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Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) terão acesso a condições exclusivas para participar do MilkPro Summit 2025, um dos principais eventos do setor lácteo, que acontece nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP).

Em parceria com a organização do evento, o Sindilat disponibiliza uma oferta especial que inclui ingresso e hospedagem no Bourbon Resort, local onde o summit será realizado, pelo valor de R$ 3.000,00 — valor válido para a noite de 15 para 16 de maio. O benefício é fruto de uma ação promovida entre o Sindilat e parceiros institucionais e é limitado a um número restrito de unidades.

Para acessar a vantagem, os associados devem acessar o link: 

https://register.jalanlive.com/milkprosummit25?ticket=RCes

O MilkPro Summit 2025 reunirá produtores, especialistas e investidores para discutir as tendências e inovações que estão moldando o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo. A programação será dividida em seis painéis temáticos que abordarão temas como:

  • Tendências globais de produção e consumo de leite
  • Inovação, digitalização e inteligência artificial na pecuária leiteira
  • Estratégias de negócios e liderança
  • Comunicação com o consumidor
  • Visão de mercado de produtores globais

Além dos debates, o evento prevê espaços para networking e troca de experiências entre os participantes. 

As informações são do Sindilat e do Milkpoint

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07  de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.367


Balança comercial de lácteos: importações recuam em março

As importações totalizaram 178,9 milhões de litros em equivalente-leite em março, interrompendo assim a tendência de aumento. Confira mais dados e análises completas aqui!

O saldo da balança comercial de lácteos apresentou um avanço no mês de março. Com um total de -171,3 milhões de litros em equivalente-leite, março apresentou um avanço de 32,6 milhões de litros em relação ao mês anterior, com a diminuição nas importações de lácteos influenciando neste resultado.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Em março, as exportações de lácteos somaram 7,63 milhões de litros em equivalente-leite, apresentando um importante aumento de 26,4% em relação a fevereiro, mas, com uma queda ainda expressiva quando comparada a março de 2024, de -46,6%, como pode ser observado no gráfico abaixo.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

As importações totalizaram 178,9 milhões de litros em equivalente-leite em março, interrompendo assim a tendência de aumento observada nos dois primeiros meses de 2025, com uma variação mensal de -14,8%. No comparativo com março de 2024, ainda foi possível observar um crescimento de 2,7%, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.


Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.Entre os principais produtos exportados, o soro de leite e o leite condensado apresentaram aumentos em relação ao mês anterior, de 22% e 11%, respectivamente, com o leite condensado apresentando o maior volume exportado de 2025, com mais de 712 toneladas exportadas no mês de março.

Outros produtos como os iogurtes (+40%), o creme de leite (+11%) e os queijos (+59%) também apresentaram avanços em suas exportações ao longo do último mês. Enquanto, em contrapartida, a manteiga apresentou um recuo em seu volume exportado, de -21%.

Para as categorias com maior participação nas importações, as movimentações observadas foram principalmente de recuos. O leite em pó integral apresentou uma queda mensal de 20% em suas importações, enquanto para os queijos o recuo observado foi 13% nas importações de março em relação ao resultado de fevereiro. 

Ainda dentro das importações, as únicas categorias que obtiveram variações mensais positivas foram o soro de leite (+13%) e outros derivados lácteos (+14%).

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em março de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em fevereiro de 2025

O que podemos esperar para os próximos meses?

Assim como pontuado no mês anterior, alguns fatores internacionais foram muito relevantes para a diminuição observada nas importações no mês de março. O primeiro deles é a sazonalidade de produção de leite dos principais países fornecedores do Mercosul, a Argentina e o Uruguai. O período atual é marcado por uma menor produção sazonal de leite nos países em questão, deixando assim uma menor disponibilidade para as exportações de lácteos. Somado a isso, a maior procura de outros países compradores pelos derivados lácteos do Mercosul (como por exemplo a Argélia) nos últimos meses também é um fator que auxilia a limitar a disponibilidade para as compras brasileiras.

Considerando esses dois importantes fatores, com a continuidade do período sazonal de menor produção de leite da Argentina e do Uruguai e a provável manutenção do ímpeto de compra de outros importantes países importadores, as expectativas para as importações brasileiras dos próximos meses é de que o volume importado permaneça mais limitado, gerando novos recuos nas importações de lácteos.

Vale também ressaltar que apesar de novos recuos serem esperados nas importações, a relação comercial dos compradores brasileiros se mostrou mais bem estabelecida nos últimos anos, sendo esse um fator limitante para esses recuos. Dessa forma, apesar das importações poderem apresentar novas quedas, seu volume ainda deve permanecer em um patamar considerado elevado ao comparar com as importações brasileiras de alguns anos atrás. (Milkpoint)


Emissão de GTA agora pode ser feita pelo celular em apenas sete etapas

Secretaria da Agricultura também aperfeiçoou portal do Produtor Online para melhorar experiência dos usuários

Um novo portal do Produtor Online, com acesso ao sistema pelo login Gov.br, e emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) que pode ser feita pelo celular em apenas sete passos. As melhores experiências para os usuários foram lançadas nesta segunda-feira (7/4) pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre.

O secretário da Agricultura, Clair Kuhn, disse que este portal é a realização de um sonho, o de colocar na mão do produtor rural uma ferramenta que vai agilizar o trabalho dele, torná-lo mais rápido e eficiente. “Este é o primeiro passo, porque este trabalho que foi construído junto com as entidades, os produtores, os servidores, vai continuar, vamos seguir ouvindo os produtores e aprimorando o nosso trabalho, para torná-lo cada vez melhor e menos burocrático”, afirma Kuhn. O secretário lembrou a lei nº 15824/2022, de sua autoria, que institui a Carteira de Identidade do Empreendedor Rural e que é também uma ferramenta para desburocratização dos serviços ao produtor.

A diretora de Negócios e Relacionamento com Clientes da Procergs, Karen Lopes, disse que este portal é um marco histórico para a secretaria, levando serviços digitais para quem está na ponta. “O nosso trabalho é sempre orientado a partir de três conceitos: simplicidade, conveniência e agilidade, que estão presentes neste Portal do Produtor Online e na nova GTA”, destaca.

São cerca de 1,6 milhão de GTAs emitidas por ano e agora é possível, com orientações claras e de forma simples, emitir a Guia em qualquer aparelho mobile. Serão apenas sete etapas a serem preenchidas, com as informações que realmente são necessárias. Também é possível fazer online o estorno ou cancelamento de uma GTA, o que antes só era feito presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária.

A confirmação de recebimento de animais também poderá ser feita online e pelo celular. Assim que o produtor recebe uma GTA o sistema já fará um alerta na primeira tela informando que ele possui esta Guia para confirmação. Isso evita pendências com o Serviço Veterinário Oficial e mantém o rebanho devidamente atualizado.

O novo portal do Produtor Online foi reformulado e modernizado. Agora o acesso ao sistema pode ser feito com o login Gov.Br, sem a necessidade do produtor se deslocar até uma Inspetoria para solicitar senha de acesso. As atualizações cadastrais, assim como informes sobre nascimentos e mortes de animais, poderão ser feitas facilmente, podendo o produtor estar sempre com sua "ficha" em dia.

O novo sistema também traz o recurso de notificações direcionadas para o perfil do cliente/produtor, onde o mesmo passará a receber alertas inerentes a sua atividade específica, personalizando o sistema e melhorando a comunicação com o produtor. Além disso, ele está mais responsivo, ou seja, se adapta a qualquer dispositivo móvel.

“O portal está estruturado para aportar todos os serviços mais utilizados pelo produtor, bem como servir de guia e orientação através de uma comunicação clara e objetiva. As principais atividades dos produtores já poderão ser feitas pelo celular, sem sair de casa. A ideia é que o produtor só vá na Inspetoria em casos de exceção”, destacou o gerente de projetos da Agricultura Digital da Seapi, Daniel Gallina.

Além disso, o portal traz também links para acesso direto ao Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), sistema com informações agrometeorológicas importantes ao produtor.

O desenvolvimento dos novos sistemas foi realizado pela gerência de projetos da Agricultura Digital da Seapi em parceria com a Procergs (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do RS).

Estiveram presentes no evento diversas entidades como Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat RS), Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), deputado estadual Aloísio Klassmann, Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Procergs e diretores e funcionários da Seapi.

Para acessar, veja: www.produtoronline.rs.gov.br

As informações são da SEAPI

Relatório Rabobank - Perspectivas de demanda 

O relatório prevê que a demanda chinesa por laticínios melhore em 2025, mas a um ritmo mais lento, refletindo os desafios da economia doméstica. 

“As importações também devem melhorar em relação ao volume fraco registrado em 2024”, disse Higgins. “Durante anos, o mundo olhou para a China como um termômetro da demanda global, mas, à medida que o país aumentou sua autossuficiência no setor de laticínios nos primeiros anos desta década, o recorde de importação de 2021 tornou-se uma memória distante.” 

Apesar da redução da participação da China no mercado global, o relatório destaca que a demanda em outras regiões-chave permanece forte. “As exportações de queijo dos EUA atingiram um recorde em 2024 e continuam apresentando sinais positivos para este ano. A Nova Zelândia também encontrou compradores para seu leite adicional, o que tem sustentado um preço recorde do leite”, afirmou Higgins. 

Entretanto, desafios potenciais podem afetar esse cenário, principalmente no que diz respeito a barreiras comerciais. Com os Estados Unidos adotando uma nova abordagem para o comércio sob a liderança republicana em Washington, existe o risco de novas tarifas e possíveis retaliações de parceiros comerciais, o que poderia impactar negativamente as exportações de laticínios do país.

“Em 2024, as exportações de queijo dos EUA para o México, seu maior mercado, cresceram 30% ano a ano, enquanto a China comprou 42% das exportações americanas de soro de leite”, disse Higgins. “Embora o setor de laticínios ainda não tenha sido diretamente afetado, o risco permanece alto. Se as exportações diminuírem, os preços nos EUA podem cair.”

Para manter o equilíbrio do comércio e sustentar os preços dos lácteos, o relatório destaca que os importadores ao redor do mundo devem ficar atentos ao impacto da inflação sobre a demanda do consumidor. 

Situação na Nova Zelândia
O relatório aponta que os volumes de exportação da Nova Zelândia nos três meses até janeiro de 2025 cresceram 2% em relação ao ano anterior, impulsionados por uma moeda mais fraca e preços mais fortes das commodities, gerando um aumento de US$ 1,5 bilhão nas exportações no período.

“As exportações totais de laticínios em 2024 atingiram o maior nível dos últimos três anos, com as vendas para a China seguindo uma tendência semelhante. Novos recordes também foram registrados nas exportações para Malásia, Taiwan e Arábia Saudita”, afirmou Higgins. 

Ela acrescentou que os volumes de exportação devem continuar elevados no primeiro semestre de 2025, uma vez que a produção adicional de leite encontra mercado devido à demanda sustentada. “Com as previsões de preços do leite subindo NZ$ 2,00 (US$ 1,14) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,17 (US$ 0,09) por quilo de leite] em comparação com o mesmo período do ano passado, a confiança dos produtores está alta. Esse otimismo tem sido reforçado pela redução da pressão dos juros após as recentes quedas na taxa oficial de juros.”

Apesar do crescimento, as condições climáticas podem impactar a produção. Enquanto as chuvas no início do verão beneficiaram os produtores durante o Natal, um período de seca sazonal atingiu muitas regiões da Ilha Norte e o leste da Ilha Sul, reduzindo os volumes de leite nas últimas semanas. 

“Se chuvas significativas não ocorrerem nas próximas semanas, existe o risco de que a temporada termine abruptamente em partes da Ilha Norte”, alertou Higgins. “Apesar das previsões otimistas para o preço do leite, alguns produtores podem optar por conservar alimento e preservar a condição do rebanho antes do inverno, encerrando a temporada mais cedo caso as condições continuem desfavoráveis.” 

Por ora, o Rabobank mantém sua previsão de crescimento da produção de leite entre 2,5% e 3% para a temporada de 2024/25.

As informações são do interest.co.nz, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis paineis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Forum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link clicando aqui.  O evento também contará com paineis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor. (Sindilat)


 
 
 

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat/RS) estão prestes a acessar novos serviços digitais para a emissão de atestados de conformidade sanitária e declaração anual dos rebanhos. Os detalhes da operação foram apresentados nesta quarta-feira (22/02/) e integram a plataforma digital Siga Agro - Serviços de Informações gaúchas, que passará a ser ofertada à indústria e cooperativas com base em dados públicos. A iniciativa é promovida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do RS (Procergs), pela Universidade do Estado do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e pelo Tesouro do Estado. 

O serviço, que está em fase de validação, deve desburocratizar as emissões dos dados das Inspetorias Veterinárias e Zootécnicas (IVZs). “Atualmente o produtor precisa se deslocar até as inspetorias para solicitar as declarações, analisadas de maneira individual. Somente após o trâmite o documento é liberado. Com a modernização, essa documentação será acessada diretamente pelas indústrias e cooperativas, agilizando o trabalho”, assinalou o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini. 

Responsável pelo desenvolvimento do serviço, Profª Dra. Maria Auxiliadora Cannarozzo Tinoco, professora do Departamento de Engenharia de Produção da Ufrgs, informou que a ferramenta poderá incluir outras declarações atendendo à demanda do setor produtivo leiteiro. “Começamos oferecendo a consulta da conformidade sanitária e declaração anual dos rebanhos, seja em lote ou individualmente, gerando atestados online e instantâneos a um valor que subsidia o serviço prestado pelo Estado conforme a quantidade de produtores”, destaca. 

Entre os mais de 50 participantes ligados à área de fomento da atividade leiteira, além dos associados do Sindilat/RS, participaram também os associados da Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil). Os participantes salientaram que é importante engajar as equipes de campo e os produtores para o sucesso da implementação, visando maximizar os dados recebidos. 

Brucelose no RS

O Rio Grande do Sul segue a legislação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que determina que todas as fêmeas bovinas e bubalinas devem ser vacinadas contra brucelose. Para poder coletar o leite nas propriedades, é necessário que as indústrias e cooperativas atualizem os atestados de todos os seus produtores semestralmente.  

 

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS

Imagens Reprodução Governo RS

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 30 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.294


Evolução do consumo per capita de lácteos no mundo

Compreender a evolução do consumo per capita mundial de lácteos oferece uma visão estratégica para o setor, permitindo prever tendências e se adaptar ao mercado

Ao longo das últimas 3 décadas, o mundo testemunhou acontecimentos marcantes que transformaram a nossa vida cotidiana, desde o lançamento do Google em 1998 até o desenvolvimento das vacinas contra a COVID-19 em 2021. Embora à primeira vista pareçam desconectados da indústria de laticínios, esses eventos influenciaram vários aspectos, desde a cadeia de produção e consumo de leite até as intenções de compra dos consumidores, incluindo o acesso à informação e o impacto de novas tecnologias.

Da mesma forma, a globalização e troca de influências culturais e alimentares, ao longo dos anos auxiliaram na expansão da ingestão de lácteos em locais nos quais o consumo desses produtos não eram tão expressivos. Assim, os avanços tecnológicos possibilitaram inovações no processamento e incremento da oferta de produtos mais diversificados, como por exemplo, os produtos zero lactose, produtos com maior teor de proteínas, menos açúcares, dentre outros.

Essas transformações são impulsionadas principalmente pela crescente preocupação com a saudabilidade dos consumidores, agregação de valor aos derivados lácteos e pelo aumento da demanda em mercados emergentes. Atualmente, consome-se, em média, 181,4 L de leite per capita por ano no mundo, 7% a mais do consumo registrado há 10 anos, equivalente a 169,5 L/hab. ao ano.

Entretanto, esse crescimento não foi homogêneo entre os países do globo, sendo influenciado por aspectos culturais, demográficos e regionais de cada país. As mudanças de contexto ao longo dos anos também geraram variações no consumo devido a crises econômicas, desastres ambientais e à pandemia, que impactaram diretamente a acessibilidade da população a certos produtos e seu poder de compra.

Dessa forma, compreender a evolução do consumo per capita mundial de lácteos ao longo do tempo oferece uma visão estratégica para o setor, permitindo prever tendências de mercado e adaptar as práticas de produção e marketing a diferentes cenários econômicos, culturais e sociais.

Esse estudo utilizou dados do International Farm Comparison Network (IFCN, 2024), no intervalo entre os anos de 1996 a 2023. Essa rede é composta por 127 países membros e os dados obtidos são expressos em litros equivalentes de leite por habitante ao ano, ou seja, todos os derivados lácteos são transformados em litros de leite.

Os dados mostram que houve um aumento de aproximadamente 16% na média de consumo per capita de leite no mundo, equivalente a 0,5% a cada ano ao longo do período analisado. Esse aumento, embora significativo, ocorreu de maneira variada, ao longo dos últimos 30 anos. Entre matérias primas de origem animal, somente entre os anos de 2010 a 2021, o aumento do consumo de leite foi equivalente a 8,75%, enquanto a carne apresentou um aumento no consumo muito similar, de 8,07% ao longo do intervalo citado.

Nesse período, os intervalos de 2009 a 2012 e 1996 a 2000 se destacam com crescimento de 1,06% e 1,02% ao ano, respectivamente, enquanto o período entre 2022 e 2023 apresentou maior decréscimo, equivalente a 0,9% (Figura 1).

Figura 1. Evolução do consumo per capita mundial de leite entre 1996 e 2023.

Fonte: Adaptado de IFCN (2024).

Em 1996, a média de consumo per capita mundial de leite era de 154,8 L/hab., em 2012 esse valor atingiu 164,7 L/hab., e, em 2023, a média foi de 181 L/hab. Ou seja, houve um incremento de mais de 25 litros de leite/hab.ano. Essa variação percentual foi de até 1% ao ano no intervalo de 2018 a 2023. Durante todo o período analisado, o desvio padrão foi superior a 60,35 L/hab., demonstrando a diversidade de culturas e seus níveis de consumo ao redor do planeta.

Os países que registraram os maiores aumentos no consumo foram Vietnã, China, Mianmar, Ruanda e Uganda, impulsionados principalmente pelos baixos valores iniciais da série histórica. Entre os 10 maiores crescimentos, destaca-se o Turcomenistão, que em 1996 apresentava um nível de consumo de 178,7 L/hab. ao ano e, em 2023, alcançou a 3ª posição mundial com 422,9 L/hab. ao ano, com um aumento expressivo de 57,7%. Dentre os países que mais reduziram o consumo per capita de leite ao longo dos anos, tem-se Zimbábue, Afeganistão, Zâmbia, Líbano e Madagascar, com quedas de até 133%.

Entre os anos de 2018 e 2019, observou-se um leve aumento de 0,6% no consumo médio de leite no mundo. Com o início da pandemia de COVID-19, entre os anos de 2019 a 2021 observou-se uma redução de 1%. Após a retomada das atividades presenciais em 2021, observa-se um retorno aos valores encontrados pré-pandemia, seguidos por uma retração de 0,9% entre 2022 e 2023.

Nesse cenário, a evolução do consumo foi marcada por desigualdades significativas, não apenas entre regiões, mas também entre países vizinhos, refletindo influências culturais e econômicas locais como pontos que influenciam no consumo. Dentre os maiores consumidores predominam os países europeus, com destaque para Irlanda, Dinamarca e Suíça, como observado na Tabela 1. Já, entre os menores consumidores, destacam-se países do continente africano, como Madagascar, Gana e Zimbábue e sudeste asiático como Vietnã e Indonésia.

Tabela 1. Ranking do consumo per capita de leite em 1996, 2012 e 2023.

Fonte: Adaptado de IFCN (2024).

Essa discrepância entre os países pode ser observada pelos valores entre os extremos da Tabela 1. Nos anos analisados, a diferença entre os maiores consumidores atingiu níveis até 170 vezes superiores ao último colocado no ranking. Essa diferença se dá por questões intrínsecas de cada país. Em 2023, a média entre os cinco maiores consumidores chegou a ser 40 vezes maior que a média dos cinco menores consumidores de leite no mundo.

O Brasil, ao longo dos últimos 30 anos, manteve um comportamento mediano, se comparado aos demais países do globo, mantendo posições entre 63° e 67° no ranking ao longo do intervalo estudado. Na América Latina, o país também mantém posição intermediária, localizado como 5° maior consumidor de leite per capita, estando atrás de países como Equador, Uruguai, Argentina e Costa Rica, que possuem consumo até 57% maior.

Dessa forma, a evolução do consumo per capita mundial de leite, revela um cenário dinâmico, mas profundamente desigual. O aumento do consumo de leite no mundo ocorreu de forma gradual, e tem oscilado nos últimos 7 anos entre 180 e 185 L/hab. ao ano. Entretanto, isso não se repete em todos os países do globo, havendo alta concentração de níveis elevados de consumo no continente europeu, enquanto regiões da África e da Ásia abarcam países com níveis muito baixos de consumo.

Assim, compreender essa evolução é estratégico, pois permite identificar não apenas tendências do mercado, como também oferecer insights sobre o futuro do leite no mundo, através da inserção e diversificação de mercados e internacionais. No caso do Brasil, que não é autossuficiente na produção de leite, essa análise torna-se ainda mais relevante para planejar políticas de incentivo à produção e melhoria da competitividade do setor para se inserir no comércio internacional. (Milkpoint)


Plantio da soja no RS se aproxima do final

A semeadura da soja no Rio Grande do Sul alcança 96% da área de cultivo projetada pela Emater/RS-Ascar nesta safra 2024/2025, que é de 6.811.344 hectares, com produtividade média de 3.179 kg/ha. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (26/12), de maneira geral, o término do plantio da soja ocorre de forma mais lenta devido à sequência de semeadura em áreas previamente ocupadas por outras culturas, como milho e tabaco, ou em regiões de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), onde a retirada dos bovinos ou a colheita de sementes forrageiras acontecem de forma tardia. A implantação da soja deverá ser concluída até a primeira quinzena de janeiro, à medida que as áreas forem sendo liberadas.

Até o momento, as lavouras de soja apresentam excelente desenvolvimento, impulsionado pela alta luminosidade e pelos níveis razoáveis de umidade no solo. As plantas em fase vegetativa (96% da área de cultivo) demonstram emissão expressiva de ramos laterais e fechamento entre as fileiras adjacentes, indicando vigor satisfatório. Em lavouras de cultivares precoces, semeadas na primeira quinzena de outubro, se observa o início da floração (4%). A partir desse estágio, a demanda hídrica aumenta de forma significativa, o que traz preocupação em função da distribuição irregular e dos baixos volumes de chuva ocorridos nas primeiras três semanas de dezembro, especialmente no Centro e Oeste do Estado.

Milho - A semeadura avançou de forma moderada, atingindo 95% da área projetada para a Safra 2024/2025, que é de 748.511 hectares. A finalização da operação ocorre a um ritmo mais lento devido à implantação tardia em pequenas extensões na Região Sul e na Campanha, bem como à prática de plantio em safrinha em outras regiões, em áreas atualmente ocupadas por milho, tabaco e feijão. Essa semeadura deverá ser concluída ao longo do mês de janeiro, à medida que as áreas ocupadas por essas culturas sejam liberadas para nova implantação.

Embora as chuvas das últimas semanas não tenham sido uniformes e significativas em todo o Estado, as condições para o enchimento dos grãos estão adequadas, principalmente devido ao predomínio de temperaturas amenas, que favorecem tanto a preservação da umidade no solo quanto a otimização do processo fotossintético das plantas. O tempo firme contribuiu para a perda de água dos grãos nas lavouras implantadas no início do zoneamento da cultura. Nas áreas tardiamente implantadas foi utilizada irrigação por pivô central, uma vez que estão em fase final de enchimento de grãos, com possibilidade de acúmulo de fotoassimilados.

A colheita do milho foi iniciada no Noroeste do Estado, chegando a 1%. A produtividade obtida está pouco abaixo da projeção inicial, cuja média é de 7.116 kg/ha, mas superior à safra anterior. A operação deverá ser ampliada na primeira quinzena de janeiro, dependendo das condições climáticas, que podem acelerar a perda de água da massa de grãos.

Milho Silagem - A colheita de milho para silagem foi intensificada, assim como a semeadura em áreas recentemente colhidas. Estima-se que 10% da área cultivada, de 357.311 hectares nesta safra, foi colhida, e 15% encontram-se no ponto de ensilagem, indicando a aceleração da operação nos próximos dias. A produtividade continua elevada, e as melhores produções alcançam até 60 mil kg/ha, acima da produtividade média projetada para esta safra, que é de 39.457 kg/ha. A qualidade da silagem está excelente, uma vez que as plantas mantiveram os colmos verdes até o momento do corte, além de apresentarem boa carga de grãos nas espigas. Esses fatores contribuem para elevar a qualidade nutricional, assegurando altos níveis de valor energético e proteico, essenciais para otimizar a alimentação animal.

PASTAGENS E CRIAÇÕES
As chuvas registradas nas últimas semanas, aliadas à elevada incidência de radiação solar, têm favorecido de forma significativa o desenvolvimento vegetativo das pastagens de verão. A frequência e a regularidade das precipitações também impulsionaram o crescimento vigoroso do campo nativo, resultando em maior disponibilidade de forragem de qualidade para a alimentação dos rebanhos. (Seapi editado pelo Sindilat RS)

A partir de fevereiro, nota eletrônica passa a ser obrigatória para produtores rurais com receita bruta superior a R$ 360 mil

Com implementação gradual, medida passa a valer para todos, independentemente do faturamento, somente em janeiro de 2026

O mês de fevereiro de 2025 marca uma nova etapa do avanço gradual da obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) para produtores rurais no Rio Grande do Sul, alterando o processo de documentação fiscal para a circulação de mercadorias no setor agropecuário. A alternativa digital, que já é exigida para operações interestaduais, substitui o modelo 4 da Nota Fiscal, conhecida como Nota do Produtor Rural ou “talão do produtor”.

A medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no início de dezembro e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (27/12).

A partir de 3 de fevereiro de 2025, os documentos eletrônicos devem ser usados nas operações internas praticadas por todos os produtores rurais que, nos anos de 2023 ou 2024, obtiveram receita bruta com valor superior a R$ 360 mil com a atividade rural. A mudança abrange cerca de 50 mil profissionais da área no Rio Grande do Sul – a lista de quem precisará se adequar será publicada neste link. 

Quem já tem o talão impresso para emitir o modelo 4 poderá seguir utilizando o documento até 30 de junho. Em 1º de julho, o uso passa a ser vedado.

Já em 5 de janeiro de 2026, a obrigatoriedade da nota eletrônica começa a valer para todos os produtores rurais do Estado, independentemente do faturamento. A partir dessa data, o modelo 4 não será mais permitido.

“Será uma transição lenta para que os produtores, especialmente os que têm menos estrutura, possam se adaptar. Há algum tempo também já estamos fazendo capacitações junto a sindicatos para auxiliar e tirar dúvidas sobre a emissão da nota eletrônica”, explicou o chefe-adjunto da Seção de Informações Fiscais da Receita Estadual, Geraldo Callegari.

Desde 2021, produtores rurais que registraram faturamento superior a R$ 4,8 milhões no ano de 2017 estão obrigados a emitir as notas eletrônicas em operações internas. A previsão era de que a medida se estendesse para outro grupo a partir de maio de 2024, mas, em razão das enchentes, a entrada em vigor foi adiada. O pedido partiu da Secretaria da Fazenda (Sefaz).

“Um número muito alto de produtores foi afetado pela catástrofe meteorológica vivida pelo Estado gaúcho. Naquele momento, entendemos que não fazia sentido que passasse a vigorar uma nova regra. Isso fez com que esses profissionais, tão essenciais para a nossa economia, ganhassem tempo para reconstruir seus negócios”, afirmou o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira.

Como emitir a nota eletrônica

A NF-e é também chamada de modelo 55 e é utilizada para registrar a venda de mercadorias e a prestação de serviços. Já a NFC-e, ou modelo 65, é específica para o varejo e contempla as vendas diretas ao consumidor final.

Existem diferentes alternativas para fazer a emissão desses modelos. Entre elas, estão aplicativos próprios, aplicativos desenvolvidos por associações/cooperativas ou o sistema Nota Fiscal Avulsa (NFA-e), disponibilizado pela Sefaz. Essa última opção, no entanto, só pode ser utilizada no computador e exige maior conhecimento técnico.

A solução recomendada pela pasta fazendária é o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), que pode ser baixado gratuitamente no celular e acessado por meio do login gov.br. A ferramenta permite a emissão simplificada da nota fiscal, deixando toda a complexidade tributária a cargo da Receita Estadual.

Para usar, os produtores devem preencher informações sobre a venda, como o produto, o cliente e dados sobre transporte. É possível, inclusive, gerar um QR Code da nota fiscal off-line, no meio da lavoura, por exemplo. Nesse caso, a nota é autorizada após o restabelecimento da conexão com a internet.

Idealizado pela Receita Estadual e desenvolvido pela Procergs, o NFF foi concebido pelo Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários (Encat), também com parceria do Sebrae Nacional, e é usado em praticamente todos os estados do país. (Seapi)


Jogo Rápido

Lei que limita aumento do salário mínimo é sancionada
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que limita o reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação de 2025 a 2030. A medida faz parte do pacote de corte de gastos obrigatórios, proposto pelo governo federal e aprovado pelo Congresso Nacional há cerca de dez dias. Com a nova regra, o vencimento salarial para 2025 deve ficar em R$ 1.518,00 com aumento de R$ 106,00 em relação aos R$ 1.412,00 do salário mínimo atual. O valor só será oficializado nos próximos dias, por meio de decreto presidencial a ser editado. A nova regra de reajuste tem como objetivo adequar o crescimento do salário mínimo aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Dessa forma, o salário mínimo crescerá de 0,6% a 2,5% ao ano acima da inflação. A política atual de reajuste continua valendo. Desde 2023, o salário mínimo é corrigido pela soma da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro, e do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. A diferença é que haverá um teto de reajuste em 2,5% acima da inflação. Aprovada pelo Congresso Nacional no último dia do ano legislativo, a lei do salário mínimo deverá gerar economia de R$ 15,3 bilhões nos próximos cinco anos. Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, cada R$ 1,00 de aumento do salário mínimo eleva os gastos em R$ 392 milhões, principalmente por causa da Previdência Social e dos benefícios vinculados ao mínimo, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Pela regra anterior, o salário mínimo para 2025 ficaria em torno de R$ 1.528. Isso equivale à inflação pelo INPC de 4,84% nos 12 meses terminados em novembro, mais o crescimento de 3,2% do PIB em 2023. Com o novo teto, a parcela do crescimento do PIB estará limitada a 2,5%, levando ao novo valor de R$ 1.518. O novo salário mínimo só começará a ser pago no fim de janeiro ou início de fevereiro, referente aos dias trabalhados em janeiro de 2025. (Jornal do Comércio)

 
 

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Porto Alegre, 27 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.232


Calculadora do Leite é aprovada

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite) aprovou a nova Calculadora do Leite. Reunido nesta sexta-feira (27/09) em Cruz Alta (RS), o colegiado validou a ferramenta, que deve auxiliar o produtor a mensurar padrões de rentabilidade de acordo com a qualidade do leite produzido. A Calculadora foi desenvolvida dentro da Câmara Técnica do Conseleite por lideranças dos produtores e indústrias com apoio da Universidade de Passo Fundo ao longo de 2024 e é vista pelo setor como uma vitória. Ela deve entrar em operação no dia 1º de outubro e funcionará de forma virtual no site do Conseleite (https://conseleite.com.br).

No portal, o produtor poderá digitar os dados de sua produção e obter uma estimativa de remuneração pelo produto. “Nosso foco é trabalhar com maior previsibilidade nas relações comerciais entre produtores e indústrias para munir todo o setor com mais informação”, disse o coordenador do Conseleite, Allan André Tormen, lembrando que esta foi definida como prioridade da sua gestão, iniciada em janeiro deste ano.

Durante a reunião, o colegiado também validou o valor de referência do leite. Segundo o Conseleite, o valor de referência para setembro está projetado em R$ 2,5304. O levantamento considera os 20 primeiros dias do mês. O valor consolidado de agosto fechou em R$ 2,4622. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1834 de 26 de setembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos bovinos leiteiros estão em boas condições, e as vacas em lactação mantêm adequado escore corporal e nutrição. A produção de leite está em recuperação, favorecida tanto pelo manejo quanto pelas condições do tempo. Apesar da redução de problemas com ectoparasitas, observa-se um aumento de mosca e carrapato em decorrência da elevação gradual das temperaturas.Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Gabriel, alguns produtores enfrentam o esgotamento das pastagens de aveia e azevém; nas áreas de forrageiras perenes de verão, é possível realizar pastoreio moderado devido ao estímulo do calor. Na de Caxias do Sul, a sanidade das matrizes foi avaliada como adequada em função das práticas de manejo efetivas no controle de endo e ectoparasitas. A qualidade do leite produzido atendeu aos parâmetros regulatórios estabelecidos, sem registros de exclusões por não conformidade. Na de Erechim, a atividade leiteira apresenta boas condições gerais dos rebanhos, e houve aumento na produtividade das matrizes criadas a pasto. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite permanece estável, impulsionada pelo maior uso de ração, de alimentos conservados e oferta de pastagem. 

Na de Ijuí, em razão da redução das pastagens, os produtores aumentaram o uso de silagem e  concentrados. Poucos casos de leite instável não ácido (LINA) foram registrados, e ajustes na dieta estão sendo feitos para manter a produção. 

Na de Porto Alegre, os produtores enfrentam dificuldades para alimentar os animais devido à implantação incompleta das pastagens de inverno e ao seu desenvolvimento inadequado, provocado pelo excesso de chuvas e pela baixa luminosidade. 

Já na de Pelotas, a produção de leite está se recuperando, beneficiada pela melhoria das pastagens de inverno. 

Na de Santa Maria, segue a boa oferta de pastagens de aveia e azevém, mas, em algumas propriedades, a alimentação foi crítica durante o inverno, exigindo suplementação intensiva com silagem e feno. 

Na de Santa Rosa, a produção de leite apresenta estabilidade, e houve um leve incremento, observado no último mês. O tempo seco favoreceu a limpeza dos úberes, resultando em uma redução da incidência de mastites e na melhoria da qualidade do leite. Na de Soledade, em Rio Pardo, conforme relatado, já se inicia o preparo para a semeadura de pastagens anuais de verão. (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)

 

CONSELEITE – SANTA CATARINA

RESOLUÇÃO Nº 09/2024

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 27 de Setembro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Agosto de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2024. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites  com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (CONSELEITE SC)


Jogo Rápido

Chuva deve dar trégua no fim de semana no Rio Grande do Sul
Os próximos dias serão marcados pelo retorno da estabilidade no tempo, pelo menos durante o final de semana. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 39/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Sábado (28/9): com o anticiclone migratório situado mais sobre o Oceano Atlântico, o tempo deverá seguir estável no Rio Grande do Sul e sem possibilidades de chuva. Por isso, as temperaturas serão mais agradáveis em relação aos últimos dias. Domingo (29/9): a ação do Jato de Baixos níveis, no interior do continente, transportará ar quente e úmido da Amazônia para a Região do Cone Sul. Simultaneamente, a umidade oceânica proveniente do setor oeste do anticiclone migratório (localizado no litoral do Sudeste do Brasil, na ocasião) será transportada pelo vento de quadrante norte para a mesma região em questão. Apesar do aumento da umidade e da elevação nas temperaturas sobre o estado, o tempo deverá permanecer estável na maioria das regiões. Segunda-feira (30/9): a mesma configuração atmosférica do dia anterior deverá se repetir, mantendo as temperaturas em elevação e a probabilidade para ocorrência de nevoeiro pré-frontal ao longo da faixa da Região da Costa Doce devido à intensificação de um cavado entre o Paraguai e o Rio Grande do Sul. Terça-feira (1/10): uma frente fria que se deslocará pelo oceano e se aproximará do estado, provocando chuva entre as regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste e Metropolitana. Quarta-feira (2/10): a mesma frente fria ingressará sobre o estado, de fato, provocando precipitação de intensidade moderada a forte sobre as regiões Metropolitana, Serra e Campos de Cima da Serra. Neste sentido, as temperaturas deverão ter um declínio mais acentuado devido ao ingresso do anticiclone migratório. Os prognósticos indicam chuvas de moderada a forte intensidade em toda a metade sul do estado, com volumes previstos entre 30 mm e 100 mm. Para o centro-norte, as chuvas devem ocorrer em menores quantidades, diminuindo gradativamente à medida que se avança para o extremo norte - os acumulados podem variar de 2 mm a 30 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

 
 

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Porto Alegre, 17 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.140


"Deve haver redução de oferta", diz dirigente sobre abastecimento de frango no RS

Maioria das empresas nas regiões afetadas pela chuva suspendeu ou suspenderá as atividades; bloqueios e dificuldade de acesso impedem transporte de animais e chegada de ração às propriedades

Com estradas bloqueadas e o nível da água subindo, o processamento de alimentos vem sendo afetado no Rio Grande do Sul, e o reflexo deverá aparecer em breve nos supermercados, com redução da oferta. Pelo menos essa é a projeção feita pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), já que empresas do setor estão com a operação reduzida ou suspensa. A quantidade exata ainda está sendo mapeada, mas apontamento indica 12 unidades com suspensão de um turno ou mais de abates.

_ A Serra tá totalmente interditada, o Vale do Taquari também. Se não buscarmos alternativa de escoamento, já poderemos ter algum tipo de dificuldade. Desabastecimento total não vai ter, mas acredito que uma redução na oferta nos próximos dois, três dias _ avalia José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav. 

Além de unidades que estão alagadas, os bloqueios e isolamentos de diferentes pontos no Estado impedem o transporte de animais e também a chegada de ração às propriedades, razões pelas quais se estima essa dificuldade na oferta. Em Roca Sales, no Vale do Taquari, a JBS teve de paralisar as atividades da planta que trabalha com alimentos prontos porque a água chegou ao local.

Situação semelhante é percebida nas empresas de carne suína. Além de frigoríficos com problemas por conta das cheias, não é possível acessar diferentes regiões do Estado. Não é possível, também, levar ração. Isso deve provocar um aumento da quantidade de animais nas propriedades.

_ Não tem condição de ir para o Interior para retirar a produção do campo. Cada dia que passa, é um problema adicional _ reforça Rogério Kerber, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips). 

 Também há o drama dos funcionários, que enfrentam alagamentos e perdas onde vivem. Tudo isso impossibilita o funcionamento das unidades. 

_ Não depende das empresas, depende da infraestrutura pública para a remoção de barreira, recuperar pontes que caíram. Isso é coisa para dias _ pondera Kerber.

Nas indústrias de lácteos, conforme o Sindilat-RS, 40% do leite captado no Estado está tendo problema de atraso, recebimento ou impossibilidade de coleta dos volumes nas propriedades. 

_ A situação é super complexa, as empresas estão hora a hora tentando cooperar, para que possam "beber" o leite mais próximo das suas fábricas, fazendo essa troca entre elas, para que a menor quantidade de produtores seja atingida, para que todo mundo consiga resgatar o leite _ diz Guilherme Portella, presidente do Sindilat-RS. (Gaucha ZH)


Uruguai – Captação de leite, em março, foi a mais baixa para um mês de março, desde 2017

Produção/UR – A captação de leite pelas indústrias de laticínios teve queda moderada, em março, mas foi suficiente para ser o menor volume registrado em um mês de março, desde 2017.

Foram 132,72 milhões de litros, recuo de 0,4% em comparação com março do ano passado, de acordo com os dados publicados pelo Inale.

A queda ocorreu depois de dois meses consecutivos de alta, e de um aumento interanual significativo de 7,0%, em fevereiro.

“A situação climática está impactando seriamente”, comentou à Conexão Agropecuaria, Justino Zavala, integrante da diretoria da Associação de Produtores de Leite de Canelones.

“Nos primeiros 15 dias de abril a captação da Conaprole caiu 6,3% em relação ao mesmo período de 2023. O efeito das chuvas foi sentido na produção, com menor conforto para o gado, mais barro e vacas que precisaram ser retiradas das pastagens”.   (INALE – Instituto Nacional de La Leche)

Informativo Conjuntural 1813 de 02 de maio de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos apresentam boas condições, apesar da baixa oferta de pasto devido ao período de transição entre as pastagens de verão e da implantação das de inverno. A produção leiteira vem sofrendo queda, sendo necessário manter as suplementações com ração e silagem. Seguem os relatos de alta infestação por carrapato, o que demanda tratamentos frequentes.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores enfrentam desafios em função do período chuvoso, que dificulta a locomoção dos animais e os trabalhos de higiene na ordenha, além de atrasar a implantação e o desenvolvimento das pastagens de aveia e azevém. Embora algumas áreas estejam prontas para o pastejo, o solo não oferece condições ideais.

Na de Caxias do Sul, a produção de leite continua enfrentando desafios por causa do vazio forrageiro, mas as forrageiras se desenvolvem bem em muitas propriedades, aumentando a disponibilidade de alimento de qualidade.

Na de Erechim, houve leve queda na produção de leite em decorrência da transição das forrageiras de verão para as de outono/inverno. As temperaturas amenas contribuíram para o conforto dos animais.

Na de Frederico Westphalen, o cultivo de cereais de inverno para a alimentação animal está aumentando, exigindo um planejamento forrageiro cuidadoso para melhorar a eficiência na produção leiteira.

Na de Passo Fundo, houve relato de aumento na oferta de terneiros em leilões locais, além de boa procura por animais jovens para invernar.

Na de Pelotas, tem sido um desafio para os produtores controlar a alta população de carrapato e mosca. A colheita de milhosilagem está quase finalizada, destacando-se pela boa produtividade e qualidade das lavouras.

Na de Porto Alegre, a infestação por carrapato está exigindo tratamentos mais frequentes, afetando a saúde animal e a comercialização de leite devido aos períodos de carência, necessários após a aplicação de carrapaticidas.

Na de Santa Rosa, a ocorrência de chuvas intensas, o tempo nublado e a alta umidade do solo dificultaram o manejo do rebanho e os trabalhos de ordenha, resultando em maior sujeira nas instalações.

Na de Soledade, há relatos sobre a indisponibilidade de vacinas de brucelose no mercado, impedindo a realização da vacinação obrigatória das terneiras (entre 3 e 8 meses de idade). (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 02 A 08/05/2024
Na sexta-feira (03/05), o sistema frontal deverá se deslocar em direção ao Nordeste do Estado, porém a previsão aponta que o transporte de umidade amazônico favorecerá a formação de novas áreas de instabilidade sobre o RS ao longo do dia. As áreas ao Norte, Nordeste e Centro do Estado serão as mais suscetíveis à ocorrência dos principais acumulados de chuva ao longo do dia. No sábado (04/05), as condições meteorológicas previstas para o dia anterior deverão persistir, embora o sistema possa perder força ao longo do dia. Ainda assim, há possibilidade de temporais isolados, principalmente no Norte do Estado. No domingo (05/05), a previsão indica que o escoamento que transporta umidade para o Norte do RS sofrerá um desvio, o que resultará em chuvas em outras regiões do Estado. Na segunda-feira (06/05), a tendência é que as instabilidades deverão estar deslocadas para o Sul do Estado, podendo ainda ocorrer chuvas e até tempestades isoladas nas regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Litoral Sul e no extremo sul do RS. Para as demais regiões, o tempo deverá ser firme e seco. Na terça-feira (07/05), a previsão indica ainda possibilidades de chuvas nas regiões ao Sul do Estado. Na quarta-feira (08/05), um novo sistema frontal poderá atuar sobre o RS, resultando em volumes de chuva em todo o Estado.Os volumes de chuva mais expressivos para os próximos dias são esperados para as regiões dos Vales, Metropolitana e Serra Gaúcha, com valores entre 150 e 250 mm. Nas regiões da Missões, Planalto Médio, Depressão Central e Alto Uruguai, os volumes devem ficar entre 50 e 200mm. Na Campanha, divisa com o Uruguai, e Região da Serra do Sudeste, os acumulados deverão ficar entre 10 e 150mm. Na Fronteira Oeste, os acumulados deverão ser inferiores a 20 mm. (Seapdr)


 

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Porto Alegre, 16 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.126


Nova edição da Revista RS 360 traz dados do início de 2024 para o setor leiteiro gaúcho

Já está disponível a 18ª Edição da Revista RS360, com os dados coletados e organizados pela Fazenda Estadual sobre o desempenho do setor leiteiro do Rio Grande do Sul. A publicação está disponível para acesso e leitura clicando aqui. A partir da página 82, os números apurados trimestralmente pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz) comparam informações para itens como volume de vendas, compras, bens de capital, fluxo interestadual de mercadorias, entre outros. A análise tem fevereiro como mês de referência e é assinada por Michel Millem Camara, auditor-fiscal da Receita Estadual. 

O conjunto de informações será discutido na quarta rodada do programa Diálogos Setoriais, Desenvolve RS - programa do Governo Estadual, com a participação de representantes da Sefaz e do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS): Guilherme Portella, presidente, Darlan Palharini, secretário-executivo, e Angelo Paulo Sartor (RAR Alimentos), diretor-tesoureiro. “O Sindilat tem acompanhado este trabalho do Executivo estadual desde a primeira edição, utilizando os dados para compor as análises que faz, incorporando as informações para a tomada de decisões sobre o desenvolvimento do setor”, indica Palharini. 

A live está programada para terça-feira, dia 23/04/2024, às 14h. A participação é aberta ao público, que pode acompanhar a transmissão clicando aqui. Os vídeos anteriores estão disponíveis no canal do YouTube da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (youtube.com/@SefazdoRS). As edições da Revista 360 ficam salvas no site que pode ser acessado aqui.


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

 

A produção de leite na Austrália continua crescendo na comparação interanual

Leite/Oceania – De acordo com a Dairy Australia a produção de leite, em fevereiro de 2024 foi de 601,8 milhões litros, 8,7% superior à de fevereiro de 2023. O crescimento foi registrado em todas as regiões, com o percentual mais elevado, de 10,3% em Victoria. 

Desde o início da temporada, julho de 2023, até fevereiro de 2024 o volume acumulado é de 5.949 milhões de litros, 3,1% de aumento em comparação com o mesmo período da temporada anterior. O Monitor do Preço de Insumos divulgado recentemente, informa que as chuvas ficaram abaixo da média no Sul da Austrália, com temperaturas mais altas do que a média. Mas, chuvas acima da média foram registradas em parte do oeste e norte do país. A seca fez aumentar a procura por alimentação animal, pressionando os preços nos mercados de grãos, em meio à maior demanda por confinamento de animais no norte. “O clima favorável nos meses de verão e os bons preços aos produtores contribuíram para o forte aumento da produção de leite no país”, diz um relatório setorial. E, havendo continuidade da produção de leite nos próximos meses, a temporada atual deverá ter um volume de 3% a 4% acima da temporada 2022/2023.

Foi anunciado, recentemente, um programa mais ecológico, acrescentando à ração das vacas a alga vermelha da Tasmânia, que promete reduzir a emissão de gases pelos animais. O programa conseguiu fazer com que as embalagens do leite já sejam 100% recicláveis.   

Durante o GDT 353, na primeira semana do mês, os preços aumentaram para a maioria dos produtos negociados, registrando queda apenas para a manteiga em pó e a lactose. Enquanto isso, o volume de produtos negociados durante o evento caiu em relação ao evento anterior e também é a menor venda realizada desde maio de 2020.

Na Nova Zelândia, o preço do leite já foi reajustado em mais 10 centavos, passando para NZ$ 7,72/kgMS, logo após o GDT. O aumento registrado nas cotações do leite em pó integral e desnatado sustentaria esse novo reajuste.

A previsão para os preços do leite na temporada 2024-2025 também foi reajustada em 18 centavos, para chegar a NZ$ 8,49/kgMS. O Ministério das Indústrias Primárias da Nova Zelândia divulgou, recentemente, um boletim informando que a última fazenda com Mycoplasma bovis foi eliminada, reduzindo o número de casos confirmados para zero. Apesar disso, ainda estão prevendo que algum caso possa surgir na próxima temporada. Na Nova Zelândia, o Ministério está no 6º do programa de erradicação que tem prazo de 10 anos. Então a partir de agora, passa para uma fase centrada na vigilância. O Ministério lembra que a capacidade do Mycoplasma bovis passar despercebido clinicamente cria a necessidade de anos de coleta de dados e de nenhum caso novo de infecção para ter certeza de que as fazendas da Nova Zelândia estarão livres da bactéria.


Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


Jogo Rápido

SINDILAT/RS: Inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira - Cases de Sucesso - vão até 14 de junho
As inscrições para as categorias de “Cases de Sucesso” do 3º Prêmio Referência Leiteira encerram-se no dia 14 de junho. O regulamento e a Ficha de Inscrição estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS e também podem ser acessados clicando aqui. “Ao longo das edições temos, através dos destaques, alcançado tanto a divulgação das melhores práticas, quanto o reconhecimento de quem se dedica no campo, bem como a propagação dessas ações como inspiração para quem está na produção”,  assinala o vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), entidade promotora da ação, juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Estão aptas para participarem, propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul e que comercializam leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. As melhores práticas da produção leiteira gaúcha serão destacadas entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.  Conforme o regulamento, cada propriedade pode se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas no regulamento, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br).  As melhores em cada Cases de Sucesso, serão conhecidas durante a Expointer 2024, juntamente com as melhores nas categorias Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 

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Porto Alegre, 25 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.112


Competitividade da produção de leite: onde estamos?

No 16º Fórum MilkPoint Mercado, o segundo bloco concentrou-se na temática da "Competitividade da produção de leite: onde estamos?"

Expedito Netto inaugurou as palestras com uma análise dos resultados e avanços do programa Educampo, do Sebrae-MG. Ele destacou o crescimento da participação de confinamento, a importância crucial da gestão para aumentar a eficiência e manter a atividade, a evolução da produção de leite por hectare e seus efeitos nos níveis de qualidade.

Um ponto central abordado foi o sistema de pagamento do leite, que remunera tanto por volume quanto por qualidade, oferecendo níveis superiores para os sistemas confinados.

Ao analisar o histórico de custos de produção por litro, Expedito destacou que o fechamento de 2023 foi desafiador para os produtores de leite, com o preço caindo abaixo do nível de equilíbrio do custo de produção.

Expedito Netto ressaltou a importância da previsibilidade de mercado para os produtores, permitindo estratégias de investimento mais assertivas e a capacidade de mitigar riscos em períodos adversos. Ele salientou que as fazendas geralmente têm dificuldade em ajustar os custos com rapidez suficiente para compensar quedas nas receitas, destacando a necessidade de um controle estratégico de médio prazo dos custos de produção.

Outro ponto crucial foi a correlação entre a produtividade por vaca e o custo de produção por litro de leite, indicando que produtores mais eficientes tendem a ter custos menores de produção. No entanto, produzir mais implica em gastos maiores e, inevitavelmente, demanda um maior nível de investimento.

Na sequência, Ronaldo Macedo, CEO da CIA do Leite, ampliou a discussão para as mudanças em curso no mundo e a constante inovação na cadeia produtora de leite.

No contexto da cadeia do leite no Brasil, mesmo com avanços, há um reconhecimento de que a atividade está defasada em relação a outros países. A falta de controle de custos e outros aspectos, como estrutura, manejo, dieta e sanidade, são evidenciados como áreas a serem melhoradas.

A mudança, enfatizou o palestrante, não acontecerá sem investimento. Ele apontou a necessidade de uma mudança na relação comercial e gerencial dentro da cadeia do leite, entre indústrias e produtores, com propostas de fornecer vacas de alta produção para produtores menores como uma das possibilidades.
Para fechar o bloco, Gonzalo Berhongaray, do CREA da Argentina, discutiu aspectos da competitividade da produção de leite  na Argentina.

No panorama das exportações argentinas, onde o país se destaca como o décimo maior exportador, os lácteos representam apenas 2% do total das exportações agrícolas. Este cenário contrasta com o elevado consumo interno de lácteos, que corresponde a cerca de 75% de toda a produção nacional, deixando apenas 25% para exportação.

Em algumas regiões do país, há uma competição de terra com outras produções agrícolas, como a bovinocultura de corte, o cultivo de milho, trigo, entre outros.

A distribuição da produção de leite na Argentina mostra que 30% ocorre em sistemas extensivos, a pasto, 33% em sistemas mistos e 37% em sistemas intensivos. Independentemente do sistema, a produção de leite apresenta margens brutas superiores às de outras atividades agrícolas. Os custos são distribuídos, sendo 56% relacionados à alimentação, 16% à cria e recria e 4% às forrageiras.

No entanto, nos últimos anos, houve uma redução na margem bruta da produção de leite em relação ao histórico do país, acompanhada por um significativo aumento nos custos com alimentação concentrada.

As estratégias adotadas pelo país incluem foco no bem-estar animal, melhoramento genético, nutrição, eficiência e sustentabilidade ambiental. Algumas fazendas estão buscando produzir mais com menos, adotando práticas que reduzem o uso de insumos, por exemplo.

Apesar da boa competitividade no mercado internacional, a produção na Argentina enfrenta diversos desafios, como  infraestrutura precária, incluindo estradas rurais e instalações inadequadas em alguns laticínios, que resultam em baixa eficiência. Questões econômicas, como a falta de crédito e financiamento, e lacunas políticas, onde o país carece de uma política leiteira clara, também são limitantes significativos.

Em conclusão, a competitividade do setor lácteo argentino é impulsionada pela disponibilidade de terra e vantagens competitivas em diferentes sistemas de produção, além das tecnologias que têm impulsionado o crescimento do setor. No entanto, a falta de políticas públicas eficazes representa um desafio significativo para a sustentabilidade e o desenvolvimento contínuo do setor. (Milkpoint)


Espera-se que as compras de leite em pó da China aumentem até o final de 2024

Durante a conferência anual Price Outlook 2024, realizada pelo Inale na terça-feira, 20 de março, em sua sede, a economista Mercedes Baraibar apresentou um panorama do que o mercado internacional de lácteos deixou em 2023 e fez algumas projeções sobre o que pode acontecer no restante deste ano.

A integrante do Departamento de Informações e Estudos Econômicos da Inale disse que, no atual contexto internacional, não são esperadas variações significativas na produção das principais regiões exportadoras (União Europeia, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos). Nos últimos dois anos, a produção mundial ficou estagnada devido a margens apertadas e eventos climáticos adversos que não incentivaram o aumento da produção.

Baraibar mostrou que, apesar da forte volatilidade do mercado internacional de lácteos, quando analisado em uma perspectiva de longo prazo, isso é deixado de lado. Por exemplo, o preço médio do leite em pó integral em 2023 foi de US$ 3.106/t, muito próximo da média de US$ 3.158/t registrada entre 2014 e 2023 na Oceania.

O especialista indicou que, do lado da demanda, não houve recuperação nas importações de leite em pó integral da China em 2023, embora tenha havido uma recuperação nas importações de outros produtos.

A China tem a chave

No comércio internacional de leite em pó integral, o principal produto de exportação do Uruguai, a chave para os preços é dada pelas compras feitas por dois grandes players: China e Argélia. A potência asiática fez compras de leite em pó integral de apenas 403.000 toneladas em 2023, bem abaixo das 701.000 toneladas em 2022 e das 849.000 toneladas em 2021.

"A variabilidade na demanda por importações da China tem um forte impacto sobre os preços do leite em pó integral", disse ele. De acordo com Baraibar, em 2024, espera-se que a China retome níveis mais altos de importações até o final do ano, embora eles estejam abaixo da média histórica.

As informações são do Tardáguila, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1807 - BOVINOCULTURA DE LEITE

A transição de estações e a consequente redução da qualidade das forrageiras provocaram um maior esforço na manutenção da produção de leite, exigindo ajustes nas dietas por meio do aumento nos volumes de silagens e da melhoria na qualidade nutricional das rações. Apesar dos cuidados e das ações preventivas para o controle de ectoparasitas, observou-se um aumento no número de carrapatos nos rebanhos criados em sistema de pastagem. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite em Bagé, Candiota e Hulha Negra estão enfrentando queda gradual na produção de leite devido à menor oferta de forragem verde e à redução na qualidade das forrageiras, causada pelo encerramento do ciclo das pastagens e pelos efeitos da estiagem, que durou cerca de 60 dias. 

Na de Caxias do Sul, a saúde dos bovinos de leite está dentro da normalidade para o período; foi realizado controle de ectoparasitas, especialmente carrapato, berne, mosca-dos-chifres e miíase. Na de Erechim, as temperaturas extremas causaram desconforto corporal nos animais, resultando em leve diminuição da produtividade. 

Na de Frederico Westphalen, os produtores estão sendo incentivados a planejar o cultivo de cereais de inverno para silagem, visando à redução de custos e à garantia de reserva alimentar para o rebanho, o que enfatiza a importância do planejamento forrageiro para melhor eficiência técnica, produtiva e econômica. 

Na de Ijuí, a produção continua estável e os animais apresentaram melhor escore corporal em 
comparação ao ano anterior em função da maior produção e qualidade dos alimentos. 

Na de Passo Fundo, os animais mantêm adequado escore corporal. Não foram registrados problemas sanitários nos rebanhos, e são realizados a manutenção das vacinas e o controle de endo e ectoparasitas. 

Na de Pelotas, as temperaturas mais altas e úmidas prejudicaram o conforto e o desempenho dos animais, afetando o pastejo. 

Na de Porto Alegre, os rebanhos estão em boa condição corporal e nutricional. Há oferta forrageira satisfatória, e ainda se dispõe de pastagem de verão em algumas propriedades. No entanto, há alta infestação por carrapato, que tem provocado tristeza parasitária e óbitos. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro está em boas condições sanitárias e produtivas. 

Porém, em Júlio de Castilhos, os períodos de altas temperaturas e de baixa umidade do ar causaram estresse térmico nas vacas leiteiras, podendo afetar a produtividade e a qualidade do leite. 

Há focos de mastite nas propriedades e diversos casos de alto contagem de células somáticas no leite de algumas propriedades. No geral, a maioria dos produtores está entregando leite dentro dos padrões exigidos pela legislação. 

Na de Soledade, os produtores iniciam o planejamento da semeadura de espécies forrageiras de inverno, como aveia e azevém, cujos preços estão significativamente mais altos em comparação ao ano anterior. (As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Argentina – O faturamento das fazendas leiteiras caiu 8,1% no ano
Os números da produção de leite no início de 2024 não são dos melhores. Nos dois primeiros meses do ano, o faturamento médio das fazendas leiteiras do país caiu 8,1%, sendo que o faturamento de fevereiro recuou 12,5% em relação a janeiro, segundo o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla). Para o cálculo, toma-se a produção mensal de uma fazenda média com base nos dados do Sistema Integrado de Gestão da Leiteria Argentina (Siglea), e multiplica-se pelo preço médio e o resultado é atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). “A variação interanual de janeiro de 2024 em relação a janeiro de 2023, em pesos, foi de -9,7%, resultado de uma queda de 8,8% da produção e redução de 0,9% no preço”. Faturamento mensal em US$ em moeda estrangeira, a perda de faturamento dos estabelecimentos ainda é maior. Segundo o Ocla, em relação ao mês anterior (janeiro), a queda de fevereiro, em dólares, foi de 2,7%. Com relação a igual mês de 2023, a perda é de 19%, e no acumulado do ano (janeiro e fevereiro de 2024 em relação a janeiro e fevereiro de 2023), a perda é de 24,2%. (Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 
 

As inscrições encerram-se, impreterivelmente, às 23:59h do dia 14 de junho de 2024.

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