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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.639


Logística e escoamento da produção

A necessidade de investir em melhorias da infraestrutura logística e as alternativas para ampliar o escoamento da produção no Rio Grande do Sul foram alguns dos temas discutidos ontem durante o evento da Tá na Mesa, da Federasul, na Capital. Na esteira das concessões de portos e rodovias promovidas pelos governos federal e estadual, especialistas destacaram a importância do complexo portuário no Estado, especialmente do Porto de Rio Grande.

Com o tema “O papel dos portos do RS no desenvolvimento do Estado”, o diretor superintendente dos Portos RS, Fernando Estima, explicou que o país passa por uma série de reavaliações e de processos de concessão de portos. “Os portos que estavam sob a responsabilidade da União é que não vinham dando a resposta adequada, diferente do Rio Grande do Sul, que é pioneiro também na questão das concessões”, pontuou. Ao destacar que o Estado “já fez sua lição de casa”, Estima explicou que no complexo portuário do Rio Grande do Sul, 17 terminais são privados. “Temos 5 que são concessões de longo prazo.”

Conforme Estima, em 2021, o RS obteve o melhor resultado acumulado da história, com 47,6 milhões de toneladas transportadas nos três portos: Porto Alegre, Rio Grande e Pelotas. É um aumento de 19,37% em relação a 2020.

Para o presidente da CCGL e do Complexo Portuário Termasa-Tergrasa, Caio Cézar Fernandez Vianna, o comércio, a indústria e a agricultura dependem “muito fortemente” das infraestruturas de logística. O presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, afirmou que a metade sul do Estado vive um “momento especial’ por conta dos investimentos no Porto de Rio Grande. Ele destacou, porém, que ainda há muito a ser feito para melhorar o escoamento de cargas e produtos no RS. (Correio do Povo)


UE - Mercado de carne e de leite: previsões da Comissão Europeia para 2022

A Comissão Europeia (CE) divulgou um relatório sobre as perspectivas para os mercados agrícolas da União Europeia (UE) em 2022, em particular para os mercados de carne e de leite.

Sem surpresa, ela espera que a produção de carne bovina caia (-0,9%) no bloco comunitário, sobretudo em razão da queda estrutural do setor, e isto “apesar dos preços elevados” e de uma “demanda crescente”.

De acordo com o parecer da CE, haverá leve aumento das exportações da UE graças aos recentes acordos comerciais (Japão, Mercosul e CETA), mas limitadas pela pouca oferta interna e pelos “atritos comerciais com o Reino Unido”.

“A queda na captação de leite deverá continuar no primeiro semestre” Apesar da alta histórica do preço do leite ao produtor, a produção total da UE caiu (-0,4%) em 2021, pela primeira vez desde 2009. De fato “o alto custo de produção enfraqueceu o crescimento da produção de leite e foi iniciada uma redução do rebanho mais forte do que a prevista (-1,5%)”.

E a baixa captação de leite na UE deverá continuar pelo menos até o final de 2022, segundo a CE “antes de começar uma leve recuperação no final do ano”. O rebanho leiteiro poderá diminuir ainda mais 1%. A alta do preço ao consumidor chegou aos produtos lácteos, provocada pelos custos elevados de insumos e por uma “fraca oferta mundial”.

A produção de queijo e de soro na UE continuará crescendo, impulsionada pelo aumento da demanda na UE e de exportação, enquanto a demanda por leite em pó será reduzida “sendo substituída por proteínas mais baratas”. (Fonte: Agri Mutuel – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Chile – A queda da produção de leite no 1º trimestre de 2022 está sendo avaliada em 5,6%

A Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fedelche) da região de Los Lagos, estimou que a queda da produção de leite foi de 5,6%, entre janeiro e fevereiro de 2022, tendência que deve se manter no resto do ano, diante da alta nos preços dos fertilizantes que estão afetando diretamente a atividade.

Em entrevista à Radio Bio Bio, o presidente da FEDELECHE, Marco Winkler, disse que apesar do bom clima de março, com chuvas e boas temperaturas ques fazem crescer os pastos, não haverá reversão da queda dos primeiros meses do ano, levando em consideração que somente em janeiro, a redução foi de 10%, um resultado preocupante.

“É um resultado muito ruim, que também foi consequência de problemas climáticos, seguido por custos elevados, e que lamentavelmente não poderá ser revertido”, disse Winkler.

Tema sensível é o aumento nos custos de fertilizantes que mudaram o planejamento dos plantios, como o milho que é fundamental.

“Existe um ponto importante ligado à produção de leite, que é o plantio de milho, algo fundamental para os agricultores e que impacta muito fortemente na produção de leite, porque se chegamos no momento de plantar e não tem como, isso irá repercutir, muitíssimo, na produção de leite”, explicou o presidente da federação.

Em relação aos preços, acrescentou que o leite subirá sistematicamente nos últimos meses, sem alcançar o nível dos custos, assumindo que no quadro atual, o custo médio está variando entre 385 e 390 pessoas por litro. Vale lembrar que a região dos Los Lagos é responsável por 50% da produção chilena de leite. (Fonte: Mundo Agropecuario – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

Secretário-executivo do Sindilat fala sobre alta no preço do leite em jornais da RBSTV
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, falou sobre a alta no preço do leite no Bom Dia Rio Grande e no Jornal do Almoço, programas da RBSTV, nesta quarta-feira (13/04). Em Porto Alegre (RS), o aumento no preço do leite foi de 9,84% em março, conforme o Dieese. Nos últimos 12 meses, a alta chega a 19,41%, o que é explicado pela elevação dos custos da indústria. "2021 foi um ano bem atípico em questão de custos e 2022 continua sendo", explicou Palharini, ressaltando os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia no agronegócio. O dirigente também discorreu sobre o assunto em entrevista à Rádio Uirapuru, de Passo Fundo (RS).
Confira as entrevistas em:
(Assessoria de Imprensa Sindilat/RBS TV)

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 13 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.638


Audiência pública sobre a competitividade no setor lácteo é remarcada para 27 de abril  
 

Aprovada pelas Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, visa tratar da carga tributária desigual vivida pelo segmento e agravada com a implementação do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). A audiência ocorrerá a partir das 10h, no 3º andar da Assembleia Legislativa, e terá transmissão ao vivo pelo canal da ALRS. A pauta foi proposta pelo deputado Zé Nunes.

Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, defende que medidas sejam tomadas pelo governo para que o RS deixe de ficar atrás de outros estados no que diz respeito à competitividade do setor lácteo. “Temos batido nessa tecla há anos e o governo ainda não tomou nenhuma medida efetiva para que essa situação mude. Enquanto isso, temos visto produtores abandonarem a atividade, e o RS perder competitividade em relação a estados como Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais”, destaca. Segundo ele, 60% do leite produzido no RS precisa ser escoado, sendo assim, é preciso que não somente se expanda a competitividade em solo gaúcho, mas que se viabilize vendas junto a pólos consumidores, como São Paulo e Rio de Janeiro.

O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Adolfo Brito, destaca a importância da realização de uma audiência pública, para que se amplie o debate, e reforça, ainda, que a Comissão é o ambiente para unir forças e se trabalhar em conjunto com as principais lideranças do setor. Neste sentido, é aguardada uma agenda com o governador do RS, Ranolfo Vieira Júnior, para que seja possível compor um melhor cenário ao setor produtivo do leite em função das recentes alterações tributárias. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)  


Custos e estiagem elevam preço do leite
 
Um dos principais itens na lista de compra dos brasileiros, o leite apresenta aumento de preço expressivo na região metropolitana de Porto Alegre. No acumulado de 12 meses fechados em março, o valor do tipo longa vida avançou 20,47%, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE. Em março, o produto apresentou alta de 14,06%. O item foi responsável pelo maior impacto dentro do grupo alimentação e bebidas no mês, segundo a unidade do IBGE no Rio Grande do Sul. Em ambos os recortes, o percentual está acima do índice geral do IPCA - em março, de 1,61%, e em 12 meses, de 11,30%. Pressão do preço dos insumos nos custos de produção e efeitos da estiagem estão entre os principais fatores que explicam esse movimento, segundo especialistas.
 
Consequentemente, a alta no preço do leite acaba respingando em produtos que têm esse item como base. Dentro do IPCA, leites e derivados apresentaram aumento de 12,66% em 12 meses. Esse segmento também teve variação mensal expressiva em março, de 7,33%. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS), Darlan Palharini, afirma que existia defasagem nos preços desde o último trimestre de 2021.
 
O avanço expressivo em março ocorre diante do represamento do repasse ao consumidor e dos efeitos da falta de chuva que castigou a agropecuária gaúcha nos últimos meses, segundo o dirigente.
 
- Isso é efetivamente resultado do aumento dos insumos e da própria estiagem, porque houve também redução na produção. Aí entra aquela questão de oferta e procura, porque tem essa produção menor por causa da estiagem - explica Palharini.
 
Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS) e integrante do Conseleite, entidade que representa o setor, também destaca a questão da procura pelo produto. Zanetti afirma que março tradicionalmente costuma registrar maior busca pelo leite. Esse fato somado à produção afetada pela chuva insuficiente eleva o preço do alimento, segundo o executivo: - O mês de março tem a volta às aulas, que dá regularidade maior ao mercado e aumenta a procura e o consumo de lácteos.
 
Outro fator é que está faltando leite no mundo inteiro, o que causa tendência de alta nos produtos lácteos. Zanetti destaca que o aumento de preços não significa que os produtores estejam ganhando mais, mas sim uma recuperação após períodos de prejuízo.
 
Futuro
Olhando apenas a variação acumulada de 12 meses e do mês de março na Região Metropolitana, o leite perde em volume percentual para itens como cenoura, alface e tomate. No entanto, o leite é um dos itens principais da alimentação dentro dos lares, principalmente dos que contam com crianças no grupo familiar. Palharini afirma que a indústria tenta balancear o repasse ao consumidor com um valor que cubra os gastos de produção e mantenha o produto acessível. Para os próximos meses, ele estima possível estabilização nos preços:
 
- A gente acredita que o preço dos derivados, com esse aumento, deverá se manter. Até porque em maio e junho começa a safra. Se não vier geada antes do tempo, acredito que a gente consegue manter os custos sem ter esse repasse maior ao consumidor. Até porque a gente sabe que o poder aquisitivo do consumidor está muito baixo. (Zero Hora)
 

   

 
A produção de lácteos no Brasil é suficiente para atender o consumo?
 
Quando a pergunta é se a produção de lácteos no Brasil é suficiente para atender o consumo, a primeira vista a resposta parece ser sim, mas, uma análise mais criteriosa indica que provavelmente a resposta é não, abrindo a perspectiva de um significativo potencial de crescimento para o setor produtivo. Apesar de alguns países como Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Chile, Argentina e Japão estabelecerem recomendações de consumo de leite e/ou derivados, tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS), quanto a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), não estipulam quantidades mínimas específicas de consumo de alimentos por dia.
 
Segundo essas entidades, como os países possuem oferta de alimentos, condições socioeconômicas e práticas alimentares distintas, seria inadequado determinar diretrizes globais de alimentação, com a exceção de casos em que haja robusta evidência científica, como ocorre para algumas frutas e vegetais. No Brasil não há normativas específicas da quantidade diária mínima ou ideal de ingestão de leite e derivados. Entretanto, o próprio Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, reconhece que esses produtos, presentes principalmente no café da manhã dos cidadãos, são fontes importantes de proteínas, cálcio, vitaminas entre outros; e que o seu consumo, de preferência minimamente processados, deve fazer parte de uma dieta saudável e balanceada.
 
No entanto, lamentavelmente o consumo de alimentos lácteos talvez não esteja acessível a toda a sociedade, em função da baixa renda de milhões de famílias. De acordo com o Anuário Leite de 2021, publicado pela Embrapa, apesar do país se destacar pela produção de leite, atingindo em 2020 produção (recorde) inspecionada de 25,53 bilhões de litros, desde 2014 o consumo de lácteos em domicílio ficou praticamente estagnado. Segundo o Relatório Anual de 2020, publicado pela a Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV), o consumo aparente per capita por dia de leite fluido (incluindo o leite em pó reconstituído) e produtos lácteos (sem considerar o leite fluido) é de 145 ml e 323 ml, respectivamente, totalizando 468 ml.
 
Ao se considerar os dados da FAO, a produção total de leite em 2020 no Brasil (inspecionado e não inspecionado) foi de 36 bilhões de litros. Se apenas a produção brasileira fosse utilizada para alimentar o país, o consumo aparente per capita por dia seria de 460 ml, o que está pouco abaixo do recomendado por alguns países. Noruega, Finlândia e África do Sul recomendam um consumo diário de produtos lácteos (incluindo leite fluido) para adultos equivalente a entre 500 a 750 ml por dia. Ademais, não se pode concluir apenas pelas médias, uma vez que o Brasil é um dos países com mais elevada desigualdade de renda do mundo. Ou seja, a média até pode ser adequada, mas, na prática, há muita gente consumindo bem menos do que um nível razoável.
 
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as regiões Sul e Sudeste apresentam os maiores índices de consumo, em comparação com Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Além disso, de acordo com a Análise Mensal do Leite, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), desde maio de 2020 o preço de leite e derivados no atacado e no varejo vem aumentando. Em janeiro de 2022, o preço do litro de leite longa vida UHT nos atacados e nos varejos das cidades de São Paulo SP, Belo Horizonte MG, Goiânia GO e Porto Alegre RS variaram entre R$ 3,12 e R$ 4,15.
 
Dessa forma, o valor gasto para sustentar o consumo mensal aparente per capita de leite, nos padrões divulgados pela ABLV, de um cidadão adulto, pode variar de R$ 13,57 a R$ 18,05. Ainda segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017/2018, publicada pelo IBGE, a despesa média mensal com alimentação por pessoa por família foi de R$ 209,12, e que no grupo de pessoas em condições de insegurança alimentar esse valor foi de R$ 153,49.
 
Numericamente, o custo para se garantir o consumo de leite mensal parece razoável, porém tais valores eram referentes ao período anterior à pandemia de Covid-19. Desde então, a inflação vem mantendo-se em alta, acumulando aumento de 10,06% em 2021. Ademais, houve aumento da taxa de desemprego, chegando a 11,1% no quarto trimestre de 2021, o que contribui para a redução da capacidade de consumo de produtos lácteos no Brasil, principalmente pelas classes sociais C e D.
 
Finalmente, deve-se considerar o contingente de pessoas consideradas “pobres” e “extremamente pobres”. São conceitos do Banco Mundial e valem para todos os países. Uma pessoa “pobre” é aquela que vive com até US$ 5,50 por dia (equivalente a R$ 28/dia ou R$ 855/mês). Uma pessoa “extremamente pobre” é aquela que sobrevive com até US$ 1,90 por dia (equivalente a R$ 9,70/dia ou R$ 295/mês).
 
Segundo dados oficiais do IBGE para antes da pandemia (ano de 2019), o Brasil tinha aproximadamente 52 milhões de pessoas pobres e 14 milhões de pessoas extremamente pobres. É possível que esse enorme contingente tenha algum acesso ao leite fluido, mas não deve ter acesso a derivados como iogurtes e queijos.
 
Com uma boa margem de segurança podemos sugerir que essas pessoas não consomem uma quantidade minimamente satisfatória nem de leite e derivados, nem de outros tipos quaisquer de alimentos. Portanto, é imprescindível destacar que, apesar do evidente potencial para o crescimento do consumo interno, apenas o aumento bruto da produção de leite não reflete no aumento de sua acessibilidade à população. O crescimento produtivo deve ser acompanhado de aumento da renda dos consumidores, práticas sociais inclusivas, políticas e econômicas que aumentem o poder de compra.
 
Nesse aspecto, o Brasil pode avançar no combate à desnutrição com a contribuição da sua produção de lácteos. Além dos benefícios aos consumidores, obviamente haveria benefícios também para o segmento produtor (pecuaristas e laticínios). (Autores: Lucca Zanini e Augusto Hauber Gameiro/Milkpoint)
 

Jogo Rápido 

Brasil está avançando, diz Guedes  
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o Brasil está avançando bastante para o acesso do país à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo ele, o momento é de aumento do risco geopolítico e pressões protecionistas, com a invasão da Ucrânia pela Rússia. “A guerra atinge grãos, fertilizantes e petróleo. O Brasil não pode hesitar e está pronto para fazer o seu papel e contribuir para manter civilização no século XXI. Não podemos voltar ao passado de guerras físicas e interrupção dos fluxos de comércio e investimentos”, disse Guedes, ao participar de um evento no Ministério da Economia, com membros da OCDE e do governo do Reino Unido, que trata do novo sistema de preços de transferências para o Brasil. Conforme o ministro, o Brasil celebra um capítulo decisivo para o acesso à OCDE, e a Receita Federal trabalha há anos na convergência de um sistema de transferência de preços. “Queremos evitar dois extremos com esse novo sistema, que é a bitributação e a evasão fiscal. A convergência de transferência de preços evita bitributação que impede investimentos”, frisou. (Correio do Povo)

 
 
 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 12 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.637


Conta de luz com bandeira verde até o final do ano
 
Cinco dias após o presidente Jair Bolsonaro anunciar o fim de bandeira de escassez hídrica na conta de luz e a entrada em vigor da bandeira verde a partir de 16 de abril, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que ela deve vir para ficar. Novas mudanças não são esperadas até o fim do ano. Significa que provavelmente as tarifas não voltarão a sofrer acréscimos em 2022.   - Essa é a expectativa - disse ontem Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.  
 
A entidade é responsável por coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional. Ciocchi afirmou que, com o volume de chuvas registrado desde o fim do ano passado, a atual situação dos reservatórios das hidrelétricas permitirá ao país atravessar o restante do ano de forma mais tranquila e segura do que em 2021.   - Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no melhor nível desde 2012 - disse. 
 
O sistema de bandeiras tarifárias é o que define o real custo da energia. Quando as condições de geração de energia não são favoráveis, é preciso acionar termelétricas, elevando custos. Assim, cobranças adicionais têm por objetivo cobrir a diferença e funcionam para frear o consumo.  
 
Diferenças
Quando vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Já na bandeira amarela, o consumidor paga adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt- hora (kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971, e no patamar 2 é de R$ 0,09492.  
 
No ano passado, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixa acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ela estava vigente há sete meses, desde setembro. Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.  
 
Segundo Ciocchi, a geração térmica deverá se limitar às usinas inflexíveis - que não podem parar e que têm capacidade em torno de 4 mil MW (megawatts). (Zero Hora)
 

Abertas inscrições para o Dairy Innovation Awards
 
Estão abertas as inscrições para o Prêmio de Inovação em Laticínios, que reconhece o desenvolvimento e práticas inovadoras para o setor lácteo mundial. Realizado pela Federação Internacional do Leite (FIL/IDF), o prêmio foi lançado em fevereiro com parceria da Zenith Global e apoio da Tetra Pak.
 
Com foco especial na sustentabilidade, alguns dos prêmios serão concedidos a produtos ou tecnologias que fizerem contribuições substanciais para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
 
Os prêmios estimulam processamentos inovadores do leite e derivados. Novas tecnologias como robótica, internet das coisas, inteligência artificial e energias alternativas aplicadas aos lácteos são algumas das propostas que os organizadores esperam encontrar nos trabalhos dos candidatos inscritos. Estas são as categorias dos prêmios: inovação em práticas agrícolas sustentáveis para o meio ambiente, cuidado animal e impactos sócio-econômicos, inovação e processos de sustentabilidade, inovação em pesquisas e desenvolvimento para a agricultura, coleta e processamento, desenvolvimento de novos produtos, segurança alimentar, nutrição do consumidor, inovação em sustentabilidade de embalagens, inovação em programas de leite nas escolas e inovação em ações climáticas.  
 
“A inovação faz parte do DNA da FIL/IDF desde sua fundação em 1903”, disse Piercristiano Brazzale, Presidente da Federação. “Nossa missão é fomentar o uso da ciência, tecnologia e inovação para assegurar meios de produção e de processamento do leite e de produtos lácteos seguros, nutritivos e sustentáveis. Acreditamos que este prêmio ajudará na divulgação e compartilhamento de práticas inovadoras entre relevantes atores do setor lácteo em nível global”. As inscrições estarão abertas até 1º de julho, e os vencedores serão anunciados durante o encontro da FIL/IDF, 2022 IDF World Dairy Summit em Nova Delhi, em 12 de setembro de 2022. Para mais detalhes, visitar o site: https://www.zenithglobal.com/events/IDFDIA2022. (Fonte: Food Processing – Tradução livre: www.terraviva.com.br)  
 
Estudo mostra protagonismo do Brasil na economia de baixo carbono
 
O Brasil vem aumentando a produtividade agropecuária, decorrente da melhoria dos índices de eficiência técnica produtiva no setor, e se destaca como líder e protagonista na economia de baixo carbono. Esta é a principal conclusão da publicação preliminar ‘Indicadores de Produtividade e Sustentabilidade do Setor Agropecuário Brasileiro’, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo, de autoria do pesquisador da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Ipea, José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, constatou ainda que o país é exemplo de produção agropecuária com sustentabilidade produtiva no contexto internacional. A publicação apresenta uma síntese do quadro produtivo do setor agropecuário brasileiro nos últimos 15 anos, desde 2006, com base nos dados dos censos agropecuários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e no livro do Ipea ‘Uma jornada pelos contrastes do Brasil’.
 
A pesquisa também disponibiliza indicadores de produtividade e sustentabilidade, faz análises comparativas e compila resultados de outras publicações. A partir das análises, foi possível verificar a contribuição do Brasil na produção sustentável. “O país vem fazendo o seu esforço produtivo e tecnológico, inclusive superando metas globais de sustentabilidade”, disse o pesquisador. José Eustáquio ainda observou que o país poderia aumentar a produção sem a necessidade de incorporar mais terras ou insumos.
 
“O Brasil é um dos poucos países no mundo que implementaram regras mais rígidas no uso da terra e em áreas de preservação, e também é o único país a exigir que as propriedades rurais mantenham um percentual de área conservada com vegetação nativa, denominada reserva legal, sem compensação financeira ao proprietário”, informou. A área agrícola do Brasil frente a outros países selecionados no estudo é percentualmente uma das menores (7,5%), ficando abaixo da França (34,7%), da Alemanha (33,3%), dos Estados Unidos (16,3%), da China (14,1%) e da Argentina (12,1%). “Ao comparar a área destinada ao uso agrícola e pecuário somados, o Brasil apresenta um dos menores percentuais (27,8%), e novamente se posiciona à frente de outros países, tais como China (55,1%), Alemanha (46,6%), Estados Unidos (41,3%) e Argentina (39%)”, comparou.
 
Em relação às áreas de florestas nativas e plantadas, o Brasil é o país com maior percentual de seu território preservado, de 58,5%, enquanto os demais países possuem percentuais inferiores a 35%. A produção agropecuária brasileira por unidade de emissão de gases efeito estufa (GEE) vem crescendo ao longo das últimas duas décadas. Ou seja, a produção aumenta ao passo que diminui a emissão de gás carbônico na atmosfera. O estudo também demonstra que a expansão da área com tecnologias e práticas sustentáveis atingiu 154% da meta fixada no Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação da Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC).
 
As ações do Plano ABC envolvem a adoção de sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta, a incorporação do sistema de plantio direto, a fixação biológica de nitrogênio (FBN), a expansão da área de florestas plantadas, bem como o tratamento de dejetos animais. A meta de mitigação de emissão de gás carbono na atmosfera também foi superada e o Brasil alcançou a marca de 113%. Sobre a recuperação de pastagens, os sistemas de integração lavoura-pecuária e de lavoura-pecuária-floresta também recuperam pastagens, resultando em 290% de meta cumprida. (Fonte: Ipea)
 

Jogo Rápido 

Segunda parcela do Devolve ICMS vai ser paga na quinta
Na quinta-feira, a segunda parcela do Devolve ICMS chegará às famílias beneficiadas. O programa do governo estadual devolve parte da arrecadação tributária e transferirá R$ 44,5 milhões para 433.867 beneficiários, para que famílias de baixa renda possam trocar por compras no comércio. Mais de 70% dos cartões já estão em mãos dos beneficiários, que os retiraram no pagamento da primeira parcela, em dezembro. Naquela ocasião, o cadastro tinha como base os inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal em julho de 2021. Nesta nova rodada, a referência é setembro de 2021. Para se manter no CadÚnico, é preciso seguir os requisitos de habilitação e manter os dados atualizados. No Cartão Cidadão, o governo deposita o benefício do Todo Jovem na Escola, para estudantes inscritos no CadÚnico que tenham 80% de frequência nas aulas e participem de avaliações da Secretaria Estadual da Educação. O programa destina R$ 150 mensais a essas famílias, para apoiar os jovens que seguem na escola. (Zero Hora)

 

 
 
 

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Porto Alegre, 11 de abril de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.636


Imposto de importação de muçarela zerado: quais possíveis impactos?
 
Conforme relatado na nota “Governo zera imposto de importação de queijos e outros 5 alimentos para conter inflação”, o governo anunciou no último dia 21/03 que zerou o imposto de importação do etanol e de seis produtos da cesta básica para tentar conter a inflação, entre eles, a muçarela.
 
Mas afinal, qual será o real impacto desta medida no mercado de muçarela, que representa aproximadamente 30% do mercado de queijos, ou seja, 12% do leite produzido no país? Para exportar derivados lácteos ao Brasil, os países de fora do Mercosul têm alíquota de importação (TEC – Tarifa Externa Comum) de 28%; esta tarifa praticamente inviabiliza a compra de produtos lácteos advindos desses países (os principais focos seriam Nova Zelândia, União Europeia e Estados Unidos).
 
Zerar o imposto sob importação pode causar uma mudança na estrutura do cenário internacional, e auxiliar a viabilizar a comercialização de produtos de diferentes países que hoje não tem participação relevante no mercado nacional. A equipe do MilkPoint Mercado simulou os custos da muçarela proveniente dos Estados Unidos no mercado nacional, sem a taxação de 28% existente, e chegou ao seguinte cenário (em função dos preços da muçarela nos Estados Unidos e da taxa de câmbio R$/US$): Tabela 1. Preços da muçarela dos Estados Unidos em R$/Kg no mercado nacional.
Fonte: Elaborado pela equipe do MilkPoint Mercado, com dados da CBOT e Banco Central.
 
Considerando-se os preços bases da Chicago Board of Trade (CBOT) para a muçarela dos Estados Unidos – valor de U$ 2,25 /lb–, e a taxa de câmbio de R$ 4,60/US$ (em 05/04), tem-se um valor médio dos preços do produto norte-americano chegando no mercado nacional a R$ 25,9/kg, já se desconsiderando 4% de crédito de ICMS. Comparando-se com o preço do produto nacional, que na média da última semana de março pelo levantamento da equipe do MilkPoint Mercado foi de R$ 30,7 /kg, e descontando o crédito de 12% de ICMS, tem-se um valor de custo de R$ 27,0 /kg.
 
No caso da aplicação da TEC de 28%, o queijo americano chega no Brasil a R$ 33,7 /kg, ou seja, não competitivo neste momento. Com a medida em vigor no momento, entretanto, os preços da muçarela norte-americana estariam frente a frente com os preços praticados no mercado nacional, aumentando sua competitividade significativamente. É claro que o preço do queijo no mercado americano e, principalmente, a taxa de câmbio aqui no Brasil, são fatores cruciais para esta competitividade, mas devemos ficar bastante atentos.
 
Um outro fator que pode contribuir para o favorecimento da importação de queijos neste cenário é a baixa disponibilidade de derivados lácteos por parte dos nossos vizinhos do Mercosul. Bem como o Brasil, nos últimos meses os países apresentaram problemas logísticos e de produção, e o cenário que se tem hoje em dia é de menor disponibilidade de lácteos para comercialização. Muitos dos contratos para importação já estão firmados, e os países não possuem um volume grande destinado a novas negociações no comércio exterior, pelo menos não a curto prazo. Este cenário tende a mudar a partir de junho/julho, com a entrada de uma nova safra.
 
Um ponto talvez mais crítico na medida de corte da TEC para a muçarela é o precedente que abre para medidas semelhantes relacionadas a outras categorias lácteas, que poderiam trazer impacto maior ainda ao setor, como por exemplo, os leites em pó. (Por Valter Galan e Tiago da Cunha Faria/Milkpoint)
 

 
NZ – Economistas preveem queda recorde da produção de leite nesta temporada
 
Os níveis de queda da produção na Nova Zelândia e em outros países podem impulsionar os preços do leite no início da próxima temporada, dizem economistas do banco Westpac. Em uma avaliação do setor lácteo depois do GlobalDairyTrade desta semana, o economista sênior do banco Westpac, Nathan Penny, disse que elevou em 10 centavos a previsão do preço do leite para esta temporada (que termina no final do próximo mês), que pode chegar a NZ$ 9,60/kgMS, [R$ 2,40/litro]. Também subiu de NZ$ 8,50/kgMS para NZ$ 9,25/kgMS, a previsão do preço no início da próxima temporada. A cooperativa Fonterra, projeta um preço de NZ$ 9,60/kgMS, mesmo preço agora previsto pelo economista da Westpac.
 
Penny avalia que a produção poderá ter queda de 4,75%, um percentual acima da previsão anterior que era de 3%. Se sua avaliação se confirmar, Penny diz que será a maior queda registrada de uma temporada para outra, e 1,2% acima do recorde anterior.
Um preço do leite ao produtor de NZ$ 9,60/kgMS também será um recorde, já que o maior valor registrado antes foi de NZ$ 8,40/kgMS. em 2013-14. O economista vê um preço “estruturalmente” mais alto para o produtor. Os ciclos de queda dos preços do leite ficaram para trás. E, a menos que haja um grande relaxamento nas regulamentações e conformidades em torno do uso da terra, em particular, o preço do leite subiu estruturalmente”, diz ele.
 
Possivelmente a média será de NZ$ 8/kgMS a longo prazo, a partir de agora”. Os custos aumentaram estruturalmente. Penny diz que as oscilações anteriores estavam atreladas à produção global de leite. Na Nova Zelândia, a produção subiu 11% na temporada 2013-14, e mais 4% na temporada seguinte. As conversões para fazendas leiteiras sustentaram o aumento da produção naquele período. Por exemplo, entre 2007 e 2016, o número de vacas leiteiras aumentou em mais de um milhão de cabeças. E o uso de outros insumos como terra, ração e fertilizantes também aumentou. “Mas nos últimos anos, a indústria de laticínios consolidou o ponto de uso da terra e de alguns outros insumos, que atualmente caíram. “De fato, o rebanho leiteiro diminuiu em 400.000 cabeças entre 2016 e 2022. As razões para a consolidação são variadas. Regulamentos e conformidades, competição por recursos para outros usos, falta de trabalhadores e aperto do crédito são alguns dos principais motivos.
 
Mas, essencialmente, ficou muito difícil fazer a conversão de terras para uso na produção de leite”, disse Penny. “Como resultado, a produção de leite pode não responder rapidamente (ou na magnitude necessária) para enfrentar os preços. Acredito que a produção poderá se recuperar em 3% na próxima temporada, depois dessa queda de 4,75%. Em outras partes do mundo, a produção também deverá voltar aos níveis de 2020/21 em algumas temporadas”. (Fonte: Interest.co.nz– Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
UE: altos custos fazem produção de leite cair pela primeira vez em 12 anos
 
A tendência sazonal normalmente observada no preço do leite cru da União Europeia (UE) não se concretizou em 2021, pelo contrário, o preço aumentou ao longo do ano. Em dezembro passado, foi atingido um preço médio na UE de € 40 (US$ 43,60)/100 kg, 18% a mais que em janeiro de 2021. A tendência continua em fevereiro de 2022, não mostrando sinais de relaxamento. No entanto, a produção de leite caiu 0,4% pela primeira vez desde 2009.
 
As principais causas da queda são os custos mais altos que desaceleraram o crescimento da produção de leite e uma queda no rebanho de vacas leiteiras, com uma redução mais acentuada do que o esperado (-1,5%), de acordo com as estimativas do último relatório sobre as perspectivas a curto prazo da produção agrícola na UE, elaborado pela Comissão Europeia.
 
As entregas de leite na UE em 2022 podem continuar diminuindo no primeiro semestre de 2022 para recuperar levemente no segundo semestre. Em conclusão, até 2022 as entregas podem permanecer estáveis.
 
A inflação crescente e os custos de insumos também devem pressionar ainda mais os preços ao consumidor dos produtos lácteos. Embora o consumo de queijo e manteiga ainda possa aumentar um pouco, espera-se que o uso de leite em pó no processamento diminua. No geral, o fluxo de produção de queijo e soro de leite pode continuar sendo a opção preferida, enquanto se espera alguma recuperação na produção de leite em pó desnatado, provavelmente apoiada pelo aumento das exportações. (As informações são do Agrodigital, adaptadas pela equipe MilkPoint)
 

Jogo Rápido 

Inflação do IPCA é a maior para março em 28 anos
O grupo de transportes e também o de alimentação impactaram a elevação do indicador. Os dois juntos significaram 72% do IPCA. Sete produtos subiram mais de 50% no acumulado de 12 meses e ajudaram a puxar a inflação para cima. Dos mais de 400 itens apurados pelo IBGE, a cenoura é a mais cara no período de 12 meses: alta de 166,17%. Os sete produtos seguintes no ranking são tomate (94,55%), pimentão (80,44%), melão (68,95%), melancia (66,42%), repolho (64,79%), café moído (64,66%) e mamão (54,95%). No acumulado de 12 meses a inflação de serviços também levou impacto aos resultados. Passou de 5,94% em fevereiro para 6,29% em março, a maior desde dezembro de 2016, quando estava em 6,5%. Os preços de itens monitorados pelo governo saíram de uma elevação de 0,12% em fevereiro para um aumento de 2,65% em março. Também ontem o IBGE divulgou outro indicador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).Aalta de 1,71% em março superou a de 1% apurada em fevereiro. O índice acumula uma elevação de 3,42% no ano e de 11,73% em 12 meses. Em março de 2021 o resultado era de 0,86%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos que são chefiadas por assalariados. (Correio do Povo)
 

 

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Porto Alegre, 08 de abril de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.635


Próximos dias terão muita umidade e chuva expressiva por todo o RS

Os próximos sete dias permanecerão com muita umidade e chuva expressiva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 14/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga.

Na sexta-feira (08/04), o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todo  o Estado, com possibilidade de temporais isolados. No sábado (09), o ingresso de ar seco manterá o tempo firme, com ligeira elevação das temperaturas. No decorrer do domingo (10), a aproximação de uma nova área de baixa pressão vai aumentar a nebulosidade e provocar pancadas de chuva na maioria das regiões.

Na segunda (11) e terça-feira (12), a propagação de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com chance de temporais isolados, especialmente nos setores Oeste, Centro e Norte. Na quarta (13), ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas nas faixas Norte e Nordeste, porém no decorrer do dia, o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade e provocará o declínio da temperatura.

Os totais esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maioria das regiões. Na Fronteira Oeste, Missões e Alto Uruguai, os volumes previstos variarão entre 80 e 100 mm, podendo exceder 125 mm em diversos municípios.

O Boletim Integrado Agrometeorológico 14/2022 pode ser acessado em: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.  (SEAPDR)

Rebanho leiteiro manteve níveis de produção no RS

Mesmo com a redução das pastagens, devido ao período de vazio forrageiro. Com reservatórios e mananciais de água com maior volume, houve melhora importante na quantidade e na qualidade da água.

Os animais apresentam adequadas condições sanitárias, sendo que foram realizadas as vacinações obrigatórias e preventivas, bem como o controle de endo e de ectoparasitos. Em algumas regiões, os produtores seguem sendo orientados a vacinar contra raiva herbívora, conforme orientação das Inspetorias de Defesa Agropecuária. 

Na regional de Santa Rosa, os dados indicam um aumento significativo na produção leiteira, como reflexo do retorno da boa oferta de forragem após a ocorrência constante de chuva e da redução das temperaturas. Devido ainda aos efeitos da estiagem, os estoques de alimentos conservados terminaram ou estão baixos, necessitando que os produtores façam um adequado planejamento forrageiro e também da produção de silagem do milho safrinha e de espécies forrageiras de inverno.

Na regional de Frederico Westphalen, as temperaturas mais amenas proporcionaram mais conforto aos animais, principalmente as vacas leiteiras, levando ao aumento da produção de leite e melhorando o manejo dos animais.

Na regional de Pelotas, os produtores seguem colhendo as áreas destinadas à silagem, que têm apresentado baixa produtividade. Na de Erechim, a atividade leiteira do Alto Uruguai gaúcho segue com dificuldade. A margem de lucro por litro de leite está reduzida, especialmente devido aos altos preços dos concentrados, como ração comercial, milho, farelo de soja e mineras. Outro fator que está impactando negativamente o resultado econômico da bovinocultura de leite é a baixa qualidade da silagem de milho colhida na última safra, devido à forte estiagem que acometeu toda a região.

Na regional de Bagé, em Alegrete, produtores investem recursos na implantação das pastagens de inverno, visando eliminar o vazio forrageiro outonal. Em Itacurubi, ocorre gradativa recuperação do estado corporal das matrizes com retomada na produção de leite. (Emater/RS)
 
 
Balança comercial de lácteos: exportações perdem força

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (07/04) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -52 milhões de litros em equivalente-leite no mês de março, uma diminuição de 32 milhões, ou aproximadamente 61,5% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (mar/2021), o saldo foi menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -92 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 78%.

Apesar do recuo, esse resultado é o menos negativo desde 2014 para o mês, quando teve um saldo de -1 milhões de litros, e após quatro meses consecutivos de aumentos, o saldo da balança voltou a diminuir. 

No mês de março as exportações tiveram um forte recuo de aproximadamente 65% em relação ao mês de fevereiro, com um decréscimo de -14,1 milhões de litros no volume exportado. Ao se comparar com 2021, as exportações também foram menores este ano, com um diminuição de -3,4 milhões de litros, representando um decréscimo de aproximadamente 31% no volume exportado. Após altas expressivas nos volumes de lácteos destinados às exportações, o cenário para o mês de março foi reverso, e ocorreram quedas consideráveis.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.



Do lado das importações, o cenário também foi reverso do que vinha ocorrendo. O mês de março apresentou um aumento de 41% nas importações em relação ao mês de fevereiro, com um acréscimo de 17,2 milhões de toneladas em equivalente-leite no volume de importações. Analisando o mesmo período do ano passado, nota-se uma diminuição expressiva entre os volumes importados; em março de 2021, 102,6 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve um recuo de aproximadamente 42%, totalizando um decréscimo de -43,4 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir:

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.



Essa diminuição nos volumes exportados e aumento das importações acarretou em um saldo mais negativo da balança comercial de lácteos para o mês de março. Apesar desta dinâmica, o resultado é o menos negativo desde o ano de 2014 para o período. Quando comparado com o ano de 2021 mesmo com um menor volume destinado as exportações, uma diminuição expressiva nas importações acarretou em uma saldo mais favorável para o ano de 2022.

Este cenário é consequência do fim do ciclo de alto dos preços internacionais e da forte queda do dólar no período. Apesar disso, o cenário que estava vigente há alguns meses sofreu uma disrupção ao longo do mês. Conforme relatado na análise do último evento do Global Dairy Trade (GDT), “GDT: preços internacionais apresentam nova correção”, os preços internacionais do leilão sofreram recuo pela segunda quinzena consecutiva e os preços médios voltaram aos patamares abaixo dos U$ 5.000 /tonelada.

A queda do dólar também contribuiu para o cenário observado. Devido a políticas econômicas adotadas por parte do Brasil, e os preços das commodities operando em patamares elevados, a moeda norte-americana sofreu fortes variações negativas frente ao real nos últimos dias. Entre o período de 01/01 e 25/03, o real teve variação de +16,79%, configurando-se como a moeda que mais se valorizou no ano de 2022.

E por último, mas não menos importante, devido a oferta de leite no mercado interno comprometida, nas últimas semanas o cenário foi altista para a maioria dos derivados lácteos. Altas expressivas foram observadas no leite UHT, muçarela, e leite em pó. Este fato, associado ao dólar operando em baixa, muitas vezes pode tornar as negociações dos produtos no mercado interno mais atrativa em detrimento das exportações, o que pode ter levado ao menor volume destinado a essas negociações.

Todos esses fatores contribuíram para o processo disruptivo do cenário que estava vigente há alguns meses, e frearam bruscamente as exportações, com o produto nacional perdendo competitividade no mercado externo, e as importações começando a ganhar fôlego na concorrência do mercado interno.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em março, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 90% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma aumento de 19% em seu volume importado. Os produtos que tiveram maior variação com relação a importação foram o iogurte, a manteiga e o leite em pó desnatado com aumentos de 389%, 82% e 52%, respectivamente.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite, o leite UHT, e os queijos, que juntos, representaram 83% da pauta exportadora. Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de fevereiro foram o leite em pó integral, e o leite em pó desnatado, visto que ambos tiveram uma redução de aproximadamente 98% no volume destinado a exportação.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2022. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.



O que podemos esperar para o próximo mês?

Conforme relatado, o cenário observado nos últimos meses começou a se alterar, e caso a dinâmica se sustente, poderá ser fortalecer nos próximos meses. Os preços internacionais parecem ter atingindo um “pico” após alcançarem seu maior valor médio da história, e a tendência, pelo menos a curto prazo, é o mercado apresentar correções, e os preços recuarem. Caso isso ocorra, fortalece o cenário observado e pode aumentar a competitividade dos produtos internacionais, estimulando as importações e desestimulando as exportações.

Outro ponto para ficar de olho é o conflito no Mar Negro, envolvendo a Ucrânia e a Rússia. Caso um cessar fogo ocorra, poderemos ver diversos mercados, dentre eles as commodities, como o petróleo, recuando, o que poderá impactar nos preços praticados no mercado lácteo internacional. Além disso, o fim do conflito pode contribuir para uma retorno a normalidade na questão da oferta e demanda mundial, pelo menos a médio e longo prazo, a depender dos estragos ocasionados pela guerra.

No mercado nacional temos a medida do governo de zerar os impostos para a muçarela importada, que, caso se mantenha, contribui como um estimulo as importações, principalmente do produto proveniente dos Estados Unidos. Com o fim da TEC, poderemos observar um aumento no volume de importações de muçarela, contribuindo para um saldo mais desfavorável da balança, além dos impactos negativos no mercado nacional de queijos. (Milkpoint)

Jogo Rápido 

E-Book gratuito: alimentos alternativos para dietas de vacas leiteiras A nutrição de vacas leiteiras é o maior custo dentro de um sistema produtivo. Mas é possível economizar na formulação de dietas sendo que a produção de leite está diretamente relacionada ao balanceamento nutricional e qualidade dos alimentos consumidos?  Existem alguns alimentos alternativos que podem substituir os tradicionais na alimentação de ruminantes, como o milho, mas é necessário se atentar a alguns pontos como limite de inclusão na dieta ou de substituição.  No E-Book "Alimentos Alternativos para Dietas de Vacas Leiteiras" você aprenderá como utilizar alguns alimentos que cada vez mais ganham espaço na pecuária leiteira do Brasil. Acesse já o E-book e confira! (Milkpoint)

 

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Porto Alegre, 07 de abril de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.634


Governo de SC decide recolocar leite de caixinha na cesta básica e ICMS volta de 17% para 7%

Decisão é do governador Carlos Moisés; medida será tomada por meio de projeto de lei do Executivo ao Legislativo

Para fins tributários, o leite de caixinha será recolocado como item da cesta básica em Santa Catarina. A decisão é do governador Carlos Moisés (Republicanos) e foi tomada nesta terça-feira (5). O governo do Estado enviará um projeto de lei ao Legislativo para confirmar a medida, tomada após reunião com deputados estaduais.

O imposto sobre o leite é um dos pontos dos polêmicos vetos do governador, que estão em discussão que se arrasta há meses na Alesc (Assembleia Legislativa), que busca um consenso entre as partes. Moisés vetou o artigo que aumentaria o ICMS do leite longa vida para 17%.

Fora da cesta básica, o imposto sobre o leite de caixinha seria de 17% de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Colocado novamente, terá imposto de 7%.

A cadeia produtiva do leite emprega cerca de 200 mil pessoas em Santa Catarina.

Além da questão do leite, há discussões sobre impostos em produtos à base de farinha de trigo e mistura para a preparação de pães. O setor de bares e restaurantes também questiona um dos vetos. (ND MAIS)


EUA: produtores estão tornando o leite e o queijo mais sustentáveis

A sustentabilidade tornou-se uma prioridade para marcas em todo o mundo, especialmente para aquelas que entendem o valor de criar um impacto social e ambiental positivo. Enquanto isso, os consumidores estão se tornando mais seletivos em relação às empresas que apoiam – comprando intencionalmente daquelas que são éticas e transparentes sobre suas práticas de negócios.

Esses fatos são verdadeiros em vários mercados, do varejo à tecnologia e ao transporte. Mas uma indústria que por acaso está dominando o jogo ecológico é a de alimentos e bebidas. De acordo com um estudo de 2020 realizado por Edelman e The Nature Conservancy , 55% dos líderes de empresas de alimentos, bebidas e agricultura estão aumentando a aposta quando se trata de aplicar novas práticas de sustentabilidade.

Entre as empresas de alimentos que salvam o meio ambiente (ou tentam) estão as do setor de laticínios. Vários produtores de leite estão reduzindo sua pegada de carbono reciclando recursos naturais, como ar e água, e reutilizando estrume para eliminar a necessidade de fertilizantes artificiais, de acordo com a Dairy Discovery Zone.

Mas por que tudo isso é importante e como isso afeta o leite e o queijo que comemos? Quando as pessoas estão plenamente conscientes das maneiras como seus produtos favoritos são feitos, isso não apenas melhora sua percepção das marcas que compram, mas também pode incentivá-las a comprar mais.
 

As fazendas leiteiras estão investindo em ferramentas e métodos eficientes
Com a enorme quantidade de queijo, manteiga, sorvete, leite e iogurte que os americanos comem – cerca de 655 libras por pessoa/ano – você pode apostar que muitas pessoas estão prestando muita atenção às origens desses produtos.

Jay Waldvogel, vice-presidente sênior de estratégia e desenvolvimento global da Dairy Farmers of America, enfatizou a importância de ter um diálogo honesto sobre sustentabilidade com os clientes, que se preocupam cada vez mais com a origem de seus alimentos (via Hoard's Dairyman ).

Em Wisconsin, o epicentro da produção de laticínios nos Estados Unidos, muitas das mais de 7.000 fazendas leiteiras do estado estão usando formas inovadoras para a fabricação de queijo. 

Crave Brothers Farmstead Cheese, uma fazenda de laticínios familiar em Waterloo, orgulha-se de seus métodos de fabricação modernos e sustentáveis ??para seu premiado mascarpone, mussarela, cheddar e muito mais. A instalação de fabricação de queijo é alimentada por um sistema de digestão anaeróbica de metano executado por computador – o que significa que os microorganismos desintegram resíduos orgânicos para criar metano, dióxido de carbono e outros gases e usá-los como energia renovável. Essa estrutura única pode ajudar a Crave Brother a fazer queijo em apenas seis horas – e gerar eletricidade suficiente para abastecer toda a fazenda, além de 300 casas próximas. 

Em notícias semelhantes de laticínios sustentáveis, a empresa de energia renovável Vanguard Renewables recentemente se uniu aos Dairy Farmers of America, Starbucks e Unilever para lançar a Farm Powered Strategic Alliance . Isso ajuda as fazendas leiteiras a investir na agricultura regenerativa, o que significa que fornece recursos e equipamentos para reduzir a produção de resíduos e emissões, em vez de colocar esses elementos de volta no solo para serem usados novamente.

As informações são do Tasting Table, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 







UE – Captação de leite na UE, em 2021, cai pela primeira vez em 12 anos

Produção/UE – A tendência sazonal que é observada no preço do leite ao produtor na União Europeia (UE) não foi vista em 2021, pois o preço aumentou durante todo o ano.

Em dezembro passado, se chegou ao preço médio de €40/100 kg, o que representou aumento de 18% em relação a janeiro de 2021. A tendência continua em fevereiro de 2022, sem mostrar sinais de que haverá arrefecimento.

Ainda assim, a captação de leite em 2021 caiu 0,4% pela primeira vez, desde 2009. As principais causas da queda foram o aumento dos custos que pressionou as margens do leite e a queda do rebanho de vacas leiteiras, cujo percentual foi mais forte do que o esperado (-1,5%), de acordo com as estimativas do último boletim de perspectivas de curto prazo das produções agrárias na UE, elaborado pela Comissão Europeia.

A captação de leite na UE em 2022 poderá continuar caindo pelo menos até a metade de 2022, para recuperar-se ligeiramente no segundo semestre. Conclusão. Para 2022 o volume de leite poderá ficar estável.

Também é provável que o aumento da inflação e dos custos dos insumos exerçam mais pressão sobre o preço ao consumidor dos produtos lácteos, ainda que as vendas de queijo e manteiga possam aumentar ligeiramente, mas a expectativa é de que diminua o processamento de leite em pó.

No geral, o fluxo da produção de queijo e soro poderá continuar sendo a opção preferida, enquanto se aguarda uma certa recuperação da produção de leite em pó desnatado, provavelmente impulsionada pelo aumento das exportações. (Fonte: Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

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E-Book gratuito: alimentos alternativos para dietas de vacas leiteiras
A nutrição de vacas leiteiras é o maior custo dentro de um sistema produtivo. Mas é possível economizar na formulação de dietas sendo que a produção de leite está diretamente relacionada ao balanceamento nutricional e qualidade dos alimentos consumidos?  Existem alguns alimentos alternativos que podem substituir os tradicionais na alimentação de ruminantes, como o milho, mas é necessário se atentar a alguns pontos como limite de inclusão na dieta ou de substituição.  No E-Book "Alimentos Alternativos para Dietas de Vacas Leiteiras" você aprenderá como utilizar alguns alimentos que cada vez mais ganham espaço na pecuária leiteira do Brasil. Acesse já o E-book e confira! (Milkpoint)

 

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Porto Alegre, 06 de abril de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.633


Espanha: dispara abate de vacas que produzem menos de 30 litros/dia
 
A crise das matérias-primas agrícolas, agravada pela invasão da Ucrânia, atinge em cheio a indústria leiteira, que está iniciando o abate de vacas com produção abaixo de 30 litros/dia porque não é rentável mantê-las, dado que se paga um litro de leite entre 0,39 e 0,42 centavos quando o quilo de milho custa entre 0,40 e 0,42 ou o quilo de soja em torno de 0,60, sendo ambos elementos essenciais para a alimentação do gado.
 
José Barrau, proprietário da Quesería Villa Corona, empresa localizada em El Burgo de Ebro (Zaragoza), disse à Efe que esta circunstância está obrigando muitos fazendeiros a começarem a abater vacas produtivas com menos de trinta litros de leite por dia. Manter essas cabeças não cobre os custos e geram prejuízos, garante o produtor.
 
A crise das matérias-primas agrícolas, agravada pela invasão da Ucrânia, atinge em cheio a indústria leiteira, que está iniciando o abate de vacas com produção abaixo de 30 litros/dia porque não é rentável mantê-las, dado que se paga um litro de leite entre 0,39 e 0,42 centavos quando o quilo de milho custa entre 0,40 e 0,42 ou o quilo de soja em torno de 0,60, sendo ambos elementos essenciais para a alimentação do gado.
 
José Barrau, proprietário da Quesería Villa Corona, empresa localizada em El Burgo de Ebro (Zaragoza), disse à Efe que esta circunstância está obrigando muitos fazendeiros a começarem a abater vacas produtivas com menos de trinta litros de leite por dia. Manter essas cabeças não cobre os custos e geram prejuízos, garante o produtor. 
 
Se uma fazenda de gado leiteiro tem 1.200 cabeças, como Barrau mantém em suas duas fazendas (uma em Monzón e outra em Sangarrén, em Huesca), 600 delas são produtivas, mas todas comem. 
 
E assim, quando o percentual normal de abate em uma fazenda é de 15 ou 20% do gado, muitas fazendas já estão atingindo, diz Barrau, 30 ou 40% de abate de vacas produtivas; "E porque os frigoríficos não aceitam mais, porque o preço da carne subiu", diz.
 
A guerra trouxe consigo os grandes especuladores. As empresas especializadas em compras futuras de cereais estão até recomprando o que já haviam vendido e há grandes países exportadores, como a Argentina, que estão mantendo sua produção, mas também os menores, como Sérvia ou Montenegro. E enquanto isso, explica Barrau, na União Européia não há milho ou soja suficiente para vacas, nem para porcos ou bezerros.
 
Além disso, este problema é agravado pelo fato de que os cultivos na Espanha estão sujeitos a grandes tensões, como o aumento do preço dos fertilizantes, que triplicou no caso da ureia, por exemplo, passando de 300 euros para 1000/hectare e que também não é produzida no país, ou a de água, que dobrou a conta dos irrigantes. Isso sem contar o preço da energia necessária para irrigação, diz ele.
 
No caso dele, o preço da ração do gado se soma ao aumento contínuo do preço de materiais como plástico ou papelão que ele precisa para embalar seus produtos, que, desde a pandemia de covid aumentou 70%, ou ao custo do gás óleo de suas caldeiras.
 
Essas despesas foram repassadas para o preço dos produtos que chegam às lojas e supermercados, mas o aumento "já ficou ultrapassado" devido ao custo de seus queijos, iogurtes, coalhadas e suas caixas de leite. 
 
“Isso não tem nada a ver com nenhuma outra crise, nunca vivi uma como essa”, lamenta Barrau, cuja força de trabalho foi reduzida para vinte pessoas na queijaria durante a pandemia, quando normalmente são 25. Ele analisa que na origem de alguns desses problemas está a "dependência tão desenfreada" de matérias-primas do exterior e prevê que os alimentos continuarão a subir de preço.
 
Perante esta situação, Barrau não tem outra alternativa senão "cuidar do produto e dos clientes" e olhar atentamente para custos e despesas, diz com a firme determinação de "adaptar-se" e "continuar a trabalhar", como têm feito desde 1986.
 
As informações são do Portalechero, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Novo Ministro da Agricultura Marcos Montes se posiciona a respeito da diminuição da alíquota de importação de produtos da cesta básica
 
Alíquota de importação - Em entrevista à Band News, o novo Ministro da Agricultura Marcos Montes, discorreu sobre a diminuição da alíquota de importação dos produtos da cesta básica, incluindo o queijo mussarela, se posicionando contrário à redução a zero desta alíquota por se tratar de uma medida que produz pouco efeito sobre a inflação.
 
Na entrevista, o ministro se manifesta particularmente contrário a esta redução. “Estamos retroalimentando a inflação. Quando começamos a dar descontinuidade aos nossos produtos e a nossa cadeia, estamos ao mesmo tempo alimentando outro tipo de inflação”, afirma o ministro.
 
De acordo com Marcos Montes essa medida deveria ser repensada pela economia para fazer um balanço dos impactos que representa na inflação versus o que representa nas cadeias produtivas, principalmente do pequeno produtor.
 
O leite é um produto extremamente social, de grande importância socioeconômica. Para o ministro, o efeito é muito pequeno sobre a inflação. “No caso dos produtores de leite, que impactam pouquíssimo na inflação, está prejudicando toda uma cadeia de mais de um bilhão de pessoas envolvidas, então eu acho que tem que ser repensada”, diz Marcos Montes. >> Acesse aqui a entrevista completa do Ministro Marcos Montes à Band News 
 
Elaboração Terra Viva com informações da Band News





Argentina: mercado externo já absorve 30% do leite do país
 
As exportações de lácteos do mês de janeiro caíram 19% em volume (toneladas de produtos), mas permaneceram praticamente inalteradas em termos de receita em milhões de dólares (-0,6%), em função do nível dos preços internacionais.
 
Segundo dados oficiais do INDEC, em janeiro foram embarcadas 36.378 toneladas de produtos, resultando em um total de 136,1 milhões de dólares. De acordo com a análise do Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), foram processados 270 milhões de litros equivalentes para o mercado externo.
 
No entanto, o que cresceu sensivelmente em relação à média de 2021 é o percentual que esse volume representa no total da produção nacional de leite. De acordo com esse número, era de 29,2% em janeiro e, considerando os dados preliminares do primeiro bimestre, continua aumentando para 29,6% do total.
 
A análise
De acordo com os números finais das exportações até janeiro de 2022 com dados da Direção Nacional de Laticínios, esses 29,2% destinados ao mercado externo (superior à média de 24-5% média anual) podem ser explicados pela sazonalidade da produção primária (pico baixo) e o mercado interno fraco, resultado do fenômeno inflacionário.
 
Além disso, há também um fator de contexto que tem a ver com os impedimentos que existem atualmente para alcançar a logística em tempo hábil, como resultado da baixa disponibilidade global de contêineres, que estão gerando estoques e postergando embarques, que são enviados com atraso.
 
Os dados das exportações de lácteos acumulados até o mês de fevereiro de 2022, segundo dados provisórios do INDEC, indicam que nos dois primeiros meses seriam 70.700 toneladas no valor de 256 milhões de dólares.
 
Desse total exportado até agora, 49,8% foram leite em pó, 18,6% queijo em seus diferentes formatos e 20% doce de leite, manteiga, óleo de manteiga e soro de leite. Ressalta-se que os 11% restantes correspondem à categoria “confidencial”, que supostamente são os itens lactose, caseína e iogurte, que não estão detalhados nas informações oficiais abrangidas pela “Lei do Sigilo Estatístico” para as empresas fornecedoras.
 
Variações
A OCLA considera que a variação entre os meses das exportações foi de -5,5% em volume e -11,5% em valor (fev/22 vs. jan/22); e a variação interanual foi de +27,2% em volume e +43,8% em valor (fev/22 vs fev/21).
 
Como pode ser visto no gráfico abaixo, "as exportações no início de 2022 são consideravelmente inferiores às de 2021, mas cabe esclarecer que as exportações em janeiro de 2021 foram muito altas, pois acumularam exportações não realizadas para o Brasil em dezembro de 2020, quando havia dificuldades de entrada devido a questões burocráticas no país de destino. E em fevereiro há uma situação inversa, exportações normais em fevereiro de 2022 em comparação com as baixas exportações em fevereiro de 2021 devido aos altos volumes do mês anterior.”
 
Entretanto, “as exportações de janeiro e fevereiro de 2022 têm sido feitas maioritariamente com mercadorias que estavam em estoque devido à sua acumulação por causa das dificuldades ocorridas durante 2021 (principalmente baixa disponibilidade de contêineres em particular e de logística em geral)".
 
Em litros equivalentes de leite, as exportações representaram nos dois primeiros meses de 2022, 29,6% da produção total, "embora com uma participação muito elevada em valores históricos, foram inferiores às do ano anterior que participaram em 31,0%, em virtude do que foi mencionado acima”, analisa a OCLA.
 
O preço argentino
Ainda distante da referência mundial que a Fonterra vem estabelecendo por meio do Global Dairy Trade (GDT), "o preço médio de exportação negociado por tonelada foi de US$ 3.626 para o bimestre, o que implica um aumento de 18,2% em relação aos primeiros dois meses de 2021. Como se vê, longe dos US$ 4.600/t que os mercados europeu e asiático estão pagando pelo leite da Oceania.
 
No entanto, "no caso particular da categoria Leite em Pó, o preço médio foi de US$ 3.495/tn, 15,9% acima do mesmo período do ano anterior", o que é um valor mais do que atrativo para continuar aproveitando na medida do possível, tendo em conta o desequilíbrio existente com a demanda interna.
 
Destinos
Segundo dados do DNL, o destino das exportações para este primeiro bimestre foi o seguinte: 33% para a Argélia, 18% para a Rússia, 15% para o Brasil, 5% para o Chile, 4% para os EUA, 4% para a China e os restantes 21% para outros mais de 10 destinos.
 
Vale ressaltar um fato que não é menor em relação à Rússia, segundo ou terceiro mercado mais importante (dependendo do produto) para o nosso país: esses números ainda não incluem os dados de março, onde os embarques foram reduzidos a zero, como consequência do confronto militar com a Ucrânia e dos bloqueios comerciais que estão ocorrendo na zona de conflito. Conforme confirmado pelo Centro da Indústria Leiteira, “no momento, nenhuma empresa exportadora argentina está enviando seus produtos para a Rússia”.
 
As informações são do Diario La Opinión, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Jogo Rápido 

Avaliação do comportamento de compra - Produto lácteo de baixo carbono
 Este questionário está sendo realizado para um Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que visa entender a intenção de compra de um “produto lácteo de baixo carbono” através do método de Teoria do Comportamento Planejado (TCP). Um "produto lácteo de baixo carbono" é aquele produzido, preferencialmente, com práticas que minimizam a emissão de gases de efeito estufa como a manutenção da cobertura vegetal na propriedade, a ênfase na alimentação a pasto e o uso de aditivos alimentares redutores de emissão de metano pela ruminação do rebanho, o uso de energias renováveis, a seleção de animais de alta capacidade produtiva e o tratamento dos dejetos animais, entre outros. Conforme código de ética em pesquisa, o sigilo e a confidencialidade de todas as informações coletadas nesse questionário são garantidos, sendo utilizadas somente para o estudo. Sua participação é anônima e voluntária. Qualquer dúvida ou informação entre em contato pelo e-mail juliasurdo@gmail.com. Acesse E RESPONDA o questionário clicando aqui. As respostas serão recebidas até 08 de abril (Julia Surdo via Google Docs)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de abril de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.632


Global Dairy Trade - GDT
 

 
 
Fonte: GDT adaptado Sindilat/RS

Novo secretário assume pasta da Agricultura no RS
 
Domingos Velho Lopes, segundo vice-presidente da Farsul, tomou posse ontem como secretário estadual, em cerimônia no Palácio Piratini
 
Conhecido pela atuação em assuntos relacionados ao meio ambiente na Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), o produtor rural Domingos Velho Lopes é o novo titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado (SEAPDR). Lopes assumiu o cargo de Silvana Covatti, exonerada para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.
 
A posse ocorreu em cerimônia conduzida nesta segunda-feira pelo governador Ranolfo Vieira Júnior, no Palácio Piratini. Rodrigo Rizzo, assessor da presidência da Farsul e coordenador-geral das comissões da entidade, é o novo secretário adjunto.
 
Natural de Porto Alegre, Domingos Lopes é agrônomo formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e dedica-se à agropecuária com a família em Mostardas e Palmares do Sul. Sua liderança no setor começou em 1997, quando se tornou presidente do Sindicato Rural de Mostardas. Em 2000, passou a integrar a diretoria da Farsul e, em 2003, assumiu a coordenação da Comissão do Arroz da entidade. Em 2017, foi coordenador da Comissão do Meio Ambiente e assumiu a presidência do conselho superior da Farsul.
 
Até sua nomeação para a SEAPDR, Lopes exercia os cargos de presidente do Sindicato Rural de Mostardas, presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Litoral Médio e coordenador adjunto do Fórum Gaúcho de Comitês de Bacia. Também integrava os conselhos estaduais de Meio Ambiente, de Recursos Hídricos e de Saneamento Básico. “A prioridade um é buscar soluções estruturantes para a situação de reservação de água e irrigação para o Estado”, disse ele logo após a posse. (Correio do Povo)


Projetos do Fundopem superam R$ 530 mi no ano
 
São 25 empreendimentos contemplados que preveem 930 vagas
 
Na terceira reunião do ano, o Grupo de Apoio Técnico (GATE), responsável pela aprovação dos projetos incentivados pelo Fundo Operação Empresa (Fundopem/RS), confirmou mais nove projetos no valor de R$ 452 milhões em investimentos no Estado e a criação de 390 empregos. Estes números somam-se aos projetos já aprovados nas duas primeiras reuniões de 2022, quando foram aprovados incentivos para investimentos de R$ 79 milhões e 540 novos postos de trabalho.
 
Uma das características destacadas pelo secretário Edson Brum é a maior democratização do incentivo, uma vez que, a partir das mudanças no programa realizadas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) , mais empresas de pequeno e médio porte estão sendo beneficiadas. Em 2022, dos 25 projetos de ampliação ou instalação aprovados, apenas seis são de empresas de grande porte, enquanto 19 são oriundos de médias e pequenas empresas.
 
O destaque em números dos últimos projetos aprovados fica por conta da gigante do setor moveleiro gaúcho, a Todeschini, que está realizando o aporte de mais de R$ 272 milhões em investimento na expansão da fábrica com novo centro de distribuição e promovendo a criação de 300 empregos. Ainda existem 88 projetos tramitando na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), aguardando documentação ou em análise. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido 

Uruguai: produção de leite moderou sua queda em fevereiro
Os embarques de leite para as diferentes plantas industriais do Uruguai totalizaram 134 milhões de litros em fevereiro, volume 0,5% inferior ao mesmo mês do ano passado. Em janeiro, o volume de leite enviado à indústria caiu para uma taxa interanual de 1,3%. O acumulado do bimestre janeiro-fevereiro fechou com 291 milhões de litros, o que implica uma retração de 0,9% em relação ao início de 2021. No acumulado dos 12 meses encerrados em fevereiro, o envio de leite para a indústria totalizou 2,116 milhões de litros, e está 1,4% acima do volume do ano anterior. O Uruguai havia fechado 2021 com um embarque recorde de leite de 2,119 milhões de litros, após crescer 2% em relação ao acumulado do ano anterior. A indústria de laticínios uruguaia, e a Conaprole em particular, tenta se recuperar do choque causado pela saída da multinacional Olam para a cadeia em geral após a decisão de fechar todas as suas fazendas leiteiras no país. Esta empresa foi a maior transportadora individual do Uruguai; algumas de suas fazendas leiteiras conseguiram permanecer em atividade sob o controle de outros proprietários. (As informações são do Tardaguila, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de abril de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.631 


SANTA CATARINA ELEVA ICMS DO LEITE DE 7% PARA 17%
 
Em Santa Catarina o leite era vendido com ICMS de 7% da indústria para os varejistas, e também de 7% na negociação dos pontos de varejo, como supermercados, para o consumidor final. O projeto aprovado no ano passado teve a participação de indústrias de leite e definiu aumento de ICMS nas duas operações. Pelo texto original, o ICMS passa para 17% a partir desta sexta-feira, 1º, tanto na venda das indústrias aos supermercados, quanto na transação do ponto de venda para o cliente.
 
O gerente de Fomento de Leite da Copérdia, Flávio Durante, comenta que esse aumento não impacta diretamente o produtor de leite. “O leite é um produto da Cesta Básica e é atribuído a ele 7% de ICMS e tem uma proposta que do Governo do Estado já passou pela Alesc para tributar o leite em 17%, no meu ponto de vista se nada for feito, a partir de 1º de Abril essa nova lei vai tributar o leite em 17% de ICMS, Mas vai tributar o leite na indústria, e diretamente não vai afetar o produtor”, explica Flávio.
 
“A indústria que vende o leite e os derivados com 7% de ICMS vai passar vender com 17% de ICMS, isso vai fazer com que o preço do leite ao consumidor fique muito elevado e logicamente vai interferir no consumo e indiretamente vai interferir também lá na produção, lá no produtor”, argumenta Flávio. “Então, no nosso ponto de vista não deveria ter esse aumento, o leite é um alimento da cesta básica e deveria manter o status atual de 7%, pois com a nova alíquota vai afetar o consumidor”, finaliza Flávio Durante.
 
A Secretaria da Fazenda informou que a intenção é tornar a produção do Estado mais competitiva, mas não informou ainda se haverá alta de preço ao consumidor final e de quanto vai ser. Mas como a alíquota ao consumidor hoje é de 12%, mas com descontos fica em 7%, o aumento para 17% significará alta superior a 13% ao consumidor, calcula a Associação Catarinense de Supermercados (Acats). (Rádio Rural)

MAPA vai regular mercado de alimentos feitos de planta e quer que o país seja referência global para o segmento
 
Afirmação foi feita durante painel sobre inovações na Expomeat, III Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal, em São Paulo.
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deu mais um importante passo em direção à consolidação do setor de proteínas alternativas brasileiro. Glauco Bertoldo, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, anunciou que o órgão vai regular o mercado de produtos feitos de plantas (plant-based). O objetivo é garantir as condições necessárias para a concorrência justa entre os alimentos de origem vegetal e seus análogos animais. 
 
A notícia chega pouco tempo depois da divulgação dos resultados da Tomada Pública de Subsídios, que recebeu entre os meses de junho e setembro do ano passado, contribuições da sociedade sobre diversos aspectos relacionados à regulação desse mercado. No total, foram recebidas 332 respostas, indicando, entre outros pontos, que consumidores e entidades do setor de alimentos enxergam benefícios na medida. “Temos plena convicção da coexistência das duas fontes (vegetal e animal). Ambas vão crescer e há espaço para ordenar esse mercado enquanto ele está crescendo”, disse. 
 
Para Alexandre Cabral, diretor de políticas públicas do The Good Food Institute Brasil, um marco regulatório adequado pode representar uma enorme vantagem para o surgimento de novos empreendimentos nacionais e atrair investimentos estrangeiros. “Um grande volume de investimento vem sendo destinado a empresas deste mercado no exterior e também no Brasil. O cenário é promissor e o momento é oportuno para políticas públicas pró-investimento. O Brasil pode sair na frente como um dos primeiros países a regular esses mercados, desenhando instrumentos que integrem suas políticas agrícola, científica, tecnológica e industrial.”, comenta. 
 
O GFI Brasil, em parceria com o Ital, desenvolveu um estudo regulatório com orientações sobre como o mercado de produtos feitos de planta pode ser normalizado. O documento ainda é confidencial, mas será lançado ao público ainda no primeiro semestre de 2022. (GFI Brasil)



 

12ª edição Fórum MilkPoint Mercado: é AMANHÃ, participe!
 
Amanhã começa a 12ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “O mercado do leite se recuperando: o que esperar diante das incertezas mundiais?” em dois encontros online, nos dias 05 e 06 de abril, discutiremos relevantes pautas para todos os agentes do setor lácteo.
 
Confira abaixo a programação completa do evento: 
 
Bloco 1. Cenário de mercado para 2022 (05/04)
 
  • 13h00-13h50 Bem-vindo ao Fórum MilkPoint Mercado. Conheça nossos Parceiros
  • 13h50-14h00 Abertura, Marcelo P. Carvalho, CEO da AgriPoint
  • 14h00-14h30 Ambiente econômico 2022, Luís Otávio Leal – Economista Banco Alfa 14h30-15h00 Consumo: como terminou 2021 e como começou 2022 - Mikael Quialheiro, Nielsen
  • 15h00-15h20 Cenário de mercado internacional: o que muda e pode mudar com a atual conjuntura política? - Andres Padilla – Rabobank
  • 15h20-15h50 Cenários para o mercado lácteo para 2022, Valter Galan. Sócio do MilkPoint Mercado
  • 15h50-16h20 Perguntas
  • 16h20-16h30 Break
 
Bloco 2. O futuro das relações indústria-produtor de leite (05/04)
 
  • 16h30-16h40 Abertura, Valter Galan, Sócio do MilkPoint Mercado
  • 16h40-17h00 É hora de repensar a nossa cadeia? Como as tendências de mercado e a tecnologia podem transformar a relação produtor indústria?, Marcelo P. Carvalho, CEO da AgriPoint
  • 17h00-17h40 Mesa redonda: qual o futuro da relação indústria produtor no leite brasileiro – a visão da indústria - Renê Machado - Nestlé, Cícero Hegg - Tirolez, José Antônio Bernardes - Embaré e Lutz Lima - Laticínio DaVaca
  • 17h40-18h10 Debates, perguntas, conclusões do primeiro dia
 
Bloco 3. O futuro das relações indústria -produtor de leite (06/04)
 
  • 13h00-13h50 Bem-vindo ao Fórum MilkPoint Mercado. Conheça nossos Parceiros
  • 13h50-14h00 Abertura, Vinicius Nardy, MilkPoint Mercado
  • 14h00-14h40 Mesa Redonda: Qual o futuro da relação indústria produtor no leite brasileiro – a visão do produtor - Roberto Jank Jr. - Agrindus, Geraldo Borges - Abraleite, Cássio Vinícius Vieira, Produtor de Leite
  • 14h40-15h10 A agenda de sustentabilidade e como ela pode afetar as relações entre os agentes da cadeia láctea, – Henrique Borges, Diretor de Compras Leite da Danone 15h10-15h40 Perguntas
  • 15h40-15h50 Break
 
Bloco 4. Novos produtos: onde cresce a cadeia láctea no Brasil? – Oferecimento Tetra Pak (06/04)

  • 15h50-16h00 Abertura, Juliana Santiago, MilkPoint Mercado
  • 16h00-16h30 Compostos lácteos: características e oportunidades de mercado - Gustavo Soares, Latté Foods
  • 16h30-16h45 E-commerce: oportunidades e desafios para a indústria do leite, Arthur Campos - Tetra Pak
  • 16h45-17h05 Caminhos para o crescimento na indústria do queijo – o caso da Queijos Ipanema - Raul Menocci, Ipanema
  • 17h05-17h25 Caminhos para o crescimento na indústria do queijo – o caso da Ultra Cheese, Edson Martins, Ultra Cheese
  • 17h25-18h00 Perguntas e Debate
  • 18h00-18h10 Encerramento
A 12ª edição do Fórum MilkPoint Mercado está imperdível! Não fez sua inscrição? Ainda dá tempo de participar, clique aqui e faça a sua inscrição! Se você planeja melhorar os resultados de seu negócio após um 2021 de tantas tempestades para os lácteos, não deixe de participar! 
 
DESCONTO NA INSCRIÇÃO: Os associados do Sindilat que quiserem participar do evento terão desconto de 30% na inscrição >> Adquira o seu ingresso clicando aqui.

Jogo Rápido 

IN obriga a contratar veterinário
Entra em vigor hoje a Instrução Normativa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) que regulamenta a realização de eventos agropecuários no Rio Grande do Sul. A IN 29/2021 estabelece que os responsáveis técnicos por rodeios, leilões, exposições e feiras de animais devem ser veterinários com inscrição no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). Eles também devem ser habilitados pelo Ministério da Agricultura (Mapa) para emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e comprovar treinamentos no Serviço Veterinário Oficial. Eduardo Geyer, analista estadual agropecuário da Seção de Inspeção Sanitária em Eventos Agropecuários da secretaria, explica que o procedimento passa a ser adotado por exigência do próprio Mapa, no conjunto de medidas que possibilitaram que o Estado atingisse o status de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. Segundo Geyer, esta certificação valorizou a pecuária estadual e elevou a qualidade e o aprimoramento dos mecanismos de fiscalização, defesa e vigilância sanitária animal. (Correio do Povo)