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20/05/2015

A Índia quer dobrar a produção doméstica de leite até 2027, mas a quantidade limitada de alimentos animais e a qualidade dos concentrados são alguns dos obstáculos a serem superados.

Isso foi o que explicou Adriaan Vernooij do Wageningen University & Research centre (WUR), na Holanda. A WUR está envolvida com vários projetos na Índia e pode falar com experiência.

O setor de lácteos da Índia fornece muitas oportunidades. Não somente é o maior produtor de leites diversos do mundo (140 milhões de toneladas, 17% da produção global de leite, principalmente vindo de muitos pequenos produtores) com um mercado consumidor aumentando rapidamente, o Plano Nacional de Lácteos da Índia pretende dobrar sua produção durante 2012-2027. “Isso cria excelentes oportunidades para companhias com experiência em lácteos, como a indústria de lácteos holandesa”. A produção de leite na Índia viu um crescimento estável nos últimos 10 anos.

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Apesar de a Índia ter a maior estação de sêmen bovino do mundo, a criação ainda não está totalmente desenvolvida e as conquistas dos serviços de inseminação artificial são pobres. Ao mesmo tempo, fatores religiosos evitam o uso eficiente de bovinos (vacas velhas ou não produtivas não são descartadas do rebanho). Especialmente as fazendas menores operam em um mercado ineficiente e informal. “Uma cadeia refrigerada e um setor de processamento inadequados causam perdas de produtos. Esses são problemas que devem ser levados em consideração quando se fizer negócios na Índia”.

Para aumentar a produção, mais alimentos animais frescos e concentrados de qualidade são necessários. O Plano Nacional de Lácteos na Índia formulou diferentes estratégias para conseguir dobrar a produção de leite nos próximos 12 anos. Um importante é o alimento animal. “A disponibilidade de alimentos verdes na Índia é limitada. Com terra limitada para o cultivo de alimentos animais, há necessidade de focar na melhora da produtividade de colheita e terras comuns de pastagens. Além disso, é importante ter um bom sistema para conservar o excedente de alimentos verdes para aumentar a disponibilidade durante o período de baixa”, de acordo com o Conselho de Desenvolvimento Nacional de Lácteos.

Uma importante abordagem é ter sementes de qualidade. O plano é ter sete novas unidades de processamento de sementes na Índia. Além disso, a produção de concentrados pode ser intensificada em termos de qualidade.

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Há também necessidade de melhor foco na cria e na nutrição. A Índia também quer melhorar a cadeia total de processamento de lácteos. Dessa forma, o uso de leite fresco pode ser melhorado.

Vernooij também disse que construir relações na Índia leva tempo. Quando se constrói relações com parceiros na Índia, as capacidades são testadas várias vezes, antes de um vínculo de confiança ser estabelecido e o investimento começar a compensar. Mas os fatos são claros: o crescimento no setor de lácteos da Índia é maior do que o crescimento médio mundial para lácteos (4,4% comparado com 2,2%). Alguns projetos grandes estão sendo estabelecidos na Índia, com capacidades entre 500 e 5.000 vacas leiteiras. Alguns são bem-sucedidos, alguns não são. Se o país será capaz de dobrar sua produção, veremos em um futuro próximo. (MilkPoint)

21/05/2015

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A produção de leite na Austrália aumentou ligeiramente nas últimas semanas, com a entrada em ordenha de vacas paridas no outono. A expectativa é de que a produção caia na próxima semana, depois que a primeira onda de frio significativa atingiu a maioria das bacias leiteiras do país. Muitas indústrias cumprem o cronograma de manutenção, e suspendem a fabricação de produtos, e o leite é transferido para a fábrica mais próxima que esteja em operação. A demanda é fraca e as compras das últimas semanas são para atender as necessidades de curto prazo. A comercialização de feno aumentou com a chegada do frio, e muitos vendedores já esgotaram seus estoques, embora a oferta esteja adequada. A Dairy Australia contabiliza exportações de 565,7 mil toneladas de produtos lácteos, 2,2% acima dos embarques realizados no mesmo período do ano passado. As variações percentuais das vendas de alguns produtos foram: manteiga (-23%); manteiga anidra (+0,1%); cheddar (-13,3%); leite em pó desnatado (+29,4%); leite em pó integral (-34.3%) e soro de leite (+4%).

A produção de leite na Nova Zelândia decresce à medida que chega o fim da estação. Algumas cooperativas reduziram mais uma vez os preços aos produtores, o que provavelmente irá acelerar a secagem de vacas, transferindo-as para pastagens de inverno. A melhoria nas condições do tempo no final da temporada fez com que houvesse novas projeções para a produção de leite. A previsão agora é de que a produção seja 1,5% maior em relação à temporada anterior. Segundo a DCANZ, a produção de leite de março foi de 1.749 milhões de toneladas, queda de 0,9% em relação a março de 2014, mas, 21% acima da produção de dois anos atrás. A produção de sólidos totais cresceu 1,1% em relação ao mesmo mês de 2014. (USDA)

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20/05/2015

financas empresariaisO Supremo Tribunal Federal (STF) deu ontem um desfecho inesperado para uma discussão tributária. Os ministros decidiram manter por seis meses a vigência de dois dispositivos de um convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que foram considerados inconstitucionais. A norma exige o estorno de crédito de ICMS em operação interestadual com combustível.

A decisão sobre a inconstitucionalidade dos dispositivos do Convênio nº 110, de 2007, foi proferida em março. Naquele julgamento, por maioria de votos, os ministros entenderam que a determinação fere o princípio constitucional da legalidade e cria uma situação de bitributação. E, no mesmo dia, iniciaram a modulação dos efeitos da decisão, concluída ontem.

A maioria dos ministros acompanhou a proposta da relatora. Ficou vencido na modulação o ministro Marco Aurélio, que tem posição conhecida contra a prática. Com a decisão, além de manterem a validade da norma, os integrantes do Supremo impediram os contribuintes de recuperar prejuízos. O objetivo é minimizar o impacto da decisão na arrecadação dos Estados prejudicados.

"É inédita, em matéria tributária, uma modulação com prazo de seis meses", disse ontem a advogada Ariane Costa Guimarães, do Mattos Filho, acrescentando, porém, que as empresas que já têm ações na Justiça contra o convênio podem, independentemente da decisão de ontem, beneficiar-se da inconstitucionalidade. "A menos que o STF expresse na decisão que a modulação é válida para as ações já ajuizadas."
O julgamento sobre o convênio foi iniciado em 2011. Os ministros analisaram ação direta de inconstitucionalidade (Adin) apresentada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). A ação questionava especificamente os parágrafos 10 e 11 da cláusula 21 da norma do Confaz, que impõe o estorno (devolução), pelas distribuidoras de combustíveis, dos créditos de ICMS relativos à proporção de álcool misturada à gasolina.

A confederação alegou que as distribuidoras são prejudicadas pela norma porque o ICMS é recolhido, por substituição tributária, pelas refinarias, e a parte relativa ao álcool é devida ao Estado de origem. Portanto, ao determinar o estorno do crédito de operação em que não há creditamento, haveria situação de bitributação.

Os ministros seguiram o voto da relatora, a então ministra Ellen Gracie (hoje aposentada). Ela considerou que o Convênio nº 110 poderia levar à bitributação. Na ocasião, a magistrada também propôs que a declaração de inconstitucionalidade tivesse eficácia a partir de seis meses da data da publicação do acórdão, para não prejudicar os Estados.

O ministro Luiz Fux e a ministra Cármen Lúcia divergiram da relatora, na época. Para Fux, não haveria a bitributação, pois a lógica prevista no convênio não criaria um novo fato gerador de ICMS. Apenas impediria o uso de crédito anterior em operação seguinte.

O ministro Ricardo Lewandowski acompanhou o entendimento da relatora. "O estorno poderia se dar na forma de compensação contábil, não na forma de pagamento de imposto", afirmou. Os ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavaski, Gilmar Mendes e Marco Aurélio também seguiram o voto de Ellen Gracie.

A decisão dada na Adin, de acordo com a advogada Marina Lopes Araújo, associada do Siqueira Castro Advogados, escritório que representa a CNC no processo, é muito importante para as empresas, "apesar da modulação". A publicação do acórdão ainda deve demorar cerca de 15 dias, segundo a advogada. (Valor Econômico)

20/05/2015

financas empresariaisApós pressão de empresas e bancos, o governo cedeu e recuou da taxação do PIS/COFINS sobre as receitas obtidas pela variação cambial de exportações, empréstimos e obrigações no exterior, incluindo operações de proteção ("hedge"). Ao mesmo tempo, abriu a possibilidade de as companhias mudarem o regime de tributação ao longo do ano, caso a oscilação do câmbio seja superior a 10% em um determinado mês.

Os ajustes na medida que restituiu a cobrança do imposto sobre receitas financeiras das empresas saíram ontem no Diário Oficial. As alíquotas, que foram zeradas em 2004, passarão para 0,65%, no caso do PIS, e 4% na COFINS, a partir de 1º de julho deste ano. A elevação continua valendo, por exemplo, sobre o rendimento obtido por uma empresa na aplicação do caixa em um certificado de depósito bancário (CDB).

A principal preocupação das empresas, contudo, era a incidência dos tributos sobre a receita com variação cambial em empréstimos externos ou operações de hedge, sem a previsão de compensação em caso de perda. O problema era ainda mais grave para as companhias que apuram os tributos pelo regime de competência, no qual o cálculo do imposto é feito mensalmente.

O decreto mobilizou empresas e bancos, que recorreram ao governo em busca uma revisão das medidas. A principal alegação é que o imposto levaria a um aumento nos custos de captação, em um momento de alta nas taxas de juros e de estagnação da economia. Ao mesmo tempo, a medida não representaria um ganho fiscal relevante para o governo, já que as empresas se preparavam para liquidar as operações antecipadamente para escapar da cobrança.

Além dos empréstimos, o governo recuou do aumento da alíquota do PIS/COFINS sobre operações de hedge (proteção) contra a oscilação cambial. Segundo o coordenador de tributos sobre a produção e comércio exterior da Receita Federal, Roni Peterson Bernardino de Brito, todas as formas de hedge (proteção) estão contempladas, mas "as receitas financeiras de operações especulativas continuam tributadas"
Ainda de acordo com o coordenador, as mudanças não alteram a previsão de aumento de arrecadação de R$ 2,7 bilhões com a medida. Cerca de 80 mil empresas serão afetadas pelo decreto. "Foi verificada a necessidade de ajustes, a maioria levantada por empresas exportadoras", disse Brito. "A intenção foi blindar os exportadores."

A decisão do governo é "muito positiva" e deve melhorar a competitividade das companhias ao buscarem recursos no mercado internacional, segundo Fabio Zenaro, gerente executivo de desenvolvimento de produtos e negócios da Cetip, que concentra o registro de operações de hedge no mercado brasileiro. "O governo assim deixa de desincentivar o hedge, o que é um sinal muito importante do ponto de vista de gestão de risco", afirma.

Para Rafael Guedes, diretor executivo no Brasil da agência de classificação de risco Fitch, a decisão de cobrar "um pedágio tributário" nas operações de hedge deveu-se ao sentimento de um movimento mais forte de especulação, de investidores apostando contra o real. "No momento atual de correção no câmbio, as empresas precisam se proteger", diz.

Junto com o recuo na cobrança do PIS/COFINS sobre empréstimos externos, o governo permitirá que as empresas alterem a estratégia de reconhecimento de tributos entre os regimes de caixa e competência toda a vez que o dólar apresentar uma variação mensal superior a 10%. Anteriormente, as companhias só podiam optar uma vez no ano a forma de tributação.

O decreto prevê que as empresas façam a opção por troca de regime agora em 2015 em junho, considerando variações cambiais que ocorreram de janeiro a maio. No entanto, apenas em março, o dólar teve variação superior a 10%.

O recuo do governo na cobrança deve evitar eventuais contestações das empresas na Justiça, segundo Carlos Eduardo Orsolon, sócio da área tributária do Demarest Advogados. "Quando as empresas optaram pelo regime de caixa ou competência no início do ano, não tinham como saber da elevação do PIS/Cofins", afirma o advogado, que também vê como positiva a revisão do decreto antes da entrada em vigor das medidas. (Valor Econômico)

21/05/2015

leiteee2A Lactalis está há pouco tempo no Brasil, mas já enfrentou algumas vicissitudes em sua trajetória por aqui. Em março, os empregados da unidade da Lactalis em Barra Mansa (RJ), adquirida da LBRLácteos Brasil, fizeram greve. E neste mês a francesa viu seu nome citado como empresa que adquiriu leite supostamente adulterado em mais uma etapa da Operação Leite Compen$ado no Rio Grande do Sul.

Patrick Sauvageot, o CEO da companhia para a América Latina, diz que o sentimento em relação à paralisação dos funcionários da unidade fluminense foi de "frustração", já que, segundo ele, a "greve foi por algo equivocado".

Os funcionários da planta pararam por 18 dias em março, reivindicando o dissídio coletivo da categoria e o depósito de parcelas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em atraso. As obrigações tinham de ter sido pagas pela LBR. Mas, em recuperação judicial, a empresa deixou de fazê-lo. "

Quando chegamos, todas as pessoas que não foram pagas pela LBR caíram sobre nós dizendo: vocês têm que nos pagar. E a Lactalis foi bem clara: não vamos pagar o passivo [da LBR]", afirma o executivo. Na operação de venda de unidades da empresa de lácteos, dentro do processo de recuperação judicial, os compradores adquiriram unidades e marcas da LBR, sem os passivos da companhia, estimados em R$ 1 bilhão.

Depois da greve foi a vez da operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que investiga casos de adulteração de leite no Estado. Conforme a investigação, houve casos de adição de água e produtos como sal, açúcar e amido de milho no leite cru entregue pela Transportadora Odair à Coopasul, que fornecia, entre outros, para a unidade da Lactalis em Fazenda Vila Nova (RS).

Segundo Sauvageot, a cooperativa teve cargas de leite rechaçadas e não fornece mais para a Lactalis. "A obsessão da Lactalis é fazer tudo o que se pode fazer para lutar contra essas práticas".

A empresa está implantando no Brasil os mesmos protocolos de qualidade para recepção do leite que usa em outras regiões onde atua, conforme o executivo. Ele afirma, sem dar detalhes, que a companhia desenvolveu, junto com alguns fornecedores "equipamentos que nos dão algumas medidas que nos ajudam a reforçar o controle de qualidade, que não existiam no Brasil antes".

A política que a Lactalis adota em relação ao produtor pode evitar problemas como os registrados no Rio Grande do Sul. Nos países onde atua, a empresa prioriza as compras diretas do produtor. O volume atinge 80% do total comprado. "Há sempre interesse em desenvolver relação direta com o produtor porque é um compromisso", diz o executivo.

Trabalhando dessa forma, a empresa acompanha como o leite está sendo produzido e tem controle da qualidade do produto. As compras diretas não eram política da LBR, então será necessário tempo "para construir uma relação" com os produtores, diz. No caso da BRF, já existe política muito similar à da Lactalis.

A empresa está fazendo contratos com os produtores que formaliza as obrigações e o pagamento de bônus por qualidade do leite. No total, entre diretos e indiretos, a Lactalis deve ter 15 mil fornecedores, sendo 13 mil que entregam leite à BRF. (Valor Econômico)

20/05/2015

sebraeNa pecuária de leite, a implantação do sistema de produção ILPF (Integração lavoura-pecuária-floresta) tende a ampliar a competitividade e ainda contribuir com a preservação do planeta, recuperando áreas degradadas e aumentando a fertilidade do solo. Os sistemas ILPF integram o plantio de árvores, grãos e forragens, que resultam em aumento de produtividade do gado de leite, além da conservação de recursos naturais.

Seguindo esta perspectiva o Sistema de Inteligência Setorial do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas empresas) divulgou seu Boletim de Tendências Tecnologia Social - Integração lavoura-pecuária-floresta, que apresenta algumas estratégias de implementação do ILPF e as oportunidades de negócios nesse mercado.

Um dos pontos levantados no boletim é que o sistema de Integração lavoura-pecuária-floresta possibilita uma rentabilidade financeira maior e mais segura ao pecuarista, pois aumenta a diversificação das atividades econômicas na propriedade, minimizando assim os riscos de perda de lucro por conta do clima ou por condições de mercado. Utilizando os princípios da rotação de culturas e consórcio, o sistema permite que a mesma propriedade produza grãos, carne ou leite e produtos madeireiros ao longo do ano. Estima-se que o pecuarista consiga elevar sua produção em 500% ao recuperar áreas degradadas ou inférteis.

O engenheiro agrônomo Rodrigo Paniago, concedeu recentemente uma entrevista a equipe da AgriPoint ressaltando que "apesar da necessidade maior investimento, o aumento de produtividade com redução de custos de produção é a grande vantagem do ILP, aliado a isto temos a diversificação da atividade, melhor distribuição de receitas x pagamentos ao longo do ano, redução de riscos, evolução técnica e de gestão do produtor rural e, por fim, uma produção mais sustentável."

O sistema ILPF é considerado uma tecnologia social porque produz benefícios abrangentes à sociedade, não apenas ao produtor. Ao recuperar áreas agrícolas deterioradas, devolve a capacidade produtiva dos pastos e dos solos, agregando benfeitorias agronômicas e zootécnicas, como a diminuição da demanda por agroquímicos e a melhoria da eficiência dos fertilizantes, que têm impactos positivos no ecossistema. Quem implanta o sistema observa o aumento de renda e a qualidade de vida do pecuarista, além do aumento da oferta de alimentos para a sociedade.

Existem diferentes maneiras de aplicar a ILPF, cada uma com um objetivo. Por exemplo, a Lavoura-Pecuária, ou Agropastoril, recupera o solo degradado, a fim de melhorar a qualidade da área para o plantio. A Lavoura-Floresta, ou Silviagrícola, utiliza a rotação de culturas para produzir cobertura morta de boa qualidade, o que irá beneficiar a próxima safra. A modalidade Lavoura-Pecuária-Floresta, ou Agrossilvipastoril, integra os componentes agrícola, pecuário e florestal, e é considerada a mais completa. (Milkpoint)

20/05/2015

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A produção de leite na Europa ocidental continua menor em comparação com o ano passado. No entanto, o aumento semana a semana faz com que essa diferença diminua. O clima mais quente nas principais regiões produtoras está propiciando um bom crescimento das pastagens e a produção de leite aumenta mais rapidamente. O preço ao produtor continua baixo e não existe nenhum fato que estimule o a produção de leite. Muitas vacas paridas estão entrando em ordenha. Os preços das commodities lácteas para exportação declinam junto com a queda da demanda da Rússia, da China e de outros mercados que estão com as compras abaixo dos níveis do ano passado.

De acordo com as últimas estimativas da ZMB a produção de leite da União Europeia em março foi 1,8% menor que a de 2014.

No Leste Europeu a produção cresce lentamente rumo ao pico sazonal, que ainda demora algumas semanas. De acordo com a ZMB a produção de março na Polônia e Países Bálticos foi 1% e 2% menor que os níveis de um ano atrás, respectivamente. A queda é atribuída aos esforços dos produtores de manterem os níveis próximos às cotas, sem excedê-las. Na maioria dos países da Europa Oriental a produção acima das cotas não era uma preocupação, e a produção de março superou os níveis do ano anterior. Segundo a Eurostat, na Polônia ocorreram as seguintes alterações percentuais na produção de várias commodities lácteas, entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015: Manteiga (+21,6%); Leite em pó desnatado (+16,4%); e leite em pó integral (-50,6%). (Usda)

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20/05/2015

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 19 de Maio de 2015 na sede FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Abril de 2015 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2015, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir de preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

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Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada “Leite CONSELEITE IN62”, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil células somáticas/ml e 600 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de abril de 2015 é de R$ 1,6917/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.sistemafaep.org.br/conseleite (Conseleite/Paraná)

19/05/2015

Na reunião do Conseleite-RS (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul), realizada nesta terça-feira (19/05), na sede da Farsul, em Porto Alegre, o estudo realizado pela Universidade de Passo Fundo (UPF) indicou que a projeção do preço de referência do leite padrão em maio é de R$ 0,8305, representando uma queda de 0,74% em relação a abril passado.
Analisando os números, o presidente e o vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues (da Farsul) e Alexandre Guerra (do Sindilat), respectivamente, concluem que no momento está havendo uma manutenção dos preços e equilíbrio entre produção e mercado consumidor.

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Em abril, o preço de referência ficou em R$ 0,8366, contra a projeção que fora feita anteriormente, de R$ 0,8388, o que representou diferença a menor de R$ 0,0021, ou – 0,25%. Nos últimos três meses (março, abril e maio) os preços de referência do leite padrão apresentaram uma diminuição de 0,16%, levando em conta que o valor de maio é projetado.

O Conseleite reúne representantes da indústria láctea e produtores para estabelecer mensalmente o preço de referência leite padrão pago ao produtor. Esse sistema de valoração do produto, baseado em estudo técnico da Universidade Federal de Passo Fundo (UPF), premia, com melhor remuneração, a qualidade e a produtividade oferecida pelos produtores, que recebem da indústria de 10% a 20% a mais do valor. O preço pago ao produtor está condicionado ao valor que a indústria obtém na negociação com o varejo para os seus produtos. Esse preço é regido pela lei de oferta e procura. (ComEfeito Comunicação Estratégica)

19/05/2015

Tv com4O segmento lácteo foi o tema do programa Conversas Cruzadas apresentado pelo jornalista Cláudio Brito nesta segunda-feira (18/05) na TV Com. Participaram do debates o secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini; o diretor da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e presidente do Conseleite/RS, Jorge Rodrigues; professora da Faculdade de Veterinária da UFRGS – Inspeção e tecnologia de leite, Andrea Troller Pinto e o diretor da Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura e Pecuária do RS, Fernando Groff.

Darlan Palharini lembrou a parceria do Sindilat com a Embrapa para adotar medidores de vazão e coleta automática de leite cru que serão colocados diretamente nos caminhões que transportam o produto a granel da propriedade rural às indústrias e cooperativas do setor lácteo. Esses equipamentos eliminam o manuseio do produto. “É um caminho natural para um setor que pretende exportar e, ao mesmo tempo, atender as especificações das instruções normativas 51 e 62 do Ministério da Agricultura e Pecuária que garantem a qualidade do produto. ” Acrescentou que os 40 mil litros de leite que apresentaram problemas, conforme investigações do Ministério Público ocorridas em maio, representam 0,015% do total de 13 milhões de litros produzidos diariamente no Estado. Outro fato ressaltado por Palharini é que a última operação do Ministério Público somente teve sucesso por contar com o apoio de escuta telefônica, o que demonstra a dificuldade de descobrir via exames de laboratório.

Ao conferir o site do Ministério Público, o apresentador Cláudio Brito leu que os produtos lácteos finais não apresentaram nenhuma inconformidade. Portanto, o consumidor não foi prejudicado e somente as indústrias tiveram prejuízo em adquirir uma matéria prima com alguns índices abaixo do padrão.

Segundo Jorge Rodrigues, a luta contra as fraudes deve ser com responsabilidade, respeitando quem produz com qualidade, que é a grande maioria. “Temos fiscalização e investigação eficiente e constante dos fiscais federais, estaduais e municipais, além do Ministério Público. Por isso, o leite gaúcho é um dos melhores do Brasil. A excepcionalidade é a fraude, enquanto a regra é a qualidade. Temos que deixar isso claro, pois 60% do leite gaúcho é exportado para outros estados. ”

Groff acrescentou que as fiscalizações são uma rotina na Secretaria da Agricultura e que isso garante um produto saudável. A professora Andrea Pinto disse que não tem a menor dúvida que o leite gaúcho e seus derivados tem qualidade. “Não devemos condenar toda a cadeia leiteira de forma irresponsável. O consumidor pode continuar consumindo leite e seus derivados tranquilamente. As ocorrências de fraude mostram que temos fiscalização e o volume é mínimo perto do total de leite produzido. ” Ela acrescentou, ainda, que a perda nutricional do leite acontece quando é fervido pelo consumidor e não na transformação do leite em UHT ou na pasteurização. (ComEfeito Comunicação Estratégica)