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11/01/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.063


Leite promete Quanto vale o seu tempo? ‘não soltar a mão’ de empresários

Ao reassumir o cargo de governador do Rio Grande do Sul, após período de férias, Eduardo Leite (PSDB) afirmou nesta quarta-feira que dará início a um “período de grande diálogo” com representantes do setor empresarial gaúcho. O objetivo é ouvir demandas das entidades representativas visando atender aquelas que impactem na produtividade. 

A retirada dos decretos que suprimiram incentivos fiscais, no entanto, está descartada. “Não há qualquer possibilidade de simplesmente serem revogados os decretos. Pela responsabilidade que nós temos com as pessoas que precisam das políticas públicas do Estado, vamos precisar viabilizar os recursos”, afirmou Leite, após o ato no Piratini em que o presidente da Assembleia, deputado Vilmar Zanchin (MDB), retransmitiu o cargo ao governador. 

Leite pretende “compensar” os empresários com investimentos em áreas como capacitação de mão de obra, segurança no campo, irrigação e investimento em infraestrutura e logística, por exemplo. “Vamos conversar com as entidades empresariais. Não vamos soltar a mão de ninguém, estamos juntos, e o Estado é de todos”, afirmou. Em dezembro, após não obter apoio no Legislativo para aprovar a majoração da alíquota modal do ICMS de 17% para 19,5% e retirar o projeto, o governo emitiu decretos que cessam benefícios fiscais a pelo menos 64 setores da cadeia produtiva, além de ampliar alíquotas em itens da cesta básica. Eles entram em vigor em abril, por conta da noventena. 

CRÍTICAS.
As ações receberam críticas de entidades empresariais e de parlamentares da oposição, tanto da esquerda quanto da direita. PL e PT entraram com projetos de decreto legislativo (PDL), que ainda precisam ser apreciados pela Comissão de Constituição e Justiça, para tentar sustar os atos. O Executivo prega que os PDLs são inconstitucionais, o que é rechaçado pelos autores. (Correio do Povo)


Exportações de leite em pó do Uruguai aumentaram em 2023

O Uruguai exportou 158.000 toneladas de leite em pó integral em 2023 por US$ 570 milhões, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale). O volume exportado cresceu 18% em relação a 2022 e a geração de divisas 7%, mas os preços caíram 10%.

O Brasil foi mais uma vez o principal destino do leite em pó integral, do leite em pó desnatado e do queijo. No primeiro caso, foi seguido pela Argélia, China, Nigéria e Egito, de acordo com dados oficiais do Inale. O preço médio por tonelada foi de US$ 3.602.

Ao mesmo tempo, no leite em pó desnatado, os volumes colocados e a geração de divisas caíram 54% em relação à mesma data da comparação anterior, com um preço por tonelada de US$ 3.649. Brasil, Bolívia, Rússia, Nigéria e China foram os principais compradores.

No caso do queijo, o volume exportado foi menor (22.000 toneladas) e foram gerados US$ 117 milhões. Os cinco principais mercados, em ordem de importância, foram: Brasil, México, Rússia, Argentina e Chile.

A manteiga foi o item mais atingido, pois a indústria de lácteos uruguaia exportou 11 mil toneladas (39% menos) por US$ 55 milhões (41% menos) e um preço por tonelada que caiu 3% e fechou em US$ 5.107, segundo o Inale. Os compradores foram: Rússia, Arábia Saudita, Brasil, Bahrein e Marrocos.

Foram exportados 1.546.000 litros de leite entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023. No mesmo período, os embarques geraram US$ 869 milhões. O preço do leite ao produtor caiu 5% medido em pesos e aumentou 1% medido em dólares: 16,2 pesos e US$ 0,42, entre dezembro de 2022 e novembro de 2023.

O ano foi encerrado com um volume de leite enviado às indústrias 1% acima do registrado no ano anterior. O setor absorveu 2.111.000 litros em 2023. O setor de lácteos uruguaio pretende crescer em 2024 e está trabalhando para suspender as restrições em face do clima favorável. (As informações são do El País, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Lactalis inaugura usina de energia solar térmica para produção sustentável de soro de leite

Lactalis, gigante global do setor de lácteos, inaugurou a "maior usina de energia solar térmica da França", o que lhe permitiu reduzir as emissões de CO2 em 2.000 toneladas por ano.

A nova unidade, denominada 'Lactosol', tem como objetivo abordar questões de sustentabilidade, reduzindo a pegada de carbono da empresa e fornecerá calor à unidade adjacente de Verdun pelos próximos 25 anos.

A unidade de Verdun produz soro de leite em pó, obtido pela secagem do soro de leite (lactoserum), que é fornecido para uso em produtos de nutrição infantil, clínica e esportiva.

Inaugurada oficialmente em novembro de 2021, em colaboração com a pioneira em energia térmica renovável Newheat, a torre de secagem na unidade de Verdun foi inicialmente alimentada por uma caldeira a gás. "Após as grandes reformas da unidade de Verdun e a inauguração da nova torre de secagem em 2021, era essencial continuar nossa transformação, concentrando-nos na redução de nossa pegada energética", disse Jean-Luc Bordeau, diretor administrativo da Lactalis Ingredients. 
 
Energia solar para o futuro 
A nova usina de energia solar térmica da Lactosol ocupa 15.000 metros quadrados e tem uma potência máxima de aproximadamente 13 MWth. Equipada com um tanque de armazenamento de 3.000 metros quadrados, capaz de armazenar vários dias de produção de calor, a instalação trabalha para garantir um fornecimento contínuo, mesmo durante a noite e em dias nublados.

Essa abordagem permite que a unidade de Verdun reduza suas emissões de CO2 em cerca de 2.000 toneladas por ano, o que equivale a 7% das emissões totais da unidade. 

Ao incorporar a energia solar térmica em suas operações, a Lactalis pretende reduzir o consumo de gás em 6% na unidade de Verdun, com planos adicionais para instalar uma caldeira de biomassa até 2026, substituindo quase 50% do consumo de gás por energia renovável.
 
Processo de soro de leite em pó da Lactalis 
A empresa produz soro de leite em pó por meio da fabricação de queijo, desnatando e concentrando o subproduto antes de ser seco por pulverização. 

O soro de leite (6% de sólidos totais, 94% de água) passa inicialmente por um processo de evaporação para reduzir o conteúdo de água, de modo que os sólidos sejam 60%, ou seja, uma concentração de 10x.

A Lactalis então "semeia" o concentrado de soro de leite com pó produzido em um lote anterior, o que permite que a lactose mude para uma consistência utilizável - um processo conhecido como cristalização, que leva de seis a 10 horas.

Em seguida, o concentrado é transferido para uma torre cheia de ar quente e pulverizado em gotículas finas, onde a água evapora e os sólidos do soro de leite secam em forma de pó.

Por fim, o pó é passado por um leito de fluido para condicioná-lo à umidade exata necessária.
 
Nova energia
O projeto recebeu apoio financeiro da Newheat, sediada em Bordeaux, e de seus parceiros, incluindo um acordo de financiamento bancário de 13 milhões de euros (US$ 14,23 milhões) em 2020.  "Em 2020, a unidade da Lactalis em Verdun já era pioneira na escolha da energia solar para descarbonizar a atividade de sua futura torre de secagem", disse Hugues Defreville, presidente e cofundador da Newheat. 

"Hoje, o setor de energia renovável, e a energia solar térmica em particular, está experimentando um aumento significativo. Você pode apostar que o exemplo da Lactalis, que é líder global em produtos lácteos e reconhecida por sua excelência industrial, incentivará outros fabricantes a considerar essas soluções virtuosas para seus próprios projetos de descarbonização." 

Após a inauguração bem-sucedida, a Newheat, que anunciou recentemente uma captação de recursos de € 30 milhões (US$ 32,84 milhões), está planejando mais 15 projetos nos próximos três anos, com um investimento total de € 150 milhões (US$ 164,18 milhões).

Espera-se que esses projetos, localizados principalmente na França, forneçam um volume anual de 200 GWh de calor renovável. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

BNDES anuncia mais R$ 3 bilhões para crédito pelo Plano Safra
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibiliza nesta quarta-feira, 10, mais R$ 3 bilhões para operações de crédito no âmbito de programas do Plano Safra 2023-2024. Com a medida, o total de recursos ainda disponível nos diferentes Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF) a serem repassados pelo Banco é de R$ 8,5 bilhões, com prazo de utilização até junho de 2024. “O BNDES é um dos principais apoiadores do setor agropecuário, por isso, estamos fazendo, em conjunto com o Governo do presidente Lula, um esforço para disponibilizar recursos extras pra produtores rurais, cooperativas e agricultores familiares. No Plano Safra 2023-2024, o BNDES já aprovou R$ 18,2 bilhões e atendeu a solicitações de mais de 99 mil clientes por meio de operações indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Os produtores rurais precisam estar atentos pois os recursos desta linha, que são repassados para as instituições credenciadas, estão próximos de serem completamente utilizados. De toda forma, além do Plano Safra, o BNDES oferece soluções próprias para garantir a oferta de crédito ao setor agropecuário durante todo o ano, como o BNDES Crédito Rural. Na atual safra, o produto já soma R$ 4,2 bilhões em operações aprovadas”, diz Mercadante. Os recursos do Plano Safra podem ser utilizados para custeio e investimento em diversas finalidades, incluindo ampliação da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, armazenagem e inovação. (MAPA)


 
 

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