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17/01/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.067


Soja atinge menor valor desde agosto de 2020

A comercialização da soja abriu a semana no menor patamar de preço registrado desde 2020 pela série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (CEPEA-Esalq/USP). A cotação da oleaginosa encerrou a última sexta-feira em R$ 127,61 a saca. Em resposta ao relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês), que previu recuperação da safra argentina da oleaginosa, a cotação recuou 1.7% ante os R$ 129,83/sc do dia anterior. No entanto, chegou ao menor patamar desde 17 de agosto de 2020 (R$ 129,67/sc) e pouco mais que o de 14 de agosto do mesmo ano, de R$ R$ 127,26.

De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez Roque, a recuperação da soja argentina, prevista pelos Estados Unidos, compensa boa parte – ou a maior parte - dos problemas previstos para a colheita brasileira. “O mercado não olha só para o Brasil, mas para a América do Sul. Estão acabando plantio por lá (Argentina) e, até agora, as condições climáticas são boas e favoráveis”, analisa. A projeção é que o país colha 50 milhões de toneladas de soja, mais que o dobro das 22 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A previsão de alta oferta, segundo Roque, tem sustentação mesmo frente à estimativa de quebra à safra brasileira. “A gente sabe que tem problemas climáticos, mas ainda estamos falando na segunda maior safra da nossa história. Estamos longe de ter uma catástrofe na soja brasileira”, garante. 

O prognóstico da Safras & Mercado leva em conta o impacto da escassez hídrica em importantes estados produtores, como Mato Grosso, Tocantins e Bahia e aponta para 150 milhões d e toneladas n a safra 2023/2024. Já para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção da oleaginosa está estimada em 155,26 milhões de toneladas. Embora o cultivo da oleaginosa se desenvolva de forma irregular devido à estiagem no Centro-Norte e ao traso do plantio devido ao excesso de chuva da região Sul, o especialista não aposta em mudanças no mercado. “Teremos um primeiro semestre de preços pressionados e mais fracos. Com uma produção sul-americana maior, os contratos de Chicago (bolsa) cedem e perdem valor. Logo, a formação de preços internos fica pior”, analisa. O início da colheita em alguns pontos do país também depreciam as cotações. “O mercado sente a entrada da safra. Não vejo fator positivo, no curto prazo, nem o clima mudando de uma hora para outra para os contratos de Chicago ganharem força”, conclui Roque. (Correio do Povo)


Ministério do Desenvolvimento Agrário deve elaborar nova política para produção de leite

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, se reuniu nesta segunda-feira (15/01) com representantes do setor produtivo de leite, da academia e de outras áreas do governo federal para discutir novas medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no país.

O objetivo é elaborar e encaminhar, nos próximos 30 dias, uma proposta de nova política para essa cadeia produtiva ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para superação da crise vivida no setor com o aumento das importações desde 2022.

Nas redes sociais, Paulo Teixeira disse que a cadeia produtiva de leite é uma “questão do Estado”. O encontro reuniu representantes do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Paulo Teixeira disse que a proposta mira o aumento da produção e do consumo de lácteos no Brasil e a viabilização das exportações desses produtos.

“Colhemos os melhores insumos para oferecer uma proposta para o presidente Lula de aumento da produção de leite, no fortalecimento do pequeno e do médio produtor de leite, evidentemente que do grande também, para que o Brasil consiga melhorar essa economia, aumentar a produção de leite, aumentar o consumo e virar também um país exportador de leite e derivados”, afirmou.

Desde o ano passado, o governo tem adotado medidas para mitigar os efeitos do aumento das importações de lácteos de países do Mercosul, como Uruguai e Argentina. Nesta semana entrará em vigor a norma tributária que impede incentivos no âmbito do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, para indústrias que compram produtos estrangeiros. (As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Empresa dona da Piracanjuba faz planos para ir além dos lácteos

Dona da Piracanjuba, uma das marcas de leite que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, o Laticínio Bela Vista faz planos para diversificar seus negócios. A empresa goiana quer se manter na categoria de alimentos, porém, ir para além da sua zona de conforto.

A estratégia é uma das primeiras medidas a ser implementada por Luiz Cláudio Lorenzo, o novo presidente da companhia. Ele assumiu o posto desde o início de 2024, substituindo os irmãos e sócios Cesar e Marcos Helou, que comandaram a empresa nas últimas décadas.

“Temos a pretensão de ampliar nosso escopo de atuação. Essa diversificação dos negócios pode ocorrer tanto de uma maneira orgânica, quanto por meio de aquisições. Nosso foco estará na saudabilidade”, disse Lorenzo ao IM Business, mantendo ainda em sigilo os setores alvo.

Apesar do interesse na diversificação, o laticínio não vai abrir mão da sua principal fortaleza. A companhia espera inaugurar no início de 2025 a maior fábrica de queijos do Brasil, que está sendo construída em São Jorge d’Oeste (PR), com investimentos da ordem de R$ 80 milhões.

A nova unidade vai ampliar em quase 15% a capacidade de processamento de leite da Bela Vista. Dos atuais 7 milhões de litros por dia, a companhia terá instalada uma capacidade para 8 milhões de litros por dia.

Outra medida a ser implementada pelo executivo é profissionalizar a gestão da companhia, que se manteve familiar desde o início. A migração dos irmãos Helou do dia a dia para o conselho consultivo recém criado é um primeiro passo nesse sentido.

A ideia é reforçar a governança da Bela Vista, preservando a cultura desenvolvida ao longo dos anos e garantindo a longevidade do grupo. Os sinais enviados pelo executivo são manter a companhia como consolidadora no mercado.

Desde 2023, a companhia vem se preparando para acessar o mercado de capitais. Segundo Lorenzo, um IPO não está descartado, porém, a empresa não tem trabalhado com essa possibilidade. “Não é algo que nos move”, diz.

Do ponto de vista do mercado, Lorenzo diz estar cauteloso e não esperar por uma retomada no consumo no curto prazo. Em sua opinião, ainda não é possível medir os impactos que as medidas fiscais anunciadas pelo governo terão ao longo das cadeias produtivas.

“No Brasil e no mundo, os lácteos e todas as commodities têm sofrido com a queda dos preços, em um movimento de acomodação, após o período de pandemia. Porém, a demanda segue reprimida no Brasil, diante do alto grau de endividamento das pessoas”, diz Lorenzo.

O executivo não revela qual o tamanho do faturamento da companhia em 2023. Diz apenas que houve um crescimento de 8% e que a expectativa é manter uma taxa anual de expansão da ordem de 10%. (As informações são do Infomoney)


Jogo Rápido

Saldo da balança comercial é positivo em US$3,5bi 
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de 1,391 bilhão de dólares na segunda semana de janeiro, entre os dias 8 a 14. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados ontem, o valor foi alcançado com exportações de 6,212 bilhões de dólares e importações de 4,822 bilhões de dólares. No mês, o superávit acumulado é de 3,496 bilhões de dólares. Até a segunda semana do mês, a média diária das exportações registrou aumento de 31,6% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de 70,7 milhões de dólares (43,9%) em agropecuária, alta de 134,37 milhões de dólares (55,6%) em indústria extrativa e aumento de 120,54 milhões de dólares (19,2%) em produtos da indústria de transformação. As importações, igualmente, tiveram crescimento: 4,6% no período também na comparação pela média diária, com queda de 2,35 milhões de dólares (-10,2%) em agropecuária, recuo de 13,14 milhões de dólares (-17,7%) em indústria extrativa e crescimento de 57,98 milhões de dólares (7%) em produtos da indústria de transformação, segundo os dados divulgados pela secretaria. (Correio do Povo)


 
 

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