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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.625


Expofred 2022: Sistemas de produção de leite confinados e a pasto são destaque no espaço da Emater/RS-Ascar

A bovinocultura de leite é uma das atividades destaque das parcelas temáticas no espaço da Emater/RS-Ascar, na Expofred 2022, em Frederico Westphalen. Na feira, realizada até domingo (24/04), os extensionistas rurais apresentam os diferentes sistemas de produção de leite, confinados e a pasto, que os produtores rurais podem implementar na propriedade rural.

"No espaço, estamos apresentando três sistemas de produção de leite, dois desses confinados, Compost Barn e Free Stall, e um sistema de produção à base de pasto com suplementação. Na parcela também estamos tratando sobre sala de ordenha e sala de alimentação, manejo de ordenha, qualidade do leite, nutrição pré e pós-parto, balanceamento nutricional e criação de terneira", destacou o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Jeferson Figueiredo.

Segundo ele, a proposta do espaço é mostrar as diferenças entre os sistemas, fazendo com que os produtores rurais avaliem as estruturas conforme as suas necessidades e decidam pelo sistema mais viável à sua propriedade. Este espaço temático é uma parceria entre Emater/RS-Ascar, Metalúrgica Tapajós, Moraes Refrigeração e Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG. (Emater/RS)

CONSELEITE – SANTA CATARINA
 
RESOLUÇÃO Nº 04/2022
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de Abril de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Março de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2022. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 
 
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.(Conseleite/SC)
 



FERTILIZANTES: Navios russos em ritmo lento

Apesar das sanções econômicas impostas à Rússia e das dificuldades para o escoamento de produtos, o país mantém o envio de fertilizantes para o Brasil. De acordo com levantamento feito pela consultoria Agrinvest, pelo menos 11 navios transportando insumos deixaram portos como os de São Petersburgo e Murmansk desde o dia 24 de fevereiro, quando teve início a guerra com a Ucrânia, até o dia 15 de abril, sendo a maioria com cargas de cloreto de potássio.

Segundo o analista da Agrinvest Jeferson Souza, os registros no chamado line-up – programação de chegada e partida de navios – nos portos brasileiros indicam que o fluxo de navios russos não foi interrompido, porém está menor. “A maioria deles já chegou ao Brasil e está esperando para descarregar nos portos”, diz. A última das embarcações, transportando 36 mil toneladas de fertilizantes, partiu da Rússia em 4 de abril, afirma Souza.

Com base no line-up, o analista de mercado Marcelo Mello, da consultoria StoneX, estima que o fluxo de embarcações russas tenha caído a 25% das operações pré-guerra. Como os navios que partem da Rússia podem levar de 25 a mais de 50 dias para chegar ao Brasil, observa Mello, a diminuição dos embarques traz preocupações para o plantio da próxima safra de verão no país, que envolve um grande consumo de fertilizantes. “O produto precisa chegar aqui, no máximo, até julho”, diz Mello. (Correio do Povo)

Jogo Rápido 

Chuva para a próxima semana
Nos próximos dias poderão ser registrados altos volumes de chuva no RS. No decorrer da sexta-feira (22), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva  em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. No sábado (23), o tempo ficará seco e o ingresso de ar frio provocará ligeiro declínio da temperatura. No domingo (24), o deslocamento de uma  área de baixa pressão voltará a provocar pancadas isoladas de chuva em todas as regiões.  Entre a segunda (25) e terça-feira (26), a propagação de uma área de baixa pressão e de nova frente fria provocarão chuva em todo território gaúcho, com chance de tempestades e altos volumes acumulados. Os totais esperados de chuva deverão oscilar entre 60 e 80 mm em todo Estado. Na Fronteira Oeste, Campanha e na Região Central os valores previstos deverão superar 100 mm na maioria dos municípios e poderão alcançar 125 mm em algumas localidades. (SEAPDR)

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Porto Alegre, 20 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.624


Câmara Setorial do Leite alerta para importância de campanha de marketing para leite e derivados 
 
A Câmara Setorial do Leite reforçou, na manhã desta terça-feira (19/04), a importância do marketing de produtos e derivados lácteos junto as crianças. A assessora Técnica Regional de Sistemas de Produção Animal da Emater Mara Helena Saalfeld aproveitou o encontro para falar sobre o livro infantil que visa explicar para as crianças de onde vem o leite. Na ocasião, também foi debatida a relevância de se expandir o número de propriedades certificadas para tuberculose e brucelose no estado. 
 
O economista da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro/RS), Tarcísio Minetto, discorreu sobre o acompanhamento assíduo da CCGL com as certificações e ressaltou sua percepção de que boa parte dos produtores não têm todas as informações necessárias para concluir o controle do programa de tuberculose e brucelose. “Cabe aprofundar um pouco a discussão sobre mecanismos para que possamos trazer mais os produtores para perto. Eles até conhecem a importância da certificação, mas têm medo do que pode acontecer se tiverem o resultado positivo nesse processo”, ponderou Minetto.  
 
Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, sugeriu que na próxima reunião da Câmara Setorial do Leite o tema volte à pauta. No entanto, reforçou a necessidade de se trazer dados referentes as informações sobre o número de propriedades certificadas e os valores indenizados. “É importante que possamos trazer alguns exemplos, como a CCGL que está bastante avançada na questão de certificação”, acrescentou. 
 
Na ocasião, ainda houve a indicação do novo Coordenador da Câmara Setorial. O 1° vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG), Eugênio Edevino Zanetti, entrará no lugar de Jeferson Smaniotto, do Sindilat. Zanetti já conduzirá a próxima reunião da Comissão Setorial do Leite, que acontecerá durante a Fenasul/Expoleite 2022. “O momento é de dificuldade para todo o setor do leite e precisamos unir esforços para que o elo saia fortalecido e a gente busque conscientizar a população como um todo, com campanhas de marketing valorizando a importância do produto na alimentação e as demais medidas para que a gente continue melhorando qualidade do leite e a situação do produtor”, ressaltou Zanetti.
 
Ainda durante a reunião os representantes convidaram para a Audiência Pública no dia 27/04 que discutirá os impactos do FAF - Fator de Ajuste de Fruição que impacta no aumento da carga tributária, influenciando ainda mais a perda de competitividade do leite gaúcho frente aos Estados de Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Produtos carbono neutro já chegam à mesa
 
Pequenas e grandes empresas do setor pecuário vêm trabalhando na criação de produtos carbono neutro, com baixo impacto ambiental e um manejo mais sustentável nas cadeias de produção. Práticas inadequadas podem levar a um aumento das emissões de metano ao mesmo tempo em que diminuem e pioram a quantidade produzida.
 
A neutralidade também atende a uma demanda de mercados internacionais por descarbonização. No ano passado, a União Europeia chegou a apresentar uma proposta com o objetivo de proibir a importação de produtos que tenham origem em áreas desmatadas, entre eles, a carne bovina.
 
Na cadeia do leite, formas de manejo dos animais interferem na produção e poluem mais o ambiente, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Embrapa Gado de Leite. Vacas com temperamento mais arisco emitiram uma quantidade 36,7% maior de metano e produziram menos leite, segundo o estudo.
 
Em julho do ano passado, a Guaraci Agropastoril, de São Paulo, lançou o primeiro leite orgânico e de carbono neutro do país, o NoCarbon. O que diferencia o produto de outros rótulos é a forma de produção do leite, de acordo com um dos sócios da empresa, Luis Fernando Laranja da Fonseca. O NoCarbon não utiliza hormônios no trato do rebanho e agrotóxicos no solo.
 
“Todo o carbono produzido é compensado pela empresa na própria fazenda onde atuamos, com a plantação de árvores nativas”, afirma Laranja da Fonseca. O NoCarbon possui certificações como Carbon Free e Certified Humane Brasil. Para isso, a Guaraci investiu R$ 5 milhões na elaboração de um inventário de emissões que acompanhasse a produção desde a ordenha no campo até a logística de envase e transporte do leite.
 
Baseada na Fazenda da Toca, em Itirapina (SP), a produção do NoCarbon possui 450 animais e chega a 4 mil litros de leite por dia. A Guaraci quer aumentar a produção com uma segunda fazenda, localizada na Bahia, segundo Laranja da Fonseca. O NoCarbon está disponível em 300 pontos de venda, chegando a supermercados do eixo Rio-São Paulo como Casa Santa Luzia, St Marche, Oba Hortifruti e Zona Sul. O produto também deve estar nas lojas do Carrefour em breve, de acordo com a Guaraci. A empresa ainda negocia para entrar nas gôndolas do Grupo Pão de Açúcar e da Cia. Zaffari, do Rio Grande do Sul.
 
A descarbonização também tem movimentado grandes empresas do setor. Para desenvolver uma carne carbono neutro em parceria com a Embrapa Gado de Corte, a Marfrig investiu R$ 10 milhões na criação de uma nova linha de produtos que foi lançada no ano passado, a Viva. O projeto envolveu 12 centros de pesquisa da Embrapa e mais de 150 pesquisadores. O frigorífico terá exclusividade de utilização do selo até 2030, mediante pagamento de royalties. “O novo produto responde às demandas dos consumidores, investidores e de toda a comunidade por produtos verdadeiramente sustentáveis”, afirma Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig.
 
Na certificação criada pela Embrapa, o rebanho é criado nos sistemas silvipastoril ou agrossilvipastoril (integração lavoura-pecuária-floresta). Dessa forma, em uma mesma propriedade podem coexistir a criação de gado e florestas de eucalipto, por exemplo.
 
A primeira fazenda a receber a certificação, localizada em Santa Rita do Pardo (MS), fornece a carne à Marfrig. Além de modificar formas de manejo para obter uma carne produzida de forma mais sustentável, o frigorífico insere aditivos na nutrição dos animais para reduzir a fermentação entérica, diminuindo a emissão de metano.
 
A Marfrig não abre números de produção, que ainda é pequena, mas Pianez afirma que a quantidade deve aumentar “significativamente” em breve. O frigorífico pretende lançar ainda em 2022 também a carne de baixo carbono. Por ora, a linha Viva alcança apenas o mercado interno, mas também poderá entrar no portfólio de produtos exportados, de acordo com informação da empresa.
 
As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint. 
 





Produção de leite apresentando estabilidade no RS

Produção de leite/RS - A produção de leite apresenta estabilidade, com tendência de aumento nas unidades produtivas devido à entrada de novas matrizes em lactação. 

A oferta de alimento ainda é satisfatória, embora já apresente queda em quantidade e qualidade com o final do ciclo das pastagens de verão. As chuvas recorrentes, no Estado, vêm normalizando e oferecendo boa disponibilidade de água nos reservatórios para dessedentação dos animais. 

Produtores realizam manejo sanitário no rebanho, dando prosseguimento na vacinação obrigatória e no controle do ecto e endoparasitas, em conformidade com as orientações técnicas das Inspetorias de Defesa Agropecuária. 

Na regional de Santa Rosa, a retomada da umidade do solo beneficiou as pastagens de gramíneas, com novos rebrotes e crescimento vegetativo, ofertando forragem para o pastoreio. Essa mudança alivia as dificuldades dos produtores na oferta de alimentos para as vacas, que, em virtude da estiagem nas pastagens, vinham sendo alimentadas com feno, silagem e ração, antecipando o uso das reservas alimentares e comprometendo a disponibilidade para o período do vazio forrageiro. Também está muito bom o desenvolvimento das lavouras de milho safrinha para silagem, criando boa expectativa para que os produtores de leite possam refazer os estoques de silagem que foram utilizados no período da falta de pastagem. Se, por um lado, as chuvas possibilitaram a melhor oferta de forragem para alimentação das vacas, por outro, aumentaram o barro junto aos locais de espera para ordenha, elevando os casos de mamite. A elevada umidade do solo nos corredores e locais próximos às instalações causam desconforto aos animais, além de dificultar o trabalho e o manejo dos produtores. 

Na regional de Frederico Westphalen, o aumento da disponibilidade de pastos, principalmente das espécies perenes, como a tifton 85 e a jiggs, assim como de água em quantidade e qualidade, elevou a produção de leite. As pastagens perenes de verão estão com ótimo desenvolvimento, e há, até mesmo, sobra de pasto. As de inverno, como a aveia, o trigo duplo propósito e o centeio, estão em início de implantação. As lavouras de milho destinadas para a silagem, apresentaram perdas significativas, em quantidade e qualidade.

Na regional de Pelotas, as chuvas ocorridas foram mal distribuídas e com baixos volumes, o que impacta na disponibilidade para dessedentação dos animais. A silagem do ano anterior está mantendo a alimentação dos animais, especialmente auxiliada pela oferta parcial de pastagens de verão.

Na de Erechim, continuam as preocupações dos produtores em relação ao preço elevado dos insumos, especialmente as commodities milho e soja. Os rebanhos se encontram em boas condições sanitárias, e é bom o seu estado corporal.

Na regional de Bagé, a produção apresenta estabilidade, aumentando nas unidades produtivas com a entrada de novas matrizes em lactação. A oferta de alimento ainda é satisfatória, embora já apresente queda em quantidade e qualidade devido ao final do ciclo das pastagens de verão. Em Uruguaiana, produtores se preparam para o período de inverno, adquirindo fardos de palha de arroz para complementar a alimentação dos animais. Em Manoel Viana, há aumento da produção com base nas pastagens nativas e cultivadas de verão que se recuperaram com as chuvas regulares e ainda garantem razoável quantidade de alimento. A suplementação com silagem e ração se faz necessária para complementar a dieta, comprometendo as margens de lucro da atividade. 

Na de Caxias do Sul, a silagem de milho apresenta baixa qualidade nutricional e baixo rendimento, requerendo ajuste de dietas e o uso de rações concentradas. As áreas semeadas no tarde, no entanto, estão com boa produção de massa, o que ajuda a recuperar os estoques de forragem para os próximos meses. 

Na de Ijuí, o período com mais umidade já apresenta impacto na produção de leite para os produtores que fazem uso do sistema de produção a pasto. Devido à umidade no solo, não foi possível realizar o manejo dos animais nas pastagens, diminuindo a oferta de alimentos, o que impacta na diminuição da produção. Nos sistemas estabulados, a produção não foi afetada. Em Derrubadas, o volume coletado diariamente diminuiu 5% em relação à semana anterior devido ao período com grandes volumes de chuvas. O aumento da formação de barro afetou na qualidade do leite diante da dificuldade de higienização do úbere das vacas. 

Nas de Passo Fundo e Soledade, os animais apresentam adequadas condições sanitárias e mantiveram o escore corporal. Produtores prosseguiram com o uso de alimentos conservados e de concentrados, visando o ajuste das dietas dos animais. Produtores mantêm os tratamentos sanitários para o controle de endo e ectoparasitas. 

Nas de Santa Maria, Porto Alegre e Lajeado, as chuvas e temperaturas amenas do final do verão e início do outono trouxeram uma melhor condição para o rebanho leiteiro. Os reservatórios e mananciais de água com maior volume também melhoraram a qualidade da água. Na de Lajeado, há bom desenvolvimento das áreas de milho voltadas para a silagem que foram semeadas em janeiro, sendo que muitas dessas já estão em florescimento, apesar de terem sido semeadas no limite ou fora do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Esse fato vai permitir aos produtores complementar o estoque para o ano, tendo em vista que as primeiras áreas colhidas apresentaram significativa perda de qualidade, além da perda em quantidade. Os estoques de silagem já estão abaixo do normal há três anos e, em muitas unidades produtivas, o impacto é bastante significativo na redução da produtividade, na produção e na diminuição de plantel. (Emater/RS)

Jogo Rápido 

 Santa Clara é a marca mais lembrada de lácteos no RS
Pela 18ª edição, Cooperativa Santa Clara é líder com 30,5% de lembrança de marca na categoria Produtos Lácteos, segundo a pesquisa Marcas de Quem Decide. Entre os nomes citados pelos entrevistados, a instituição foi a preferida por 28,5%. O diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra, recebeu o prêmio na manhã desta terça-feira (19), no espaço Multiverso Experience, no Cais Embarcadero, em Porto Alegre.  A pesquisa, realizada pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata Pesquisas e Informações Estratégicas, ouviu 302 empresários e executivos entre os meses de novembro de 2021 e janeiro de 2022.  Desde 2005, a Santa Clara é líder no setor de laticínios sendo vencedora recorrente por 15 anos na categoria Queijos – extinta em 2019 – e reconhecida pela 12ª edição na categoria Produtos Lácteos. (Guialat)

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Porto Alegre, 19 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.623


Prestação de contas e programação do Fórum Estadual da Febre Aftosa são pauta de Assembleia do Fundesa-RS
 
Com receita de R$ 5,3 milhões no primeiro trimestre de 2022, o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul superou R$ 108 milhões. A saída de recursos, utilizados para indenizações e investimentos, foi de R$ 2,1 milhões. Do total da aplicação de recursos, mais de R$ 1,5 milhão foi para o pagamento de indenizações a produtores da pecuária leiteira nos três primeiros meses do ano.
 
Os números foram avaliados e aprovados durante assembleia geral do Conselho Deliberativo do Fundo, na tarde desta segunda-feira (18). A cada três meses a direção do Fundesa apresenta a prestação de contas aos conselheiros e remete o documento às autoridades estaduais. Os recursos que compõem o fundo são divididos por cadeias – de corte, leite, aves e suínos – e a disponibilidade é proporcional à arrecadação e cada segmento.
 
Fórum será em maio
Além da apresentação dos números e prestação de contas, a assembleia deliberou sobre o próximo evento de sanidade animal no estado. Ficou definido para o dia 18 de maio, durante a programação da Fenasul, a realização o Fórum Estadual da Febre Aftosa, que será coordenado pelo Fundesa e apoiado pelas entidades que compõem o Grupo Gestor do PNEFA no Rio Grande do Sul, incluindo o Serviço Veterinário Oficial no RS.
 
O tema principal será a biosseguridade. “Com o avanço de status para área livre de Febre Aftosa sem Vacinação, o setor produtivo precisa estar alerta e reconhecer todos os riscos existentes, para tomar medidas preventivas. É na propriedade que se dá os primeiros passos para manter uma doença longe”, explica o presidente do Fundesa, Rogério Kerber. Na reunião, os conselheiros também pontuaram as ameaças existentes em outras cadeias, como a Influenza aviária e a Peste Suína Africana, que não chegaram ao Brasil, mas que demandam muitos cuidados.
 
A pauta final ainda está em definição, mas deverá contar com a atualizações sobre os avanços do serviço veterinário oficial em relação ao tema, e também a participação do setor privado na manutenção do status sanitário. (Fundesa)

Global dairy trade - GDT



Fonte: GDT adaptado Sindilat/RS





Olhando para o futuro, Languiru disponibiliza bolsas de estudos de até 50%

Cooperativa auxilia estudantes em cursos técnicos, graduação e pós-graduação
“Eu sou feliz demais aqui em casa e gosto de trabalhar com as vacas, o que hoje é mais fácil que no tempo dos meus avós”, afirma o jovem Marlon Franciel Schröer (22). Ele reside com a família em Linha Morgenland, município de Teutônia, onde produzem leite e aves para a Languiru. O pai e o avô são associados, o mais “experiente” desde os anos 80. Na condição de dependente de associado, Marlon usufruiu de bolsa de estudos concedida pela Cooperativa e, entre 2019 e 2021, cursou Técnico em Agropecuária no Colégio Teutônia.

A qualificação levou em consideração a necessidade de sucessão na propriedade. “Sempre pensei em continuar na atividade, especialmente a produção de leite. O curso técnico é muito útil para o dia a dia, mostrando novas tecnologias, detalhes quanto à nutrição do rebanho e melhor aproveitamento das instalações”, avalia o jovem, que planeja investir em infraestrutura para incremento da produção.

O Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) avaliou o desempenho do free stall na propriedade (galpão de confinamento com camas individuais, corredores de acesso e áreas de trato dos animais). “Foi possível concluir que o investimento é válido, refletindo no conforto dos animais, tendo como resultado o aumento da produção leiteira”, revela.

Apoio
A família sempre apoiou a ideia de que ele permanecesse no campo. “Vou atrás de outros aprimoramentos, além de participar de cursos promovidos pela própria Languiru relacionados à sucessão e gestão da propriedade. Meus pais dependem dessas atividades e, sem aumento da produção, acabaríamos ficando para trás”, revela Marlon, que pretende se associar à Languiru em breve.

Ele valoriza o programa de bolsas de estudos da Cooperativa. “É muito importante contar com esse apoio para buscar a qualificação técnica. Além de auxiliar no que diz respeito a custos, incentiva o produtor a buscar algo novo e trazer para a propriedade, contribuindo para o processo de sucessão familiar”, conclui.

Futuro agrônomo
Geferson Adriano Brackmann (23) planeja a conclusão da graduação em Agronomia na Universidade de Passo Fundo (UPF) em 2023. Atento ao mercado de trabalho, busca a profissionalização para poder auxiliar os produtores rurais e apresentar novas soluções. “Desde a infância convivi com essa realidade no campo, sempre acompanhei a família nos trabalhos da propriedade”, comenta, já projetando a realização do estágio em alguma empresa do ramo para agregar conhecimento. “A expectativa, num primeiro momento, é passar um tempo fora da propriedade ou até mesmo fora do Estado, em busca de novas alternativas, mecanismos para a produção, ter uma visão diferente do cenário agrícola que é vivido na nossa região”, exemplifica.

O jovem, associado à Languiru com produção de leite desde 2016, reside com a família em Linha Germano, município de Teutônia, embora no período da faculdade esteja morando em Passo Fundo. Na propriedade também há produção de aves e suínos para a Cooperativa.

Fortalecimento do campo
Ele avalia como muito positivo o benefício de bolsas de estudos da Languiru. “É algo que os associados podem usar na busca por conhecimento técnico, visando o retorno e desenvolvimento da propriedade. Sem dúvida pode tornar possível e viável a realização de uma faculdade”, avalia Geferson.

Como acessar
A Cooperativa possui regimento interno específico que versa sobre assistência educacional com bolsas de estudos para associados, dependentes e empregados. O benefício contempla cursos técnicos, graduação e pós-graduação. A solicitação deve ser encaminhada junto ao Departamento Técnico da Languiru (quadro social) e Recursos Humanos (empregados).

O benefício é de 40% do custo da mensalidade para graduação ou pós-graduação; e de 50% para curso técnico. “A Languiru incentiva a qualificação de seus associados e empregados, e nisso se enquadram a formação técnica ou ensino superior. Além de estimular a permanência dos jovens no campo e a sucessão familiar nas propriedades, também focamos na formação de novas lideranças na Cooperativa”, avalia o presidente Dirceu Bayer.

O programa é direcionado exclusivamente a associados, seus dependentes que atuam na produção e empregados, que passam por processo seletivo. O curso escolhido deve ter relação com os processos de produção da Languiru.

Mais informações podem ser obtidas junto ao Departamento Técnico pelos fones 0800-645-3062 e (51) 3762-5647 ou WhatsApp (51) 99678-4176; e no Setor de Recursos Humanos, fone (51) 3762-5600, ramal 5764, ou e-mail graciela.rosa@languiru.br. (Cooperativa Languiru)

Jogo Rápido 

Busca por seguro aquecida no país
A demanda por seguro rural ao longo de 2021 atingiu níveis recordes no país. Conforme divulgou o Ministério da Agricultura, mais de 217 mil apólices foram contratadas pelos produtores no ano passado. O dado consta no relatório do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural. Ao todo, foram aplicados R$ 1,18 bilhão em subvenção ao prêmio do seguro rural, permitindo a contratação de 217.934 apólices. Somando todas as regiões, o montante representa cerca de 14 milhões de hectares segurados e valor total de R$ 68,3 bilhões. (Zero Hora)

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Porto Alegre, 18 de abril de 2022                                                         Ano 16 - N° 3.623


Audiência pública sobre a competitividade no setor lácteo é remarcada para 27 de abril  
 
Aprovada pelas Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, visa tratar da carga tributária desigual vivida pelo segmento e agravada com a implementação do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). A audiência ocorrerá a partir das 10h, no 3º andar da Assembleia Legislativa, e terá transmissão ao vivo pelo canal da ALRS. A pauta foi proposta pelo deputado Zé Nunes.
 
Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, defende que medidas sejam tomadas pelo governo para que o RS deixe de ficar atrás de outros estados no que diz respeito à competitividade do setor lácteo. “Temos batido nessa tecla há anos e o governo ainda não tomou nenhuma medida efetiva para que essa situação mude. Enquanto isso, temos visto produtores abandonarem a atividade, e o RS perder competitividade em relação a estados como Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais”, destaca. Segundo ele, 60% do leite produzido no RS precisa ser escoado, sendo assim, é preciso que não somente se expanda a competitividade em solo gaúcho, mas que se viabilize vendas junto a pólos consumidores, como São Paulo e Rio de Janeiro.
 
O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Adolfo Brito, destaca a importância da realização de uma audiência pública, para que se amplie o debate, e reforça, ainda, que a Comissão é o ambiente para unir forças e se trabalhar em conjunto com as principais lideranças do setor. Neste sentido, é aguardada uma agenda com o governador do RS, Ranolfo Vieira Júnior, para que seja possível compor um melhor cenário ao setor produtivo do leite em função das recentes alterações tributárias. (Fonte: Assessoria de imprensa Sindilat/RS)  

Com 110 anos e 47 tipos de queijo, cooperativa investe R$ 15 milhões para produzir mais
 
A operação atual conta com sete indústrias, sete centrais de distribuição e 28 lojas
 
No ano em que comemora os 110 anos, a Cooperativa Santa Clara está expandindo negócios. A operação atual tem sete indústrias, sete centrais de distribuição e 28 lojas. À coluna, o diretor Alexandre Guerra antecipou que a capacidade de armazenamento e, por consequência, de produção será ampliada com R$ 15 milhões de investimento ao longo de 2022, que serão aplicados nas unidades de Getúlio Vargas, Casca e Carlos Barbosa, onde fica a sede e será feito o maior aporte. 
 
- Vamos aproveitar a capacidade instalada que temos - explicou em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.  
 
Atualmente, são 47 tipos de queijos. Só em Carlos Barbosa, a empresa vai ampliar em 50% a capacidade de armazenamento e maturação de tipos especiais e em 25% de derivados lácteos. A Santa Clara produziu 5.644 toneladas de queijos em 2021, 23,18% mais do que no ano anterior. Sobre o preço do leite, que está subindo com força devido aos custos de produção, o executivo não vê perspectivas de queda. 
Atualmente, a planta localizada em Carlos Barbosa faz queijos nobres, derivados lácteos e leites pasteurizados; a de Casca é voltada para o leite longa vida; e a de Getúlio Vargas faz queijos e derivados. Além de laticínios, a Santa Clara tem frigorífico de carne suína, duas fábricas de rações, cozinha industrial e varejo, com 12 supermercados, 14 mercados agropecuários e duas farmácias. 
 
A história da cooperativa começou em 1912, da união de 32 imigrantes moradores de Carlos Barbosa. Conta com 2,5 mil produtores em atividade em 135 municípios gaúchos. São 2,2 mil funcionários.  Ouça a entrevista com Alexandre Guerra, da Cooperativa Santa Clara, clicando aqui. (Zero Hora)





É permitido demitir por WhatsApp? O que diz a lei
 
Há, em muitos RHs, a dúvida sobre ser ou não permitido uma empresa ou patrão demitir colaboradores por meio do WhatsApp. O fato é que nossa legislação trabalhista não diz como o processo de demissão deve tramitar entre empresa e colaborador. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) prevê, no artigo 487, que, não havendo prazo estipulado para a duração do contrato de trabalho, a parte que quiser rescindi-lo sem justo motivo deverá avisar a outra de sua decisão com antecedência mínima de 30 dias.
 
Porém, nada é dito sobre a forma como isso deve ser feito, se pessoalmente, por telefone, por carta ou qualquer outro meio. A lei apenas deixa claro que a demissão deve ser formalizada, com a devida anotação do fim do contrato na Carteira Profissional, a comunicação aos órgãos competentes e o pagamento das verbas rescisórias.
 
Há, entre os especialistas, o consenso de que o ideal é a comunicação de demissão ser feita pessoalmente, com respeito e formalidade, independentemente do grau hierárquico do colaborador. No entanto, isso não impede que o empregador se utilize de outras ferramentas de comunicação. Devemos lembrar que, de certa forma, é comum a dispensa por telefone ou mesmo por carta. Então, por que seria proibido se utilizar do WhatsApp?
 
A polêmica existe mais pelas circunstâncias e pela maneira como algumas dispensas ocorrem do que em função do canal utilizado. Recentemente, em Campinas, no interior de São Paulo, uma empregada doméstica foi acusada de ato ilícito e demitida através do aplicativo de mensagens. A 6ª turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu ganho de causa à empregada porque a circunstância exigia um tratamento diferente e não a dispensa por WhatsApp. Em outra situação, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª região, ao contrário do caso da empregada, confirmou a validade da dispensa de uma professora, também feita por intermédio do aplicativo.
 
Ações desse tipo começaram a aumentar na Justiça do Trabalho de 2020 para cá com a adoção do home office, por causa da pandemia de coronavírus. O distanciamento levou muitas empresas a adotarem a ferramenta para essa finalidade. Ainda não há números consolidados de 2021 especificamente, mas um levantamento feito pela plataforma Data Lawyer Insights mostrou que, entre novembro de 2019 e o mesmo mês de 2020, o volume de processos em função desse problema foi de 49.988 ações, aumento de 115% na comparação com igual período imediatamente anterior (entre novembro de 2018 e 2019).
 
Apesar de haver decisões contrárias e favoráveis conforme quem julga ou qual a instância em que o processo se encontra, a verdade é que o WhatsApp é uma ferramenta de comunicação. Por este motivo, a Justiça do Trabalho aceita as comunicações de demissão registradas nesse aplicativo. Entretanto, as empresas devem cuidar para evitar constrangimentos, como o caso da empregada citado acima e, assim, evitar ações reivindicando indenização por danos morais. Estamos falando de um momento que as empresas devem cuidar para o procedimento não ser traumático para ambas as partes. Portanto, as companhias devem lidar com o máximo de respeito e imparcialidade, por mais que a relação com o colaborador esteja desgastada.
 
Caso não haja outras ferramentas para fazer a comunicação da demissão, por exemplo, por videoconferência com a presença do gestor do colaborador a ser demitido e o representante do RH, ao enviar a mensagem é preciso muita atenção, pois ela somente será válida se houver a confirmação de que foi recebida pelo funcionário.
 
Avançada a fase de comunicação da demissão, a legislação exige que os pagamentos das verbas sejam feitos em até 10 dias, inclusive os documentos de rescisão do contrato podem ser enviados de forma eletrônica, dispensando o funcionário de comparecer na empresa para essa finalidade.
 
Resumindo, a comunicação de demissão por WhatsApp é permitida pela Justiça do Trabalho, mas, em qualquer fase do processo de demissão, deve-se cuidar para que não haja ofensa ou constrangimento ao trabalhador, principalmente à sua dignidade, caso contrário este terá direito a indenização por dano moral. Procure orientação jurídica especializada em caso de dúvidas. (Fonte: Consultor Jurídico - Por Bruna Degani)

Jogo Rápido 

 Tempo seco no RS nos próximos sete dias
A próxima semana terá tempo seco e temperaturas amenas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 15/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Entre a segunda (18) e quarta-feira (20), o tempo permanecerá seco e o ingresso de ar mais quente favorecerá a gradativa elevação da temperatura em todo Estado. Não há previsão de chuva na maior parte do Estado e somente na Região Metropolitana, Litoral Norte, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra poderão ser registrados volumes inferiores a 5 mm em alguns municípios. Veja aqui o Boletim Integrado Agrometeorológico 15-2022. (SEAPDR)

 

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Porto Alegre, 14 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.639


Logística e escoamento da produção

A necessidade de investir em melhorias da infraestrutura logística e as alternativas para ampliar o escoamento da produção no Rio Grande do Sul foram alguns dos temas discutidos ontem durante o evento da Tá na Mesa, da Federasul, na Capital. Na esteira das concessões de portos e rodovias promovidas pelos governos federal e estadual, especialistas destacaram a importância do complexo portuário no Estado, especialmente do Porto de Rio Grande.

Com o tema “O papel dos portos do RS no desenvolvimento do Estado”, o diretor superintendente dos Portos RS, Fernando Estima, explicou que o país passa por uma série de reavaliações e de processos de concessão de portos. “Os portos que estavam sob a responsabilidade da União é que não vinham dando a resposta adequada, diferente do Rio Grande do Sul, que é pioneiro também na questão das concessões”, pontuou. Ao destacar que o Estado “já fez sua lição de casa”, Estima explicou que no complexo portuário do Rio Grande do Sul, 17 terminais são privados. “Temos 5 que são concessões de longo prazo.”

Conforme Estima, em 2021, o RS obteve o melhor resultado acumulado da história, com 47,6 milhões de toneladas transportadas nos três portos: Porto Alegre, Rio Grande e Pelotas. É um aumento de 19,37% em relação a 2020.

Para o presidente da CCGL e do Complexo Portuário Termasa-Tergrasa, Caio Cézar Fernandez Vianna, o comércio, a indústria e a agricultura dependem “muito fortemente” das infraestruturas de logística. O presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, afirmou que a metade sul do Estado vive um “momento especial’ por conta dos investimentos no Porto de Rio Grande. Ele destacou, porém, que ainda há muito a ser feito para melhorar o escoamento de cargas e produtos no RS. (Correio do Povo)


UE - Mercado de carne e de leite: previsões da Comissão Europeia para 2022

A Comissão Europeia (CE) divulgou um relatório sobre as perspectivas para os mercados agrícolas da União Europeia (UE) em 2022, em particular para os mercados de carne e de leite.

Sem surpresa, ela espera que a produção de carne bovina caia (-0,9%) no bloco comunitário, sobretudo em razão da queda estrutural do setor, e isto “apesar dos preços elevados” e de uma “demanda crescente”.

De acordo com o parecer da CE, haverá leve aumento das exportações da UE graças aos recentes acordos comerciais (Japão, Mercosul e CETA), mas limitadas pela pouca oferta interna e pelos “atritos comerciais com o Reino Unido”.

“A queda na captação de leite deverá continuar no primeiro semestre” Apesar da alta histórica do preço do leite ao produtor, a produção total da UE caiu (-0,4%) em 2021, pela primeira vez desde 2009. De fato “o alto custo de produção enfraqueceu o crescimento da produção de leite e foi iniciada uma redução do rebanho mais forte do que a prevista (-1,5%)”.

E a baixa captação de leite na UE deverá continuar pelo menos até o final de 2022, segundo a CE “antes de começar uma leve recuperação no final do ano”. O rebanho leiteiro poderá diminuir ainda mais 1%. A alta do preço ao consumidor chegou aos produtos lácteos, provocada pelos custos elevados de insumos e por uma “fraca oferta mundial”.

A produção de queijo e de soro na UE continuará crescendo, impulsionada pelo aumento da demanda na UE e de exportação, enquanto a demanda por leite em pó será reduzida “sendo substituída por proteínas mais baratas”. (Fonte: Agri Mutuel – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Chile – A queda da produção de leite no 1º trimestre de 2022 está sendo avaliada em 5,6%

A Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fedelche) da região de Los Lagos, estimou que a queda da produção de leite foi de 5,6%, entre janeiro e fevereiro de 2022, tendência que deve se manter no resto do ano, diante da alta nos preços dos fertilizantes que estão afetando diretamente a atividade.

Em entrevista à Radio Bio Bio, o presidente da FEDELECHE, Marco Winkler, disse que apesar do bom clima de março, com chuvas e boas temperaturas ques fazem crescer os pastos, não haverá reversão da queda dos primeiros meses do ano, levando em consideração que somente em janeiro, a redução foi de 10%, um resultado preocupante.

“É um resultado muito ruim, que também foi consequência de problemas climáticos, seguido por custos elevados, e que lamentavelmente não poderá ser revertido”, disse Winkler.

Tema sensível é o aumento nos custos de fertilizantes que mudaram o planejamento dos plantios, como o milho que é fundamental.

“Existe um ponto importante ligado à produção de leite, que é o plantio de milho, algo fundamental para os agricultores e que impacta muito fortemente na produção de leite, porque se chegamos no momento de plantar e não tem como, isso irá repercutir, muitíssimo, na produção de leite”, explicou o presidente da federação.

Em relação aos preços, acrescentou que o leite subirá sistematicamente nos últimos meses, sem alcançar o nível dos custos, assumindo que no quadro atual, o custo médio está variando entre 385 e 390 pessoas por litro. Vale lembrar que a região dos Los Lagos é responsável por 50% da produção chilena de leite. (Fonte: Mundo Agropecuario – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

Secretário-executivo do Sindilat fala sobre alta no preço do leite em jornais da RBSTV
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, falou sobre a alta no preço do leite no Bom Dia Rio Grande e no Jornal do Almoço, programas da RBSTV, nesta quarta-feira (13/04). Em Porto Alegre (RS), o aumento no preço do leite foi de 9,84% em março, conforme o Dieese. Nos últimos 12 meses, a alta chega a 19,41%, o que é explicado pela elevação dos custos da indústria. "2021 foi um ano bem atípico em questão de custos e 2022 continua sendo", explicou Palharini, ressaltando os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia no agronegócio. O dirigente também discorreu sobre o assunto em entrevista à Rádio Uirapuru, de Passo Fundo (RS).
Confira as entrevistas em:
(Assessoria de Imprensa Sindilat/RBS TV)

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 13 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.638


Audiência pública sobre a competitividade no setor lácteo é remarcada para 27 de abril  
 

Aprovada pelas Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, visa tratar da carga tributária desigual vivida pelo segmento e agravada com a implementação do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). A audiência ocorrerá a partir das 10h, no 3º andar da Assembleia Legislativa, e terá transmissão ao vivo pelo canal da ALRS. A pauta foi proposta pelo deputado Zé Nunes.

Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, defende que medidas sejam tomadas pelo governo para que o RS deixe de ficar atrás de outros estados no que diz respeito à competitividade do setor lácteo. “Temos batido nessa tecla há anos e o governo ainda não tomou nenhuma medida efetiva para que essa situação mude. Enquanto isso, temos visto produtores abandonarem a atividade, e o RS perder competitividade em relação a estados como Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais”, destaca. Segundo ele, 60% do leite produzido no RS precisa ser escoado, sendo assim, é preciso que não somente se expanda a competitividade em solo gaúcho, mas que se viabilize vendas junto a pólos consumidores, como São Paulo e Rio de Janeiro.

O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Adolfo Brito, destaca a importância da realização de uma audiência pública, para que se amplie o debate, e reforça, ainda, que a Comissão é o ambiente para unir forças e se trabalhar em conjunto com as principais lideranças do setor. Neste sentido, é aguardada uma agenda com o governador do RS, Ranolfo Vieira Júnior, para que seja possível compor um melhor cenário ao setor produtivo do leite em função das recentes alterações tributárias. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)  


Custos e estiagem elevam preço do leite
 
Um dos principais itens na lista de compra dos brasileiros, o leite apresenta aumento de preço expressivo na região metropolitana de Porto Alegre. No acumulado de 12 meses fechados em março, o valor do tipo longa vida avançou 20,47%, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE. Em março, o produto apresentou alta de 14,06%. O item foi responsável pelo maior impacto dentro do grupo alimentação e bebidas no mês, segundo a unidade do IBGE no Rio Grande do Sul. Em ambos os recortes, o percentual está acima do índice geral do IPCA - em março, de 1,61%, e em 12 meses, de 11,30%. Pressão do preço dos insumos nos custos de produção e efeitos da estiagem estão entre os principais fatores que explicam esse movimento, segundo especialistas.
 
Consequentemente, a alta no preço do leite acaba respingando em produtos que têm esse item como base. Dentro do IPCA, leites e derivados apresentaram aumento de 12,66% em 12 meses. Esse segmento também teve variação mensal expressiva em março, de 7,33%. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS), Darlan Palharini, afirma que existia defasagem nos preços desde o último trimestre de 2021.
 
O avanço expressivo em março ocorre diante do represamento do repasse ao consumidor e dos efeitos da falta de chuva que castigou a agropecuária gaúcha nos últimos meses, segundo o dirigente.
 
- Isso é efetivamente resultado do aumento dos insumos e da própria estiagem, porque houve também redução na produção. Aí entra aquela questão de oferta e procura, porque tem essa produção menor por causa da estiagem - explica Palharini.
 
Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS) e integrante do Conseleite, entidade que representa o setor, também destaca a questão da procura pelo produto. Zanetti afirma que março tradicionalmente costuma registrar maior busca pelo leite. Esse fato somado à produção afetada pela chuva insuficiente eleva o preço do alimento, segundo o executivo: - O mês de março tem a volta às aulas, que dá regularidade maior ao mercado e aumenta a procura e o consumo de lácteos.
 
Outro fator é que está faltando leite no mundo inteiro, o que causa tendência de alta nos produtos lácteos. Zanetti destaca que o aumento de preços não significa que os produtores estejam ganhando mais, mas sim uma recuperação após períodos de prejuízo.
 
Futuro
Olhando apenas a variação acumulada de 12 meses e do mês de março na Região Metropolitana, o leite perde em volume percentual para itens como cenoura, alface e tomate. No entanto, o leite é um dos itens principais da alimentação dentro dos lares, principalmente dos que contam com crianças no grupo familiar. Palharini afirma que a indústria tenta balancear o repasse ao consumidor com um valor que cubra os gastos de produção e mantenha o produto acessível. Para os próximos meses, ele estima possível estabilização nos preços:
 
- A gente acredita que o preço dos derivados, com esse aumento, deverá se manter. Até porque em maio e junho começa a safra. Se não vier geada antes do tempo, acredito que a gente consegue manter os custos sem ter esse repasse maior ao consumidor. Até porque a gente sabe que o poder aquisitivo do consumidor está muito baixo. (Zero Hora)
 

   

 
A produção de lácteos no Brasil é suficiente para atender o consumo?
 
Quando a pergunta é se a produção de lácteos no Brasil é suficiente para atender o consumo, a primeira vista a resposta parece ser sim, mas, uma análise mais criteriosa indica que provavelmente a resposta é não, abrindo a perspectiva de um significativo potencial de crescimento para o setor produtivo. Apesar de alguns países como Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Chile, Argentina e Japão estabelecerem recomendações de consumo de leite e/ou derivados, tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS), quanto a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), não estipulam quantidades mínimas específicas de consumo de alimentos por dia.
 
Segundo essas entidades, como os países possuem oferta de alimentos, condições socioeconômicas e práticas alimentares distintas, seria inadequado determinar diretrizes globais de alimentação, com a exceção de casos em que haja robusta evidência científica, como ocorre para algumas frutas e vegetais. No Brasil não há normativas específicas da quantidade diária mínima ou ideal de ingestão de leite e derivados. Entretanto, o próprio Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, reconhece que esses produtos, presentes principalmente no café da manhã dos cidadãos, são fontes importantes de proteínas, cálcio, vitaminas entre outros; e que o seu consumo, de preferência minimamente processados, deve fazer parte de uma dieta saudável e balanceada.
 
No entanto, lamentavelmente o consumo de alimentos lácteos talvez não esteja acessível a toda a sociedade, em função da baixa renda de milhões de famílias. De acordo com o Anuário Leite de 2021, publicado pela Embrapa, apesar do país se destacar pela produção de leite, atingindo em 2020 produção (recorde) inspecionada de 25,53 bilhões de litros, desde 2014 o consumo de lácteos em domicílio ficou praticamente estagnado. Segundo o Relatório Anual de 2020, publicado pela a Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV), o consumo aparente per capita por dia de leite fluido (incluindo o leite em pó reconstituído) e produtos lácteos (sem considerar o leite fluido) é de 145 ml e 323 ml, respectivamente, totalizando 468 ml.
 
Ao se considerar os dados da FAO, a produção total de leite em 2020 no Brasil (inspecionado e não inspecionado) foi de 36 bilhões de litros. Se apenas a produção brasileira fosse utilizada para alimentar o país, o consumo aparente per capita por dia seria de 460 ml, o que está pouco abaixo do recomendado por alguns países. Noruega, Finlândia e África do Sul recomendam um consumo diário de produtos lácteos (incluindo leite fluido) para adultos equivalente a entre 500 a 750 ml por dia. Ademais, não se pode concluir apenas pelas médias, uma vez que o Brasil é um dos países com mais elevada desigualdade de renda do mundo. Ou seja, a média até pode ser adequada, mas, na prática, há muita gente consumindo bem menos do que um nível razoável.
 
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as regiões Sul e Sudeste apresentam os maiores índices de consumo, em comparação com Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Além disso, de acordo com a Análise Mensal do Leite, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), desde maio de 2020 o preço de leite e derivados no atacado e no varejo vem aumentando. Em janeiro de 2022, o preço do litro de leite longa vida UHT nos atacados e nos varejos das cidades de São Paulo SP, Belo Horizonte MG, Goiânia GO e Porto Alegre RS variaram entre R$ 3,12 e R$ 4,15.
 
Dessa forma, o valor gasto para sustentar o consumo mensal aparente per capita de leite, nos padrões divulgados pela ABLV, de um cidadão adulto, pode variar de R$ 13,57 a R$ 18,05. Ainda segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017/2018, publicada pelo IBGE, a despesa média mensal com alimentação por pessoa por família foi de R$ 209,12, e que no grupo de pessoas em condições de insegurança alimentar esse valor foi de R$ 153,49.
 
Numericamente, o custo para se garantir o consumo de leite mensal parece razoável, porém tais valores eram referentes ao período anterior à pandemia de Covid-19. Desde então, a inflação vem mantendo-se em alta, acumulando aumento de 10,06% em 2021. Ademais, houve aumento da taxa de desemprego, chegando a 11,1% no quarto trimestre de 2021, o que contribui para a redução da capacidade de consumo de produtos lácteos no Brasil, principalmente pelas classes sociais C e D.
 
Finalmente, deve-se considerar o contingente de pessoas consideradas “pobres” e “extremamente pobres”. São conceitos do Banco Mundial e valem para todos os países. Uma pessoa “pobre” é aquela que vive com até US$ 5,50 por dia (equivalente a R$ 28/dia ou R$ 855/mês). Uma pessoa “extremamente pobre” é aquela que sobrevive com até US$ 1,90 por dia (equivalente a R$ 9,70/dia ou R$ 295/mês).
 
Segundo dados oficiais do IBGE para antes da pandemia (ano de 2019), o Brasil tinha aproximadamente 52 milhões de pessoas pobres e 14 milhões de pessoas extremamente pobres. É possível que esse enorme contingente tenha algum acesso ao leite fluido, mas não deve ter acesso a derivados como iogurtes e queijos.
 
Com uma boa margem de segurança podemos sugerir que essas pessoas não consomem uma quantidade minimamente satisfatória nem de leite e derivados, nem de outros tipos quaisquer de alimentos. Portanto, é imprescindível destacar que, apesar do evidente potencial para o crescimento do consumo interno, apenas o aumento bruto da produção de leite não reflete no aumento de sua acessibilidade à população. O crescimento produtivo deve ser acompanhado de aumento da renda dos consumidores, práticas sociais inclusivas, políticas e econômicas que aumentem o poder de compra.
 
Nesse aspecto, o Brasil pode avançar no combate à desnutrição com a contribuição da sua produção de lácteos. Além dos benefícios aos consumidores, obviamente haveria benefícios também para o segmento produtor (pecuaristas e laticínios). (Autores: Lucca Zanini e Augusto Hauber Gameiro/Milkpoint)
 

Jogo Rápido 

Brasil está avançando, diz Guedes  
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o Brasil está avançando bastante para o acesso do país à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo ele, o momento é de aumento do risco geopolítico e pressões protecionistas, com a invasão da Ucrânia pela Rússia. “A guerra atinge grãos, fertilizantes e petróleo. O Brasil não pode hesitar e está pronto para fazer o seu papel e contribuir para manter civilização no século XXI. Não podemos voltar ao passado de guerras físicas e interrupção dos fluxos de comércio e investimentos”, disse Guedes, ao participar de um evento no Ministério da Economia, com membros da OCDE e do governo do Reino Unido, que trata do novo sistema de preços de transferências para o Brasil. Conforme o ministro, o Brasil celebra um capítulo decisivo para o acesso à OCDE, e a Receita Federal trabalha há anos na convergência de um sistema de transferência de preços. “Queremos evitar dois extremos com esse novo sistema, que é a bitributação e a evasão fiscal. A convergência de transferência de preços evita bitributação que impede investimentos”, frisou. (Correio do Povo)

 
 
 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 12 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.637


Conta de luz com bandeira verde até o final do ano
 
Cinco dias após o presidente Jair Bolsonaro anunciar o fim de bandeira de escassez hídrica na conta de luz e a entrada em vigor da bandeira verde a partir de 16 de abril, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que ela deve vir para ficar. Novas mudanças não são esperadas até o fim do ano. Significa que provavelmente as tarifas não voltarão a sofrer acréscimos em 2022.   - Essa é a expectativa - disse ontem Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.  
 
A entidade é responsável por coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional. Ciocchi afirmou que, com o volume de chuvas registrado desde o fim do ano passado, a atual situação dos reservatórios das hidrelétricas permitirá ao país atravessar o restante do ano de forma mais tranquila e segura do que em 2021.   - Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no melhor nível desde 2012 - disse. 
 
O sistema de bandeiras tarifárias é o que define o real custo da energia. Quando as condições de geração de energia não são favoráveis, é preciso acionar termelétricas, elevando custos. Assim, cobranças adicionais têm por objetivo cobrir a diferença e funcionam para frear o consumo.  
 
Diferenças
Quando vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Já na bandeira amarela, o consumidor paga adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt- hora (kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971, e no patamar 2 é de R$ 0,09492.  
 
No ano passado, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixa acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ela estava vigente há sete meses, desde setembro. Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.  
 
Segundo Ciocchi, a geração térmica deverá se limitar às usinas inflexíveis - que não podem parar e que têm capacidade em torno de 4 mil MW (megawatts). (Zero Hora)
 

Abertas inscrições para o Dairy Innovation Awards
 
Estão abertas as inscrições para o Prêmio de Inovação em Laticínios, que reconhece o desenvolvimento e práticas inovadoras para o setor lácteo mundial. Realizado pela Federação Internacional do Leite (FIL/IDF), o prêmio foi lançado em fevereiro com parceria da Zenith Global e apoio da Tetra Pak.
 
Com foco especial na sustentabilidade, alguns dos prêmios serão concedidos a produtos ou tecnologias que fizerem contribuições substanciais para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
 
Os prêmios estimulam processamentos inovadores do leite e derivados. Novas tecnologias como robótica, internet das coisas, inteligência artificial e energias alternativas aplicadas aos lácteos são algumas das propostas que os organizadores esperam encontrar nos trabalhos dos candidatos inscritos. Estas são as categorias dos prêmios: inovação em práticas agrícolas sustentáveis para o meio ambiente, cuidado animal e impactos sócio-econômicos, inovação e processos de sustentabilidade, inovação em pesquisas e desenvolvimento para a agricultura, coleta e processamento, desenvolvimento de novos produtos, segurança alimentar, nutrição do consumidor, inovação em sustentabilidade de embalagens, inovação em programas de leite nas escolas e inovação em ações climáticas.  
 
“A inovação faz parte do DNA da FIL/IDF desde sua fundação em 1903”, disse Piercristiano Brazzale, Presidente da Federação. “Nossa missão é fomentar o uso da ciência, tecnologia e inovação para assegurar meios de produção e de processamento do leite e de produtos lácteos seguros, nutritivos e sustentáveis. Acreditamos que este prêmio ajudará na divulgação e compartilhamento de práticas inovadoras entre relevantes atores do setor lácteo em nível global”. As inscrições estarão abertas até 1º de julho, e os vencedores serão anunciados durante o encontro da FIL/IDF, 2022 IDF World Dairy Summit em Nova Delhi, em 12 de setembro de 2022. Para mais detalhes, visitar o site: https://www.zenithglobal.com/events/IDFDIA2022. (Fonte: Food Processing – Tradução livre: www.terraviva.com.br)  
 
Estudo mostra protagonismo do Brasil na economia de baixo carbono
 
O Brasil vem aumentando a produtividade agropecuária, decorrente da melhoria dos índices de eficiência técnica produtiva no setor, e se destaca como líder e protagonista na economia de baixo carbono. Esta é a principal conclusão da publicação preliminar ‘Indicadores de Produtividade e Sustentabilidade do Setor Agropecuário Brasileiro’, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo, de autoria do pesquisador da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Ipea, José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, constatou ainda que o país é exemplo de produção agropecuária com sustentabilidade produtiva no contexto internacional. A publicação apresenta uma síntese do quadro produtivo do setor agropecuário brasileiro nos últimos 15 anos, desde 2006, com base nos dados dos censos agropecuários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e no livro do Ipea ‘Uma jornada pelos contrastes do Brasil’.
 
A pesquisa também disponibiliza indicadores de produtividade e sustentabilidade, faz análises comparativas e compila resultados de outras publicações. A partir das análises, foi possível verificar a contribuição do Brasil na produção sustentável. “O país vem fazendo o seu esforço produtivo e tecnológico, inclusive superando metas globais de sustentabilidade”, disse o pesquisador. José Eustáquio ainda observou que o país poderia aumentar a produção sem a necessidade de incorporar mais terras ou insumos.
 
“O Brasil é um dos poucos países no mundo que implementaram regras mais rígidas no uso da terra e em áreas de preservação, e também é o único país a exigir que as propriedades rurais mantenham um percentual de área conservada com vegetação nativa, denominada reserva legal, sem compensação financeira ao proprietário”, informou. A área agrícola do Brasil frente a outros países selecionados no estudo é percentualmente uma das menores (7,5%), ficando abaixo da França (34,7%), da Alemanha (33,3%), dos Estados Unidos (16,3%), da China (14,1%) e da Argentina (12,1%). “Ao comparar a área destinada ao uso agrícola e pecuário somados, o Brasil apresenta um dos menores percentuais (27,8%), e novamente se posiciona à frente de outros países, tais como China (55,1%), Alemanha (46,6%), Estados Unidos (41,3%) e Argentina (39%)”, comparou.
 
Em relação às áreas de florestas nativas e plantadas, o Brasil é o país com maior percentual de seu território preservado, de 58,5%, enquanto os demais países possuem percentuais inferiores a 35%. A produção agropecuária brasileira por unidade de emissão de gases efeito estufa (GEE) vem crescendo ao longo das últimas duas décadas. Ou seja, a produção aumenta ao passo que diminui a emissão de gás carbônico na atmosfera. O estudo também demonstra que a expansão da área com tecnologias e práticas sustentáveis atingiu 154% da meta fixada no Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação da Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC).
 
As ações do Plano ABC envolvem a adoção de sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta, a incorporação do sistema de plantio direto, a fixação biológica de nitrogênio (FBN), a expansão da área de florestas plantadas, bem como o tratamento de dejetos animais. A meta de mitigação de emissão de gás carbono na atmosfera também foi superada e o Brasil alcançou a marca de 113%. Sobre a recuperação de pastagens, os sistemas de integração lavoura-pecuária e de lavoura-pecuária-floresta também recuperam pastagens, resultando em 290% de meta cumprida. (Fonte: Ipea)
 

Jogo Rápido 

Segunda parcela do Devolve ICMS vai ser paga na quinta
Na quinta-feira, a segunda parcela do Devolve ICMS chegará às famílias beneficiadas. O programa do governo estadual devolve parte da arrecadação tributária e transferirá R$ 44,5 milhões para 433.867 beneficiários, para que famílias de baixa renda possam trocar por compras no comércio. Mais de 70% dos cartões já estão em mãos dos beneficiários, que os retiraram no pagamento da primeira parcela, em dezembro. Naquela ocasião, o cadastro tinha como base os inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal em julho de 2021. Nesta nova rodada, a referência é setembro de 2021. Para se manter no CadÚnico, é preciso seguir os requisitos de habilitação e manter os dados atualizados. No Cartão Cidadão, o governo deposita o benefício do Todo Jovem na Escola, para estudantes inscritos no CadÚnico que tenham 80% de frequência nas aulas e participem de avaliações da Secretaria Estadual da Educação. O programa destina R$ 150 mensais a essas famílias, para apoiar os jovens que seguem na escola. (Zero Hora)

 

 
 
 

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Porto Alegre, 11 de abril de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.636


Imposto de importação de muçarela zerado: quais possíveis impactos?
 
Conforme relatado na nota “Governo zera imposto de importação de queijos e outros 5 alimentos para conter inflação”, o governo anunciou no último dia 21/03 que zerou o imposto de importação do etanol e de seis produtos da cesta básica para tentar conter a inflação, entre eles, a muçarela.
 
Mas afinal, qual será o real impacto desta medida no mercado de muçarela, que representa aproximadamente 30% do mercado de queijos, ou seja, 12% do leite produzido no país? Para exportar derivados lácteos ao Brasil, os países de fora do Mercosul têm alíquota de importação (TEC – Tarifa Externa Comum) de 28%; esta tarifa praticamente inviabiliza a compra de produtos lácteos advindos desses países (os principais focos seriam Nova Zelândia, União Europeia e Estados Unidos).
 
Zerar o imposto sob importação pode causar uma mudança na estrutura do cenário internacional, e auxiliar a viabilizar a comercialização de produtos de diferentes países que hoje não tem participação relevante no mercado nacional. A equipe do MilkPoint Mercado simulou os custos da muçarela proveniente dos Estados Unidos no mercado nacional, sem a taxação de 28% existente, e chegou ao seguinte cenário (em função dos preços da muçarela nos Estados Unidos e da taxa de câmbio R$/US$): Tabela 1. Preços da muçarela dos Estados Unidos em R$/Kg no mercado nacional.
Fonte: Elaborado pela equipe do MilkPoint Mercado, com dados da CBOT e Banco Central.
 
Considerando-se os preços bases da Chicago Board of Trade (CBOT) para a muçarela dos Estados Unidos – valor de U$ 2,25 /lb–, e a taxa de câmbio de R$ 4,60/US$ (em 05/04), tem-se um valor médio dos preços do produto norte-americano chegando no mercado nacional a R$ 25,9/kg, já se desconsiderando 4% de crédito de ICMS. Comparando-se com o preço do produto nacional, que na média da última semana de março pelo levantamento da equipe do MilkPoint Mercado foi de R$ 30,7 /kg, e descontando o crédito de 12% de ICMS, tem-se um valor de custo de R$ 27,0 /kg.
 
No caso da aplicação da TEC de 28%, o queijo americano chega no Brasil a R$ 33,7 /kg, ou seja, não competitivo neste momento. Com a medida em vigor no momento, entretanto, os preços da muçarela norte-americana estariam frente a frente com os preços praticados no mercado nacional, aumentando sua competitividade significativamente. É claro que o preço do queijo no mercado americano e, principalmente, a taxa de câmbio aqui no Brasil, são fatores cruciais para esta competitividade, mas devemos ficar bastante atentos.
 
Um outro fator que pode contribuir para o favorecimento da importação de queijos neste cenário é a baixa disponibilidade de derivados lácteos por parte dos nossos vizinhos do Mercosul. Bem como o Brasil, nos últimos meses os países apresentaram problemas logísticos e de produção, e o cenário que se tem hoje em dia é de menor disponibilidade de lácteos para comercialização. Muitos dos contratos para importação já estão firmados, e os países não possuem um volume grande destinado a novas negociações no comércio exterior, pelo menos não a curto prazo. Este cenário tende a mudar a partir de junho/julho, com a entrada de uma nova safra.
 
Um ponto talvez mais crítico na medida de corte da TEC para a muçarela é o precedente que abre para medidas semelhantes relacionadas a outras categorias lácteas, que poderiam trazer impacto maior ainda ao setor, como por exemplo, os leites em pó. (Por Valter Galan e Tiago da Cunha Faria/Milkpoint)
 

 
NZ – Economistas preveem queda recorde da produção de leite nesta temporada
 
Os níveis de queda da produção na Nova Zelândia e em outros países podem impulsionar os preços do leite no início da próxima temporada, dizem economistas do banco Westpac. Em uma avaliação do setor lácteo depois do GlobalDairyTrade desta semana, o economista sênior do banco Westpac, Nathan Penny, disse que elevou em 10 centavos a previsão do preço do leite para esta temporada (que termina no final do próximo mês), que pode chegar a NZ$ 9,60/kgMS, [R$ 2,40/litro]. Também subiu de NZ$ 8,50/kgMS para NZ$ 9,25/kgMS, a previsão do preço no início da próxima temporada. A cooperativa Fonterra, projeta um preço de NZ$ 9,60/kgMS, mesmo preço agora previsto pelo economista da Westpac.
 
Penny avalia que a produção poderá ter queda de 4,75%, um percentual acima da previsão anterior que era de 3%. Se sua avaliação se confirmar, Penny diz que será a maior queda registrada de uma temporada para outra, e 1,2% acima do recorde anterior.
Um preço do leite ao produtor de NZ$ 9,60/kgMS também será um recorde, já que o maior valor registrado antes foi de NZ$ 8,40/kgMS. em 2013-14. O economista vê um preço “estruturalmente” mais alto para o produtor. Os ciclos de queda dos preços do leite ficaram para trás. E, a menos que haja um grande relaxamento nas regulamentações e conformidades em torno do uso da terra, em particular, o preço do leite subiu estruturalmente”, diz ele.
 
Possivelmente a média será de NZ$ 8/kgMS a longo prazo, a partir de agora”. Os custos aumentaram estruturalmente. Penny diz que as oscilações anteriores estavam atreladas à produção global de leite. Na Nova Zelândia, a produção subiu 11% na temporada 2013-14, e mais 4% na temporada seguinte. As conversões para fazendas leiteiras sustentaram o aumento da produção naquele período. Por exemplo, entre 2007 e 2016, o número de vacas leiteiras aumentou em mais de um milhão de cabeças. E o uso de outros insumos como terra, ração e fertilizantes também aumentou. “Mas nos últimos anos, a indústria de laticínios consolidou o ponto de uso da terra e de alguns outros insumos, que atualmente caíram. “De fato, o rebanho leiteiro diminuiu em 400.000 cabeças entre 2016 e 2022. As razões para a consolidação são variadas. Regulamentos e conformidades, competição por recursos para outros usos, falta de trabalhadores e aperto do crédito são alguns dos principais motivos.
 
Mas, essencialmente, ficou muito difícil fazer a conversão de terras para uso na produção de leite”, disse Penny. “Como resultado, a produção de leite pode não responder rapidamente (ou na magnitude necessária) para enfrentar os preços. Acredito que a produção poderá se recuperar em 3% na próxima temporada, depois dessa queda de 4,75%. Em outras partes do mundo, a produção também deverá voltar aos níveis de 2020/21 em algumas temporadas”. (Fonte: Interest.co.nz– Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
UE: altos custos fazem produção de leite cair pela primeira vez em 12 anos
 
A tendência sazonal normalmente observada no preço do leite cru da União Europeia (UE) não se concretizou em 2021, pelo contrário, o preço aumentou ao longo do ano. Em dezembro passado, foi atingido um preço médio na UE de € 40 (US$ 43,60)/100 kg, 18% a mais que em janeiro de 2021. A tendência continua em fevereiro de 2022, não mostrando sinais de relaxamento. No entanto, a produção de leite caiu 0,4% pela primeira vez desde 2009.
 
As principais causas da queda são os custos mais altos que desaceleraram o crescimento da produção de leite e uma queda no rebanho de vacas leiteiras, com uma redução mais acentuada do que o esperado (-1,5%), de acordo com as estimativas do último relatório sobre as perspectivas a curto prazo da produção agrícola na UE, elaborado pela Comissão Europeia.
 
As entregas de leite na UE em 2022 podem continuar diminuindo no primeiro semestre de 2022 para recuperar levemente no segundo semestre. Em conclusão, até 2022 as entregas podem permanecer estáveis.
 
A inflação crescente e os custos de insumos também devem pressionar ainda mais os preços ao consumidor dos produtos lácteos. Embora o consumo de queijo e manteiga ainda possa aumentar um pouco, espera-se que o uso de leite em pó no processamento diminua. No geral, o fluxo de produção de queijo e soro de leite pode continuar sendo a opção preferida, enquanto se espera alguma recuperação na produção de leite em pó desnatado, provavelmente apoiada pelo aumento das exportações. (As informações são do Agrodigital, adaptadas pela equipe MilkPoint)
 

Jogo Rápido 

Inflação do IPCA é a maior para março em 28 anos
O grupo de transportes e também o de alimentação impactaram a elevação do indicador. Os dois juntos significaram 72% do IPCA. Sete produtos subiram mais de 50% no acumulado de 12 meses e ajudaram a puxar a inflação para cima. Dos mais de 400 itens apurados pelo IBGE, a cenoura é a mais cara no período de 12 meses: alta de 166,17%. Os sete produtos seguintes no ranking são tomate (94,55%), pimentão (80,44%), melão (68,95%), melancia (66,42%), repolho (64,79%), café moído (64,66%) e mamão (54,95%). No acumulado de 12 meses a inflação de serviços também levou impacto aos resultados. Passou de 5,94% em fevereiro para 6,29% em março, a maior desde dezembro de 2016, quando estava em 6,5%. Os preços de itens monitorados pelo governo saíram de uma elevação de 0,12% em fevereiro para um aumento de 2,65% em março. Também ontem o IBGE divulgou outro indicador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).Aalta de 1,71% em março superou a de 1% apurada em fevereiro. O índice acumula uma elevação de 3,42% no ano e de 11,73% em 12 meses. Em março de 2021 o resultado era de 0,86%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos que são chefiadas por assalariados. (Correio do Povo)
 

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de abril de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.635


Próximos dias terão muita umidade e chuva expressiva por todo o RS

Os próximos sete dias permanecerão com muita umidade e chuva expressiva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 14/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga.

Na sexta-feira (08/04), o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todo  o Estado, com possibilidade de temporais isolados. No sábado (09), o ingresso de ar seco manterá o tempo firme, com ligeira elevação das temperaturas. No decorrer do domingo (10), a aproximação de uma nova área de baixa pressão vai aumentar a nebulosidade e provocar pancadas de chuva na maioria das regiões.

Na segunda (11) e terça-feira (12), a propagação de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com chance de temporais isolados, especialmente nos setores Oeste, Centro e Norte. Na quarta (13), ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas nas faixas Norte e Nordeste, porém no decorrer do dia, o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade e provocará o declínio da temperatura.

Os totais esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maioria das regiões. Na Fronteira Oeste, Missões e Alto Uruguai, os volumes previstos variarão entre 80 e 100 mm, podendo exceder 125 mm em diversos municípios.

O Boletim Integrado Agrometeorológico 14/2022 pode ser acessado em: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.  (SEAPDR)

Rebanho leiteiro manteve níveis de produção no RS

Mesmo com a redução das pastagens, devido ao período de vazio forrageiro. Com reservatórios e mananciais de água com maior volume, houve melhora importante na quantidade e na qualidade da água.

Os animais apresentam adequadas condições sanitárias, sendo que foram realizadas as vacinações obrigatórias e preventivas, bem como o controle de endo e de ectoparasitos. Em algumas regiões, os produtores seguem sendo orientados a vacinar contra raiva herbívora, conforme orientação das Inspetorias de Defesa Agropecuária. 

Na regional de Santa Rosa, os dados indicam um aumento significativo na produção leiteira, como reflexo do retorno da boa oferta de forragem após a ocorrência constante de chuva e da redução das temperaturas. Devido ainda aos efeitos da estiagem, os estoques de alimentos conservados terminaram ou estão baixos, necessitando que os produtores façam um adequado planejamento forrageiro e também da produção de silagem do milho safrinha e de espécies forrageiras de inverno.

Na regional de Frederico Westphalen, as temperaturas mais amenas proporcionaram mais conforto aos animais, principalmente as vacas leiteiras, levando ao aumento da produção de leite e melhorando o manejo dos animais.

Na regional de Pelotas, os produtores seguem colhendo as áreas destinadas à silagem, que têm apresentado baixa produtividade. Na de Erechim, a atividade leiteira do Alto Uruguai gaúcho segue com dificuldade. A margem de lucro por litro de leite está reduzida, especialmente devido aos altos preços dos concentrados, como ração comercial, milho, farelo de soja e mineras. Outro fator que está impactando negativamente o resultado econômico da bovinocultura de leite é a baixa qualidade da silagem de milho colhida na última safra, devido à forte estiagem que acometeu toda a região.

Na regional de Bagé, em Alegrete, produtores investem recursos na implantação das pastagens de inverno, visando eliminar o vazio forrageiro outonal. Em Itacurubi, ocorre gradativa recuperação do estado corporal das matrizes com retomada na produção de leite. (Emater/RS)
 
 
Balança comercial de lácteos: exportações perdem força

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (07/04) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -52 milhões de litros em equivalente-leite no mês de março, uma diminuição de 32 milhões, ou aproximadamente 61,5% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (mar/2021), o saldo foi menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -92 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 78%.

Apesar do recuo, esse resultado é o menos negativo desde 2014 para o mês, quando teve um saldo de -1 milhões de litros, e após quatro meses consecutivos de aumentos, o saldo da balança voltou a diminuir. 

No mês de março as exportações tiveram um forte recuo de aproximadamente 65% em relação ao mês de fevereiro, com um decréscimo de -14,1 milhões de litros no volume exportado. Ao se comparar com 2021, as exportações também foram menores este ano, com um diminuição de -3,4 milhões de litros, representando um decréscimo de aproximadamente 31% no volume exportado. Após altas expressivas nos volumes de lácteos destinados às exportações, o cenário para o mês de março foi reverso, e ocorreram quedas consideráveis.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.



Do lado das importações, o cenário também foi reverso do que vinha ocorrendo. O mês de março apresentou um aumento de 41% nas importações em relação ao mês de fevereiro, com um acréscimo de 17,2 milhões de toneladas em equivalente-leite no volume de importações. Analisando o mesmo período do ano passado, nota-se uma diminuição expressiva entre os volumes importados; em março de 2021, 102,6 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve um recuo de aproximadamente 42%, totalizando um decréscimo de -43,4 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir:

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.



Essa diminuição nos volumes exportados e aumento das importações acarretou em um saldo mais negativo da balança comercial de lácteos para o mês de março. Apesar desta dinâmica, o resultado é o menos negativo desde o ano de 2014 para o período. Quando comparado com o ano de 2021 mesmo com um menor volume destinado as exportações, uma diminuição expressiva nas importações acarretou em uma saldo mais favorável para o ano de 2022.

Este cenário é consequência do fim do ciclo de alto dos preços internacionais e da forte queda do dólar no período. Apesar disso, o cenário que estava vigente há alguns meses sofreu uma disrupção ao longo do mês. Conforme relatado na análise do último evento do Global Dairy Trade (GDT), “GDT: preços internacionais apresentam nova correção”, os preços internacionais do leilão sofreram recuo pela segunda quinzena consecutiva e os preços médios voltaram aos patamares abaixo dos U$ 5.000 /tonelada.

A queda do dólar também contribuiu para o cenário observado. Devido a políticas econômicas adotadas por parte do Brasil, e os preços das commodities operando em patamares elevados, a moeda norte-americana sofreu fortes variações negativas frente ao real nos últimos dias. Entre o período de 01/01 e 25/03, o real teve variação de +16,79%, configurando-se como a moeda que mais se valorizou no ano de 2022.

E por último, mas não menos importante, devido a oferta de leite no mercado interno comprometida, nas últimas semanas o cenário foi altista para a maioria dos derivados lácteos. Altas expressivas foram observadas no leite UHT, muçarela, e leite em pó. Este fato, associado ao dólar operando em baixa, muitas vezes pode tornar as negociações dos produtos no mercado interno mais atrativa em detrimento das exportações, o que pode ter levado ao menor volume destinado a essas negociações.

Todos esses fatores contribuíram para o processo disruptivo do cenário que estava vigente há alguns meses, e frearam bruscamente as exportações, com o produto nacional perdendo competitividade no mercado externo, e as importações começando a ganhar fôlego na concorrência do mercado interno.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em março, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 90% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma aumento de 19% em seu volume importado. Os produtos que tiveram maior variação com relação a importação foram o iogurte, a manteiga e o leite em pó desnatado com aumentos de 389%, 82% e 52%, respectivamente.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite, o leite UHT, e os queijos, que juntos, representaram 83% da pauta exportadora. Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de fevereiro foram o leite em pó integral, e o leite em pó desnatado, visto que ambos tiveram uma redução de aproximadamente 98% no volume destinado a exportação.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2022. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.



O que podemos esperar para o próximo mês?

Conforme relatado, o cenário observado nos últimos meses começou a se alterar, e caso a dinâmica se sustente, poderá ser fortalecer nos próximos meses. Os preços internacionais parecem ter atingindo um “pico” após alcançarem seu maior valor médio da história, e a tendência, pelo menos a curto prazo, é o mercado apresentar correções, e os preços recuarem. Caso isso ocorra, fortalece o cenário observado e pode aumentar a competitividade dos produtos internacionais, estimulando as importações e desestimulando as exportações.

Outro ponto para ficar de olho é o conflito no Mar Negro, envolvendo a Ucrânia e a Rússia. Caso um cessar fogo ocorra, poderemos ver diversos mercados, dentre eles as commodities, como o petróleo, recuando, o que poderá impactar nos preços praticados no mercado lácteo internacional. Além disso, o fim do conflito pode contribuir para uma retorno a normalidade na questão da oferta e demanda mundial, pelo menos a médio e longo prazo, a depender dos estragos ocasionados pela guerra.

No mercado nacional temos a medida do governo de zerar os impostos para a muçarela importada, que, caso se mantenha, contribui como um estimulo as importações, principalmente do produto proveniente dos Estados Unidos. Com o fim da TEC, poderemos observar um aumento no volume de importações de muçarela, contribuindo para um saldo mais desfavorável da balança, além dos impactos negativos no mercado nacional de queijos. (Milkpoint)

Jogo Rápido 

E-Book gratuito: alimentos alternativos para dietas de vacas leiteiras A nutrição de vacas leiteiras é o maior custo dentro de um sistema produtivo. Mas é possível economizar na formulação de dietas sendo que a produção de leite está diretamente relacionada ao balanceamento nutricional e qualidade dos alimentos consumidos?  Existem alguns alimentos alternativos que podem substituir os tradicionais na alimentação de ruminantes, como o milho, mas é necessário se atentar a alguns pontos como limite de inclusão na dieta ou de substituição.  No E-Book "Alimentos Alternativos para Dietas de Vacas Leiteiras" você aprenderá como utilizar alguns alimentos que cada vez mais ganham espaço na pecuária leiteira do Brasil. Acesse já o E-book e confira! (Milkpoint)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de abril de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.634


Governo de SC decide recolocar leite de caixinha na cesta básica e ICMS volta de 17% para 7%

Decisão é do governador Carlos Moisés; medida será tomada por meio de projeto de lei do Executivo ao Legislativo

Para fins tributários, o leite de caixinha será recolocado como item da cesta básica em Santa Catarina. A decisão é do governador Carlos Moisés (Republicanos) e foi tomada nesta terça-feira (5). O governo do Estado enviará um projeto de lei ao Legislativo para confirmar a medida, tomada após reunião com deputados estaduais.

O imposto sobre o leite é um dos pontos dos polêmicos vetos do governador, que estão em discussão que se arrasta há meses na Alesc (Assembleia Legislativa), que busca um consenso entre as partes. Moisés vetou o artigo que aumentaria o ICMS do leite longa vida para 17%.

Fora da cesta básica, o imposto sobre o leite de caixinha seria de 17% de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Colocado novamente, terá imposto de 7%.

A cadeia produtiva do leite emprega cerca de 200 mil pessoas em Santa Catarina.

Além da questão do leite, há discussões sobre impostos em produtos à base de farinha de trigo e mistura para a preparação de pães. O setor de bares e restaurantes também questiona um dos vetos. (ND MAIS)


EUA: produtores estão tornando o leite e o queijo mais sustentáveis

A sustentabilidade tornou-se uma prioridade para marcas em todo o mundo, especialmente para aquelas que entendem o valor de criar um impacto social e ambiental positivo. Enquanto isso, os consumidores estão se tornando mais seletivos em relação às empresas que apoiam – comprando intencionalmente daquelas que são éticas e transparentes sobre suas práticas de negócios.

Esses fatos são verdadeiros em vários mercados, do varejo à tecnologia e ao transporte. Mas uma indústria que por acaso está dominando o jogo ecológico é a de alimentos e bebidas. De acordo com um estudo de 2020 realizado por Edelman e The Nature Conservancy , 55% dos líderes de empresas de alimentos, bebidas e agricultura estão aumentando a aposta quando se trata de aplicar novas práticas de sustentabilidade.

Entre as empresas de alimentos que salvam o meio ambiente (ou tentam) estão as do setor de laticínios. Vários produtores de leite estão reduzindo sua pegada de carbono reciclando recursos naturais, como ar e água, e reutilizando estrume para eliminar a necessidade de fertilizantes artificiais, de acordo com a Dairy Discovery Zone.

Mas por que tudo isso é importante e como isso afeta o leite e o queijo que comemos? Quando as pessoas estão plenamente conscientes das maneiras como seus produtos favoritos são feitos, isso não apenas melhora sua percepção das marcas que compram, mas também pode incentivá-las a comprar mais.
 

As fazendas leiteiras estão investindo em ferramentas e métodos eficientes
Com a enorme quantidade de queijo, manteiga, sorvete, leite e iogurte que os americanos comem – cerca de 655 libras por pessoa/ano – você pode apostar que muitas pessoas estão prestando muita atenção às origens desses produtos.

Jay Waldvogel, vice-presidente sênior de estratégia e desenvolvimento global da Dairy Farmers of America, enfatizou a importância de ter um diálogo honesto sobre sustentabilidade com os clientes, que se preocupam cada vez mais com a origem de seus alimentos (via Hoard's Dairyman ).

Em Wisconsin, o epicentro da produção de laticínios nos Estados Unidos, muitas das mais de 7.000 fazendas leiteiras do estado estão usando formas inovadoras para a fabricação de queijo. 

Crave Brothers Farmstead Cheese, uma fazenda de laticínios familiar em Waterloo, orgulha-se de seus métodos de fabricação modernos e sustentáveis ??para seu premiado mascarpone, mussarela, cheddar e muito mais. A instalação de fabricação de queijo é alimentada por um sistema de digestão anaeróbica de metano executado por computador – o que significa que os microorganismos desintegram resíduos orgânicos para criar metano, dióxido de carbono e outros gases e usá-los como energia renovável. Essa estrutura única pode ajudar a Crave Brother a fazer queijo em apenas seis horas – e gerar eletricidade suficiente para abastecer toda a fazenda, além de 300 casas próximas. 

Em notícias semelhantes de laticínios sustentáveis, a empresa de energia renovável Vanguard Renewables recentemente se uniu aos Dairy Farmers of America, Starbucks e Unilever para lançar a Farm Powered Strategic Alliance . Isso ajuda as fazendas leiteiras a investir na agricultura regenerativa, o que significa que fornece recursos e equipamentos para reduzir a produção de resíduos e emissões, em vez de colocar esses elementos de volta no solo para serem usados novamente.

As informações são do Tasting Table, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 







UE – Captação de leite na UE, em 2021, cai pela primeira vez em 12 anos

Produção/UE – A tendência sazonal que é observada no preço do leite ao produtor na União Europeia (UE) não foi vista em 2021, pois o preço aumentou durante todo o ano.

Em dezembro passado, se chegou ao preço médio de €40/100 kg, o que representou aumento de 18% em relação a janeiro de 2021. A tendência continua em fevereiro de 2022, sem mostrar sinais de que haverá arrefecimento.

Ainda assim, a captação de leite em 2021 caiu 0,4% pela primeira vez, desde 2009. As principais causas da queda foram o aumento dos custos que pressionou as margens do leite e a queda do rebanho de vacas leiteiras, cujo percentual foi mais forte do que o esperado (-1,5%), de acordo com as estimativas do último boletim de perspectivas de curto prazo das produções agrárias na UE, elaborado pela Comissão Europeia.

A captação de leite na UE em 2022 poderá continuar caindo pelo menos até a metade de 2022, para recuperar-se ligeiramente no segundo semestre. Conclusão. Para 2022 o volume de leite poderá ficar estável.

Também é provável que o aumento da inflação e dos custos dos insumos exerçam mais pressão sobre o preço ao consumidor dos produtos lácteos, ainda que as vendas de queijo e manteiga possam aumentar ligeiramente, mas a expectativa é de que diminua o processamento de leite em pó.

No geral, o fluxo da produção de queijo e soro poderá continuar sendo a opção preferida, enquanto se aguarda uma certa recuperação da produção de leite em pó desnatado, provavelmente impulsionada pelo aumento das exportações. (Fonte: Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Jogo Rápido 

E-Book gratuito: alimentos alternativos para dietas de vacas leiteiras
A nutrição de vacas leiteiras é o maior custo dentro de um sistema produtivo. Mas é possível economizar na formulação de dietas sendo que a produção de leite está diretamente relacionada ao balanceamento nutricional e qualidade dos alimentos consumidos?  Existem alguns alimentos alternativos que podem substituir os tradicionais na alimentação de ruminantes, como o milho, mas é necessário se atentar a alguns pontos como limite de inclusão na dieta ou de substituição.  No E-Book "Alimentos Alternativos para Dietas de Vacas Leiteiras" você aprenderá como utilizar alguns alimentos que cada vez mais ganham espaço na pecuária leiteira do Brasil. Acesse já o E-book e confira! (Milkpoint)