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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.031


Conseleite SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Novembro de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Outubro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


EMATER: Informativo Conjuntural 1.790

BOVINOCULTURA DE LEITE:

O tempo chuvoso resultou em excesso de umidade nas pastagens, além de acúmulo  de barro nos locais de trânsito e ao redor das instalações. Para evitar danos às pastagens,  muitos produtores mantiveram as matrizes nos locais mais altos e aumentaram a oferta de alimentos concentrados. A rotina de ordenha foi impactada, exigindo mais tempo para a higienização dos tetos, consequentemente aumentando a chance de contaminação do leite.  Continua o controle de ectoparasitas, havendo aumento considerável na presença de mosca, berne e carrapato.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições de produção foram mais favoráveis durante o período com menor volume de chuvas, embora persista a presença significativa de barro nos potreiros planos e nos corredores de acesso. 

O volume entregue pelos produtores teve uma redução principalmente devido à queda na qualidade da dieta das matrizes, composta principalmente por azevém em final de ciclo, campo nativo e feno. Muitas propriedades não possuem mais silagem de milho em razão da quebra da safra, causada pela estiagem. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos animais ainda é mantida; há estabilidade no estado corporal e ausência de restrições alimentares. Apesar das adversidades  ocasionadas pelas chuvas, a qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões exigidos pela legislação. 

Na de Erechim, o excesso de chuvas reduziu o tempo efetivo de pastejo e prejudicou o manejo dos rebanhos, refletindo na produção de leite. 

Na de Frederico  Westphalen, a umidade elevada prejudicou o manejo dos animais no pasto e nas 
proximidades das instalações ao dificultar o deslocamento dos animais e o manejo de ordenha. 

Na de Ijuí, os dias chuvosos se tornaram obstáculos para a produção nos sistemas de pasto em função das adversidades no manejo, diminuindo a produção por animal. Nos sistemas confinados, a produção permanece estável.

Na de Passo Fundo, os animais mantêm o volume de produção e escore corporal estáveis; dedica-se atenção especial à saúde do úbere devido ao excesso de barro e umidade. 

Na de Pelotas, a semana foi caracterizada por chuva e vários dias nublados, impedindo o manejo das pastagens de verão. O foco dos produtores está no nascimento dos terneiros e na secagem das vacas.
Na de Soledade, as pastagens perenes de verão estão sendo utilizadas como fonte de forragem em diversas propriedades para minimizar o déficit forrageiro na primavera. No entanto, o crescimento dessas plantas ainda não atinge níveis satisfatórios em decorrência da limitação de radiação solar, que afeta a produção de matéria seca. 

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 23 A 29/11/2023:

A projeção para a próxima semana novamente mostra chuva em todo o RS. Na sexta-feira (24) e sábado (25), o tempo seco, com ligeira elevação da temperatura, predominará em todo o Estado. No domingo (26), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá maior variação de nuvens, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva nas Missões, Alto Uruguai e no Planalto. Na segunda (27) e terça-feira (28), a aproximação de uma nova área de baixa pressão deverá provocar pancadas de chuva e trovoadas em todo o Estado. Na quarta-feira (29), o ingresso de ar úmido e quente favorecerá a elevação das temperaturas, com valores superiores a 30 °C na maioria das regiões. Os totais previstos deverão ser inferiores a 10 mm na maior parte da Metade Sul. No restante do Estado, os volumes esperados deverão oscilar entre 20 e 35 mm e, somente nas Missões e Alto Uruguai, os valores poderão alcançar 60 mm em diversas localidades.

As informações são da Emater e da SEAPI, adaptadas pelo SINDILAT/RS

Produção Leiteira na Região Centro-Oeste: Desafios e Potenciais

Produção Leiteira - O Centro-Oeste, região estratégica para o agronegócio brasileiro, tem se mostrado como um importante player no cenário da produção leiteira. Nos últimos anos, enquanto a produção total tem apresentado uma leve retração, o rebanho e a produtividade têm crescido, revelando um panorama cheio de nuances.

Tendências Recentes na Produção de Leite
Em 2020, a produção de leite da Região Centro-Oeste foi de 4.113.109 litros. No entanto, essa marca sofreu uma diminuição em 2021, com a produção registrando 3.984.020 litros. A tendência de queda persistiu em 2022, com a produção caindo para 3.815.968 litros.

Líderes na Produção Leiteira
Quando olhamos para os estados que mais se destacaram na produção de leite em 2022, Goiás surge como o principal produtor, com expressivos 1.742.203 litros. Em seguida, temos Mato Grosso, com uma contribuição de 291.677 litros, e Mato Grosso do Sul, com 159.749 litros. Estes estados, em conjunto, mostram a capacidade e o potencial leiteiro da região.

O Crescimento do Rebanho Leiteiro
No que se refere ao número de vacas ordenhadas, os dados também apresentam um decréscimo. Em 2020, 2.433.227 vacas foram ordenhadas na região. Esse número sofreu uma queda em 2021, totalizando 2.316.116 vacas ordenhadas. A redução continuou em 2022, com 2.208.629 vacas.

Produtividade em Ascensão
O Centro-Oeste tem mostrado uma melhoria na produtividade média por vaca ao longo dos anos. Em 2020, cada vaca produzia, em média, 1690,4 litros de leite. No ano subsequente, esse número subiu para 1720,1 litros e, em 2022, a produtividade alcançou 1727,8 litros por vaca ao ano. Esse crescimento sugere a adoção de práticas mais eficientes e um manejo mais especializado na região.

Fonte: IBGE/Elaboração www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido

Leite argentino ganha espaço em supermercados do Brasil
Falamos sobre a crise do leite, que afeta produtores de várias regiões do Brasil. A invasão do produto importado dos vizinhos do Mercosul tem chegado às gôndolas de supermercados até mesmo no nordeste. Sobre esse assunto, a gente conversou com o especialista em agronegócio de leite e derivados e pesquisador da Embrapa, Paulo do Carmo Martins. Assista aqui. (AgroMais)


 

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Porto Alegre, 23 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.030


Divulgados os finalistas do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Reunida na tarde desta quinta-feira (23/11), a Comissão Julgadora do 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo anunciou os finalistas das categorias Impresso, Online e Eletrônico. O grupo foi composto pelos jornalistas Antônio Goulart (Associação Riograndense de Imprensa - ARI), Viviane Finkielsztejn (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS - SindJoRS), Gerson Raugust (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul - Farsul), Eduardo Oliveira (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul - Fetag-RS) e pelas representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres. 

“Os trabalhos estão apresentando para o público o quanto é difícil produzir, o quanto é importante a cadeia leiteira para o Estado e o quanto os produtores estão precisando de um olhar governamental para manter a atividade leiteira. São necessárias políticas públicas para manter os produtores na atividade”, assinalou Eduardo Oliveira, coordenador da Comissão Julgadora.

Os vencedores serão conhecidos durante a tradicional cerimônia de premiação que será realizada em Porto Alegre (RS), no dia 14/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone. Os segundos e terceiros classificados receberão troféus.  

O prêmio instituído pelo Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat/RS) reconhece as reportagens que evidenciam o setor lácteo. No total, foram 53 trabalhos inscritos, distribuídos nas três categorias.  

O volume de inscrições é o maior já registrado na premiação que chegará em 2024 a sua 10ª edição. “Além da grande quantidade de produções na área e no setor do leite, observamos uma altíssima qualidade, com abordagens contundentes e diversificadas que fazem jus a esta cadeia tão presente os gaúchos, e ao leite, este produto tão nobre na alimentação”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat. 

Categoria Impresso 

Jornalista: Ana Esteves
Trabalho: Setor lácteo gaúcho luta para reverter prejuízos
Veículo: Jornal do Comércio

Jornalista: Itamar Pelizzaro
Trabalho: Fundos agropecuários públicos em xeque
Veículo: Correio do Povo

Jornalista: Susana Leite
Trabalho: Pecuária de precisão eleva rendimento no setor leiteiro
Veículo: NH

Categoria Online

Jornalista: Julio Huber
Trabalho: Produzir leite sem emitir carbono é a meta de pecuaristas brasileiros
Veículo: Revista Negócio Rural

Jornalista: Marcelo Gonzatto
Trabalho: Preço baixo e dificuldade de produção ampliam debandada do setor leiteiro
Veículo: Zero Hora/GZH

Jornalista: Tamires Ribeiro
Trabalho: RS desponta na produção de leite com carbono neutro
Veículo:  Folha de S.Paulo

Categoria Eletrônico

Jornalista: Bruno Faustino
Trabalho: A busca por um "LEITE VERDE"
Veículo: TV Cultura

Jornalista: Cid Martins
Trabalho: 10 anos da primeira operação contra a fraude no leite: o crime não compensa
Veículo: Rádio Gaúcha 

Jornalista: Eliza Maliszewski
Trabalho: Dez anos após "Operação Leite Compensado" proteína gaúcha é uma das mais seguras
Veículo: Canal Rural

Fonte: Jardine Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS


China – Mercado internacional
 
China – A China é um mercado relevante para o Uruguai. Divulgamos o boletim de Comércio Exterior de Lácteos da China com os principais dados.
 
Até setembro, houve aumento das importações de leite em pó desnatado, queijos e soros. E, queda nas compras de fórmulas infantis, leite em pó integral, leite e cremes frescos.
 
O produto que mais cresceu foi o queijo (representou 8% do total das importações em dólares) e o que mais decresceu foi o leite em pó integral, que representa 16% das importações em valores.
 
O Uruguai é o terceiro maior exportador de leite em pó integral (1%) para a China, enquanto a Nova Zelândia é o maior fornecedor, não somente de leite em pó integral, mas também de leite em pó desnatado, queijos, leite e cremes frescos. 
 


 
Fonte: Inale – Tradução livre: www.terraviva.com.br

ICMS: duas visões sobre o possível aumento da carga tributária no RS

Artur Lemos e Gilberto Porcello Petry argumentam a favor e contra a alta da alíquota

O projeto de lei que propõe majoração da carga tributária de ICMS de 17% para 19,5%, apresentado pelo governador Eduardo Leite, deve ser votado ainda neste ano pela Assembleia Legislativa. Em regime de urgência, a proposta passa a trancar a pauta de votações a partir do dia 17 de dezembro. O governo do Estado defende que, sem a elevação, o RS perderá receitas relevantes no futuro, afetando custeio e investimentos. Entidades empresariais garantem que a alta da alíquota prejudica a geração de empregos e enfraquece as indústrias locais.  GZH oferece ao leitor duas visões sobre a possível mudança na tributação. 

Artur Lemos: ajustar o ICMS é olhar para o futuro

Por Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil do governo do RS

Este é um governo que tem compromisso com o futuro do Estado, dos gaúchos e dos que aqui escolheram morar ou trabalhar. Sendo assim, não pode deixar de colocar em debate o ajuste nas alíquotas do ICMS.

No passado recente, o Rio Grande do Sul precisou elevar percentuais do tributo para fechar as contas, o que pode sugerir que a proposta atual tem o mesmo sentido. Mas não é isso.

O caminho, agora, é para não ficarmos atrás em relação a outros Estados na divisão do novo tributo, denominado Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A partir da implementação da reforma tributária, quem arrecadar menos entre 2024 e 2028 receberá, pelos próximos 50 anos, uma fatia menor na futura divisão do bolo tributário.

Se nada for feito, se adotarmos a cômoda posição de deixar os outros decidirem ou de evitar medidas impopulares, as futuras gerações serão prejudicadas pela menor disponibilidade de recursos para o funcionamento do Estado.

Ninguém gosta de propor ajuste de tributação, mas a responsabilidade com o futuro nos impõe a coragem e a transparência de não sermos demagógicos e populistas agora
No Norte e no Nordeste, governadores já anunciaram elevação de alíquotas para não correrem o risco de ter uma receita menor nas próximas décadas.

E está falando uma gestão que baixou o ICMS de forma responsável, passando a alíquota modal de 18% para 17%, umas das menores do Brasil, além de diminuir em telecomunicações, energia e combustíveis.

O RS, que já teve participação de 7% na arrecadação total desse imposto no país, está com 5,9%. Prova clara de que reduzimos o peso do tributo na vida dos gaúchos. Agora, por uma ação que nada tem a ver com a administração estadual, precisamos retomar os níveis históricos de participação no recolhimento total do ICMS.

Se ficar tudo como está, em 25 anos o Rio Grande do Sul deixará de ter arrecadado R$ 110 bilhões para custeio da máquina pública e investimentos. É preciso agir para que não apenas esta gestão, mas também as próximas não fiquem com menos recursos em caixa.

É importante destacar que os valores que o Rio Grande do Sul deixar de receber serão divididos entre os outros Estados. Não se trata apenas de perder recursos, mas de ficarmos muito menos competitivos dentro da Federação.

Ninguém gosta de propor ajuste de tributação, mas a responsabilidade com o futuro nos impõe a coragem e a transparência de não sermos demagógicos e populistas agora. Com essa postura, agimos para que nossos filhos e netos não paguem uma conta muito maior lá na frente, sem ter um instrumento para virar o jogo porque o imposto com gerenciamento do governo estadual deixará de existir.

Gilberto Porcello Petry: O custo de produzir no RS

Por Gilberto Porcello Petry, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul

A função social dos tributos é indiscutível enquanto respondam às necessidades e demandas dos contribuintes. No entanto, há que se ter um equilíbrio entre a carga tributária estadual e as características locais, que podem gerar vantagens ou desvantagens comparativas ao setor industrial. Tal como existe no âmbito nacional o denominado “Custo Brasil”, temos que considerar o “Custo RS”.

Trata-se do custo adicional de produção aqui no Rio Grande do Sul em relação a outros Estados. No setor industrial gaúcho, a razão entre o custo de produção e a receita líquida de vendas é de 64,9%, o maior percentual entre os Estados mais industrializados e muito acima da média nacional de 57%.

A economia gaúcha tem características próprias que precisam ser levadas em conta. A primeira delas é a fatalidade geográfica, que nos distancia dos grandes centros compradores e fornecedores de insumos. Essa barreira impõe gastos de logística bem superiores a outros Estados. E ainda somos um dos poucos Estados que mantêm o piso regional acima do salário mínimo nacional.

Temos também grandes problemas conjunturais, muitos deles vinculados à agroindústria, vulnerável às condições climáticas, que, bem sabemos, estão oscilando entre estiagens e inundações. Outros fatores ainda estão presentes e a todo momento se refletem nas estatísticas.

A proposta de elevação do ICMS irá causar um desequilíbrio que certamente comprometerá toda a economia rio-grandense em 2024
A produção industrial gaúcha, por exemplo, caiu 5,1% neste ano, até setembro, e 7,5 mil empregos foram fechados nos últimos 12 meses. O Rio Grande do Sul foi o segundo pior Estado na produção fabril em nove meses de 2023. O primeiro foi o Ceará. Ainda deve-se levar em conta o alto custo burocrático do nosso sistema fiscal.

O aumento da carga tributária gaúcha também representará uma redução do poder aquisitivo dos consumidores, estreitando o mercado local e gerando inflação. A proposta de elevação do ICMS, portanto, irá causar um desequilíbrio que certamente comprometerá toda a economia rio-grandense em 2024.

O cenário de incertezas, aliado aos custos operacionais elevados e à carga tributária já existente, pode levar a uma redução ainda maior nos investimentos do setor industrial, impactando o crescimento econômico e a geração de empregos.

Por essas razões e considerações, temos a expectativa de que os deputados avaliem o contexto da proposta de elevação da alíquota do ICMS e decidam o que entenderem mais adequado para o Rio Grande do Sul.

As informações são de GZH


Jogo Rápido

Live - Perspectivas para a Agropecuária Chinesa nos Próximos Dez Anos
Em 2023 foi realizada a "China Agricultural Conference" evento onde são apresentadas as perspectivas agrícolas chinesas para os próximos dez anos. Neste webinar foi discutido os principais apontamentos e tendências publicadas no China Agricultural Outlook 2023-2032, visando evidenciar os principais impactos para a agropecuária brasileira. Participantes: Moderador: Pedro Rodrigues - Assessor de Relações Internacionais da CNA. Luiz Augusto de Castro Neves - Presidente do Conselho Empresarial Brasil-China - CEBC. Inty Mendoza - Chefe do Escritório da Cna em Xangai. Assista clicando aqui. (CNA)


 

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Porto Alegre, 21 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.028


Crise argentina pode dificultar corte das retenciones no agro

A retirada da tributação sobre as exportações do agronegócio – as chamadas retenciones –, uma forte bandeira do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, não deve ser tão simples quanto prometido. Mergulhado em uma dívida externa de US$ 276 bilhões, com reservas negativas de US% 15,3 bilhões e uma inflação que pode chegar a quase 190% até o final de 2023, o governo local tem nesses impostos uma importante fonte de receita. E o impasse na solução desse imbróglio econômico já faz balançar o mercado internacional de grãos.

A avaliação é do diretor da Brasoja Agro Corretora, Antonio Sartori. “A situação no país vizinho é caótica. E Javier Milei venceu com um discurso de zerar a alíquota das retenciones em cinco anos. E de, nesse mesmo intervalo, dobrar a produção agrícola. Mas cada grão de soja embarcado reverte 33% do valor para os cofres públicos. Outras culturas têm alíquotas menores. Mas é difícil o governo abrir mão desse recurso”, analisa.

A medida seria importante para o agronegócio argentino, que poderia ganhar em tecnologia e produtividade com o aumento da renda dos produtores rurais e o investimento nas propriedades. Mas as entidades do agro estão apreensivas com o que pode, de fato, se tornar a política econômica do futuro governo. “Todos querem uma única cotação para o dólar. Mas hoje há nove cepas para a moeda americana: para a soja, para o turismo, o dólar blue (uma cotação paralela do peso negociada por cambistas dentro do país), o oficial, entre outras. O futuro é uma caixa de surpresas”, acrescenta o dirigente da Brasoja.

Sartori vê a alta de quase 25 pontos na Bolsa de Chicago na tarde desta segunda-feira (20) como mais um reflexo das incertezas quanto à oferta mundial de soja, comodity que tem na Argentina um dos maiores produtores do mundo. Segundo ele, questões políticas, geopolíticas e especulativas já estão estabelecendo um ambiente de retenção da soja nas mãos dos produtores na Argentina e no Brasil.

“Os efeitos exacerbados do El Niño na América Latina criam um cenário de incertezas no campo. Calor extremo em algumas regiões, matando as plantas queimadas, e chuvas excessivas em outras, impedindo a semeadura ou afogando as mudas. O mercado está em alta e, nessa situação, ninguém quer vender”, completa.

Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat, acredita que Milei não deverá manter o subsídio aos locais – medida que, segundo ele, teria sido usada com fins eleitoreiros para potencializar a campanha do candidato derrotado Sergio Massa. “Essa retirada já traria um certo equilíbrio na relação de preços entre o produto nacional e o argentino, que vem sendo derramado em enorme volume no País, desafogando nossos produtores. Queremos acreditar que seja um governo que respeite as regras do Mercosul e que subsídios só possam ser concedidos em comum acordo entre os países do bloco”.

Palharini lembra, porém, das dificuldades econômicas da Argentina e a escassez de dólares. E que isso pode pesar na hora de o novo comando da Casa Rosada definir como tratar o tema.

Já para o presidente da Câmara Empresarial Argentino-Brasileira do Rio Grande do Sul, Fabio Ciocca, a fala de Javier Milei após a confirmação da vitória nas urnas já foi mais ponderada e pragmática, mostrando preocupação com o que ele próprio chamou de “uma nova Argentina”. De acordo com o dirigente, com um discurso efusivo, Milei demonstrou a necessidade de um trabalho conjunto entre as lideranças políticas e o setor privado.

Ciocca avalia que ocorrerá o enxugamento da máquina, com cortes importantes nos gastos públicos, para retomar o equilíbrio fiscal, a fim de restaurar décadas de deterioração econômica. E que questões que gravitam em torno da dolarização, do fechamento do Banco Central, da saída da Argentina do Mercosul, serão bastante complexas para o futuro presidente, pois necessitam do aval do Congresso, onde ele não terá maioria. Ele espera uma política de governo menos intervencionista, impulsionada à abertura de mercado, sem barreiras tarifárias e não tarifárias, o que fortalecerá as negociações com os principais parceiros comerciais”.

Segundo o dirigente, mesmo com fatores conjunturais adversos, Brasil e Argentina têm características tradicionais que podem oportunizar vantagem comparativa no intercâmbio comercial. “Ambos podem ser atores importantes na cadeia global, pois são grandes produtores de alimentos e necessitam trabalhar em conjunto questões relacionadas à segurança alimentar, assim como necessitam figurar como atores na segurança energética e na transição para uma economia verde”. (Jornal do Comércio)


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado SINDILAT/RS

Com capacitação, pecuaristas multiplicam por quatro a produção de leite

Programa Balde Cheio, da Embrapa, atende a mais de 3 mil criadores de gado leiteiro

A capacitação técnica continuada e as melhorias aplicadas na produção de leite geraram uma verdadeira “mudança de chave” na gestão da Agropecuária Saint Expedit, em Porto Nacional (TO).

A produtora Ingergleice Abreu diz que as melhorias na rotina da produção não demandam investimentos tão altos, mas que o retorno é positivo. “A ideia é otimizar o processo com o menor custo possível”, afirmou.

Ela é uma das mais de três mil pessoas atendidas pelo programa Balde Cheio, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A fazenda recebe consultoria do programa há três anos. Algumas atividades foram corrigidas nesse período. Animais que antes eram descartados passaram a receber um manejo mais eficiente e se tornaram produtivos.

“Aprendemos que, com medidas simples, podemos oferecer maior conforto ao animal, o que deixou o rebanho mais produtivo”, relatou.

O Balde Cheio tem 247 técnicos em 375 municípios de 18 Estados do país. Com a assistência do programa, pecuaristas conseguem até quadruplicar a produção leiteira. Enquanto a média geral brasileira é de 1.180 litros de leite por hectare ao ano, as propriedades integrantes da iniciativa têm produtividade de 4.485 litros por hectare.

Um relatório mostrou que cada R$ 1 investido reverte R$ 44,41 em benefícios para a sociedade, com base em valores corrigidos em IGP-DI entre 2003 e 2022. No período, o investimento da Embrapa na manutenção do programa foi de R$ 53 milhões, resultando em um ganho de produtividade equivalente a R$ 941 milhões em valores atuais. A taxa de retorno é de 1.148%.

“Analisamos tudo que foi gerado gasto, considerando o aumento de produtividade. Comparamos a produtividade dos produtores assistidos pelo programa Balde Cheio com a produtividade média de cada região de produtores que não são assistidos, e foram descontados os custos de implantação, de uso da tecnologia, de investimentos feitos pela Embrapa”, disse o coordenador do Balde Cheio, André Novo, que também é chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste.

Enquanto a produção de leite média no país é de menos de 100 litros por dia, cerca de 75% das propriedades que participam do programa produzem mais que o dobro. “Independentemente da produtividade inicial ou da região, a aplicação de tecnologias adequadas para cada estágio multiplicou por três ou quatro vezes”, destacou Novo. São cerca de 79,3 mil hectares atendidos pelo programa no país.

A maior produtividade nessas fazendas é fruto de várias tecnologias e conceitos utilizados de forma customizada para os pecuaristas, como sanidade animal, bem-estar, gerenciamento, irrigação, manejo intensivo de pastagens, estruturação de rebanhos, eficiência na reprodução e preservação ambiental.

De acordo com a Embrapa, a aplicação da metodologia do Balde Cheio propicia aumento da produtividade e da renda, em função da intensificação e das melhorias nos sistemas de produção com sustentabilidade. O programa foi criado em 1998 para melhorar o desempenho da pecuária leiteira do país, com base na adoção de ferramentas de gerenciamento das propriedades e tecnificação dos processos de acordo com a realidade de cada produtor.

A iniciativa capacita profissionais da assistência, extensão rural e pecuaristas em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais. É uma rede de formação contínua, na qual as propriedades funcionam como “salas de aula”.

Ainda conforme a Embrapa, o conjunto de práticas preconizado pela iniciativa também contribui para a sustentabilidade ambiental. Os resultados já podem ser vistos nas nascentes preservadas e nos cursos de água descontaminados. Os efeitos das mudanças climáticas, como a ocorrência de secas, também diminuíram nas propriedades participantes do programa.

Em algumas propriedades, houve aumento das áreas de sombra com plantio de árvores. Pecuaristas de Tocantins e Pará abandonaram o uso da queima anual das pastagens. Com o manejo, os animais deixaram de pisotear margens de cursos d’água, o que contribuiu para a preservação e redução do assoreamento. Em São Paulo e Rondônia foi possível irrigar os pastos.

O conjunto de práticas previsto na metodologia permitiu ainda conter a pressão pela abertura de novas áreas para pastagens, diz a Embrapa. André Novo, coordenador do Balde Cheio, disse que as parcerias são vitais para o programa. No ano passado, foram 99. São laticínios, cooperativas, associações de produtores, órgãos públicos e privados de extensão rural, ONGs, bancos, prefeituras, agências e entidades do sistema “S” que atuam junto à Embrapa para disseminar as técnicas para a cadeia leiteira nacional.

Recentemente, o governo criou um grupo interministerial para elaborar um novo programa para aumentar a competitividade da cadeia leiteira nacional, diante de uma crise de custos e preços agravada pela importação de lácteos, segundo o setor. (Globo Rural Via Valor)


Jogo Rápido

Diálogo Setorial - Discussão da proposta de RDC após análise das contribuições recebidas durante o período de consulta pública (CP 1.158/2023) 
O diálogo setorial, a realizar-se no dia 23/11, das 9:30 às 12:30, via teams, com o objetivo de apresentar e discutir a proposta de RDC que dispõe sobre a comprovação de segurança e a autorização de uso dos novos alimentos e novos ingredientes de que trata a CP 1.158/2023. Não é necessário confirmar participação. Incentivamos o compartilhamento do link com os interessados. O encontro virtual será realizado na Plataforma Microsoft Teams e os participantes deverão acessar o link na data e horário informados:  Data: 23/11/2023 | Horário: 9h30 às 12h30 | Link de acesso: Clique para ingressar na reunião. (ANVISA) 


 

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Porto Alegre, 17 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.025



ÚLTIMA CHAMADA: Encerram nesta sexta-feira as inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira
 
O concurso referência no reconhecimento das melhores práticas na produção leiteira gaúcha finaliza amanhã (17/11) as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Para participar do Referência Leiteira, que é promovido por Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Emater/RS e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os produtores devem contatar os escritórios municipais da Emater/RS para acessar a Ficha de Inscrição. 
 
As informações precisam ser preenchidas e a Ficha de Inscrição deve ser assinada pelo produtor com o auxílio de um técnico responsável, ou da Emater/RS, ou da indústria ou da cooperativa de laticínios. O passo seguinte é entregar o documento no Escritório Municipal da Emater/RS que vai atestar o recebimento e enviar para o Sindilat/RS. Podem se inscrever para disputar a premiação na categoria Propriedade Referência em Produção de Leite, fazendas localizadas no Rio Grande do Sul que tenham sistemas de criação a pasto, com suplementação de silagem e ração, ou em semiconfinamento ou confinamento. Para aferição das propriedades vencedoras nestas categorias será considerado o somatório da pontuação em termos de: Produtividade do Fator Terra (litros de leite/hectare/ano), Produtividade do Fator Mão de Obra (litros de leite/pessoa/ano) e Qualidade do leite, baseado nos resultados das análises mensais realizadas em laboratórios oficiais da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), além de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose.
 
A premiação, vai distinguir as três propriedades que atingirem os melhores índices em cada um dos dois sistemas. A produção pode ser individual ou coletiva e deve estar vinculada à indústria de laticínios que adquire leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2024.
 
Para março de 2024, está prevista a abertura das inscrições para as seis categorias de Cases do 3º Prêmio Referência Leiteira: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.
 
Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS e vice-coordenador da premiação, reforça os objetivos da iniciativa. “O intuito do prêmio seguem sendo a valorização dos produtores de leite do Rio Grande do Sul, o incentivo às boas práticas de produção e ao uso de tecnologias no campo, além de permitir a mensuração dos resultados para que tenhamos um panorama real dos indicadores de produtividade e qualidade do leite no Rio Grande do Sul”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
 
 
Quais os valores pessoais motivam o consumo de iogurtes saudáveis?
 
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) buscou compreender como os valores pessoais influenciam os consumidores de iogurtes saudáveis. Os resultados revelaram que existem três perfis de consumo orientados por valores distintos:
 
● os universalistas, que se preocupam não apenas com a sua própria saúde, mas também com o bem-estar animal;
● os entusiastas, que valorizam o prestígio e a aparência física;
● e os conscientizados, que têm como objetivo principal a segurança pessoal e a saúde.
 
Embora cada segmento tenha motivações e preferências semelhantes em relação a algumas características do produto e à percepção dos seus benefícios, cada um desses três grupos é orientado por valores pessoais distintos. De acordo com a pesquisa, os universalistas valorizam a ausência de ingredientes de origem animal e veem essa escolha como uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente. Os entusiastas veem os iogurtes saudáveis como uma forma de melhorar a estética do corpo e buscam informações nutricionais que possam contribuir para esse objetivo. Os conscientizados procuram informações nutricionais nos iogurtes e valorizam a presença de frutas, textura e sabor semelhantes aos iogurtes convencionais.
 
 
Esse trabalho, fundamentado na Teoria de Valores Básicos Humanos e na Teoria da Cadeia Meios-Fim, utilizou a técnica de coleta e análise de dados conhecida como Laddering. Ele contou com a participação de 60 consumidores desse tipo de bebida, divididos em três grupos: os que tomavam iogurtes veganos, proteicos e sem lactose. Esses participantes foram selecionados com base em critérios como: consumo regular de um desses produtos, idade mínima de 18 anos, e experiência acima de seis meses com esse alimento. Os entrevistados responderam a perguntas que identificaram características consideradas importantes dessa bebida, apontando os efeitos percebidos pela ingestão regular dela.
De acordo com os autores do estudo, entender como os valores pessoais influenciam a escolha por iogurtes saudáveis pode auxiliar os gestores de empresas no desenvolvimento de estratégias de marketing mais eficazes e na criação de produtos que atendam às necessidades e expectativas dos compradores. Além disso, alterações no design das embalagens, destacando os componentes nutricionais e características desejadas desses produtos, podem fortalecer a percepção positiva dos consumidores.
 
Os resultados deste estudo contribuem para o entendimento de como as características de um produto se relacionam com a autopercepção do consumidor. “Cada um desses segmentos de consumo tem uma linha de raciocínio própria, o que possibilita oportunidades de criação de conteúdo de acordo com as premissas e com as crenças desses consumidores”, afirma o pesquisador Alberdan Teodoro. Tal descoberta abre caminho para novas pesquisas nessa área e dialoga com a literatura de marketing e de comportamento do consumidor.
 
O trabalho completo foi publicado na Revista Brasileira de Marketing - ReMark, com o título “Motivações no consumo de iogurtes saudáveis: um estudo baseado na teoria dos valores básicos humanos”. Os autores são Alberdan José da Silva Teodoro, mestre em Administração do Departamento de Administração e Economia (DAE), Daniel Carvalho de Rezende, professor do DAE, Luiz Henrique de Barros Vilas Boas, professor do DAE, e Américo Pierangeli Costa, doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e hoje professor na Universidade de Brasília.
 
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - Fapemig.
 
As informações são da UFLA

Jogo Rápido

Marca de Raul Randon vira restaurante
A abertura da Spaccio RAR Gramado já tem data marcada. Em 20 de novembro, a nova unidade da marca criada por Raul Anselmo Randon - daí as iniciais - abrirá as portas de seu empório gastronômico, assim como o serviço de distribuição de produtos para hotéis, restaurantes e pequenos varejistas locais. A unidade, com 65 metros quadrados, fica na Avenida Borges de Medeiros, no bairro Floresta. Vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e nos sábados das 10h às 17h. Segundo Carolina Porsch, proprietária da loja, haverá distribuição ainda para Canela, Nova Petrópolis, Igrejinha, Taquara, São Francisco de Paula e Cambará do Sul. Esse será ainda o ponto de partida para outro empreendimento, uma trattoria italiana que usará produtos RAR nos pratos. A abertura está prevista para janeiro de 2024. (Zero Hora)


 

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Porto Alegre, 20 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.027


Produtores de leite devem ficar atentos à onda de calor

A onda de calor que vem atingindo vários estados brasileiros traz um alerta para cuidados com a hidratação, saúde e bem-estar. Isso vale também para os animais. Em bovinos, por exemplo, o estresse térmico pode causar alterações na frequência respiratória (respiração ofegante), redução na ingestão de matéria seca (menor busca por consumo de alimentos) e, consequente, queda na produção de leite.

O pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Adriano de Souza Guimarães, dá dicas que podem ajudar a diminuir o estresse térmico e dar mais conforto ao gado neste período de temperaturas extremas. O primeiro ponto é a oferta de água, nutriente essencial para a vida humana, animal e vegetal.

“A água deve ser ofertada em quantidade e qualidade”, destaca o pesquisador, lembrando que a necessidade de água varia em função de aspectos intrínsecos como raça, idade, lactação, sexo, alimentação, dentre outros. “Vacas maiores bebem mais água, pois ingerem maior quantidade de alimento. Animais taurinos bebem mais água que os zebuínos (mais adaptados às condições tropicais). Vacas em lactação têm maior exigência hídrica, pois perdem mais água nos processos de secreção do leite e ordenha. Vacas gestantes necessitam de mais água do que novilhas e vacas secas, por exemplo”.

As temperaturas muito acima do normal e a baixa umidade do ar, características da onda de calor também interferem na necessidade de água pelos animais. “Em situações de estresse térmico, o gasto energético dos animais é maior na tentativa de dissipar o calor. Por características de fermentação e fisiologia do rúmen é comum que os bovinos optem por água em temperaturas mais altas (a literatura aponta entre 25ºC e 30ºC) e tendem a reduzir o consumo em temperaturas inferiores a 15ºC, mas, em períodos atípicos, como este que estamos vivenciando, a água um pouco mais fresca, seguramente vai ajudar a amenizar o estresse por calor”, informa o pesquisador.

Adriano Guimarães ressalta a importância de se reduzir o deslocamento do animal na busca por hidratação. “O ideal é que haja bebedouros em diferentes pontos, como nas salas de espera, na saída da sala de ordenha, corredores, currais de alimentação (pista de trato) e piquetes. Também é preciso pensar na higienização dos bebedouros. Já existem mecanismos de drenagem bem eficientes e práticos, como os cochos d’água basculantes para facilitar esse trabalho de limpeza”, acrescenta.

Medidas
Outras maneiras de se garantir o conforto animal diante das altas temperaturas são: proteger os animais do sol, pela opção por locais sombreados, de forma natural (árvores) ou artificial (sombrites); o uso de mecanismos de ventilação e de aspersão (ex. na sala de espera ou linha de cocho) e ou em salas de resfriamento, prática comum em sistemas de confinamento mais tecnificados.

“Pequenas mudanças na rotina de alimentação podem ainda contribuir para amenizar os impactos negativos do estresse calórico de bovinos no que se refere ao desempenho animal. Dividir porções, ou seja, fracionar a dieta ao longo do dia (ofertando mais vezes) tende a reduzir as oscilações de consumo alimentar do rebanho”, completa Adriano Guimarães.

As informações são do Diário do comércio, adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Produção de Leite na Região Sul: Uma Visão Abrangente

Produção de Leite - A região Sul, conhecida por sua tradição agropecuária, tem vivenciado variações no setor leiteiro nos últimos três anos. A produção de leite, o tamanho do rebanho e a produtividade são fatores que demonstram a complexidade e o dinamismo desse segmento na região.

Evolução da Produção ao Longo dos Anos

Em 2020, os produtores da Região Sul registraram uma produção de 12.058.038 litros de leite. No ano seguinte, em 2021, esse número apresentou uma ligeira queda, totalizando 11.977.983 litros. O decréscimo continuou, embora de forma sutil, em 2022, quando a produção alcançou 11.695.873 litros. Mesmo que a diminuição não seja drástica, ela reflete desafios enfrentados pelos produtores, que podem estar relacionados a diversos fatores, desde questões climáticas até aspectos econômicos e de manejo.

Destaque dos Estados Produtores

Dentre os estados da região Sul, o Paraná se destacou em 2022 como o maior produtor, com uma expressiva marca de 4.472.406 litros. O Rio Grande do Sul não ficou muito atrás, contribuindo com 4.070.650 litros, enquanto Santa Catarina completou o trio com uma produção de 3.152.817 litros. Juntos, esses estados representam a força leiteira da região Sul.

Dinâmica do Rebanho Leiteiro

Quando olhamos para o número de vacas ordenhadas, a tendência também é de retração. Em 2020, foram ordenhadas 3.300.322 vacas. Esse total sofreu uma diminuição em 2021, com 3.231.455 vacas ordenhadas. Em 2022, o número reduziu ainda mais, chegando a 3.142.536. A redução no rebanho ordenhado pode ser um dos reflexos – e talvez uma das causas – da queda na produção de leite.

A Ascensão na Produtividade

Um ponto de destaque é a produtividade média por vaca, que tem mostrado uma tendência ascendente ao longo dos anos. Em 2020, foi registrada uma produtividade de 3653,6 litros por vaca. No ano seguinte, houve um aumento para 3706,6 litros. E em 2022, esse número cresceu ainda mais, chegando a 3721,8 litros por vaca ao ano. Esse padrão ascendente reflete possivelmente a adoção de melhores práticas, tecnologias e manejo no setor.

Fonte: IBGE/Elaboração www.terraviva.com.br

Go: governo propõe FCO especial para cadeia do leite

Com o intuito de fortalecer a cadeia produtiva do leite em Goiás, o Governo Estadual propôs ao Ministério do Desenvolvimento Regional a criação de uma linha de crédito específica dentro do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) externo para a bovinocultura leiteira. O FCO Leite visa oferecer taxas de juros mais baixas e um período de carência mais longo para pagamento, concentrando-se em financiar projetos que enfatizem o aprimoramento genético dos rebanhos.

A proposta para a criação do FCO Leite está sob análise do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), órgão responsável pela gestão do FCO. Segundo a sugestão, esta nova linha de crédito terá taxas de juros equivalentes ao FCO Verde, aproximadamente 7% ao ano, e um prazo de pagamento de até 15 anos, incluindo uma carência de quatro anos, período não incluído na quitação do financiamento. Além disso, a proposta contempla uma taxa de juros zerada para aquisição de material genético.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, destaca: “Nosso foco principal é estimular o avanço genético do rebanho leiteiro em Goiás. Já possuímos algumas fazendas que são referências globais em genética avançada. a esse material. Investir em genética de alto nível significa valorizar o nosso produto, seja o leite ou o próprio animal, e isso é crucial para a sustentabilidade da cadeia."

Para viabilizar esses investimentos, aproximadamente R$ 300 milhões dos recursos disponíveis através do FCO já foram reservados para projetos nesse segmento. César Moura, secretário da Retomada e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), gestor do FCO em Goiás comentou a respeito. "A previsão é atender cerca de 2.500 pequenos produtores goianos com o FCO Leite, uma iniciativa do governador Ronaldo Caiado, que despertou o interesse da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) para ampliá-la a todos os estados da região" ressalta o secretário. (AGROLINK)


Jogo Rápido

ÚLTIMAS VAGAS: 2ª edição do Programa de Formação em Qualidade do Leite está com inscrições abertas
Após grande adesão em sua primeira edição, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) em parceria com a Univates, lança a segunda edição do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas. “Tivemos uma turma lotada e estamos registrando uma grande procura pela formação para melhorar a qualidade do leite tanto no setor da indústria quanto nas fazendas. Este curso foi elaborado para formar laboratoristas altamente qualificados e atualizados nas melhores práticas e legislações vigentes”, aponta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. Podem participar da formação profissionais da área agropecuária, estudantes em campos relacionados e laboratoristas que desejem aprimorar seus conhecimentos. Para se inscrever é preciso acessar o link. Para mais informações é possível entrar em contato pelo telefone (51) 99614-5442 ou e-mail comercial@univates.br. O curso será realizado nos dias 27, 28, 29 e 30 de novembro, com aulas no formato virtual síncrono e presencial para prática. O conteúdo está baseado na introdução ao setor leiteiro a até metodologias aplicadas nas análises de plataforma, incluindo questões como legislação e boas práticas, aplicação das leis da propriedade à indústria, noções de boas práticas agropecuárias, análises de plataforma, utilização de equipamentos como crioscópio e medidor de densidade relativa, realização de diversos testes como Alizarol, antibióticos, acidez, autonomia em testes e execução de testes aleatórios em amostras de leite para conferir autonomia aos estudantes. (SINDILAT)


 

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Porto Alegre, 16 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.024



ÚLTIMA CHAMADA: Encerram nesta sexta-feira as inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira
 
O concurso referência no reconhecimento das melhores práticas na produção leiteira gaúcha finaliza amanhã (17/11) as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Para participar do Referência Leiteira, que é promovido por Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Emater/RS e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os produtores devem contatar os escritórios municipais da Emater/RS para acessar a Ficha de Inscrição. 
 
As informações precisam ser preenchidas e a Ficha de Inscrição deve ser assinada pelo produtor com o auxílio de um técnico responsável, ou da Emater/RS, ou da indústria ou da cooperativa de laticínios. O passo seguinte é entregar o documento no Escritório Municipal da Emater/RS que vai atestar o recebimento e enviar para o Sindilat/RS. Podem se inscrever para disputar a premiação na categoria Propriedade Referência em Produção de Leite, fazendas localizadas no Rio Grande do Sul que tenham sistemas de criação a pasto, com suplementação de silagem e ração, ou em semiconfinamento ou confinamento. Para aferição das propriedades vencedoras nestas categorias será considerado o somatório da pontuação em termos de: Produtividade do Fator Terra (litros de leite/hectare/ano), Produtividade do Fator Mão de Obra (litros de leite/pessoa/ano) e Qualidade do leite, baseado nos resultados das análises mensais realizadas em laboratórios oficiais da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), além de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose.
 
A premiação, vai distinguir as três propriedades que atingirem os melhores índices em cada um dos dois sistemas. A produção pode ser individual ou coletiva e deve estar vinculada à indústria de laticínios que adquire leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2024.
 
Para março de 2024, está prevista a abertura das inscrições para as seis categorias de Cases do 3º Prêmio Referência Leiteira: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.
 
Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS e vice-coordenador da premiação, reforça os objetivos da iniciativa. “O intuito do prêmio seguem sendo a valorização dos produtores de leite do Rio Grande do Sul, o incentivo às boas práticas de produção e ao uso de tecnologias no campo, além de permitir a mensuração dos resultados para que tenhamos um panorama real dos indicadores de produtividade e qualidade do leite no Rio Grande do Sul”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
 
 
Quais os valores pessoais motivam o consumo de iogurtes saudáveis?
 
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) buscou compreender como os valores pessoais influenciam os consumidores de iogurtes saudáveis. Os resultados revelaram que existem três perfis de consumo orientados por valores distintos:
 
● os universalistas, que se preocupam não apenas com a sua própria saúde, mas também com o bem-estar animal;
● os entusiastas, que valorizam o prestígio e a aparência física;
● e os conscientizados, que têm como objetivo principal a segurança pessoal e a saúde.
 
Embora cada segmento tenha motivações e preferências semelhantes em relação a algumas características do produto e à percepção dos seus benefícios, cada um desses três grupos é orientado por valores pessoais distintos. De acordo com a pesquisa, os universalistas valorizam a ausência de ingredientes de origem animal e veem essa escolha como uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente. Os entusiastas veem os iogurtes saudáveis como uma forma de melhorar a estética do corpo e buscam informações nutricionais que possam contribuir para esse objetivo. Os conscientizados procuram informações nutricionais nos iogurtes e valorizam a presença de frutas, textura e sabor semelhantes aos iogurtes convencionais.
 
 
Esse trabalho, fundamentado na Teoria de Valores Básicos Humanos e na Teoria da Cadeia Meios-Fim, utilizou a técnica de coleta e análise de dados conhecida como Laddering. Ele contou com a participação de 60 consumidores desse tipo de bebida, divididos em três grupos: os que tomavam iogurtes veganos, proteicos e sem lactose. Esses participantes foram selecionados com base em critérios como: consumo regular de um desses produtos, idade mínima de 18 anos, e experiência acima de seis meses com esse alimento. Os entrevistados responderam a perguntas que identificaram características consideradas importantes dessa bebida, apontando os efeitos percebidos pela ingestão regular dela.
De acordo com os autores do estudo, entender como os valores pessoais influenciam a escolha por iogurtes saudáveis pode auxiliar os gestores de empresas no desenvolvimento de estratégias de marketing mais eficazes e na criação de produtos que atendam às necessidades e expectativas dos compradores. Além disso, alterações no design das embalagens, destacando os componentes nutricionais e características desejadas desses produtos, podem fortalecer a percepção positiva dos consumidores.
 
Os resultados deste estudo contribuem para o entendimento de como as características de um produto se relacionam com a autopercepção do consumidor. “Cada um desses segmentos de consumo tem uma linha de raciocínio própria, o que possibilita oportunidades de criação de conteúdo de acordo com as premissas e com as crenças desses consumidores”, afirma o pesquisador Alberdan Teodoro. Tal descoberta abre caminho para novas pesquisas nessa área e dialoga com a literatura de marketing e de comportamento do consumidor.
 
O trabalho completo foi publicado na Revista Brasileira de Marketing - ReMark, com o título “Motivações no consumo de iogurtes saudáveis: um estudo baseado na teoria dos valores básicos humanos”. Os autores são Alberdan José da Silva Teodoro, mestre em Administração do Departamento de Administração e Economia (DAE), Daniel Carvalho de Rezende, professor do DAE, Luiz Henrique de Barros Vilas Boas, professor do DAE, e Américo Pierangeli Costa, doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e hoje professor na Universidade de Brasília.
 
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - Fapemig.
 
As informações são da UFLA

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Marca de Raul Randon vira restaurante
A abertura da Spaccio RAR Gramado já tem data marcada. Em 20 de novembro, a nova unidade da marca criada por Raul Anselmo Randon - daí as iniciais - abrirá as portas de seu empório gastronômico, assim como o serviço de distribuição de produtos para hotéis, restaurantes e pequenos varejistas locais. A unidade, com 65 metros quadrados, fica na Avenida Borges de Medeiros, no bairro Floresta. Vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e nos sábados das 10h às 17h. Segundo Carolina Porsch, proprietária da loja, haverá distribuição ainda para Canela, Nova Petrópolis, Igrejinha, Taquara, São Francisco de Paula e Cambará do Sul. Esse será ainda o ponto de partida para outro empreendimento, uma trattoria italiana que usará produtos RAR nos pratos. A abertura está prevista para janeiro de 2024. (Zero Hora)


 

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Porto Alegre, 14 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.023


Recorde: Prêmio Sindilat de Jornalismo tem 53 trabalhos inscritos

Com o volume recorde de 53 trabalhos inscritos, encerraram-se no dia 12/11 as inscrições para a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. As produções estão distribuídas entre as categorias Impresso e Online, com 18 trabalhos em cada, e Eletrônico, com 17 produções protocoladas.
Todos os materiais seguirão agora para a análise da comissão avaliadora. O grupo é composto por representantes da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). “Ficamos imensamente felizes com a adesão dos jornalistas à premiação. A quantidade recorde de inscrições comprova a sintonia do setor leiteiro com a imprensa, que é a grande dinamizadora de informações e de conhecimento sobre este alimento tão nobre e tão importante no desenvolvimento econômico”, salienta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, entidade promotora da ação que visa reconhecer matérias que evidenciam o setor lácteo gaúcho e está consolidada como a principal premiação do setor.  A previsão é de que os finalistas sejam divulgados até 25 de novembro. Os vencedores serão conhecidos durante cerimônia de premiação que será realizada em Porto Alegre (RS), no dia 14/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular Iphone. Os segundos e terceiros classificados receberão troféus. As informações são do SINDILAT


 
Produtores de leite do RS com perdas nas cheias terão crédito para repor estruturas

Linha subsidiada com recursos de fundo estadual poderá ser acessada por agricultores de 20 municípios, com danos atestados pela EmaterProdutores de leite de 20 municípios gaúchos afetados pelas cheias de setembro ganharam nesta segunda-feira (13) uma ferramenta de apoio para a reconstrução de estruturas danificadas pela intempérie. Publicado no Diário Oficial do Estado, o projeto disponibiliza crédito, com um limite de R$ 15 mil por beneficiário, para investimentos que permitam a retomada a pleno da atividade — aquisição de animais, de ordenhadeiras, reforma de galpão, entre outros, definidos no edital. No total, serão viabilizados R$ 2,3 milhões por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). — Os recursos serão para aqueles que tiveram perdas efetivas em decorrência do evento — explica Ronaldo Santini, secretário estadual de Desenvolvimento Rural.Além de viver nas cidades relacionadas, os agricultores precisarão ter um laudo da Emater que ateste os danos causados pelo clima às estruturas de produção (veja mais abaixo). Agricultores interessados em obter o recurso devem entrar em contato com a Emater do município até o dia 24 deste mês.A ajuda chega dois meses depois da passagem de ciclone extratropical pelo Estado que provocou enchentes e destruiu cidades inteiras — inclusive com a perda de vidas. Ainda que restrita aos municípios com calamidade pública reconhecida, a medida atende à reivindicação do setor. Vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), Eugênio Zanetti pontuou:

— O ideal seria que fosse para todos os produtores de leite, que neste momento passam por grande dificuldade, agora, imagina para o produtor do Vale do Taquari, que teve ainda essas perdas? Foi a solução encontrada. Se focou naqueles que, além da crise, tiveram prejuízo com as cheias. 

Coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado (Fetraf-RS), Douglas Cenci avalia que a linha de financiamento "é interessante", com a ressalva da restrição da quantidade de municípios em que os produtores poderão acessar.

— Temos um grande número de agricultores que estão em municípios em situação de emergência com perdas significativas e que estão excluídos — afirma.

Saiba mais
Publicado no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (13), o projeto se propõe a oferecer crédito a produtores de leite afetados pelas cheias e que tenham interesse em se manter na atividade
No total, são R$ 2,3 milhões, a serem disponibilizados por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper)
Há um limite de R$ 15 mil por produtor. Tem bônus adimplência de 80% sobre o valor financiado, com prazo de carência de até três anos e amortização em até cinco anos para o contrato
Interessados deverão fazer contato com a Emater municipal até o dia 24 de novembro
O produtor deve informar o valor do recurso para o projeto. A Emater emitirá laudo de perdas da unidade produtiva, comprovando o enquadramento do produtor no projeto
A instituição levará a relação de produtores interessados, os valores e o laudo para avaliação a ser feita em reunião do Conselho Municipal de Agricultura/Desenvolvimento Rural, ou órgão afim
A ordem de prioridade é: maior nível de perdas; maior representatividade da renda da produção de leite no total da unidade produtiva; menor capacidade de reestruturação por conta própria; presença de jovens trabalhando no sistema de produção da unidade familiar.
Os municípios aptos
Arroio do Meio
Bento Gonçalves
Bom Jesus
Bom Retiro do Sul
Colinas
Cruzeiro do Sul
Dois Lajeados
Encantado
Estrela
Farroupilha
Guaporé
Lajeado
Muçum
Paraí
Roca Sales
Santa Tereza
São Valentim do Sul
Serafina Corrêa
Taquari
Venâncio Aires

(Fonte: Governo do Estado/ GZH)

 

Leite/Cepea: confira valores do leite captado em setembro

O preço médio do leite captado em setembro e pago em outubro e se estabeleceu em R$ 2,0509/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

De agosto para setembro o preço médio apresentou um recuo de 9,08% e 31,54% na comparação anual com setembro/22 (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro/23).

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de setembro/2023).

O movimento baixista, que se iniciou em maio, continua sendo explicado pelo aumento da oferta de leite no mercado interno e uma baixa reação da demanda.

Obs.: vale lembrar que a partir da divulgação dos dados de janeiro, o CEPEA passou a divulgar o resultado de preços com o nome referente ao mês que o leite foi captado. Dessa forma, a série anterior passa a ter ajuste de -1 mês na nomenclatura do mês.

As informações são do Cepea, adaptadas pela equipe do MilkPoint.


Jogo Rápido

Onda de calor deve aumentar busca por sorvetes nos próximos dias
Uma nova onda de calor deve acontecer no Brasil nos próximos dias, com as temperaturas chegando na casa dos 40ºC no interior de São Paulo.  Com isso, a busca pelos sorvetes e picolés deve aumentar no período. “O clima é um dos fatores primordiais no aumento do consumo. O brasileiro associa diretamente esse alimento à alta temperatura, pois é uma maneira prática e saborosa para se refrescar”, afirma Marcelo Faria, gerente executivo de perecíveis do Covabra Supermercados. No Brasil, o setor de sorvetes movimenta aproximadamente R$ 13 bilhões anualmente, segundo a ABIS (Associação Brasileira das Indústrias do Setor de Sorvetes), com tendência de crescimento para os próximos anos. Um estudo feito pela MindMiners sobre os hábitos de consumo desse alimento mostra que napolitano e flocos são as opções prediletas dos brasileiros, mas consumidores gostariam de encontrar mais sabores. Os dados se comprovam ao analisar os resultados do setor no Covabra Supermercados. Na rede, os sabores mais vendidos são os prediletos apontados no estudo, seguido por chocolate em terceiro lugar. Faria explica que o Covabra possui mais de 180 tipos de produtos desse setor e que a busca por outros sabores está aumentando. “Temos identificado um crescimento da participação das linhas premium com sabores diferenciados, como doce de leite, pistache, iogurte e outros. Temos uma preocupação constante em oferecer ao cliente um mix diversificado, com opções para todos, desde o picolé com sabores tradicionais até o premium, incluindo sabores que vão além dos preferidos pelos consumidores”, conta o gerente. A pesquisa da MindMiners também revelou que os supermercados são os locais preferidos pelo brasileiro para comprar sorvetes e que sabor e preço são decisivos na hora da compra. Segundo o estudo, o brasileiro associa o sorvete a momentos de descontração, lazer e proximidade com os amigos e familiares. As informações são do Super Varejo, adaptadas pela equipe MilkPoint.


 

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Porto Alegre, 13 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.022


Metas para redução dos gases do efeito estufa até 2030 são apresentadas em Fórum
As metas até 2030 para o controle das emissões de gases do efeito estufa (GEE) no setor agropecuário gaúcho foram apresentadas na tarde de hoje (08/11) em evento realizado no auditório do Ministério Público Estadual, em Porto Alegre.
 
O engenheiro florestal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Jackson Brilhante, coordenador do Comitê Gestor do Plano ABC+RS, apresentou os objetivos do Plano no 4º Fórum Institucional de Mudanças Climáticas de Economia de Baixo Carbono, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e Instituto Latino Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável (ILADES).
 
O principal objetivo do Plano é promover a adaptação às mudanças do clima, com aumento de eficiência e resiliência dos sistemas produtivos, considerando uma gestão integrada da paisagem rural. De acordo com Jackson, são oito as metas previstas para estímulo à adoção de sistemas, práticas, produtos e processos de produção sustentável. São elas:
 
● Ampliar em 1,43 milhões de hectares as áreas com adoção de Práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD);
● Ampliar em 600 mil hectares a área com adoção de Sistema de Plantio Direto;
● Ampliar em 1,005 milhão de hectares a área com adoção de Sistemas de Integração, sendo 1 milhão de hectares referentes a Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e 5 mil hectares referentes a Sistemas Agroflorestais (10% da meta nacional, com maior percentual);
● Ampliar em 322 mil de hectares a área com adoção de florestas plantadas;
● Ampliar em 1 milhão de hectares a área com adoção de bioinsumos;
● Ampliar em 216 mil hectares a área com adoção de Sistemas Irrigados;
● Ampliar em 11,8 milhões de metros cúbicos a adoção de manejo de resíduos da produção animal;
● Ampliar em 200 mil os bovinos em terminação intensiva.
 
“Se atingirmos as metas, teremos uma expansão de 4,6 milhões de hectares com agricultura de baixo carbono até 2030 e a mitigação de 75 milhões de dióxido de carbono equivalente (tCO2eq) com a adoção destas práticas agrícolas”, afirma Jackson.
 
As federações gaúchas que assinaram o protocolo de intenções do Plano de Descarbonização das Cadeias Produtivas do Rio Grande do Sul, em maio deste ano, foram a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS) e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). (SEAPI)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1788

BOVINOCULTURA DE LEITEA bovinocultura de leite enfrenta desafios sazonais em relação à disponibilidade de pastagens. As pastagens perenes de verão desempenham um papel importante ao fornecer forragem durante a primavera, embora as condições climáticas adversas, como restrição de radiação solar e excesso de chuvas, tenham afetado seu crescimento recentemente. No entanto, tanto essas pastagens quanto o campo nativo tiveram um aumento na matéria seca. A produção de leite manteve índices aceitáveis, mas houve necessidade de suplementação alimentar para conservar o rebanho em estado adequado. Houve necessidade de aumento nas ações de controle de ectoparasitos, além de manejo para tratamento de casos de Tristeza Parasitária Bovina (TPB). Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, alguns produtores observaram ligeira redução na produção de leite devido às condições climáticas adversas e ao fim do ciclo das pastagens anuais de inverno. No município de Bagé, a produção se mantém estável, e os animais estão em boas condições corporais em função do ambiente climático, que proporciona conforto adequado. Contudo, os produtores relatam maior incidência de carrapatos no rebanho. Em São Gabriel, o campo nativo com rebrotes novos está oferecendo suporte adequado para as matrizes em lactação. 

 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos rebanhos continua estável; as temperaturas amenas e a baixa umidade do ar contribuem para o bem-estar das vacas em lactação. 

Já na de Erechim, as chuvas intensas dificultaram o manejo do rebanho em virtude da formação de áreas lamacentas nos piquetes, corredores e arredores das instalações. 

Na de Ijuí, o prolongado período de alta umidade prejudicou o manejo e a sanitização dos animais em virtude do acúmulo de barro, que interfere na locomoção dos bovinos e aumenta a exposição dos tetos e do úbere à contaminação. 

Na de Porto Alegre, houve registro da ocorrência de casos de TPB, para os quais foram adotadas as medidas sanitárias adequadas e tratamentos específicos.

Na de Pelotas, houve registro de redução na produção de leite em algumas áreas devido ao vazio forrageiro. A maioria dos dias tem apresentado condições favoráveis para o pastejo a campo. Seguem as preocupações em relação às infestações de carrapatos, que encontram condições climáticas propícias para seu desenvolvimento. 

Na de Santa Rosa,a ocorrência de dias ensolarados permitiu que os animais permanecessem mais tempo nas pastagens, resultando em um leve incremento na produção e na redução do estresse dos animais. Adicionalmente, esses períodos de sol proporcionaram condições de trabalho mais favoráveis para os produtores. 

Na de Soledade, as pastagens de inverno encerraram seu ciclo, permitindo o plantio de pastagens de verão, como milheto e sudão, especialmente em áreas com menor pluviosidade na região do Baixo Vale do Rio Pardo. O crescimento do milho para silagem precoce foi prejudicado, sinalizando possível redução na produção. (EMATER)

Nova escola oferece opções de qualificação no agro

Campus de Agronegócio construído pela Atitus Educação será aberto em Passo Fundo no início do ano letivo de 2024 e faz parte da estratégia de reposicionamento da marca de Ensino Superior, com investimento de R$ 100 milhões

Impulsionada por uma demanda crescente de qualificação na agropecuária, a Atitus Educação, instituição de Ensino Superior que em 2024 completa duas décadas de existência, inicia o projeto de reposicionamento de suas unidades abrindo as portas da Escola de Agronegócio, em Passo Fundo, no início do próximo ano letivo, em março. Hoje, a instituição já atende 400 estudantes nos dois cursos, que frequentavam aulas no campus Santa Terezinha da Atitus, no mesmo município. De acordo com o presidente do complexo educacional, Eduardo Capellari, R$ 100 milhões estão sendo gastos para reposicionar as escolas. “Nossa perspectiva é chegar, em quatro anos, a cerca de 900 a 1 mil alunos matriculados”, diz ele.

O executivo ressalta que mais do que apresentar um campus novo, em uma área de 40 hectares, inspirado no conceito de fazenda inteligente, a Atitus pretende praticar um novo ecossistema de educação superior com foco em tecnologia, mercado de trabalho e empreendedorismo. A escolha de Passo Fundo e região para instalação do projeto, segundo Capellari, é estratégica e se baseia em três frentes. “Foi aqui nesta região que nasceu a genética de grãos no Rio Grande Sul, também é que se concentra a fabricação de máquinas e implementos agrícolas. Além disso, na região sul (incluindo Paraná e Santa Catarina) está a liderança na produção de proteína animal”, justifica.

Eduardo Capellari destaca que a intenção da instituição é tornar-se um hub de educação e inovação para o agronegócio, que conectará estudantes, profissionais, empresas e entidades do segmento, como as cooperativas. As empresas parceiras da iniciativa, adianta, serão anunciadas a partir do final deste mês. A maior novidade, em termos educacionais, é a possibilidade de o aluno escolher o direcionamento de sua graduação desde o começo, escolhendo entre as linhas de Empreendedorismo e Empregabilidade. A escola também oferecerá cursos de pós-graduação e educação continuada em parceria com outros estabelecimentos de ensino superior nacionais. “As possibilidades de capacitação de filhos e filhas de produtores rurais vão se multiplicar”, complementa.

Hoje, a Atitus mantém no Estado 19 cursos, com o total de 6 mil alunos, incluindo linhas de estudo para mestrado e doutorado. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

IPVDF oferece exames para bovinos e ovinos
O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF) oferece exames para o diagnóstico de clostridioses, grupo de doenças causadas pelas bactérias Clostridium. Em ruminantes, as mais comuns são o Carbúnculo Sintomático, o Edema Maligno, Enterotoxemias e a Hemoglobinúria Bacilar. Os médicos veterinários interessados em encaminhar amostras para diagnóstico podem entrar em contato com o IPVDF através do WhatsApp (51) 98683-4297 ou pelo telefone (51) 3481-3711. (Correio do Povo)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.021


Instituído o Grupo de Trabalho Interministerial para fortalecer a Cadeia Nacional do Leite

GTI Leite – O Decreto Nº 11.771, de 9 de Novembro de 2023 institui Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidade de apresentar propostas para fortalecer a Cadeia Nacional do Leite.Leia o decreto completo:

DECRETO Nº 11.771, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2023

Institui Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidade de apresentar propostas para fortalecer a Cadeia Nacional do Leite.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso VI, alínea "a", da Constituição,

D E C R E T A :

Art. 1º Fica instituído o Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidade de apresentar propostas para fortalecer a Cadeia Nacional do Leite, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Art. 2º Ao Grupo de Trabalho Interministerial compete:

I - realizar diagnóstico da cadeia produtiva do leite no País, do ponto de vista técnico, econômico e social, e identificar as principais limitações ao estabelecimento de uma cadeia produtiva eficiente, resiliente e sustentável; e

II - propor medidas de caráter estrutural para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite, que visem:

a) promover a estruturação produtiva, o acesso à tecnologia e à mecanização e o melhoramento genético da pecuária de leite;

b) aumentar a produtividade e a competitividade da cadeia do leite;

c) reduzir custos de produção da cadeia do leite;

d) fortalecer instrumentos de apoio à comercialização do leite;

e) promover o cooperativismo e a agroindustrialização da cadeia do leite pela agricultura familiar;

f) promover a simplificação para a inclusão sanitária e a ampliação do acesso a mercados da agroindústria familiar;

g) promover a sustentabilidade financeira da produção leiteira pelo agricultor familiar; e

h) estimular o acesso e o consumo de leite e derivados pela população brasileira.

§ 1º O diagnóstico de que trata o inciso I do caput conterá, no mínimo, informações sobre os custos e a eficácia das ações e dos programas da administração pública federal e sua integração com ações similares adotadas nos âmbitos estadual, distrital e municipal.

§ 2º A proposição de medidas de que trata o inciso II do caput contemplará, no mínimo:

I - estimativas mínimas de custos orçamentários e não orçamentários;

II - a proposição de fontes alternativas de financiamento; e

III - indicação de responsáveis pela implementação e pelo arranjo institucional de governança.

Art. 3º O Grupo de Trabalho Interministerial é composto por representantes dos seguintes órgãos e entidade:

I - Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que o coordenará;

II - Casa Civil da Presidência da República;

III - Ministério da Agricultura e Pecuária;

IV - Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome;

V - Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;

VI - Ministério da Fazenda;

VII - Ministério da Saúde; e

VIII - Companhia Nacional de Abastecimento.

§ 1º Cada membro do Grupo de Trabalho Interministerial terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e seus impedimentos.

§ 2º Os membros do Grupo de Trabalho Interministerial e os respectivos suplentes serão indicados pelos titulares dos órgãos e da entidade que representam e designados em ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Art. 4º O Grupo de Trabalho Interministerial se reunirá, em caráter ordinário, mensalmente e, em caráter extraordinário, mediante convocação de seu Coordenador.

§ 1º O quórum de reunião do Grupo de Trabalho Interministerial é de maioria absoluta e o quórum de aprovação é de maioria simples.

§ 2º Na hipótese de empate, além do voto ordinário, o Coordenador do Grupo de Trabalho Interministerial terá o voto de qualidade.

§ 3º O Coordenador do Grupo de Trabalho Interministerial poderá convidar especialistas e representantes de outros órgãos e entidades, públicas e privadas, e da sociedade civil para participar de suas reuniões ou para subsidiar tecnicamente suas atividades, sem direito a voto.

Art. 5º A Secretaria-Executiva do Grupo de Trabalho Interministerial será exercida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Art. 6º Os membros do Grupo de Trabalho Interministerial que se encontrarem no Distrito Federal se reunirão presencialmente ou por videoconferência, e os membros que se encontrarem em outros entes federativos participarão da reunião por meio de videoconferência.

Art. 7º A participação no Grupo de Trabalho Interministerial será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.

Art. 8º O Grupo de Trabalho Interministerial terá prazo de duração de cento e oitenta dias, contado da data de realização da primeira reunião, permitida a prorrogação por prazo determinado, por meio de ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Parágrafo único. O relatório final das atividades do Grupo de Trabalho Interministerial será encaminhado ao Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 9 de novembro de 2023; 202º da Independência e 135º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Carlos Henrique Baqueta Fávaro

Luiz Paulo Teixeira Ferreira

FONTE: DIÁRIO OFICIAL


LACTALIS INAUGURA FÁBRICA, ELEVA CAPTAÇÃO DE LEITE EM MINAS GERAIS E FORTALECE AÇÃO NO BRASIL

Uberlândia, 9 de novembro de 2023 – Com um investimento de R$ 100 milhões, a Lactalis do Brasil inaugurou sua nova queijaria em Uberlândia (MG) nesta quinta-feira (9/11) com a presença do Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, políticos e autoridades. O projeto fortalece a política de investimento do grupo no Brasil. Desde que chegou ao país, em 2014, a Lactalis já investiu R$ 7 bilhões em aquisições e ampliações de unidades fabris em oito estados. A ação da empresa francesa foi destacada pelo Vice-Presidente ao lembrar do potencial de saúde que os lácteos representam para a população brasileira. “A empresa está agregando valor, promovendo desenvolvimento na região e confiança no Brasil”, disse Alckmin.

A relação da empresa com os produtores de Minas Gerais também será ampliada com o novo projeto e apoio da CCPR. A unidade de Uberlândia deve consolidar capacidade para produção de 5,5 mil toneladas de produtos/mês e, para isso, vai captar 1,6 milhão de litros/dia. A planta vai gerar mais de 500 empregos diretos e 2.500 empregos indiretos. Com o investimento, a unidade em Uberlândia também teve reformulada sua fábrica de manteigas, que dobrou a capacidade de processamento de 500 toneladas/mês para 1 mil toneladas/mês. “A Lactalis acredita muito no Brasil. Quando se faz uma projeção da necessidade de leite para o mundo, se verifica que, até 2030, faltarão mais ou menos 20 bilhões de litros de leite. Onde se pode produzir esse leite? Na nossa visão, o Brasil é esse país, mas precisamos arrumar a cadeia do leite. Isso vai ser um grande desafio”, assinalou o presidente da Lactalis para Brasil e Cone Sul, Patrick Sauvageot. Em sua manifestação durante a solenidade em Uberlândia, o executivo informou que a Lactalis injeta R$ 6,5 bilhões ao ano no Interior do Brasil por meio da compra de 2,7 bilhões de litros de leite, pulverizando renda e emprego nas mais diversas e longínquas regiões.

Maior empresa de produtos lácteos do mundo, a Lactalis completou 90 anos de atuação em outubro e lançou seu propósito global de “Nutrir o Futuro”. Entre as metas apontadas, está o cuidado com as pessoas e o planeta. Para isso, a empresa está disposta a transformar o seu negócio, métodos e ferramentas de forma a buscar sistemas mais eficientes e com menor impacto ambiental. A meta é que a produção se torne carbono neutro até 2050. Nos planos do grupo francês também estão investimentos em geração de empregos, desenvolvimento de produção local e qualificação dos talentos alinhados com os valores do grupo: ambição, determinação e simplicidade. (Jardine)

 

Busca de soluções para o setor leiteiro são tema de reunião da Câmara Setorial

A Câmara Setorial do Leite se reuniu na tarde desta quinta-feira (09/11), em formato híbrido, para debater o decreto federal nº 11.732. O coordenador das Câmaras Setoriais da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, deu as boas-vindas e disse que a Secretaria está à disposição para buscar soluções em conjunto com a cadeia produtiva para a questão do leite.

O decreto, publicado em 18/10/2023, altera a aplicação de créditos presumidos do Programa Leite Mais Saudável e estimula a produção de leite in natura por produtores brasileiros.  A medida entra em vigor em fevereiro de 2024.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial, Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag-RS, os produtores argentinos e uruguaios recebem diversos subsídios para a produção de leite e quando este leite em pó vem para o Brasil, entra com um preço muito mais barato. Para ele, a medida contida no decreto é importante, mas não é suficiente, sendo necessárias outras ações de auxílio aos produtores de leite.

O gerente de suprimento de leite da Cooperativa Central Gaúcha Limitada (CCGL), Jair Mello, afirmou que o leite em pó importado está entrando de três a quatro reais mais barato no país. E os dados divulgados nesta semana pelo governo federal apontam para a importação de 13 mil toneladas de leite em pó em setembro e de 16 mil toneladas em outubro.

Dados publicados pela Emater apontam que desde 2015 cerca de 51 mil agricultores deixaram a atividade leiteira no Rio Grande do Sul.

Ao final da reunião, ficou definido que os presentes vão encaminhar sugestões de melhorias a curto prazo na cadeia produtiva leiteira e que serão encaminhadas para as respectivas esferas, estadual ou federal, através de ofício. Também foi sugerida uma apresentação do Programa de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários (PISA), a ser feita pelo professor Paulo Carvalho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Participaram da reunião as seguintes entidades: Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínos (AGL), Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Cooperativa Central Gaúcha Limitada (CCGL), Comissão das Indústrias Fabricantes de Equipamentos para a Pecuária do Leite do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (CIEPEL/Simers), Emater, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (APIL), Fetraf-RS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia, Fetag, Farsul, Sebrae e Secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e de Desenvolvimento Rural (SDR). (SEAPI)


Jogo Rápido

Grandes volumes de chuva são esperados para os próximos dias
A próxima semana deverá ter chuva e altos volumes acumulados em grande parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 45/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Entre sexta-feira (10/11) e domingo (12/11), a presença de uma área de baixa pressão vai manter uma grande variação de nuvens, com pancadas de chuva e trovoadas, com chance de tempestades isoladas. Na segunda-feira (13/11), a propagação de uma nova frente fria provocará chuva generalizada. Na terça (14/11) e quarta-feira (15/11), o tempo quente e úmido seguirá predominando, com períodos de céu encoberto e pancadas de chuva na maioria das regiões. Os totais previstos são elevados em grande parte do Estado. Deverão oscilar entre 80 e 120 mm na maioria das áreas da Metade Norte, podendo superar 150 mm em diversos municípios, principalmente nas Missões, Alto Uruguai e Planalto. Na Metade Sul, os valores esperados deverão oscilar entre 35 e 50 mm na maioria das localidades, com exceção do Extremo Sul, onde os volumes poderão exceder 100 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)