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16/10/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.005


2º Seminário Alterações na Legislação de Rotulagem de Alimentos será em Frederico Westphalen 

Dando sequência ao debate das modificações surgidas a partir da alterações na Lei da Rotulagem de Alimentos, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), em parceria com o Sebrae RS, promoverá a 2ª edição do Seminário na cidade de Frederico Westphalen. A formação acontecerá no dia 10/11, uma sexta-feira, a partir das 14h, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). 

“A fim de que o projeto atenda às necessidades das empresas, o Sindilat/RS, através de seu grupo técnico de trabalho da área da qualidade das indústrias, levantou as principais dúvidas sobre o tema para preparar a formação. Além disso, destinamos um momento para que as empresas apresentem suas embalagens e tirem suas dúvidas”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do sindicato. As inscrições para o curso, que será no formato presencial, já estão abertas e podem ser realizadas através de contato com o SINDILAT/RS no telefone (51) 98909-1934 ou através do e-mail sindilat@sindilat.com.br

A formação será conduzida por Giuliana de Moura Pereira, engenheira de Alimentos, de Segurança do Trabalho e mestre em Engenharia de Produção, e inclui o debate sobre as principais legislações do tema, incluindo as normas do Ministério da Agricultura, ANVISA, Inmetro e outras; regras e aplicações da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 429; regras e aplicações Instrução Normativa nº 75; cálculo das informações nutricionais para rotulagem; como fazer as novas embalagens?; o que deve ser feito com as embalagens antigas?; e exigências de rotulagem para o Mercosul. 

Desde o dia 09/10 encerrou o prazo para adequação às novas regras de rotulagem de alimentos, incluindo a adoção da tabela nutricional frontal. As mudanças exigem questões como letras pretas em fundo branco e a identificação dos açúcares totais e adicionais. As empresas têm prazos diferentes para se adaptarem, variando de 2023 a 2025, dependendo do tipo de alimento ou bebida. Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 819/2023 da Anvisa, que alterou a RDC 429/2020, está permitida a utilização até o dia 9/10/24 dos estoques de embalagens e rótulos que tenham sido adquiridos pelas empresas até 8/10/23. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)


Indústria reconhece problema e auxilia produtor

Cooperativas ligadas à CCGL, que processa 2 milhões de litros por dia, fornecidos por 2,8 mil produtores, têm dado assistência às propriedades leiteiras para ajudar a reduzir os custos e aumentar o desempenho para dentro da porteira.

A indústria ligada aos tambos também sente o impacto da escalada das importações de leite e derivados do Mercosul. O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados (Sindilat-RS), Darlan Palharini, admite que a pressão dos itens procedentes dos países vizinhos obriga o setor a reduzir os valores pagos aos pecuaristas e também levou empresas a fechar as portas nos últimos anos. As perspectivas para os próximos meses, afirma o dirigente, ficaram ainda mais desanimadoras após a decisão recente do governo argentino, de suspender até 31 de dezembro deste ano a cobrança das chamadas “retenciones”, impostos aplicados sobre o valor das exportações de leite em pó e outros lácteos.

O ingresso da produção de leite de Minas Gerais e Goiás no mercado também traz preocupação. “Somando isso, dá mais do que uma Argentina e um Uruguai em incremento de produção. A única esperança que a gente tem é (a alta do) câmbio, isso acaba sendo um inibidor das importações”, diz Palharini. Na avaliação do dirigente, ao mesmo tempo que obriga as empresas a adequar preços ao que o consumidor está disposto a desembolsar pelos alimentos, a conjuntura atual exige dos pecuaristas uma eficiência cada vez maior. “Os produtores no Rio Grande do Sul já têm uma boa produtividade por animal. Não temos tido a situação que já é relatada por outros estados, de laticínios deixarem de coletar leite na ‘Linha X’ ou ‘Y’. Ainda que os preços não estejam de acordo, o produtor tem uma renda certa”, diz.

O presidente da CCGL, Caio Vianna, também vê com apreensão o avanço das importações de lácteos e diz que a organização aposta em assistência técnica para ajudar os produtores a reduzir custos de produção e turbinar o desempenho dentro da porteira. “As importações estão fazendo um estrago muito grande. Quando o mundo se liberou da pandemia, houve um excesso de con sumo, os preços dos alimentos subiram. Passado esse momento, os preços caem e (temos) leite importado chegando ao Brasil com preço de 25% a 30% mais baixo que o que estamos praticando aqui”, diz o dirigente.


Foto: CCGL / DIVULGAÇÃO / CP

Com 27 cooperativas associadas e sede em Cruz Alta, a CCGL processa por dia cerca de 2 milhões de litros de leite, fornecidos por 2,8 mil produtores. “Muitos desses eram pequenos produtores, que as cooperativas fizeram crescer, e não vão sair da atividade”, afirma Vianna. Hoje, os pecuaristas parceiros da organização produzem em média 7,9 mil litros de leite por hectare por ano, ante a média brasileira de 3,2 mil litros por hectare. No caso dos produtores gerenciados pela assistência técnica da CCGL, esse desempenho anual sobe para 17,9 mil litros por hectare. “Precisamos tornar a nossa produção brasileira mais profissionalizada. E, para isso, não é só cobrar do produtor: é ver o que as empresas e as áreas técnicas estão fazendo, o que existe de políticas públicas para estimular o produtor”, destaca Vianna. (Correio do Povo)

Alimentação de animais a pasto equilibra custos

Situada em Serafina Corrêa, a Granja Perin é referência em técnicas de manejo de bovinos em sistemas a pasto. Focada na criação de gado Jersey, a propriedade tem um rebanho de 60 vacas, a metade em ordenha, e coleta diariamente uma média de 650 litros de leite. Essa produção, destinada a uma cooperativa, responde por 80% da renda da família, que trabalha também na terminação de suínos, com um total de 500 animais.


Propriedade de Gilson Perin ( à direita, com o pai, Roque Perin), apostou em melhoramento genético e melhoria de pastagens, obtendo uma produção média de 23 a 24 litros diários por vaca, mas a baixa rentabilidade da pecuária inviabiliza novos investimentos | Foto: Embrapa trigo / Divulgação / CP.

Segundo o pecuarista Gilson Perin, que assumiu o comando da fazenda em 2013, a granja de pouco mais de 20 hectares investiu em melhoramento genético e melhoria de pastagens nos últimos 10 anos. Integrante do projeto Elite a Pasto, desenvolvido pela Emater/RS-Ascar em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do município, o criador conseguiu aumentar em até quatro litros a produção de leite obtida por animal desde 2020, com o cultivo da gramínea tifton 85 no verão e de trigo e centeio no inverno. “Hoje, as vacas produzem por dia em torno de 23 a 24 litros”, afirma Perin. A sanidade animal é outra parte importante do trabalho da propriedade rural, certificada como livre para tuberculose e brucelose.

Segundo Perin, o tambo ainda se mostra rentável porque o sistema a pasto envolve custos menores na comparação com outros tipos de produção leiteira. Mas, com a redução dos preços do leite, a “euforia” proporcionada pela eficiência na atividade já ficou para trás. “Hoje, a margem de lucro gira em torno de R$ 0,40 a R$ 0,50 por litro. Com esse resultado, tu não consegues seguir investindo, comprar novos maquinários, ampliar instalações”, avalia o pecuarista. “Está entrando bastante leite (importado), acredito que quando parar um pouco o leite vai subir de novo.” (Correio do Povo)


Jogo Rápido

11º Fórum Internacional de Gestão Ambiental
Organizado pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI), o 11º Fórum Internacional de Gestão Ambiental (FIGA), que será realizado na quinta, 19, e na sexta-feira, 20, na sede do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) (Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, 80 - bairro Praia de Belas), em Porto Alegre. Na quinta-feira, 19, o evento se iniciará com a abertura oficial, às 9h, em que estarão presentes autoridades da ARI, da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), do Governo do Estado, da Prefeitura de Porto Alegre e do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). A conferência de abertura, com Iva Miranda Pires, acontecerá às 10h. Já às 11h, será discutido o tema 'Modos e escalas de produção de alimentos, relações entre produtores e consumidores', com Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas); Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat); Francisco Milanez, da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). A moderação será de Cláudia Coutinho, primeira vice-presidente da Associação. Confira a programação completa clicando aqui. (Coletiva.NET - adaptado pelo SINDILAT/RS)
 


 

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