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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.960


Uso de aplicativo auxilia no manejo do plantio

A plataforma Smart Coop, que conecta 65 estações meteorológicas, a maior rede de monitoramento do Rio Grande do Sul, permite a Vagner Rannow, agricultor de Ibirubá, tomar decisões antecipadas aos caprichos do clima

As cooperativas agropecuárias gaúchas contam com a maior rede privada de estações meteorológicas do Rio Grande do Sul. São mais 65 estações conectadas e plugadas no Smart Coop, com boletins disponíveis na palma da mão de pessoas como Vagner Gabriel Rannow, 29 anos, associado da Cotribá e produtor rural em Ibirubá. É na plataforma Smart Coop que o jovem acessa recomendações da Rede Técnica Cooperativa (RTC). “Tem ajudado bastante, principalmente porque dá para olhar a previsão do tempo e tomar os cuidados para as aplicações. É difícil dar zebra”, diz Vagner, que cultiva 40 hectares na localidade de Linha 3, com foco na produção de leite, junto aos pais, Lauri e Leni, a esposa, Gabriela, 24 anos, grávida de sete meses, e o filho, Victor, de quatro anos.

São 38 vacas em lactação, que produzem de 25 mil a 30 mil litros mensalmente. Vagner seguiu os passos do pai e está associado à Cotribá desde os 18 anos de idade. Recebendo assistência técnica da cooperativa, o produtor utiliza o Smart Coop também para gerir atividades de manejo dos plantios de trigo grão e silagem e pastagem de azevém. E conta com apoio do agrônomo Adriano Scholze Tramontini, consultor técnico da Cotribá há dois anos. No seu dia a dia, Tramontini busca ajudar o associado menos afeito a tecnologias a se familiarizar com o aplicativo.

“É fantástica, uma baita plataforma, mas alguns produtores ainda não o utilizam em sua totalidade, não por problema de conectividade, mas por uma questão cultural”, analisa. O agrônomo diz que uma alternativa em alguns casos é envolver um filho ou neto do produtor que tenha mais prática com tecnologia para auxiliar. “O aplicativo não é tão simples, porque não deve ser simples, mas tende a engrenar”, acredita. Se a dificuldade atrapalha, por outro lado os associados acreditam nas informações técnicas. “Esse é um dos diferenciais das cooperativas”, afirma Tramontini.

Na coordenação da área técnica da Cotribá, uma organização com 9,3 mil associados e R$ 4 bilhões de faturamento, o agrônomo Fernando Müller percebe que existe chance para a melhoria na gestão das propriedades rurais. “A plataforma Smart Coop traz essa oportunidade de o produtor ter mais controle dos investimentos que faz, seja na pecuária de corte e leite e na parte agrícola que envolve grãos”, analisa.

À frente de 85 consultores técnicos da Cotribá distribuídos pelo Estado, Müller fala da preocupação de levar informação atualizada ao meio rural. “As tecnologias mudam muito rápido, e a RTC vem a ser uma grande parceira da Cotribá, junto também com a Embrapa”, destaca.

A atuação da cooperativa levou a RTC a trabalhar fora da região de Cruz Alta, realizando estudos em Arroio Grande e Jaguarão, por exemplo, onde a incidência do caruru (planta daninha) gerou preocupações a associados da Cotribá. “Temos situações diferentes em matéria de clima, solo, doenças, pragas, plantas daninhas, sistema de controle de pragas, que requerem atenção de pesquisa para sermos mais assertivos com a recomendação”, avalia. Müller sabe que a disponibilidade e aplicação de informações técnicas é primordial para a produtividade. “Se formos falar em média, tranquilamente posso falar que o programa em si nos ajuda tranquilamente em 10% de ganhos”, estima.

Para replicar as pesquisas da RTC e avançar nos próprios experimentos, a Cotribá está planejando a implantação de uma área experimental, que deve estar pronta para entrar em operação na próxima safra de verão, mas que contemplará todo o ano agrícola, com culturas de inverno. Será nesta área de sete hectares que a cooperativa pretende construir estações de conhecimento com as mais modernas tecnologias do mercado. “Queremos construir isso junto com a RTC e a Embrapa para trazer muita informação para o produtor”, destaca Müller. (Correio do Povo)


Leite/América do Sul

As temperaturas de inverno nas principais regiões produtoras de leite da América do Sul estão acima das médias sazonais, mas amenas de um modo geral. 

Contatos no Uruguai mudaram as expectativas em relação à produção. Eles dizem que temperaturas mais altas durante o dia e noites mais frias são benéficas para o conforto animal. Relatórios indicam que a produção de leite da Argentina se mantém abaixo das expectativas, já que os produtores sofrem ainda com os efeitos da seca, que reduziram a disponibilidade de volumosos e grãos. 

Os preços do leite na região ficaram estáveis e a expectativa de produção de leite no Brasil permanece inalterada, ou seja, ligeiramente otimista, apesar das variações regionais. A produção chilena de leite e colombiana continua oscilando de acordo com o clima frio e/ou outros eventos logísticos adversos, conforme relatórios setoriais.

Embora tenha havido aumento da produção de leite no Brasil, os importadores continuam importando commodities lácteas dos vizinhos. O mercado internacional pressiona os preços das commodities lácteas na região. Os interesses da Argélia continuam intactos. A demanda do Sudeste Asiático está fraca, de acordo com contatos da região. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Recuperação do Índice FAO dos alimentos em julho de 2023

Índices FAO – A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou hoje os preços mundiais dos alimentos. 

Eles registraram alta em julho, em decorrência da extinção do acordo de transporte de grãos pelo Mar Negro e de novas restrições comerciais sobre o arroz.

O recuo dos preços internacionais do milho e do açúcar contrabalançaram, em parte, a importante alta registrada nas cotações do trigo e de óleos vegetais. 

Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos cedeu 0,4% em julho e ficou estável em um valor inferior a 20,6% em relação ao índice de julho de 2022. Depois de uma queda brutal, os preços internacionais do queijo sofreram ligeira alta diante dos impactos do tempo quente e consequente declínio sazonal da oferta de leite na Europa.

O índice FAO dos Preços dos lácteos obteve a média de 116,3 pontos em julho, 0,5 pontos menos em relação a junho, registrando o sétimo mês consecutivo de queda. Ficou 30,2 pontos abaixo do valor registrado no mesmo mês do ano passado. O declínio em julho foi puxado pelas baixas cotações do leite em pó desnatado (SMP) e da manteiga, mantidas pelos subsídios da Europa durante as férias de verão. Também as incertezas em relação aos preços futuros estão mantendo um baixo interesse da demanda importadora nos próximos meses. Do outro lado, os preços do leite em pó integral (WMP) tiveram ligeira recuperação, impactados pelas taxas de câmbio, apesar do aumento da produção sazonal na Nova Zelândia. Após cinco meses de quedas acentuadas, as cotações mundiais de queijo tiveram ligeira recuperação, como reflexo do fortalecimento das vendas para o segmento de serviços de alimentos, além do declínio sazonal da oferta de leite na Europa.  


Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Secretaria da Agricultura segue ampliando o número de estações meteorológicas
O projeto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) de ampliação da rede de estações automáticas para o monitoramento agroclimático e desenvolvimento de produtos específicos para o setor agropecuário do Rio Grande do Sul segue ativo. Na semana passada, foram instaladas mais três estações meteorológicas: em Uruguaiana, Alegrete e São Francisco de Assis, totalizando 58. As últimas 28 foram com recursos do Programa Avançar. “A ideia é aumentar cada vez mais o número de estações até o fim do ano, entre 25 e 30. E, no início de 2024, concluir esse trabalho, totalizando 100, com as já existentes”, explica o meteorologista e coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) da Seapi, Flavio Varone. Ele conta que, a partir de setembro, com a parceria do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+RS,serão instaladas mais duas em áreas com plantios. Conforme Varone, para o Simagro, que gera índices agroclimáticos, isso é “extremamente importante, porque vamos conseguir fazer os índices com os dados efetivos do local”. O projeto Simagro-RS visa estabelecer uma relação de proximidade com o setor agropecuário do Rio Grande do Sul, onde a Seapi fornece a estação, e o produtor entra com uma estrutura para fixação do equipamento e internet para envio dos dados coletados. O produtor/parceiro acessa os dados da sua propriedade num aplicativo gratuito, e as informações de todas as estações são disponibilizadas no site simagro.rs.gov.br. Saiba mais sobre o Simagro-RS: https://www.agricultura.rs.gov.br/simagro-rs (SEAPI)


 
 

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Porto Alegre, 04 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.959


2º dia de Interleite Brasil 2023. Confira o que aconteceu 

O terceiro painel do evento com o tema “Agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar”, teve a primeira apresentação com Eduardo Martins, diretor no Grupo Associado de Agricultura Sustentável/GAAS, que iniciou os trabalhos falando sobre o status atual, resultados e perspectivas para a agricultura regenerativa. 

“É interessante o quanto a interação agricultura e agricultor, devidamente orientada e fundamentada tanto na parte empírica, quanto científica, é capaz de acelerar e fazer com que novas práticas sejam adotadas”, disse Eduardo,  “entendemos que o conhecimento é uma fonte de abundância, onde compartilhar é melhor que competir”. Ao final, Eduardo reforça a oportunidade para o setor leiteiro. “A agricultura regenerativa vai crescer exponencialmente ( …) eu acredito que para o leite essa é uma oportunidade extraordinária.”

Na mesma pegada ambiental, o produtor de leite na Fazenda Santa Luzia em Passos/MG, Maurício Silveira Coelho, trouxe um pouco do que é aplicado e realizado em sua fazenda como estratégias ambientais. Ele conta que instalou uma estação de tratamento de água e que toda água consumida pelos animais e usada nas limpezas passam por essa estação.  Além disso, destacou que todos os dejetos são coletados e tratados. Em uma de suas falas, o produtor menciona “O nosso grande desafio é como nós vamos responder à crescente demanda mundial por mais alimentos, atento aos anseios do consumidor moderno e observando  as regras valorizadas pelo mercado.”  

Continuando a maratona de conhecimento, Verônica Lopes - Gerente de Sustentabilidade e soluções de negócios da DSM e Marcelo Machado - Gerente Técnico de Leite da DSM trouxeram a temática “A fazenda do futuro começa agora”. Marcelo relata os pilares da fazenda do futuro. “A fazenda do futuro vai possuir três grandes pilares. Ela vai precisar ser eficiente, rentável e tem que ser integrada”. O gerente ainda afirmou a necessidade de gestão. “As fazendas precisam de uma gestão melhor, precisa e mais rápida, além da produtividade”. Em continuação ao tema, Verônica aborda sobre sustentabilidade e dentro deste conceito ela traz a questão da redução dos gases de efeito estufa (GEE). A gerente aponta que a preocupação com os GEE é “um movimento global” e que a produção leiteira como as demais atividades econômicas tem a sua parcela. 

A próxima palestra pôde complementar de forma muito apropriada o terceiro painel do Interleite Brasil 2023. Bruna Jardim, Analista de Biometano na empresa Abiogás palestrou sobre “Geração e uso do biogás e do biometano na propriedade leiteira para pequenos e grandes produtores" e destacou o potencial “O biogás tem um potencial gigantesco e esse setor em desenvolvimento está crescendo como uma fonte renovável e aliada com a pegada negativa de carbono”, relatou Bruna.  Dando continuidade ao painel, Marcello Brito, Coordenador da Academia do Agro na FDC-Fundação Dom Cabra, falou sobre a estratégia ambiental na produção de alimentos: oportunidade e necessidade. 

Marcello inicia com o questionamento “quando foi que perdemos a urgência do presente e a prudência do futuro?” e responde no decorrer de sua palestra que o Brasil ainda vive no passado e que está ficando para trás no mercado de carbono. O coordenador falou também do cenário exportação do Brasil, um grande país exportador e tem acesso a vários países, mas com pouca diversificação de produtos exportados, como o carbono. Marcello esclarece que “aportar o potencial econômico que nós temos na nossa produção de alimentos é o que nos dará acesso privilegiado a mercados que hoje ainda não temos.”

E para finalizar a manhã do segundo dia de evento, Barbara Sollero, ESG Milk Sourcing Manager da Nestlé, trouxe o tema “Agricultura Regenerativa: transformando o sistema solo, planta e animal em rentabilidade” Barbara inicia argumentando a importância da produção sustentável. “Não dá para falar da produção de leite sustentável sem pensar em rentabilidade” e que produtores são agentes de transformação e precisam estar no centro do planejamento. “Quando falamos de agricultura regenerativa, falamos de constância e que os benefícios são colhidos ao longo dos anos, sendo notado logo no primeiro ano”, finalizou.

O SINDILAT/RS foi parceiro do evento e ofereceu descontos aos seus associados na inscrição. 

As informações são do Milkpoint, adaptadas pelo SINDILAT/RS


A próxima semana vai apresentar variações de chuva e temperatura no RS

É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico Nº 31/2023 – Seapi. 

Entre a sexta (04) e domingo (06), o tempo firme, com temperaturas elevadas vai predominar na maior parte do Estado, somente na Zona Sul poderão ocorrer chuviscos e garoas isoladas. 

Na segunda (07), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na terça (08) e quarta-feira (09), a nebulosidade seguirá predominando e deverão ocorrer pancadas de chuva na maioria das regiões, e o ingresso de ar frio provocará o declínio das temperaturas em todo Estado. 

Os volumes previstos deverão oscilar entre 20 e 35 mm na maioria das áreas do RS. Na Zona  Sul, Litoral Norte, Região Metropolitana e Serra do Nordeste os totais deverão variar entre 35 e 50 mm. 

O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, aveia branca, canola, cevada, apicultura, além das pastagens para bovinos de corte, rebanho leiteiro e rebanho ovino. Veja o boletim completo em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Seapi)

 

Informativo Conjuntural Emater/RS-Ascar - nº 1774 – 3 ago. 2023 - BOVINOCULTURA DE LEITE

As regiões apresentam boa oferta de forragens cultivadas, embora o acesso a estas possa estar limitado em áreas onde há excesso de umidade. A maioria dos produtores segue suplementando as matrizes em lactação. A produção de leite se mantém estável.

Na região administrativa de Emater/RS-Ascar de Bagé, as forragens cultivadas  apresentam excelente qualidade e volume suficiente, porém ainda há limitação de acesso nos  locais onde o solo está encharcado. Por isso, muitos produtores estão intensificando a alimentação no cocho com silagem, feno e ração. 

Em Bagé, os produtores redobraram os  cuidados de higiene da ordenha devido ao risco de contaminação do leite e de mastites. 

Na de Caxias do Sul, grande parte das propriedades dedicadas à produção de leite optou por utilizar a silagem de milho. Os dias de chuva demandaram cuidados adicionais em razão da formação de barro em corredores, piquetes e salas de ordenha. 

Na de Erechim, os rebanhos apresentam boas condições sanitárias e elevado nível de bem-estar. A redução das chuvas e a sequência de dias ensolarados facilitaram o manejo das matrizes e das pastagens. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está aumentando em função da boa oferta de alimentos e das condições de bem-estar dos animais. 
Na de Ijuí, a produção se manteve estável. Os produtores estão reduzindo o fornecimento de concentrados para diminuir custos, aproveitando a boa oferta de forragem verde. 

Na de Passo Fundo, as condições sanitárias dos rebanhos são boas em relação ao ganho de peso e à recuperação do escore corporal, porém a alimentação das matrizes leiteiras ainda está sendo suplementada para manter os níveis de produção.

Na de Pelotas, houve aumento do número de vacas em lactação, resultando em maior produção de leite.
 
Na de Santa Rosa, as temperaturas amenas garantiram o conforto térmico dos animais. O aumento da qualidade das pastagens de inverno está impulsionando a produtividade de leite, além de aumentar os teores de gordura e proteína do produto. 

Na de Soledade, as condições do tempo estão favoráveis, o que tem impulsionado a média de produtividade leiteira. (As informações são da Emater/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Programa Rio Grande Record - entrevista Darlan Palharini
Produtores de leite gaúchos protestam contra a importação do produto de países que fazem parte do Mercosul. Liderados pela federação dos trabalhadores da agricultura eles bloquearam o acesso à aduana, por onde passam as cargas que vêm de outros países. Confira clicando aqui. (Record TV RS)


 
 

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Porto Alegre, 03 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.958


Governo comprará leite em pó para equilibrar oferta nacional

Setor enfrenta uma crise com a concorrência de produtos lácteos importados do Uruguai e da Argentina

O governo federal deverá anunciar, na próxima semana, a compra de leite em pó pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como forma de ajudar o setor da pecuária leiteira nacional, que enfrenta uma crise com a concorrência de produtos lácteos importados do Uruguai e da Argentina, disseram duas fontes.

Apesar da queda nos preços pagos aos produtores brasileiros, o índice não está abaixo do preço mínimo estipulado pela Conab e por isso o governo deverá aplicar a modalidade de Compra com Doação Simultânea.As áreas do governo federal envolvidas no tema ainda discutem os detalhes da medida em Brasília, mas há demanda para aplicação de R$ 100 milhões para a aquisição do leite, de acordo com uma fonte. O valor, no entanto, ainda não está definido. O anúncio deverá ocorrer na próxima terça-feira (08/08).

O leite deverá ser doado em cestas básicas e também destinado ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). "O presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] determinou que o leite e seus derivados sejam incluídos no PNAE. Vai criar uma demanda enorme por produtos de leite e isso deve equilibrar os preços ao produtor brasileiro", disse uma das fontes.

O preço mínimo do leite no Sudeste e no Sul do país está em R$ 1,88 por litro. No Centro-Oeste, com exceção de Mato Grosso, o preço é de R$ 1,87 por litro. No Norte e em Mato Grosso, o valor é de R$ 1,38 por litro. Já no Nordeste, o índice é de R$ 2,17 por litro.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) , o preço médio no Rio Grande do Sul, Estado em que os produtores têm protestado contra as importações, ficou em R$ 2,35 por litro em junho deste ano. No Brasil, a média de preços pagos aos pecuaristas foi de R$ 2,55 por litro naquele mês.

O Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou, na reunião de julho, uma resolução que retira a desoneração para a importação de alguns derivados de leite, como whey protein, aprovada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Produtos como lactalbumina, incluindo os concentrados de duas ou mais proteínas de soro de leite, terão a tarifa de importação majorada de 4% para 11,2%. Outros complementos alimentares saem de 0% para 12,8%.

"Mas o impacto é pequeno. O grande impacto, para equilíbrio dos preços os produtores, será com a compra de leite pelo governo", disse uma fonte. (Globo Rural / Valor Econômico)


Interleite Brasil 2023 aborda os principais desafios da cadeia leiteira atual

Em sua 21ª edição, o Interleite Brasil 2023, realizado pelo MilkPoint, da MilkPoint Ventures, com os apoios do Sistema FAEG/Senar, Sebrae Goiás e demais parceiros, teve início ontem (02/08), em Goiânia, no Centro de Convenções de Goiânia.  

Além de Marcelo Carvalho – CEO da MilkPoint Ventures, a mesa de abertura contou com a presença de Antônio Carlos de Souza Lima Neto – Superintendente do Sebrae Goiás, Dirceu Borges - Superintendente do Senar Goiás, Jair José Antônio Borges - Presidente do Sindileite Goiás, Geraldo Borges – Presidente da Abraleite, Luís Alberto Pereira - Presidente do Sistema OCB/GO e com o Governador do Estado de Goiás – Ronaldo Caiado. 

Além das autoridades presentes no evento, mais de 1300 pessoas estiveram presencialmente prestigiando o primeiro dia de Interleite Brasil 2023, além de 100 na modalidade online, entre eles, os principais representantes do setor como técnicos, consultores, produtores, empresas de insumos, entidades e estudantes.

O primeiro painel do Interleite Brasil trouxe à tona a pauta melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira. Como ponto de partida, Valter Galan, diretor técnico e de novos negócios no MilkPoint Ventures, abriu o evento com a palestra "Porque é importante olharmos para o ambiente de negócios no leite?". 

“A gente vê a nossa produção há praticamente dez anos praticamente estagnada. Atualmente, vendemos volumes iguais a 2010, 2009". Valter ressaltou que atualmente há uma grande saída de produtores da atividade e que mesmo com o crescimento dos grandes produtores, eles não conseguem suprir o volume dos que estão caindo em produtividade. Ele ainda pontua que não estamos ganhando competitividade no mercado internacional, e continuamos importadores. 

Para facilitar o percurso da cadeia, algumas iniciativas vão na direção de uma maior transparência quanto ao fluxo de informações, como abordado na palestra “Duas experiências diferentes para maior transparência no mercado: câmara de conciliação do leite em Goiás e Conseleite: aprendizados e evolução”.

Paulo Scalco, Professor e Pesquisador na Universidade Federal de Goiás acredita que  “o grande ganho da cadeia foi o aumento da transparência da relação entre produtor e indústria”. Os boletins mensais disseminam a informação de forma pública e como é baseado numa cesta de produtos lácteos, mostra o resultado da indústria no mercado atacadista. Paulo menciona que a volatilidade dos preços aumentou significativamente nos últimos anos e “o principal desafio - para a cadeia leiteira - é a previsibilidade” dos preços a serem pagos.

Vânia Di Addario Guimarães, Professora da Universidade Federal do Paraná, complementou a palestra falando sobre a criação do Conseleite. “A ideia surgiu da crise do relacionamento do produtor e indústria, mas criou um modelo”. A professora reforça que o principal objetivo é gerar valores de referência para a livre negociação entre produtores e indústria. Além disso, destacou que a criação desses valores é decidido entre os representantes e que há paridade de representação entre produtores e indústria.

Vânia ainda destacou a diferenciação entre preço e valor de referência. “Valor de referência não é preço”, é apenas uma previsão do valor que pode ser pago", relata a professora. 

No mesmo âmbito de preços e rentabilidade, Glauco Carvalho da Embrapa Gado de Leite, teve como tema de sua palestra “Instrumentos de mercado para proteção da renda podem fazer sentido no leite?”. 

Glauco explica que a ideia da gestão de risco é reduzir eventos extremos tanto de alta quanto de baixa e que isso pode ajudar na proteção de renda. No entanto, “ter mecanismos de gestão de risco ajuda muito, mas não resolve todos os problemas, muitas coisas estão relacionadas à produção, ao mercado, a sua estratégia e a sua eficiência”, pontua.

As ferramentas de gestão ajudam a diminuir as questões dos extremos e que “antes de mais nada é preciso buscar a eficiência e entender a situação da sua fazenda”. Quanto mais dados e estatísticas levantadas em toda a cadeia leiteira, mais investimentos é possível atrair para o setor. Uma das ferramentas que podem ser usadas para gestão é o controle de custos da nutrição e para isso, é preciso conhecer a quantidade de ingredientes a serem utilizados na produção da alimentação do rebanho.

O Professor da Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG Milton Luiz Moreira Lima, para complementar trouxe a temática “Os novos desafios da nutrição proteica usando o NASEM 2021 para simulação de rações”. 

Milton relata a necessidade de entender os novos conceitos e novos números da nutrição proteica. Ele ainda pontua que o foco do novo NRC é a proteína do leite e que é importante tentar combinar os ingredientes uma vez que, “uma combinação infinita de aminoácidos pode levar a possibilidades infinitas de proteína do leite.”

Em continuidade a sessão de palestras, Timotheo Silveira, Superintendente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa trouxe o tema  “Crescendo no leite em terras altamente valorizadas: fatores para o sucesso dos Campos Gerais do Paraná trouxe a história da raça holandesa no Brasil”. 

Timotheo  destacou a evolução do melhoramento genético. “O melhoramento genético impacta muito mais nos últimos anos do que as melhorias em nutrição, manejo e ambiência dos animais.” O superintendente relata que todo sucesso foi construído ao longo dos anos, foi pensando em melhoramento genético, nutrição, tecnologia e que foi “construído focado na rentabilidade e nas futuras gerações”. Ao final, ele deixa sugestão para que se registre, controle e classifique os animais do rebanho.

Para finalizar o painel, Karolline Fernandes, Gerente do Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas – Goiás apresentou a palestra “Diversificação e qualidade: caminhos para impulsionar o mercado lácteo brasileiro.”

O alto desperdício mundial, incluindo os lácteos, mostrou que um dos caminhos para impulsionar o mercado é inovar, ressaltando que “inovação vem para resolver problemas”. A gerente cita como exemplo, o soro do leite, que há algumas décadas não tinha uma aplicação, com alto índice de descarte e agora tem seu uso difundido na indústria. Para encerrar, Karolline deixa claro que é preciso entender o mercado, o consumidor e o contexto pode ajudar uma empresa a se diversificar. 

No debate final, com a presença de todos os palestrantes do painel e o moderador Marcelo Pereira de Carvalho - CEO da MilkPoint Ventures, a professora Vânia deixa um ponto de reflexão sobre o preço do leite: “Todo mundo fala em preço! Mas não basta só o preço, tem que ver a rentabilidade. O preço pode ser bom para um e péssimo para outro, dependendo do custo de produção. Você tem que saber que preço é bom para o seu sistema.”  (Milkpoint)

Copom define corte na Selic e taxa cai a 13,25%

Redução de ontem foi a primeira desde 2020. Em comunicado, comitê prevê novos recuos para as próximas reuniões

A taxa básica de juros da economia brasileira baixou para R$ 13,25% ao ano. A decisão foi tomada ontem após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O corte de meio ponto percentual foi o primeiro desde agosto de 2020. A definição de ontem deverá representar o início de um ciclo de queda, segundo analistas. Para a reunião de setembro é esperada nova baixa de meio ponto, assim como para os encontros de novembro e dezembro, movimento que levaria a Selic a 12% no início de 2024. 

O encontro de ontem foi o primeiro com a presença de Gabriel Galípolo, novo diretor de Política Monetária do BC indicado pelo presidente Lula. Ele participou da reunião ao lado do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que vinha sendo criticado por causa do nível elevado do juro. Com a desaceleração da inflação, o governo federal e setores da economia têm pressionado o BC por redução.

“O corte sinaliza que estamos na direção certa. Um avanço no sentido do crescimento econômico sustentável para todos”, afirmou logo depois da reunião o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Conforme nota do Banco Central, “votaram por redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: Roberto Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Gabriel Muricca Galípolo e Otávio Ribeiro Damaso. Votaram por uma redução de 0,25 ponto Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes”. A instituição
ainda destacou no comunicado: “Os membros do Comitê, unanimemente, antevêem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

“O corte e as esperadas reduções no futuro devem aquecer o mercado de crédito, embora os impactos não sejam imediatos”, ponderou Irio Piva, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre. “Desde a última reunião do Copom o cenário econômico brasileiro avançou. Isso só foi possível devido à continuidade do processo de desinflação e fatores que impulsionaram a queda das expectativas de inflação, como manutenção das suas metas e aprovação da reforma tributária na Câmara”, disse Gilberto Petry, presidente da Fiergs, ao enfatizar que a decisão se justifica. Segundo destacou em nota a Fecomércio-RS, a definição é bem recebida. Ainda que muitos acreditassem em posição mais cautelosa, a queda de meio ponto sinalizou confiança. Iniciada em março de 2021, a escalada da Selic até o maior patamar teve o objetivo de conter o avanço da inflação. Doze altas seguidas resultaram na elevação dos juros básicos de 2% para 13,75% ao ano, nível atingido em agosto de 2022 e mantido até então.

Mesmo com primeira redução na Selic, o Brasil permanece no posto de campeão do mundo de juros reais, descontada a inflação (7,54%), conforme levantamento do site MoneyYou com 40 economias. A taxa real brasileira está acima do México (6,64%) e da Colômbia (6,15%), na sequência na lista. A média das 40 economias é de 0,84%. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

EXPOINTER: Site abre venda de ingressos
Começou ontem a venda de ingressos para a 46ª Expointer. A compra é realizada no site ingressonacional.com.br/46expointer. De acordo com a Secretaria da Agricultura (Seapi), o comprador deve efetuar login na plataforma e informar nome completo e CPF de quem utilizará cada entrada. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito, boleto bancário ou pix. A venda também ocorrerá na bilheteria física durante a exposição. Os ingressos custam R$ 16 para pedestre, com meia-entrada (R$ 8) para idosos, estudantes e pessoas com deficiência. Crianças de até 6 anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, não pagam. O estacionamento custa R$ 40 e não inclui a entrada do motorista e dos demais passageiros. (Correio do Povo)


 
 

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Porto Alegre, 02 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.957


15ª edição do Fórum MilkPoint Mercado abordou cenários de mercado e o futuro da cadeia láctea

Com o tema "O mercado de lácteos no Brasil: o desafio está posto; como se preparar?", a 15ª edição do Fórum MilkPoint Mercado aconteceu neste 1º de agosto, em Goiânia-GO, reunindo as principais mentes do setor lácteo brasileiro para debater sobre o futuro do mercado lácteo.

O primeiro bloco trouxe os cenários de mercado, e contou com a participação de palestrantes debatendo sobre importações, adoção de tecnologias, mercado de grãos, tendências de consumo e sustentabilidade.

Durante a primeira palestra, Vitor Vieira, do grupo Interfood, trouxe o tema “Tendências para o mercado Internacional de leite para o restante de 2023 e início de 2024”, e pontuou sobre a tendência global de produção de leite, com destaque para o aumento da produção nos Estados Unidos e queda na América do Sul.

Vitor também falou sobre a importância da demanda chinesa no mercado internacional de lácteos, e sua recente tendência de alta na captação interna de leite e aumento na produção de leite em pó, diminuindo assim sua demanda através das importações, pontuando que “se os níveis de produção e estoques da China continuarem altos e a economia chinesa não apresentar crescimento, haverá uma contínua pressão de queda nos preços do GDT”.

Sobre a situação brasileira, Vitor completou que “se o consumo [no Brasil] continuar fraco e as importações desacelerarem, pode ser que Argentina e Uruguai não tenham onde colocar esse leite e os preços [do Mercosul] continuem baixando”.

Na segunda palestra do dia, Leonardo Araújo, Gerente Comercial B2B da Rúmina, trouxe como tema “A adoção de tecnologia como resposta às pressões de competitividade na indústria de laticínios” e tratou de questionamentos como “qual a o papel da indústria de laticínios na implementação de tecnologia na cadeia” e “quanto de contato de influencia o laticínio tem como o produtor de leite”, pontuando que a participação da indústria para a adoção de tecnologias é de suma importância para toda a cadeia.

Segundo Leonardo, “a adoção de tecnologias precisa começar rápido, aqui está a chave do negócio”. Leonardo também trouxe algumas respostas desenvolvidas pela Rúmina para responder a esses questionamentos, como tecnologias de gestão e controle de qualidade de leite e disponibilidade de crédito.

O palestrante finalizou sua apresentação concluindo que “a tecnologia muda rápido, sabemos disso, mas é uma escalada. Acreditamos que temos que começar rápido, para não perder essa primeira fase de adoção”.

Na sequência, Leonardo Machado, Assessor Técnico da FAEG, abordou a seguinte temática: “Nova safra do milho e da soja – o que esperar para os preços e custos para o produtor de leite?”, falando sobre o recente aumento da volatilidade de preços do milho e da soja, associada a diferentes fatores, como a pandemia de Covid-19, a invasão da Rússia à Ucrânia, e as recentes variações de produção e área destinada aos cultivos na safra estado-unidense. Leonardo também falou sobre a influência do El Nino sobre a próxima safra, pontuando que “nesta safra o El Nino será presente daqui para frente, um El Nino forte, com aumento de chuvas na região Sul e seca na região Norte, [...] o El Nino pode modificar muito a tendência de preços da safra 2023/24”.

A quarta palestra do bloco abordou “Como tem evoluído as vendas de lácteos em 2023 e quais as perspectivas do mercado para o restante do ano?”, com dados da Scanntech Brasil, trazidos através de sua Diretora de Marketing, Priscila Ariani. Priscila abordou os principais fatores relacionados ao consumo em 2023, como maior nível de famílias endividadas, alto custo de capital, crescimento do PIB acima do esperado (com a economia começando a dar sinais positivos), aumento da renda média e menor taxa de desemprego, ou seja, mostrando que tem fatores impulsionando o consumo, mas tem fatores ainda arrastando as vendas no varejo, “cenário macro melhorando mas ainda não gerando tanta força no consumo”, como abordou Priscila.

A palestrante concluiu que, sobre o varejo, a diminuição da inflação vem puxando o volume consumido neste momento, mas o faturamento do setor permanece sem crescimento no curto prazo.

Na quinta palestra, o Diretor da Labor Rural, Christiano Nascif, falou sobre o tema “Promovendo o verde com sustentabilidade econômica”. Segundo Christiano, “não adianta um produtor trabalhar, uma empresa trabalhar, [a sustentabilidade] é um problema coletivo e a solução deve ser coletiva”.

O palestrante enfatizou que ao mostrar a possibilidade de ganhos financeiros com a adoção de práticas sustentáveis, é possível acelerar esse processo, Christiano também pontuou que “emitir menos CO2 leva mais rentabilidade ao produtor”, mostrando que propriedades menos emissoras de CO2 tem menor área destinada a atividades, maior unidade produtora de leite (vacas em lactação/vacas total), maior produção por vacas em lactação e maior produção por área destinada a atividade. Christiano concluiu que “a mensuração de carbono é essencial para desacelerar o aquecimento global, melhorar a qualidade de vida do planeta, reduzir a pegada de carbono e garantir a sustentabilidade dos sistemas”.

Na última palestra do bloco, com o tema “Cenários para o mercado brasileiro de leite e derivados”, Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios na MilkPoint Ventures trouxe os principais pontos da oferta e demanda que têm sido observados em 2023. Do lado da oferta, Valter pontuou sobre uma produção de leite, que não apresentou crescimento em relação a 2022, e uma disponibilidade de leite muito elevada, principalmente por conta das importações, também em relação a 2022.

Já do lado da demanda, o palestrante falou sobre uma economia que performa um pouco melhor quando comparado ao ano passado e os recentes sinais de queda nos preços praticados no varejo, o que pode gerar um estímulo no consumo.

Para finalizar os cenários de mercado, Valter trouxe as principais perspectivas em relação a 2024, como uma expectativa de inflação mais baixa, PIB com crescimento moderado mas com melhor sensação econômica, juros menores, inflação menor e ambiente mais favorável ao consumo, reforçando que provavelmente o ano inicia com a rentabilidade ao produtor em um patamar melhor do que 2023 iniciou, e com importações possivelmente ainda competitivas.

O 15º Fórum MilkPoint Mercado ocorreu de forma híbrida, contando com participantes presenciais e virtuais no evento, e procedeu a 21ª edição do Interleite Brasil, que também acontecerá em Goiânia nos dias 2 e 3 de agosto de 2023. (Milkpoint)


"Trégua" à espera de ações que diluam a crise no setor de leite 

Depois da mobilização em Porto Xavier, na fronteira do Estado com a vizinha Argentina, produtores de leite oferecem uma "trégua" temporária. Com prazo para acabar: 30 dias. Essa foi a decisão dos agricultores presentes no protesto - cerca de 1,8 mil, segundo a Federação dos Trabalhadores. E veio a partir do aceno de novas articulações que podem dar respostas às demandas apresentadas para estancar a crise na atividade.

Um dos pontos solicitados, a formação de estoques via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), esteve em pauta de reunião interministerial na tarde de ontem. Presidente da autarquia, Edegar Pretto disse à coluna que o "governo está focado em encontrar saídas" e "anunciará em breve as ações para todo o país". O dirigente informou que "a Conab pode e está preparada para realizar a compra pública do leite".

- A assembleia (com os produtores) deu 30 dias e, se o governo não avançar, retomam as mobilizações - afirmou Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa do RS, Elton Weber, esteve na mobilização e resumiu:

- O agricultor não quer esmola, quer condições iguais para produzir.

A fala chama a atenção para uma das grandes preocupações do momento para produtores de leite: o aumento expressivo das importações do Mercosul. Com custos mais baixos e subsídios do governo, os países do bloco conseguem ter um valor "imbatível". O resultado aparece nos dados de importação. De janeiro a junho, o volume de lácteos em geral comprado de Argentina, Uruguai e Paraguai somou 137,17 mil toneladas, um acréscimo de 283% sobre igual período do ano passado.

O pedido é para que a União tente restringir essa entrada. Ou via taxação, o que parece pouco provável, ou por políticas de estímulo à produção. Angelo Sartor, diretor tesoureiro do Sindilat, acrescentou:

- Estamos carentes de ações específicas que busquem a retenção do produtor no campo e a operação de tradicionais indústrias de lácteos.

Outra reivindicação é para que haja mudanças nas regras dos financiamentos do Pronaf. Uma reunião agendada para hoje, com o Banco Central e presença de representantes da Contag e do presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, Heitor Schuch, vai debater o tema. (Zero Hora)

Leite/Europa

A produção de leite na Europa permanece dentro dos padrões sazonais.  E, embora a captação semanal esteja dentro da tendência de queda, chuvas recentes e temperaturas mais amenas melhoraram o conforto animal, e reduziram o percentual de perda em algumas regiões. Informantes do Norte Europeu disseram que melhores condições climáticas forneceram aos produtores um primeiro e um segundo corte de forragens de boa qualidade e em quantidade confortável.

O Sul da Europa, no entanto, enfrenta calor e seca, que limitam as forragens e consequentemente o volume de leite. De acordo com o site CLAL, no mês de maio de 2023, o volume de leite de vaca recebido pelas indústrias foi estimado em 13,3 milhões de toneladas, um aumento de 0,6% em relação ao mesmo mês de 2022. No acumulado do ano, até maio, o volume estimado é de 62 milhões de toneladas, o que corresponde ao crescimento de 0,7% na comparação com a produção de janeiro a maio do ano passado. Entre alguns dos principais produtores de leite da UE, o volume entregue e a variação percentual de janeiro a maio de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022 foram: Alemanha, 13,8 milhões de toneladas (+2,7%); França, 10,3 milhões toneladas (-2,1%); e Holanda, 5,9 milhões toneladas (+3,4%). No Reino Unido, as informações preliminares indicam produção de 1,4 milhões toneladas em maio de 2023, um volume idêntico ao do ano anterior. No acumulado, de janeiro a maio, a variação em relação ao ano passado foi de + 0,8%, correspondente a 6,6 milhões de toneladas de leite.
O mercado europeu de produtos lácteos está calmo, já que a maioria da população tira férias de verão. Analistas do mercado dizem que o preço ao consumidor está relativamente elevado e as viagens limitam a demanda normal de manteiga e outros ingredientes lácteos. O queijo tem demanda firme pelo menos no setor de food service em destinos turísticos. Com a captação acima das expectativas, grandes estoques e a demanda relativamente calma, os observadores não acreditam que possa haver qualquer recuperação de preços antes do final do verão. E nestas condições, o preço do leite ao produtor volta a ficar sob pressão.

A captação de leite na Europa Oriental diminui dentro dos padrões sazonais, mas, em alguns países há registro de crescimento interanual. Em maio de 2023, a captação de leite na Polônia foi de 1,1 milhão de toneladas, crescendo 3,7% em relação a maio de 2022. E, de acordo com o site CLAL, no acumulado do ano a Polônia chegou a 5,4 milhões de toneladas de leite, o que corresponde a um aumento de 1,5% em comparação com o mesmo período de 2022.  (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido

Bovinocultura de Leite será tema de seminário em Gaurama
A Bovinocultura de Leite será tema do Seminário Leite que acontece em Gaurama, no dia 9 de agosto, promovido pela Emater/RS-Ascar, por meio do Escritório Municipal de Gaurama e Prefeitura, com a parceria de diversas empresas e cooperativas. A atividade acontece no salão paroquial, com abertura às 8h30, com a participação do assistente técnico regional, Vilmar Fruscalso, de lideranças e convidados. Produção a pasto e confinado e Irrigação das pastagens serão os temas das palestras dos extensionistas e agrônomos da Emater/RS-Ascar, Oberdan Scolari e Bruno Utermoehl. O diretor comercial da empresa Delfos Solar, Tammer Teixeira, falará sobre Energia Fotovoltaica e o gerente Agro da agência do Sicredi de Gaurama, Diogo Andre Ody, vai expor sobre linhas de crédito para a atividade leiteira. O evento encerra com almoço, programado para as 12h30. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Erechim)


 
 

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Porto Alegre, 01º de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.956


GDT

(Fonte: GDT)


Cepea divulga preço do leite captado em junho

O preço médio do leite captado em junho e pago em julho registrou a segunda queda consecutiva, chegando a R$ 2,55568/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/Usp.

Com esse recuo, o preço do leite fecha o primeiro semestre com queda acumulada em -1,4% e média semestral de R$ 2,705/litro, estando 3,13% acima do verificado no mesmo período do ano anterior.

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de jun/2023).

Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de jun/2023).

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

A desvalorização, iniciada em maio, é fruto do consumo enfraquecido, do aumento das importações e da diminuição nos custos de produção. Mesmo em época típica de entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste, os preços não têm seguido a tendência sazonal de alta.

Com a demanda ainda fragilizada, a pressão dos canais de distribuição por preços mais baixos e os valores mais competitivos dos lácteos importados, as cotações dos derivados negociados pelos laticínios registraram queda em junho.

A pesquisa Cepea mostrou que, em junho, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira caiu 1,7% na “Média Brasil”, influenciado pela desvalorização do concentrado, dos adubos e corretivos. Com isso, a relação de troca tem estado mais favorável ao produtor, favorecendo a produção mesmo em época atípica. Comprovado pelo Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea que registrou a terceira alta consecutiva, avançando 3,74% na Média Brasil.

Obs.: vale lembrar que a partir da divulgação dos dados de janeiro, o CEPEA passou a divulgar o resultado de preços com o nome referente ao mês que o leite foi captado. Dessa forma, a série anterior passa a ter ajuste de -1 mês na nomenclatura do mês.

As informações são do Cepea

Agronegócio ganha sua primeira faculdade em 2024, que já pensa em expansão 

Um dos motores da economia nacional, o agronegócio ganhará uma instituição de ensino superior voltada exclusivamente ao desenvolvimento do setor. A Harven Agribusiness School, situada em Ribeirão Preto (SP), iniciará suas atividades no ano letivo de 2024. Trata-se de uma iniciativa do grupo educacional SEB, do empresário Chaim Zaher, e da consultoria Markestrat, especializada na produção rural. O edital para admissão dos primeiros alunos foi publicado na última semana, no site da instituição. 

A Harven Agribusiness School é o primeiro passo para a criação da Cidade do Agro, projeto que contará com um complexo de 400 mil m2 ao lado do espaço da Agrishow, maior feira do agronegócio nacional, e um investimento previsto de 500 milhões de reais. Os sócios da nova faculdade planejam a expansão da operação para a região Centro-Oeste do país, onde o setor exerce sua maior influência. (Fonte: Veja)


Jogo Rápido

Setor da proteína animal no RS comemora suspensão do Fator de Ajuste de Fruição
Mecanismo suspenso reduzia benefícios fiscais para quem fizesse compras de insumos em outros estados. Nova medida vale até dezembro. CLIQUE AQUI para acessar a reportagem. (Fonte: RBS notícias)


 
 
 

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Porto Alegre, 31 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.955


Piracanjuba apresenta JU, personagem digital, para comunicar com os consumidores nas redes sociais

Piracanjuba - A Piracanjuba comemora mais um ano agregando pessoas em torno do propósito “gostamos de fazer bem o que te faz bem”.

Dessa vez, além dos mais de 3,6 milhões de colaboradores, a nova integrante da equipe é a Ju, personagem digital, que vai conversar com os consumidores nas redes sociais. O nome foi cuidadosamente escolhido para defender o silabar PI RA CAN JU BA, já bastante conhecido. E, para a primeira aparição, a data selecionada foi 28 de julho, dia em que a marca comemora 68 anos.

                             

“Nosso desejo é que a Piracanjuba ganhe vida nas redes sociais. Assim, Ju se posiciona com carinho e afetividade, se conectando com empatia e leveza com o público, personificando a marca. Ela tem a família como prioridade, adora fazer receitas, representa os valores da empresa, gosta de fazer bem o que faz bem às pessoas, inovar, nutrir e cuidar. Com tempo e consistência de comunicação, vamos conseguir gerar conversas entre ela e os nossos consumidores”, comenta a gerente de Marketing, Lisiane Campos.

Carismática, inteligente, familiar, meiga e carinhosa, a Ju falará sobre assuntos diversos. Entre eles, culinária, meio ambiente, saúde e nutrição, cuidado e autocuidado, família e produtos, interagindo com os consumidores e atenta às tendências. “A estreia da Ju acontece no Instagram da Piracanjuba (@oficialpiracanjuba), onde ela vai contar com uma editoria fixa, falar em primeira pessoa e tirar dúvidas dos consumidores. Por se tratar de um importante marco pra gente, escolhemos o aniversário da empresa para anunciar essa novidade,”, reforça Lisiane.

O projeto de criação Ju é resultado de um trabalho de mais de três anos, envolvendo grandes parceiros, como Néctar Filmes, Big Studios, Cuattro Live & Digital, Ampfy e Vox Haus. Cada detalhe da personagem, do briefing, passando pela criação, até a divulgação, foi pensado para gerar maior identificação com o público. (PIRACANJUBA)


COMEÇA AMANHÃ: Associados Sindilat têm descontos para participar do 15º Milkpoint e do Interleite Brasil 2023

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm garantido desconto de 10% na inscrição para participar do 15º Fórum MilkPoint Mercado e de 15% no Interleite Brasil 2023. Os dois eventos serão realizados de forma virtual e presencial na cidade de Goiânia (GO). O Fórum Milkpoint Mercado tem como tema “O mercado de lácteos no Brasil: o desafio está posto; como se preparar?”. Neste ano, o evento acontecerá no dia 1 de agosto, e será dividido em três blocos que vão abordar diversos temas relacionados à indústria láctea.

O primeiro contempla os cenários de mercado; o segundo, mercados potenciais e o novo consumidor de lácteo; e, por fim, o futuro da indústria láctea no Brasil. A programação completa pode ser conferida abaixo e no site: www.forummilkpointmercado.com.br. Em dois dias de evento, 2 e 3 de agosto, o Interleite Brasil 2023 vai se concentrar em debater o tema: estratégia de negócios chegando à produção de leite.

A programação se desdobra em quatro painéis: Melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira; as estratégias de negócio na produção primária; agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar e propriedades familiares podem ser rentáveis e sustentáveis?. A íntegra da programação está abaixo e no site https://www.interleite.com.br. (As informações são do Milkpoint e da assessoria de imprensa SINDILAT/RS)

 

Fórum discutirá sobre fontes limpas de energia

Especialistas no assunto participarão de debates com representantes do mercado e com autoridades do Rio Grande do Sul

O Fórum de Energias Renováveis, realizado pelo Correio do Povo e pelo Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), chegará, em 2023, à sua terceira edição. No dia 17 de agosto, no Centro de Eventos do CIEE, estarão reunidos palestrantes especializados para debater o tema, que impacta diretamente a economia, a sustentabilidade e a saúde da sociedade.

“O Rio Grande do Sul é privilegiado na questão dos potenciais para a geração de energia a partir de fontes renováveis, temos vários projetos em operação, tanto na energia eólica, hidrelétrica, biomassa, solar, quanto em geração distribuída.”

A afirmação é de Luiz Antônio Leão, diretor-presidente da empresa da Enerbio Energia e conselheiro da Associação Gaúcha de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas (AGPCH). Ele será o mediador do painel Bioenergias durante o evento. Para Leão, contudo, são necessárias algumas ações para que o uso de energias limpas deslanche, tanto no Estado quanto no país. “Um dos gargalos é a baixa velocidade na emissão de licenças ambientais, que ainda é um processo burocrático para processos desta envergadura”, disse. O especialista também cita uma dificuldade quanto às conexões interligações desse tipo de usinas à rede elétrica. “Isso acontece tanto nas concessionárias regionais quanto no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que faz a gestão de toda a rede básica de energia”, acrescentou.

Outro desafio citado por Leão diz respeito às linhas de financiamento. “São projetos de longa duração e retorno a médio e longo prazo, temos que ter uma previsibilidade muito maior para que se possa investir nessas fontes todas.”

O conselheiro da AGPCH destacou a importância do fórum para o setor. “Certamente, teremos a possibilidade de ouvir, dialogar e trocar experiências com representantes destas fontes de energia renovável, que vão trazer suas vivências, e do governo do Estado, que também tem uma função relevante neste desenvolvimento”, comentou. Segundo ele, a dedicação do Poder Público em projetos relacionados a este tema contribuirá com o futuro. “Trará ganhos ao Estado, segurança energética, investimentos em várias regiões, propiciará melhor renda e geração de empregos”, completou.

Na programação do Fórum de Energias Renováveis, ainda estão confirmadas as presenças do presidente do SindienergiaRS, Guilherme Sari, do deputado Frederico Antunes, da secretária estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, do secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, além de dirigentes de entidades como Famurs, Farsul e Fiergs. Os painéis serão transmitidos pelo canal do Correio do Povo no Youtube e ainda contarão com cobertura da Rádio Guaíba e da Record TV.

O credenciamento começará às 8h30min e os debates, às 9h. As inscrições são limitadas ao espaço do local e devem ser feitas pelo e-mail eventoscp@corrreiodopovo.com.br, pelo WhatsApp 51 99387.6515 ou pelo www.bit.ly/forumenergiasrenovaveis. O Centro de Eventos do CIEE RS, palco do Fórum, fica na avenida Dom Pedro II, 861, no bairro Higienópolis. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Milho/Cepea: Colheita avança e mantém pressão sobre valores
Milho - Com a maior disponibilidade de milho, devido ao avanço da colheita, e as recentes desvalorizações no mercado internacional, as cotações do cereal continuam em queda no mercado interno.  Segundo levantamento do Cepea, na última semana, os recuos mais expressivos foram observados no Centro-Oeste, onde a colheita está mais adiantada. Nesse cenário, vendedores têm se mostrado receosos em negociar, na expectativa de que a demanda internacional se redirecione para o Brasil, devido aos recentes conflitos entre a Rússia e a Ucrânia. Do lado comprador, grande parte dos consumidores está se abastecendo com milho do Centro-Oeste, por meio de contratos realizados nas semanas anteriores. Portanto, não têm necessidade de adquirir novos volumes a curto prazo. (CEPEA)


 
 
 

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Porto Alegre, 28 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.954


Setor lácteo precisa de política de crédito próprio

Atravessando uma de suas maiores crises de rentabilidade, o setor lácteo brasileiro carece mais do que nunca de políticas de crédito específicas. Apesar de ser uma atividade pulverizada, lastreada na agricultura familiar e de lidar com um item básico para a alimentação da população, o leite ainda não dispõe de linhas próprias dentro do Plano Safra nem verbas de investimento que estimulem a modernização no campo e na indústria. A posição vem sendo trabalhada por lideranças no Rio Grande do Sul a fim de sensibilizar os poderes Executivos e Legislativos para que costurem uma solução para a falta de crédito oficial com juros subsidiados. Segundo o diretor tesoureiro do Sindilat, Angelo Sartor, é urgente uma política clara de estímulo ao leite, uma ação que simbolize o interesse do governo em fomentar a atividade e fazer frente às importações crescentes. “Estamos carentes de ações específicas que busquem a retenção do produtor no campo e a operação de tradicionais indústrias de lácteos. Já tivemos ações concretas como o Mais Leite Saudável, mas hoje não dispomos de nada focado nesse segmento”, pontuou.

O pedido ganha eco em outros setores da cadeia da proteína animal. Reunido com integrantes da Casa Civil e secretarias de Desenvolvimento Econômico, Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação e Desenvolvimento Rural, Sartor participou de audiência pública coordenada pela Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, com o diretor de operações financeiras do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Alexandre Abreu, no dia 5 de julho no Rio de Janeiro (RJ). O Sindilat e demais entidades presentes querem a liberação de R$ 2 bilhões em crédito específico ao segmento da proteína. Para isso, no entanto, é preciso a aprovação no Congresso Nacional de legislação que dê ao BNDES autonomia para alocar verbas para socorro aos produtores atingidos pelas estiagens consecutivas e perdas. Só com a aprovação da matéria, BRDE e Badesul poderiam operar como agentes de apoio local.

A principal preocupação, alerta Sartor, é que o aporte via BNDES demoraria um tempo que o setor lácteo não dispõe, uma vez que, além do êxodo de muitos produtores da atividade, algumas indústrias já vêm apresentando alto endividamento. “Algumas operações não estão rentáveis em função de um cenário difícil e do custo da matéria prima e dos insumos que subiram muito acima do viável”. O setor clama por linhas de crédito mais baratas e que o governo, através de instituições como Banrisul, Bandesul e BRDE, refinancie as dívidas dos produtores, das indústrias de laticínios pelo prazo de 13 anos como o Uruguai fez para amenizar a crise do setor. A consequência veio tornando os produtos lácteos daquele país mais competitivos do que os produzidos  no Rio Grande do Sul, principalmente itens como leite em pó, queijo parmesão e soro de leite.

O assunto está no radar da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pasta comandada pelo titular Ernani Polo. “Nós vamos seguir o nosso trabalho, nesse caminho que fizemos junto ao BNDES, com o Congresso Nacional e com os Ministérios da Agricultura e da Fazenda, ficando à disposição para articular junto à bancada federal do Rio Grande do Sul e à Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha para avançar no fortalecimento de uma via sustentável para esses setores”, salientou Polo. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Foto: Taís Teixeira)


Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Julho de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Junho de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Como calcular o lucro que vai entrar na conta do FGTS

Com a divulgação da distribuição de parte do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) registrado no ano passado aos cotistas do fundo, parte dos contribuintes pode estar com dúvidas sobre a elegibilidade e como verificar o valor que deverá receber.

O Ministério do Trabalho e Emprego informou que serão R$ 12,7 bilhões divididos entre 82 milhões de trabalhadores. O valor corresponde a 99% do lucro total registrado pelo fundo no ano passado, de R$ 12,8 bilhões.

Para saber a parcela do lucro que será depositada, o trabalhador deve multiplicar o saldo de cada conta em seu nome em 31 de dezembro do ano passado por 0,02461511.

Todas as pessoas com contas vinculadas no FGTS em 2022, sendo ativas ou inativas, com saldo em dezembro, poderão receber parte do lucro.

O valor não poderá ser sacado por qualquer cidadão. O governo manterá as regras atuais relacionadas ao saque do FGTS, segundo informações do g1. Entram nesse rol casos especiais, como demissão, feita pelo empregador, sem justa causa, rescisão por acordo e quando o trabalhador ou seu dependente estiver acometido por doenças graves. (Zero Hora)



Jogo Rápido

Os próximos sete dias serão mais secos e com grande variação da temperatura no RS
Na quinta-feira (27), o tempo seco, com grande variação de nuvens vai predominar na maioria das regiões e apenas nos setores Norte e Nordeste ainda ocorrerão chuvas isoladas. Na sexta-feira (28), a rápida propagação de uma frente fria vai provocar chuva em grande parte do Estado. No sábado (29) e domingo (30), a atuação de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e provocará o declínio da temperatura, com possibilidade de formação de geadas em diversas regiões. Entre a segunda (31/7) e quarta-feira (02/8), o tempo seco vai predominar e o ingresso de ar quente manterá a elevação das temperaturas em todo Estado. Os volumes previstos são baixos e inferiores a 5 mm na maioria das áreas do território do RS, somente nas faixas Leste e Norte os totais deverão alcançar 10 mm.  O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 27 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.953


Sindilat/RS vai integrar grupo de discussões do Centro de Inteligência do Agro

Com o objetivo de fortalecer as iniciativas que buscam ampliar a presença da tecnologia no campo, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) passará a integrar o grupo que está participando das discussões e cocriação do Centro de Inteligência do Agro. O projeto é liderado pela Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) em parceria com a Secretaria da Agricultura do Governo gaúcho e conta, ainda, com a colaboração da iniciativa privada, academia, atores ligados à cadeia do agro e sociedade civil.

A intenção é que o centro seja sediado no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e lançado oficialmente durante a Expointer, no RS Innovation Agro, espaço da Febrac com apoio estratégico da Sict.. “É muito importante que o sindicato que representa as indústrias de lácteos no Rio Grande do Sul esteja conosco nestas iniciativas, inclusive como painelista tratando as inovações no setor”, destacou a titular da pasta de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp 

A articulação aconteceu nesta segunda-feira (24/07), durante encontro no Centro Administrativo do Estado em Porto Alegre (RS). Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, lembra que a assimilação de tecnologias nos tambos é fundamental para o desenvolvimento do setor, principalmente quanto à garantia de produtividade e competitividade do leite gaúcho. “Para o Sindilat, a tecnologia é essencial no impulsionamento de toda a cadeia leiteira. Isso passa pela facilitação para aquisição de robôs de ordenha, de sistemas de monitoramento e automação nas propriedades rurais, de seleção de genética A2A2 e até pela produção de baixo carbono. Com o suporte da tecnologia, os produtores podem otimizar os processos, identificar desafios, tomar decisões embasadas e elevar a competitividade”, assinala. 

No encontro, que contou com a participação de Everaldo Daronco, diretor de Ambientes de Inovação da Sict, Palharini reforçou que as pautas já estão inseridas no cotidiano do Sindilat/RS que irá premiar, também durante a Expointer, as iniciativas que se destacam durante a segunda edição do Prêmio Referência Leiteira. A premiação irá reconhecer os melhores cases nas categorias de Protagonismo Feminino, Inovação, Gestão da Atividade Leiteira, Sucessão Familiar, Sustentabilidade Ambiental e Bem-estar Animal, além da Propriedade Referência em Produção de Leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Foto: Gisele Ortolan)


Não faltam recursos para quem quer inovar

Trezentos e trinta e três milhões de reais estarão à disposição das empresas gaúchas interessadas em utilizar créditos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para investir em projetos de inovação no Rio Grande do Sul, repassados pelo BRDE. Esse valor corresponde a parcela de 33,3% do montante de R$ 1 bilhão que a FINEP vai repassar para o Banco Regional do Extremo Sul. O limite máximo por empresa é de R$ 15 milhões que podem ser financiados em até oito anos, como dois de carência e juros de aproximadamente 7% ao ano (metade da Selic).

As informações foram apresentadas durante o Tá na Mesa da FEDERASUL desta quarta-feira (26) pelo gerente de Operações do BRDE, Paulo André Raffin. Ele foi um dos palestrantes do evento em que também participaram o CEO do Instituto Caldeira, Pedro Valério e o sócio-líder de incentivos fiscais no Brasil da KPMG, Wiliam Calegari de Sousa. Os três foram os convidados da entidade para abordar o tema “Inovação: cenário atual, oportunidades e fontes de financiamento.

Paulo André Raffin informou ainda que o Banco auxilia as empresas interessadas na elaboração e organização de projeto para que seja factível a inovação. ” A empresa que investe em inovação tem produtos mais competitivos e não perde mercado”, explicou.  

“Inovação é assunto estratégico e cativante para empreendedores não somente do Estado, mas de todo Brasil” disse o presidente em exercício da FEDERASUL, Rafael Goelzer. Ele destacou a importância do acesso às informações que muitas vezes asseguram a sustentabilidade econômica dos negócios. “Inovar é ganho de competividade e de qualidade, acrescentou Goelzer. O coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária da FEDERASUL ,Altair Toledo, também participou do debate sobre o tema.
   
“Há mais dinheiro disponível do que é utilizado pelos empreendedores” disse o sócio-líder de incentivos fiscais no Brasil da KPMG. Wiliam Calegari de Sousa afirmou que inovação está atrelada à competitividade e qualidade dos produtos.  Explicou ainda que a simples troca de matéria-prima de um produto pode ser considerada inovação. Lamentou que a insegurança do mercado e o receio de mudanças na legislação por parte do Governo, impedem muitos empreendedores de usar os incentivos fiscais como recurso para investimentos. Disse que de um universo de mais de 150 mil empresas, apenas 3.700 utilizam incentivos fiscais.

Criado para promover a conexão entre empresas, startups, universidades e poder público, gerando um movimento transformador de fomento do ecossistema de tecnologia e inovação, o Instituto Caldeira realizou somente no ano passado, 290 atividades para alavancar empreendimentos. “Promovemos ciclos de capacitação e mentoria, disponibilizando ainda informações que possam conectar empreendedores”, explicou Pedro Valério em sua manifestação. O Instituto Caldeira, segundo o dirigente incentiva processos de inovação e recebe que existe muita desinformação que dificultam a identificação de oportunidades. (Federasul)

Conseleite/MG: projeção do valor de referência para o leite entregue em julho

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Julho de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2023 a ser pago em Junho/2023

b) os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2023 a ser pago em Julho/2023

c) os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor de referência para o produto entregue em Junho/2023 a ser pago em Julho/2023 e valores de referência projetados do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2023 a ser pago em Agosto/2023.


 
Períodos de apuração:
Mês de Maio/2023: De 01/05/2023 a 31/05/2023
Mês de Junho/2023: De 01/06/2023 a 30/06/2023
Parcial de Julho/2023: De 01/07/2023 a 20/07/2023

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

Calcule o seu valor de referência
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (As informações são do Conseleite/MG)


Jogo Rápido

IVA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, ontem, que a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), a ser criado pela reforma tributária do consumo, deve ficar em torno de 25% ao fim do processo de transição. Ele reiterou que o governo só avançará com as propostas de alteração dos rendimentos de capital e trabalho após a conclusão da análise desta proposta de emenda à Constituição (PEC). (Jornal do Comércio)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.952


Uruguai: captação de leite voltou a crescer em junho, mas em ritmo menor

O Uruguai registra o segundo mês consecutivo de alta na entrega de leite às plantas industriais. Os últimos dados do INALE confirmam o crescimento ocorrido em junho, embora desta vez em menor escala.

O volume enviado às plantas industriais somou 167,4 milhões de litros, um aumento marginal de 0,24% em relação ao mesmo mês do ano passado.

No primeiro semestre, a captação de leite pelas indústrias acumula queda de 1,6%, com 896 milhões de litros. Apenas em maio e junho foram registradas altas. A queda mais acentuada ocorreu em fevereiro (-9% na comparação anual).

Captação de leite pelas indústrias no Uruguai

Fonte: Blasina y Asociados, com dados do INALE.

Preço ao produtor caiu em pesos e se manteve estável em dólares
O preço recebido pelos produtores uruguaios em junho apresentou leve queda em pesos e manteve-se estável em dólares.

Em pesos, a média foi de 17,31 o litro, 1% abaixo dos 17,48 pesos registrados em maio. Esse preço é 3% menor que o valor registrado em junho do ano passado, de 17,76 pesos o litro.

Em dólares, a média foi de US$ 0,45 (equivalente a R$ 2,14) pelo terceiro mês consecutivo, mesmo valor registrado em junho do ano passado. Mas com uma diferença na taxa de câmbio de -4% ($ 39,78 por dólar em junho de 2022 contra $ 38,20 em junho de 2023). (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint/adaptado pelo Sindilat)


Comitiva gaúcha vai visitar a ExpoRural, na Argentina

Liderada pelo governador do Estado, Eduardo Leite, uma comitiva gaúcha formada por secretários, deputados estaduais e empresários embarca para a Argentina nesta quarta-feira. Durante a agenda, Leite irá se encontrar com o presidente do país vizinho, Alberto Fernández, e também estará presente na maior feira do agronegócio argentino, a ExpoRural 2023, também conhecida como Feira de Palermo, que ocorre até domingo. O objetivo da visita é estreitar ainda mais as relações comerciais, tanto no segmento rural como em outras áreas estratégicas. Atualmente, o Rio Grande do Sul é o principal parceiro comercial da Argentina em território nacional. Em 2022, o Estado importou US$ 2,75 bilhões do país vizinho e exportou US$ 1,25 bilhões - alta de 29% em comparação à 2021, ano em que o RS superou o Estado de São Paulo como maior destino de entrada e saída de mercadorias argentinas. “A Argentina é uma parceira comercial fundamental para o Rio Grande do Sul. É muito importante que possamos estreitar essa relação, principalmente no que diz respeito ao agronegócio, a projetos na nossa faixa de fronteira, como o gasoduto de Vaca Muerta, e ao turismo. Em breve, teremos a Expointer e queremos contar com uma presença ainda maior dos nossos vizinhos aqui no Rio Grande para que possamos fazer negócios”, destaca Leite. 

De acordo com secretário adjunto da pasta estadual de Agricultura, Márcio Madalena, que integra a comitiva, Expointer eExpoRural não são concorrentes e têm alguns pontos de complementaridade que podem ser melhor trabalhados. “O gesto do governador, de convidar os argentinos à feira de Esteio, tem um componente importante de inserção mais forte do Rio Grande do Sul no mercado sul- -americano e internacional”, acredita Madalena. O convite oficial acontecerá no encontro entre Leite e Nicolás Pino, presidente da Sociedade Rural da Argentina, responsável pela organização da ExpoRural. Atualmente, Pino também preside a Federação de Associações Rurais do Mercosul (Farm). “Esperamos que, a partir do encontro, ocorra uma parceria entre as duas exposições. Nosso objetivo é seguir incentivando o estreitamento dessa relação institucional e de negócios”, enfatiza Jorge Perren, cônsul da Argentina em Porto Alegre. 

La Rural, como é conhecida a Exposición Rural Argentina, é a mostra agropecuária mais antiga, e uma das mais tradicionais, da América do Sul - chega à 135ª edição neste ano. A primeira ocorreu em 1875. A exposição contempla toda cadeia de produção agropecuária: animais, tratamento genético, maquinário agrícola, insumos e, principalmente, tecnologias de ponta. Assim como acontece em Esteio, a ExpoRural também é aberta ao público, a partir da venda de ingressos. Segundo Gedeão Pereira, presidente da Farsul, federação agropecuária que integra a Farm, o destaque da ExpoRural vai para as raças bovinas de Angus e Hereford. “Considerando essas duas genéticas animais, e todas inovações tecnológicas apresentadas durante a feira, acredito ser uma das exposições mais importantes para o segmento rural da região”, ressalta Pereira, que viaja para Argentina amanhã. Foi ele, inclusive, que intermediou o encontro que acontecerá entre Leite e Pino. 

A próxima feira agro do circuito Mercosul, que contempla exposições no Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai, será a Expointer 2023, que acontece no Parque Assis Brasil, em Esteio, entre 26 de agosto e 3 de setembro. (Jornal do Comércio)

EUA: descarte de leite deve parar com o aumento dos preços

A baixa demanda por leite e outras forças econômicas conspiraram para forçar os produtores  dos EUA descartar o leite nas últimas semanas, mas os analistas acreditam que o pior já passou.

Os produtores de leite de Wisconsin se beneficiaram de um mercado de exportação em rápida expansão, principalmente para os países asiáticos, nos últimos anos. Mas quando esses mesmos mercados recuaram em seus pedidos, os fazendeiros tinham mais leite do que sabiam o que fazer.

Os EUA exportaram mais de 7 milhões de quilos a menos de queijo em maio de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA.

Vender em escala global também envolve competição global. As vacas de Wisconsin agora são vendidas ao lado das da Europa e de outros lugares. Mais concorrência reduz os preços.

Os desafios de pessoal continuam atormentando muitas indústrias, à medida que os baby boomers (geração dos nascidos entre 1945 e 1964) se aposentam em massa e as gerações mais jovens são simplesmente pequenas demais para preencher as lacunas. Isso também é verdade para a indústria de laticínios, onde a falta de pessoal adequado significa que as operações não podem processar tanto leite quanto antes.

Combine todas essas forças junto com a produção naturalmente maior de leite das vacas nos meses de primavera, e o mercado está inundado. A vida útil curta do leite significa que os produtores não podem armazenar o excesso de produto e esperar que os preços se recuperem. Todo o extra é despejado.

Phil Plourd, presidente da Ever Ag Insights, braço de análise de mercado de uma empresa de logística agrícola, reconhece que o descarte de leite prejudica a imagem de marca da indústria de laticínios.

"Não é uma boa aparência, certo? E parece um desperdício, e é como 'Oh, isso é um bom leite, o que diabos estamos fazendo?'", disse ele.

Apesar de todos esses fatores pressionarem o preço do leite, Plourd acredita que os preços provavelmente se recuperarão no futuro próximo e acabarão com a maior parte do descarte de leite no ano. O clima mais quente em julho e agosto reduz a produção de leite nas vacas.

"Os produtores provavelmente também responderão reduzindo seus rebanhos", disse Plourd. Os altos preços da carne bovina oferecerão algum incentivo adicional.

Os preços já se moveram em uma direção promissora para os produtores na semana passada. O custo da manteiga e um bloco de cheddar subiram dois e dez por cento, respectivamente.

"Normalmente encontramos uma saída antes de muito tempo", disse Plourd. "E pode ser um processo doloroso, mas as pessoas na indústria geralmente são resilientes." (As informações são do Wkow.com, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Contribuinte tem até 31 de julho para parcelar dívidas de ICMS
As condições especiais de parcelamento do ICMS devido, disponibilizadas pelo governo do Estado, por meio da Receita Estadual e da Procuradoria-Geral do Estado, podem ser usufruídas pelos contribuintes até a próxima segunda-feira. Conforme nota da Secretaria da Fazenda do Estado, esse é o prazo limite para adesão e pagamento da parcela inicial no âmbito do programa, que iniciou no primeiro dia do mês. A medida vale para os débitos declarados vencidos no período de 1º de janeiro de 2020 a 30 de junho de 2023, abrangendo a íntegra do período de calamidade pública no Rio Grande do Sul em função da pandemia de Covid-19. O objetivo é estimular a retomada da atividade econômica e incentivar a regularização de dívidas tributárias contraídas no período. O programa atende à demanda oriunda do diálogo permanente com entidades representativas e empresariais, sendo aplicável a 8,7 mil empresas com mais de 100 mil débitos em cobrança administrativa ou judicial, sem exigibilidade suspensa, no valor de R$ 1,6 bilhão. Até o momento cerca de 1,3 mil empresas já regularizaram sua situação com a Receita Estadual, totalizando cerca de 13 mil débitos e R$ 277 milhões. (Jornal do Comércio)