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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.008


Conseleite é retomado e terá agenda no Interior

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) retomou oficialmente suas reuniões nesta quinta-feira (19/10). As lideranças dos produtores e indústrias debateram o cenário, as dificuldades do setor e a agenda do colegiado para 2024 na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS).

Fotos: Carolina JardineFoi definido que, no próximo ano, os encontros mensais serão realizados de forma itinerante, incluindo municípios do Interior do Rio Grande do Sul. Além das agendas em Porto Alegre, haverá Conseleite em Erechim, Lajeado, Passo Fundo e Esteio. Segundo o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, a ideia é aumentar o diálogo e a participação de produtores e empresas.O grupo não avaliou as pesquisas de valor de referência do litro do leite como era realizado anteriormente, uma vez que aguarda a formalização da contratação da instituição que seguirá realizando as análises. A expectativa é que, em breve, os estudos sejam retomados. Os cálculos, assim que forem recomeçados, serão realizados contabilizando os 20 primeiros dias do mês corrente e não apenas os 10 primeiros, como era feito até então.  

O debate desta tarde também tratou do impacto do decreto 11.732, anunciado nesta quarta-feira (18/10) pelo governo federal. O texto será levado à Câmara Setorial do Leite para análise mais detalhada. Para Palharini, a maior preocupação deve-se à demora na efetivação das medidas, que só devem entrar em vigor em 90 dias. (Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)


LACTALIS FAZ 90 ANOS, LANÇA PROPÓSITO GLOBAL E COMPROMISSO DE CARBONO NEUTRO ATÉ 2050

Empresa define “Nutrir o Futuro” como seu propósito e apresenta 7 pilares de desenvolvimento global e social

Empresa familiar de origem francesa, a Lactalis completa 90 anos neste dia 19 de outubro de 2023 com o anúncio de um plano global focado em “Nutrir o futuro”. O propósito foi apresentado em evento em Laval, na França, pelo presidente da Lactalis, Emmanuel Besnier. Terceira geração da família à frente dos negócios, ele detalhou os setes pilares que fundamentarão a expansão da companhia nos cinco continentes nos próximos anos. Principal grupo de laticínios do mundo, a Lactalis está presente em 51 países, tem 85.500 funcionários e algumas das marcas mais consumidas no setor de laticínios, como Président, Galbani, Parmalat e Leerdammer. “A Lactalis escolheu nutrir um futuro responsável, comprometendo-se a fornecer os melhores produtos lácteos possíveis. A ideia é apoiar o crescimento de todos e de cada indivíduo, reforçando a parceria com o desenvolvimento local das comunidades onde atua”, destaca documento divulgado pela empresa em alusão à data e elaborado com a colaboração de equipes ao redor do mundo."Nosso propósito é fiel a quem somos, ao que nos une e personifica nossa responsabilidade. Com este lema, estamos firmemente focados no futuro, guiados por nossos valores e movidos pela nossa paixão coletiva pelos produtos lácteos, juntamente com a nossa experiência. Isso nos impulsiona a agir ao mesmo tempo que realizamos a escuta de todos os nossos stakeholders“, destaca Besnier.Entre as metas apontadas está o cuidado com as pessoas e o planeta. A Lactalis está disposta a transformar o seu negócio, métodos e ferramentas de forma a buscar sistemas mais eficientes e com menor impacto ambiental. A meta, estima Bernier, é que a produção do grupo torne-se carbono neutro até 2050. Nos planos do grupo francês também estão investimentos em geração de empregos, desenvolvimento de produção local e qualificação dos talentos alinhados com os valores do grupo: ambição, determinação e simplicidade.

A Lactalis também assumiu, na data de hoje, o compromisso de fazer com que a liderança no setor laticinista mundial sirva de inspiração e exemplo a todo o setor leiteiro como forma de enfrentamento de seus desafios e entraves. A meta é ampliar a oferta de produtos saudáveis e nutritivos a quaisquer que sejam os países onde o grupo está estabelecido e quaisquer que sejam as necessidades e culturas dos povos. A adaptação e criação de novos rótulos também está na lista de prioridades, assim como o estreitamento do diálogo com parceiros e clientes rumo ao desenvolvimento global.

Os 7 pilares do futuro Lactalis:

• Servir pessoas de todo o mundo, garantindo aos consumidores o acesso a uma variedade de produtos saudáveis, nutritivos e de qualidade impecável, quaisquer que sejam os países onde o grupo está estabelecido e quaisquer que sejam as necessidades e culturas dos povos.

• Partilhar sabores, promovendo tradições culinárias, inventando novas receitas para deliciar jovens e adultos e ampliando constantemente a sua gama de produtos para responder às mudanças e à diversidade de usos e sabores.

• Revitalizar as regiões, mantendo a sua forte aposta na produção local, preservando o saber-fazer local e gerando empregos.

• Assumir compromisso com indivíduos talentosos, defendendo a excelência, formando os seus colaboradores e dando-lhes sentido de responsabilidade para construir percursos profissionais individuais e coletivos gratificantes, para satisfazer as suas aspirações.

• Transformar o seu negócio para garantir que as suas organizações, métodos e ferramentas sejam ainda mais eficientes e eficazes, limitando ao mesmo tempo o impacto da sua atividade, a fim de alcançar uma produção carbono neutro até 2050.

• Apoiar os parceiros a desenvolverem uma produção agropecuária virtuosa, ajudando-os a serem tão eficientes quanto responsáveis com o meio ambiente em que trabalham e tornando a atividade atrativa para as gerações atuais e futuras.

• Ser aberto e voltado para o exterior, ouvindo atentamente as expectativas dos seus stakeholders e de todos os integrantes do setor, garantindo que a sua porta esteja aberta ao diálogo e, em conjunto, construindo caminhos para o desenvolvimento e o progresso.

Sobre LACTALIS
O Grupo Lactalis é o principal grupo de laticínios do mundo. Empresa familiar francesa, foi fundada em Laval em 1933. Presente em 51 países e 270 queijarias e laticínios em todo o mundo, seus 85.500 funcionários agregam valor ao leite em todas as suas formas: queijos, leite fresco, iogurte, manteiga e creme, ingredientes e nutrição. No centro da vida cotidiana de milhões de famílias, o Grupo Lactalis oferece produtos com marcas icônicas como Président, Galbani, Parmalat e Leerdammer. (Jardine Comunicação)

Como o setor avalia mudança que busca aplacar a crise no leite
 
A decisão de conceder um crédito presumido maior às indústrias de leite que comprarem matéria-prima produzida no Brasil, viabilizada por um decreto presidencial publicado em edição extra do Diário Oficial da União, é uma resposta que tenta fazer frente à crise enfrentada pelo setor. Ao fazer a diferenciação do benefício fiscal, o objetivo é garantir que o produto local tenha mais competitividade frente aos lácteos do Mercosul.

Considerada importante, a medida também teve alguns "mas" na avaliação. O principal é o do tempo. Conforme o texto, entra em vigor no quarto mês após a publicação do decreto - na prática, fevereiro de 2024.

- Todas essas medidas são importantes, mas vão surtir efeito lá na frente - ressalta Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), sobre as iniciativas já adotadas.

Secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini diz que somente quando a medida entrar em vigor é que será possível saber se terá retorno.

O decreto fala em 50% de crédito presumido para empresas habilitadas no Mais Leite Saudável e que elaborem produtos "exclusivamente a partir de leite in natura ou de derivados de lácteos" - para as não habilitadas, 20%. É nesse ponto que está o incentivo para tentar frear a enxurrada de importações do Mercosul. Uma das questões pontuadas pelo setor é a de que o leite em pó adquirido nos vizinhos do bloco estava sendo reidratado e processado no Brasil.

- Setenta por cento do leite em pó entra para a indústria de alimentação e não a de laticínios, que seguirá com esse canal aberto. Para as empresas (de laticínios) que não importavam, não muda nada - diz Palharini, acrescentando que a solicitação era para que empresas que compram leite cru nacional tivessem o crédito presumido aumentado.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avaliou como uma vitória para o segmento, que trará "benefícios no futuro", conforme o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Ronei Volpi.

- É um contrassenso que o governo conceda benefícios fiscais às empresas que vêm adquirindo leite importado, que vai contra o objetivo do programa, de fomentar a melhoria da produção nacional - completou Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Semana será de umidade e chuva no Estado
O Rio Grande do Sul terá umidade e chuva nos próximos sete dias na maior parte do Estado. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 42 2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (20/10), a nebulosidade seguirá predominando, com períodos de céu encoberto e pancadas de chuva na maioria das regiões. No sábado (21/10) e domingo (22/10), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas em todo Estado. Na noite do domingo (22/10), o forte aquecimento e a aproximação de uma área de baixa pressão deverão provocar pancadas de chuva em grande parte do Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente nos setores Oeste, Centro e Sul. Na segunda-feira (23/10), o céu permanecerá nublado a encoberto com chuva na maioria das regiões. Na terça (24/10) e quarta-feira (25/10), o ingresso de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas em todo Estado. Os totais previstos de chuva deverão oscilar entre 20 e 40 mm na maioria dos municípios. Na Fronteira Oeste, os volumes esperados deverão oscilar entre 50 e 70 mm e poderão superar 80 mm em algumas localidades. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 

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Porto Alegre, 19 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.007


Abertas as inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira
O concurso referência no reconhecimento das melhores práticas na produção leiteira gaúcha já está com as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Para participar do Referência Leiteira, que é promovido por Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Emater/RS e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os produtores devem contatar os escritórios municipais da Emater/RS para acessar a Ficha de Inscrição. A data limite para o protocolo da documentação é o dia 17 de novembro. As informações precisam ser preenchidas e a Ficha de Inscrição deve ser assinada pelo produtor com o auxílio de um técnico responsável, ou da Emater/RS, ou da indústria ou da cooperativa de laticínios. O passo seguinte é entregar o documento no Escritório Municipal da Emater/RS que vai atestar o recebimento e enviar para o Sindilat/RS. Podem se inscrever para disputar a premiação na categoria Propriedade Referência em Produção de Leite, fazendas localizadas no Rio Grande do Sul que tenham sistemas de criação a pasto, com suplementação de silagem e ração, ou em semiconfinamento ou confinamento. Para aferição das propriedades vencedoras nestas categorias será considerado o somatório da pontuação em termos de: Produtividade do Fator Terra (litros de leite/hectare/ano), Produtividade do Fator Mão de Obra (litros de leite/pessoa/ano) e Qualidade do leite, baseado nos resultados das análises mensais realizadas em laboratórios oficiais da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), além de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose.

A premiação, vai distinguir as três propriedades que atingirem os melhores índices em cada um dos dois sistemas. A produção pode ser individual ou coletiva e deve estar vinculada à indústria de laticínios que adquire leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2024.

Para março de 2024, está prevista a abertura das inscrições para as seis categorias de Cases do 3º Prêmio Referência Leiteira: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS e vice-coordenador da premiação, reforça os objetivos da iniciativa. “O intuito do prêmio seguem sendo a valorização dos produtores de leite do Rio Grande do Sul, o incentivo às boas práticas de produção e ao uso de tecnologias no campo, além de permitir a mensuração dos resultados para que tenhamos um panorama real dos indicadores de produtividade e qualidade do leite no Rio Grande do Sul”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Governo Federal publica Decreto nº 11.732/2023

O texto, foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União desta quarta-feira (17/10), altera o Decreto nº 8.533/2015, modificando as condições para a utilização dos créditos presumidos de PIS/Pasep e de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) concedidos no âmbito do Programa Mais Leite Saudável do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).Leia o texto na íntegra:DECRETO Nº 11.732, DE 18 DE OUTUBRO DE 2023

Altera o Decreto nº 8.533, de 30 de setembro de 2015, que regulamenta o disposto no art. 9º-A da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, que dispõe sobre o crédito presumido da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins relativo à aquisição de leitein natura, e institui o Programa Mais Leite Saudável.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 9º-A da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004,

D E C R E T A :

Art. 1º O Decreto nº 8.533, de 30 de setembro de 2015, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 4º ..............................................................................................................

§ 1º Os créditos presumidos de que trata o caput serão apurados mediante aplicação dos seguintes percentuais das alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, respectivamente:

I - cinquenta por cento da alíquota prevista no caput do art. 2º da Lei nº 10.637, de 2002, e da alíquota prevista no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 2003, para o leite in natura adquirido por pessoa jurídica, inclusive cooperativa, que:

a) esteja regularmente habilitada, provisória ou definitivamente, no Programa Mais Leite Saudável; e

b) elabore produtos lácteos exclusivamente a partir de leite in natura ou de derivados de lácteos de que trata este artigo; e

II - vinte por cento da alíquota prevista no caput do art. 2º da Lei nº 10.637, de 2002, e da alíquota prevista no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 2003, para o leite in natura adquirido por pessoa jurídica, inclusive cooperativa, não habilitada no Programa Mais Leite Saudável.

§ 2º O descumprimento do disposto na alínea "b" do inciso I do § 1º, a qualquer tempo, sujeitará a pessoa jurídica à apuração dos créditos presumidos de que trata o caput, na forma prevista do inciso II do § 1º, pelo prazo de três meses." (NR)

Art. 2º Fica revogado o parágrafo único do art. 4º do Decreto nº 8.533, de 2015.

Art. 3º Este Decreto entra em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação.

Brasília, 18 de outubro de 2023; 202º da Independência e 135º da República.

(As informações são do MAPA, adaptadas pelo SINDILAT/RS)

O pico da produção de primavera chega na América do Sul

Leite/América do Sul – A produção sazonal de leite vem melhorando em toda a América do Sul. O pico de primavera já pode estar presente em algumas localidades. É a primeira vez, desde 2020, que não existe uma seca generalizada nas principais bacias leiteiras do continente. 

Na Argentina, no entanto, os efeitos da seca persistem, ainda que a recuperação continue e os produtores já podem contar com alguma disponibilidade maior de alimentos para os animais, com custos menores. De um modo geral, a produção de leite deverá aumentar significativamente, em relação aos anos anteriores.

As indústrias da Argentina e Uruguai estão se beneficiando com a maior oferta de matéria-prima. Os humores do mercado permanecem estáveis, mesmo com o aumento dos estoques. Recentemente, importantes atores globais, juntamente com as importações regulares do Brasil, mas também do Norte da África e Oriente Médio estão mantendo o mercado equilibrado. Analistas brasileiros dizem que, apesar de alguma desaceleração nas importações em relação a 2022, o comércio continua. As negociações para fornecimentos nos dois primeiros trimestres de 2024 já estão em andamento.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva | Foto de capa: Terra Viva


Jogo Rápido

Produção nacional diminui
"O Brasil está em segundo lugar na importação de leite, enquanto a produção nacional diminuiu quase 2% de 2020 para 2021, e continua diminuindo", lamenta Darlan Palharini, do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul. (Jornal do Comércio)


 

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Porto Alegre, 18 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.006


Prazo para utilização de embalagens já impressas é estendido

O Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicou Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 819/2023 alterando a RDC 429/2020, estendendo em um ano, até o dia 09/10/2024, o prazo para a utilização de estoques de embalagens que ainda não tenham sido adequadas à nova Lei da Rotulagem. A permissão, no entanto, vale apenas para os impressos em estoque que tenham sido adquiridos pelas empresas até 08/10/2023.A medida atende à demanda da indústria leiteira gaúcha após o encerramento do  prazo para adequação para as novas regras de rotulagem. “A resolução veio dar um prazo maior para as empresas utilizarem aquelas embalagens estocadas que já estão impressas mas sem as adequações na rotulagem nutricional. Esta decisão é importante para as indústrias, principalmente para as menores que, para viabilizar custos, imprimem uma quantidade maior, o que leva tempo para esgotar. Com a medida, não será necessário descartar essas embalagens, mas é preciso que as empresas já providenciem o registro dos novos rótulos no órgão fiscalizador, observando as indicações da nova legislação”, Letícia Vieira, consultora técnica em Qualidade do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS).  Acesse a resolução completa aqui.A consultora do Sindilat/RS alerta ainda que as embalagens adquiridas a partir de 09/10/2023 devem atender ao disposto na RDC 429/2020 e na Instrução Normativa (IN) 75/2020. “As novas regras incluem a adoção da informação nutricional na parte frontal e questões como letras pretas em fundo branco e a identificação dos açúcares totais e adicionais”, indica. Bebidas e alimentos embalados também devem trazer o símbolo de uma lupa assim como a descrição “ALTO EM” para quantidades de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio conforme a RDC 429/2020 .

A fim de ajudar a indústria neste processo de transição, o Sindilat/RS em parceria com o Sebrae RS, vem realizando Seminários sobre Rotulagem de Alimentos. A 2ª edição será na cidade de Frederico Westphalen, no dia 10/11, a partir das 14h, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). As inscrições para o curso, que será no formato presencial, já estão abertas e podem ser realizadas através de contato com o SINDILAT/RS no telefone (51) 98909-1934 ou através do e-mail sindilat@sindilat.com.br. Acesse a matéria completa aqui.  *Com informações de www.gov.br/anvisa (Assessoria de imprensa SINDILAT)


Tomar leite pode te ajudar a dormir melhor?

Com uma parcela significativa da população relatando insônia e dificuldades para dormir, as pesquisas têm trabalhado em identificar compostos que possam contribuir para a melhoria da qualidade do sono.Com certeza, em sua roda de amigos, você já ouviu diversos relatos associados ao sono, e as dificuldades enfrentadas por alguns. E claro, nesse mesmo conteúdo, muitos informaram fazer uso de algum suplemento, como a melatonina, por exemplo. Mas será essa a única alternativa/opção possível? As pesquisas têm mostrado novidades para esses consumidores, e para nossa surpresa, algumas delas já estão na nossa casa: o LEITE!

A ingestão de leite e outros derivados lácteos têm sido apontadas como bons promotores da qualidade do sono. Dentre os componentes do leite que promovem o sono estão vitamina B12, nucleosídeos e, principalmente o triptofano. Esse aminoácido não é sintetizado pelo nosso corpo, porém está presente no leite em quantidade significativa. O triptofano é responsável por modular a produção de serotonina (neurotransmissor que proporciona a sensação de bem-estar). A serotonina, por sua vez, é utilizada na síntese de melatonina, o “hormônio do sono”.

Dentre as proteínas presentes no leite, a α-lactoalbumina é a que contêm maior teor de triptofano. Além disso a composição de aminoácidos da lactoalbumina permite que a barreira hematoencefálica seja atravessada, favorecendo ainda mais o mecanismo de ação.

Uma pesquisa realizada na Coréia do Sul e publicada no Journal of Medicinal Food avaliou os impactos do leite sobre a qualidade do sono, considerando o horário de coleta do leite. Ou seja, será que as vacas seriam capazes de produzir leite com quantidades diferentes de “indutores do sono”, dependendo do horario de ordenha?

No estudo coreano, foram oferecidas porções dos diferentes tipos de leite aos roedores, avaliando as características associadas ao sono e suas atividades motoras e funcionais. Os resultados mostraram que os animais do grupo que consumiu o leite noturno apresentaram maior tempo de sono. Além disso as análises realizadas no leite, confirmaram que o leite noturno possuía níveis 10 vezes maiores para melatonina e cerca de 25% a mais para os teores de triptofano. Contribuindo para tal, Romanini et al. (2019), relatou em sua pesquisa que a concentração de melatonina no leite ordenhado pela manhã (leite noturno) foi de 14,87 µg/ml, enquanto no leite ordenhado no período da tarde (leite diurno) foi de 6,98 µg. Tais resultados podem ser justificados, pois os nutrientes que compõem o leite são transportados pelo sangue, sendo assim, alterações no sangue, como concentração de hormônios e outras substâncias, podem impactar na composição do leite.

Então, lembra daquele conselho que sua avó já te dava: “tome um copo de leite morno antes de ir dormir” ... Ela já sabia o que estava dizendo e o quanto o leite pode fazer bem para a nossa saúde! (Milkpoint)

RS é o estado mais atuante no combate à brucelose e tuberculose

A indenização de bovinos de leite foi destaque entre os valores aportados pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul no último trimestre. Entre julho e setembro, foram destinados mais de R$ 2,26 milhões para a indenização de produtores, através do Programa Nacional de Erradicação de Brucelose e Tuberculose. Os números foram apresentados na Assembleia Geral de prestação de contas do Fundesa-RS, realizada nesta segunda-feira.

Para o presidente do Fundo, Rogério Kerber, trata-se de um importante trabalho desenvolvido pela cadeia de produção leiteira do Rio Grande do Sul. “É o único estado brasileiro atuando desta forma, procurando os eventos sanitários e saneando o rebanho. Este é o caminho para alcançar o atendimento ao mercado internacional.”

E o Fundesa segue também investindo na tecnologia para promover a segurança dos rebanhos e a melhor atuação do Serviço Veterinário Oficial no Rio Grande do Sul. Também no terceiro trimestre deste ano foi aprovado o recurso para ampliar as funcionalidades da Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS (PDSA-RS). O novo módulo atuará na emissão e gestão de autos de infração, no contexto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal. O trabalho será realizado dentro do Acordo de Cooperação Técnica com a Universidade Federal de Santa Maria, ao longo de 36 meses, com um investimento de R$ 2,25 milhões. “Era a última etapa para eliminação total de papeis no âmbito da defesa sanitária animal do estado”, pontua Kerber.

Ações de prevenção à Influenza Aviária também contaram com volumoso investimento de recursos. Foram mais de R$ 228 mil no trimestre, em função dos casos de Influenza Aviária registrados em aves silvestres e, por último, em mamíferos marinhos. Foram necessários novos aportes para a aquisição de materiais de coleta de amostras, de equipamentos de proteção como macacões e luvas, e até mesmo sedativos que possibilitem o exame de animais de maior porte. (Fundesa)


Jogo Rápido

O que você faria se pudesse encontrar os tomadores de decisão do leite brasileiro?
Imagine você compartilhando informações, insights e ideias com os tomadores de decisão do que corresponde a 67% do leite inspecionado do país? Agora pense o quão valioso seria esse momento para sua carreira, empresa ou propriedade. Imaginou? Agora é a hora de transformar em realidade!  Os tomadores de decisão de 67% do leite inspecionado no Brasil já confirmaram presença no Dairy Vision 2023. Os principais agentes da indústria de laticínios estarão juntos, em um só lugar, discutindo tendências, antevendo possibilidades e realizando um networking do mais alto nível.  O Dairy Vision 2023 será um marco na indústria láctea! Líderes e tomadores de decisão dos mais importantes elos da cadeia já confirmaram presença. Chegou a sua vez!  Este é um convite exclusivo para você, que ainda não garantiu seu ingresso! Além da oportunidade de networking e aprendizado junto aos líderes mais influentes da indústria, o evento contará com palestrantes nacionais e internacionais debatendo temas inéditos que moldarão o futuro da cadeia láctea. Faça parte desse momento histórico você também!  Dias 07 e 08 de novembro, A Expo Dom Pedro, em Campinas/SP, será palco do melhor evento do leite mundial. Clique aqui para conferir os detalhes da programação e fazer sua inscrição.  Para mais informações ou compra de pacotes de ingresso com desconto: (19) 99247-5347 ou thais@milkpointventures.com.br 


 

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Porto Alegre, 17 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.005


Estudo reafirma a ‘tropicalização’ de cálculos sobre emissões no agro

Estudo do Observatório da Bioeconomia da FGV recomenda que o Brasil apresente suas métricas de emissão da agropecuária para se posicionar como líder da agricultura sustentável

Um touro criado no Brasil emite 72 quilos de metano anualmente. Um boi com mais de dois anos de idade, não confinado, emite entre 63 kg a 72 kg de metano anuais, dependendo do Estado da Federação em que está sendo criado.

Um bezerro emite 34 kg se tiver menos de um ano, mas serão 52 kg aos dois anos. Vaca de leite, depende — se for de baixa produção, entre 81 e 93 quilos, e a de alta produção, entre 60 a 96 quilos. Essas informações demonstram que padrões de emissão da agropecuária brasileira foram tropicalizados há anos e são diferentes dos preconizados por organismos internacionais.

Os dados fazem parte de uma acurada análise de pesquisadores do Observatório de Bioeconomia do Centro de Estudos do Agronegócio da FGV. O estudo organiza métricas de emissões de gases-estufa na agropecuária brasileira e derruba argumentos do setor para ter reivindicado sua exclusão do Projeto de Lei 412/2022, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil e avançou no Senado há dez dias.

Na introdução de suas 85 páginas, o estudo “Quantificação das emissões de GEE no setor agropecuário: Fatores de emissão, métricas e metodologias” faz uma apresentação de como funciona o sistema do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) da ONU, mostra as disparidades com o sistema nacional e indica os gargalos e desafios para que o inventário de emissões do país avance.

“O debate sobre o mercado de carbono explodiu, e começaram a falar coisas equivocadas sobre as emissões brasileiras do agro”, afirma Eduardo Assad, pesquisador do Observatório da Bioeconomia e coordenador do estudo.

“Disseram que os fatores de emissão no Brasil não são tropicalizados, mas isso ocorre há mais de 20 anos. Falaram que as métricas que usamos não são corretas e que têm que estar de acordo com as metodologias internacionais”, continua Assad, arquiteto do Plano ABC, da Agricultura de Baixo Carbono. “Ou que não é possível medir quanto emitem as vacas, o que é mentira”.

“A primeira mensagem do estudo é que os fatores de emissão do Brasil estão tropicalizados há muito tempo. A segunda, que temos ferramentas importantes que permitem calcular as pegadas de carbono e emissões em qualquer setor da agropecuária brasileira sem precisar recorrer a mecanismos e calculadoras estrangeiras”, diz.

Assad foi o coordenador técnico do último inventário nacional das emissões de gases-estufa, de 2020, um compromisso que o Brasil assumiu na Convenção da Mudança do Clima da ONU. “Foi um trabalho enorme, que embasou a 4ª Comunicação Nacional do Brasil à ONU e envolveu 300 pesquisadores”, lembra.

O estudo de agora retoma as informações do inventário e as relaciona com métricas internacionais. “É uma espécie de freio de arrumação. É preciso colocar equilíbrio na discussão. Prejudica o mercado não existir validação desses dados e métricas, que têm robustez científica”, diz Assad.

O estudo indica discrepâncias no uso de réguas internacionais de medição em relação às nacionais. O IPCC, por exemplo, considera que os bois emitem 56 quilos de metano por animal ao ano, “do Oiapoque ao Chuí, enquanto nós trabalhamos com boi de mais de 2 anos, boi até 2 anos, bezerros. E vamos criando categorias para demonstrar quanto realmente a pecuária emite no Brasil”, continua. O índice do IPCC é único para toda a produção na América Latina.

“O estudo mostra como é complexo mensurar um sistema que é tão heterogêneo”, diz a bióloga Camila Genaro Estevam, também pesquisadora do Observatório e autora do estudo. “Criar um boi no Pará é diferente de criar um boi no Rio Grande do Sul. Mas o IPCC tem um número de fator de emissão para fermentação entérica que é único para todas as classes de bovinos”, explica.

“Nós, contudo, observamos raças diferentes, que terão alimentação diferente, estarão em sistemas produtivos diferentes. Podem estar em uma pastagem bem manejada ou em uma degradada, ter um tipo de alimentação com aditivo alimentar, como no Rio Grande do Sul, ou ser um boi que se alimenta exclusivamente de pasto, como no Pará. Isso dá diferença nas emissões”, afirma.

Outra distorção, observa Camila Estevam, está no cálculo das emissões da soja. As métricas do IPCC podem estimar emissões três vezes superiores aos cálculos dos valores nacionais. O ponto da discórdia é o uso de nitrogênio, fertilizante de alta emissão. “Os cálculos do IPCC consideram que usamos nitrogênio, mas a soja brasileira usa fixação biológica de nitrogênio, que é prática sustentável, assim como o plantio direto”, esclarece Assad.

A terceira mensagem do estudo é pressionar órgãos internacionais a reconhecerem as métricas e práticas adaptadas à realidade tropical. “O Brasil deve se posicionar como líder da agricultura sustentável, apresentando um conjunto claro de critérios e métricas de emissão”, recomenda o estudo. (Globo Rural via Valor)


Gdt - Global Dairy Trade

Fonte: Gdt - Global Dairy Trade adaptado pelo SINDILAT/RS

 

CONSUMO DE LEITE | LEITE: IMPORTANTE EM TODAS AS FASES DA VIDA, MAS NA INFÂNCIA É ESSENCIAL

 

Nutricionista explica como o baixo consumo desse alimento pode comprometer o desenvolvimento da criança e empresário, que atua no mercado leiteiro há 40 anos, fala sobre a evolução deste produto.

 

Uma proteína barata, de fácil acesso e fonte de importantes substâncias essenciais ao organismo humano como vitamina A, vitaminas B1 e B2, cálcio e fósforo.

Esse é o leite, um alimento rico e que acompanha a grande maioria das pessoas da infância à melhor idade. Mas é quando somos crianças que essa bebida tão consumida no mundo se torna mais importante ainda.

 

De acordo com a nutricionista Marinna Reis, o leite, incluindo o de vaca que é o mais consumido no mundo, traz vários benefícios à saúde e ao desenvolvimento infantil. “É uma proteína que ajuda principalmente no fortalecimento muscular e no crescimento da criança.

 

Além disso, o leite é uma excelente fonte de micronutrientes como a vitamina A, que na fase da infância é extremamente relevante, porque é um nutriente que está ligado a funções importantes do corpo, como os sentidos (a visão em especial), ao crescimento de órgãos e tecidos e ao fortalecimento da imunidade”, explica a nutricionista.

 

Marinna alerta que a falta do leite na infância, pode causar alguns atrasos no desenvolvimento da criança. “A falta do leite nesta fase da vida prejudica muito, principalmente se a criança não tiver uma alimentação equilibrada. Sem ele, temos que pensar em uma fórmula para suprir todos os nutrientes que o leite traz, como: uma boa quantidade de vitamina D, Vitamina A, cálcio e outros”, enfatiza.

 

Evolução

Mas o leite para ser consumido em larga escala como é hoje passou por um longo processo de evolução. O que o diga quem hoje é responsável pela produção deste alimento, como o empresário e industrial André Luiz Rodrigues Junqueira, presidente do grupo Marajoara Laticínios.

 

Ele explica que por ser um alimento de origem animal, o leite de vaca e seus derivados precisam atender a um extenso e rigoroso conjunto de normas sanitárias.

 

“Da ordenha até seu envase na fábrica e também o seu transporte e armazenamento. De fato, são muitos cuidados que precisam ser tomados, mas essenciais para que o leite chegue pronto e seguro para consumo de todos, inclusive das crianças”, afirma o empresário, cuja família há mais de 40 anos atua no mercado leiteiro.

 

Segundo André Luiz Rodrigues, o leite chegou ao alto padrão de segurança alimentar que tem hoje graças à modernização dos seus processos industriais de beneficiamento. “É um produto que passou a ser totalmente seguro para o consumo quando começou a ser produzido em escala industrial, pois dessa forma é possível acompanhar o padrão de qualidade exigido pelas normas sanitárias que temos no país”,

ressalta.

 

André explica que essa evolução do leite como produto está presente especialmente nos métodos de conservação. “Hoje, os modernos processos de pasteurização e de esterilização, por meio do método UHT [da sigla em inglês para Ultra High Temperature], garantem um produto estéril de quaisquer microorganismos nocivos à saúde e, ao mesmo tempo mantêm as características essenciais de nutrição e sabor”, esclarece o industrial.

 

O executivo do Grupo Marajoara ressalta ainda que o leite é ainda um dos poucos alimentos produzidos em larga escala que é 100% natural.

 

Ele explica que a legislação sanitária brasileira não permite a adição de nenhum tipo de conservante ao leite, o que faz do alimento uma opção ainda mais saudável, tanto para adultos quanto para crianças. “É um alimento completo, de alto valor nutricional, totalmente seguro para o consumo, desde que passe por todas as etapas de processamento, e altamente acessível à população”, destaca André Luiz. (Compre Rural)


Jogo Rápido

Prêmio Sindilat de Jornalismo recebe inscrições até 01/11
Está chegando ao fim o prazo para a inscrição de trabalhos na 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. As criações que abordem a temática do leite podem ser enviadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) até o dia 1 de novembro. São três as categorias em disputa: Impresso, Eletrônico e On-line. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular Iphone. Os segundos e terceiros classificados receberão um troféu de colocação. Para se inscrever é necessário enviar cópia da matéria, além de documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida e assinada ao e-mail imprensasindilat@gmail.com. O link está disponível abaixo, juntamente com o de acesso ao Regulamento completo. Realizada anualmente, a distinção irá premiar os melhores trabalhos que tenham sido produzidos no prazo entre 02/11/22 e 01/11/23. Não há limite de número de publicações a serem inscritas pelos candidatos e cada uma deve ser protocolada separadamente. A divulgação dos finalistas está prevista para acontecer até o dia 25 de novembro. Regulamento aqui. Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT/RS)


 

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Porto Alegre, 16 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.005


2º Seminário Alterações na Legislação de Rotulagem de Alimentos será em Frederico Westphalen 

Dando sequência ao debate das modificações surgidas a partir da alterações na Lei da Rotulagem de Alimentos, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), em parceria com o Sebrae RS, promoverá a 2ª edição do Seminário na cidade de Frederico Westphalen. A formação acontecerá no dia 10/11, uma sexta-feira, a partir das 14h, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). 

“A fim de que o projeto atenda às necessidades das empresas, o Sindilat/RS, através de seu grupo técnico de trabalho da área da qualidade das indústrias, levantou as principais dúvidas sobre o tema para preparar a formação. Além disso, destinamos um momento para que as empresas apresentem suas embalagens e tirem suas dúvidas”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do sindicato. As inscrições para o curso, que será no formato presencial, já estão abertas e podem ser realizadas através de contato com o SINDILAT/RS no telefone (51) 98909-1934 ou através do e-mail sindilat@sindilat.com.br

A formação será conduzida por Giuliana de Moura Pereira, engenheira de Alimentos, de Segurança do Trabalho e mestre em Engenharia de Produção, e inclui o debate sobre as principais legislações do tema, incluindo as normas do Ministério da Agricultura, ANVISA, Inmetro e outras; regras e aplicações da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 429; regras e aplicações Instrução Normativa nº 75; cálculo das informações nutricionais para rotulagem; como fazer as novas embalagens?; o que deve ser feito com as embalagens antigas?; e exigências de rotulagem para o Mercosul. 

Desde o dia 09/10 encerrou o prazo para adequação às novas regras de rotulagem de alimentos, incluindo a adoção da tabela nutricional frontal. As mudanças exigem questões como letras pretas em fundo branco e a identificação dos açúcares totais e adicionais. As empresas têm prazos diferentes para se adaptarem, variando de 2023 a 2025, dependendo do tipo de alimento ou bebida. Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 819/2023 da Anvisa, que alterou a RDC 429/2020, está permitida a utilização até o dia 9/10/24 dos estoques de embalagens e rótulos que tenham sido adquiridos pelas empresas até 8/10/23. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)


Indústria reconhece problema e auxilia produtor

Cooperativas ligadas à CCGL, que processa 2 milhões de litros por dia, fornecidos por 2,8 mil produtores, têm dado assistência às propriedades leiteiras para ajudar a reduzir os custos e aumentar o desempenho para dentro da porteira.

A indústria ligada aos tambos também sente o impacto da escalada das importações de leite e derivados do Mercosul. O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados (Sindilat-RS), Darlan Palharini, admite que a pressão dos itens procedentes dos países vizinhos obriga o setor a reduzir os valores pagos aos pecuaristas e também levou empresas a fechar as portas nos últimos anos. As perspectivas para os próximos meses, afirma o dirigente, ficaram ainda mais desanimadoras após a decisão recente do governo argentino, de suspender até 31 de dezembro deste ano a cobrança das chamadas “retenciones”, impostos aplicados sobre o valor das exportações de leite em pó e outros lácteos.

O ingresso da produção de leite de Minas Gerais e Goiás no mercado também traz preocupação. “Somando isso, dá mais do que uma Argentina e um Uruguai em incremento de produção. A única esperança que a gente tem é (a alta do) câmbio, isso acaba sendo um inibidor das importações”, diz Palharini. Na avaliação do dirigente, ao mesmo tempo que obriga as empresas a adequar preços ao que o consumidor está disposto a desembolsar pelos alimentos, a conjuntura atual exige dos pecuaristas uma eficiência cada vez maior. “Os produtores no Rio Grande do Sul já têm uma boa produtividade por animal. Não temos tido a situação que já é relatada por outros estados, de laticínios deixarem de coletar leite na ‘Linha X’ ou ‘Y’. Ainda que os preços não estejam de acordo, o produtor tem uma renda certa”, diz.

O presidente da CCGL, Caio Vianna, também vê com apreensão o avanço das importações de lácteos e diz que a organização aposta em assistência técnica para ajudar os produtores a reduzir custos de produção e turbinar o desempenho dentro da porteira. “As importações estão fazendo um estrago muito grande. Quando o mundo se liberou da pandemia, houve um excesso de con sumo, os preços dos alimentos subiram. Passado esse momento, os preços caem e (temos) leite importado chegando ao Brasil com preço de 25% a 30% mais baixo que o que estamos praticando aqui”, diz o dirigente.


Foto: CCGL / DIVULGAÇÃO / CP

Com 27 cooperativas associadas e sede em Cruz Alta, a CCGL processa por dia cerca de 2 milhões de litros de leite, fornecidos por 2,8 mil produtores. “Muitos desses eram pequenos produtores, que as cooperativas fizeram crescer, e não vão sair da atividade”, afirma Vianna. Hoje, os pecuaristas parceiros da organização produzem em média 7,9 mil litros de leite por hectare por ano, ante a média brasileira de 3,2 mil litros por hectare. No caso dos produtores gerenciados pela assistência técnica da CCGL, esse desempenho anual sobe para 17,9 mil litros por hectare. “Precisamos tornar a nossa produção brasileira mais profissionalizada. E, para isso, não é só cobrar do produtor: é ver o que as empresas e as áreas técnicas estão fazendo, o que existe de políticas públicas para estimular o produtor”, destaca Vianna. (Correio do Povo)

Alimentação de animais a pasto equilibra custos

Situada em Serafina Corrêa, a Granja Perin é referência em técnicas de manejo de bovinos em sistemas a pasto. Focada na criação de gado Jersey, a propriedade tem um rebanho de 60 vacas, a metade em ordenha, e coleta diariamente uma média de 650 litros de leite. Essa produção, destinada a uma cooperativa, responde por 80% da renda da família, que trabalha também na terminação de suínos, com um total de 500 animais.


Propriedade de Gilson Perin ( à direita, com o pai, Roque Perin), apostou em melhoramento genético e melhoria de pastagens, obtendo uma produção média de 23 a 24 litros diários por vaca, mas a baixa rentabilidade da pecuária inviabiliza novos investimentos | Foto: Embrapa trigo / Divulgação / CP.

Segundo o pecuarista Gilson Perin, que assumiu o comando da fazenda em 2013, a granja de pouco mais de 20 hectares investiu em melhoramento genético e melhoria de pastagens nos últimos 10 anos. Integrante do projeto Elite a Pasto, desenvolvido pela Emater/RS-Ascar em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do município, o criador conseguiu aumentar em até quatro litros a produção de leite obtida por animal desde 2020, com o cultivo da gramínea tifton 85 no verão e de trigo e centeio no inverno. “Hoje, as vacas produzem por dia em torno de 23 a 24 litros”, afirma Perin. A sanidade animal é outra parte importante do trabalho da propriedade rural, certificada como livre para tuberculose e brucelose.

Segundo Perin, o tambo ainda se mostra rentável porque o sistema a pasto envolve custos menores na comparação com outros tipos de produção leiteira. Mas, com a redução dos preços do leite, a “euforia” proporcionada pela eficiência na atividade já ficou para trás. “Hoje, a margem de lucro gira em torno de R$ 0,40 a R$ 0,50 por litro. Com esse resultado, tu não consegues seguir investindo, comprar novos maquinários, ampliar instalações”, avalia o pecuarista. “Está entrando bastante leite (importado), acredito que quando parar um pouco o leite vai subir de novo.” (Correio do Povo)


Jogo Rápido

11º Fórum Internacional de Gestão Ambiental
Organizado pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI), o 11º Fórum Internacional de Gestão Ambiental (FIGA), que será realizado na quinta, 19, e na sexta-feira, 20, na sede do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) (Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, 80 - bairro Praia de Belas), em Porto Alegre. Na quinta-feira, 19, o evento se iniciará com a abertura oficial, às 9h, em que estarão presentes autoridades da ARI, da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), do Governo do Estado, da Prefeitura de Porto Alegre e do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). A conferência de abertura, com Iva Miranda Pires, acontecerá às 10h. Já às 11h, será discutido o tema 'Modos e escalas de produção de alimentos, relações entre produtores e consumidores', com Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas); Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat); Francisco Milanez, da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). A moderação será de Cláudia Coutinho, primeira vice-presidente da Associação. Confira a programação completa clicando aqui. (Coletiva.NET - adaptado pelo SINDILAT/RS)
 


 

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Porto Alegre, 11 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.004


Crescimento das importações de leite aumenta pressão por medidas de apoio ao setor

Reunidos em Audiência Pública realizada pela Comissão da Indústria, Comércio e Serviços da Câmara Federal, representantes do setor do leite de diversos estados brasileiros foram uníssonos nesta terça-feira (10/10) na cobrança urgente da adoção de medidas mais efetivas por parte do Governo Federal Brasileiro para salvar o mercado nacional diante da invasão de leite estrageiro nas prateleiras do país. 

A pauta vem se agravando desde o início deste ano, quando a aquisição do alimento, de origem principalmente dos vizinhos Argentina e Uruguai, aumentou substancialmente. Os números apresentados pelo presidente da Comissão, deputado federal Heitor Schuch (PSB), corroboram. “Em 2021, foram 42,8 mil toneladas. No ano passado, 21,1 mil toneladas. E neste ano, até setembro, já são mais de 69 mil toneladas. Estes são dados oficiais do Governo Federal. A grande pergunta que cabe é: qual a nacionalidade das vacas que produziram este leite? Será que é só da Argentina, do Uruguai, ou de outras partes do mundo? Esta importação vai quebrar primeiro os produtores, depois cooperativas, indústrias e o nosso país”, alertou o parlamentar, ao sugerir, por exemplo, a adoção de limitadores, como cotas para importação. 

Em quatro níveis de ações, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, reforçou uma lista de medidas que podem ser adotadas para frear a entrada do leite dos países do prata, dando fôlego para a produção interna. A primeira delas, uma mudança na incidência de PIS/COFINS com aumento do crédito presumido para 100% na compra de insumos, perfazendo R$ 0,1179 de crédito por litro. “Este valor seria em crédito fiscal do Governo, e as indústrias de laticínios injetariam o recurso diretamente na economia por meio do pagamento ao produtor com efeito multiplicador de R$ 3 para cada R$ 1 aplicado na atividade leiteira”, explica. 

A segunda sugestão defendida pelo Sindilat/RS mira o escoamento da produção nacional num caminho inverso ao que vem sendo observado, com a adoção de um Prêmio para Escoamento do Produto (PEP), principalmente de produtos acabados, como leite em pó, queijos, cremes e leite condensado, inaugurando uma nova política para setor leiteiro com incentivo para a exportação. Completam este conjunto de medidas, a oferta de linhas de crédito pela União para produtores e indústrias de laticínios, com prazo de 13 anos, e o estabelecimento de Fundo Nacional de Sanidade do Leite (FNSL) com o recolhimento de percentuais pela indústria; e, para importados, pagamento para o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite).

É possível acompanhar o debate através do link. (As informações são da Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)


Após cinco meses de queda, varejo sinaliza melhora, mostra indicador

Vendas no varejo brasileiro subiram 1,6% em setembro, segundo o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo

Após cinco quedas consecutivas, as vendas no varejo brasileiro subiram 1,6% em setembro ante setembro do ano passado, segundo o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, cujo resultado foi antecipado ao Valor. Em agosto, as vendas no indicador haviam caído ante 2,1% ante mesmo mês em 2022. Na comparação com agosto, as vendas subiram 0,7% em setem

Além disso, continuou o técnico, as taxas positivas em setembro sinalizam perspectivas positivas para o setor no quarto trimestre. O período conta com datas importantes de vendas para o varejo, como Black Friday em novembro; e Natal, em dezembro.

Calculado pela Stone em conjunto com o Instituto Propague, o índice tem como base dados públicos da Re , o índice tem como base dados públicos da Receita Federal, e dados transacionais de cartão dos clientes do grupo StoneCo.

O indicador aponta que o varejo está se recuperando, são bons [sinais]”
— Matheus Calvelli

Ao falar sobre as razões que levaram ao avanço no indicador, Calvelli explicou que ocorreram melhoras nas vendas de três setores importantes no faturamento do comércio. Um deles foi móveis e eletrodomésticos, que mostrou variações positivas, de venda, tanto na comparação ante mês anterior (2%) quanto em relação a igual mês de 2022 (1,6%). “Tivemos também saldo positivo em artigos farmacêuticos na comparação com igual mês do ano passado [0,6%] que também foi muito importante para compor o resultado.”

O outro setor que também teve boa performance de vendas, em setembro, foi o de combustíveis e lubrificantes. Calvelli explicou que, embora seja pesquisado e usado para cálculo do indicador da St, eles preferem não detalhar evolução de vendas no segmento. Isso porque, especificamente o nicho de combustíveis, precisa de série histórica mais longa para eliminar possíveis efeitos sazonais. “Mas podemos informar que, na comparação com setembro [do ano passado] as vendas em combustíveis subiram quase 10%.”

Quando questionado se o contexto macroeconômico, com inflação mais baixa - que confere maior espaço no orçamento do consumidor - pode ter ajudado a elevar demanda e, com isso, vendas no comércio, o especialista foi cauteloso. Ele ponderou que, se por um lado os preços não sobem tanto, os juros de mercado continuam elevados. Isso inibe compras a compras a prazo, por exemplo. Ao mesmo tempo, ele recordou que o endividamento das famílias ainda opera em patamar elevado.

“Mas, de fato, podemos dizer que há sinais de demanda positiva no comércio” disse. “O indicador aponta que o varejo está se recuperando, são bons [sinais].”

Calvelli, no entanto, faz ressalva. Mesmo com dados positivos em setembro, notou, foram meses de atividade econômica, inferior a 2022, ao longo de 2023 - além de menor demanda, e menor ritmo de vendas, no varejo. “O comércio varejista segue ainda pressionado”, disse. “Mais meses de dados são necessários para confirmar estabelecimento de tendência positiva”, concluiu. “Não quer dizer que estamos em ‘mar de rosas’. Ainda temos muito a caminhar.” (Valor)

Os produtos Deale agora tem selo Halal

Você já percebeu o novo selo nas embalagens Deale? Sabe o que significa?

O selo Halal exige das indústrias a implantação de uma série de padrões e controles de qualidade, higiene, armazenamento e produção, que são mais rigorosos do que os adotados na indústria comum de alimentos. No mundo todo, há uma tendência pelo consumo de produtos Halal por não-muçulmanos, que buscam produtos mais seguros, éticos e saudáveis.

 

Jogo Rápido

LEITE: Protocola do PL contra benefícios
O deputado Heitor Schuch (PSB/RS) protocolou o projeto de lei (PLP 217/2023) que veda a concessão de benefícios fiscais a empresas que utilizam leite importado como matéria-prima. “Tem que comprar do produtor nacional. Hoje, no RS, o preço médio do litro pago ao produtor está na média de R$ 1,88”, disse o parlamentar durante audiência pública realizada na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, ontem, em Brasilia. Hoje, a Fetag-RS e a Contag promovem mobilizações nacionais em busca de apoio ao setor. No RS, a concentração será em Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, a partir das 9h. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 10 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.003


Uruguai: Conaprole aposta no norte da África e em leite em pó de qualidade

Durante a última Reunião Ordinária Anual da Sociedade de Produtores de Leite da Flórida (SPLF), o presidente da Conaprole, maior cooperativa de lácteos do Uruguai, Gabriel Fernández, fez um ajuste fino da situação da cooperativa. O executivo indicou que a empresa fechou seu ano fiscal 2022/23 com um faturamento recorde de cerca de US$ 1,050 bilhão. Ele disse que a cooperativa não tem outra alternativa para agregar mais valor ao leite enviado por seus associados do que o mercado externo.

Nesse sentido, disse que a cooperativa pretende crescer em mercados no Norte de África, além da Argélia. Além disso, destacou que está focado na produção de leite em pó de qualidade, unidade de negócios que teve um faturamento transcendente durante o último ano em decorrência de diferentes acordos comerciais fechados com as principais empresas de laticínios do mundo. Ele deu como exemplo, uma aliança que foi criada com a Nestlé Brasil para a qual já foram fechados negócios por cerca de US$ 150 milhões.

Por outro lado, Fernández informou que teve um encontro presencial com o presidente da República, Luis Lacalle Pou. "A próxima missão que irá para a China levará os lácteos como bandeira", disse o presidente da Conaprole. Ele lembrou que a potência asiática importa cerca de 500 mil toneladas de leite em pó, volume que 95% é fornecido pela Nova Zelândia, país que a partir de 2024 entrará nesse mercado com tarifa de 0%.

O presidente da cooperativa considerou "lógico" que o Uruguai possa pedir à China uma cota modesta para entrar sem pagar tarifas. Ele disse que, por exemplo, uma cota de 50 mil toneladas a um preço de US$ 3 mil seria de cerca de US$ 150 milhões. Isso, tomado pelo preço do leite, seria 1 centavo a mais do que o produtor da cooperativa poderia receber.

Por outro lado, Fernández explicou por que a cooperativa não teve outra alternativa a não ser reduzir o preço do leite ao produtor em cerca de 7 centavos desde agosto do ano passado. Segundo ele, é "impossível disfarçar" uma queda tão brusca no preço do leite em pó. Ele acrescentou que a primeira projeção do orçamento mostrava uma diminuição do litro de leite de cerca de 10 centavos, no entanto, acabou sendo reduzida para 7 centavos antecipando um melhor desempenho do mercado interno.

"Esperamos conseguir manter esse preço no restante da primavera sem grandes choques", projetou. Ele garantiu que, com esse preço, a produção de leite é "viável", mas admitiu que será impossível pagar a dívida de US$ 100 milhões deixada pela última seca em uma única primavera. "Precisamos de três anos para pagar o período de seca", disse. Fernández anunciou que a cooperativa está trabalhando em alguma opção financeira por causa das preocupações com o que pode acontecer após o final da primavera.

As informações são do Tardáguilla Agromercados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


App para emissão de nota fiscal é apresentado a 136 sindicatos rurais e registra novas adesões

Cerca de 1,4 mil produtores do Estado estão cadastrados no Nota Fiscal Fácil

Dando continuidade ao esforço de divulgação do aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), que busca simplificar a emissão de documentos fiscais, a Receita Estadual fez contato com 136 sindicatos rurais de diferentes regiões gaúchas nos últimos dias para apresentar a ferramenta. A aproximação foi feita por e-mail e por telefone, buscando fazer com que produtores rurais tenham mais conhecimento sobre os benefícios do app.O grupo responsável pela tecnologia também fez uma apresentação para o Sindicato Rural de Piratini, no Sul do Estado, e, em breve, deve ir a Pelotas, na mesma região – as visitas são feitas conforme demanda e disponibilidade da equipe. O tema também já havia sido exposto para visitantes e produtores durante a Expointer 2023, em Esteio.O contato, feito com os sindicatos entre os dias 19 e 21 de setembro, já resultou em maior adesão da categoria ao aplicativo. Até o dia 25 de setembro, eram 1.276 produtores rurais cadastrados na ferramenta. Nos dias seguintes à divulgação, mais 217 contribuintes fizeram sua inscrição, o que representou aumento de 17%. Atualmente, são 1.493 cadastrados.

“Ainda não houve reflexo na quantidade de notas fiscais emitidas, mas tivemos um grande salto no número de cadastramentos após a divulgação direcionada. Temos convicção de que esse app facilita muito a vida do contribuinte e, por isso, buscamos fazer com que cada vez mais pessoas conheçam a tecnologia”, diz o chefe adjunto da Seção de Informações Fiscais da Divisão de Tecnologia e Informações Fiscais da Receita, Geraldo Nunes Callegari. 

O aplicativo pode ser usado por cerca de 700 mil produtores rurais de 200 tipos de produtos. A soja foi o último a ser incluído, ao longo do mês de setembro. Estão contemplados ainda produtos como frutas, legumes, verduras, arroz, gado, suínos, aves, leite, madeira, mel e fumo, entre outros. A inclusão de novos itens é feita progressivamente.

Como funciona

O objetivo do app NFF é tornar o processo de emissão de documentos fiscais eletrônicos o mais simples possível, com poucos toques na tela do celular. Dessa forma, a ferramenta se diferencia dos sistemas tradicionais, que exigem o preenchimento de vários campos.

O que os usuários devem fazer é preencher os dados sobre os produtos vendidos. Eles informam o tipo de operação, a quantidade, o preço, os clientes e os transportadores. Depois, quando a operação é autorizada, o app preenche de forma automática as informações sobre impostos e demais dados fiscais. Assim, a nota fiscal é emitida e pode ser compartilhada na hora. Sem o uso do NFF, é preciso usar o papel.

Um dos principais diferenciais do app é que ele pode ser acessado sem internet, o que torna o processo ainda mais fácil — principalmente para produtores rurais, que trabalham no campo, muitas vezes sem conexão. Dessa forma, os usuários preenchem as informações de forma off-line e, assim que o acesso à internet é restabelecido, a nota fiscal fácil é gerada.

Outros grupos

Além dos produtores rurais, podem usar o aplicativo os transportadores autônomos de cargas e os donos de empresas enquadradas no Simples Nacional – para estes, as notas podem ser emitidas para os casos de revenda de qualquer tipo de produto ou de produção própria de bares, restaurantes e similares. O uso da tecnologia também será liberado em breve para os microempreendedores individuais (MEIs).

Origem gaúcha

O app foi concebido pelo Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat). A tecnologia utilizada para o desenvolvimento do sistema foi da Procergs, em um projeto que contou com a parceria da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), por meio da Receita Estadual, e do Sebrae Nacional. A ferramenta também é usada em outros estados do país.

Lançada em setembro de 2020, a iniciativa promove a transformação digital na área da administração tributária, buscando disponibilizar os benefícios da tecnologia aos que mais necessitam do apoio do Estado. É uma alternativa de inclusão digital e de inserção de contribuintes na base da Sefaz, mantendo a conformidade fiscal. 

O app está disponível na App Store (iOS) e na Play Store (Android). Para acessar, é preciso usar o login da plataforma gov.br. Cada produtor pode instalar o NFF em até dez aparelhos. (SEAPI)

Impactos do El Niño na produção leiteira no Sul do País e como preveni-los

Diferentemente do ano de 2022, em que o fenômeno climático em ação era o La Nina, em 2023 é o El Nino que está em plena atividade. Caracterizado por um aquecimento acima do normal na região equatorial do Oceano Pacífico, os impactos do fenômeno são distintos ao longo do vasto território brasileiro.

Na região Sul,  espera-se um volume de chuvas acima do normal e um aumento da temperatura média em decorrência do El Niño. As condições oceânicas observadas e a tendência no Oceano Pacífico Equatorial, mostram valores de anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) maiores que 0,5°C desde junho de 2023, indicando condições de El Niño.

Nas últimas semanas houve uma intensificação da condição apresentada, indicando uma presença do fenômeno em níveis mais elevados.

O modelo de previsão de El Niño-Oscilação Sul (ENOS), do APEC Climate Center (APCC), centro de pesquisa sediado na Coréia do Sul, identificou uma probabilidade de 90% ou mais, de que as condições de El Niño se estenderão durante os meses de primavera e início do verão 2023/2024. Além disso, o modelo também indica alta probabilidade de que o fenômeno se intensifique, chegando à categoria de classificação forte nos próximos meses, com chance até mesmo de categoria muito forte para o fim de novembro e decorrer de dezembro.

Quais impactos o El Niño causa na produção leiteira do Sul?

O excesso de chuva nos próximos meses pode intensificar o excedente hídrico, causando o encharcamento do solo e, consequentemente, prejudicando a colheita da safra de inverno e o início do plantio das culturas de grãos.

Consultado pela equipe do MilkPoint, Wagner Beskow, sócio-diretor da Transpondo Consultoria Agropecuária e colunista aqui no site, destacou que o El Niño geralmente proporciona anos bons quando olhamos o setor agro como um todo. “O fenômeno geralmente traz consigo anos bons para a região Sul quando falamos de produtividade. Viemos de três anos de seca, estiagens fortes que trouxeram grandes prejuízos”, destacou.

Em um breve resumo da região, Wagner destacou a desuniformidade. “A situação está desuniforme. Temos regiões com muitas chuvas e temperaturas acima da média, como era esperado. Por outro lado, alguns locais estão quentes e sem tantas precipitações. E ainda existe regiões que a temperatura está abaixo do esperado, como a metade Sul do Rio Grande do Sul”, disse Beskow.

Quando falamos da cultura do milho, existe uma janela de plantio diferente entre as regiões devido as condições climáticas. Nas regiões mais quentes, o plantio é feito em julho – como o exemplo da bacia leiteira de Santa Rosa, Noroeste do RS - enquanto nas regiões com temperaturas mais amenas, o plantio é realizado em agosto.  Wagner destacou que algumas regiões foram atingidas por intempéries que prejudicaram a lavoura. “Embora não seja raro, esta safra do milho sofreu até com geadas esse ano. Não dá para dizer que as temperaturas estão mais elevadas do que o normal em decorrência do El Niño, até geada se teve”, disse, destacando que o problema climático certamente afetará o desempenho da lavoura como um todo.

O aumento das precipitações causa alguns tipos de problemas, e o excesso de barro nas instalações e nos locais em que os animais transitam, tem gerado dor de cabeça para alguns produtores. “O barro é um desafio no momento, muitos produtores estão passando por essa situação. E é importante lembrar que outubro, em média histórica de 30 anos, é o mês que mais chove. E as previsões indicam que o mês será de mais chuvas do que a média apresenta, trazendo uma perspectiva desafiadora”.

Embora os desafios pela frente aparentam ser grandes, o consultor permanece confiante em um resultado positivo das chuvas que estão por vir. “Olhando o cenário de cima e embora estando um pouco cedo para dizer, acredito os efeitos positivos da chuva vão trazer resultados mais favoráveis do que desfavoráveis para o produtor de leite. Vamos aguardar o estabelecimento do milho”, conclui.

Orientações de técnicos e especialistas para driblar os impactos do El Niño

As culturas de inverno apresentam vantagens nessas condições. Devido aos dias mais nublados e precipitações mais intensas que aumentam a umidade e reduzem o calor, o ciclo se prolongou, possibilitando a disponibilidade desse tipo de alimento para o rebanho leiteiro.

Consultamos Loana Cardoso, pesquisadora em Agrometeorologia da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação e Coordenadora do Copaaergs, Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul, que lembrou que além das chuvas, os dois meses finais do ano apontam temperaturas elevadas, acendendo o alerta de atenção para problemas de estresse térmico. “O prognóstico nos indica que, além das chuvas e o barro, as temperaturas mais elevadas são um problema a mais para o fim do ano, quando falamos em produção leiteira. O cuidado que o produtor precisa ter com isso é relevante. Deve-se tentar minimizar ao máximo o estresse térmico dos animais. O conforto térmico tem impactos altíssimos sobre a produção e a produtividade dos rebanhos”, destacou a pesquisadora.

Alguns outros tipos de manejos preventivos e orientações técnicas ajudam a contornar os impactos que o fenômeno climático pode causar, atente-se:

No manejo de plantas forrageiras, promover a manutenção da cobertura de solo e de boa disponibilidade de forragem, através de cargas animais adequada; 
 
Escalonar os períodos de plantio/semeadura das forragens cultivadas para o período de primavera/verão utilizando mudas/sementes de alto vigor, para reduzir as perdas ou atrasados de implantação que podem ocorrer devido a umidade elevada no início da primavera.
 
Reduzir a carga animal na pastagem após a ocorrência de grande volume de chuva, de forma a evitar danos à pastagem pelo excesso de pisoteio;
 
Indica-se fazer silagem/feno de cultivos e pastagens de inverno/primavera, visando garantir maior disponibilidade de alimento no verão para as categorias de rebanhos mais exigentes;
 
Em virtude do prognóstico de chuvas acima da média climatológica, atentar para as instalações e o entorno para evitar formação de muito barro o que pode ocasionar problemas de casco. (Milkpoint)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto nas inscrições para Dairy Vision
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) está garantindo 10% de desconto no valor das inscrições para o Dairy Vision 2023. O evento, que busca abordar as transformações estruturais que estão ocorrendo no setor lácteo, ocorrerá nos dias 7 e 8 de novembro em Campinas (SP). Para ter aderir ao benefício é preciso acessar a página do evento e realizar a inscrição, clique aqui. O primeiro lote, com valores mais acessíveis, estará aberto até o dia 28 de setembro. O Dairy Vision 2023 se divide entre seis sessões de temas: Oferta e Demanda, Estratégia de Negócios, Consumo e Novas Fronteiras, Oportunidades e Tendências para o Varejo de Lácteos, Oportunidades a partir da Agenda Ambiental e Novas Ideias para o Futuro. No primeiro dia do evento realizado pela MilkPoint Ventures, as atividades se desenvolverão de maneira a produzir uma análise do panorama nacional e internacional, contando com a presença de especialistas da Austrália, Argentina e do Uruguai. O segundo dia abordará estratégias de negócios aplicadas à indústria láctea, associados à tecnologia e a agenda verde. (SINDILAT/RS)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.002


Canadá lança fundo para compensar produtores e indústria

O financiamento proporcionará uma compensação não reembolsável aos produtores e processadores de lácteos que perderam participação de mercado devido a concessões feitas pelo governo canadense em acordos comerciais como o CPTPP, o acordo Canadá-UE e o acordo comercial Canadá-EUA-México. O Fundo de Inovação e Investimento em Lácteos foi anunciado pela primeira vez em novembro de 2022 e novamente no Orçamento de 2023 em março deste ano. O financiamento – que será alocado em todo o Canadá por região – será entregue pela Comissão Canadense de Laticínios em nome da Agriculture and Agri-Food Canada.

Os produtores e processadores de lácteos terão acesso a apoio a projetos de média e grande escala que ajudarão o setor a gerir melhor o excedente de sólidos não gordurosos (SNF, que inclui todos os ingredientes contidos no leite, com exceção da gordura de manteiga e da água, como por exemplo, proteína e lactose). O fundo apoiará atividades que ajudem a modernizar, substituir e/ou aumentar a capacidade de processamento do SNF e minimizar o leite desnatado que não é comercializado.

A maior fatia do dinheiro, cerca de US$ 127 milhões, vai para Ontário, seguida por Quebec (US$ 109 milhões), a região oeste, incluindo British Columbia, Alberta, Manitoba e Saskatchewan (US$ 74 milhões) e o Atlântico (US$ 18 milhões), incluindo New Brunswick, Prince Edward Island, Nova Scotia, Newfoundland e Labrador. O financiamento não utilizado pode ser realocado de uma região para outra, de acordo com a Agri-Food Canada. A contribuição máxima é de US$ 75 milhões por projeto ou os fundos disponíveis na região do projeto, o que for menor.

Os projetos elegíveis devem abranger os seguintes aspectos:

resultar num aumento líquido da capacidade de processamento de matérias sólidas não gordurosas de, pelo menos, 50 milhões de litros de leite desnatado por ano, em toda a organização no Canadá (no caso da construção de novas instalações), ou resultar num aumento líquido da capacidade de processamento de matérias sólidas não gordurosas de, pelo menos, 25% e 30 milhões de litros de leite desnatado por ano em comparação com a instalação atual e em toda a organização no Canadá (no caso de projetos que envolvam a substituição de equipamentos existentes juntamente com um aumento da capacidade ou no caso de uma expansão de uma instalação existente).

Serão igualmente apoiados os custos elegíveis dos ativos de capital e dos serviços contratados, tais como a remoção e eliminação de equipamentos existentes; compra, expedição, instalação e comissionamento de novos equipamentos; instalação de novas ou ampliação de áreas de recepção e armazenamento de leite existentes; retrofits e reformas de instalações existentes; construção de uma nova instalação; formação; e tradução de materiais relacionados ao treinamento. Os custos relacionados com a compra de terrenos ou investigação e desenvolvimento não são elegíveis.

A contribuição do Fundo de Inovação e Investimento para os Lácteos para os custos de construção será de até 25%, enquanto a contribuição para outros custos elegíveis será de até 33%.

Processo de candidatura

Os produtores podem candidatar-se num processo de duas fases, que inclui um formulário de resumo do projeto – utilizado para analisar a elegibilidade do candidato e do projeto – e uma candidatura completa ao projeto, se a proposta inicial for bem-sucedida. Os candidatos têm até 3 de novembro de 2023 para enviar um formulário de resumo do projeto. O programa considerará os custos elegíveis para reembolso a partir de 17 de novembro de 2022, se o formulário de resumo do projeto for recebido dentro ou antes deste prazo.

David Wiens, presidente da Dairy Farmers of Canada, disse: "A Dairy Farmers of Canada saúda o anúncio do Fundo de Inovação e Investimento em Lácteos e está satisfeito em ver o governo federal honrando seu compromisso. Esta iniciativa ajudará a indústria a identificar e implementar soluções para gerenciar melhor os sólidos não gordurosos e contribuir para o futuro de um vibrante setor de lácteos canadense."

Phil J. Vanderpol, presidente da Associação de Processadores de Lácteos do Canadá, acrescentou: "Este novo programa apoiará os investimentos muito necessários na capacidade de processamento de leite no Canadá. Como se trata de um programa de fundos correspondentes, os processadores de lácteos devem se comprometer a investir na expansão da capacidade da fábrica para acessar as contribuições do governo. Esses investimentos não beneficiarão apenas a indústria de lácteos, mas, em última análise, toda a economia canadense."

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Retirada dos impostos a exportação Argentina (retenciones): possíveis impactos para o leite brasileiro

O governo argentino é bastante intervencionista em seu mercado agrícola. Uma das medidas praticadas pelo governo são as “retenciones”, tarifa cobrada sobre as exportações agrícolas argentinas, que tem objetivo de controlar a inflação interna do país – como o país é um grande exportador de commodities do Agro e, assim sendo, fica muito sujeito às variações de preços no mercado internacional, usa este mecanismo de taxar as exportações para (tentar) controlar a inflação interna; via de regra não tem sucesso nisso, e acaba gerando muita instabilidade nos mercados do Agro argentino.As tarifas são distintas de acordo com cada produto. Para os lácteos, por exemplo, é cobrado 9% para os leites em pó e 4,5% para os queijos.

A nova medida do governo

Recentemente, o governo anunciou uma medida provisória, de 90 dias, para a suspensão das retenciones sobre as exportações de lácteos. O objetivo do governo é melhorar a competitividade dos produtos argentinos no mercado internacional e diminuir a sobrecarga tributária sobre o setor, o que beneficia tanto as indústrias como os produtores, que vêm enfrentando enormes desafios de rentabilidade nos últimos meses.

Nesse mesmo anúncio, o ministro da economia, Sérgio Massa, comunicou o congelamento dos preços dos lácteos nos supermercados para o mesmo período de 90 dias, de modo que o consumidor não sofra com uma possível elevação dos preços nas gôndolas.

É importante destacar que Sérgio Massa é um dos candidatos à presidência da Argentina. O país vai às urnas no próximo dia 22 de outubro, para as votações do 1º turno.
 
Impactos no mercado lácteo argentino
A medida foi bem aceita pelo setor. Aliás, dá um alívio (temporário!) da carga tributária. O governo estima que cerca de 10.000 milhões de pesos argentinos (cerca de 29 milhões de dólares) deixem de ser arrecadados pelo imposto e fiquem no setor.

Teoricamente, com a menor sobrecarga fiscal sobre os preços dos lácteos, as indústrias teriam maior capacidade de elevar o preço pago ao produtor. Entretanto, em consulta do MilkPoint Mercado às indústrias lácteas argentinas, a expectativa é de que esses estímulos tenham pouco impacto nos preços ao produtor argentino nos próximos meses.

O setor vem de um período longo de redução dos preços de venda dos lácteos no mercado internacional e, apesar dos primeiros sinais de recuperação nas últimas semanas, o preço do leite dos produtores deve seguir pressionado.

No gráfico abaixo podemos observar a variação do preço médio do leilão Global Dairy Trade (GDT). Os preços dos lácteos atingiram o pico no início de 2022 e, desde então, vêm apresentando uma clara tendência de queda. Nos últimos meses, esse recuo foi ainda mais intenso, fazendo com que em agosto o preço médio do leilão GDT atingisse a mínima dos últimos 3 anos.

Por ser um grande exportador de lácteos, os preços das exportações argentinas sofrem grande influência dos preços do mercado internacional (que tem como principal balizador, o leilão GDT). No período de janeiro/2011 a julho/2023, os preços de exportações do leite em pó integral (LPI) da Argentina apresentam uma correlação de +81% com o preço do LPI leilão GDT de 4 meses anteriores.

Além da questão do preço recebido pelo leite, o produtor argentino vem enfrentando outros sérios desafios, como a elevação dos custos de produção e a adversidade climática com a seca no país.

Em entrevista ao portal El Litoral, o coordenador do Observatorio de la Cadena Láctea Argentina (OCLA), Jorge Giraudo, abordou os possíveis efeitos das novas medidas para o produtor de leite. Em uma conta teórica, Jorge estima que o montante que deixará de ser arrecadado em forma de impostos pelo governo poderá refletir em um acréscimo de cerca de 2 pesos por litro de leite. Mesmo nesse cenário, o valor recebido pelo produtor ainda seguiria abaixo do custo de produção estimado.

Tabela 1. Preço ao Produtor vs Custo de Produção de leite na Argentina (agosto/2023)

Impactos no mercado lácteo brasileiro
O MilkPoint Mercado conversou com algumas empresas exportadoras de lácteos da Argentina para avaliar as expectativas das empresas em relação às medidas, os possíveis impactos no mercado e como essas medidas poderiam influenciar nas negociações com o Brasil.

Em relação aos preços de exportação, as empresas consultadas relatam que os preços praticados para exportações devem seguir a tendência do mercado internacional, que tem apresentado alta nas últimas semanas.

No que diz respeito ao preço ao produtor na Argentina, o imposto de "retenciones" é aplicado sobre o valor final do produto lácteo com valor agregado, não em relação à matéria-prima. Portanto, cabe à indústria repassar o aumento de valor para o preço pago ao produtor. Nesse cenário, não se espera um estímulo imediato à produção, o que poderia aumentar a disponibilidade de leite para exportações.

Os agentes consultados também destacaram os enormes desafios que a cadeia láctea argentina vem enfrentando. Os custos dos grãos, que também são afetados por intervenções estatais, têm apresentado uma alta volatilidade de preços. Os desafios climáticos ainda persistem. Além disso, há um grande grau de incerteza em relação aos preços internacionais e à rentabilidade do produtor em 2024, o que mantém uma perspectiva pessimista para a produção no próximo ano. (Milkpoint)

Fetag-RS celebra 60 anos

Na última sexta-feira (6/10), em Rio Pardo, com a presença de aproximadamente 1500 pessoas, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), celebrou seus 60 anos de existência com uma grande comemoração.

Associados(as), lideranças sindicais e autoridades marcaram presença na festividade que homenageou as seis décadas de existência da Federação. Na parte da manhã, as caravanas das Regionais Sindicais foram recepcionadas no Parque da Expoagro Afubra e acompanharam o ato político de abertura oficial do dia, que contou com a presença do vice-governador, Gabriel Souza; do presidente da Assembleia Legislativa, Vilmar Zanchin; do presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos; do chefe do escritório do MDA no Estado, Milton Bernardes; dos deputados federais, Heitor Schuch, que representou a Câmara dos Deputados, e Elvino Bohn Gass; deputados estaduais, Elton Weber, Marcus Vinicius e Edvilsom Brum; secretários de Estado do Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, da Agricultura, Giovane Feltes, do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e do Meio Ambiente, Marjorie Kalfman; e presidentes de entidades representativas, instituições financeiras parceiras e patrocinadores.

Em sua fala, o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, destacou a importância do trabalho desenvolvido pela federação ao longo das seis décadas e leu uma carta de compromisso para os próximos sessenta anos. “A Fetag-RS teve um papel fundamental em diversas conquistas para a agricultura e pecuária familiar, mas ainda há muito o que se fazer. Hoje, além de comemorar, assumimos um compromisso de seguir atuante em prol das pessoas que trabalham no campo e que alimentam o mundo”.

A Fetag-RS foi agraciada com a medalha do Mérito Farroupilha, mais alta honraria concedida pela Assembleia Legislativa e que foi uma proposição do deputado estadual Elton Weber, e recebeu do deputado federal Heitor Schuch uma emenda parlamentar no valor de R$3 milhões para construção centro de formação e comercialização da agricultura familiar no Parque Assis Brasil, em Esteio.

As atividades oficiais foram seguidas por almoço e por baile que se estendeu por toda a tarde. (Fetag)


Jogo Rápido

Leite: parlamentares cobram providências pra socorrer o setor
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini, defendeu maior aproximação do Governo Federal do setor produtivo leiteiro. Assista clicando aqui. (AgroMais)