.

"Não há comprovação nenhuma, pois não consegue rastrear o leite, se ele não é importado também, já há esse risco", disse. O parlamentar também afirmou que o governo não tem condições de dar subsídio aos produtores de leite como a Argentina faz.

"Eles [argentinos] têm a produção de leite que se resume a alguns milhares de pessoas, uma produção em alta escala, com baixíssimo custo. Aqui temos 1,2 milhão produtores, grande parte da agricultura familiar, que não conseguem dissipar os custos de produção", completou.

Lupion reconheceu o aumento na fiscalização das importações de leite. Segundo ele, o prazo para desembaraço de cargas nas fronteiras passou de um dia para uma semana, o que já gerou reclamação dos exportadores uruguaios.

"Precisamos proteger nossos produtores. Tem muita gente abandonando a atividade porque não cobre minimamente os custos. Então, precisa de uma ação mais rápida do governo", concluiu.

Protesto
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultoras e Agricultores Familiares (Contag) convocaram um protesto para o dia 11 de outubro. A mobilização é chamada de Dia Nacional em Defesa dos Produtores e da Cadeia Produtiva do Leite.

Serão organizadas mobilizações em diversos Estados. No Rio Grande do Sul, o protesto será feito em Jaguarão. Em paralelo, uma comissão de lideranças das entidades estará em Brasília para pressionar o governo federal e o Congresso Nacional em busca de novas medidas em prol do setor, disse a Fetag-RS, em nota.

A entidade reclama de "incontáveis reuniões" e da falta de medidas efetivas de socorro a esta cadeia. "As importações desenfreadas de leite dos países do Mercosul estão levando a cadeia leiteira nacional ao colapso e os governos dos Estados e a União, além dos parlamentares, precisam se conscientizar de que cabe a eles tomar as medidas que salvem a produção interna urgentemente. Chega de reunião. Queremos solução", completa a nota da federação. (Globo Rural)


Jogo Rápido

Uruguai: queda acentuada no valor das exportações de lácteos
As exportações de lácteos do Uruguai caíram acentuadamente em setembro. Segundo dados publicados na segunda-feira (02/09), pelo Instituto Uruguai XXI, o valor das exportações chegou a US$ 67 milhões, uma queda de 34% em relação ao mesmo mês de 2022. O Brasil se manteve como principal destino, apesar da queda de 56% na comparação anual, passando de US$ 52 milhões em setembro de 2022 para US$ 23 milhões em setembro de 2023. Por produto, as exportações de leite e creme concentrados diminuíram 37%, registrando vendas de US$ 50 milhões em setembro de 2023. As exportações de queijos e requeijões somaram US$ 8 milhões, enquanto as de manteigas somaram US$ 6 milhões. Outros produtos lácteos, como soro de leite e extratos, contribuíram com US$ 3 milhões no total. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre, 04 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.999


Importações de produtos lácteos derrubam preços da matéria-prima
 
Pecuarista recebeu R$ 2,25 pelo litro do produto captado pelos laticínios em agosto, queda de quase 7% em relação a julho
 
Enquanto os produtores de leite aguardam ações do governo federal para frear as importações de lácteos, a grande oferta desses itens no mercado derrubou o preço da matéria-prima pelo quarto mês consecutivo.
 
O pecuarista recebeu R$ 2,25, em média, pelo litro do produto captado pelos laticínios em agosto, queda de quase 7% em relação a julho, indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Em um ano, a cotação média do país caiu quase 30%.
 
“Esse movimento de desvalorização é atípico, porque começou durante a entressafra, mas se explica devido ao aumento da disponibilidade interna”, afirma Natalia Grigol, pesquisadora do Cepea.
 
A redução das chuvas durante o inverno diminui a oferta de pastagens e, consequentemente, a produção de leite no país, o que faz os preços ao produtor subirem. Este ano, no entanto, a indústria elevou as importações de lácteos para cobrir o buraco deixado pela oferta nacional, déficit ainda maior devido a uma queda na captação de leite em 2022.
 
De janeiro a agosto, o Brasil importou US$ 617,5 milhões em lácteos, o equivalente a 159,4 mil toneladas desses produtos, mostra a plataforma ComexStat. No mesmo período do ano passado, as aquisições somavam US$ 253,4 milhões e 64,4 mil toneladas.
  
Agora, o setor deve começar a ver aumentos mais significativos na oferta nacional, com a volta do período chuvoso. A captação de leite no país subiu 3,2% de julho para agosto, motivada sobretudo pela queda dos custos de produção em meses anteriores, segundo acompanhamento do Cepea.
 
No entanto, a pesquisadora já vê uma reação dos preços dos insumos, que subiram, em média, 0,25% de julho para agosto. Além disso, o preço do leite tem recuado mais que o do milho (um dos principais itens da alimentação dos animais) desde julho, reduzindo o poder de compra do pecuarista.
 
Na outra ponta, o consumidor final tem resistido a aumentos nos preços dos lácteos. De acordo com Grigol, os derivados importados chegam ao país com um preço mais competitivo, forçando a cadeia a reduzir seus valores para conseguir competir.
 
A pesquisadora do Cepea diz que esse cenário deve continuar no curto prazo, já que a indústria relatou que, em setembro, a negociação com os canais de distribuição continuou bastante complicada. “Neste momento, não existe nenhum fator que nos mostre uma possibilidade de reversão desta tendência de queda”, afirma Natalia Grigol. (Globo Rural)

Colômbia: Produtores de leite terão apoio econômico para a produção e comercialização de seus produtos

O Governo destinou 5.000 milhões de pesos que beneficiarão o setor lácteo do sudoeste do país afetado pelos protestos e pela onda de inverno registrada no início do ano

No seu esforço para apoiar o setor lácteo do sudoeste do país afetado pela onda de inverno do início do ano, o governo nacional destinou mais de 5.000 milhões de pesos aos departamentos de Cauca, Nariño e Putumayo para impulsionar este importante setor, atingido pelos protestos do início do ano do setor de transportes e, além disso, pela saída do departamento de Popayán de diversas empresas do setor de laticínios, como a Alpina.

No caso de Cauca afetado pela onda de inverno, foi favorecida a proposta apresentada pelo centro regional de produtividade e inovação de Cauca (Crepic), que vem avançando na execução do projeto “empresas lácteas inovadoras com enfoque étnico e feminino” (Lactem), que financia a unidade nacional de gestão de risco de desastres (Ungrd), com o apoio do ministério da ciência, tecnologia e inovação.

Mauricio Sandoval é pesquisador do projeto Lactem e Crepic que afirmou que: “O objetivo desta iniciativa é fortalecer a cadeia láctea do Cauca com processos de inovação e agregação de alto valor para melhorar a rentabilidade e a sustentabilidade de duas associações de pequenos produtores sob uma abordagem étnica e de gênero relevante que ajuda a melhorar as condições de milhares de agricultores na região.”

Os beneficiários do projeto são a associação de produtores de leite de Pitayó – Aprolac do município de Silva e a rede de empresários de Popayán, através das microempresas.

“Entre os escopos esperados do Lactem estão a redução do desperdício de leite cru, o fortalecimento da cadeia produtiva e a diversificação de produtos. “Neste momento já estamos trabalhando em diversos protótipos inovadores que serão apresentados durante o congresso gastronômico da cidade de Popayán”, disse Sandoval.

Por outro lado, o projeto aprovado pelo governo nacional irá trabalhar na adaptação de uma unidade de produção em Popayán para as organizações leiteiras beneficiárias da rede de empresários onde poderão industrializar os seus processos, uniformizar a produção e ter acesso à saúde. registros e certificação Invima que garantem a comercialização desses produtos e seus derivados no país para que o resultado denote alta demanda do consumidor.

Este importante projeto tem uma importante componente de formação através da qual foi desenhado um percurso de aprendizagem sobre questões empresariais, agroindustriais, ambientais e de comunicação que orientará os negócios que o Lactem impacta a nível nacional e regional, respondendo às necessidades dos agricultores.

Da mesma forma, Crepic afirmou que: “Realizamos um estudo de inteligência competitiva que nos permitiu ter uma referência de oferta e demanda para estruturação do modelo de negócio”.

Estudo realizado pela Universidade dos Andes, na Colômbia, o setor lácteo é de extrema importância para a economia nacional, pois representa atualmente 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 24,3% do PIB agrícola, além de gerar mais de 700 mil empregos diretos.

Da mesma forma, a produção leiteira está presente em 22 departamentos do país, sendo Antioquia, Boyacá e Cundinamarca os departamentos mais notáveis, onde estão registradas mais de 395.215 unidades produtoras de leite com cerca de 400.000 fazendas ou fazendas nas quais apenas 20% possuem mais de 15 animais produtores. leite.

Por fim, o consumo de laticínios na Colômbia também é um número relevante, pois segundo as informações detalham que para o ano de 2016, foi registrado alto consumo pelos colombianos com 1.050 milhões de litros de leite e 85.000 toneladas de queijo e leite em pó.

Fonte: Infobae, tradução livre portalechero

 

Dólar opera em leve queda, mas recuperação do real é frágil

O dólar comercial opera em queda frente ao real na sessão desta quarta-feira, em dia de alívio na pressão dos Treasuries sobre ativos e risco. Apesar de os rendimentos dos títulos do Tesouro americano estarem em queda hoje, a moeda brasileira tem recuperação bamba, tendo já recuado frente ao dólar, mas voltado a avançar. O que pode estar limitando essa retomada são os preços do petróleo, que hoje caem com consistência e pesam sobre moedas ligadas a tal commodity. Não à toa, os piores desempenhos do dia vêm do peso colombiano, coroa norueguesa e dólar canadense.

Perto das 13h15, o dólar comercial era negociado em queda de 0,38%, a R$ 5,1332, depois de ter atingido a mínima de R$ 5,1246 e tocado a máxima de R$ 5,1787. No mesmo horário, o contrato futuro para novembro da moeda americana exibia depreciação
de 0,66%, a R$ 5,1520. O índice DXY, por sua vez, recuava 0,31%, aos 106,667 pontos.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano operam em queda. Já pela manhã a pressão dos Treasuries era dissipada, mas após a divulgação de dados mais fracos da geração de empregos no setor privado nos EUA em setembro, o movimento se consolidou. Apesar desses números melhores, a economista Ariane Benedito, da Esh Capital, diz que o movimento deve ficar mais certo e determinado após a divulgação do relatório do mercado de trabalho americano ("payroll") na sexta-feira. “Os dados da ADP [de emprego no setor privado] têm ficado bem descolados dos números do payroll. Ao meu ver, os números de sexta-feira devem vir mais em linha com o que vimos no Jolts”, afirma. Os números de vagas não preenchidas (Jolts) mostraram um mercado de trabalho ainda bastante aquecido na sessão de ontem.

A economista da Esh não tem como cenário base mais uma alta de juros pelo Fed, mas diz que vê como provável e que pode mudar sua leitura, dependendo da força do payroll. “Se o Fed optar por uma alta, acho que poderemos ver o dólar chegar a R$ 5,20, mas depois voltar até o fim do ano para R$ 4,80, caso tudo fique mais estável, e sem essa pressão da curva de juros”, afirma.

“Agora tem o elemento China e a questão local que podem pesar também”, pondera. Em relação a hoje, apesar da melhora do humor em relação à curva de juros americana, há incertezas no horizonte. Os preços dos contratos do petróleo caem com força, pesando principalmente sobre as moedas ligadas à commodity. No horário acima, o dólar avançava 1,20% contra o peso colombiano, 0,40% ante a coroa norueguesa e 0,28% ante o dólar canadense. Para o operador de câmbio de uma instituição financeira, a queda do preço do petróleo tem algum peso nas negociações e pode estar limitando a busca por recuperação do real hoje.

Uma causa potencial da queda dos preços dos barris nesta manhã seria uma possível recomendação do comitê da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para que o cartel mantenha sua atual política de produção, sem cortes adicionais que pressionariam para cima os preços. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

Programa formação qualidade do leite: Curso é voltado para profissionais
No Dia Dia Rural desta segunda-feira (02), Otávio Ceschi Júnior entrevistou no Conversa Franca o secretário executivo da Sindilat RS, Darlan Palharini. Confira clicando aqui. (Terra Viva)


 

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Porto Alegre, 03 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.998


RS registra tem R$ 6,3 bilhões de superávit no ano

Apesar da queda de arrecadação do ICMS, principal tributo estadual, o Rio Grande do Sul tem tido um 2023 azul, valendo-se dos recursos da privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). De janeiro a agosto deste ano, o Estado teve resultado orçamentário positivo de R$ 6,3 bilhões.O resultado financeiro do segundo quadrimestre do ano, apresentado na sede da Secretaria da Fazenda do Estado, aponta saldo positivo de R$ 6,6 bilhões, sem contar operações intraorçamentárias (dupla contagem contábil).

Vale destacar a entrada de recursos extraordinários da privatização da Corsan, vendida à Aegea por R$ 4,1 bilhões, em leilão realizado em dezembro de 2022 e contrato assinado em julho deste ano.

“É um dos resultados de mais potência dos últimos anos. Com esse dado fica parecendo que a gente está rico. Adoraria, mas não. Esse dado tem forte influência de uma alienação patrimonial. Só a Corsan foi R$ 4 bilhões que ingressou no caixa do Estado em julho. Esse valor está no resultado orçamentário”, afirmou a secretária da Fazenda, Pricilla Santana.

Resumo do Resultado Econômico do RS - 2º quadrimestre de 2023
I) -
 Resultado orçamentário: ………………………………………………………6,3 bilhões
II) - Resultado financeiro: ………………………………………………...……….6,6 bilhões
III) - Resultado extraordinário: ………………………………...……………….4,1 bilhões 
        (venda da Corsan - leilão em dez/22 e assinatura do contrato em jul/23)
IV) - Resultado primário: …………………...……………………………………..2,8 bilhões
V) -  Receita corrente líquida:
     2º quadrimestre 2023: …………….......………………………………………53,8 bilhões
     2º quadrimestre 2022: ……...…………………………………………………50,6 bilhões
     2º quadrimestre 2021: ………...………………………………………………53,8 bilhões
     2º quadrimestre 2020: ………...………………………………………………42,0 bilhões
     2º quadrimestre 2019: ……………...…………………………………………39,7 bilhões
VI) - Arrecadação ICMS:
     Até 2º quadrimestre 2023:…….........………………………………………. 28,7 bilhões
     Até 2º quadrimestre 2022:……………….…………………………….……. 29,6 bilhões

     Caiu 3,0% comparando 2023 sobre 2022
     Perda bruta: …………………………………………….....…………….......…….863 milhões
     Compensação Governo Federal (acordo com Estados):.……….334 milhões
VII) - Gastos
       1)  Precatórios:
       2º quadrimestre 2023: …………...……............………………….....…….1,1 bilhão
       2º quadrimestre 2022: ………........……...………………………………….602 milhões
             Aumento de gastos: ……………………………………………...……….502 milhões
     2) Pessoal: Cresceu 8% no acumulado do 2º quadrimestre 2023, consequência do  reajuste geral de 6% ao funcionalismo, reajuste do piso nacional do magistério e  alteração de cargos em comissão.     2.1) Percentual da despesa com pessoal em relação à receita corrente líquida (RCL) ultrapassou o limite providencial de 46,55% da lei de responsabilidade fiscal, atingindo 46,99% e aproximando-se do limite legal de 49%.

VIII) - Investimentos: No 2º quadrimestre de 2023 foram investidos o total de 588 milhões.
      Em pavimentação…………………………………..…………………………….127 milhões
      Em construção de rodovias…………………………………....…………….55 milhões
      Em aquisição de equipamentos agrícolas…………………………….42 milhões
           
As informações são do Jornal do Comércio, adaptadas pelo SINDILAT/RS


Gdt - Global Dairy Trade

Fonte GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

Governo editará medida tributária para socorrer a cadeia produtiva do leite

Equipes do Mapa, MDA e MDIC se reúnem com o ministro da Fazenda na tarde desta segunda-feira (02)

Desde os decretos editados em 2022 que permitiram o aumento da importação de leite e seus derivados, a cadeia produtiva do leite alcançou, neste ano, uma situação emergencial que vem sendo enfrentada pelo Governo Federal com diversas medidas adotadas de junho para cá.

As primeiras delas foram a revogação das medidas, num trabalho da Câmara de Comércio Exterior (Camex), e a intensificação da fiscalização de possíveis práticas ilegais, ou seja, uma espécie de triangulação, trazendo ao Brasil, produtos de fora do Mercosul.

Além da compra de leite em pó por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cujo prazo da chamada pública se encerra no próximo dia 10 para aquisição de até R$ 100 milhões do produto que será distribuído às redes de assistência social, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apresentou a proposta de subvenção econômica aos produtores de leite.

Também, na tarde desta segunda-feira (2), as equipes técnicas do Mapa e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) se reúnem com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar de uma medida tributária para aumentar a competitividade da cadeia produtiva do leite brasileira.

“O governo nunca foi displicente. Nossas equipes trabalharam intensamente durante todo o fim de semana em busca da solução para que possamos dar uma resposta efetiva para este setor tão importante da nossa economia. A minha mensagem é de comprometimento”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa, a partir de agosto do ano passado que as importações saltaram de cerca de 5 toneladas para 14 toneladas, mas desde junho, o Brasil já vem registrando quedas expressivas nas importações, em torno de 25%, fruto das medidas adotadas com urgência e responsabilidade pelo governo federal.

Fávaro ponderou que a relação comercial com o Mercosul é muito positiva para o Brasil, mas que todas as ações estão sendo observadas pelo governo, dentro das regras, para que os produtores de leite não sejam mais prejudicados.(MAPA)


Jogo Rápido

Inscrições para a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo vão até 01/11 
Trabalhos com a temática do leite podem ser inscritos na 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo até o dia 01/11. As publicações devem abordar os aspectos relacionados ao setor lácteo do Rio Grande do Sul, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios, e podem ser inscritas em três categorias: impresso, eletrônico e online. Realizada anualmente pelo o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), a distinção irá eleger os melhores trabalhos que tenham sido realizados entre 02/11/22 e 01/11/23. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis nos links abaixo. Não há limite de número de publicações a serem inscritas pelos candidatos. A divulgação dos finalistas acontecerá até 25/11/2023 e os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular Iphone. Os segundos e terceiros classificados receberão um troféu de colocação.  Regulamento aqui. Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT/RS)


 

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Porto Alegre, 02 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.997


Fazenda abre consulta pública sobre plano de ação de taxonomia sustentável até 20 de outubro

O Ministério da Fazenda abriu no período da tarde desta quinta-feira (21), uma consulta pública sobre o Plano de Ação da Taxonomia Sustentável Brasileira. O prazo para manifestações durará um mês, até 20 de outubro. Mais cedo, houve uma cerimônia fechada no ministério com a participação de cerca de 40 autoridades para marcar o início do processo no Brasil.

Em novembro, quando está prevista a COP 28 nos Emirados Árabes Unidos, a intenção do governo é lançar seu plano de ação para a taxonomia nacional. Ao longo do ano que vem, o projeto será aprimorado com a previsão de uma nova abertura de consulta pública, em novembro de 2024, para discutir detalhes para os produtos específicos. Para o último bimestre do ano que vem, o cronograma divulgado pela Fazenda prevê a publicação da primeira etapa da taxonomia. A partir de agora até novembro de 2024, o Ministério da Fazenda pretende esclarecer pontos sobre o assunto às partes interessadas.

Após a realização da COP 30, que será no Brasil, empresas e bancos que queiram ter uma espécie de "selo de qualidade", que garanta que seus investimentos são sustentáveis, começarão a ser obrigados a seguir a taxonomia soberana. A vinculação deve ser escalonada a partir de janeiro de 2026, como ocorreu na União Europeia (UE), por porte da companhia. Os detalhes, porém, serão definidos justamente na consulta pública do ano que vem.

No bloco europeu, a vinculação foi estabelecida em fases, começando com empresas que contavam com mais de 500 funcionários. Agora, companhias que contam com mais de 250 colaboradores também passaram a ser obrigadas a seguir a taxonomia da UE.

As empresas que reportam esse demonstrativo de sustentabilidade em seus balanços precisam mostrar pelo menos três indicadores: receita, gastos operacionais e gastos de capital.

"As empresas precisam fazer esse recorte e os bancos precisam dizer quanto de suas carteiras está vinculado a esse alinhamento", explicou o coordenador-geral de Análise de Impacto Social e Ambiental do Ministério da Fazenda, Matias Rebelo Cardomingo.

Essa taxonomia faz parte do Plano de Transição Ecológica do governo, que foi adiantado em abril pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e lançado no meio do ano junto com o Novo PAC.

De acordo com o documento do Plano de Ação da Taxonomia, são três os objetivos do governo com a iniciativa: mobilizar e reorientar o financiamento e os investimentos públicos e privados para atividades econômicas com impactos ambientais, climáticos e sociais positivos, visando ao desenvolvimento sustentável, inclusivo e regenerativo; promover o adensamento tecnológico voltado à sustentabilidade ambiental, climática, social e econômica, com elevação de produtividade e competitividade da economia brasileira em bases sustentáveis; e criar as bases para produção de informações confiáveis dos fluxos das finanças sustentáveis ao estimular a transparência, a integridade e visão de longo prazo para a atividade econômica e financeira. (Jornal do Comércio)


Produtores de leite farão mobilizações em diferentes Estados brasileiros

Manifestações pedirão mais medidas de apoio à crise do setor; entre elas, novas barreiras que reduzam a importação de lácteos do Mercosul

Uma mobilização, desta vez de alcance nacional, é organizada para o próximo dia 11, com o objetivo de chamar a atenção para a grave crise enfrentada na pecuária de leite. Articulada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), já tem a adesão, além do Rio Grande do Sul, de Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Rondônia e Roraima, Espírito Santo e São Paulo.

Nos Estados que têm fronteira com países vizinhos, as manifestações estão previstas para essas áreas. A escolha tem relação com o fato de o aumento expressivo das importações de lácteos ser apontado como uma das principais causas da situação atual, com preços pago ao produtor em queda mesmo durante a entressafra. Dado divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada(Cepea), da Esalq/USP aponta que o preço médio do leite cru em agosto ficou em R$ 2,25 o litro na média brasil líquida (que considera sete Estados), queda  de 6,8% sobre julho e quarto recuo consecutivo. Em valores reais, a cifra é 29,4% menor do que a de igual período do ano passado.

Apesar da sensibilidade do governo para o problema, a avaliação é de que as ações adotadas até o momento são insuficientes. Uma das iniciativas já em curso é a aquisição de leite em pó pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com um aporte de R$ 100 milhões — e que está com a chamada pública aberta.

As propostas apresentadas na vinda de comitiva do governo federal, na última quinta-feira, são consideradas positivas, mas carecem de detalhes, diz Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS):

— Trouxeram o aceno de haver desconto de imposto para as indústrias que comprarem produto daqui e não de fora, mas a pergunta é: o que vem nesse processo, quanto representará, como chega no produtor? E em relação à subvenção: qual o valor, de onde sai o recurso? 

O dirigente diz que algo precisa ser feito, porque se continuar da forma como está, “os produtores de leite vão quebrar”. Na última quarta-feira, agricultores realizaram um ato em Frederico Westphalen. Antes disso, em agosto, a Fetag-RS havia organizado um ato em Porto Xavier, próximo à Argentina. (Zero Hora)

Força-tarefa pela pesquisa agropecuária

Aliança da Embrapa com entidades dos EUA aposta na cooperação

A Embrapa, o Departamentode Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a Universidade da Flórida (UF) se reuniram para discutir estratégias de pesquisa em colaboração com foco na sustentabilidade da agropecuária nos dois países. O encontro ocorreu em setembro na sede da Embrapa Pecuária Sul, em Bagé. O objetivo da iniciativa foi promover a cooperação entre as instituições, com foco em temas de interesse de ambos os países, como a adaptação às mudanças climáticas e a redução das emissões de gases de efeito estufa na pecuária.

O conselheiro para Agricultura dos EUA, Michael Conlon, destacou os laços históricos entre a Embrapa e o USDA e a relevância do projeto Fertilize for Life (F4L). O projeto investe na procura de estratégias para reduzir a dependência dos dois países de fertilizantes na agricultura, discutindo a possibilidade do desenvolvimento de produtos menos prejudiciais ao meio ambiente e a promoção de processos mais eficientes na utilização de nutrientes do solo. Estudos sobre estes assuntos estão sendo realizados por meio de colaborações entre
a Embrapa, a Universidade da Flórida, o Serviço de Pesquisa do USDA e o Centro Internacional de Desenvolvimento de Fertilizantes (IFDC).

Ainda de acordo com Conlon, a cooperação entre a Embrapa Pecuária Sul e a Universidade da Flórida se enquadra no eixo de utilização mais eficiente das fontes de nutrientes existentes, do projeto F4L. Além deste, o projeto ainda está dividido em outros três eixos: gestão de precisão, grandes volumes de dados e inteligência artificial; produtos biológicos, biologia do solo e saúde do solo e novos produtos, incluindo fertilizantes e bioestimulantes.
Para o coordenador do Labex (Laboratório da Embrapa no Exterior) nos EUA e pesquisador da Embrapa, Alexandre Varella, a pecuária tradicional do Rio Grande do Sul, baseada em pastagens, foi ponto importante para as boas relações com as instituições estrangeiras, porque se assemelha com a pecuária realizada no estado da Flórida. Já o chefe de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Embrapa Pecuária Sul, Marcos Borba, destaca que os estados gaúcho e norteamericano estão no paralelo 31, um a Norte e outro a Sul, o que faz com que tenham diversas semelhanças climáticas.

Desse encontro, saiu um plano de trabalho para colaboração em pesquisas que deve incluir projetos conjuntos, intercâmbio de pesquisadores e estudantes, bem como eventos internacionais conjuntos entre a Embrapa e a Universidade da Flórida.

Também participaram do encontro, em setembro, a representante do USDA no Brasil, Carolina Castro, e o especialista em Agricultura do USDA na Embaixada Americana em Brasília, José Dubeux, professor especializado em Forragens e Ciências de Pastagens da UF. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Desonerações somam R$ 93,864 bilhões no ano até agosto
Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, promete atacar o gasto tributário para fortalecer a base fiscal do País, as desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia total de R$ 93,864 bilhões de janeiro a agosto deste ano, valor bem maior do que em igual período de 2022, quando ficaram em R$ 71,626 bilhões. Com a reversão parcial da desoneração dos combustíveis, as renúncias totalizaram R$ 10,498 bilhões no mês passado, volume inferior ao registrado em agosto de 2022 (R$ 11,986 bilhões). A desoneração da folha de pagamento resultou em uma renúncia de R$ 597 milhões em agosto e de R$ 5,464 bilhões no acumulado do ano. A Câmara aprovou o projeto que prorroga até 31 de dezembro de 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Os deputados incluíram ainda descontos progressivos para as prefeituras na tributação sobre a folha, a um custo adicional estimado em R$ 7 bilhões por ano. Devido a esse acréscimo no texto, o projeto volta agora para o Senado. (Jornal do Comércio)


 

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Porto Alegre, 29 de setembro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.996


Turma lotada no 1º Curso de Formação em Qualidade do Leite promovido por Sindilat/RS e  Univates

Com as 40 vagas preenchidas, encerraram-se nesta sexta-feira (29/09), as aulas da 1ª turma do Programa de Formação em Qualidade do Leite. Voltado para a qualificação de laboratoristas, o curso foi oferecido em parceria entre o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e a Univates. Com foco em profissionais das indústrias e agroindústrias, contou com 12 horas/aula, presenciais e on-line, nos turnos das manhãs e tarde, certificando todos os docentes ao final do período. 

Devido à grande procura, a segunda turma já tem data para as aulas: 27, 28 e 29 de novembro. Para encaminhar a inscrição, os candidatos devem manifestar interesse ao Sindilat/RS, que está organizando a lista de participantes, através do e-mail sindilat@sindilat.com.br. Os profissionais das empresas associadas ao sindicato seguirão tendo descontos nas inscrições. “Vamos seguir na mesma linha, capacitando os laboratoristas para as etapas de análise do leite a partir da recepção até os laboratórios”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, ao reforçar o compromisso da entidade com ações de formação voltadas para o fortalecimento e desenvolvimento do setor lácteo gaúcho. 

Ao abrir o circuito de aulas da 1ª turma, o doutor em Engenharia e Ciência de Alimentos, Daniel Lehn, abordou as definições, legislações básicas para o beneficiamento de leite, composição físico-química, micro e macronutrientes, células somáticas, contagem bacteriana e fatores de risco para Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Ele reforçou, ainda, a importância do curso de capacitação no fortalecimento da cadeia produtiva. “Trocar experiências com as pessoas que estão no dia a dia do controle de qualidade desta matéria-prima  é fundamental para reforçar os elos para a consolidação de uma cadeia produtiva robusta tanto quanto ao que produz e quanto na garantia de confiança aos consumidores”, assina Lehn.

Ainda na manhã da quarta-feira (27/09), o especialista em Engenharia de Produção e gerente técnico do Laboratório de Qualidade do Leite da Univates, Anderso Stieven, trabalhou questões referentes à coleta, ao transporte e ao descarregamento. Já na parte da tarde, tratou sobre as legislações vigentes e suas aplicações da propriedade à indústria; Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite (RBQL), além das Instruções Normativas (INs) 76/2018, com enfoque CCS e CBT, e In 77/2018 focada em Boas Práticas Agropecuárias na Propriedade Leiteira (BPA-Leite). “A turma que fez esta formação tinha experiência, então pudemos fazer uma boa atualização, o que foi muito positivo, pois através da participação pudemos rever conceitos, agregando muito no conhecimento”, destaca.

Finalizando o primeiro dia de aula, a médica veterinária, mestre em Produtos de Origem Animal e consultora técnica em Qualidade do Sindilat/RS, Letícia Vieira, trabalhou diversos aspectos da Lei 14.835, conhecida como a Lei do Leite e suas regulamentações subsequentes. “A Lei do Leite é uma normativa do Rio Grande do Sul e que, de forma pioneira, promoveu a normatização do transporte do leite, fazendo com que os caminhões sejam identificados, com que o freteiro tenha um documento de controle próprio, entre outras obrigatoriedades, inclusive com previsão de responsabilização tanto para a indústria quanto para os freteiros”, assinala. A aula teve sequência na manhã de quinta-feira (28/09), incluindo informações sobre a formação e interpretação da média geométrica.  

A parte prática e presencial, ocorreu nesta sexta-feira (29/09) no laboratório da Univates, onde a turma foi conduzida nos estudos por Julia Spellmeier, mestre em química analítica e responsável técnica da unidade na área de físico-química, onde todos os alunos executaram no mínimo uma vez cada técnica de forma individual. “O curso tem uma proposta bem abrangente com temáticas voltadas à legislação, a pontos críticos de processo e também de controle de qualidade. É uma oportunidade de aperfeiçoamento e  atualização”, indica a professora.

Para Júlio Comin, profissional que atua na empresa Domilac, da cidade de São Domingos do Sul (RS), a formação foi uma forma de ampliar e aprimorar os conhecimentos sobre as atividades desenvolvidas no dia a dia da produção leiteira. “Aqui eu estou aprendendo um pouco mais sobre a parte técnica, sobre processos de análises, procedimentos e detalhes diferentes. Estes conhecimentos sempre agregram”, aponta.


Foto: Divulgação Sindilat/RS

As informações são do SINDILAT/RS


Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 29 de Setembro de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Agosto de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite Santa Catarina)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural nº 1782 – 28 set. 2023

BOVINOCULTURA DE LEITE
A semana foi marcada por dias chuvosos, que dificultaram as atividades nas propriedades devido ao acúmulo de barro. Apesar das pastagens de inverno estarem em fase final de ciclo e de apresentarem menor qualidade, houve oferta satisfatória de forragem, aliviando os custos de produção para os produtores que utilizam pastagens de forma eficiente. A implantação das lavouras de milho para silagem e das pastagens anuais de verão está atrasada em função da limitação de dias adequados para o plantio. A sanidade dos bovinos leiteiros se manteve satisfatória, sem restrições alimentares que afetem seu estado corporal. 

Em virtude do inverno menos rigoroso e do início da primavera, aumentou-se a aplicação de antiparasitários no rebanho como forma de prevenir infestações mais precoces de ectoparasitas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Bagé e Candiota, houve prejuízos, causados pelo granizo, principalmente nas instalações de ordenha e alimentação, além de problemas por falta de energia elétrica.

Em Hulha Negra, nos corredores de acesso às pastagens e salas de ordenha, os problemas foram bastante graves em razão do atolamento de animais no solo encharcado. Apesar das intempéries climáticas, as pastagens de azevém e trevos garantiram boa produtividade, minimizando os danos pelo pisoteio. 

Na de Erechim o rebanho está em bom estado sanitário.

Na de Passo Fundo, as chuvas excessivas, o aumento da umidade no solo e as amplitudes térmicas significativas estão causando estresse nos animais e aumentando o gasto calórico necessário para manter a produção de leite e a saúde corporal. 

Na de Pelotas, as intensas chuvas afetaram o manejo dos animais e a qualidade do leite. Muitas estradas ficaram intransitáveis, impossibilitando o transporte da produção. Muitas áreas de pastagens ficaram submersas, o que está impactando a nutrição dos animais e a produção de leite.

Na de Porto Alegre, apesar de as chuvas intensas terem contribuído para o crescimento das pastagens, ocasionaram o alagamento de áreas, restringindo o acesso dos animais. No entanto, o estado geral dos rebanhos é bom.

Na de Santa Maria, apesar do excesso de chuvas, o rebanho leiteiro mantém condições nutricionais adequadas. As chuvas intensas e dias nublados, desde o início de setembro, têm prejudicado o crescimento das pastagens, reduzindo a oferta de alimento para o rebanho. 

Na de Santa Rosa, as chuvas recentes garantiram o abastecimento adequado nos bebedouros, proporcionando boa oferta de água para o rebanho. Com a chegada da primavera, e considerando o inverno pouco rigoroso, a aplicação de antiparasitários no rebanho tem sido intensificada devido à previsão de um surto precoce de ectoparasitas. 

Na de Soledade, as fortes chuvas prejudicam o manejo do rebanho, impactando o pastoreio e a condução dos animais à sala de ordenha e às pastagens. A baixa luminosidade também reduz o crescimento das pastagens, e a umidade eleva a incidência de doenças nas lavouras de forragem (Emater/RS)


Jogo Rápido

Previsão de tempo estável no RS
A próxima semana terá pouca chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que indica o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 39/2023, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Entre hoje (29/9) e o domingo (01/10), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com sol, nebulosidade variável e temperaturas amenas em todo o Estado. Somente amanhã (30/9), poderão ocorrer chuvas fracas e isoladas nos setores Leste e Nordeste do Rio Grande do Sul. Na segunda (02/10) e terça-feira (03/10), o tempo seco, com grande variação de nuvens, ainda vai predominar e o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas. Na quarta-feira (04/10), a aproximação de uma área de baixa pressão favorecerá a ocorrência de pancadas de chuva na maioria das regiões, com possibilidade de temporais isolados na faixa Norte. Os volumes esperados deverão ser inferiores a 10 mm na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. No restante do estado as projeções indicam valores entre 15 e 35 mm, que poderão superar 50 mm no Alto Uruguai, Planalto, Campos de Cima da Serra, Serra do Nordeste e Litoral Norte. Veja como ficam as culturas de milho, arroz, feijão 1ª safra, trigo, aveia branca, canola, cevada e pastagens cultivadas:  Boletim Integrado Agrometeorológico 39/2023 (Seapi)


 

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Porto Alegre, 28 de setembro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.995


Conseleite MG

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 27 de Setembro de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2023 a ser pago em Agosto/2023.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2023 a ser pago em Setembro/2023.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2023 a ser pago em Outubro/2023.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.  (Conseleite Minas Gerais)


Encerra no dia 30 as inscrições para o 1º Concurso de Sustentabilidade Criativa do Programa Plantando o Bem

Sábado, 30, é o último dia para as escolas gaúchas se inscreverem no 1º Concurso de Sustentabilidade Criativa, uma iniciativa promovida pela Cooperativa Santa Clara por meio do programa Plantando o Bem, que busca incentivar a criação e a implementação de ações sustentáveis por parte de alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas. As inscrições devem ser feitas acessando o site oficial do projeto: plantandoobem2023.coopsantaclara.com.br  O Plantando o Bem já vem se dedicando ao fomento de atividades conscientes e educativas, como plantio de hortas, oficinas de culinária saudável, palestras e teatros de conscientização nas escolas e comunidades onde atua. O 1º Concurso de Sustentabilidade Criativa surge como uma extensão dessa iniciativa, proporcionando aos estudantes a oportunidade de desenvolverem suas próprias ideias e projetos para abordar temas cruciais como agricultura sustentável, gestão da água, consumo consciente e mudanças climáticas.  Premiaçãotrês escolas serão agraciadas com prêmios em dinheiro para financiar a implementação de seus projetos vencedores. O primeiro lugar receberá um prêmio de R$ 12 mil, o segundo lugar será agraciado com R$ 8 mil, e o terceiro receberá R$ 5 mil. Além disso, haverá menções honrosas no valor de R$ 1 mil para os sete projetos finalistas não premiados. Os professores responsáveis pelos três projetos vencedores também serão recompensados com um bônus de R$ 1 mil cada, em reconhecimento ao seu empenho e dedicação.  Para mais informações sobre regras, critérios de avaliação e inscrições, visite plantandoobem2023.coopsantaclara.com.br e faça parte dessa jornada rumo a um mundo mais sustentável. (Santa Clara)


Crédito das fotos: Priscila Boeira/Cooperativa Santa Clara

 
 
 
 
Projeção de crescimento do PIB sobe para 2,92%
Pesquisa com o mercado financeiro indicou incremento da economia do país pela quinta semana seguida. Para 2024, a estimativa é de 1,5%
Brasília – Pela quinta semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 2,89% para 2,92%. A estimativa está no boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central (BC). Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 1,5%.
Para 2025 e 2026, a projeção de expansão é de 1,9% e 2%, respectivamente. No segundo trimestre do ano, a economia brasileira cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permaneceu em 4,86% nesta edição do Focus. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 3,86%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em agosto, influenciado pelo aumento do custo da energia elétrica, o IPCA foi de 0,23%, segundo o IBGE. O índice é superior ao registrado em agosto do ano passado, quando havia sido observada deflação (queda de preços) de 0,36%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, definida em 12,75% ao ano pelo Copom, em sua última reunião. O comportamento dos preços fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano.
Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos. Sobre o câmbio, a previsão do mercado financeiro é de R$ 4,95 para a cotação do dólar no fim deste ano. Já para o fim de 2024, a expectativa indicada no Focus é de que a moeda norte-americana fique em R$ 5. (Correio do Povo)

Jogo Rápido

Produtores protestam contra UE
Diante da recente delimitação das regras do Green Deal, plano criado pela União Europeia para frear as mudanças climáticas, produtores de milho e soja do Brasil, da Argentina e do Paraguai assinaram um manifesto contra uma delas. É a que diz respeito à proibição de importação de produtos de áreas desmatadas, independentemente de serem legais ou ilegais. Para entidades representativas do setor que assinaram o manifesto, a nova regra é uma "medida protecionista" do bloco econômico e "fere a soberania dos países exportadores". O desmatamento legal está previsto na Constituição Brasileira, e a medida acaba ignorando a legislação nacional. Os três países produzem 190,1 milhões de toneladas de soja e 175,8 milhões de toneladas de milho, o que representa, 51,3% e 15,2% da produção mundial. A portaria para a liberação de R$ 400 milhões para apoio na comercialização de trigo foi encaminhada para avaliação dos ministérios envolvidos na operação. O texto foi elaborado pela pasta da Agricultura. Conforme o órgão, assim que o aval for recebido, os leilões serão iniciados. O recurso já está garantido e consta na Lei Orçamentária Anual. (Zero Hora)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de setembro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.994


Cadeia do leite espera que ministros anunciem socorro ao setor em visita ao RS

A chegada da comitiva de ministros e técnicos do governo federal ao Rio Grande do Sul, prevista para esta quinta-feira (28), não será apenas para tratar das enchentes e anunciar recursos aos municípios atingidos no Estado. Representantes do setor lácteo gaúcho planejam usar a visita para engrossar o coro de reivindicações frente à crise financeira que assola a atividade. A comitiva federal irá realizar reuniões temáticas com representantes gaúchos e deve anunciar novas medidas para socorrer os municípios atingidos pelas enchentes. Está em estudo um pacote de incentivos da União para a agricultura familiar.

Caso não haja novos anúncios para desafogar o setor, que vem perdendo espaço para produtos argentinos e uruguaios, estão sendo planejados protestos nos três estados do Sul (RS,SC e PR). As tratativas para a reunião com os ministros, sobretudo o de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foram confirmadas pelo deputado estadual Elton Weber (PSB), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha.

“Já nos reunimos diversas vezes, mas esperamos que essa vinda seja para anunciar de fato o plano de socorro. Caso contrário, estamos organizando protestos nas fronteiras, como na cidade de Jaguarão, por onde entra o produto importado”, diz o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva.

A mobilização organizada pela Fetag-RS estava marcada para esta quarta-feira, mas foi adiada para o próximo dia 11 de outubro, caso não sejam atendidos os pedidos da cadeia.

O tratado comercial com o Mercosul tem promovido uma disparada das importações de derivados lácteos, sobretudo leite em pó e queijos vindos da Argentina e do Uruguai, que não são taxados e entram a preços mais competitivos no Brasil. De janeiro a agosto deste ano, a importação de leite em pó argentino para o Estado subiu 136%, em comparação com o mesmo período de 2022; assim como o queijo mussarela uruguaio disparou 122,77%. Além disso, em alguns casos, o produto brasileiro chega a ser 30% mais caro, em razão do programa de subsídios nos países vizinhos.

Diante da batalha comercial, representantes do setor lácteo já apresentaram alguns caminhos para o segmento sair da crise. O primeiro - que tem mais resistência por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - é revisar o acordo com o Mercosul para incluir o leite e derivados na lista de produtos taxados. Outra possibilidade é estabelecer cotas que limitem a entrada dos importados no País.

“Como as medidas que incidem sobre o tratado do Mercosul sofrem resistência de Brasília, a única saída será subsidiar os produtores lácteos, como está sendo feito na Argentina, e também refinanciar as dívidas do setor, como no Uruguai”, enfatiza Silva.

Os produtores de leite no Estado têm amargado prejuízos nos últimos anos, o que provocou o abandono de mais de 50 mil produtores entre 2015 e 2023, segundo dados da Emater e do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS). Atualmente, restam 39,3 mil agricultores em atividade no Estado.

O custo de produção é, em média, de R$ 2,25 por litro no Estado, mas o preço médio pago ao produtor não cobre esse custo, girando em torno de R$ 2,00 a R$2,17, segundo o dirigente da Fetag-RS.

Outra medida, esta a nível estadual, pode sair por meio de um Projeto de Lei (423/23), de autoria do deputado Elton Weber (PSB), que retira os benefícios oriundos do Fundopem para empresas gaúchas que importam grandes remessas de laticínios, como redes de supermercado.

Medidas para desafogar setor lácteo

De acordo com o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Darlan Palharini, as medidas para tirar o setor da crise consistem em criar mecanismos de proteção, o que tem sido feito nos países do bloco que lideram as importações brasileiras. Medida adotada no Uruguai foi o refinanciamento a produtores e indústrias de laticínios pelo prazo de 15 anos com 2 anos de carência, enquanto na Argentina o governo paga até R$ 0,28 por litro ao produtor.

O Sindilat sugere as seguintes medidas para o Brasil:

Aumento do crédito presumido para 100% na compra de insumos, que hoje as indústrias têm direito a 50% da alíquota de 9,25%, o que resulta em 4,625%;

Alteração na legislação do Prêmio para Escoamento do Produto (PEP) para que seja possível utilizar esse instrumento para escoamento de derivados lácteos (leite em pó, queijos, cremes, composto lácteo, leite condensado e outros);

Refinanciamento de dívidas pelo prazo de 13 anos, conforme ação feita pelo Governo Uruguaio;
Criação de um Fundo Nacional de Sanidade do Leite (FNSL)

Produtores aguardam liberação de recursos do Fundoleite

Outro encaminhamento importante para a cadeia do leite no Estado discorre sobre a liberação de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite), mantido pelos produtores e gerenciado pelo Estado, cujo capital é de cerca de R$ 32 milhões. O Fundo foi criado para financiar programas de desenvolvimento da cadeia, mas há pelo menos três anos não há liberação de recursos, o que está em vias de mudar.

Segundo a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, o processo do Fundoleite tem evoluído e está seguindo todos os trâmites necessários para a liberação dos recursos. Com a aprovação de oito projetos pelo Conselho do Fundoleite, em julho foi publicada a nova resolução e solicitado os documentos necessários para as empresas responsáveis pelas iniciativas.

Até o momento, apenas um dos projetos teve todos os documentos enviados e está com o processo mais avançado. Dois estão com a documentação em análise e os outros cinco ainda estão em fase de aguardar documentos obrigatórios que foram solicitados, informou a pasta.

Os projetos aprovados somam quase R$ 10 milhões e são das seguintes companhias: Lactalis (1 projeto), Friolack, (1 projeto), CCGL, (1 projeto), Santa Clara, (1 projeto), Stefanello, (1 projeto), Piá (2 projetos), e Italac (1 projeto). (Jornal do Comércio)


Governo de Santa Catarina vai zerar alíquota de ICMS do leite

A secretaria de Estado da Fazenda está na fase final de negociações para zerar a cobrança de ICMS sobre o leite.
as essa redução de imposto não vai resolver a crise do setor, causada principalmente pela importação de leite em pó dos países do Mercosul e queda de consumo.

A decisão do governo vai aliviar um pouco as indústrias e resolve a diferença tributária frente a estados vizinhos, que há anos prejudica o setor em SC.

A alíquota de ICMS do leite está em 7% no Estado. O secretário da Fazenda de Santa Catarina, Cleverson Siewert, destaca que o Estado já concede benefício para o setor leiteiro de R$ 750 milhões por ano e arrecada R$ 150 milhões.

Segundo ele, o governo vai suspender essa cobrança de R$ 150 milhões, zerando totalmente o imposto. "Entendemos que isso (o fim do ICMS) é uma prioridade em função da necessidade por tudo o que está acontecendo.

E também não só o leite, como seus derivados, são uma cadeia super relevante em Santa Catarina", afirmou Siewert. Mas, segundo ele, para conceder mais esse benefício, o governo está cobrando contrapartidas.

Solicitou projeções de mais investimentos e geração de empregos. Esses dados estão sendo informados ao governo. (As informações são do NSC Total, adaptadas pela equipe MilkPoint)

EUA - Por que o leite faz parte da merenda escolar?

Leite nas escolas – O leite é integrante do programa federal de merenda escolar nos Estados Unidos da América (EUA) devido ao seu pacote nutricional exclusivo. Um copo de leite fornece 13 nutrientes essenciais que estimulam o crescimento da criança, seu desenvolvimento e aprendizado, tornando-se um componente importante da sua dieta em geral.

O leite na escola ajuda as crianças a satisfazer suas necessidades nutricionais diárias

De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) a refeição na escola é a fonte mais rica de laticínios na dieta das crianças.  

Um estudo de 2017 mostrou que 77% do consumo de leite e derivados e 70% do total dos lácteos consumidos por crianças de baixa renda entre 5 e 18 anos são procedentes dos programas de alimentação escolar, o que ressalta a importância da merenda escolar e do papel do leite em ajudar as crianças a atender às suas necessidades nutricionais.

Como a maior parte das crianças e adolescentes não atendem às recomendações diárias de lácteos, a alimentação escolar pode ajudar a cobrir essa lacuna, e ajudar os estudantes a obterem nutrientes necessários como cálcio, vitamina D, potássio e outros nutrientes integrantes do leite.

Porque são oferecidos leites com chocolate ou aromatizados nas escolas?

O USDA permite o uso de leite com chocolate com baixo teor de gordura (1%) ou desnatado e outros leites aromatizados nas escolas e afirma que “o leite aromatizado é mais bem recebido pelas crianças por sua palatabilidade e incentiva o consumo de leite entre os alunos. Estudos indicam que as crianças bebem mais leite aromatizado do que leite sem sabor”. Além disso, estudos mostram que o consumo de leite aromatizado está associado a uma melhor qualidade geral da dieta, sem qualquer impacto adverso sobre o peso.

Padrões do leite da merenda escolar nos EUA

Os padrões necessários para o leite oferecido nas escolas dos EUA são:

- Todo leite deve ter baixo teor de gordura ou ser desnatado

- O leite pode ser ou não aromatizado

- Deve existir opções (duas)

- O leite sem sabor deve estar presente em todas as refeições

- Podem ser oferecidos leites com baixo teor de gordura ou desnatado e também com ou sem lactose

- Ao decidir pelas duas variedades de leite, a escola avalia o nível de gordura e o sabor. Por exemplo, uma escola pode oferecer leite com baixo teor de gordura, sem sabor e com baixo teor de gordura, com sabor.

Ao ampliar as opções de leite nas escolas, os alunos têm mais opções que incentivam o consumo de leite e aumentam as chances de atingir as porções diárias recomendadas. (Fonte: The Dairy Site – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Dairy Vision: O valor promocional do 1º lote está com os dias contados. Acaba dia 28/09!
Caracterizado por abrir novos horizontes para o leite mundial, o Dairy Vision acontecerá nos dias 07 e 08 de novembro, em Campinas/SP. Em sua 9ª edição, o evento promete fazer história mais uma vez. Com mais de 25 palestras proferidas por especialistas nacionais e internacionais, os conteúdos apresentados serão exclusivos, fazendo com que o evento seja, mais uma vez, palco das principais discussões sobre o que há de mais relevante no cenário lácteo atualmente. Aproveite os preços exclusivos e imperdíveis, válidos só até 28/09. Participe de um dos principais fóruns mundiais do setor lácteo que aborda inovação, consumo, tecnologia, estratégia e futuro do setor, com mais de 400 participantes C-Level. Inscreva-se agora com desconto do 1º lote: https://www.dairyvision.com.br/ (Milkpoint)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de setembro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.993


Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Setembro de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2023 e a projeção  dos valores de referência para o mês de Setembro de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.
Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2023 é de R$ 4,4141/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite  conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o  cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores  de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O  simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. 

As informações são do Conseleite PR


Terceira rodada de análise dos dados da Cadeia do Leite será no dia 26/10

A terceira rodada de análise sobre os dados do setor lácteo gaúcho está prevista para acontecer no dia 26 de outubro. Os números apurados pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz) integram o programa Diálogos Setoriais, Desenvolve RS, e serão discutidos com representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) em live programada para às 9h. O link de acesso para acompanhar a transmissão já está disponível aqui. Os números do setor para o encontro estarão detalhados na Revista RS 360, que deve ser publicada até o dia 20/10 Na página receitadoc.sefaz.rs.gov.br/revista-rs360 estão disponíveis as demais publicações da Fazenda, incluindo as edições de números seis e três, com dados específicos da cadeia láctea gaúcha. O levantamento, que vem sendo realizado desde novembro do ano passado, inclui informações que podem auxiliar a indústria na tomada de decisões, além de orientar as políticas públicas do Estado. Estão detalhadas informações a longo prazo para itens como vendas, compra de insumos e de bens de capital, valor adicionado e fluxos interestaduais de mercadorias.

As informações são do SINDILAT/RS

Parcela de compensação de ICMS virá até novembro

Montante total negociado com os estados é de R$ 27 bilhões e será pago até 2026. Parte destinada ao Estado é de R$ 3,02 bilhões

Brasília – O governo federal planeja pagar até início de novembro a parcela de recursos paracompensação das perdas de estados e municípios com a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida está prevista no Projeto de Lei Complementar (PLP) 136/23, que está em tramitação no Senado Federal. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou a informação ontem. A compensação das perdas com o ICMS, imposto administrado pelos estados, ocorre por causa de leis complementares adotadas no ano passado, que limitaram as alíquotas sobre combustíveis, gás natural, energia, telecomunicações e transporte coletivo, impactando na arrecadação dos entes federativos.

O PLP 136/23, enviado pelo Executivo, prevê compensação total de R$ 27 bilhões que será paga até 2026. A parte do RS corresponde a R$ 3,02 bilhões em abatimento das parcelas da dívida com a União de 2023 a 2025. O montante foi negociado entre o Ministério da Fazenda e os governos estaduais, e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em junho. Na semana passada, o governo anunciou que antecipará R$ 10 bilhões, previstos para serem pagos em 2024.

Outra medida prevista no projeto é uma compensação aos municípios pela queda, de julho a setembro, nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Desta forma, as prefeituras receberão um adicional de R$ 2,3 bilhões. Além delas, há ainda a retomada do piso constitucional para investimentos em saúde, congelado com o teto de gastos e restituído pelo novo arcabouço fiscal.

O piso de gastos para a saúde requer que o governo destine até R$ 21 bilhões para a área ainda este ano. “Se concluirmos a votação (no Senado) ainda no mês de outubro, vem para a sanção presidencial, e nós podemos, já no final do mês de outubro, no começo de novembro, dar essa ajuda adicional, essa parcela extra de recursos para o Fundo de Participação dos Municípios”, disse Alexandre Padilha. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Rebanho leiteiro do Uruguai resistiu à seca
O rebanho de vacas leiteiras do Uruguai apresentou uma leve queda e crescimento notável para novilhas, de acordo com dados preliminares divulgados pela DICOSE na semana passada. No caso das vacas, contando as vacas leiteiras e secas, somaram 378.936 cabeças, uma queda de 3% em relação às 389.872 registradas em 2022. Os dados de novilhas, de 1 a 2 anos e mais de 2, passaram de 105.910 cabeças para 115.841, um crescimento expressivo de 9%. Os bezerros passaram de 121.346 cabeças para 123.599, um crescimento anual de 1,8%. "Sem dúvida, foi a que menos afetou a seca em termos de manutenção do gado e produção de leite", disse o presidente da INALE, Juan Daniel Vago. Uma possível explicação para esse cenário é a aposta dos produtores de "tirar as vacas com pior desempenho". “Eles têm as novilhas de 1 a 2 anos para entrar mais no final do ano ou no ano que vem. É uma estratégia para baixar custos", disse o INALE. Dois fatores-chave influenciaram nisso, observou Vago. De um lado, o bom preço do leite ao produtor no primeiro semestre, que chegou a US$ 0,45 por litro. Puxado por um Brasil muito exigente "que comprava quase 60% do leite em pó a quase US$ 4 mil. Esse preço do leite permitiu que os produtores de leite investissem para manter os produtores de leite em reservas e concentrados e ter uma boa produção que praticamente não caiu apesar da estiagem", disse. Mas esse apoio do rebanho e da produção tem como contrapartida um endividamento pesado. "Houve muito financiamento de longo prazo da indústria para atravessar toda essa crise (...) Esse custo que estimamos em US$ 130 milhões para o setor leiteiro basicamente para o setor primário é a peso que temos agora", disse Vago. "Agora temos uma primavera que esperamos que seja boa, com gado com potencial para produzir, mas a dívida de US$ 130 milhões equivale a mais ou menos 6 centavos por litro por um ano", disse o presidente do Inale. O endividamento aparece como o grande desafio no imediato, em um contexto de baixos preços internacionais e queda acentuada dos preços ao produtor. "A dívida que era impagável com uma primavera perfeita e bom preço agora vai ser muito menos pagável com uma primavera perfeita, mas um preço pior.” As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de setembro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.992


Governo e Frente Parlamentar discutem ações de apoio ao setor leiteiro

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, voltou a reiterar a preocupação do governo federal em adotar medidas estruturantes para o setor leiteiro, que vive a maior crise da sua história. Fávaro recebeu em seu gabinete em Brasília, nessa quarta-feira (20), o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Pedro Lupion, a presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite (FPPL) na Câmara dos Deputados, deputada Ana Paula Junqueira Leão (PP-MG), deputado federal Alceu Moreira (MDB - RS), deputado federal  Emidinho Madeira  (PL-MG) e outros parlamentares, além de representantes do setor da produção, da indústria e entidades leiteiras. Também presentes, representantes da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Na reunião, foram tratadas as medidas para apoio aos produtores de leite, como a compra governamental do leite e seus derivados para reforço na merenda escolar das crianças, em acordo com os governadores, e também para o fornecimento de leite no Bolsa Família.Outra medida que está sendo negociada é a concessão de um bônus financeiro oferecido aos produtores de leite, com distinção pelo tamanho da produção, para os produtores da agricultura familiar.  Os recursos estão sendo negociados com os ministérios envolvidos, além do Mapa, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério da Fazenda.

Outra proposta em discussão é ajustar as condições do Programa Mais Leite Saudável, concedendo melhores benefícios na compensação de tributos às indústrias processadoras do Brasil. O programa do Mapa permite às agroindústrias, laticínios e cooperativas de leite participantes, utilizar créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins, para a compra do leite in natura utilizado como insumo de seus produtos lácteos, em até 50% do valor a que tem direito.

O valor desses créditos poderá ser utilizado pela empresa para compensação de tributos federais, ou para ressarcimento em dinheiro.

O apoio do governo federal ao setor também foi abordado na terça-feira (19) em reunião realizada com o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Na ocasião, Fávaro também solicitou ao presidente em exercício o apoio da Receita Federal e da Polícia Federal na fiscalização da fronteira do país a fim de evitar entrada ilegal de leite.

Acompanhou a audiência, o presidente da Conab, Edegar Pretto; o secretário de Política Agrícola do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, e o diretor de Comercialização e Abastecimento, Sílvio Farnese. (As informações são do Mapa, adaptadas pela equipe MilkPoint)


UE avança para banir falsos produtos verdes e barrar greenwashing

Um dos destaques da medida é proibir que produtos que usam compensações sejam anunciados como neutros em carbono

Dizer que um produto é “sustentável” ou “eco” não vai mais ser suficiente na União Europeia. A partir de 2026, as empresas deverão provar as reivindicações que fazem. É o que prevê um projeto de lei que caminha para a aprovação final do Parlamento e do Conselho europeu. Nesta quarta-feira, 19, os dois órgãos entraram em um acordo sobre novas regras para proteger os consumidores de greenwashing e muni-los de melhor informação sobre os produtos. A comunicação das empresas terá que ser mais precisa sobre os impactos ambientais de seus produtos para afirmar que são ecológicos, biodegradáveis ou neutros em carbono – ou seja, que a produção daquele modelo específico tem as emissões de gases de efeito-estufa reduzidas e compensadas. 

Um dos destaques da medida é que o uso de créditos de carbono para compensar as emissões não servirá para caracterizar um produto como tendo impacto neutro, reduzido ou positivo para o meio ambiente.

Os novos relógios da Apple, lançados há pouco mais de uma semana com grande pompa, não poderiam ser anunciados como o primeiro produto neutro em carbono da big tech, por exemplo. 

O Apple Watch ‘verde’ emite 75% menos gases em comparação ao processo comum de produção, com o uso de energia limpa, materiais reciclados e transporte não-aéreo. Mas os 25% remanescentes das emissões são compensados com créditos de carbono. (Capital Reset)

Chega de confusão de cordão: França tenta novamente proibir linguagem carnuda em produtos vegetarianos

Termos como 'bife', 'grelhado' e 'costela' serão removidos dos alimentos vegetais se o decreto do Ministério da Agricultura for aceito pela UE

A longa batalha da França sobre nomes de alimentos veganos intensificou-se quando o governo publicou um decreto que proíbe o uso de termos substanciais como “bife”, “grelhado” ou “costela” para descrever produtos à base de plantas.

Marc Fesneau, ministro da Agricultura francês, disse que o novo decreto governamental sobre produtos como “presunto vegano” ou “bife vegetal” visa ajudar os consumidores é “uma questão de transparência e honestidade que responde às expectativas legítimas dos consumidores e produtores”.

Mas alguns veganos e grupos de direitos dos animais disseram que isso mostrava que o governo francês estava a favorecer a indústria da carne. Os agricultores franceses e as empresas de carne queixam-se há muito tempo de que os clientes ficam injustamente confusos com a noção de “carne” vegetariana.

A França continua a ser uma nação predominantemente carnívora e é o país europeu com o maior consumo de carne de bovino por habitante.

De acordo com uma sondagem Ifop de 2020, menos de 1% da população francesa é vegana, e a própria palavra “vegano” tornou-se carregada de associações políticas negativas no meio de disputas sobre o ativismo contra os talhos.

Cerca de 24% dos franceses identificam-se como flexitarianos e estão a reduzir o consumo de carne , mas estudos mostram que as vendas de produtos veganos nos supermercados franceses, incluindo carne falsa, são menores do que em países vizinhos, como o Reino Unido.

Os clientes desfrutam de uma vista panorâmica de Vancouver, Canadá, a partir das mesas do restaurante giratório no topo do Empire Landmark Hotel, em 16 de novembro de 2009. A cidade de Vancouver está se preparando para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, com lojas, restaurantes e hotéis se preparando para entrar nos holofotes mundiais.  Duas horas ao norte da cidade, Whistler está preparando e construindo as instalações olímpicas para as competições alpinas.

Garçom francês diz que despedir por grosseria é “discriminação contra a minha cultura” 

A França tornou-se no ano passado o primeiro país da UE a tentar emitir um decreto protegendo palavras substanciais contra a utilização de produtos à base de plantas. Mas o primeiro decreto do governo foi considerado demasiado vago e foi suspenso pelo mais alto tribunal administrativo de França, o Conselho de Estado. O tribunal pediu orientação ao Tribunal de Justiça Europeu antes de tomar a sua decisão final numa data posterior.

Mas o Ministério da Agricultura avançou e preparou um novo decreto, que afirma ter em conta as queixas dos juízes.

O projeto de decreto, que se aplica apenas a produtos fabricados e vendidos em França, e não a importações europeias, proíbe uma lista de 21 nomes de carne para descrever produtos à base de proteínas, incluindo “bife”, “escalope”, “costelas”, “presunto”. ou “açougueiro”.

Mais de 120 outros nomes associados à carne, como “presunto cozido”, “aves”, “salsicha”, “nugget” ou “bacon”, continuarão a ser autorizados, mas apenas se os produtos não excederem uma determinada quantidade de proteínas vegetais, com percentagens que variam entre 0,5% e 6%. Isto significaria efetivamente que os produtos comercializados com rótulos como bacon vegan ou salsichas cocktail vegan teriam de mudar de nome.

O decreto foi submetido à Comissão Europeia para verificação das suas regras detalhadas de rotulagem de alimentos.

Guillaume Hannotin, advogado da organização Proteines France que representa os fabricantes de alternativas veganas e vegetarianas, disse que o termo “bife à base de plantas” é usado há mais de 40 anos.

Ele disse à AFP que o novo decreto francês ainda viola a regulamentação da UE sobre a rotulagem dos produtos, que – ao contrário do leite – carecem de uma definição legal estrita e podem ser referidos por termos de uso popular.

Brigitte Gothière, do grupo francês de direitos dos animais L214, tuitou que o decreto era um exemplo de “manipulação”, chamando o ministério da agricultura francês de “o ministério da carne”. Ela disse: “As pessoas confundem óleo de motor, azeite e óleo de jojoba? Eu acho que não. Não mais do que confundem bife vegano com bife de vaca.

Ela disse à rádio Europe 1 que o decreto era “escandaloso”.

Charlotte Minvielle, do Partido Verde francês Europa Écologie Les Verts, tuitou que o governo deu prioridade à “defesa do lobby da carne”.

Catherine Hélayel, do partido Animalist, tuitou que, em vez de atacar com palavras, o governo deveria se concentrar no sofrimento animal e humano, bem como na crise climática e no impacto da pecuária.

O decreto entrará em vigor três meses após a publicação para dar aos operadores tempo para adaptarem a sua rotulagem. Também deixa aberta a possibilidade de os fabricantes venderem todos os stocks de produtos rotulados antes da sua entrada em vigor, o mais tardar um ano após a publicação. (The guardian - Tradução livre SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Declaração pode ser feita on-line
A Declaração Anual de Rebanho poderá ser feita pela internet a partir desta segunda-feira. De acordo com a Secretaria da Agricultura, a formalização e o ajuste de salto dos animais pelo Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) ocorre por meio do sistema SDA - Produtor Online. A nova ferramenta também possibilita que o produtor possa confirmar o recebimento de Guias de Trânsito Animal (GTAs), informar nascimentos, mortes, consumo, roubo e evolução do plantel, sem precisar ir à Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) ou ao Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) do seu município. O novo módulo pode ser aces sado em celulares e tablets. O acesso ocorre com o mesmo login e senha já utilizados para emissão de GTAs. Mas quem ainda não o possuir, pode requisitá-lo nas IDAS ou EDAS, que também continuarão a fazer a declaração presencial. O prazo para o produtor rural realizar a Declaração Anual de Rebanho, neste ano, termina no dia 31 de outubro. (Correio do Povo)