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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.010


Nota de Conjuntura – Mercado de Leite e Derivados

Leite e Derivados - Outubro trouxe mais um confronto armamentista, capaz de impactar o mundo todo. O conflito entre Israel e a Palestina não diz respeito diretamente ao mercado de leite e derivados. Mas, traz incerteza para a economia mundial. Ainda é cedo para ter clareza se haverá envolvimento de outras nações do oriente médio, a ponto de elevar o preço do petróleo, que está em US$ 90,00 o barril. Caso isso ocorra, o mundo poderá se ver em ambiente de recessão econômica, com uma nova onda de inflação mundial trazida por este produto que ainda é, de longe, a base da economia mundial.Neste momento, as autoridades econômicas dos países da Europa e Estados Unidos convivem com taxas de inflação elevadas, motivadas pela expansão de gastos no período pandêmico, e adotam a receita clássica de taxas de juros em ascensão, o que inibe investimentos produtivos e consumo, desaquecendo a demanda. Se uma nova onda inflacionária vier, trazida por preços de petróleo elevadas, a recessão mundial, que já estava se desenhando, certamente virá mais rapidamente.No Brasil, a economia apresenta resultados favoráveis, com o nível de desemprego menor desde 2014 e com a perspectiva de que o PIB cresça em torno de 3,0% em 2023, e com os agentes econômicos revendo suas previsões para cima, a cada mês. Também a inflação, medida pelo IPCA, tem apresentado quedas anuais a cada mês, sinalizando que o ano fechará com taxas próximas, porém superiores à meta estabelecida pela Autoridade Monetária. O câmbio tem oscilado em torno de R$5,00 na paridade com o Dólar e a balança comercial sinaliza que 2023 terá superávit recorde.

Num cenário de queda de juros, como vem ocorrendo no Brasil, uma possível elevação do preço do petróleo poderá desfazer as perspectivas favoráveis para este último trimestre do ano, que já sinaliza que não fechará com equilíbrio fiscal. Neste caso, a queda de juros deverá ser interrompida.

Em meio a este quadro de incerteza, o mercado mundial de lácteos começa a esboçar uma fraca reação, revertendo a tendência de queda de preços. Manteiga e Leite em pó integral e desnatado tiveram elevação de preços no último GDT. Mas, abaixo dos preços históricos antes da pandemia. Já os Queijos estão com preços elevados e com viés de baixa. No mercado interno de lácteos o quadro continua em situação aguda para os produtores, com preços bastante deprimidos. As importações apresentaram queda em setembro e poderão cair em outubro. O Governo Federal anunciou medidas fiscalizatórias quanto aos produtos importados e redução de renúncia fiscal para laticínios que importem produtos lácteos.

Mas, o fato é que a Argentina vive um momento de imensa desvalorização cambial, trazendo competitividade inatingível para os lácteos nacionais. Este cenário não deverá mudar até que ocorram eleições presidenciais, previstas para este mês de outubro, em ambiente de extremo fervor emocional.

Por outro lado, tem ocorrido estabilidade de preços nas principais commodities (soja e milho), contribuindo para que os custos de produção se mantenham bem comportados nos últimos meses, embora em patamares elevados. O problema de margem do produtor vem pela pressão baixista de preços recebidos e não propriamente pelos custos dos insumos. Daí, toda a mobilização intensa que o setor vive, focado na busca da redução das importações. Leite em pó, UHT e Muçarela esboçaram reação de preços no atacado na primeira quinzena, mas sem o vigor para mostrar reversão de expectativa. (Fonte: CILeite/Embrapa)


Crédito de carbono: o que é e qual sua relevância para o setor lácteo

Cada dia mais as técnicas agrícolas sustentáveis têm tomado conta das produções agropecuárias país afora. Adaptar manejos, trazer novas tecnologias capazes de diminuir as emissões de gases de efeito estufa e otimizar recursos na propriedade em prol do aumento da eficiência, vem sendo a nova realidade da produção leiteira.  Muitas dessas práticas não só são boas para o planeta, mas também aumentam a eficiência do sistema produtivo. Além disso, apesar de ser algo incipiente, os produtores que utilizarem práticas que reduzam a pegada de carbono poderão eventualmente ter receitas adicionais pela venda desses créditos no mercado.  É isso mesmo: no futuro, é provável que fazendas leiteiras vendam créditos de carbono, além de leite, oferecendo também oportunidades para os laticínios. 

Uma startup criada nos Estados Unidos é uma das pioneiras nesse mercado. A Athian, incubada pela Elanco e depois investida por empresas como a DSM e a cooperativa de produtores California Dairies, pretende oferecer uma plataforma para que produtores possam comercializar seus créditos de carbono.

O CEO e fundador da empresa, Paul Myer, estará presente no Dairy Vision 2023 e apresentará o “case” da Athian, falando sobre o tema “Créditos de carbono podem ser um negócio relevante para o setor?”, durante o segundo dia (08/11) do Dairy Vision 2023.  

Crédito de carbono e o setor lácteo  

A aplicação de créditos de carbono no setor lácteo, assim como em outros setores, requer um processo de redução das emissões de gases de efeito estufa e a obtenção de créditos para as emissões evitadas.  

Algumas maneiras de como isso pode ser aplicado no setor lácteo são: 

Eficiência na produção: Melhorar a eficiência das operações leiteiras, como a gestão do rebanho, a nutrição dos animais e a gestão dos resíduos, pode reduzir as emissões de metano e dióxido de carbono. 

Energias renováveis: Usar fontes de energia renovável, como energia solar ou eólica, nas instalações de produção leiteira pode reduzir as emissões de dióxido de carbono provenientes da eletricidade. 

Manejo sustentável da terra: Práticas de manejo sustentável da terra, como o reflorestamento e a conservação do solo, podem ajudar a absorver dióxido de carbono da atmosfera. 

Tecnologias de digestão anaeróbia: A digestão anaeróbia de resíduos orgânicos, como esterco de gado, pode reduzir as emissões de metano, enquanto a produção de biogás pode fornecer uma fonte de energia renovável. 

Mudança na dieta dos animais: A formulação de dietas para reduzir a produção de metano entérico dos animais pode ser eficaz na redução das emissões. 

Sequestro de carbono: A implementação de práticas de sequestro de carbono, como o plantio de árvores ou a restauração de pastagens degradadas, pode compensar as emissões do setor lácteo. 

Depois de implementar medidas que fazem sentido para cada propriedade, as fazendas leiteiras podem quantificar a redução das emissões de GEE e solicitar créditos de carbono por meio de programas de certificação ou regulamentação específicos. Os créditos podem ser vendidos no mercado de carbono para outras empresas que buscam compensar suas emissões. Isso não apenas gera uma receita adicional para as fazendas leiteiras, mas também ajuda a reduzir as emissões globais de GEE. 

Um estudo da consultoria McKinsey & Company divulgado em 2022 indica estimativas de que o Brasil concentra 15% do potencial global de captura de carbono por meios naturais, e que o mercado global de créditos de carbono deve evoluir, até 2030, do patamar atual de US$ 1 bilhão para US$ 50 bilhões.  

É importante destacar que os créditos de carbono no setor lácteo envolvem mudanças e alguns desafios, incluindo a medição precisa das emissões e a conformidade com os regulamentos locais e internacionais. Ter a assistência de especialistas em sustentabilidade e consultores ambientais pode ser um diferencial para facilitar a participação no mercado de carbono.  

É válido destacar que de 30 de novembro a 12 de dezembro, acontece a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP28. A conferência trata de acordos internacionais voltados à preservação do meio ambiente e mudanças climáticas, onde ações são debatidas em busca de mitigar os problemas causados pelas emissões. O mercado de créditos de carbono será um dos temas que permeiam as discussões da COP28. Eventos desse porte ressaltam a importância do assunto que será debatido no Dairy Vision.  

Antecipe-se às tendências e adeque-se a uma produção sustentável e amiga do meio ambiente. Dias 07 e 08 de novembro, A Expo Dom Pedro, em Campinas/SP, será palco do melhor evento do leite mundial. Associados do SINDILAT/RS, têm desconto na inscrição. (Milkpoint)

Uruguai – Sinais animadores para os castigados produtores de leite

Bons sinais – Depois do desânimo gerado com a queda do preço do leite anunciada pela Conaprole, em agosto, dois meses depois as perspectivas são melhores, e existem esperanças no horizonte.

Néstor Cabrera, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL), informou a El Observador que na próxima semana haverá uma reunião entre entidades que representam os produtores e a diretoria da cooperativa e o tema central será o preço do leite.

Lembrou que depois da forte queda de agosto, retroativa ao leite captado desde o início do mês – foi uma baixa de 20% -, o panorama começou a melhorar e a possibilidade de uma nova queda está afastada. O preço do leite em setembro foi mantido e agora existe a expectativa de melhora, ainda que não se possa anunciar quais serão os novos valores.

“A diretoria da Conaprole sempre transfere para o preço, quando há melhora dos negócios”, disse Cabrera.

Anuga

Também outro sinal positivo, com base em declarações do gerente geral da Conaprole, Gabriel Valdés, depois de participar da recente feira de alimentos de Anuga, em Colonia, na Alemanha, é que estão sendo visualizadas melhores perspectivas para os negócios no mercado internacional de lácteos.

A tendência (de baixa dos preços internacionais) está sendo revertida. Estamos um pouco mais confiantes sobre as expectativas de curto prazo. A cooperativa seguirá trabalhando para melhorar o preço”, declarou Valdés ao site Tardaguila.uy.

“Tomara que as distintas indústrias, o mais rápido possível, possam aproveitar este novo cenário e que ele seja refletido em melhores preços”, disse Cabrera.

Nesta primavera isso seria ideal, não somente porque é um momento do ano de alta produção do leite, mas porque os produtores têm compromissos a cumprir no curto prazo, como resultado dos esforços em investimentos realizados para suportar da melhor forma possível a última seca.

O que aconteceu na Fonterra

As referências de preços médios para os lácteos no mercado internacional estão se recuperando, com mais uma importante alta no dia 17 de outubro, na segunda licitação de outubro.

Houve aumento nos valores médios de todos os produtos lácteos, com destaque para o leite em pó integral (WMP), o produto mais exportado pelo Uruguai, em volume, que subiu 4,2% e foi negociado a US$ 3.069 a tonelada.

Fonte: El Observador  – Tradução livre: www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido

ACABANDO: Prazo para a declaração anual de rebanho no RS acaba na próxima semana
Declaração deve ser feita para todas as espécies, incluindo bovinos, aves e suínos, abelhas e peixes. O prazo para a declaração de rebanho junto às inspetorias veterinárias ou pela internet através do Produtor Online está chegando ao fim. A prática é uma obrigação do produtor e, caso não seja realizada, poderá provocar o bloqueio da propriedade para a emissão e recebimento de Guias de Trânsito Animal (GTA). O prazo, aberto desde junho, se encerra no próximo dia 31 de outubro. As localidades de Bagé (RS) e Alegrete (RS) são as que têm o menor percentual de declaração até agora. A fiscal estadual agropecuária Flávia Borges Fortes, do Departamento de Controle e Informações Sanitárias, alerta que o cumprimento desta demanda é atividade exclusiva do produtor e complementar às ações do Serviço Veterinário Oficial. (SEAPDR)


 

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Porto Alegre, 23 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.009


2ª edição do Programa de Formação em Qualidade do Leite está com inscrições abertas

Após grande adesão em sua primeira edição, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) em parceria com a Univates, lança a segunda edição do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas. “Tivemos uma turma lotada e estamos registrando uma grande procura pela formação para melhorar a qualidade do leite tanto no setor da indústria quanto nas fazendas. Este curso foi elaborado para formar laboratoristas altamente qualificados e atualizados nas melhores práticas e legislações vigentes”, aponta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.Podem participar da formação profissionais da área agropecuária, estudantes em campos relacionados e laboratoristas que desejem aprimorar seus conhecimentos. Para se inscrever é preciso acesssar o link clicando aqui. Para mais informações é possível entrar em contato pelo telefone (51) 99614-5442 ou e-mail comercial@univates.br. 
 
O curso será realizado nos dias 27, 28, 29 e 30 de novembro, com aulas no formato virtual síncrono e presencial para prática. O conteúdo está baseado na introdução ao setor leiteiro a até metodologias aplicadas nas análises de plataforma, incluindo questões como legislação e boas práticas, aplicação das leis da propriedade à indústria, noções de boas práticas agropecuárias, análises de plataforma, utilização de equipamentos como crioscópio e medidor de densidade relativa, realização de diversos testes como Alizarol, antibióticos, acidez, autonomia em testes e execução de testes aleatórios em amostras de leite para conferir autonomia aos estudantes. (Assessoria de Imprensa SINDILAT/RS)

ARTIGO DE OPINIÃO: O produtor de leite merece respeito

Cabe neste momento a aplicação de medidas emergenciais
Por Alceu Moreira, deputado federal (MDB-RS)

É grave, desumano e sem precedentes o que acontece com o produtor de leite no Brasil. Uma cadeia absolutamente qualificada, com controle de produção e qualidade, de gente séria, honesta e cumpridora das leis e exigências sanitárias mais rigorosas do mundo, à beira de um colapso pela concorrência desleal. Isso se deve substancialmente às excessivas importações de lácteos de países do Mercosul – entre janeiro e julho de 2023, o aumento foi de 268% em relação ao mesmo período no ano anterior –, motivada por interesses econômicos de meia dúzia e inércia daqueles que deveriam justamente estar protegendo quem produz. Por isso, tenho dialogado desde o início com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e outros representantes dos governos estadual e federal, apresentando alternativas para restabelecer a competitividade entre o produtor brasileiro e os de países vizinhos.

Cabe neste momento a aplicação de medidas emergenciais, tais como o subsídio aos pequenos produtores e o aumento da compra de leite que provém de suas atividades para a merenda escolar. Além disso, a retirada de incentivos do programa Mais Leite Saudável para importadores – equivalente a 5% de PIS/Cofins – e a aplicação da taxa compensatória são fundamentais para proporcionar isonomia ao produto nacional. Por fim, é necessário fiscalizar a produção vizinha e apurar suposta prática de dumping, suspendendo as importações caso confirmada a ocorrência.

Essa é uma crise que se tornou cíclica e merece uma solução à altura do anseio daqueles que se sentem cada vez mais obrigados a abandonar o seu tambo. Não à toa, somente no Rio Grande do Sul, o número de produtores de leite caiu pela metade nos últimos seis anos. O fato é que a resposta precisa chegar. E rápido. Não adianta apresentar o remédio depois que o paciente estiver morto.

Dê condições ao produtor de leite brasileiro, e nós competiremos com qualquer país do mundo em qualidade e quantidade por vaca leiteira. (Gaúcha ZH)

 

Dados da Fazenda Estadual para o setor leiteiro gaúcho estão na 12ª edição da Revista RS 360

Os dados do setor lácteo gaúcho, compilados pela Fazenda Estadual, estão disponíveis na edição número 12 da Revista RS 360 que já está liberada para o acesso clicando aqui. A partir da página 82, os números apurados trimestralmente pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz) contemplam  informações para itens como vendas, compra de insumos e de bens de capital, valor adicionado e fluxos interestaduais de mercadorias.

As informações são analisadas através do programa Diálogos Setoriais, Desenvolve RS e serão discutidas com representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) em live programada para a quinta-feira (26/10), às 9h. 

O link de acesso para acompanhar a transmissão já está disponível aqui. Pelo Sindilat/RS, vão participar da atividade o presidente, Guilherme Portella, o diretor tesoureiro, Angelo Sartor, e o secretário-executivo, Darlan Palharini. (Assessoria de Imprensa SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Bastidores do Poder (20/10/2023) 
Confira na íntegra a entrevista do secretário-executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini, ao programa Bastidores do Poder da última sexta-feira, 20/10/2023, a partir de 1:12:00 até 1:21:50 no vídeo, clicando aqui. A pauta tratou do impacto do decreto 11.732, anunciado na quarta-feira, 18/10/2023, pelo governo federal. O texto será levado à Câmara Setorial do Leite para análise mais detalhada. Para Palharini, a maior preocupação deve-se à demora na efetivação das medidas, que só devem entrar em vigor em 90 dias. (via youtube da Rádio Bandeirantes POA)


 

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Porto Alegre, 20 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.008


Conseleite é retomado e terá agenda no Interior

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) retomou oficialmente suas reuniões nesta quinta-feira (19/10). As lideranças dos produtores e indústrias debateram o cenário, as dificuldades do setor e a agenda do colegiado para 2024 na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS).

Fotos: Carolina JardineFoi definido que, no próximo ano, os encontros mensais serão realizados de forma itinerante, incluindo municípios do Interior do Rio Grande do Sul. Além das agendas em Porto Alegre, haverá Conseleite em Erechim, Lajeado, Passo Fundo e Esteio. Segundo o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, a ideia é aumentar o diálogo e a participação de produtores e empresas.O grupo não avaliou as pesquisas de valor de referência do litro do leite como era realizado anteriormente, uma vez que aguarda a formalização da contratação da instituição que seguirá realizando as análises. A expectativa é que, em breve, os estudos sejam retomados. Os cálculos, assim que forem recomeçados, serão realizados contabilizando os 20 primeiros dias do mês corrente e não apenas os 10 primeiros, como era feito até então.  

O debate desta tarde também tratou do impacto do decreto 11.732, anunciado nesta quarta-feira (18/10) pelo governo federal. O texto será levado à Câmara Setorial do Leite para análise mais detalhada. Para Palharini, a maior preocupação deve-se à demora na efetivação das medidas, que só devem entrar em vigor em 90 dias. (Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)


LACTALIS FAZ 90 ANOS, LANÇA PROPÓSITO GLOBAL E COMPROMISSO DE CARBONO NEUTRO ATÉ 2050

Empresa define “Nutrir o Futuro” como seu propósito e apresenta 7 pilares de desenvolvimento global e social

Empresa familiar de origem francesa, a Lactalis completa 90 anos neste dia 19 de outubro de 2023 com o anúncio de um plano global focado em “Nutrir o futuro”. O propósito foi apresentado em evento em Laval, na França, pelo presidente da Lactalis, Emmanuel Besnier. Terceira geração da família à frente dos negócios, ele detalhou os setes pilares que fundamentarão a expansão da companhia nos cinco continentes nos próximos anos. Principal grupo de laticínios do mundo, a Lactalis está presente em 51 países, tem 85.500 funcionários e algumas das marcas mais consumidas no setor de laticínios, como Président, Galbani, Parmalat e Leerdammer. “A Lactalis escolheu nutrir um futuro responsável, comprometendo-se a fornecer os melhores produtos lácteos possíveis. A ideia é apoiar o crescimento de todos e de cada indivíduo, reforçando a parceria com o desenvolvimento local das comunidades onde atua”, destaca documento divulgado pela empresa em alusão à data e elaborado com a colaboração de equipes ao redor do mundo."Nosso propósito é fiel a quem somos, ao que nos une e personifica nossa responsabilidade. Com este lema, estamos firmemente focados no futuro, guiados por nossos valores e movidos pela nossa paixão coletiva pelos produtos lácteos, juntamente com a nossa experiência. Isso nos impulsiona a agir ao mesmo tempo que realizamos a escuta de todos os nossos stakeholders“, destaca Besnier.Entre as metas apontadas está o cuidado com as pessoas e o planeta. A Lactalis está disposta a transformar o seu negócio, métodos e ferramentas de forma a buscar sistemas mais eficientes e com menor impacto ambiental. A meta, estima Bernier, é que a produção do grupo torne-se carbono neutro até 2050. Nos planos do grupo francês também estão investimentos em geração de empregos, desenvolvimento de produção local e qualificação dos talentos alinhados com os valores do grupo: ambição, determinação e simplicidade.

A Lactalis também assumiu, na data de hoje, o compromisso de fazer com que a liderança no setor laticinista mundial sirva de inspiração e exemplo a todo o setor leiteiro como forma de enfrentamento de seus desafios e entraves. A meta é ampliar a oferta de produtos saudáveis e nutritivos a quaisquer que sejam os países onde o grupo está estabelecido e quaisquer que sejam as necessidades e culturas dos povos. A adaptação e criação de novos rótulos também está na lista de prioridades, assim como o estreitamento do diálogo com parceiros e clientes rumo ao desenvolvimento global.

Os 7 pilares do futuro Lactalis:

• Servir pessoas de todo o mundo, garantindo aos consumidores o acesso a uma variedade de produtos saudáveis, nutritivos e de qualidade impecável, quaisquer que sejam os países onde o grupo está estabelecido e quaisquer que sejam as necessidades e culturas dos povos.

• Partilhar sabores, promovendo tradições culinárias, inventando novas receitas para deliciar jovens e adultos e ampliando constantemente a sua gama de produtos para responder às mudanças e à diversidade de usos e sabores.

• Revitalizar as regiões, mantendo a sua forte aposta na produção local, preservando o saber-fazer local e gerando empregos.

• Assumir compromisso com indivíduos talentosos, defendendo a excelência, formando os seus colaboradores e dando-lhes sentido de responsabilidade para construir percursos profissionais individuais e coletivos gratificantes, para satisfazer as suas aspirações.

• Transformar o seu negócio para garantir que as suas organizações, métodos e ferramentas sejam ainda mais eficientes e eficazes, limitando ao mesmo tempo o impacto da sua atividade, a fim de alcançar uma produção carbono neutro até 2050.

• Apoiar os parceiros a desenvolverem uma produção agropecuária virtuosa, ajudando-os a serem tão eficientes quanto responsáveis com o meio ambiente em que trabalham e tornando a atividade atrativa para as gerações atuais e futuras.

• Ser aberto e voltado para o exterior, ouvindo atentamente as expectativas dos seus stakeholders e de todos os integrantes do setor, garantindo que a sua porta esteja aberta ao diálogo e, em conjunto, construindo caminhos para o desenvolvimento e o progresso.

Sobre LACTALIS
O Grupo Lactalis é o principal grupo de laticínios do mundo. Empresa familiar francesa, foi fundada em Laval em 1933. Presente em 51 países e 270 queijarias e laticínios em todo o mundo, seus 85.500 funcionários agregam valor ao leite em todas as suas formas: queijos, leite fresco, iogurte, manteiga e creme, ingredientes e nutrição. No centro da vida cotidiana de milhões de famílias, o Grupo Lactalis oferece produtos com marcas icônicas como Président, Galbani, Parmalat e Leerdammer. (Jardine Comunicação)

Como o setor avalia mudança que busca aplacar a crise no leite
 
A decisão de conceder um crédito presumido maior às indústrias de leite que comprarem matéria-prima produzida no Brasil, viabilizada por um decreto presidencial publicado em edição extra do Diário Oficial da União, é uma resposta que tenta fazer frente à crise enfrentada pelo setor. Ao fazer a diferenciação do benefício fiscal, o objetivo é garantir que o produto local tenha mais competitividade frente aos lácteos do Mercosul.

Considerada importante, a medida também teve alguns "mas" na avaliação. O principal é o do tempo. Conforme o texto, entra em vigor no quarto mês após a publicação do decreto - na prática, fevereiro de 2024.

- Todas essas medidas são importantes, mas vão surtir efeito lá na frente - ressalta Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), sobre as iniciativas já adotadas.

Secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini diz que somente quando a medida entrar em vigor é que será possível saber se terá retorno.

O decreto fala em 50% de crédito presumido para empresas habilitadas no Mais Leite Saudável e que elaborem produtos "exclusivamente a partir de leite in natura ou de derivados de lácteos" - para as não habilitadas, 20%. É nesse ponto que está o incentivo para tentar frear a enxurrada de importações do Mercosul. Uma das questões pontuadas pelo setor é a de que o leite em pó adquirido nos vizinhos do bloco estava sendo reidratado e processado no Brasil.

- Setenta por cento do leite em pó entra para a indústria de alimentação e não a de laticínios, que seguirá com esse canal aberto. Para as empresas (de laticínios) que não importavam, não muda nada - diz Palharini, acrescentando que a solicitação era para que empresas que compram leite cru nacional tivessem o crédito presumido aumentado.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avaliou como uma vitória para o segmento, que trará "benefícios no futuro", conforme o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Ronei Volpi.

- É um contrassenso que o governo conceda benefícios fiscais às empresas que vêm adquirindo leite importado, que vai contra o objetivo do programa, de fomentar a melhoria da produção nacional - completou Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Semana será de umidade e chuva no Estado
O Rio Grande do Sul terá umidade e chuva nos próximos sete dias na maior parte do Estado. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 42 2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (20/10), a nebulosidade seguirá predominando, com períodos de céu encoberto e pancadas de chuva na maioria das regiões. No sábado (21/10) e domingo (22/10), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas em todo Estado. Na noite do domingo (22/10), o forte aquecimento e a aproximação de uma área de baixa pressão deverão provocar pancadas de chuva em grande parte do Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente nos setores Oeste, Centro e Sul. Na segunda-feira (23/10), o céu permanecerá nublado a encoberto com chuva na maioria das regiões. Na terça (24/10) e quarta-feira (25/10), o ingresso de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas em todo Estado. Os totais previstos de chuva deverão oscilar entre 20 e 40 mm na maioria dos municípios. Na Fronteira Oeste, os volumes esperados deverão oscilar entre 50 e 70 mm e poderão superar 80 mm em algumas localidades. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 

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Porto Alegre, 19 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.007


Abertas as inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira
O concurso referência no reconhecimento das melhores práticas na produção leiteira gaúcha já está com as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Para participar do Referência Leiteira, que é promovido por Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Emater/RS e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os produtores devem contatar os escritórios municipais da Emater/RS para acessar a Ficha de Inscrição. A data limite para o protocolo da documentação é o dia 17 de novembro. As informações precisam ser preenchidas e a Ficha de Inscrição deve ser assinada pelo produtor com o auxílio de um técnico responsável, ou da Emater/RS, ou da indústria ou da cooperativa de laticínios. O passo seguinte é entregar o documento no Escritório Municipal da Emater/RS que vai atestar o recebimento e enviar para o Sindilat/RS. Podem se inscrever para disputar a premiação na categoria Propriedade Referência em Produção de Leite, fazendas localizadas no Rio Grande do Sul que tenham sistemas de criação a pasto, com suplementação de silagem e ração, ou em semiconfinamento ou confinamento. Para aferição das propriedades vencedoras nestas categorias será considerado o somatório da pontuação em termos de: Produtividade do Fator Terra (litros de leite/hectare/ano), Produtividade do Fator Mão de Obra (litros de leite/pessoa/ano) e Qualidade do leite, baseado nos resultados das análises mensais realizadas em laboratórios oficiais da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), além de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose.

A premiação, vai distinguir as três propriedades que atingirem os melhores índices em cada um dos dois sistemas. A produção pode ser individual ou coletiva e deve estar vinculada à indústria de laticínios que adquire leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2024.

Para março de 2024, está prevista a abertura das inscrições para as seis categorias de Cases do 3º Prêmio Referência Leiteira: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS e vice-coordenador da premiação, reforça os objetivos da iniciativa. “O intuito do prêmio seguem sendo a valorização dos produtores de leite do Rio Grande do Sul, o incentivo às boas práticas de produção e ao uso de tecnologias no campo, além de permitir a mensuração dos resultados para que tenhamos um panorama real dos indicadores de produtividade e qualidade do leite no Rio Grande do Sul”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Governo Federal publica Decreto nº 11.732/2023

O texto, foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União desta quarta-feira (17/10), altera o Decreto nº 8.533/2015, modificando as condições para a utilização dos créditos presumidos de PIS/Pasep e de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) concedidos no âmbito do Programa Mais Leite Saudável do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).Leia o texto na íntegra:DECRETO Nº 11.732, DE 18 DE OUTUBRO DE 2023

Altera o Decreto nº 8.533, de 30 de setembro de 2015, que regulamenta o disposto no art. 9º-A da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, que dispõe sobre o crédito presumido da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins relativo à aquisição de leitein natura, e institui o Programa Mais Leite Saudável.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 9º-A da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004,

D E C R E T A :

Art. 1º O Decreto nº 8.533, de 30 de setembro de 2015, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 4º ..............................................................................................................

§ 1º Os créditos presumidos de que trata o caput serão apurados mediante aplicação dos seguintes percentuais das alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, respectivamente:

I - cinquenta por cento da alíquota prevista no caput do art. 2º da Lei nº 10.637, de 2002, e da alíquota prevista no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 2003, para o leite in natura adquirido por pessoa jurídica, inclusive cooperativa, que:

a) esteja regularmente habilitada, provisória ou definitivamente, no Programa Mais Leite Saudável; e

b) elabore produtos lácteos exclusivamente a partir de leite in natura ou de derivados de lácteos de que trata este artigo; e

II - vinte por cento da alíquota prevista no caput do art. 2º da Lei nº 10.637, de 2002, e da alíquota prevista no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 2003, para o leite in natura adquirido por pessoa jurídica, inclusive cooperativa, não habilitada no Programa Mais Leite Saudável.

§ 2º O descumprimento do disposto na alínea "b" do inciso I do § 1º, a qualquer tempo, sujeitará a pessoa jurídica à apuração dos créditos presumidos de que trata o caput, na forma prevista do inciso II do § 1º, pelo prazo de três meses." (NR)

Art. 2º Fica revogado o parágrafo único do art. 4º do Decreto nº 8.533, de 2015.

Art. 3º Este Decreto entra em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação.

Brasília, 18 de outubro de 2023; 202º da Independência e 135º da República.

(As informações são do MAPA, adaptadas pelo SINDILAT/RS)

O pico da produção de primavera chega na América do Sul

Leite/América do Sul – A produção sazonal de leite vem melhorando em toda a América do Sul. O pico de primavera já pode estar presente em algumas localidades. É a primeira vez, desde 2020, que não existe uma seca generalizada nas principais bacias leiteiras do continente. 

Na Argentina, no entanto, os efeitos da seca persistem, ainda que a recuperação continue e os produtores já podem contar com alguma disponibilidade maior de alimentos para os animais, com custos menores. De um modo geral, a produção de leite deverá aumentar significativamente, em relação aos anos anteriores.

As indústrias da Argentina e Uruguai estão se beneficiando com a maior oferta de matéria-prima. Os humores do mercado permanecem estáveis, mesmo com o aumento dos estoques. Recentemente, importantes atores globais, juntamente com as importações regulares do Brasil, mas também do Norte da África e Oriente Médio estão mantendo o mercado equilibrado. Analistas brasileiros dizem que, apesar de alguma desaceleração nas importações em relação a 2022, o comércio continua. As negociações para fornecimentos nos dois primeiros trimestres de 2024 já estão em andamento.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva | Foto de capa: Terra Viva


Jogo Rápido

Produção nacional diminui
"O Brasil está em segundo lugar na importação de leite, enquanto a produção nacional diminuiu quase 2% de 2020 para 2021, e continua diminuindo", lamenta Darlan Palharini, do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul. (Jornal do Comércio)


 

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Porto Alegre, 18 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.006


Prazo para utilização de embalagens já impressas é estendido

O Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicou Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 819/2023 alterando a RDC 429/2020, estendendo em um ano, até o dia 09/10/2024, o prazo para a utilização de estoques de embalagens que ainda não tenham sido adequadas à nova Lei da Rotulagem. A permissão, no entanto, vale apenas para os impressos em estoque que tenham sido adquiridos pelas empresas até 08/10/2023.A medida atende à demanda da indústria leiteira gaúcha após o encerramento do  prazo para adequação para as novas regras de rotulagem. “A resolução veio dar um prazo maior para as empresas utilizarem aquelas embalagens estocadas que já estão impressas mas sem as adequações na rotulagem nutricional. Esta decisão é importante para as indústrias, principalmente para as menores que, para viabilizar custos, imprimem uma quantidade maior, o que leva tempo para esgotar. Com a medida, não será necessário descartar essas embalagens, mas é preciso que as empresas já providenciem o registro dos novos rótulos no órgão fiscalizador, observando as indicações da nova legislação”, Letícia Vieira, consultora técnica em Qualidade do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS).  Acesse a resolução completa aqui.A consultora do Sindilat/RS alerta ainda que as embalagens adquiridas a partir de 09/10/2023 devem atender ao disposto na RDC 429/2020 e na Instrução Normativa (IN) 75/2020. “As novas regras incluem a adoção da informação nutricional na parte frontal e questões como letras pretas em fundo branco e a identificação dos açúcares totais e adicionais”, indica. Bebidas e alimentos embalados também devem trazer o símbolo de uma lupa assim como a descrição “ALTO EM” para quantidades de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio conforme a RDC 429/2020 .

A fim de ajudar a indústria neste processo de transição, o Sindilat/RS em parceria com o Sebrae RS, vem realizando Seminários sobre Rotulagem de Alimentos. A 2ª edição será na cidade de Frederico Westphalen, no dia 10/11, a partir das 14h, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). As inscrições para o curso, que será no formato presencial, já estão abertas e podem ser realizadas através de contato com o SINDILAT/RS no telefone (51) 98909-1934 ou através do e-mail sindilat@sindilat.com.br. Acesse a matéria completa aqui.  *Com informações de www.gov.br/anvisa (Assessoria de imprensa SINDILAT)


Tomar leite pode te ajudar a dormir melhor?

Com uma parcela significativa da população relatando insônia e dificuldades para dormir, as pesquisas têm trabalhado em identificar compostos que possam contribuir para a melhoria da qualidade do sono.Com certeza, em sua roda de amigos, você já ouviu diversos relatos associados ao sono, e as dificuldades enfrentadas por alguns. E claro, nesse mesmo conteúdo, muitos informaram fazer uso de algum suplemento, como a melatonina, por exemplo. Mas será essa a única alternativa/opção possível? As pesquisas têm mostrado novidades para esses consumidores, e para nossa surpresa, algumas delas já estão na nossa casa: o LEITE!

A ingestão de leite e outros derivados lácteos têm sido apontadas como bons promotores da qualidade do sono. Dentre os componentes do leite que promovem o sono estão vitamina B12, nucleosídeos e, principalmente o triptofano. Esse aminoácido não é sintetizado pelo nosso corpo, porém está presente no leite em quantidade significativa. O triptofano é responsável por modular a produção de serotonina (neurotransmissor que proporciona a sensação de bem-estar). A serotonina, por sua vez, é utilizada na síntese de melatonina, o “hormônio do sono”.

Dentre as proteínas presentes no leite, a α-lactoalbumina é a que contêm maior teor de triptofano. Além disso a composição de aminoácidos da lactoalbumina permite que a barreira hematoencefálica seja atravessada, favorecendo ainda mais o mecanismo de ação.

Uma pesquisa realizada na Coréia do Sul e publicada no Journal of Medicinal Food avaliou os impactos do leite sobre a qualidade do sono, considerando o horário de coleta do leite. Ou seja, será que as vacas seriam capazes de produzir leite com quantidades diferentes de “indutores do sono”, dependendo do horario de ordenha?

No estudo coreano, foram oferecidas porções dos diferentes tipos de leite aos roedores, avaliando as características associadas ao sono e suas atividades motoras e funcionais. Os resultados mostraram que os animais do grupo que consumiu o leite noturno apresentaram maior tempo de sono. Além disso as análises realizadas no leite, confirmaram que o leite noturno possuía níveis 10 vezes maiores para melatonina e cerca de 25% a mais para os teores de triptofano. Contribuindo para tal, Romanini et al. (2019), relatou em sua pesquisa que a concentração de melatonina no leite ordenhado pela manhã (leite noturno) foi de 14,87 µg/ml, enquanto no leite ordenhado no período da tarde (leite diurno) foi de 6,98 µg. Tais resultados podem ser justificados, pois os nutrientes que compõem o leite são transportados pelo sangue, sendo assim, alterações no sangue, como concentração de hormônios e outras substâncias, podem impactar na composição do leite.

Então, lembra daquele conselho que sua avó já te dava: “tome um copo de leite morno antes de ir dormir” ... Ela já sabia o que estava dizendo e o quanto o leite pode fazer bem para a nossa saúde! (Milkpoint)

RS é o estado mais atuante no combate à brucelose e tuberculose

A indenização de bovinos de leite foi destaque entre os valores aportados pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul no último trimestre. Entre julho e setembro, foram destinados mais de R$ 2,26 milhões para a indenização de produtores, através do Programa Nacional de Erradicação de Brucelose e Tuberculose. Os números foram apresentados na Assembleia Geral de prestação de contas do Fundesa-RS, realizada nesta segunda-feira.

Para o presidente do Fundo, Rogério Kerber, trata-se de um importante trabalho desenvolvido pela cadeia de produção leiteira do Rio Grande do Sul. “É o único estado brasileiro atuando desta forma, procurando os eventos sanitários e saneando o rebanho. Este é o caminho para alcançar o atendimento ao mercado internacional.”

E o Fundesa segue também investindo na tecnologia para promover a segurança dos rebanhos e a melhor atuação do Serviço Veterinário Oficial no Rio Grande do Sul. Também no terceiro trimestre deste ano foi aprovado o recurso para ampliar as funcionalidades da Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS (PDSA-RS). O novo módulo atuará na emissão e gestão de autos de infração, no contexto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal. O trabalho será realizado dentro do Acordo de Cooperação Técnica com a Universidade Federal de Santa Maria, ao longo de 36 meses, com um investimento de R$ 2,25 milhões. “Era a última etapa para eliminação total de papeis no âmbito da defesa sanitária animal do estado”, pontua Kerber.

Ações de prevenção à Influenza Aviária também contaram com volumoso investimento de recursos. Foram mais de R$ 228 mil no trimestre, em função dos casos de Influenza Aviária registrados em aves silvestres e, por último, em mamíferos marinhos. Foram necessários novos aportes para a aquisição de materiais de coleta de amostras, de equipamentos de proteção como macacões e luvas, e até mesmo sedativos que possibilitem o exame de animais de maior porte. (Fundesa)


Jogo Rápido

O que você faria se pudesse encontrar os tomadores de decisão do leite brasileiro?
Imagine você compartilhando informações, insights e ideias com os tomadores de decisão do que corresponde a 67% do leite inspecionado do país? Agora pense o quão valioso seria esse momento para sua carreira, empresa ou propriedade. Imaginou? Agora é a hora de transformar em realidade!  Os tomadores de decisão de 67% do leite inspecionado no Brasil já confirmaram presença no Dairy Vision 2023. Os principais agentes da indústria de laticínios estarão juntos, em um só lugar, discutindo tendências, antevendo possibilidades e realizando um networking do mais alto nível.  O Dairy Vision 2023 será um marco na indústria láctea! Líderes e tomadores de decisão dos mais importantes elos da cadeia já confirmaram presença. Chegou a sua vez!  Este é um convite exclusivo para você, que ainda não garantiu seu ingresso! Além da oportunidade de networking e aprendizado junto aos líderes mais influentes da indústria, o evento contará com palestrantes nacionais e internacionais debatendo temas inéditos que moldarão o futuro da cadeia láctea. Faça parte desse momento histórico você também!  Dias 07 e 08 de novembro, A Expo Dom Pedro, em Campinas/SP, será palco do melhor evento do leite mundial. Clique aqui para conferir os detalhes da programação e fazer sua inscrição.  Para mais informações ou compra de pacotes de ingresso com desconto: (19) 99247-5347 ou thais@milkpointventures.com.br 


 

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Porto Alegre, 17 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.005


Estudo reafirma a ‘tropicalização’ de cálculos sobre emissões no agro

Estudo do Observatório da Bioeconomia da FGV recomenda que o Brasil apresente suas métricas de emissão da agropecuária para se posicionar como líder da agricultura sustentável

Um touro criado no Brasil emite 72 quilos de metano anualmente. Um boi com mais de dois anos de idade, não confinado, emite entre 63 kg a 72 kg de metano anuais, dependendo do Estado da Federação em que está sendo criado.

Um bezerro emite 34 kg se tiver menos de um ano, mas serão 52 kg aos dois anos. Vaca de leite, depende — se for de baixa produção, entre 81 e 93 quilos, e a de alta produção, entre 60 a 96 quilos. Essas informações demonstram que padrões de emissão da agropecuária brasileira foram tropicalizados há anos e são diferentes dos preconizados por organismos internacionais.

Os dados fazem parte de uma acurada análise de pesquisadores do Observatório de Bioeconomia do Centro de Estudos do Agronegócio da FGV. O estudo organiza métricas de emissões de gases-estufa na agropecuária brasileira e derruba argumentos do setor para ter reivindicado sua exclusão do Projeto de Lei 412/2022, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil e avançou no Senado há dez dias.

Na introdução de suas 85 páginas, o estudo “Quantificação das emissões de GEE no setor agropecuário: Fatores de emissão, métricas e metodologias” faz uma apresentação de como funciona o sistema do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) da ONU, mostra as disparidades com o sistema nacional e indica os gargalos e desafios para que o inventário de emissões do país avance.

“O debate sobre o mercado de carbono explodiu, e começaram a falar coisas equivocadas sobre as emissões brasileiras do agro”, afirma Eduardo Assad, pesquisador do Observatório da Bioeconomia e coordenador do estudo.

“Disseram que os fatores de emissão no Brasil não são tropicalizados, mas isso ocorre há mais de 20 anos. Falaram que as métricas que usamos não são corretas e que têm que estar de acordo com as metodologias internacionais”, continua Assad, arquiteto do Plano ABC, da Agricultura de Baixo Carbono. “Ou que não é possível medir quanto emitem as vacas, o que é mentira”.

“A primeira mensagem do estudo é que os fatores de emissão do Brasil estão tropicalizados há muito tempo. A segunda, que temos ferramentas importantes que permitem calcular as pegadas de carbono e emissões em qualquer setor da agropecuária brasileira sem precisar recorrer a mecanismos e calculadoras estrangeiras”, diz.

Assad foi o coordenador técnico do último inventário nacional das emissões de gases-estufa, de 2020, um compromisso que o Brasil assumiu na Convenção da Mudança do Clima da ONU. “Foi um trabalho enorme, que embasou a 4ª Comunicação Nacional do Brasil à ONU e envolveu 300 pesquisadores”, lembra.

O estudo de agora retoma as informações do inventário e as relaciona com métricas internacionais. “É uma espécie de freio de arrumação. É preciso colocar equilíbrio na discussão. Prejudica o mercado não existir validação desses dados e métricas, que têm robustez científica”, diz Assad.

O estudo indica discrepâncias no uso de réguas internacionais de medição em relação às nacionais. O IPCC, por exemplo, considera que os bois emitem 56 quilos de metano por animal ao ano, “do Oiapoque ao Chuí, enquanto nós trabalhamos com boi de mais de 2 anos, boi até 2 anos, bezerros. E vamos criando categorias para demonstrar quanto realmente a pecuária emite no Brasil”, continua. O índice do IPCC é único para toda a produção na América Latina.

“O estudo mostra como é complexo mensurar um sistema que é tão heterogêneo”, diz a bióloga Camila Genaro Estevam, também pesquisadora do Observatório e autora do estudo. “Criar um boi no Pará é diferente de criar um boi no Rio Grande do Sul. Mas o IPCC tem um número de fator de emissão para fermentação entérica que é único para todas as classes de bovinos”, explica.

“Nós, contudo, observamos raças diferentes, que terão alimentação diferente, estarão em sistemas produtivos diferentes. Podem estar em uma pastagem bem manejada ou em uma degradada, ter um tipo de alimentação com aditivo alimentar, como no Rio Grande do Sul, ou ser um boi que se alimenta exclusivamente de pasto, como no Pará. Isso dá diferença nas emissões”, afirma.

Outra distorção, observa Camila Estevam, está no cálculo das emissões da soja. As métricas do IPCC podem estimar emissões três vezes superiores aos cálculos dos valores nacionais. O ponto da discórdia é o uso de nitrogênio, fertilizante de alta emissão. “Os cálculos do IPCC consideram que usamos nitrogênio, mas a soja brasileira usa fixação biológica de nitrogênio, que é prática sustentável, assim como o plantio direto”, esclarece Assad.

A terceira mensagem do estudo é pressionar órgãos internacionais a reconhecerem as métricas e práticas adaptadas à realidade tropical. “O Brasil deve se posicionar como líder da agricultura sustentável, apresentando um conjunto claro de critérios e métricas de emissão”, recomenda o estudo. (Globo Rural via Valor)


Gdt - Global Dairy Trade

Fonte: Gdt - Global Dairy Trade adaptado pelo SINDILAT/RS

 

CONSUMO DE LEITE | LEITE: IMPORTANTE EM TODAS AS FASES DA VIDA, MAS NA INFÂNCIA É ESSENCIAL

 

Nutricionista explica como o baixo consumo desse alimento pode comprometer o desenvolvimento da criança e empresário, que atua no mercado leiteiro há 40 anos, fala sobre a evolução deste produto.

 

Uma proteína barata, de fácil acesso e fonte de importantes substâncias essenciais ao organismo humano como vitamina A, vitaminas B1 e B2, cálcio e fósforo.

Esse é o leite, um alimento rico e que acompanha a grande maioria das pessoas da infância à melhor idade. Mas é quando somos crianças que essa bebida tão consumida no mundo se torna mais importante ainda.

 

De acordo com a nutricionista Marinna Reis, o leite, incluindo o de vaca que é o mais consumido no mundo, traz vários benefícios à saúde e ao desenvolvimento infantil. “É uma proteína que ajuda principalmente no fortalecimento muscular e no crescimento da criança.

 

Além disso, o leite é uma excelente fonte de micronutrientes como a vitamina A, que na fase da infância é extremamente relevante, porque é um nutriente que está ligado a funções importantes do corpo, como os sentidos (a visão em especial), ao crescimento de órgãos e tecidos e ao fortalecimento da imunidade”, explica a nutricionista.

 

Marinna alerta que a falta do leite na infância, pode causar alguns atrasos no desenvolvimento da criança. “A falta do leite nesta fase da vida prejudica muito, principalmente se a criança não tiver uma alimentação equilibrada. Sem ele, temos que pensar em uma fórmula para suprir todos os nutrientes que o leite traz, como: uma boa quantidade de vitamina D, Vitamina A, cálcio e outros”, enfatiza.

 

Evolução

Mas o leite para ser consumido em larga escala como é hoje passou por um longo processo de evolução. O que o diga quem hoje é responsável pela produção deste alimento, como o empresário e industrial André Luiz Rodrigues Junqueira, presidente do grupo Marajoara Laticínios.

 

Ele explica que por ser um alimento de origem animal, o leite de vaca e seus derivados precisam atender a um extenso e rigoroso conjunto de normas sanitárias.

 

“Da ordenha até seu envase na fábrica e também o seu transporte e armazenamento. De fato, são muitos cuidados que precisam ser tomados, mas essenciais para que o leite chegue pronto e seguro para consumo de todos, inclusive das crianças”, afirma o empresário, cuja família há mais de 40 anos atua no mercado leiteiro.

 

Segundo André Luiz Rodrigues, o leite chegou ao alto padrão de segurança alimentar que tem hoje graças à modernização dos seus processos industriais de beneficiamento. “É um produto que passou a ser totalmente seguro para o consumo quando começou a ser produzido em escala industrial, pois dessa forma é possível acompanhar o padrão de qualidade exigido pelas normas sanitárias que temos no país”,

ressalta.

 

André explica que essa evolução do leite como produto está presente especialmente nos métodos de conservação. “Hoje, os modernos processos de pasteurização e de esterilização, por meio do método UHT [da sigla em inglês para Ultra High Temperature], garantem um produto estéril de quaisquer microorganismos nocivos à saúde e, ao mesmo tempo mantêm as características essenciais de nutrição e sabor”, esclarece o industrial.

 

O executivo do Grupo Marajoara ressalta ainda que o leite é ainda um dos poucos alimentos produzidos em larga escala que é 100% natural.

 

Ele explica que a legislação sanitária brasileira não permite a adição de nenhum tipo de conservante ao leite, o que faz do alimento uma opção ainda mais saudável, tanto para adultos quanto para crianças. “É um alimento completo, de alto valor nutricional, totalmente seguro para o consumo, desde que passe por todas as etapas de processamento, e altamente acessível à população”, destaca André Luiz. (Compre Rural)


Jogo Rápido

Prêmio Sindilat de Jornalismo recebe inscrições até 01/11
Está chegando ao fim o prazo para a inscrição de trabalhos na 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. As criações que abordem a temática do leite podem ser enviadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) até o dia 1 de novembro. São três as categorias em disputa: Impresso, Eletrônico e On-line. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular Iphone. Os segundos e terceiros classificados receberão um troféu de colocação. Para se inscrever é necessário enviar cópia da matéria, além de documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida e assinada ao e-mail imprensasindilat@gmail.com. O link está disponível abaixo, juntamente com o de acesso ao Regulamento completo. Realizada anualmente, a distinção irá premiar os melhores trabalhos que tenham sido produzidos no prazo entre 02/11/22 e 01/11/23. Não há limite de número de publicações a serem inscritas pelos candidatos e cada uma deve ser protocolada separadamente. A divulgação dos finalistas está prevista para acontecer até o dia 25 de novembro. Regulamento aqui. Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT/RS)


 

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Porto Alegre, 16 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.005


2º Seminário Alterações na Legislação de Rotulagem de Alimentos será em Frederico Westphalen 

Dando sequência ao debate das modificações surgidas a partir da alterações na Lei da Rotulagem de Alimentos, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), em parceria com o Sebrae RS, promoverá a 2ª edição do Seminário na cidade de Frederico Westphalen. A formação acontecerá no dia 10/11, uma sexta-feira, a partir das 14h, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). 

“A fim de que o projeto atenda às necessidades das empresas, o Sindilat/RS, através de seu grupo técnico de trabalho da área da qualidade das indústrias, levantou as principais dúvidas sobre o tema para preparar a formação. Além disso, destinamos um momento para que as empresas apresentem suas embalagens e tirem suas dúvidas”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do sindicato. As inscrições para o curso, que será no formato presencial, já estão abertas e podem ser realizadas através de contato com o SINDILAT/RS no telefone (51) 98909-1934 ou através do e-mail sindilat@sindilat.com.br

A formação será conduzida por Giuliana de Moura Pereira, engenheira de Alimentos, de Segurança do Trabalho e mestre em Engenharia de Produção, e inclui o debate sobre as principais legislações do tema, incluindo as normas do Ministério da Agricultura, ANVISA, Inmetro e outras; regras e aplicações da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 429; regras e aplicações Instrução Normativa nº 75; cálculo das informações nutricionais para rotulagem; como fazer as novas embalagens?; o que deve ser feito com as embalagens antigas?; e exigências de rotulagem para o Mercosul. 

Desde o dia 09/10 encerrou o prazo para adequação às novas regras de rotulagem de alimentos, incluindo a adoção da tabela nutricional frontal. As mudanças exigem questões como letras pretas em fundo branco e a identificação dos açúcares totais e adicionais. As empresas têm prazos diferentes para se adaptarem, variando de 2023 a 2025, dependendo do tipo de alimento ou bebida. Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 819/2023 da Anvisa, que alterou a RDC 429/2020, está permitida a utilização até o dia 9/10/24 dos estoques de embalagens e rótulos que tenham sido adquiridos pelas empresas até 8/10/23. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)


Indústria reconhece problema e auxilia produtor

Cooperativas ligadas à CCGL, que processa 2 milhões de litros por dia, fornecidos por 2,8 mil produtores, têm dado assistência às propriedades leiteiras para ajudar a reduzir os custos e aumentar o desempenho para dentro da porteira.

A indústria ligada aos tambos também sente o impacto da escalada das importações de leite e derivados do Mercosul. O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados (Sindilat-RS), Darlan Palharini, admite que a pressão dos itens procedentes dos países vizinhos obriga o setor a reduzir os valores pagos aos pecuaristas e também levou empresas a fechar as portas nos últimos anos. As perspectivas para os próximos meses, afirma o dirigente, ficaram ainda mais desanimadoras após a decisão recente do governo argentino, de suspender até 31 de dezembro deste ano a cobrança das chamadas “retenciones”, impostos aplicados sobre o valor das exportações de leite em pó e outros lácteos.

O ingresso da produção de leite de Minas Gerais e Goiás no mercado também traz preocupação. “Somando isso, dá mais do que uma Argentina e um Uruguai em incremento de produção. A única esperança que a gente tem é (a alta do) câmbio, isso acaba sendo um inibidor das importações”, diz Palharini. Na avaliação do dirigente, ao mesmo tempo que obriga as empresas a adequar preços ao que o consumidor está disposto a desembolsar pelos alimentos, a conjuntura atual exige dos pecuaristas uma eficiência cada vez maior. “Os produtores no Rio Grande do Sul já têm uma boa produtividade por animal. Não temos tido a situação que já é relatada por outros estados, de laticínios deixarem de coletar leite na ‘Linha X’ ou ‘Y’. Ainda que os preços não estejam de acordo, o produtor tem uma renda certa”, diz.

O presidente da CCGL, Caio Vianna, também vê com apreensão o avanço das importações de lácteos e diz que a organização aposta em assistência técnica para ajudar os produtores a reduzir custos de produção e turbinar o desempenho dentro da porteira. “As importações estão fazendo um estrago muito grande. Quando o mundo se liberou da pandemia, houve um excesso de con sumo, os preços dos alimentos subiram. Passado esse momento, os preços caem e (temos) leite importado chegando ao Brasil com preço de 25% a 30% mais baixo que o que estamos praticando aqui”, diz o dirigente.


Foto: CCGL / DIVULGAÇÃO / CP

Com 27 cooperativas associadas e sede em Cruz Alta, a CCGL processa por dia cerca de 2 milhões de litros de leite, fornecidos por 2,8 mil produtores. “Muitos desses eram pequenos produtores, que as cooperativas fizeram crescer, e não vão sair da atividade”, afirma Vianna. Hoje, os pecuaristas parceiros da organização produzem em média 7,9 mil litros de leite por hectare por ano, ante a média brasileira de 3,2 mil litros por hectare. No caso dos produtores gerenciados pela assistência técnica da CCGL, esse desempenho anual sobe para 17,9 mil litros por hectare. “Precisamos tornar a nossa produção brasileira mais profissionalizada. E, para isso, não é só cobrar do produtor: é ver o que as empresas e as áreas técnicas estão fazendo, o que existe de políticas públicas para estimular o produtor”, destaca Vianna. (Correio do Povo)

Alimentação de animais a pasto equilibra custos

Situada em Serafina Corrêa, a Granja Perin é referência em técnicas de manejo de bovinos em sistemas a pasto. Focada na criação de gado Jersey, a propriedade tem um rebanho de 60 vacas, a metade em ordenha, e coleta diariamente uma média de 650 litros de leite. Essa produção, destinada a uma cooperativa, responde por 80% da renda da família, que trabalha também na terminação de suínos, com um total de 500 animais.


Propriedade de Gilson Perin ( à direita, com o pai, Roque Perin), apostou em melhoramento genético e melhoria de pastagens, obtendo uma produção média de 23 a 24 litros diários por vaca, mas a baixa rentabilidade da pecuária inviabiliza novos investimentos | Foto: Embrapa trigo / Divulgação / CP.

Segundo o pecuarista Gilson Perin, que assumiu o comando da fazenda em 2013, a granja de pouco mais de 20 hectares investiu em melhoramento genético e melhoria de pastagens nos últimos 10 anos. Integrante do projeto Elite a Pasto, desenvolvido pela Emater/RS-Ascar em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do município, o criador conseguiu aumentar em até quatro litros a produção de leite obtida por animal desde 2020, com o cultivo da gramínea tifton 85 no verão e de trigo e centeio no inverno. “Hoje, as vacas produzem por dia em torno de 23 a 24 litros”, afirma Perin. A sanidade animal é outra parte importante do trabalho da propriedade rural, certificada como livre para tuberculose e brucelose.

Segundo Perin, o tambo ainda se mostra rentável porque o sistema a pasto envolve custos menores na comparação com outros tipos de produção leiteira. Mas, com a redução dos preços do leite, a “euforia” proporcionada pela eficiência na atividade já ficou para trás. “Hoje, a margem de lucro gira em torno de R$ 0,40 a R$ 0,50 por litro. Com esse resultado, tu não consegues seguir investindo, comprar novos maquinários, ampliar instalações”, avalia o pecuarista. “Está entrando bastante leite (importado), acredito que quando parar um pouco o leite vai subir de novo.” (Correio do Povo)


Jogo Rápido

11º Fórum Internacional de Gestão Ambiental
Organizado pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI), o 11º Fórum Internacional de Gestão Ambiental (FIGA), que será realizado na quinta, 19, e na sexta-feira, 20, na sede do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) (Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, 80 - bairro Praia de Belas), em Porto Alegre. Na quinta-feira, 19, o evento se iniciará com a abertura oficial, às 9h, em que estarão presentes autoridades da ARI, da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), do Governo do Estado, da Prefeitura de Porto Alegre e do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). A conferência de abertura, com Iva Miranda Pires, acontecerá às 10h. Já às 11h, será discutido o tema 'Modos e escalas de produção de alimentos, relações entre produtores e consumidores', com Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas); Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat); Francisco Milanez, da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). A moderação será de Cláudia Coutinho, primeira vice-presidente da Associação. Confira a programação completa clicando aqui. (Coletiva.NET - adaptado pelo SINDILAT/RS)
 


 

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Porto Alegre, 11 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.004


Crescimento das importações de leite aumenta pressão por medidas de apoio ao setor

Reunidos em Audiência Pública realizada pela Comissão da Indústria, Comércio e Serviços da Câmara Federal, representantes do setor do leite de diversos estados brasileiros foram uníssonos nesta terça-feira (10/10) na cobrança urgente da adoção de medidas mais efetivas por parte do Governo Federal Brasileiro para salvar o mercado nacional diante da invasão de leite estrageiro nas prateleiras do país. 

A pauta vem se agravando desde o início deste ano, quando a aquisição do alimento, de origem principalmente dos vizinhos Argentina e Uruguai, aumentou substancialmente. Os números apresentados pelo presidente da Comissão, deputado federal Heitor Schuch (PSB), corroboram. “Em 2021, foram 42,8 mil toneladas. No ano passado, 21,1 mil toneladas. E neste ano, até setembro, já são mais de 69 mil toneladas. Estes são dados oficiais do Governo Federal. A grande pergunta que cabe é: qual a nacionalidade das vacas que produziram este leite? Será que é só da Argentina, do Uruguai, ou de outras partes do mundo? Esta importação vai quebrar primeiro os produtores, depois cooperativas, indústrias e o nosso país”, alertou o parlamentar, ao sugerir, por exemplo, a adoção de limitadores, como cotas para importação. 

Em quatro níveis de ações, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, reforçou uma lista de medidas que podem ser adotadas para frear a entrada do leite dos países do prata, dando fôlego para a produção interna. A primeira delas, uma mudança na incidência de PIS/COFINS com aumento do crédito presumido para 100% na compra de insumos, perfazendo R$ 0,1179 de crédito por litro. “Este valor seria em crédito fiscal do Governo, e as indústrias de laticínios injetariam o recurso diretamente na economia por meio do pagamento ao produtor com efeito multiplicador de R$ 3 para cada R$ 1 aplicado na atividade leiteira”, explica. 

A segunda sugestão defendida pelo Sindilat/RS mira o escoamento da produção nacional num caminho inverso ao que vem sendo observado, com a adoção de um Prêmio para Escoamento do Produto (PEP), principalmente de produtos acabados, como leite em pó, queijos, cremes e leite condensado, inaugurando uma nova política para setor leiteiro com incentivo para a exportação. Completam este conjunto de medidas, a oferta de linhas de crédito pela União para produtores e indústrias de laticínios, com prazo de 13 anos, e o estabelecimento de Fundo Nacional de Sanidade do Leite (FNSL) com o recolhimento de percentuais pela indústria; e, para importados, pagamento para o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite).

É possível acompanhar o debate através do link. (As informações são da Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)


Após cinco meses de queda, varejo sinaliza melhora, mostra indicador

Vendas no varejo brasileiro subiram 1,6% em setembro, segundo o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo

Após cinco quedas consecutivas, as vendas no varejo brasileiro subiram 1,6% em setembro ante setembro do ano passado, segundo o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, cujo resultado foi antecipado ao Valor. Em agosto, as vendas no indicador haviam caído ante 2,1% ante mesmo mês em 2022. Na comparação com agosto, as vendas subiram 0,7% em setem

Além disso, continuou o técnico, as taxas positivas em setembro sinalizam perspectivas positivas para o setor no quarto trimestre. O período conta com datas importantes de vendas para o varejo, como Black Friday em novembro; e Natal, em dezembro.

Calculado pela Stone em conjunto com o Instituto Propague, o índice tem como base dados públicos da Re , o índice tem como base dados públicos da Receita Federal, e dados transacionais de cartão dos clientes do grupo StoneCo.

O indicador aponta que o varejo está se recuperando, são bons [sinais]”
— Matheus Calvelli

Ao falar sobre as razões que levaram ao avanço no indicador, Calvelli explicou que ocorreram melhoras nas vendas de três setores importantes no faturamento do comércio. Um deles foi móveis e eletrodomésticos, que mostrou variações positivas, de venda, tanto na comparação ante mês anterior (2%) quanto em relação a igual mês de 2022 (1,6%). “Tivemos também saldo positivo em artigos farmacêuticos na comparação com igual mês do ano passado [0,6%] que também foi muito importante para compor o resultado.”

O outro setor que também teve boa performance de vendas, em setembro, foi o de combustíveis e lubrificantes. Calvelli explicou que, embora seja pesquisado e usado para cálculo do indicador da St, eles preferem não detalhar evolução de vendas no segmento. Isso porque, especificamente o nicho de combustíveis, precisa de série histórica mais longa para eliminar possíveis efeitos sazonais. “Mas podemos informar que, na comparação com setembro [do ano passado] as vendas em combustíveis subiram quase 10%.”

Quando questionado se o contexto macroeconômico, com inflação mais baixa - que confere maior espaço no orçamento do consumidor - pode ter ajudado a elevar demanda e, com isso, vendas no comércio, o especialista foi cauteloso. Ele ponderou que, se por um lado os preços não sobem tanto, os juros de mercado continuam elevados. Isso inibe compras a compras a prazo, por exemplo. Ao mesmo tempo, ele recordou que o endividamento das famílias ainda opera em patamar elevado.

“Mas, de fato, podemos dizer que há sinais de demanda positiva no comércio” disse. “O indicador aponta que o varejo está se recuperando, são bons [sinais].”

Calvelli, no entanto, faz ressalva. Mesmo com dados positivos em setembro, notou, foram meses de atividade econômica, inferior a 2022, ao longo de 2023 - além de menor demanda, e menor ritmo de vendas, no varejo. “O comércio varejista segue ainda pressionado”, disse. “Mais meses de dados são necessários para confirmar estabelecimento de tendência positiva”, concluiu. “Não quer dizer que estamos em ‘mar de rosas’. Ainda temos muito a caminhar.” (Valor)

Os produtos Deale agora tem selo Halal

Você já percebeu o novo selo nas embalagens Deale? Sabe o que significa?

O selo Halal exige das indústrias a implantação de uma série de padrões e controles de qualidade, higiene, armazenamento e produção, que são mais rigorosos do que os adotados na indústria comum de alimentos. No mundo todo, há uma tendência pelo consumo de produtos Halal por não-muçulmanos, que buscam produtos mais seguros, éticos e saudáveis.

 

Jogo Rápido

LEITE: Protocola do PL contra benefícios
O deputado Heitor Schuch (PSB/RS) protocolou o projeto de lei (PLP 217/2023) que veda a concessão de benefícios fiscais a empresas que utilizam leite importado como matéria-prima. “Tem que comprar do produtor nacional. Hoje, no RS, o preço médio do litro pago ao produtor está na média de R$ 1,88”, disse o parlamentar durante audiência pública realizada na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, ontem, em Brasilia. Hoje, a Fetag-RS e a Contag promovem mobilizações nacionais em busca de apoio ao setor. No RS, a concentração será em Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, a partir das 9h. (Correio do Povo)