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26/07/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.952


Uruguai: captação de leite voltou a crescer em junho, mas em ritmo menor

O Uruguai registra o segundo mês consecutivo de alta na entrega de leite às plantas industriais. Os últimos dados do INALE confirmam o crescimento ocorrido em junho, embora desta vez em menor escala.

O volume enviado às plantas industriais somou 167,4 milhões de litros, um aumento marginal de 0,24% em relação ao mesmo mês do ano passado.

No primeiro semestre, a captação de leite pelas indústrias acumula queda de 1,6%, com 896 milhões de litros. Apenas em maio e junho foram registradas altas. A queda mais acentuada ocorreu em fevereiro (-9% na comparação anual).

Captação de leite pelas indústrias no Uruguai

Fonte: Blasina y Asociados, com dados do INALE.

Preço ao produtor caiu em pesos e se manteve estável em dólares
O preço recebido pelos produtores uruguaios em junho apresentou leve queda em pesos e manteve-se estável em dólares.

Em pesos, a média foi de 17,31 o litro, 1% abaixo dos 17,48 pesos registrados em maio. Esse preço é 3% menor que o valor registrado em junho do ano passado, de 17,76 pesos o litro.

Em dólares, a média foi de US$ 0,45 (equivalente a R$ 2,14) pelo terceiro mês consecutivo, mesmo valor registrado em junho do ano passado. Mas com uma diferença na taxa de câmbio de -4% ($ 39,78 por dólar em junho de 2022 contra $ 38,20 em junho de 2023). (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint/adaptado pelo Sindilat)


Comitiva gaúcha vai visitar a ExpoRural, na Argentina

Liderada pelo governador do Estado, Eduardo Leite, uma comitiva gaúcha formada por secretários, deputados estaduais e empresários embarca para a Argentina nesta quarta-feira. Durante a agenda, Leite irá se encontrar com o presidente do país vizinho, Alberto Fernández, e também estará presente na maior feira do agronegócio argentino, a ExpoRural 2023, também conhecida como Feira de Palermo, que ocorre até domingo. O objetivo da visita é estreitar ainda mais as relações comerciais, tanto no segmento rural como em outras áreas estratégicas. Atualmente, o Rio Grande do Sul é o principal parceiro comercial da Argentina em território nacional. Em 2022, o Estado importou US$ 2,75 bilhões do país vizinho e exportou US$ 1,25 bilhões - alta de 29% em comparação à 2021, ano em que o RS superou o Estado de São Paulo como maior destino de entrada e saída de mercadorias argentinas. “A Argentina é uma parceira comercial fundamental para o Rio Grande do Sul. É muito importante que possamos estreitar essa relação, principalmente no que diz respeito ao agronegócio, a projetos na nossa faixa de fronteira, como o gasoduto de Vaca Muerta, e ao turismo. Em breve, teremos a Expointer e queremos contar com uma presença ainda maior dos nossos vizinhos aqui no Rio Grande para que possamos fazer negócios”, destaca Leite. 

De acordo com secretário adjunto da pasta estadual de Agricultura, Márcio Madalena, que integra a comitiva, Expointer eExpoRural não são concorrentes e têm alguns pontos de complementaridade que podem ser melhor trabalhados. “O gesto do governador, de convidar os argentinos à feira de Esteio, tem um componente importante de inserção mais forte do Rio Grande do Sul no mercado sul- -americano e internacional”, acredita Madalena. O convite oficial acontecerá no encontro entre Leite e Nicolás Pino, presidente da Sociedade Rural da Argentina, responsável pela organização da ExpoRural. Atualmente, Pino também preside a Federação de Associações Rurais do Mercosul (Farm). “Esperamos que, a partir do encontro, ocorra uma parceria entre as duas exposições. Nosso objetivo é seguir incentivando o estreitamento dessa relação institucional e de negócios”, enfatiza Jorge Perren, cônsul da Argentina em Porto Alegre. 

La Rural, como é conhecida a Exposición Rural Argentina, é a mostra agropecuária mais antiga, e uma das mais tradicionais, da América do Sul - chega à 135ª edição neste ano. A primeira ocorreu em 1875. A exposição contempla toda cadeia de produção agropecuária: animais, tratamento genético, maquinário agrícola, insumos e, principalmente, tecnologias de ponta. Assim como acontece em Esteio, a ExpoRural também é aberta ao público, a partir da venda de ingressos. Segundo Gedeão Pereira, presidente da Farsul, federação agropecuária que integra a Farm, o destaque da ExpoRural vai para as raças bovinas de Angus e Hereford. “Considerando essas duas genéticas animais, e todas inovações tecnológicas apresentadas durante a feira, acredito ser uma das exposições mais importantes para o segmento rural da região”, ressalta Pereira, que viaja para Argentina amanhã. Foi ele, inclusive, que intermediou o encontro que acontecerá entre Leite e Pino. 

A próxima feira agro do circuito Mercosul, que contempla exposições no Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai, será a Expointer 2023, que acontece no Parque Assis Brasil, em Esteio, entre 26 de agosto e 3 de setembro. (Jornal do Comércio)

EUA: descarte de leite deve parar com o aumento dos preços

A baixa demanda por leite e outras forças econômicas conspiraram para forçar os produtores  dos EUA descartar o leite nas últimas semanas, mas os analistas acreditam que o pior já passou.

Os produtores de leite de Wisconsin se beneficiaram de um mercado de exportação em rápida expansão, principalmente para os países asiáticos, nos últimos anos. Mas quando esses mesmos mercados recuaram em seus pedidos, os fazendeiros tinham mais leite do que sabiam o que fazer.

Os EUA exportaram mais de 7 milhões de quilos a menos de queijo em maio de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA.

Vender em escala global também envolve competição global. As vacas de Wisconsin agora são vendidas ao lado das da Europa e de outros lugares. Mais concorrência reduz os preços.

Os desafios de pessoal continuam atormentando muitas indústrias, à medida que os baby boomers (geração dos nascidos entre 1945 e 1964) se aposentam em massa e as gerações mais jovens são simplesmente pequenas demais para preencher as lacunas. Isso também é verdade para a indústria de laticínios, onde a falta de pessoal adequado significa que as operações não podem processar tanto leite quanto antes.

Combine todas essas forças junto com a produção naturalmente maior de leite das vacas nos meses de primavera, e o mercado está inundado. A vida útil curta do leite significa que os produtores não podem armazenar o excesso de produto e esperar que os preços se recuperem. Todo o extra é despejado.

Phil Plourd, presidente da Ever Ag Insights, braço de análise de mercado de uma empresa de logística agrícola, reconhece que o descarte de leite prejudica a imagem de marca da indústria de laticínios.

"Não é uma boa aparência, certo? E parece um desperdício, e é como 'Oh, isso é um bom leite, o que diabos estamos fazendo?'", disse ele.

Apesar de todos esses fatores pressionarem o preço do leite, Plourd acredita que os preços provavelmente se recuperarão no futuro próximo e acabarão com a maior parte do descarte de leite no ano. O clima mais quente em julho e agosto reduz a produção de leite nas vacas.

"Os produtores provavelmente também responderão reduzindo seus rebanhos", disse Plourd. Os altos preços da carne bovina oferecerão algum incentivo adicional.

Os preços já se moveram em uma direção promissora para os produtores na semana passada. O custo da manteiga e um bloco de cheddar subiram dois e dez por cento, respectivamente.

"Normalmente encontramos uma saída antes de muito tempo", disse Plourd. "E pode ser um processo doloroso, mas as pessoas na indústria geralmente são resilientes." (As informações são do Wkow.com, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Contribuinte tem até 31 de julho para parcelar dívidas de ICMS
As condições especiais de parcelamento do ICMS devido, disponibilizadas pelo governo do Estado, por meio da Receita Estadual e da Procuradoria-Geral do Estado, podem ser usufruídas pelos contribuintes até a próxima segunda-feira. Conforme nota da Secretaria da Fazenda do Estado, esse é o prazo limite para adesão e pagamento da parcela inicial no âmbito do programa, que iniciou no primeiro dia do mês. A medida vale para os débitos declarados vencidos no período de 1º de janeiro de 2020 a 30 de junho de 2023, abrangendo a íntegra do período de calamidade pública no Rio Grande do Sul em função da pandemia de Covid-19. O objetivo é estimular a retomada da atividade econômica e incentivar a regularização de dívidas tributárias contraídas no período. O programa atende à demanda oriunda do diálogo permanente com entidades representativas e empresariais, sendo aplicável a 8,7 mil empresas com mais de 100 mil débitos em cobrança administrativa ou judicial, sem exigibilidade suspensa, no valor de R$ 1,6 bilhão. Até o momento cerca de 1,3 mil empresas já regularizaram sua situação com a Receita Estadual, totalizando cerca de 13 mil débitos e R$ 277 milhões. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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