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11/07/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.941


Kit rápido de identificação de leite A2 simplifica seleção nos rebanhos leiteiros

Já está disponível no mercado brasileiro um teste rápido para a identificação da proteína do leite A2. Entre as vantagens, o mecanismo consegue fazer a distinção de animais com o fenótipo através de um kit simples e fácil de ser aplicado, exigindo apenas uma pequena amostra de leite. “Em apenas 20 minutos é possível determinar se o alimento é livre de beta caseína A1, facilitando a triagem dos rebanhos”, explica Maria de Lourdes Borba Magalhães, professora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

O kit foi desenvolvido a partir de estudos elaborados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Além de revolucionar o processo de classificação, dispensando a coleta de amostras de sangue ou de pelos para exames de DNA, também tem se mostrado eficaz no controle de qualidade dos derivados. “É capaz de detectar nos produtos derivados de leite A2 qualquer contaminação com leite beta caseína A1. Este processo é fundamental, uma vez que o leite A2 é conhecido por sua melhor digestibilidade", assinala Maria de Lourdes.

O sistema é comercializado pela empresa Scienco Biotech desde fevereiro deste ano e vem sendo utilizado na seleção dos úberes A2 em fazendas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Tocantins, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. “Em solo gaúcho, são cerca de dez propriedades fazendo a utilização deste mecanismo e, de acordo com o que se tem observado acerca dos resultados, em torno de 40% dos animais destas fazendas já puderam ser selecionados para produzir exclusivamente o leite A2A2”, diz Maria Magalhães.  

Recentemente a tecnologia foi aprovada para participar do programa Sistema InovaLácteos (SIL) formado por quatro Núcleos de Inovação de Minas Gerais. “Nosso objetivo é produzir testes rápidos, com custos reduzidos e facilidade de operação para identificar genótipos de interesse da produção leiteira, para que todo produtor tenha acesso a este tipo de ferramenta para o melhoramento genético de seu rebanho em características específicas, aumentando assim a sua produtividade e contribuindo para o desenvolvimento de toda a cadeia láctea”, destaca Maria Magalhães. 

Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, Darlan Palharini, o teste é um avanço muito importante para o setor lácteo, sendo uma tecnologia avançada e de manuseio direto pelo produtor rural e que agrega valor ao leite. “Com a capacidade de identificar a presença da proteína A2, os produtores podem selecionar animais que produzem exclusivamente o leite A2A2, atendendo a demanda de consumidores que buscam produtos livres da proteína A1 por questões de saúde. O kit está entre os produtos e equipamentos que estarão em demonstração no seminário sobre inovações tecnológicas promovido no espaço do Sindilat na Expointer”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Importação de lácteos cresce 240% no semestre

Entidades de pecuaristas e indústrias buscam medidas de apoio dos governos federal e estadual para fazer frente à concorrência de produtos da Argentina e do Uruguai, que entram no mercado com preço menor

O Brasil importou no primeiro semestre deste ano quase 116 mil toneladas de leite, creme de leite e lácteos (exceto manteiga e queijo), volume 240% superior ao registrado no mesmo período de 2022, de acordo com dados da plataforma ComexStat, do governo federal. Em valores, essas importações corresponderam a cerca de 443 milhões de dólares, um crescimento de 268,7% na mesma base de comparação. A maior parte dos negócios envolveu compras da Argentina e do Uruguai.

A disparada das importações é motivo de apreensão dos pecuaristas gaúchos, que nos últimos dois anos enfrentaram prejuízos com estiagens e reclamam de desvantagem na competição com o produto estrangeiro. De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), o leite em pó argentino e o uruguaio, por exemplo, entram no país com preços de R$ 19,25 e R$ 21,06 o quilo, enquanto o produto brasileiro custa em média R$ 26. Isso ocorre porque os pecuaristas dos países vizinhos contam com subsídios e incentivos governamentais, o que lhes permite reduzir custos de produção, diz a entidade. (Correio do Povo)

Leite/Europa

O declínio sazonal da produção de leite continua através da Europa. Várias fontes das indústrias sugerem que a captação de leite mensal vem caindo. Na semana 25, o volume captado na Alemanha teve redução de 0,5% em relação à semana anterior.

No Reino Unido, a entrega de leite caiu 1,7% em comparação com a semana anterior. Mesmo diante dessa queda semanal, a tendência é de que o volume total captado na Alemanha, Holanda e Reino Unido esteja acima do volume de um ano atrás. No entanto, a seca e o calor no início do verão reduz a captação na França, Itália e Espanha. Também a coleta de leite na Irlanda está menor do que a registrada em 2022.

Por enquanto, os baixos volumes semanais estabilizaram o preço do leite ao produtor. Depois de reduções constantes no primeiro semestre do ano, algumas indústrias mantiveram em julho, os mesmos preços de junho. No mercado spot os preços também ficaram estáveis, ou, em alguns casos, até subiram. 

Incertezas em relação à oferta de leite no segundo semestre do ano, fizeram com que alguns participantes tentassem determinar a direção do mercado. De um modo geral, o ambiente está calmo, com a maioria dos europeus iniciando suas férias de verão. Mas, existe pessimismo diante das incertezas sobre a demanda futura, as pressões econômicas, e a continuidade do conflito na Ucrânia. As pressões econômicas e regulamentos ambientais sobre os agricultores, fazem com que muitos participantes do mercado acreditem que haverá queda no volume de leite no segundo semestre do ano na Europa Ocidental.

Começou o declínio sazonal no volume de leite semanal no Leste Europeu, mas, na Bulgária, Romênia e Polônia os volumes são maiores na comparação interanual. De acordo com fontes de informação online, a produção de leite na Polônia cresceu em todos os meses de 2023, quando comparada com 2022. A Polônia é o maior produtor de leite da região, exportando significativas quantidades de produtos lácteos para os mercados internacionais. Regionalmente, a Polônia fornece para a Ucrânia 69% do leite fresco por ela importado. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Jogo Rápido

Inflação cai pela primeira vez em 2023 e tem a menor variação para junho em seis anos
A inflação oficial do mês de junho caiu 0,08%, ficando 0,31 ponto percentual abaixo da taxa de 0,23% registrada em maio. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trata-se da menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%, e da primeira queda em 2023. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16% — abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a variação havia sido de 0,67%.Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%) foram os grupos que mais contribuíram para o resultado do mês, de deflação. Também registraram quedas os Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%).No lado das altas, o maior impacto e a maior variação vieram de Habitação. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,36% de Despesas pessoais. No grupo dos Transportes, o resultado de junho deve-se ao recuo nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%). O IBGE destaca, ainda, o resultado de combustíveis (-1,85%), com as quedas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). No lado das altas, as passagens aéreas subiram 10,96%. Já a queda do grupo Alimentação e bebidas deve-se, principalmente, ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,07%), que havia registrado estabilidade em maio. Destacam-se as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). No lado das altas, batata-inglesa (6,43%) e alho (4,39%) subiram de preço. (Zero Hora)


 
 
 

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