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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.718


Ministério da Agricultura atende demanda sobre uso de nomenclatura de produtos lácteos
 
O Ministro da Agricultura Marcos Montes, atendendo a reivindicações consistentes e insistentes que o setor lácteo vem levando ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ao longo de mais de um ano, resolveu iniciar o processo de enquadramento regulamentar a questão da impropriedade de se denominar produtos vegetais utilizando as consagradas  nomenclaturas lácteas.
 
A utilização dessas nomenclaturas lácteas são detalhadamente regulamentadas desde meados do século passado no Brasil e há mais de 1 século mundo afora. Vejam aqui o Ofício do Ministro ao Ministério da Saúde-MS e a nota técnica que o fundamenta, a respeito do tema. (Fonte: Terra Viva)


Preço do diesel recua 3,5% a partir de hoje
 
A Petrobras anunciou ontem redução no preço do diesel em 3,5% a partir de hoje nas refinarias. O litro do combustível teve uma queda de R$ 0,20, passando a custar R$ 5,41 sem tributo, informou a estatal. Sem reajuste há quase 50 dias, o diesel estava sendo negociado em média no Brasil acima do preço internacional. “Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, disse a empresa em nota. Em videoconferência com analistas na semana passada, o diretor de Comercialização e Logística da estatal, Claudio Mastella, havia indicado que ainda observava o movimento de queda do preço do diesel “com cautela”, apesar das pressões do governo para que a estatal reduzisse o preço.
 
Segundo a Petrobras, considerando-se a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 5,05, em média, para R$ 4,87 a cada litro vendido na bomba. Ao mesmo tempo que no Brasil são anunciadas reduções nos preços dos combustíveis, como já havia ocorrido com a gasolina uma semana antes e agora com o diesel, ontem a cotação do petróleo teve nova queda, o que influencia a política de preços adotada pela Petrobras. 
 
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em queda de 2,34%, a 88,54 dólares por barril, enquanto o Brent caiu 2,75%, para 94,12 dólares por barril. Recentemente os preços chegaram a 120 dólares, afetados pela crise provocada com a guerra na Ucrânia, e nos últimos dias rondavam os 100 dólares. O valor do barril recuou em meio às constantes preocupações dos investidores do mercado financeiro com a economia global e com a possibilidade de recessão, o que estaria enfraquecendo a demanda pela commodity e derrubando o preço. Para o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz, a redução de 3,5% no preço do diesel terá impacto “modesto” na inflação. Diferentemente da gasolina, reajustes no diesel têm pouco impacto direto no índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), a inflação oficial do país. O maior efeito, diz Braz, é indireto, na formação dos preços do frete, do transporte público e da energia. “A parcela indireta, no frete, transportes e energia, é maior. Quedas no preço do diesel podem evitar novos aumentos nesses serviços, mas isso é difícil de medir”, observou o economista. “Diretamente, o ajuste anunciado vai contribuir com redução de apenas 0,01 ponto porcentual no IPCA em 30 dias”, prevê Braz. 
 
Esse efeito será concentrado, portanto, no índice de agosto. Para efeito de comparação, o impacto dos dois últimos reajustes para baixo no preço do litro da gasolina da Petrobras, que caiu mais de 8% no total, deve ser de redução entre 0,15 e 0,20 ponto percentual no IPCA de agosto, ou seja, impacto direto na inflação até 20 vezes maior que o da redução do diesel. (Correio do Povo)
 

É possível melhorar os resultados através da inteligência de mercado?

O Décimo terceiro Fórum MilkPoint Mercado se encerrou, mas, a missão de passar informações essenciais a respeito da cadeia láctea foi cumprida com louvor e, como sempre, permaneceremos no objetivo de transmitir as principais informações. Ao longo da última terça-feira (02/08), foram abordados diferentes conteúdos, sempre buscando trazer inteligência de mercado para todos os participantes.
 
No terceiro bloco de discussão, foi abordado a visão do varejo, inteligência de mercado e inovações, como canais disruptivos, que vem para somar no mercado lácteo, e fortalecer as relações entre os elos da cadeia.
 
A tarde foi iniciada com a palestra do Samir Ruggiero, Diretor de Sourcing e Comercial na USINA - Business Craft Factory, abordando os grandes desafios no mercado brasileiro na coordenação e desenvolvimento de canais de venda de queijos e outros lácteos no varejo. Para Samir, o mercado brasileiro é desafiador: “O mercado brasileiro é gigante, e possui perfil demográfico com mudanças. O consumo aparente per capita de 173 litros por ano por habitante, frente a médias que chegam de 200 a 340 litros por ano por habitante em outras localidades”.
 
Ainda segundo ele, os preços dos produtos e as mudanças nos hábitos de consumo vem sendo grandes fatores que influenciam o mercado. “A questão do preço tem pesado cada vez mais, tomado conta da decisão de compra e feito parte da decisão de compra dos brasileiros e mundo a fora”.
 
Ainda foram abordados os Iniciativas para aumentar o consumo de lácteos no Brasil. Segundo Samir, Dentro das ações do setor público privado, o desafio é a internacionalização do setor lácteo brasileiro. Devemos enxergar a internacionalização como oportunidade e exportações como estratégia de hedge para receita em dólar, adotando o comércio exterior como estratégia empresarial e setorial.
 
Juliana Torres Santiago, analista de consultoria do MilkPoint Mercado, falou em sua palestra sobre como trazer melhores resultados para sua empresa através da inteligência de mercado.
 
Ela apresentou casos reais e práticos para demonstrar como a adoção desta prática pode trazer resultados positivos para seu negócio. “Quando falamos de um mercado tão volátil, com tantos players, quanto que vale uma boa informação de mercado?” 
 
Em um dos casos trazidos por Juliana, uma empresa atuante no mercado de muçarela, utilizando informações de mercado esperou um tempo, com base em informações de alta nos preços, utilizando inteligência de mercado. Resultado: Faturamento adicional de mais de R$ 2 milhões em apenas uma semana.
 
Ao longo da palestra foram abordadas questões, como: A sua empresa valoriza adequadamente suas principais matérias primas? A precificação de leite entre produtores também pode oferecer oportunidades para valorizar a composição do leite, matéria prima da indústria. Juliana finalizou sua palestra com uma conclusão: “Fazer análises estratégicas específicas para sua empresa pode, e deve, gerar resultados positivos como um todo. Mostrando que a inteligência de dados pode se tornar fortes oportunidades.”
 
Para completar esta tarde extremamente produtiva, tivemos André Zogheib, da Souk, abordando uma nova forma de atender o varejo, trazendo canais disruptivos e inovação nos canais.
 
Para André, o cenário atual é desafiador, e a tecnologia e inovação vem para sanar entraves nas relações entre os elos da cadeia. “Hoje, o mundo dos negócios nunca foi tão desafiador, com custos cada vez mais dinâmicos e globalizados, além de uma questão concorrencial muito forte, com barreiras de entrada cada vez mais reduzidas. Estamos vendo a questão da produtividade: Como que podemos ganhar através da tecnologia ganhando produtividade, e inovações, cada vez mais curtas e com um público cada vez mais exigente?.”
 
Segundo André, a resposta está na eficiência. “O Brasil é um dos maiores consumidores de tecnologias, mas produz pouca tecnologia ainda. As empresas de tecnologia que estão se destacando estão trazendo eficiência, resolvendo problemas convencionais”. A Souk é um marketplace que conecta indústria diretamente com o varejista, conectando essas duas pontas, fazendo o encontro entre oferta e demanda, utilizando tecnologia do leilão holandês, que funciona a base de negociação. “A proposta da solução é que a relação entre indústria e varejo seja em tempo real, sete dias por semana, 24 horas por dia”. (Milkpoint)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 30/2022 – SEAPDR
A última semana permaneceu com muita umidade e frio na maior parte do RS. Na quinta-feira (28), o deslocamento de uma frente fria provocou chuva em todo Estado, com registro de temporais isolados. Entre a sexta (29) e o domingo (31/7), a presença de uma massa de ar seco e frio manteve o tempo firme, com redução da temperatura e formação de geadas ao amanhecer. Na segunda (01/8), o tempo permaneceu seco e o ingresso de ar quente favoreceu uma ligeira elevação das temperaturas em todo RS, com valores próximos de 30°C em diversas localidades. Na terça (02/8) e quarta-feira (03/8), a propagação de uma nova frente fria provocou chuva na maior parte do Estado. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)


 
 
 
 

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Porto Alegre, 02 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.553


Simpósio ABIQ - Pós pandemia, que novos desafios 2022 trará?

Simpósio ABIQ – Na tarde desta quarta-feira (02), foi realizado o 11º Simpósio da Associação Brasileiras das Indústrias de Queijo (ABIQ). O encontro foi realizado de forma virtual e contou com diversas palestras abordando o tema: “Pós pandemia, que novos desafios 2022 trará?”

A abertura ficou por conta do Presidente da ABIQ, Fábio Scarelli que apresentou os highlights do setor e aproveitou para discorrer sobre a importância da promoção do consumo de queijo falando diretamente com o consumidor. Para isso, a ABIQ juntamente com seus associados, que agora já contam com 144 no total, estão promovendo uma campanha nas redes sociais para incentivar o consumo de queijos. #HoradoQuejo  

A Diretora de Client & New Business da Kantar Br, Raquel Ferreira fez sua palestra mostrando os principais dados do consumo de queijo no Brasil e no mundo, e a mudança de hábitos de consumo do brasileiro no pós-pandemia.  

Em sua palestra, ela demonstrou que o brasileiro prioriza praticidade na hora da escolha de seus alimentos e que a pandemia reforçou o consumo dentro de casa devido aos lockdowns globais fazendo com que as famílias tenham mais momentos reunidos à mesa. Outro fator que incentivou o consumo dentro de casa foi o trabalho remoto.  

Com o maior consumo dentro dos lares, a refeição que se tornou uma tendência mundial foi os lanches. Com isso, entra o maior consumo de queijos, que são ótimas opções de lanches rápidos, saborosos e nutritivos.  

De acordo com os dados da Kantar, trazidos pela Raquel Ferreira, houve um aumento no consumo de queijos por prazer, e uma queda de consumo por hábito. Isso mostra que o brasileiro experimentou queijos, mas ainda não tem a rotina recorrente de consumo enraizada. Para ela, isto é um ponto em que precisamos trabalhar.  

As perspectivas para consumo de queijos em 2022 são positivas, com números expressivamente mais altos do que em 2019, aponta Raquel.  

A segunda palestra foi ministrada pelo jornalista Ricardo Voltolini, que é Diretor-Presidente da Ideia Sustentável. Ele falou sobre as tendências em ESG: as mudanças climáticas e os desafios da revolução da sustentabilidade.  

Nunca se discutiu tanto sobre sustentabilidade. Por que estamos tratando deste tema com maior urgência? Para Ricardo, dois fatores contribuíram para essas discussões, primeiro a ciência do clima que nos mostra os desafios ligados ao aquecimento global e mudanças climáticas, e o segundo a ascensão da geração dos Millennials, que são jovens entre os vinte e trinta anos que estão assumindo o controle das empresas, estão comprando os produtos e que são conectados com o propósito de sustentabilidade.  
Ricardo diz que a sustentabilidade deixou de ser um tema tático e passou a ser um tema estratégico dentro das empresas. E que o ESG (Traduzido do inglês - Governança Ambiental, Social e Corporativa) traz um novo conceito de consciência coletiva das empresas imerso nos fatores sociais e ambientais.  

“O desafio é olhar para o tema e ver como ele pode ser ajustado ao meu negócio e estratégia e como pode trazer benefícios, e não olhar pela perspectiva de quais empecilhos pode me trazer”, diz o diretor.  

O evento foi finalizado com a palestra do Sócio e Diretor Presidente da Tendências Consultoria Econômica, Gustavo Loyola que apresentou as perspectivas para o cenário da economia brasileira. Loyola fez um overview do cenário econômico internacional e nacional mostrando as perspectivas econômicas para 2022.

O 11º Simpósio da ABIQ foi gravado e ficará disponível para posterior acesso em seu site na área dos associados. (Terra Viva)

Uruguai – O setor lácteo exporta mais de US$ 1.000 por hectare
 
Exportações/Ur – O presidente do Instituto Nacional do Leite (Inale), Daniel Vago, afirmou que a “cadeia de valor do leite é estratégica para o Uruguai por várias razões” e entre elas, porque exporta mais de US$ 1.000 por hectare.
 
Pegando os hectares que temos e dividindo pelos 700 mil hectares destinados à produção de leite, dá mais de US$ 1.000 por hectare, quase igual ao arroz”.
 
Durante a posse do novo presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL), Leandro Galarraga, Vago destacou em seu pronunciamento o trabalho que vem sendo realizado pelo Inale, diante da reclamação de que são necessárias políticas leiteiras.
 
“Todo dólar que é investido no setor lácteo multiplica muito mais que na construção. Gera emprego, bem-estar e divisas. Essa é a intenção da política pública”, afirmou.
 
O executivo explicou que no Inale se trabalha em três níveis, junto com as associações de produtores que integram o Instituto.
 
“O Conselho Executivo nos problemas do dia a dia. As instituições agrícolas com todos os institutos que dependem do Ministério da Pecuária Agricultura e Pesca (MGAP). Estamos trabalhando junto com o Ministro Mattos e o Subsecretário Buffa e o diretor para racionalizar os recursos e trabalhar de forma horizontal”, enfatizou Valo.
 
O terceiro ponto: “a comissão de desenvolvimento de laticínios, que é composta pelos mesmos membros do Conselho Executivo do Inale, mas em um ambiente mais informal para trabalhar com uma visão de longo prazo – 15 anos”.
 
Disse: “todas as contribuições foram recebidas e queremos que o Inale discuta e elabore um Plano Estratégico de 15 anos. Já existem coisas definidas, como 50% mais leite nos próximos 15 anos. Apostamos na inclusão de jovens mais tecnológicos. A questão ambiental foi definida como prioritária e a inserção internacional. O Ministério das Relações Exteriores está trabalhando muito”, disse Vago. (Fonte: El País - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Estudo mostra importância dos lácteos para prevenir fraturas

Um novo estudo, entitulado "Fontes dietéticas de cálcio e proteína reduzem fraturas de quadril e quedas em adultos idosos institucionalizados [sob cuidado de organizações]: um ensaio clínico controlado randomizado por cluster" foi publicado no British Medical Journal.

Liderado por pesquisadores da Universidade de Melbourne e da Austin Health, o Fractures Trial investigou como a comida servida em instalações de cuidados de idosos afetava a saúde dos residentes.

Sessenta instituições e mais de 7 mil residentes participaram do estudo ao longo de dois anos, onde metade das instalações continuou com seu menu regular e a outra metade aumentou suas porções de lácteos (leite, queijo, iogurte e leite em pó desnatado) de uma média de 2 para 3,5 porções por dia.

Os pesquisadores descobriram que essa alteração na dieta resultou em uma série de mudanças clinicamente significativas, incluindo:

Melhoria na ingestão de cálcio e proteína;
Redução de 33% em todas as fraturas;
Redução de 46% nas fraturas de quadril;
Redução de 11% nas quedas.

A intervenção foi considerada segura, eficaz, acessível e saborosa, fornecendo evidências de que o fornecimento de alimentos lácteos é uma solução eficaz para quedas e fraturas. O estudo foi parcialmente financiado por nove organizações internacionais de laticínios. Leia o novo estudo aqui. (As informações são da International Dairy Federation (IDF), traduzidas pela Equipe MilkPoint)



Governo do Estado lança Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural nesta quinta, dia 2
 
O governo do Estado anunciou nesta quinta-feira (2/12) o Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural. Será um investimento histórico para o fortalecimento do setor responsável por grande parte do PIB gaúcho.
 
Participaram do lançamento, às 14h, no Salão Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini, na capital, o governador Eduardo Leite e a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti. Assista no canal oficial do governo do Estado no Youtube clicando aqui. (SEAPDR) 

 Jogo Rápido

Santa Clara lança Queijo Maasdam​
A tradição em produzir queijos de qualidade e variedade acompanha a Santa Clara desde o início de sua trajetória, há quase 110 anos. E para oferecer experiências marcantes ao paladar dos consumidores, a Cooperativa amplia constantemente sua linha de produtos, trazendo novos sabores e origens, sempre carregados de história. É com essa bagagem que chega ao mercado o novo Queijo tipo Maasdam Santa Clara. Tradicional da Holanda, o produto conta com maturação de 45 dias e entre suas as características está a cor amarela pálida e grandes olhaduras.  Ideal para degustar com frutas como maçã, uva branca, cereja, morango, é perfeito para compor tabuas de queijos especiais. Também é ótimo para fondues e sopas. Já a harmonização pode ser realizada com espumantes brut, vinhos brancos como Riesling e tintos frutados, além de cervejas do tipo cervejas Golden, Blond Ale e Trippel. O Queijo Maasdam Santa Clara está disponível em embalagens Skin Pack, em cunhas de aproximadamente 180g. O lançamento integra uma linha composta por 42 tipos de queijos em 90 apresentações para tod

 

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Porto Alegre, 10 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.587


Em meio a debate sobre reforma tributária, Aliança Láctea Sul Brasileira empossa coordenação-geral de Santa Catarina

Em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira realizada na manhã desta terça-feira (9/11), a coordenação-geral foi transmitida de Ronei Volpi, do Paraná, que esteve à frente do grupo em 2021, para o catarinense Airton Spies. O dirigente ficará a cargo da entidade no biênio 2022-2023. O encontro também debateu alguns dos pontos da reforma tributária que impactam diretamente o setor de leite e derivados, com a participação de Marcelo Costa Martins, consultor da Câmara Setorial do Leite.

Spies reforçou os pilares da atuação da Aliança desde sua criação, em 2014. “Quando ela foi constituída na Expointer, nos unimos em torno de três aspectos: a região Sul tem problemas e oportunidades em comum; por isso, pode implantar estratégias comuns para enfrentar desafios; e cumprir o ideal de tornar a cadeia do leite competitiva globalmente, para além dos 213 milhões de brasileiros", destacou.

Para Spies, apesar das dificuldades enfrentadas atualmente, como a grande volatilidade de preços, o setor enxerga oportunidades futuras, como a produção de biomassa nas forrageiras. “Mas haverá pedras no caminho”, alerta. Segundo o novo coordenador-geral, é necessário colocar o leite no topo da agenda dos três governadores da região para mantê-los informados sobre as necessidades do setor.

Na parte sobre os “Cenários da Reforma Tributária”, Martins se concentrou principalmente na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110 e no PL 3887/2020, que cria três tipos de impostos: um IVA (imposto sobre valor agregado) federal, que unifica PIS e Cofins, e um IVA subnacional (abrangendo estados e municípios), unificando ICMS e ISS. Além disso, a PEC prevê a criação de um imposto seletivo para bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio-ambiente.

Para Martins, é importante entender o impacto dessas mudanças no setor de lácteos e participar do debate. Segundo o consultor, existe uma grande preocupação quanto ao aumento da carga tributária: “Além da proposta de aumentar a carga de 9,25% para 12%, insumos como adubos, fertilizantes, vacinas, entre outros, que hoje têm alíquota zero passarão a ser tributados em 12%. Se o custo de produção já é alto, com a aprovação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), a expectativa é que esses insumos encareçam ainda mais.

Martins também alertou para a queda do crédito presumido no Programa Mais Leite Saudável, de 50% para 15%, prejudicando os benefícios da iniciativa. Essas alterações podem impactar diretamente no consumo das famílias mais pobres, que, em meio a pandemia, chegam a 74% da população brasileira, e podem deixar de comprar leite e derivados.

Segundo o consultor, as principais demandas do setor em debate são que produtores rurais não sejam contribuintes do Imposto e da Contribuição sobre Bens e Serviços; que o crédito presumido tenha uma que garanta a não cumulatividade na cadeia produtiva; que itens da cesta básica sejam sujeitos à alíquota zero; que haja uma alíquota intermediária para alimentos; a restituição de crédito e sua utilização para insumos e serviços; e a não incidência de um imposto seletivo sobre alimentos.

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, também trouxe à discussão o tema da sustentabilidade e os reflexos das decisões tomadas na COP 26 (Conferência do Clima), que está sendo realizada na Escócia. “Temos de olhar para estas questões e em como vamos nos diferenciar, com a certificação de nossa matéria prima, com carbono neutro, leite A2A2, leite orgânico, sustentabilidade e outros. A qualidade do leite do Sul é destacada e precisamos buscar diferenciais, principalmente nesses momentos pautados pelo preço”, pontuou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Balança comercial de lácteos sofre novo recuo no mês de outubro

Segundo dados divulgados na sexta-feira (05/11) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -86 milhões de litros em equivalente-leite no mês de outubro, uma diminuição de 13 milhões, ou aproximadamente 17% em comparação ao mês anterior.

Porém, ao se comparar ao mesmo período do ano passado (out/2020), o saldo foi menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -169 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 49%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.
 
No mês de outubro as exportações se mantiveram estáveis, saindo de aproximadamente 7,1 milhões de litros em setembro para 6,7 milhões em outubro. Ao se comparar ao ano de 2020, as exportações tiveram uma queda de 5,2 milhões de litros, conforme mostra o gráfico 2 a seguir:
 
 
Do lado das importações, ocorreu um leve aumento entre os meses de setembro e outubro, passando de 80,1 milhões para 92,4 milhões, um avanço de 12,3 milhões, ou aproximadamente 15%, conforme mostra o gráfico abaixo:
 
 
Essa diminuição nas exportações e aumento nas importações acarretou no recuo do saldo da balança no mês de outubro com relação a setembro. Entretanto, se compararmos ao mesmo período de 2020, observa-se uma diminuição expressiva nas importações, passando de 180,8 milhões para 92,4 milhões, uma queda de aproximadamente 49%, o que impactou na diferença entre os períodos e resultou em um cenário menos negativo no ano de 2021.

Além da demanda interna fragilizada, a competitividade das importações vem perdendo força, conforme mostra o gráfico 4, o que tende a diminuir ainda mais o volume importado pelo Brasil.
 
 
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em outubro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 78% do volume total importado. O leite em pó desnatado, o iogurte e o doce de leite foram os produtos que apresentaram maior aumento nas importações em relação ao mês anterior – um incremento de 82%, 179% e 99% respectivamente.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite, os queijos e o leite UHT, que juntos, representaram 83% da pauta exportadora.

Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de setembro foram o leite em pó semi-desnatado e o leite evaporado, que tiveram aumento de 704% e 73% respectivamente, embora o volume vendido ainda não seja tão significativo. Em compensação, o leite em pó integral e o soro de leite tiveram quedas nas exportações de 70% e 57%, respectivamente.
 
 
O que podemos esperar para o próximo mês?

Conforme demonstrado no gráfico 4, a competitividade dos produtos importados está diminuindo. Os resultados das negociações do evento 295 da plataforma Global Dairy Trade (GDT) apresentaram um novo aumento nos valores dos lácteos: +4,3% em relação ao último evento, com o preço médio fechando em US$ 4.207/tonelada. Esse aumento nos valores internacionais associados a uma taxa de câmbio que tem se mantido elevada no país (R$ 5,49 em 09/11) e preços dos produtos lácteos no mercado interno perdendo força, evidencia um cenário desfavorável para importações.

Além disso, o elevado custo do petróleo, faz com que países petrolíferos tendam a importar mais produtos, dentre eles os lácteos. Dessa forma, nossos principais fornecedores do Mercosul, tendem a direcionar suas exportações para esses países, como a Argélia – gerando menor disponibilidade para o mercado brasileiro.
Se esse cenário se manter, as importações nos próximos meses tendem a ser menores, e abre-se uma oportunidade de janela de exportação para os produtos lácteos brasileiros, podendo afetar o saldo da balança comercial de lácteos, alterando o seu sentido e voltando a ter números menos negativos. (As informações são do MilkPoint Mercado)
 
 
 
O poder nutricional das proteínas do soro! - PARTE 02/04

O valor nutricional das proteínas alimentares é determinado pelo conteúdo de aminoácidos essenciais, digestibilidade e biodisponibilidade dos seus aminoácidos. A qualidade nutricional das proteínas é avaliada de acordo com o método de Escore de Aminoácidos Indispensáveis Digestíveis (DIAAS), recomendado pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO). O DIAAS avalia a digestibilidade dos aminoácidos individualmente, fornecendo uma medida precisa da quantidade de aminoácidos absorvidos pelo organismo a partir da ingestão de determinada proteína.

Mathai e colaboradores (2017) avaliaram a qualidade de algumas proteínas vegetais e lácteas pelo método DIAAS. Os resultados de DIAAS obtidos para as diferentes fontes proteicas são mostrados na Tabela 1.
 
 
De acordo com os padrões recomendados pela FAO (FAO, 2013), todas as proteínas lácteas avaliadas são consideradas fontes proteicas de excelente qualidade, porque apresentaram DIAAS ≥ 100. Por outro lado, o isolado proteico de soja e a farinha de soja, são consideradas boas fontes de proteínas, com escores entre 75 e 100.
Portanto, as proteínas do soro são consideradas proteínas de excelente qualidade devido à sua alta digestibilidade e capacidade de fornecer grande quantidade de aminoácidos essenciais biodisponíveis para serem utilizados pelo organismo humano (MATHAI et al., 2017). Essa qualidade nutricional leva aos fabricantes de produtos de nutrição esportiva utilizarem essas proteínas no desenvolvimento de suplementos nutricionais para atletas (GRAND VIEW RESEARCH, 2020).
As proteínas do soro apresentam outras funções biológicas importantes. A lactoferrina, por exemplo, apresenta ação antimicrobiana e auxilia na absorção de ferro pelo organismo humano. Além disso, as proteínas do soro podem ser hidrolisadas e gerar peptídeos bioativos com propriedades de acordo com a sua proteína de origem. São diversas propriedades envolvendo o metabolismo e os sistemas do corpo humano, como atividades antioxidante, imunomoduladora, antitumoral, dentre outras (MEHRA et al., 2021). (THERMA/UFV - Milkpoint)
 

 Jogo Rápido

Novo decreto regulamenta o programa Auxílio Brasil

O Auxílio Brasil, definido em R$400, já tem decreto de criação e regulamentação, este assinado segunda-feira, mas o valor depende de aprovação de proposta no Congresso. O novo programa vai pagar R$300 mensais para cuidados em tempo integral de crianças de zero a 4 anos cujos responsáveis não encontrem vaga em creche. O chamado Auxílio Criança Cidadã fixa R$200 mensais para famílias com crianças em turno parcial e R$300 em turno integral. O Auxílio Brasil ainda é composto por benefícios como, por exemplo, Auxílio Esporte Escolar, de R$100 para cada uma das 12 parcelas mensais do benefício e R$1 mil referentes à parcela única, por família. É destinado a estudantes de 12 a 17 anos incompletos integrantes de famílias beneficiárias do Auxílio Brasil e que se destaquem em torneios oficiais do sistema de jogos escolares. A Bolsa de Iniciação Científica Júnior também será de R$100, concedida por bom desempenho em competições científicas. O Primeira Infância terá valor de R$130 para famílias com crianças entre zero e 3 anos incompletos. Já o Composição Familiar será de R$65 mensais, direcionado a jovens até 21 anos incompletos que permaneçam estudando. O Auxílio Inclusão Produtiva Rural é dirigido a agricultores do Cadastro Único e o Inclusão Urbana deve ser pago no mês seguinte à comprovação do vínculo de emprego formal, ambos no valor de R$ 200 mensais. (Correio do Povo)


 

Entre 17/09/2021 e 30/09/2021, cadastre-se e receba a NEWSLETTER SINDILAT diariamente com as notícias mais importantes do setor lácteo na palma da sua mão. É GRÁTIS! E ainda concorra a um ingresso no MilkPoint Experts - Feras da Consultoria, o qual ocorre nos dias 08/10/2021, 15/10/2021, 22/10/2021, 29/10/2021, 05/11/2021, 12/11/2021, 19/11/2021 e 26/11/2021, online! Boa sorte

Acesse o regulamento clicando aqui

Focado em intensificar o intercâmbio comercial com o Brasil, o embaixador do Uruguai Guillermo Valles propôs uma articulação entre os países para destravar projetos logísticos em curso há décadas. O plano de trabalho foi apresentado em reunião com lideranças do setor produtivo do Rio Grande do Sul na manhã desta sexta-feira (6/8) na Sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). Interlocutor dos interesses do agronegócio e vendo as potencialidades desse intercâmbio no abastecimento de grãos para a produção de aves, suínos e leite, o senador Luis Carlos Heinze (PP) é defensor do tema, ressaltando a importância de trazer parte da safra de milho uruguaio ao Brasil. Segundo o embaixador, o Uruguai tem amplo potencial para produção de cereais, mas as lavouras não se ampliam exatamente pela falta de estruturas de armazenagem e de vias de escoamento mais competitivas ao mercado internacional. De acordo com Valles, enquanto uma carga de arroz uruguaio precisa percorrer 400 quilômetros por rodovias para ser exportada por Montevidéu, o mesmo produto poderia fazer 200 quilômetros por via fluvial para chegar a Rio Grande.

A chave para viabilizar a integração é o fortalecimento do modal hidroviário, estabelecendo um canal direto com o Porto de Rio Grande por meio de hidrovia pela Lagoa Mirim. Para isso, seria essencial aumentar o calado de rios e canais, o que depende de obras de dragagem no Brasil e no Uruguai. O embaixador ressaltou que o investimento nesses processos é ínfimo perto do ganho econômico e que pode ser rateado entre os dois países. O projeto, que está nos planos da Bacia do Prata há 60 anos, poderia ser viabilizado por uma parceria público-privada, o que o consolidaria como a primeira hidrovia público-privada da América Latina. No lado brasileiro, as dragagens precisariam ser efetuadas no Sangradouro, no Canal São Gonçalo e no acesso ao Porto de Santa Vitória do Palmar.

Heinze informou que há projetos tramitando em Brasília no sentido de fortalecer o intercâmbio logístico com o Uruguai por meio de investimentos em infraestrutura. Um deles é a construção de nova ponte em Jaguarão (RS).

Presente ao encontro, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, frisou a importância de o intercâmbio ser regido por um regramento mínimo que não comprometa nenhum setor produtivo uma vez que produtores uruguaios operam com custos inferiores aos praticados no Brasil. O embaixador concordou com a posição, lembrando que a ideia é agir em bloco, favorecendo os dois países e não impondo concorrência predatória. “É preciso tratar de regulamentações, olhar o espaço comum, juntar as autoridades e tratar da questão de território para que o fator de equilíbrio não seja o contrabando”.

O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, informou que o assunto deve ser alvo de uma nova reunião nas próximas semanas. A proposição é integrar o setor produtivo brasileiro e uruguaio para definir uma pauta a ser apresentada durante a Expointer, que ocorre de 4 a 12 de setembro. Também participaram da reunião lideranças da Fetag, Fecoagro, Asgav, Sips e Fundesa.

Segundo o embaixador é primordial que as cidades vejam as potencialidades do campo, uma vez que é dele que sairá a solução para suportar um aumento de 2,5 bilhões de pessoas na população mundial até 2050. “Precisamos produzir 50% mais fibras, 50% mais de alimentos e combustíveis. E de onde vai sair isso de forma sustentável?”, questionou. Consciente das potencialidades da América Latina em abastecer o planeta, ele reforçou que há condições de solo e oferta de água doce capaz de produzir de forma competitiva. Para isso, alertou, é importante que se trabalhe com abertura comercial entre vizinhos.

Brasil e Uruguai tem 1067 quilômetros de fronteira, com seis cidades gêmeas. Apesar da vigência do Mercosul, apenas a aduana de Rivera trabalha de forma integrada nos terminais de cargas. O principal ponto de entrada de cargas uruguaias no Brasil é o Chuí (30%), seguido por Jaguarão (21%) e por Santana do Livramento (9%).

Foto: Carolina Jardine 

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Porto Alegre, 30 de outubro de 2020                                                      Ano 14 - N° 3.336


Confaz prorroga o 'Convênio 100'

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), composto pelos 27 secretários de Fazenda dos Estados do país e do Distrito Federal, aprovou ontem, em reunião extraordinária, a prorrogação dos Convênios ICMS nº 100/1997 e 52/1991 até 31 de março de 2021.

O Convênio 100 prevê isenção tributária em operações internas e redução da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na comercialização interestadual de insumos agropecuários. Já o Convênio 52 estabelece um imposto menor sobre máquinas e equipamentos agrícolas. A vigência de ambos terminaria no fim do ano e foi prorrogada até 31 de março. Somente os Estados de Sergipe e do Ceará votaram contra a renovação.

“Esse convênio é muito importante para o setor agropecuário, pois reduz o tributo incidente sobre os insumos. A não renovação do convênio seria preocupante, pois elevaria os custos de produção em todo o Brasil, para todas as culturas”, disse o coordenador do Núcleo Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon, em nota.

Segundo a CNA, sem o Convênio 100 a alta nos custos de produção poderia chegar a 11,4% para o cultivo de milho na Bahia, por exemplo. E a 11,2% para a produção de soja em Mato Grosso. No caso da pecuária de leite do Rio Grande do Sul, a estimativa era de aumento de 12,8%. Com os custos inflados no campo, a entidade reforçou que a tendência seria de uma escalada nos preços dos produtos da cesta básica e da inflação.

Em setembro, a CNA e mais 44 entidades do agro encaminharam aos secretários do Confaz um manifesto pressionando pela renovação dos dois convênios. (As informações são do Valor Econômico)


Argentina deverá ver recuperação do setor lácteo em 2021

Após um clima favorável, um aumento constante nos preços do leite e uma forte demanda doméstica e internacional, os produtores de leite argentinos aumentaram de forma constante a produção de leite fluido em relação a 2019, relata o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Este aumento levou a uma maior produção, consumo e exportação de todos os derivados, exceto certos queijos (notavelmente muçarela), que caíram desde o fechamento de pontos de venda de food service em resposta aos surtos de Covid-19 na Argentina em março de 2020.

Sendo assim, a produção de leite fluido de 2021 deve aumentar 2%, para 11,57 milhões de toneladas. Uma recuperação antecipada da economia argentina em 2021 incentivará os processadores a se concentrar novamente na economia doméstica e reduzir as exportações de leite em pó, que chegaram a 180.000 toneladas devido aos preços competitivos e às baixas margens domésticas.

A incerteza política e econômica continua afetando a indústria local de laticínios. A Argentina tem financiado principalmente seus esforços de recuperação e estabilização da Covid-19 imprimindo mais pesos. Embora a inflação tenha ultrapassado 40% nos últimos anos, a indústria teme que a taxa de inflação aumente ainda mais quando o crescimento econômico pós-pandêmico for retomado.

Embora geralmente não realizem grandes expansões devido ao excesso de capacidade da indústria, os participantes do setor estão acelerando os reparos e as atualizações necessárias, investindo em ativos como equipamentos de processamento de leite, tratores e caminhões. Os produtores de leite com pastagens estão convertendo parte dessas terras para a produção agrícola como outro meio de proteger os ganhos atuais. Eles raciocinam que a soja e o milho recém-plantados reterão mais valor após a colheita do que os pesos economizados nos bancos, mesmo com juros altos.

O consumo doméstico de lácteos se manteve melhor do que o esperado no início do surto, em parte graças ao contínuo congelamento dos preços do governo em muitos produtos básicos, incluindo produtos lácteos. No entanto, com a inflação subindo 3-4% ao mês, as margens de lucro dos produtos lácteos no varejo estão diminuindo rapidamente e os produtores avisam que o aumento dos custos de mão de obra e outros insumos pode ultrapassar rapidamente os preços do leite pagos aos produtores. Em outubro, o governo permitiu que os preços da maioria dos laticínios subissem 2%. Alguns grandes processadores de laticínios estão buscando manter a lucratividade, introduzindo novas linhas de produtos não afetadas pelos congelamentos de preços e limitada entrega de leite em casa.

A Argentina teve um forte desempenho de exportação até agora em 2020, superando as expectativas anteriores. O país poderia se tornar mais competitivo se sua moeda desvalorizasse ainda mais. Os pós-contatos informam que o governo está considerando reduzir para 5% o atual imposto de exportação de 9% sobre o leite em pó. O governo está ansioso para repor as reservas de moeda estrangeira e recentemente reduziu os impostos de exportação sobre soja e produtos de mineração em um esforço para aumentar as exportações. Os regulamentos argentinos exigem que os exportadores convertam suas vendas de dólares em pesos e os agricultores são pagos em pesos. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Chile registra importações históricas de lácteos

As compras de lácteos no exterior continuam aumentando, elevando-se 82,3 milhões de litros equivalentes em relação ao mesmo período do ano passado e representando um patamar histórico em termos de níveis de importação.

Por outro lado, as exportações de lácteos, entre janeiro e setembro de 2020, totalizaram 236,1 milhões de litros equivalentes, o que representa uma redução de 0,5% em relação ao mesmo período de 2019. A comparação interanual reflete uma queda de 1,2 milhão de litros.

Quanto ao déficit leiteiro, observa-se um aumento para 402,3 milhões de litros equivalentes, sendo o valor máximo registrado até o momento.

Importações em alta

Ao olhar para os dados de setembro de 2020, o queijo lidera as importações de lácteos com um total de 376,2 milhões de litros equivalentes, confirmando uma tendência de alta que representa um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior. Em litros equivalentes, somaram 32,3 milhões de litros a mais do que no mesmo período de 2019.

O leite em pó desnatado é o segundo produto com maior volume importado, com mudança de tendência que implica alta de 2,3% para 133,7 milhões de litros equivalentes, o segundo maior valor observado nos últimos cinco anos. Em relação ao ano anterior, aumentou 3,0 milhões de litros.

O leite em pó integral foi outra das categorias de produtos mais importados no período. As compras passaram de 18,7 para 65,1 milhões de litros equivalentes, o que representa um aumento de 247,2% em relação ao ano anterior, atingindo patamares muito próximos a 2018 (62,6 milhões de litros), mas para abaixo de 2017 (73,8 milhões de litros).

Por sua vez, o item denominado pela Odepa, “outras preparações à base de produtos lácteos”, continuou subindo no período, registrando aumento de 12,0% entre janeiro - setembro de 2020, totalizando 28,1 milhões de litros, a aumento de 3,0 milhões de litros em relação ao ciclo anterior. Além disso, é o maior registro até hoje.

Exportações

Dados da Odepa mostram que as exportações de lácteos entre janeiro e setembro de 2020 mostram uma leve queda de 0,5% para 236,1 milhões de litros equivalentes, o que representa uma redução de 1,2 milhão em relação ao ano anterior .

Por categorias de produtos, as exportações de queijos continuam sendo o principal produto com um volume de 62,3 milhões de litros equivalentes, embora represente uma queda de 3,0% em relação ao ano anterior, o que equivale a 1,9 milhão de litros. litros a menos em comparação com 2019.

Em seguida vêm as exportações de leite condensado, que no período totalizaram 58,9 milhões de litros, com aumento de 15,4% em relação ao ano anterior, o que equivale a mais 7,8 milhões de litros.

O item denominado “outros preparados à base de laticínios” é apontado como o terceiro produto mais exportado até setembro para completar 57,5 milhões de litros, o que implica um aumento de 7,1% em relação ao ano anterior ou 3, 8 milhões de litros adicionais.

Os embarques de "preparados para bebês" caíram 3,0% em relação ao mesmo período do ano passado, caindo para 26,9 milhões de litros, o menor nível dos últimos cinco anos. Em relação a 2019, os embarques caíram 830 mil litros.

Em relação à exportação de leite em pó integral, foi observada queda de 48,9%, atingindo 11,0 milhões de litros. Em relação ao ano anterior, representa uma queda de 10,5 milhões de litros.

Por fim, no caso dos embarques de leite em pó desnatado, observa-se uma recuperação de 33,5%, para 7,1 milhões de litros. Em relação ao ano anterior, implica um acréscimo de 1,7 milhão de litros. (As informações são do Mundo Agropecuário, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Santa Clara lança novos sabores de Temper Cheese
A Santa Clara conta com novidades na linha de Temper Cheese. Os novos sabores Mostarda e Mel e Cebola Caramelizada estão disponíveis em potes de 150g para incrementar lanches e outros pratos deliciosos. De origem americana e de massa cremosa e pastosa, o Temper Cheese é fabricado a partir de queijo prato lanche, creme de leite e o sabor. A linha conta com outros sete sabores na versão 150g, além das versões pouch (sachê) com 250g e bisnaga com 1,8kg. Ideal para lanches rápidos, happy hour, pizzas e superversátil na culinária, Temper Cheese também fica ótimo com massas, basta acrescentar nata ou creme de leite para obter uma consistência de molho. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Santa Clara)


 

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Porto Alegre, 27 de outubro de 2020                                                      Ano 14 - N° 3.334


Preço do leite tem queda e alta de custos preocupa

Depois de quatro meses de elevação, o valor de referência do leite projetado para outubro no Rio Grande do Sul é de R$ 1,5482, retração de 5,18% em relação ao consolidado de setembro (R$ 1,6327). Apesar da redução, os valores seguem em patamares acima dos praticados em anos anteriores, fato motivado pela alta de custos no campo e na indústria. Os dados foram apresentados em reunião do Conseleite realizada nesta terça-feira (27/10) de forma híbrida, a primeira com presença física desde a chegada da Covid-19 ao Brasil. Coordenado pelo presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, o encontro, ocorrido na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS), seguiu as mais rígidas normas da prevenção.

O temor do setor é com o impacto dessa retração de preços frente à elevação de custos de insumos. Além dos grãos, há diversos outros itens com valores sendo reajustados rotineiramente, como embalagens, ingredientes e medicamentos. Também há preocupação, alertou Rizzo, com a falta de itens essenciais para manter a produção, já que produtores relatam dificuldade para aquisição de produtos básicos como o milho, por exemplo. “Ainda estamos sofrendo os efeitos da seca do último verão e isso se agrava com o alerta de La Niña”, informou Rizzo.

O vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, ponderou que a redução do auxílio emergencial de R$ 600,00 para R$ 300,00 já traz impacto no mercado, além do aumento das importações de lácteos. Segundo Guerra, as aquisições de leite importado passaram de um patamar de 10 mil toneladas/mês, antes da pandemia, para mais de 23 mil toneladas em setembro. “Estivemos em reunião com o Ministério da Agricultura e pedimos para que o tema seja monitorado porque as importações estão vindo com mais força”, alertou. Guerra sinalizou que a alta do preço no mercado interno tornou os importados mais competitivos mesmo com a valorização cambial. Com maior escala por propriedade, Argentina e Uruguai, por exemplo, vêm conseguindo reduzir custos.

O professor da UPF Marco Antonio Montoya informou que há uma correlação direta entre o comportamento dos preços no Rio Grande do Sul e o verificado em outros estados, como Santa Catarina e Paraná, que também sinalizam retração para outubro. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Crédito da imagem: Carolina Jardine


Ajustes em normas trabalhistas podem gerar economia

As mudanças anunciadas na semana passada pelo governo federal na norma regulamentadora (NR) sobre segurança e saúde no trabalho no agronegócio deverão resultar em custos menores para os produtores. A estimativa do Ministério da Economia é que será possível enxugar gastos de mais de R$ 4,3 bilhões por ano no campo com alterações que simplificam a relação trabalhista.

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a nova redação deixou mais claras as regras que terão que ser seguidas, aplicadas e exigidas por produtores rurais, empregadores, trabalhadores e fiscais do trabalho. “Dessa forma, evita-se autuações indevidas por descumprimento de normas regulamentadoras que sequer são aplicáveis no campo, uma vez que são destinadas ao ambiente urbano”, disse Rudy Ferraz, chefe da assessoria jurídica da CNA.

A revisão da NR 31, em vigor desde 2005, alterou o capítulo que trata das “condições sanitárias e de conforto no trabalho rural”, que especificou quais obrigações cabem às frentes de trabalho e dizem respeito a estruturas fixas e móveis. A utilização de moradias como alojamento passa a ser permitida, desde que observados os regramentos da norma.

Foi inserido na norma o conceito de “trabalho itinerante”, referente a trabalhadores que percorrem uma propriedade sozinhos ou em pequenos grupos para atividades pontuais como o conserto de uma cerca, serviços com trator ou reunião do gado. A NR 31 exigia a instalação de banheiros e refeitórios em todas as frentes de trabalho, o que é considerado inaplicável no caso do trabalho itinerante. O mesmo ocorre em zonas alagadiças, como no Pantanal.

Também foi alterada a regra para o armazenamento de agrotóxicos. A norma determinava que os produtos fossem acondicionados a 30 metros de qualquer instalação, o que, segundo a CNA, tornava inaplicável a medida em pequenas propriedades. Com a revisão, a distância foi reduzida para 15 metros. Para quantidades de até 100 litros ou 100 quilos, será permitido o uso de um armário com requisitos de segurança.

Outra mudança autoriza a utilização da modalidade de ensino à distância (EaD) em treinamentos e cria o Programa de Gerenciamento de Risco no Trabalho Rural (PGRTR). Pequenos e médios produtores que contam com até 50 empregados por prazo determinado e/ou indeterminado poderão usar uma ferramenta gratuita de avaliação de riscos que será disponibilizada pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, para estruturar o programa.

“Essa medida vai permitir a redução de custo para o produtor rural que hoje precisa contratar um profissional para elaborar esse programa. Para o pequeno, significa um custo de R$ 1.300 e o programa deve ser revisado a cada três anos”, afirmou Rodrigo Hugueney, assessor jurídico da CNA.

O Secretário Especial de Previdência e Emprego, Bruno Bianco, afirmou que a revisão representará “menos multas e menos burocracia” no campo. “Faz sentido que um pequeno empresário cumpra os mesmos requisitos de uma grande propriedade rural ou de uma empresa urbana? Faz sentido um pequeno produtor de leite, que tem dez vaquinhas, ter de elaborar um plano de prevenção de riscos ambientais todos os anos?”, questionou.

As novas regras entram em vigor um ano após a publicação da portaria, que deve ocorrer essa semana. Elas valem para o trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. (As informações são do Valor Econômico)

 

Food Services: como fica a demanda de lácteos no 4º tri e em 2021?

Longe de tentativas de adivinhação, temos que focar no novo mercado que está emergindo desta situação de prolongamento indefinido da pandemia, com um mercado realmente diferente de tudo que já vivemos até agora...

Vejamos:

• Não são grandes recessões como 2015, já que existem segmentos de mercado do Food Service altamente demandados, com os mecanismos de delivery fazendo história;

• Não é obviamente como o mercado era – basta ter a experiência de ir a um restaurante com 30% de ocupação, com mesas fechadas e com garçons que parecem astronautas para perceber a diferença!

• Outra coisa absolutamente clara é que o consumidor da classe A e B, assim que pôde voltar a consumir alimentos fora de casa, mesmo com a pandemia, voltou imediatamente!!!! Cai aqui por terra aquele mito que todas as pessoas gostariam de cozinhar em casa para a eternidade! Grande engano!

• Serviços de alimentação em shoppings, aeroportos, faculdades, etc. estão retomando seu movimento mesmo com foco em classes C e D, devido à alta conveniência dos serviços.

Portanto, o prognóstico de fecharmos o último trimestre de 2020 com o Food Service consumindo cerca de 80% dos insumos que consumia no último trimestre de 2019 parece ser bastante realizável.

Agora pode ser que em cada empresa o efeito seja diferente, já que, como observado, dependendo do segmento de sua atuação, a empresa pode estar focando em segmentos que não terão a mesma recuperação que outros... Por isso, nesta altura, é muito importante checar com as equipes comerciais as escolhas que foram feitas de atendimento – realmente vamos ter 20 a 30% de quebra nos operadores de Food Service, mas também vamos ter estes novos modelos de atendimento se consolidando...

Uma pergunta que ajuda muito neste diagnóstico: Quantas “dark kitchen” ("restaurante fantasma", voltado apenas para delivery) sua empresa cadastrou nos últimos 3 meses? Nenhuma? Então é preciso rever seus conceitos....

Posso assegurar que quem ficar esperando a volta do mercado de Food Services como era antes da pandemia vai perder mercado! É preciso rever a estratégia com os novos canais!

E para 2021? Vamos ter certamente, com a recuperação econômica. uma volta de relevância para o setor de Food Services, com volumes de consumo no mínimo iguais a 2019 para quem acertar a estratégia de canais! Importante se preparar!

Roberto Denuzzo será palestrante no Dairy Vision 2020, que ocorrerá de 1 a 4 de dezembro de 2020. Sua palestra "O novo food service pós-Covid-19" será parte da seção 2: "Os efeitos da Covid-19 e a transformação na indústria". O Dairy Vision 2020 será totalmente online, contando com 30 palestrantes de todo o mundo para discutir os rumos da indústria láctea no Brasil e no mundo. Não perca tempo, visite o site, confira a programação e seja protagonista em um mundo de transformações cada vez maiores e mais rápidas! (Milkpoint)


Jogo Rápido

Cerca de 70 milhões de animais devem ser vacinados contra febre aftosa 
A segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa começa no próximo dia 3 de novembro para imunização de bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade, para a maioria dos estados brasileiros, conforme o Calendário Nacional de Vacinação 2020. Ao todo, espera-se imunizar cerca de 70 milhões de animais, até o final de novembro. “Tão importante quanto a vacinação correta é também o preenchimento completo da declaração de vacinação e entrega online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados, para que a declaração possa ser registrada e o produtor possa cumprir com os compromissos sanitários junto ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado”, destaca o chefe da Divisão de Febre Aftosa da Secretaria de Defesa Agropecuária, Diego Viali dos Santos. As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina. Em casa de dúvidas, a orientação é para que procurem o órgão de defesa sanitária animal de seu estado. (MAPA)