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Integrantes da Aliança Láctea, formada por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, promoveu reunião nesta quarta-feira (19/08) em Florianópolis (SC), para discutir o panorama da produção na região Sul. No encontro, que contou com a presença de secretários de agricultura dos três estados e equipes técnicas, foi discutido o programa de pagamento da matéria prima do leite por qualidade.

Representando do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Renato Kreimeier, apresentou o modelo adotado na Cooperativa Languiru, onde é vice-presidente. A política de pagamento por qualidade tem como embasamento uma série de critérios. Por exemplo, há diferenciação no valor pago pelo leite que apresentar maior nível de proteína e gordura. O case foi considerado interessante pelos presentes.

Os representantes estaduais também aproveitaram o encontro para descrever a realidade da cadeira leiteira em cada Estado. Ao longo do evento, também foram realizados workshops, onde foram apresentadas as demais atividades desenvolvidas por cada um dos Estados.

A Aliança Láctea é uma iniciativa dos três estados do sul para desenvolver a cadeia produtiva do leite na região. Com problemas e oportunidades comuns, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul se unem em um fórum permanente que congrega produtores, governo e indústrias em busca de um desenvolvimento harmônico do setor.

alexandreAlexandre Guerra, vice-presidente do Conseleite

Projeção divulgada nesta terça-feira (18/8) pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do RS (Conseleite) indica que o preço do litro do leite padrão pago ao produtor em agosto deve ficar em 0,8291, valor 2,75% menor do que o consolidado de julho (R$ 0,8526), quando o resultado já apresentou queda de -0,89% em relação à projeção de 0,8602. Os número foram apresentados pelo vice-presidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Contudo, alerta o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, a tendência é de estabilidade uma vez que a produção durante a safra não deve atingir o crescimento histórico esperado.

Tabela 1
Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Julho de 2015.

Matéria-prima Valores Projetados Julho / 15

Valores Finais

Julho / 15

Diferença

(final – projetado)

I – Leite acima do padrão 0,9892 0,9804 -0,0088
II – Leite Padrão 0,8602 0,8526 -0,0076
III – Leite abaixo do padrão 0,7742 0,7673 -0,0069

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

Tabela 2
Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Agosto de 2015.

Matéria-prima

Agosto /15 *
I – Leite acima do padrão (Maior valor de referência) 0,9535
II – Leite Padrão (Preço de referência) 0,8291
III – Leite abaixo do padrão (Menor valor de referência) 0,7462

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

 

 

Audiência Pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo (Marcos Eifler | Agência ALRS)

A necessidade da vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul foi discutida em audiência pública nesta segunda-feira (17/08) na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. O encontro contou com a participação de entidades e órgão públicos ligados à área. A questão é importante porque o status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação permitiria o acesso da carne do RS a mercados hoje restritos. O status é entendido pela maioria dos participantes como uma meta a ser atingida. Atualmente, o Rio Grande do Sul é livre da doença com vacinação. Vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, deputado Sérgio Turra (PP), coordenou a audiência. 

Segundo o chefe do serviço de saúde animal da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado, Bernardo Todeschini, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entidade que reconhece o status sanitário, exige um enfoque técnico-científico nesta decisão. “O primeiro passo será verificar quais as condições necessárias para o avanço de status. Cada item levantado será checado de maneira quantitativa e, a partir disso, monta-se um futuro plano de ação.” explicou. 

No Rio Grande do Sul, o último foco da doença foi registrado em 2001 e, desde o ano seguinte, não há circulação do vírus no território gaúcho. No Brasil, somente Santa Catarina tem a condição de livre de febre aftosa sem vacinação.

Para se enquadrar às normas exigidas pela OIE é preciso cumprir requisitos técnicos que vão da análise do sistema de vigilância sanitária, passando pelo controle eficiente até o volume de recursos necessários para cobrir esses gastos. “No momento em que se para de vacinar, por exemplo, a responsabilidade será toda do governo. Sem um grande consenso, não teremos condições de avançar. O estado, a União e os produtores rurais estão fazendo a sua parte, mas questões como imunização e eficiência vacinal fazem parte de um processo necessário e longo”, advertiu o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado (Seapa), Ernani Polo, que participou do encontro.

Para o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, é preciso cautela para garantir segurança com a suspensão da vacinação. O presidente da o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Antônio Jorge Camardelli, disse que a decisão deve ser fruto de um consenso, mas que para atingir alguns mercados internacionais, o RS deverá avançar no status sanitário.

Fonte: Com informações da Assembleia Legislativa do RS 

Um robô com capacidade de identificar e ordenhar vacas começou a funcionar nesta sexta-feira (14/08) numa propriedade leiteira no município de Paraí, no Interior do Rio Grande do Sul. Esse é o primeiro equipamento a entrar em operação no Estado. Sozinho, ele tem capacidade de identificar o animal, por meio da leitura de um sensor, destinar a quantidade de ração ideal, fazer a higienização e, posteriormente, a ordenha. E mais do que isso. Durante o processo de retirada do leite, o robô consegue identificar a qualidade do leite, separando aquele que não seja adequado.

A aquisição foi feita pelo proprietário Pedro Nólio, associado da cooperativa Santa Clara. Além da automatização, outra vantagem é que o equipamento funciona 24 horas. O valor total do investimento foi de R$ 1 milhão, que envolve o equipamento (importado da Holanda) e as adequações na propriedade. A capacidade é de retirada de 2 mil litros de leite por dia, similar à produção atual.

Segundo o presidente do Sindilat e da Santa Clara, Alexandre Guerra, o equipamento é um passo a mais na busca pela excelência do leite produzido no Estado. Isso porque há maiores garantias da qualidade e um cuidado mais detalhado do animal.

Segue até o domingo (16/08) a 18ª edição da Expofeira, no município de Santo Augusto, na região do Celeiro, no interior gaúcho. Realizada no Parque de Exposição do Sindicato Rural, a Expofeira é uma grande oportunidade de negócios e aperfeiçoamento. Isso porque os visitantes poderão participar de exposição de gado leiteiro e de palestras, além de conhecer as novidades ligadas ao maquinário. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) é um dos parceiros da Expofeira. 

Segundo o coordenador da Feira, Jorge Rodrigues, neste ano, deverão circular mais de 20 mil pessoas pelo parque de exposição ao longo dos quatro dias de programação, que teve início na quinta-feira (13/8). “No final de semana, acreditamos que será o auge da Expofeira porque atrairá muitas pessoas de outros municípios”, explicou Rodrigues, que também é diretor financeiro da Farsul. Paralelamente à 18ª Expofeira, ocorre o 8º Canto Nativo, que terá entre as atrações, shows e apresentações artísticas.

Apesar de a situação econômica do país ser delicada, Rodrigues ressalta que esse é o momento ideal para o setor leiteiro mostrar criatividade e ousadia. “É na crise que temos a oportunidade de sobressair, além de podermos mostrar toda a pujança da produção regional”, ressaltou. Uma demonstração é o concurso de pista, previsto para este sábado (15/8), quando haverá a apresentação dos animais. Nesta sexta-feira (14/8), o destaque da programação foi o concurso leiteiro.

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) iniciou nesta semana uma forte mobilização junto aos deputados estaduais contra o Projeto de Lei 214, que teve pedido de urgência encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa. A proposta ingressou na Comissão de Constituição e Justiça na quarta-feira (12/8) e passará a trancar a pauta. Pelo regramento, os deputados têm até o dia 8 de setembro para votarem a matéria em plenário.

O PL 214 reduz em 30% os créditos presumidos concedidos pelo governo gaúcho às indústrias, prejudicando a isonomia das empresas gaúchas perante aos outros estados da federação. Na prática, para o Sindilat, isso significará perda de competitividade e desestímulo à economia gaúcha, uma vez que a ação motivará a desistência de muitos produtores da atividade leiteira e a desaceleração da indústria em investimentos no Estado do RS.

Preocupado, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, esteve reunido com parlamentares para articular reação à medida, que julga danosa a todo o agronegócio e, inclusive, à economia dos municípios gaúchos. Comitiva do Sindilat esteve com os deputados Elton Weber (PSB), Jorge Pozzobom (PSDB) e Gabriel Souza (PMDB). "Essa mudança pega o setor lácteo em um momento delicadíssimo, quando o aumento das importações e a diminuição das exportações vêm esmagando a rentabilidade da atividade. Se aprovado, o PL 214 afetará mais de 100 mil famílias, que estão distribuídas em 95% dos municípios gaúchos, ligadas à produção do leite", pontua, lembrando que a perda de competitividade, sem dúvida, acarretará em redução de mais de três centavos do valor pago pelo litro do leite.

ara o deputado Elton Weber (PSB) é preciso uma avaliação criteriosa do impacto do PL 214 sobre a renda do agricultor. Weber justifica que um eventual repasse da elevação de tributo ao preço seria muito prejudicial num ano em que já houve forte aumento de custos no campo, ao redor de 15%. “Nós já tivemos elevação dos custos produtivos e o aumento de impostos consequentemente deverá ser repassado ao preço pago ao produtor, afetando novamente a sua renda.”

Para agravar ainda mais a situação, o governo estadual publicou o decreto 52.392, em junho deste ano, que determina que, a partir de 1º de janeiro de 2016, passará a tributar os insumos, medicamentos e equipamentos utilizados no agronegócio, o que irá aumentar ainda mais o custo do produtor. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, se entrar em vigor, essa medida fará com que todos os insumos e equipamentos utilizados na produção láctea fiquem mais caros. “As propostas poderão fazer com que o produtor desista e busque outros estados. Isso mostra que o governo do Estado não está aberto ao diálogo com o setor produtivo.”, comentou Guerra.

 

Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, em debate com produtores

Mais de 200 produtores, técnicos e autoridades da região do Alto Jacuí, no interior gaúcho, discutiram nesta quinta-feira (13/08) os desafios do setor lácteo no Rio Grande do Sul. No evento, que foi promovido pela Cooperativa Tritícola de Espumoso (Cotriel) e ocorreu no município de Campos Borges, o público acompanhou a apresentação do presidente do Sindicato da Indústria dos Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, sobre as perspectivas do segmento neste segundo semestre do ano no Estado.  

Guerra também demonstrou preocupação com o projeto de Lei do governo do Estado (PL 214), que irá impactar diretamente as indústrias e produtores gaúchos. Isso porque, se aprovado, representará redução de 30% nos créditos presumidos de ICMS. Na prática, avalia Guerra, a medida compromete a competitividade das empresas gaúchas, além de ser um desestímulo à produção. Em função do regime de urgência, a proposta deverá ser votada até o dia 8 de setembro na Assembleia Legislativa.

Durante sua palestra, Guerra ressaltou a importância do papel do produtor diante do atual contexto do setor, em especial, no que se refere à qualidade do leite e à prática de medidas e procedimentos que garantam competitividade no panorama internacional. 

Foto: Divulgação/Sindilat

Reunidos com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, por mais de uma hora na tarde desta quarta-feira (12/8), representantes do setor lácteo cobraram políticas públicas que ajudem o setor a estabilizar o déficit da balança comercial. Durante o encontro, agendado pelo deputado federal Alceu Moreira, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) sugeriu a criação de um grupo de trabalho para debater as distorções de mercado que vêm reduzindo as exportações e elevando as importações de produtos lácteos. Durante o encontro, Kátia Abreu ainda anunciou a habilitação da planta da Dália Alimentos, de Arroio do Meio, para exportação para a Rússia.

"A ministra foi bastante receptiva aos pleitos e mostrou disposição em auxiliar o setor", pontuou o 1º vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, ao sair do encontro, que contou com representantes nacional da cadeia produtiva. A intenção é que o governo federal possa adotar alguma ferramenta que equipare o preço dos produtos que ingressam no Brasil ao valor padrão auditados pelo Conseleite/RS. Um exemplo preocupante é o leite em pó. Enquanto o quilo do produto nacional apurado pelo Conselho é de R$ 11,10 o quilo, o similar importado chega ao mercado brasileiro por R$ 6,09, uma diferença de R$ 5,01 por quilo.

No entanto, a maior preocupação dos laticínios é fomentar as exportações. Para isso é preciso apoio do governo para que as empresas brasileiras tornem-se competitivas no mercado externo. Apenas no Rio Grande do Sul há mais de 105 mil famílias de produtores de leite (1,05 milhão no país).

Dados recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que o Brasil importou 51,65 milhões de quilos de leite em pó (integral e desnatado) nos primeiros sete meses de 2015, contra 27,47 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 88,02%, representando 24,18 milhões de quilos).

Já as exportações de leite em pó do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. Nos primeiros sete meses de 2015, o país exportou 17,37 milhões de quilos, contra 23,33 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (queda de 25,55%, equivalendo a 5,96 milhões de quilos).

Foto: Carlos Silva / Mapa

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Foi realizado nesta quarta-feira (12/8) o 1º Fórum Norte Gaúcho do Leite, no município de Sertão, no Alto Uruguai. O evento serviu para divulgar as boas práticas de produção, as novidades em pesquisa, gestão e mercado, dando ênfase a estratégias criativas e sustentáveis. Ao lado de mais de 400 produtores rurais, que lotaram o auditório do Centro Cultural 5 de Novembro, o Sindilat também marcou presença no evento.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, foi um dos palestrantes e abordou a situação dos cenários nacional e internacional do comércio de leite, em especial do leite em pó. No encontro, ele também aproveitou para ressaltar a importância da profissionalização dos produtores, para que a indústria possa ter um produto de alta qualidade. “Para isso é preciso trabalharmos com a sanidade, os equipamentos (refrigeradores de expansão direta) e os sólidos (proteína e gordura). Associado a isso, ainda temos as boas práticas de produção”, afirmou o presidente.

Como ampliar a produtividade, para tornar a produção mais competitiva e auxiliar na conquista de novos mercados, foi outro tópico discutido por Guerra. Nesta questão, ele manifestou preocupação diante das medidas capitaneadas pelo governo do Estado do RS (um projeto de lei e um decreto), que afetam seriamente a competitividade do setor. 

Na programação do evento, o público formado basicamente de produtores, técnicos e estudantes acompanhou, além das palestras técnicas, uma mostra de trabalhos científicos e ouviu experiências de sucesso no setor. Foram abordados temas como o manejo de silagem, a importância econômica da atividade leiteira e a influência do melhoramento genético, além da nutrição, conforto animal e reprodução na produção de leite.

O 1º Fórum Norte Gaúcho do Leite é promovido pela Prefeitura de Sertão, Sindicato Rural, Emater/RS-Ascar, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Acisas, entre outras entidades. Além disso, conta com o patrocínio da Cooperativa Santa Clara, Tortuga, Queijaria Schneider, Metalúrgica Guiana, Resolpec, Sicredi Estação e Produtécnica.

Reunido na tarde desta terça-feira (11/8) na sede do Sindilat, o Conselho Técnico Operacional da Pecuária de Leite do Fundesa debateu a proposta de um programa de incentivo à certificação de propriedades livres de Brucelose e Tuberculose. A reunião extraordinária foi coordenada pelo presidente do conselho, Jorge Rodrigues, e deu continuidade ao estudo da ação, que ainda está sendo desenhada pelo grupo.