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11/12/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de dezembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.042


Conseleite retoma divulgação de valor de referência

O Conseleite retomou, nesta segunda-feira (11/12), a divulgação do valor de referência do leite no Rio Grande do Sul. Reunidos na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS), representantes do colegiado validaram os dados apresentados pela Universidade de Passo Fundo (UPF), entidade licitada para tabular as informações do setor. Segundo o levantamento, o valor de referência do litro projetado para novembro é de R$ 2,1051. 

Segundo o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, há um ano, o colegiado não divulgava os valores mensais. Uma das mudanças implementada nessa nova etapa do Conseleite foi a alteração no período de análise. No passado, o estudo levava em conta os primeiros 10 dias do mês. Agora, a pesquisa tabula dados de 1º a 20 de cada mês. “Retomar a apresentação desse parâmetro representa a unidade do setor e o fortalecimento do Conseleite”, frisou. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1792 

BOVINOCULTURA DE LEITEA temperatura elevada, aliada à alta umidade do ar, causou estresse térmico nas vacas em lactação que, em alguns casos, necessitaram de medidas de mitigação, como ventiladores e aspersores na região de Caxias do Sul, e sentidas em propriedades com menor disponibilidade de sombras na região de Bagé. Entretanto, a oferta de água encontra-se abundante e pode ser utilizada como recurso para melhoria do conforto térmico dos rebanhos. Na região de Santa Rosa, em alguns momentos, as temperaturas de 32 °C, associadas à alta umidade, proporcionaram dias com sensação de abafamento e dificultaram a dissipação de calor nos rebanhos leiteiros, perceptível no comportamento e, consequentemente, na produtividade animal. Observam-se animais altamente produtivos e de genética apurada de origem holandesa, para os quais essas condições meteorológicas são mais evidentes devido à sensibilidade dessa raça. Muitas vacas procuram locais de barro ou alagados e, até mesmo, açudes para se refrescar, mas essa situação gera um desafio ao produtor para manter a qualidade de leite, já que acarreta em tetos sujos e aumento dos casos de mastite.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, após várias quedas sucessivas no valor do leite, os produtores de Alegrete têm expectativas positivas quanto à reação dos preços para o próximo pagamento, que deve ocorrer em breve. As condições de produção estão melhorando também em Manoel Viana, à medida que os animais acessam as primeiras pastagens cultivadas de verão, sendo realizados ajustes na suplementação com concentrados, visando aproveitar a composição das novas forrageiras disponíveis, como capim sudão, milheto, sorgo forrageiro. 

Em Quaraí, os produtores praticamente não passaram pelo período de vazio forrageiro de primavera em razão do encerramento do ciclo das pastagens de aveia e azevém, pois o clima favoreceu o desenvolvimento do campo nativo e permitiu boas condições de estabelecimento das pastagens anuais de verão, que já estão em utilização.

Na de Caxias do Sul, grande parte dos produtores de leite está com dificuldade de ofertar forragem às vacas devido ao atraso das pastagens anuais de verão, que recém começaram a permitir a introdução de animais. Os que possuem pastagens permanentes, como tifton 85, jiggs e Panicum spp., mantiveram adequada oferta de forragem para os rebanhos. As silagens de inverno apresentaram rendimento e qualidade abaixo do esperado, agravando a situação das forragens conservadas. A base de alimentação dos bovinos de leite, em função da falta de pastagens, foi a silagem de milho suplementada com ração proteica. No entanto, os estoques das propriedades já estão baixos. A sanidade dos bovinos leiteiros e o estado corporal dos animais se manteve estável, sem restrições de alimentação. Apareceram infestações de borrachudo e de mosca-dos-estábulos. A qualidade do leite produzido se manteve dentro dos padrões exigidos pela legislação em relação tanto à contagem de células somáticas quanto à contagem padrão em placas.

Na de Erechim, as condições climáticas favoreceram melhor a oferta de forragem. Porém, tem aumentado o consumo de alimentos concentrados e armazenados principalmente devido às intensas chuvas anteriores e ao baixo valor nutricional dos conservados, produzidos sob a estiagem do ano de 2022. Os produtores estão esperançosos acerca do fim da sequência de queda dos preços apresentados pela indústria, em virtude da redução dos incentivos fiscais para as empresas importadoras de lácteos.

Na de Passo Fundo, os animais vêm mantendo o volume de produção, o escore corporal e o estado sanitário. Entretanto, há necessidade de maior atenção à higiene e à saúde do úbere em função da maior quantidade de barro e de umidade. Os produtores ainda utilizam alimentos conservados, acompanhados pelo uso de rações, de acordo com as necessidades nutricionais. Ainda foram realizadas vacinações e controle de endo e ectoparasitas. 

Na de Pelotas, em Arroio Grande, a maioria dos dias foram bons para a atividade. Porém, em razão do temporal, que causou destelhamento, falta de energia elétrica e queda de árvores, a atividade foi ainda mais dificultada, pois o manejo ocorreu por meio do uso de gerador ou manualmente, acarretando, em alguns casos, a perda da produção. 

Em Morro Redondo, as pastagens de verão já estão em utilização, além da silagem e da ração, aumentando o custo de produção. Em Jaguarão, a produção de leite segue crescente em função da alimentação e da entrada de mais vacas na lactação. Continua o plantio de milho para silagem, e algumas lavouras estão em fase de germinação e crescimento. Em virtude das chuvas e das temperaturas mais elevadas, aumentou a população de carrapato e mosca, e alguns produtores já realizam tratamentos estratégicos para evitar a alta infestação no verão.

Na de Santa Rosa, onde o plantel aproximado é de 151 mil vacas em lactação, há satisfatória oferta forrageira das pastagens de verão, o que reduz os custos de produção, já que diminui a suplementação dos bovinos de leite. Os vários dias de chuva na semana resultaram em compactação nas áreas pastejadas, dificultando o rebrote. A presença de barro próximo às instalações também trouxe maior dificuldade no manejo. Ainda são realizados tratamentos de ectoparasitas, pois se observa proliferação de mosca-do-chifre, berne e carrapato nos rebanhos. (Emater/RS adaptados pelo SINDILAT/RS)

Nabo forrageiro como fonte de energia verde

Espécie brassica, em estudo por instituto paranaense, tem bom aproveitamento para extração de óleo, melhor do que o rendimento da soja, e pode ser excelente alternativa para a melhoria da qualidade do solo nas propriedades

LUIZ CARLOS HEINZE- SENADOR DA REPUBLICA - PARA CORREIO DO POVO

N a década de 70, o Brasil resolveu apostar na produção rural. Criou a Embrapa e uma série de políticas públicas que transformaram o país no terceiro maior produtor de alimentos do mundo. A base dessa mudança foi a pesquisa, garantindo competitividade, condições de plantio e melhoramentos genéticos que surpreenderam o mundo. A terra, antes árida, tornou-se campo fértil para semear quase todas as culturas.Escrevo para lançar ao setor agropecuário um novo desafio, além de valorizar as iniciativas do campo. Lembram daquele nabo forrageiro que usamos para proteger o solo nas entressafras? A planta é alvo de estudo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IDR –, o qual revela que a cultura é uma fonte inovadora e eficiente de energia verde.

Com 38% de aproveitamento, é a segunda na lista das variedades mais eficientes para extração de óleo. Está atrás apenas da canola, com 40%, que já passou por melhoramento genético, e supera, significativamente, cultivos tradicionais como a soja, que tem um rendimento de apenas 18%.

Essa vantagem, combinada com o fato de que o nabo forrageiro pode ser cultivado em milhares de hectares que normalmente são subutilizadas durante o inverno nos estados do Sul, torna-o uma opção viável e eficiente para a produção de energia sustentável.

Além disso, a brassica não compete com culturas tradicionais e coloca por terra as barreiras protecionistas e o dilema ético de usar áreas agricultáveis para a produção de energia, em vez de alimentos. O cultivo pode ser um facilitador para exportação de diesel verde e outros combustíveis inovadores que estão em desenvolvimento pela Refinaria de Petróleo Riograndense, em Rio Grande. De imediato, programas novos da unidade de refino vão requerer o fornecimento de um bilhão de toneladas de óleo por ano, considerando perspectiva até 2027.

Mas o potencial do nabo forrageiro vai além da mera produção de óleo. A sustentabilidade nesse caso é dupla. Ele oferece um ciclo de vida sustentável, onde seu cultivo contribui para a melhoria da qualidade do solo. Enquanto cuidamos da terra, também geramos energia limpa. Está em nossas mãos uma oportunidade de desenvolvimento que pode ser ampliada. E qual é a melhor solução? Pesquisa!

Na lista dos desafios a serem superados, temos a redução do ciclo produtivo, que hoje gira em torno de 150 e 170 dias; o combate às pragas e doenças – a exemplo do mofo branco - e possíveis variações que possam surgir da exploração em grãos, além do melhoramento genético, que pode torná-lo mais produtivo. Potencial não falta ao nabo e não podemos ignorar os custos atrativos da cultura, que superam os investimentos em oleaginosas.

A minha ideia é despertar o debate e envolver os produtores rurais, cerealistas, refinarias, indústrias, sementeiras, cooperativas e todos que buscam o desenvolvimento em bases sustentáveis. O Brasil pode liderar o caminho da produção de biocombustíveis inovadores
e sustentáveis, além de solidificar sua posição como um líder global em energia verde. (Correio do Povo)

 

Jogo Rápido

A próxima semana permanecerá com chuva e risco de temporais no RS 
Na sexta-feira (08), o ingresso de uma massa de ar seco manterá o tempo firme na maioria das regiões, e somente nos setores Norte e Nordeste ainda ocorrerão pancadas isoladas de chuva. No sábado (09), o tempo seco, com ligeira elevação da temperatura, predominará em todo o Estado. No domingo (10), a aproximação de uma área de baixa pressão provocará pancadas de chuva e trovoadas com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Norte. Na segunda-feira (11), o céu permanecerá nublado a encoberto com pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões. Na terça (12) e quarta-feira (13), o ingresso de ar seco manterá o tempo firme com elevação das temperaturas em todo o Estado. Os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 50 mm na maior parte do Estado. Nas Missões, Alto Uruguai, Planalto e Campos de Cima da Serra, os volumes esperados são mais elevados e deverão oscilar entre 60 e 90 mm, podendo superar 100 mm em diversas localidades, principalmente na faixa Norte. (SEAPI)


 

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