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Porto Alegre, 14 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.285

Relatório do SIF aponta ampliação de mercados para exportação de produtos de origem animal

O Serviço de Inspeção Federal (SIF) ganhou reconhecimento no mercado internacional com a abertura de 14 mercados para exportação, de janeiro a julho de 2020, além de trabalhar para garantir o abastecimento interno de produtos de origem animal para consumo humano e de produtos destinados à alimentação animal. Os dados estão na quinta edição do Relatório de Atividades do SIF, divulgados nesta quinta-feira (13).

“Para que um mercado seja aberto, as autoridades sanitárias dos países importadores avaliam o serviço oficial brasileiro, o que muitas vezes ocorre por meio de missões internacionais que auditam o serviço de inspeção e os estabelecimentos produtores”, explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lucia Viana.

No processo de abertura de mercados, as autoridades sanitárias brasileira e dos países importadores avaliam modelos de certificados sanitários internacionais contendo os requisitos exigidos pelos países, os quais acompanham os produtos a serem exportados.

Além da ampliação de mercados para exportação, também houve a reabertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina brasileira em fevereiro deste ano. Atualmente, o Brasil exporta para mais de 180 países, o que demonstra a robustez do serviço oficial brasileiro. 

Abates: Estão registrados no SIF 3.320 estabelecimentos de produtos de origem animal nas áreas de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos e pescado e seus produtos derivados, além de 2.999 estabelecimentos de produtos destinados à alimentação animal.

No mês de julho, foram feitos 82 turnos adicionais de abate requisitados de forma emergencial pelos abatedouros frigoríficos de aves, bovinos e suínos registrados junto ao SIF.

Licenças de importação: Segundo o levantamento, as solicitações de Licenças de Importação (LI) de produtos de origem animal para avaliar se são provenientes de empresas e países que não contenham restrições sanitárias aumentaram 39% em comparação ao mês de junho de 2020. O total de LIs analisadas em julho foi de 5.386.

O prazo estabelecido em legislação para as análises de LI é de 30 dias, porém o tempo médio de análise atual é 2,35 dias. (As informações são do Mapa)

 
            

Ministérios da Infraestrutura e Agricultura trabalham juntos para melhorar logística do agro

Em live com a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira (13) que o governo trabalha para melhorar a logística, principalmente para atender ao crescimento da produção agrícola brasileira, e prevê que as obras em andamento surtirão efeito em cinco anos quando “o Custo Brasil irá desabar”.

“A gente precisa responder a esse desafio que o agro nos impõe, para acabar com aquela máxima de que ‘somos eficientes da porteira para dentro e ineficientes da porteira para fora’. Vamos ter que ser eficientes da porteira para fora também. Não temos alternativa, porque vamos cada vez mais sofrer a competição do resto do mundo e temos que melhorar muito nossa logística”, afirmou o ministro. Na live, a ministra Tereza Cristina perguntou ao colega sobre os projetos de infraestrutura. 

A ministra Tereza Cristina ressaltou que há muito tempo os produtores rurais esperam por um sistema de logístico mais eficiente, já que o escoamento da produção – da fazenda até o porto – é um dos principais desafios do agro brasileiro e o que eleva o custo do produto. “Os produtores rurais esperavam por isso, essa transformação da expectativa em realidade”, disse.

Tarcísio de Freitas citou diversas obras em andamento, como ferrovias e hidrovias.

Sobre cabotagem, o ministro disse que a estratégia é reduzir o custo da navegação. "É um absurdo não usarmos esse imenso potencial de costa que o Brasil tem. Vamos usar a navegação de cabotagem para fazer um transporte que é muito mais eficiente e barato”.

Ele explicou o projeto de lei do Programa de Incentivo à Cabotagem, chamado ‘BR do Mar’, apresentado pelo governo ao Congresso Nacional. O objetivo é aumentar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos e dobrar o volume de contêineres transportados. A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos da mesma costa de um país. Segundo o Ministério da Infraestrutura, é um modo de transporte seguro, eficiente e que tem crescido mais de 10% ao ano no Brasil, quando considerada a carga transportada em contêineres.

Tarcísio de Freitas lembrou que Medida Provisória 945, que altera a legislação portuária, também é um caminho para aumentar os investimentos no setor. De acordo com ele, a MP, que já foi aprovada pelo Congresso Nacional, simplifica o processo de arrendamento de terminais. “A nossa missão é dar infraestrutura para aqueles que têm cadeias verticalizadas, que precisam ter um cais e ter acesso portuário. Não faz sentido ter um processo super lento para viabilizar esse acesso portuário”, disse. Conforme o ministro, até o fim deste ano, o governo deve fazer 11 leilões de arrendamento portuário. No ano passado, foram realizados 13 leilões.

Outra meta, de acordo com o ministro da Infraestrutura, é dobrar a participação do modal ferroviário em oito anos no transporte de cargas. A primeira vitória ocorreu no ano passado, com o leilão da Ferrovia Norte-Sul, que ano que vem tem a obra concluída e operacional. "Vai ser uma grande coluna vertebral ferroviária", disse, citando ações para Ferrogrão e Ferrovia de Integração do Centro-Oeste.  

A ministra Tereza Cristina ressaltou a importância da ampliação da capacidade de transporte das ferrovias e a interligação com os portos para o escoamento da safra de grãos, bem como fluxo de insumos e fertilizantes para os grandes estados produtores do país. “As oportunidades que vão surgir com tudo isso que será feito, o que vai gerar de emprego, de renda para quem vive no interior”.

Tarcísio de Freitas citou os investimentos em hidrovias, como na Hidrovia do Paraguai, que movimenta cerca de três milhões de toneladas de produtos, e irá receber serviços de dragagem, sinalização e balizamento. 

Os ministros lembraram a ação conjunta das pastas para garantir o abastecimento de alimentos para os brasileiros durante a pandemia. (As informações são do Mapa) 

O renascimento da gordura láctea (fat reborn) - Motivações para o consumo de gordura

Tão importante quanto conhecer o mercado, é essencial entender as motivações que levam o consumidor a comer alimentos com gordura. Segundo o New Nutrition Business (2019), esse comportamento é motivado por: 

1. Amantes de gosto: Pessoas que preferem o sabor e optam pelo produto com composição de gorduras totais.
2. Amantes de açúcar: Para compensar a perda de sabor das linhas zero gordura, em alguns casos há a adição de açúcar. Assim, pessoas que querem diminuir o consumo de açúcar podem optar por aqueles com valor total de gordura.
3. Amantes de proteínas: são pessoas que estão escolhendo alimentos com maior teor de proteínas para aumentar seu bem-estar.
4. Consumidores que desejam alimentos menos processados: para pessoas que gostam de alimentos integrais, “originais”, as versões com mais gordura são mais atraentes.
5. Dietas low carb: pessoas que adotam essa dieta substituem o consumo de carboidratos por alimentos com maior teor de gorduras e proteínas.

Os alimentos menos processados e com as credenciais de saúde contribuíram para uma mudança no olhar sobre a gordura. A adoção desse nutriente em produtos segue a tendência de naturalidade que temos visto em muitas categorias de alimentos: pode ser visto como saudável, desde que seja natural! (As informações são do portal BHB Food)
                

 
Confiança do agronegócio está em alta
O agronegócio brasileiro está com boas expectativas em relação ao restante do ano. Após a chegada da pandemia no primeiro trimestre, o segundo foi bem mais favorável. O desempenho foi evidenciado pelo Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), divulgado nesta quinta-feira (13), pela Fiesp e pela CropLife Brasil. O índice subiu 11,3 pontos em relação ao primeiro trimestre ficando em 111,7 pontos. Segundo a metodologia do Índice, resultados acima de 100 pontos demonstram otimismo no setor e, abaixo deste patamar, pessimismo.   O melhor desempenho foi do indicador da indústria de fertilizantes, máquinas e implementos, sementes e defensivos. Saiu de uma perspectiva pessimista, com 86,2 pontos registrados no primeiro trimestre de 2020, para 101,6 no segundo trimestre, uma alta de 15,3 pontos. “Ainda há uma certa desconfiança em relação às condições atuais tanto na indústria de insumos agropecuários quanto nas empresas situadas 'depois da porteira', mas é fato que as perspectivas para os próximos meses melhoraram expressivamente, justificando a confiança em alta”, afirma Christian Lohbauer, presidente executivo da CropLife Brasil. O índice foi puxado pela alta nas vendas de tratores e colheitadeiras, pelo bom desempenho na comercialização de insumos para os produtores que fechou o primeiro semestre do ano adiantada e também pelas compras antecipadas de defensivos, inclusive para a próxima safra. Os biodefensivos também tiveram bons números no período. Para o segundo semestre boas perspectivas com a finalização da safra recorde de grãos, acima dos 253 milhões de toneladas e desempenho favorável nas exportações. Além disso as safras de cana e café seguem surpreendendo e o clima vem favorecendo as lavouras tardias de milho safrinha, elevando as projeções.  Com isso o índice de confiança dos produtores agrícolas fechou em 116,8 pontos.  “Já há sinais de retomada das atividades e de relativa estabilidade no mercado financeiro. Além disso, os efeitos positivos da desvalorização cambial sobre os preços agrícolas e a perspectiva de que em breve haverá uma ou mais vacinas eficazes para o novo coronavírus melhoraram substancialmente as expectativas para o curto e médio prazos, especialmente por parte das indústrias”, avalia Roberto Betancourt, diretor titular do Departamento do Agronegócio da Fiesp. (As informações são do Agrolink)
 
 

 

Porto Alegre, 13 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.284

Comissão de Agricultura ouve agroindústrias para alinhar carta ao governo

A Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa prepara um documento que será levado ao governador Eduardo Leite e aos deputados da Casa com a posição de diferentes setores do agronegócio gaúcho sobre os projetos 184, 185 e 186 que tratam da Reforma Tributária. As sugestões começaram a ser compiladas em audiência pública virtual realizada na manhã desta quinta-feira (13/08) que contou com mais de cem lideranças, entre elas o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. Proposta pelo deputado Zé Nunes, a reunião tratou dos impactos das mudanças no setor primário, especialmente na agroindústria gaúcha. Um grupo de parlamentares seguirá trabalhando no tema e reunindo estudos produzidos pelas diferentes entidades para fechar um texto único, que também deverá contar com a colaboração de outras Comissões da Assembleia.

Segundo o parlamentar, os projetos do governo atingem um setor estratégico que é o agronegócio, que concentra 50% do PIB do Rio Grande do Sul. O aumento de alíquotas de ICMS e a contribuição para o DEVOLVE-ICMS afetarão produtos que, atualmente, são isentos de tributação, como o leite pasteurizado, por exemplo. Aumentando o custo tributário, alegou Zé Nunes, o governo eleva o preço dos alimentos, penalizando as camadas mais pobres da população. “Queremos ouvir os segmentos. É muito importante que os deputados tenham as informações para subsidiar sua posição. Há uma preocupação com a falta de competitividade que essa proposta pode trazer. A saída para o RS está na produção, na atividade econômica. Projetos que reduzam a competitividade e onerem os mais pobres me preocupam.”

Um dos pontos mais combatidos durante a audiência foi a criação do Fundo de Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal (DEVOLVE-ICMS) previsto no PL 184/2020. O presidente da Comissão de Agricultura da AL, deputado Adolfo Brito, citou que já estão sendo preparados destaques para minimizar o impacto dos projetos sobre as isenções concedidas ao setor produtivo.

As lideranças do agronegócio alternaram-se em falas conclamando por mais competitividade. Em sua manifestação, Alexandre Guerra lembrou que o Rio Grande do Sul depende do mercado do estado, mas que também mais de 60% da produção precisa ver vendida em outras regiões do país, enfrentando grande custo logístico. “O que temos de incentivo é apenas o necessário para equalizar nossa competitividade com os outros estados. Não há como definir os preços de venda e nem temos margem para absorver esse impacto, por isso é necessário fazer ajustes à reforma proposta pelo governo”, alegou. Segundo ele, o temor é que o peso tributário acabe onerando todo o setor, chegando, inclusive, ao produtor rural. Guerra citou os efeitos em cascata da elevação tributária, com aumento de insumos no campo e redução de compensação tributária no varejo o que, prevê o dirigente, acabará sendo revertido para a produção. “O setor lácteo infelizmente não tem margem para perder qualquer percentual e envolve hoje mais de 50 mil famílias gaúchas que vendem o leite regularmente para as indústrias de laticínios”, alertou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

 
            

O renascimento da gordura láctea (fat reborn) - Composição da gordura do leite

A gordura do leite não era vista como saudável por ter em sua composição ácidos graxos saturados, muito associados a doenças cardiovasculares. Neste ponto, é válido ressaltar que estão ocorrendo maiores debates sobre as implicações das gorduras saturadas na saúde. Alguns profissionais contestam as diretrizes alimentares sobre esse consumo, mas as respostas ainda são inconclusivas. 

Ademais, o perfil lipídico do leite é diversificado, possuindo diferentes tipos de ácidos graxos, para além dos saturados, acarretando em distintos benefícios à saúde humana.

A composição da gordura dos lácteos também é formada por ácidos graxos de cadeia curta e ácidos graxos oleicos, esses últimos são considerados insaturados e estão associados à diminuição do “colesterol ruim” (LDL) e aumento do “colesterol bom” (HDL).

Além disso, os lácteos possuem o ácido linoleico conjugado (CLA), um tipo de gordura trans. Nesse caso, é um processo que ocorre naturalmente entre os ruminantes, diferente da gordura trans derivada da hidrogenação industrial da gordura, e essa gordura está envolvida com a prevenção de doenças cardiovasculares.

Mercado de gorduras lácteas: um olhar especial: A demanda por lácteos com alto teor de gordura está aumentando em alguns países, enquanto a procura por produtos com  baixo teor de gordura está caindo. Nos EUA, a venda de leite integral aumentou em 2,4%, assim como as vendas de marcas de iogurte integral, como a Noosa - que, de um faturamento de zero em 2012, passou para US$ 300 milhões em 2017.

Além dos leites e iogurtes, a manteiga também ganhou um grande destaque. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) espera que a demanda global por manteiga cresça 2,2% ao ano no período de 2018 a 2027, apesar da elevação do seu preço. 

O aumento das vendas de manteiga deu impulso para produção de novos produtos com gordura como, por exemplo, itens à base de ghee. Ghee é um antigo produto ayurvédico, é uma forma de manteiga clarificada, que apresenta melhor perfil lipídico, com ômega-3 e ácido linoleico, além conter vitaminas, sendo considerada uma boa fonte de gordura. 
E no Brasil? A Mintel, empresa de pesquisa de mercado, acredita que o mercado de gorduras lácteas no Brasil - especialmente a manteiga -, tem um futuro promissor. 

A maior parte do leite é consumido em sua forma integral – 63% dos brasileiros bebem essa variedade, em comparação com os 23% que consomem leite desnatado. Em pesquisa da Mintel, foi visto que dois terços dos brasileiros comprariam mais manteiga se o preço fosse mais acessível, destacando, assim, oportunidades de investimento para os produtores locais de laticínios.

De acordo com o Banco Global de Novos Produtos (GNPD), em 2017 houve um aumento de 58% em produtos feitos com manteiga, quando comparado a 2016. A Mintel acredita que o mercado brasileiro de manteiga oferece oportunidades significativas para os fabricantes. Eles apostam que mais consumidores vão abandonar a margarina conforme os preços se tornem mais acessíveis. (As informações são do portal BHB Food)

Exportações brasileiras de lácteos NCM 04 – julho 2020

As exportações brasileiras de produtos lácteos NCM 04 no acumulado de 2020 até julho, aumentaram 15% e 18% em valores e volumes, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. 

Representam menos de 14% dos mesmos produtos importados em litros equivalente leite, e historicamente é menos de 0,01% do volume de leite captado pelas indústrias no Brasil.  

Os itens mais exportados em valores e toneladas são os pertencentes ao grupo NCM 0402, mas, estão em queda desde 2014, e em 2019 chegaram ao menor valor em dez anos, US$ 17.143 mil.

No acumulado de 2020, até o mês de julho, as exportações totais de lácteos NCM 04 estão 15% e 18% acima das registradas no mesmo período de 2019, em valores e volumes, respectivamente.

A variação mais significativa foi em relação a julho de 2019. Em divisas o crescimento foi de 50%, e em volume 54%.  (SECEX/MDIC – Elaboração: Terra Viva)

                

 
Live debaterá estratégias do PNCEBT e o impacto no setor lácteo nesta sexta-feira
Estratégias do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) e o impacto para a cadeia leiteira, tendo como base a Instrução Normativa nº 10 de 03/03/2017 do Ministério da Agricultura. Esse será o tema da live promovida pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) nesta sexta-feira (14/8), às 15h. A transmissão ocorrerá através do canal no YouTube do Suasa. Participarão da conversa dessa semana os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFAs) da Secretaria de Defesa Agropecuária Janice Barddal, gestora nacional do PNCEBT do Departamento de Saúde Animal, e Plínio Lopes, do Departamento de Suporte e Normas. A live faz parte de uma série de debates promovidos pelo Suasa. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 


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Porto Alegre, 12 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.283

RS obtém reconhecimento como zona livre sem vacinação para aftosa

O Rio Grande do Sul obteve uma conquista histórica para o setor da pecuária. A Instrução Normativa (IN) 52, assinada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, esta terça-feira (11), reconhece o Estado como zona livre de vacinação contra a febre aftosa. A mudança passa a vigorar em 1º de setembro, e a IN deve ser publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (12). Na semana passada, auditores do Ministério estiveram na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural para avaliar o cumprimento das exigências feitas para a obtenção do novo status sanitário.

“Trata-se de uma mudança que vem sendo gestada e planejada há um bom tempo pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Vai gerar imenso impacto na economia gaúcha. Com a retirada da vacina, o Estado poderá alcançar 70% dos mercados mundiais disponíveis”, afirma o secretário da Agricultura, Covatti Filho. Ele observa que 2020 será o último ano com vacinação no Estado.

A partir do reconhecimento pelo Ministério, a Secretaria comunica a mudança para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que concede a certificação da evolução do status sanitário, abrindo portas para mercados não acessados pelos criadores gaúchos.

"É uma conquista histórica para o Rio Grande do Sul e uma notícia excelente para o agronegócio gaúcho, que agora poderá ampliar participação em vários mercados internacionais. Foi um importante trabalho de todos os nosso servidores, liderados pelo secretário Covatti Filho e estão todos de parabéns", destacou o governador Eduardo Leite.

Técnicos e especialistas apontam que a retirada da vacinação tem potencial de abrir mercados como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas, China (carne com osso) e Canadá. No setor dos suínos, a expectativa é de que haja um incremento nas exportações na ordem de R$ 600 milhões anuais.

O documento também reconhece como área livre de vacinação os estados do Acre, Paraná, Rondônia e regiões do Amazonas e de Mato Grosso. Conforme o texto, o ingresso de animais e produtos de risco para a febre aftosa no estado de Santa Catarina, com origem nas áreas consideradas livres de vacinação, devem observar as diretrizes definidas para origem em zona livre da doença com vacinação, até seu reconhecimento pela OIE como zonas livres de aftosa sem vacinação. (SEAPDR)

 
            

O renascimento da gordura láctea (fat reborn)

Fat reborn, traduzindo para o português, “renascimento da gordura” é uma nova tendência na indústria de alimentos. Agora, a gordura já não é mais vista como vilã, e especialmente as gorduras lácteas estão ganhando destaque no mercado.

Se existem nutrientes polêmicos, certamente um deles é a gordura. Essa molécula já passou por diversas fases, oscilando entre o poder e a submissão. Na Idade Média, foi amada, e comer carnes e alimentos gordurosos era sinônimo de poder. Quando se trata das eras mais modernas, a valorização do corpo magro fez com que a sociedade criasse medo da gordura, e os alimentos gordurosos se tornaram “proibidos”. 

Mas essa história está mudando. Com os avanços das ciências da nutrição, já existe a concepção de que a gordura não é essa vilã das dietas, e particularmente as gorduras lácteas estão ganhando destaque no mercado. O consumo de boas fontes de gordura já era amplamente recomendado pelos nutricionistas, e agora as pessoas  estão mudando a percepção sobre o que é gordura saudável.

Em pesquisa feita em 2018 pela New Nutrition Business (NNB) com consumidores, o percentual de americanos que pensavam que “gordura não é ruim” era de 11%, número pequeno, mas representa um aumento de 50% desde 2017. Na Austrália, quase 15% da população pensa que a gordura não é ruim. Nos EUA, 24% das pessoas agora classificam a manteiga como uma “boa gordura”.

Isso porque, há algum tempo, alguns cientistas estão revendo os conceitos do que sabem sobre gordura. Esse discurso começou em 2010, com a revista American Journal of Clinical Nutrition, que publicou pesquisa que afirmava que "não há evidências significativas para concluir que a gordura saturada da dieta esteja associada a um risco aumentado de doença coronariana ou CVD (doença cardíaca coronária e doença cardiovascular)”. Entretanto, é válido ressaltar que o estudo foi criticado e existe outro artigo contestando sua metodologia e resultados. 

Depois desse feito, outras pesquisas começaram a surgir, como, por exemplo, o estudo publicado em 2018 por Trends in Food Science & Technology, que questionou a hipótese da ligação entre a gordura láctea e o aumento do risco de doença cardíaca ou mortalidade geral, e obteve resultados positivos de que a gordura láctea tem diferentes funções metabólicas no corpo, promovendo benefícios à saúde. (As informações são do portal BHB Food)

Covid-19: manual para proteger extensionistas rurais e agentes de fiscalização é lançado
Devido a gravidade do cenário atual relacionado à pandemia provocada pelo novo coronavírus, inúmeras pesquisas impulsionaram uma série de iniciativas para auxiliar os profissionais de diversas áreas. Uma dessas ações foi a produção de um manual técnico operacional, nomeado como "Procedimentos de biossegurança para prevenção do contágio e propagação da covid-19 para extensionistas rurais e agentes de fiscalização". 

O trabalho foi realizado por uma equipe multidisciplinar pertencente a várias organizações e de países diferentes, dentre elas: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (USP); Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (USP); Universidade Federal da São Carlos (UFSCAR); Universidade Estadual Paulista (UNESP); Universidade de Coimbra (Portugal); Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em São Paulo (SFA-SP/MAPA); e Istituto Zooprofilattico Sperimentale del Mezzogiorno (Itália).

O manual está estruturado em duas partes:
Na primeira encontram-se informações científicas sobre a covid-19, formas de contágio, uso dos EPIs (equipamentos de produção individual) e mapeamento dos riscos nas propriedades rurais, entre outros assuntos.

Na segunda parte estão produtos informativos e pedagógicos: mensagens de texto acompanhadas de ilustrações com orientações e mensagens de áudio com explicações sobre procedimentos de biossegurança.

A ideia é que as informações sejam utilizadas junto aos produtores rurais e extensionistas a fim de combinarem como serão os trabalhos presenciais e remotos conjuntos no campo. Os autores sugerem o uso de aplicativos de mensagem, como o WhatsApp, para realizar a comunicação com os produtores rurais.

Todo o trabalho foi norteado para oferecer um material que agregasse conhecimento científico com informações acessíveis e orientações adequadas à realidade dos profissionais do campo. Para os autores é necessário realizar constantemente a busca de mecanismos que garantam a saúde e a segurança destes profissionais, tão fundamentais para a manutenção da nossa segurança alimentar e nutricional. Clique aqui para ter acesso ao material. (Milkpoint)
                

 
Uruguai: dívida de produtores de leite é equivalente a todo o rebanho 
A dívida dos produtores de leite do Uruguai com o setor financeiro, sem somar as indústrias de laticínios, é de mais de US$ 250 milhões, o que equivale a todo o rebanho de produção, cerca de 300 mil vacas, comentou o vice-presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL). Apesar disso, Eduardo Viera disse que "o setor está pagando e a taxa de inadimplência é muito baixa, daí a confiança do sistema financeiro com a cadeia láctea". Ele explicou que muitos produtores usaram fundos de garantia para estender suas dívidas para dez anos. Com as dificuldades econômicas estruturais que o setor acumula desde 2015, Viera garantiu que deve-se tentar buscar a rentabilidade e, para isso, foram apresentadas propostas ao Poder Executivo por meio do Instituto Nacional do Leite (Inale). O vice-presidente da ANPL destacou que é preciso trabalhar para reduzir as tarifas de exportação. "No ano passado, a Conaprole pagou US$ 29 milhões em tarifas, o que significa mais alguns centavos por litro de leite durante o ano para o produtor", disse ele. Além disso, ele considerou relevante um aumento no reembolso de impostos para as exportações de laticínios, passando de 3 para 6%, para que o setor não quebre. "Essa renúncia fiscal da economia se refletirá em mais produção e menos quebra de produtores", acrescentou. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

 

Porto Alegre, 11 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.282

Se for exagerada, alíquota de 12% da CBS pode ser reduzida, afirma Guedes

Segundo ele, haverá compensação para setores que forem prejudicados por tributo que pode substituir PIS/Cofins

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reiterou a produtores do setor leiteiro que não há por que empresários se espantarem com a alíquota de 12% da Contribuição de Bens e Serviços (CBS), proposta na reforma tributária para substituir o PIS/Cofins, porque se ela se mostrar exagerada será reduzida. 

Além disso, admitiu que alguns setores poderão ser prejudicados com essa nova contribuição, mas ponderou que medidas serão tomadas para compensação.

“Não se espantem com a alíquota [da CBS]; esses 12% permitem deduções ao longo da cadeia. Nós não estabilizamos ainda a alíquota, nós fizemos uma primeira proposta. Se isso se revelar exagerado, a gente baixa”, afirmou o ministro em fórum virtual da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para debater as políticas públicas para o setor leiteiro.

Sem citar o setor de serviços, o ministro disse que “há setores que são mais atingidos pela CBS”, mas serão melhor assistidos quando houver compensação com, por exemplo, a desoneração da folha. Ele não citou, no entanto, que o governo está atrelando a desoneração da folha à aprovação de um novo tributo sobre as transações, similar à extinta CPMF.

Segundo o ministro, o governo está mudando o modelo e uma peça para isso é a simplificação e reformas dos impostos. “Quando se tem impostos altos e muito complexos, quem tem dinheiro usa o poder econômico para ir para a Justiça”, frisou, destacando que outros fazem lobby no Congresso Nacional para manter a desoneração tributária. Ele repetiu que o sistema brasileiro é um manicômio tributário. 

Guedes reforçou o discurso de que o governo priorizou em seu primeiro ano o controle dos gastos públicos. Com isso, também houve um ajuste na taxa de câmbio, que subiu, funcionando como um estímulo natural para o aumento das exportações do setor agropecuário. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro reclamava que o Brasil estava importando até banana do Equador. “Com o dólar a R$ 5, acho que essa banana não vem”, disse.

O ministro frisou ainda que é preciso manter a resiliência para que o país consiga sair da crise. 

Ele lembrou que, com a pandemia, economistas esperavam que a economia brasileira tivesse uma retração de 10% neste ano, sendo pelo menos 3,5% do choque externo. Agora, no entanto, as estimativas de queda do PIB foram ajustadas e estão em torno de 4%. “Esperava-se que PIB do Brasil fosse cair 10%; sendo pelo menos 3,5% do choque externo”, afirmou. “O choque externo veio zero”, acrescentou. 

Segundo ele, o setor da agricultura manteve o Brasil vivo e com os sinais vitais funcionando. Ele destacou que as exportações brasileiras quase não sofreram durante a pandemia e estão praticamente no mesmo nível do mesmo período do ano passado.

Segundo ele, isso aconteceu porque, enquanto houve queda nas vendas para destinos como Estados Unidos e Europa, houve aumento dos embarques para a China e o continente asiático como um todo.

Para ele, a atuação do setor agricultura foi “extraordinária” não só para afastar a “terrível ameaça” que é a pandemia como para manter a população abastecida. (Valor Econômico) 

            

Maiores exportadores de leite em 2019

As exportações de lácteos em 2019 totalizaram US$ 28,6 bilhões, registrando aumento em valor de 12% nos últimos quatro anos a partir de 2015, quando as vendas internacionais de leite chegaram a US$ 25,6 bilhões.

Na comparação anual, as exportações globais de lácteos caíram, em valor, 0,8% de 2018 para 2019.

De uma perspectiva continental, a Europa vendeu mais da metade dos lácteos exportados (53,8%). Liderados pela Nova Zelândia os países da Oceania ocuparam a segunda posição e foram responsáveis por 25% das exportações mundiais. A Ásia embarcou 9,2% dos lácteos para o exterior, e a América do Norte 7,4%. A América Latina, excluindo o México e colocando o Caribe, vem em seguida, exportando 4,1% dos lácteos no mercado mundial e por último a África, que participou com 0,5% desse universo.

Para efeito dessa classificação, são usadas duas categorias. O prefixo 0401 do Sistema de Tarifas Harmonizadas (HTS), composto de leite e creme não concentrado e não adicionado de açúcar ou outro edulcorante. E, o prefixo 0402 de leite e creme concentrado, contendo ou não, açúcar ou outro edulcorante.

As exportações de leite prefixo 0401 totalizaram US$ 9 bilhões (31,3% do total global), e os de prefixo 0402 chegaram a US$ 19,6 bilhões (68,7%).
 

Em valores, os 15 países primeiros países movimentaram 80,8% de todo o leite mundial exportado em 2019.
Também estão em destaque os 15 países com os maiores superávits nas vendas de leite em 2019.

[Tanto a Índia como China e Brasil, que estão entre os maiores produtores de leite do mundo, não participam de forma significativa no mercado exportador mundial, ocupando a 45ª, 51ª e 52ª posição nesse ranking, respectivamente] (World’s Top Exports – Tradução livre: Terra Viva)

Fepale apresenta panorama geral do setor lácteo na América Latina - Desafios

Recuperar o crescimento sustentável da produção de leite observado nos anos anteriores a 2014. “Em alguns países entretanto, temos espaço para melhorar a qualidade, a infraestrutura, o manejos dos custos e a eficiência, outro tema no qual temos muito o que avançar”.

Outras dificuldades existentes para o comércio referem-se ao Codex e os sistemas de rotulagem, o meio ambiente, as emissões de gases de efeito estufa, as pegadas de carbono, o bem-estar animal e a informalidade. Todas exigências que vieram com muita força, especialmente se olharmos para o potencial exportador da região. “Cada um destes são desafios enormes: alguns mais específicos da região e outros a nível global”.

Outro ponto mencionado pelos representantes da Fepale foi os produtos análogos com o uso incorreto de termos, especialmente a palavra “leite” para produtos que não são leite, como os elaborados à base se soja, coco ou outros vegetais, mas, que competem e compartilham os espaços nos mercados, gerando grande confusão entre os consumidores. “Em nossa região é importante, porque a legislação de alguns países não está atualizada”, como é o caso do Chile.

Ariel Londinsky assegurou que esta estratégia atende à análise de mercado sobre a percepção do teor nutricional segundo seu nome. “Ao falar “leite de amêndoas”, a percepção positiva é muito alta, e fica longe de algo chamado “suco ou bebida de amêndoa”, que a percepção de teor nutricional é baixa”, exemplificou.   

 

Situação Atual: Em relação ao panorama atual, Londinsky assegurou que “nossa região não escapa da situação global. São perturbações simultâneas tanto na oferta como na demanda e que ocorreram muito rapidamente. Tem havido resposta governamental de apoio ao consumo e à produção. Como um setor que produz alimento indispensável para o consumo da população o apoio governamental é a resposta necessária, porque além da pandemia, temos problemas climáticos, e as vacas precisam ser ordenhadas duas vezes por dia, de forma que o setor exige uma sensibilidade especial em tempos de catástrofes como agora”.

Também para as indústrias exportadoras os requisitos sanitários aumentaram. “Seguramente os compradores vão pedir muitas outras certificações, que vão além da rastreabilidade, segurança e inocuidade que já cumprimos. Agora temos as questões adicionais relativas ao cononavírus como vimos na indústria frigorífica que foi fortemente impactada”.

Os processos de compras online, pagamento virtual, preocupação com a origem, sanidade e rastreabilidade dos produtos foram acelerados com a pandemia, enquanto a demanda de canais como restaurantes, lanchonetes e serviços de alimentação fora de casa estão sofrendo com o impacto do Covid-19. “Entretanto não estamos nem perto de recuperar todos os circuitos de comidas rápidas e serviços de catering”, explicou.

O impacto será agravado com o legado econômico da pandemia, que provavelmente será mais duradouro. “Talvez a situação sanitária tenha uma solução antes da economia encontrar caminhos para o crescimento, que já vínhamos procurando antes da pandemia”, acrescentou Londinsky.

Em todo caso, o Secretário Geral da Fepale destacou que a tendência de crescimento do consumo de lácteos que estava em andamento, seja interrompida este ano. A pergunta é quem irá fornecer leite ao mundo, quando o consumo for recuperado? A América Latina tem grandes oportunidades tanto do lado da oferta, como da demanda (Portalechero - Tradução livre: Terra Viva)

                

 
Puxado pelo agro, volume de fretes rodoviários cresceu mais de 30% em junho
O volume de mercadorias transportadas por rodovias cresceu 31%, em junho no país na comparação com maio, segundo pesquisa realizada pela Fretebras, plataforma de online de transporte de cargas. O resultado refletiu uma retomada das atividades em diversos setores da economia depois da fase mais aguda de isolamento social por causa da pandemia. Segundo a Fretebras, no setor de agronegócios o movimento aumentou 23%, enquanto na área de construção o avanço foi de 32% e no segmento de industrailizados chegou a 35%. No bimestre maio-junho, o crescimento ante o bimestre março-abril foi de 74%. Em abril, a pandemia de covid-19 afetou fortemente o mercado de logística e transportes, provocando queda de 43% nos fretes, em relação a março. “Quando comparamos os meses de abril a junho, temos crescimentos de 62% nos fretes do agronegócio, de 92% em materiais de construção e de 93% em produtos industrializados, uma importante retomada que fortalece a relevância do setor [de trasnportes] para a economia”, diz Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras, em nota. O agronegócio foi o setor que registrou o maior crescimento no volume total de fretes nos últimos três meses. Segundo Hacad, isso pelo fato de ser essencial para o Brasil tanto do ponto de vista da produção de alimentos e insumos destinados ao mercado doméstico quanto das exportações. No segundo trimestre, o transporte de fertilizantes, por exemplo, aumentou 102% em comparação ao mesmo período de 2019. No caso da soja, o incremento foi de 124%, e no do milho, de 143%. A pesquisa da FreteBras é feita com base nos 600 mil fretes publicados todos os meses pela plataforma, que conta com mais de 420 mil caminhoneiros cadastrados - um terço do total no país. (As informações são do jornal Valor Econômico)
 

 

  

Porto Alegre, 10 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.281

Fepale apresenta panorama geral do setor lácteo na América Latina - Radiografia

O mercado exportador da região é liderado pela Argentina e Uruguai, que representam 56% da região. Depois vem o México, Chile, Nicarágua e Peru com exportações menos significativas.

Quanto à participação das exportações no total produzido, neste caso, o Uruguai lidera. O país exporta 75% do que produz, em seguida vem a Nicarágua, exportando 42% de sua produção interna, e a Argentina que exporta 20%. O México é o maior importador de lácteos da região, seguido pelo Brasil, Venezuela e Perú.

Quanto ao consumo aparente de produtos lácteos na América Latina, o conferencista lembrou que os organismos internacionais e profissionais em nutrição recomendam um consumo mínimo per capita entre 150 e 180 litros por habitante ao ano, e que somente quatro países da América Latina tomam leite suficiente.

“Em nossa região temos o Uruguai (250 litros), Argentina (210 litros), Costa Rica (199 litros) e Brasil (176 litros). Depois existem três países em vias de alcançar esse consumo, o Chile, a Colômbia e o México, mas que o resto está em uma escalada descendente e estão longe de alcançar o consumo ideal, o que podemos interpretar de duas formas. Em primeiro lugar, preocupação porque não se alcança o nível nutricional mínimo de consumo de lácteos alguns países da região, mas, por outro lado, a oportunidade de crescer enormemente em cada mercado interno”, destacou Londinsky.

 
            

Pesquisa produz leite com todos os nutrientes preservados, longa vida e com processos sustentáveis
Com uma participação de mercado de mais de 70%, o leite UHT é o líder no mercado alemão de leite fluido. A popularidade é atribuída à capacidade de ser armazenado por meses em temperatura ambiente. No entanto, o aquecimento a temperaturas de 135-140°C, necessárias para fazer produzir leite UHT, pode ter algumas desvantagens.

Entre elas, causa um certo sabor do leite cozido e a perda de alguns nutrientes, como vitaminas. “Também é necessária muita energia para atingir as temperaturas necessárias e a maior parte dela vem de combustíveis fósseis, como petróleo e gás,” explicou Elena Kohler, a vencedora do prêmio estudantil de Bioeconomia em Stuttgart. O prêmio de € 2.000 (US$ 2600) é concedido a alunos da Universidade de Hohenheim. O Bioeconomy Science Yea da Alemanha é organizado pelo Ministério Federal da Educação e Pesquisa.

Kohler está trabalhando para combinar as vantagens do leite UHT e do leite fresco por meio de um novo processo de produção. Sua visão é um novo tipo de leite: armazenável em temperatura ambiente, com sabor de fresco e alto teor de nutrientes. “O produto desejado não deve ser superior apenas ao leite UHT convencional em termos de sabor e fisiologia nutricional. Meu objetivo é também um processo de fabricação, muito mais eficiente em termos energéticos e, portanto, ecologicamente superior ao processo convencional”, resumiu.

No conceito de Kohler, o leite é dividido em duas frações em um novo processo: uma fase de caseína, que contém proteínas do leite estáveis ao calor – além dos microrganismos indesejados – e uma fase de proteínas de soro de leite, que também contém as vitaminas sensíveis ao calor. Como resultado, ambas as fases podem ser aquecidas separadamente e adaptadas aos ingredientes: substâncias redutoras de qualidade, como microrganismos e enzimas, tornam-se inofensivas na fase de caseína, devido à submissão a altas temperaturas. A outra fase, de proteínas do soro, é apenas brevemente aquecida em temperaturas mais baixas, de modo que os nutrientes e proteínas sejam preservados. Após o tratamento, ambas as frações são reunidas.

Para aquecer a fase com proteínas de soro de leite, o processo de alta energia do leite UHT convencional está sendo substituído pela tecnologia de micro-ondas com eficiência energética, cujas necessidades de eletricidade podem ser atendidas 100% com energias renováveis. O aquecimento homogêneo evita a desestabilização das proteínas do soro quando em contato com superfícies de aquecimento. Menos resíduos se formam no equipamento, reduzindo o consumo de produtos químicos de limpeza e a quantidade de efluentes.

Em sua dissertação de mestrado, Kohler quer determinar a temperatura ótima para o aquecimento por micro-ondas da fase proteica do soro de leite, necessária, por um lado, para tornar o leite estável e armazenável, e por outro, para diminuir as modificações causadas no produto pelo calor . Para controle de qualidade, amostras do leite recém-produzido são armazenadas em temperatura ambiente e a 30°C, analisadas e comparadas em intervalos regulares durante três meses, avaliando presença de microrganismos e características de qualidade e sabor. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

84% dos produtores usam ferramentas digitais

Ferramentas digitais - Uma pesquisa mostrou que o uso de tecnologias no campo amplia acesso a mercados, reduz custos e agrega valor aos produtos. Por isso cerca de 40% dos produtores brasileiros já são adeptos dessa nova onda chamada agricultura digital para realizar operações de compra e venda de insumos e 84% já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção agrícola.

Os resultados foram obtidos em entrevista com 750 participantes entre produtores rurais, empresas e prestadores de serviço sobre tendências, desafios e oportunidades para a agricultura digital no Brasil. O trabalho foi feito por meio de parceria entre a Embrapa, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram ouvidos produtores de todos estados e do DF, entre janeiro e junho.

Seja para agilizar a comunicação na hora de contratar um serviço, pesquisar o preço de um insumo ou para enxergar a propriedade com outros “olhos”, mapeando a lavoura e planejando a atividade, a pesquisa mostra um retrato atual de como esses produtores rurais estão utilizando a internet, aplicativos de celular, drones, entre outras tecnologias, e também um panorama das suas expectativas e dificuldades. Cerca de um terço dos entrevistados já usa ferramentas de monitoramento da lavoura e de meteorologia; aquelas voltadas para o bem-estar animal são 21,2% dos respondentes; e para certificação ou rastreabilidade dos alimentos, 13,7%.

Dificuldades de acesso: A amostragem revelou que acesso a informação e internet permitiram essa expansão. As ecnologias digitais têm amplo potencial de expansão e adoção no Brasil, no entanto a ausência de infraestrutura de conectividade é o maior entrave da agricultura digital para 61% dos entrevistados. Outro fator limitante é o valor do investimento, que assusta 67% dos entrevistados e aparece à frente de problemas estruturais, como a qualidade de conexão na área rural. A pesquisa mostrou ainda que   95% dos produtores desejam mais informações sobre agricultura digital.

O que deve revolucionar: A pesquisa também fez a lista de desejos dos entrevistados. Entre as soluções mais almejadas no campo estão as que melhoram planejamento e gestão, com aplicativos e plataformas. Também devem ganhar espaço as tecnologias que contam com inteligência artificial, internet das coisas, automação, robótica, big data, criptografia e blockchain.

Outro exemplo de tecnologia que avança em conhecimento e tem grande potencial de expansão nos próximos anos são as baseadas em dados ou imagens geradas por sensores remotos, como os satélites e drones. Cerca de 37% das empresas e prestadores de serviços entrevistados atuam nessa área. A tecnologia também já é utilizada por 17,5% dos produtores rurais.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Instrumentação (SP) Lúcio André de Castro Jorge, o mercado global de drones de 2016 a 2020 foi da ordem de US$ 32,4 bilhões, especificamente para agricultura. “Nesse período, o aumento no uso de drones na agricultura foi de 172%. A projeção da expansão até 2025 é exponencial”, revela.

Castro Jorge informa que o mercado relativo apenas à fabricação de drones é de 12 bilhões de dólares em negócios, com geração de emprego para mais de 100 mil profissionais no Brasil, sendo 26% só na agricultura, um negócio de US$ 2 bilhões no País até 2020. Assim, o pesquisador acredita que os preços dos veículos aéreos não tripulados devem se tornar mais acessíveis, com a disponibilização de treinamentos acompanhando a demanda, permitindo a adoção pelos pequenos produtores. (Agrolink)

                

 
Vendas de máquinas agrícolas cresceram 14,4% em julho
As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias voltaram a subir em julho, embaladas pela liberação de recursos do Plano Safra e pela valorização das commodities. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas aumentaram 14,4% em julho ante ao mesmo mês do ano passado, para 4,5 mil unidades. Em relação ao desempenho em junho, o incremento foi de 15,6%. “Os resultados de julho nas vendas internas foram os melhores desde setembro de 2019 e também o melhor julho desde 2018. O crescimento reflete o aumento da demanda por alimentos, o aumento de 50% no desembolso nas linhas de crédito no Plano Safra ante ao mesmo mês do ano passado, de R$ 24 milhões”, afirmou o vice-presidente da Anfavea Alfredo Miguel Neto, que avaliou a recuperação como muito positiva. No acumulado de janeiro a julho, as vendas domésticas somaram 24,1 mil unidades, incremento de 1,3% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. As exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias caíram 40,5% em julho ante a igual mês de 2019, para 856 unidades. Na comparação com o mês de junho, porém, houve avanço de 39,4%. “Esse crescimento se deve à demanda da Argentina, onde o setor teve um aquecimento puxado pela demanda chinesa. Os embarques para o país vizinho cresceram 58% na comparação mensal”, disse Miguel Neto. Já a produção de máquinas agrícolas e rodoviárias alcançou 5,1 mil unidades, recuo de 17% ante ao mês de julho de 2019, mas incremento de 53,8% em relação a junho. “Esse crescimento reflete o aumento de exportação e de vendas no mês e demonstra uma confiança muito grande da indústria. É o melhor resultado desde outubro de 2019”, afirmou o vice-presidente da Anfavea. “É um dado bastante significativo e temos a expectativa de que essa confiança irá continuar no Brasil”, acrescentou. (As informações são do Valor Econômico.)
 

 

 

Porto Alegre, 07 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.280

Importações crescem e cadeia produtiva fica de olho!

Segundo dados divulgados nessa quinta-feira (07/08) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as importações brasileiras de derivados lácteos cresceram bastante no mês de julho; foram cerca de 95 milhões de litros de leite equivalente internalizados no mês, com crescimento de 63% em relação ao volume do mês anterior e 26% maior que em relação a julho/2019.

Em contrapartida, as exportações brasileiras também cresceram; foram 16,7 milhões de litros exportados no mês, 38% a mais do que em junho deste ano e 95% maior do que julho/2019. Dados estes números, o saldo da balança comercial de lácteos foi de -78 milhões de litros (em equivalente leite), um aumento de 69% no déficit quando comparado a jun/20 e de 17% em relação a jul/19. É importante destacar que esse valor representa, também, o menor (mais negativo) saldo no ano. (Milkpoint)

 
 
Elaborado por Sindilat com dados do mdic e Milkpoint
            

Secretário Covatti Filho encaminha repasse de R$ 102 milhões para a EMATER/RS-ASCAR
O secretário da Agricultura Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho, ordenou na tarde desta quinta-feira (06) a solicitação de empenho de R$ 102 milhões para a contratação de prestação de serviço com a Emater/RS-Ascar, para o segundo semestre de 2020. Desta forma, garante a continuidade dos trabalhos de assistência técnica e extensão rural para mais de 250 mil famílias de pequenos agricultores.

“Resolvemos um imbróglio que já se estendia por muitos anos e envolvia inclusive pontos sobre a natureza jurídica da Emater. Agora, estamos liberando os recursos necessários para dar continuidade a esse serviço tão essencial e importante para a agricultura familiar gaúcha”, ressalta Covatti.

Em julho deste ano, por recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), houve alteração no regime de contratação da Emater, que passou a ser por dispensa de licitação, sem a necessidade de alterar a sua natureza jurídica.

No primeiro ano do novo vínculo, com validade até julho de 2021, serão repassados, no total, R$ 195 milhões para viabilizar a prestação de serviços.

“Fizemos um esforço enorme para garantir a sobrevivência da Emater. Encaminhamos a solução jurídica da contratação mediante parecer da Procuradoria Geral do Estado, oportunizando segurança para os seus funcionários estarem dentro das propriedades, ao lado do produtor”, comemora Covatti.

O ato de assinatura do empenho contou com a presença de Geraldo Sandri (presidente da Emater), Alencar Rugeri (diretor técnico), Erli Teixeira (presidente do Conselho da Emater) e Luiz Fernando Rodrigues (secretário adjunto da SEAPDR) (Seapdr)

Fepale apresenta panorama geral do setor lácteo na América Latina
Os dados do Observatório para a cadeia láctea da América Latina e Caribe mostram que nossa região, com cerca de três milhões de produtores de leite, produz em torno de 78,5 milhões de litros de leite, o que representa aproximadamente 11% da produção mundial.
Ariel Londinsky, Secretário Geral da Federação Panamericana de Leite (Fepale) disse durante o webinar “Comércio Internacional de lácteos – Oportunidades e Desafios”, organizado pela Comissão Nacional de Leite e ProChile, que o volume mencionado representa uma relativa estagnação da América Latina nos últimos anos.
“A produção de leite da região até 2014 estava em franco crescimento, mas a partir da crise de preços e das diversas crises que atingiram o setor, praticamente impossibilitou o crescimento, vivendo altos e baixos. Com algumas situações climáticas, outros problemas de mercado e agora a pandemia. Sempre existe algo para cortar o nosso crescimento o que impediu qualquer melhoria nos últimos cinco anos”, explicou.
Para este ano, as perspectivas da Fepale é de aumento da produção de leite, no entanto, é preciso refletir sobre as incertezas provocadas pela pandemia do coronavírus. “Tínhamos uma expectativa melhor de crescimento para 2020-2021, mas primeiro vamos ver como sairemos dessa crise sanitária em termos de produção. Como organizar a oferta e a demanda, duas variáveis afetadas imensamente pela pandemia”, acrescentou Londinsky.


 
Neste contexto, assegurou que um dos grandes desafios “para uma região com um perfil tão heterogêneo como a América Latina”, é formalizar em grande medida a produção primária de leite, que apresenta problemas nos países andinos e centro americanos, onde a informalidade é um elemento presente e quase predominante. Destacou, por exemplo, que o Chile está entre os países com a maior proporção da produção de leite processado pela indústria, superando 90%, assegurando inocuidade e qualidade ao leite.
                

 
EMATER/RS: condições climáticas favorecem produção das forrageiras de inverno para gado leiteiro
Foram boas as condições climáticas para a produção das forrageiras. Nesse período, destaca-se o azevém, principalmente o de variedades tetraploides. Os materiais genéticos comuns iniciam o espigamento/florescimento, e nessa fase perdem qualidade. Áreas com aveia precoce reduzem produção e qualidade, mas ainda ofertam volumoso. Destaque para áreas de trigo duplo propósito, que apresentam bom potencial para pastejo em semeaduras mais tardias. Semeaduras precoces desse trigo encontram-se em início de espigamento/florescimento, fase em que é necessário monitorar para possível intervenção com manejo fitossanitário. O clima mais seco e os dias ensolarados permitiram melhores condições no solo das pastagens e secagem do barro acumulado nos acessos a instalações de ordenha e manejo dos animais, que chegam mais limpos para a ordenha. A condição climática proporciona condições de conforto às vacas de alta produção; consequentemente, o consumo de pasto é alto. Essa condição permite fornecer rações com um pouco menos de proteína e menos silagem, reduzindo os custos da alimentação. O aumento da produção de leite se dá a partir do aproveitamento das pastagens de forrageiras anuais de inverno, que apresenta boa oferta de volumoso, tanto em quantidade como em qualidade. A abundância de pasto permite que as vacas permaneçam mais tempo na pastagem, aumentando a produção. A qualidade do leite se manteve em padrões aceitáveis, que cumprem as normativas do Mapa. A condição sanitária é boa; não há problemas sanitários graves, apenas situações pontuais como paresias puerperais devido ao manejo inadequado nas vacas secas ou recém-paridas, que muitas vezes têm sido alimentadas com pastagens muito ricas em potássio, as mais abundantes no momento. Na Fronteira Oeste, em Itacurubi, produtores estimulados pelo compensador preço do leite vêm investindo em aquisição de matrizes para melhorar a condição genética dos seus rebanhos. Na Campanha, em Candiota, o Incra liberou recursos dos projetos de crédito do programa “Fomento Mulher”, elaborados pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar, para 57 agricultoras assentadas, destinado cinco mil reais por beneficiária. O destino principal dos recursos será a aquisição de matrizes leiteiras, fomentando a atividade. Produtores iniciaram o preparo das lavouras para plantio de milho silagem. No Vale do Rio Pardo, iniciou a implantação do cereal. (As informações são da EMATER/RS)
 

 

 

Porto Alegre, 06 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.279

Últimos dias para informar uso de nomes protegidos por Indicações Geográficas

Termina neste sábado (8) o prazo para que pequenos negócios comprovem que usam comercialmente, de boa-fé, alguns nomes protegidos por Indicações Geográficas (IG) da União Europeia, conforme estabelece portaria do Ministério da Agricultura. 

A portaria convoca uma consulta pública para verificar quem pode continuar a usar esses nomes, segundo o acordo firmando entre a União Europeia e os países integrantes do Mercosul, entre eles o Brasil. O SEBRAE/SC está auxiliando as empresas a realizarem esse processo de consulta pública no MAPA.

A Indicação Geográfica (IG) é um nome geográfico que identifica um produto ou serviço como originário de uma área geográfica delimitada quando determinada qualidade, reputação ou outra característica é essencialmente atribuída a essa origem geográfica.

Os seguintes nomes: Parmesano, Parmesão, Reggianito, Fontina, Gruyère / Gruyere, Grana, Gorgonzola, Queso Manchego, Grappamiel / Grapamiel, Steinhäger / Steinhaeger, Ginebra e Genebra utilizados isoladamente ou antecedido de gentílicos, ou simplesmente pela definição "tipo", estão submetidos a portaria.

O diretor técnico do SEBRAE/SC, Luc Pinheiro, explica que muitas nomenclaturas utilizadas em produtos de origem animal têm seu nome reconhecido como propriedade intelectual relacionado à indicação geográfica europeia. Assim, produtos comercializados no Brasil terão restrições no uso desses nomes, no entanto empresas constantes nos registros do MAPA que já utilizavam nomes de IGs europeias, continuadamente até 25/10/2017 ou 2012, dependendo do produto, poderão continuar utilizando-os. "Estamos apoiando na construção ou revisão destas respostas ao Mapa. Por isso, pedimos que os produtores procurem o Sebrae/SC que vamos auxiliar neste processo", reforça. Os empresários podem entrar em contato pelo alan@sc.sebrae.com.br.

A portaria disponibiliza a lista preliminar de usuários prévios já cadastrados no MAPA na página de Consultas Públicas Vigentes no portal eletrônico do ministério. Os demais usuários desses nomes com registros SIE e SIM, mesmo não registrados no Mapa, também podem submeter a análise do uso do nome, desde que atendam os critérios desta portaria. O Ministério ressalta que o objetivo é permitir a ampla participação de pessoas, físicas ou jurídicas, que, com a entrada em vigor do acordo entre os dois blocos, poderão ser obrigadas a deixar de fazer uso dos nomes em produtos comercializados. Além do Brasil, a medida também será aplicada na Argentina, Paraguai e Uruguai. O link para consulta do MAPA é https://bit.ly/2XzSi4q (Página Rural)

 
            

RS: Emater destaca ações de manejo reprodutivo dos rebanhos em Montenegro
Qualificar geneticamente os rebanhos leiteiro e de corte, com vistas a melhorar características produtivas, reprodutivas e de saúde, bem como a longevidade dos animais, é parte de uma ação de Extensão Rural e Social continuada que tem sido realizada desde o primeiro semestre deste ano no município de Montenegro. 

Trata-se, na realidade, de um trabalho pioneiro de manejo reprodutivo dos animais na região do Vale do Caí, com vistas a empoderar os agricultores para futuras tomadas de decisão no que diz respeito ao gerenciamento das propriedades, explica o extensionista da Emater/RS-Ascar Gustavo Krahl Vargas.

O atendimento é feito a produtores de bovinos de leite e de corte, sendo em ambos os casos realizado o diagnóstico reprodutivo dos animais e adotada a tecnologia conhecida como Inseminação Artificial em Tempo Fixo (Iatf), que, aliada ao acasalamento, representa uma melhoria do manejo como um todo. No caso das propriedades leiteiras, a ferramenta busca regular o intervalo entre partos, o que permitirá um escalonamento entre as parições. Nesse caso, devemos levar em conta o fato de que o bovinocultor de leite precisa manter certo padrão de produção durante todo o ano, salienta Vargas.

Além dessa uniformidade possibilitada pela redução do intervalo entre partos  o processo fica melhor sincronizado, a opção pelo sêmen de touros melhoradores, também conhecidos como provados, possibilitará a elevação no volume de leite produzido, com menos custos. De acordo com o extensionista, por reduzir o intervalo entre partos, o manejo reprodutivo também tem reflexo na vida produtiva dos animais. Isso, aliado a outras ações, como ajuste de dieta e cuidados com a higiene, resultará também em mais qualidade, explica.

No caso dos bovinocultores de corte, o Iatf possibilita estabelecer uma temporada reprodutiva, formando lotes de terneiros com idades e tamanhos mais uniformes. Essa sincronização e indução ao cio permitem que as vacas com cria ao pé sejam cobertas com sêmen de touros melhoradores ainda no início da estação de monta, o que eleva a taxa de prenhez, reduz o intervalo entre partos e padroniza o rebanho, observa Vargas. Outra vantagem para os criadores de corte é poder melhorar a genética, a partir do uso de raças mais apreciadas por criadores de terneiros, caso das europeias Angus e Hereford, além das sintéticas Brangus e Braford, buscando o melhor do peso dos animais, bom desenvolvimento e qualidade da carne.

Neste primeiro ano de atividades são atendidas cerca de dez famílias de agricultores das localidades de Muda Boi, Pesqueiro, Costa da Serra, Bom Jardim e Nova Estação, mas é um trabalho que certamente será ampliado para outros pecuaristas interessados nestas tecnologias, destaca o extensionista.

Uma das produtoras envolvidas nesta atividade é a jovem bovinocultora de leite Raquel Carolina Schu, da localidade de Bom Jardim. Com um rebanho de 32 vacas em lactação, espera melhorar a conformação e sanidade dos animais, o que também terá reflexo no volume de leite produzido. Além da possibilidade de ter, futuramente, animais mais fortes, mais longevos, mais férteis e com menos doenças, afirma a agricultora, que pretende continuar na atividade.

Mais informações podem ser obtidas no Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, que atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado. (Página Rural)

EUA aprovou US$ 6,8 bi pra produtores afetados por Covid-19; US$ 1,3 bi para produção de leite

A Agência de Serviços Agrícolas (FSA, na sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aprovou até agora US$ 6,819 bilhões em pagamentos a produtores rurais afetados pela pandemia de Covid-19, de acordo com dados atualizados pela FSA na segunda-feira. A ajuda financeira total disponível é de US$ 16 bilhões.

Desde 26 de maio, a agência recebeu mais de 629 mil solicitações de ajuda. Até agora, a FSA aprovou pagamentos a mais de 499 mil produtores. Estes receberão 80% de seu pagamento total máximo após a aprovação do pedido. A parcela restante será paga posteriormente.

Do montante total aprovado até agora, US$ 1,794 bilhão foi para lavouras não especiais (soja, milho, algodão, etc.), US$ 269,6 milhões para lavouras especiais (frutas, vegetais, castanhas, cogumelos), US$ 3,442 bilhões para criadores de bovinos, suínos e ovinos e US$ 1,312 bilhão para produtores de lácteos. (As informações são do Estadão)

                

 
PIB do agro
De acordo com informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o resultado foi puxado principalmente pela atividade primária (dentro da porteira), que teve expansão de 11,67% nos cinco primeiros meses de 2020, por conta da alta de preços e da estimativa de aumento da produção. Nos outros segmentos da cadeia global do agronegócio, os serviços registraram alta de 4,51%, enquanto os insumos subiram 1%. A agroindústria foi o único a ter queda no acumulado, de 0,24%. No desempenho mensal, o PIB do agronegócio apresentou elevação de 0,78% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês de 2019, com resultado positivo para os setores primário (3,08%), serviços (0,49%), insumos (0,17%) e recuo da agroindústria (-0,68%), reflexo dos impactos negativos da Covid-19, especialmente sobre a indústria agrícola. A alta de preços foi um dos fatores que impulsionou o PIB tanto da agricultura quanto da pecuária. No ramo agrícola, o crescimento foi de 2,51% nos cinco primeiros meses deste ano frente ao mesmo período de 2019. Destaque mais uma vez para o setor primário, com expansão de 15,17%. Milho, café, cacau, arroz, soja e trigo, todos com elevações superiores a 15% nos preços, foram as culturas que mais se destacaram. Na parte de produção, as maiores estimativas de safra são para: algodão, arroz, cacau, café, feijão, laranja, milho, soja, trigo e madeira para celulose.  (Agrolink)
 
 

 

 

Porto Alegre, 05 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.278

Governo deverá levar auxílio até final do ano

A equipe econômica está trabalhando mais uma vez com a possibilidade de estender o auxílio emergencial. Agora a ideia é levá-lo até o final do ano. A iniciativa que volta à discussão estaria relacionada com a demora do governo em providenciar um programa permanente de renda, o que seria inicialmente sanado com o Renda Brasil, que segue apenas como proposta por enquanto. Analistas também avaliam que o presidente Jair Bolsonaro já estaria pensando em reeleição, e por isso estaria incentivando sua equipe a voltar ao tema da ampliação por mais meses. 

O benefício que começou com três parcelas de R$ 600 hoje tem cinco, mas para evitar que o rombo nas contas públicas neste ano alcance R$ 1 trilhão, a ideia do governo é negociar com o Congresso um valor menor que os R$ 600, entre R$ 200 e R$ 300. Entretanto, para modificar o valor é preciso o aval dos parlamentares, já que a lei que criou o benefício até pode ter validade para o pagamento do benefício até o fim do ano, mas teria que ser a mesma quantia de R$ 600. Como a ideia é reduzir, seria necessária a negociação no Legislativo. 

Ainda sobre o auxílio emergencial e para quem já tinha feito solicitação, o governo federal anunciou ontem que o site da Dataprev também receberá requerimentos de contestação para quem teve o pedido negado. Segundo informou nota do Ministério da Cidadania, a plataforma é ideal para quem teve o acesso negado por razões cadastrais ou para aqueles que pretendem fazer o requerimento após a atualização dos dados pessoais. Entre outros exemplos de quem deve procurar o serviço estão cidadãos que completaram 18 anos recentemente, aqueles que foram servidores públicos ou militares e perderam vínculo, ou ainda novos desempregados que não tenham acesso a outros programas sociais como o seguro-desemprego. De acordo com dados da Caixa Federal, 438,5 mil cadastros estão em fase de reanálise. Até o lançamento da nova ferramenta a solicitação podia ser feita pelo site da Caixa, pelo aplicativo “Caixa Auxílio Emergencial” e também por solicitação via Defensoria Pública da União (DPU). (Correio do Povo)

            

Leite/Oceania
Fontes australianas relatam que as atuais projeções para o preço do leite melhoraram, possibilitando melhores rendimentos para os produtores. As incertezas estão por conta das chuvas. 

No mês de junho a Austrália registrou precipitações abaixo da média, e os produtores de leite fazem as contas para o verão.

Mantido o atual cenário a lucratividade estará comprometida. As previsões meteorológicas de julho a setembro apontam para chuvas menos favoráveis, dadas às condições do Oceano Índico, o que poderá elevar os custos. Assim, como sempre acontece, as incertezas no início da temporada são particularmente estressantes.    

Na Nova Zelândia também existe alguma preocupação sobre o desenvolvimento da próxima temporada. Até o momento o tempo está sendo favorável ao crescimento das pastagens e produção de leite. Ainda assim, alguns observadores expressam suas incertezas sobre as possíveis mudanças do tempo, o que poderá impactar tanto na produção como nos preços.

Os efeitos macroeconômicos do Covid-19 são aspectos discutidos entre os analistas, e que podem impactar na demanda. Alguns bancos regionais que apoiam o setor agropecuário observam de perto o desenvolvimento do ambiente econômico. Essas incertezas dificultam qualquer projeção a partir da Nova Zelândia, um país que cujo setor lácteo é completamente dependente das exportações. Projetar o futuro em diversos outros mercados é bem mais desafiador, do que quando o consumo de sua produção é doméstico e perto de casa. Alguns observadores questionam a recente volatilidade dos preços das commodities lácteas, se elas não seriam uma resposta de compradores e vendedores às incertezas de um futuro próximo. Até agora, porém, a maioria dos produtores vêm com otimismo o aumento de preço neste início de temporada.    (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

CNA debate alternativas de exportação indireta
Uma live promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na segunda (03), debateu os processos que o produtor precisa conhecer para vender seus produtos no mercado internacional.

A live contou com a participação de consultores do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex) e de uma empresária que tem experiência no assunto.

"É muito importante se preparar, conhecer os níveis de exigência de cada público, a cultura do país e se adequar à legislação desse país", afirmou Letícia Feddersen, dona da Soul Brasil, empresa que comercializa produtos como geleias, molhos de pimenta e de frutas com vinagre para diversos países.

O consultor em comércio exterior, Maurício Manfré, destacou as vantagens do apoio de uma comercial exportadora e de um produto de qualidade para conquistar clientes no exterior.

"O produtor tem a expertise de produzir alimentos, uma empresa como essa tem em vender para o mercado externo. Ao juntar essas expertises, é possível conquistar um maior número de clientes, porque uma comercial exportadora ou trading, não é uma atravessadora, mas uma parceira que pode ajudar o produtor devido à experiência no mercado internacional", disse.

Manfré explicou, por exemplo, que o Oriente Médio tem interesse nos produtos brasileiros e é um mercado com grande potencial para vendas. "A exportação agrega valor ao produto."

A empresária Letícia Feddersen ressaltou a importância também de se investir na comercialização online para ser visto por esse público. "Exportação é uma maneira de aprender. A cada dia eu aprendo algo novo. Minha mensagem para os produtores é que é possível sim, exportar. Não é porque você é pequeno que não pode. O dólar está favorável, o mundo precisa de novos negócios e tem multicanais para isso."

Para a presidente do Ceciex, Damares Costa, através de um parceiro que o produtor confie há possibilidades reais de crescimento, "não apenas em um ou dois mercados, mas no mundo todo." Segundo ela, a empresa comercial apenas operacionaliza a exportação e o produtor não perde nenhum dos seus incentivos. "Por isso peço que todos os produtores olhem para o mercado externo com carinho."

O assessor técnico da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Rafael Gratão, conduziu o debate e afirmou que a exportação indireta pode facilitar os processos administrativos, logísticos e aduaneiros para o produtor que encontrou uma oportunidade comercial no exterior.

"Temos o programa Agro.BR que foca na internacionalização do agro brasileiro. O produtor que quiser conhecer e se inscrever no programa, basta acessar nosso portal cnabrasil.org.br/agrobr."

Assista todo o debate sobre exportação indireta clicando aqui. (CNA)

                

 
Rabobank: Demanda/China
O Índice de preços do Global Dairy Trade caiu 5,1%, levantando suspeitas de que a demanda da China pode está em declínio e os estoques completos. O leite em pó integral foi o mais atingido, com queda de 7,5% e comparação com o evento de duas semanas atrás. Esta foi a maior taxa de queda do produto desde março de 2017. Sendo essa a maior queda desde de dezembro passado, o Rabobank questiona acerca da estabilidade da demanda da China pelos produtos lácteos da Nova Zelândia. A demanda pareceu firme durante o lockdown mas, a demanda para os serviços de alimentação e retalho caíram em junho. Isso sugere que o que parecia uma demanda liderada pelo consumo, na verdade foi alteração no planejamento dos negócios de algumas empresas que procuraram recompor seus estoques para garantir a segurança alimentar. O Rabobank alerta que a combinação do aumento da produção doméstica e a demanda mais fraca pode diminuir as compras chinesas de lácteos. Outro fator a ser observado é a retração da economia dos Estados Unidos e da Europa. Os preços do queijo nos EUA caíram em queda livre e o leite em pó desnatado também. “O último GDT não marca necessariamente o fim da sustentação dos preços dos lácteos da Nova Zelândia, mas, está comprovando a visão do Rabobank de que o caminho de agora em diante será muito acidentado.  (Stuff – Tradução livre: Terra Viva)
 
 


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Porto Alegre, 04 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.277

Comissão da reforma tributária retoma trabalhos; Guedes será ouvido na quarta

A Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária retomou suas atividades nesta sexta-feira (31) após mais de quatro meses de suspensão provocada pela pandemia de covid-19. O presidente da comissão, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), reiniciou os trabalhos comunicando que o ministro da Economia, Paulo Guedes, será ouvido na quarta-feira (5), às 10h. As reuniões são feitas remotamente, por videoconferência entre deputados federais e senadores.

Para Roberto Rocha, a reforma tributária é uma ferramenta indispensável para que o país volte para o caminho do desenvolvimento econômico e da geração de emprego e renda, especialmente depois dos efeitos negativos causado pelo coronavírus. Na opinião dele, o sistema tributário brasileiro é “um verdadeiro pandemônio tributário”. O presidente pediu apoio a todos os deputados e senadores que integram ou não a comissão mista.

Após iniciar a reunião, Roberto Rocha passou a condução do debate para o vice-presidente do colegiado, o deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA), que passou a palavra inicialmente para o relator da comissão mista, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). 

O relator disse que a comissão terá de debater as PECs 110/2019 (do Senado) e 45/2019 (da Câmara), além da proposta do governo federal, cuja primeira parte  foi entregue há 10 dias ao Congresso Nacional. Para ele, os parlamentares têm o desafio de avançar “nesse debate complexo” pensando no cenário pós-pandemia. Aguinaldo Ribeiro disse acreditar que a reforma tributária vai ajudar o país a aumentar o PIB ano após ano. Em sua opinião, a reforma tributária tem que simplificar o sistema e torná-lo mais justo e transparente, o que dará segurança jurídica e confiabilidade ao Brasil.

Ribeiro disse que o Congresso tem que buscar uma reforma ampla que traga mudanças estruturais, pois o Brasil tem uma concentração de renda extrema e enorme desigualdade social. Ele acrescentou que a reforma precisa proporcionar mais equilíbrio fiscal, alavancar a geração de emprego e renda e ajudar a combater as mazelas sociais do país.

— Não basta a simplificação tributária, tem que haver mudanças estruturais que reduzam custos e preços e proporcionem crescimento econômico — salientou o relator.

"Justiça tributária"
O senador Major Olimpio (PSL-SP), primeiro vice-relator da comissão, afirmou que esse colegiado terá um papel fundamental para a história do Brasil. Ele disse que a discussão sobre uma reforma tributária vem desde 1988 e afirmou que o Parlamento não deseja aumentar a carga tributária.

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) disse concordar com a simplificação e a unificação tributária, mas afirmou que a “a justiça tributária é mais importante”. A senadora acrescentou que “os mais pobres do país são os que mais pagam tributos”. Em sua avaliação, a reforma tem que taxar a distribuição de lucros e dividendos e as grandes fortunas, além de reduzir a carga tributária do consumo e reformular a tabela do imposto de renda.

Por sua vez, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) afirmou que as empresas brasileiras estão sobrecarregadas de tributos e de burocracia. Ele defendeu uma reforma tributária que promova distribuição de renda e justiça tributária e simplifique o país. Ele afirmou que as micro e pequenas empresas são as maiores geradoras de emprego do país, mas sofrem com a alta carga tributária e a burocracia.

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) disse que os empresários brasileiros pagam muito impostos, o que atravanca a geração de empregos. Ele defendeu a redução da carga tributária dos setores industrial e comercial.

— Os empresários não são os vilões. Tem que reduzir a carga tributária do empresário e do consumidor. Não dá para desafogar o consumidor e deixar a empresa afogada — opinou Angelo Coronel.
"Sustentabilidade fiscal"

Para o senador José Serra (PSDB-SP), o foco do Congresso não deveria se apenas a reforma tributária, mas sim, principalmente, equacionar o orçamento público à nova realidade trazida pela pandemia, fazendo uma profunda revisão qualitativa dos gastos públicos. Ele disse que o país precisa de sustentabilidade fiscal e econômica a longo prazo, sem penalizar os mais pobres, e um ousado programa de revisão de gastos públicos.

— Teremos que acomodar maiores gastos sociais e maiores investimentos, e só faremos isso sem o aumento da carga tributária se nos dedicarmos a avaliar, repensar e aperfeiçoar nossas políticas e programas públicos, não tem outra saída — disse Serra.

Já o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) opinou que a reforma não pode ser feita apenas dos pontos de vista arrecadatório ou da justiça social. Todo imposto é repassado aos custos das empresas e recaindo sobre o consumidor, disse.

— É claro que é desejável que quem ganha mais pague mais e quem ganha menos pague proporcionalmente menos, mas a maior justiça social que se pode ter é um país crescendo, é um país criando empregos e gerando riquezas. Além do imposto ser progressivo, além de ter alguma justiça social, que seja um sistema tributário simples, que não aumente o tamanho da carga tributária e que seja amigável a quem quer empreender e gerar empregos e riquezas — afirmou Oriovisto.

Também participaram da reunião os deputados Luiz Miranda (DEM-DF), Alexis Fonteyne (Novo-SP), Afonso Florence (PT-BA), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), Mauro Benevides Filho (PDT-CE), Hugo Leal (PSD-RJ) e Angela Amin (PP-SC). (Agência Senado)

 
            

Gdt – Global Dairy Trade

Aftosa: auditoria para retirar vacinação no Rio Grande do Sul começa nesta 3ª

Equipe do Ministério da Agricultura vai avaliar cumprimento de apontamentos levantados no ano passado, que incluem aquisição de veículos e contratação de pessoal para inspetorias

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul se prepara para receber auditores do Ministério da Agricultura em mais uma etapa para a obtenção do status de zona livre de febre aftosa no estado. Os técnicos irão avaliar o cumprimento de 18 apontamentos levantados no ano passado, como a aquisição de 72 veículos para fiscalização e contratação de 150 auxiliares administrativos para atendimento nas inspetorias de defesa agropecuária.

“A montadora vencedora da licitação dos veículos já está enviando o cronograma de entrega, e o pregão para contratação de pessoal deve abrir as propostas nesta terça. Devemos ser bem avaliados porque o ministério vai comprovar que o governo estadual fez todos os movimentos necessários para a conquista da retirada da vacinação contra a aftosa”, afirma o secretário de Agricultura do estado, Covatti Filho.

Durante os próximos dois dias, a secretaria vai revisar com o ministério cada apontamento levantado pela auditoria anterior e também o plano estratégico para retirada da vacinação contra a febre aftosa.

“Na verdade são duas auditorias em uma. Ela será virtual, junto com o pessoal de Brasília e a superintendência regional do ministério no estado. Já carregamos uma série de documentos num drive que eles estão acompanhando e, a partir de amanhã, vamos repassar juntos item a item”, detalha a diretora de Defesa Agropecuária da secretaria, Rosane Collares.

De acordo com o governo gaúcho, uma pré-avaliação do ministério realizada no início de julho teria indicado que o atendimento às exigências está com andamento “bastante adequado e em fase final de atendimento”.

Status sanitário: A auditoria final também vai considerar o pleito para evolução de status sanitário junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Acredito que o relatório do ministério deve sair muito rápido, porque temos prazos nacionais e internacionais que precisamos cumprir para dar andamento no processo de evolução de status sanitário”, diz Rosane Collares. (Canal Rural)
                

 
Apex divulga calendário de feiras de alimentos e bebidas para 2021 com 15 eventos de referência no setor
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vão organizar a participação brasileira em 15 feiras internacionais de alimentos e bebidas em 2021. São eventos de referência no setor, que oferecem oportunidades de negócios em diversas regiões do mundo. Por meio de um calendário unificado, as empresas poderão selecionar os eventos mais interessantes para seu negócio e se inscrever. Conheça aqui as feiras e seus respectivos regulamentos clicando aqui. (Terra Viva)
 

 

 

 

Porto Alegre, 03 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.276

ARGENTINA: Classificação da indústria de laticínios 2019/2020
Todas as empresas que processaram mais de 100.000 litros de média diária de leite no período entre 1 de julho de 2019 e 30 de junho de 2020 foram tomadas para preparar o ranking.De acordo com a pesquisa industrial de 2018 realizada pela Diretoria Nacional Láctea, das 670 indústrias pesquisadas, cerca de 47 indústrias processadas na época, mais de 100.000 litros de leite por dia.
Por questões de sigilo estatístico, não é possível obter as informações do DNL - MAGyP, referentes aos litros processados por cada setor, e também não é possível, por razões de defesa da concorrência, recorrer a esses dados através das respectivas câmaras de negócios. . Portanto, a OCLA passou a solicitar a cada uma das empresas que tivéssemos a possibilidade de contato (34), os dados referentes ao volume de leite processado.
Abaixo está o ranking das empresas que foram solicitadas e concordaram em fornecer:
 
Observações e informações complementares :
• Consideramos que o ranking também deve incluir o Valor total do faturamento industrial e o Faturamento por litro de leite processado, que tentaremos incorporar em nossa próxima publicação.
• Na Argentina, no período analisado, o faturamento médio industrial foi de US $ 0,53 / litro de leite.
• Esse valor, por exemplo, para o ranking das 20 maiores indústrias de laticínios do mundo é próximo a US $ 1,00 / litro de leite (IFCN-2018). Uruguai em 2019/2020: US $ 0,53 / litro, considerando que as exportações representam 70% do destino comercial de litros de leite processado (INALE), quando na Argentina representam 20%.
• Para medir o nível de concentração industrial, é usual o uso do Índice Cr4: quanto processam as quatro principais empresas.
• A principal empresa da Argentina (Cr1) processa 12% do leite total, cujo valor nos principais países leiteiros do mundo é da ordem de 35%.
• O Cr4 atinge 32% na Argentina, quando no mundo dos laticínios as quatro maiores empresas processam mais de 75% da produção total.
• Esses números mostram uma grande atomização no processamento de leite na Argentina.
• Nas dez principais indústrias, 37% são processadas por empresas multinacionais (com sede em outros países).
• O sistema cooperativo para processamento de leite representa 5% (quase 50% do leite processado nos principais países leiteiros do mundo é através de cooperativas). Deve-se notar que, como um setor de produção primária, as cooperativas concentram na Argentina cerca de 26% da produção total de leite.
• Em meados dos anos 90, o Cr1 era de 18%, o Cr4 de 50% e as cooperativas possuíam 25% do leite total produzido na Argentina. 
Aspecto metodológico: considera-se leite processado o que cada indústria costuma comprar de terceiros (recebe, no caso de cooperativas), a produção própria e o leite proveniente de indústrias fora do ranking para compras temporárias.  (OCLA – Tradução livre: Sindilat/RS)
             

Hábito de cozinhar em casa aumenta vendas e resultados de cooperativa gaúcha

Faturamento da Piá cresceu 8,5% no primeiro semestre

Com forte aumento nas vendas de requeijão, manteiga, nata, doce de leite, usados nas receitas que os gaúchos tiveram de aprender a fazer em casa, o faturamento da Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis, subiu 8,5% no primeiro semestre.

Jeferson Smaniotto, presidente da Piá, contou à coluna que o produto mais vendido foi o requeijão na embalagem de 400 gramas, lançada no ano passado como opção à de 180 gramas, mais comum.

– O aumento nas vendas desse requeijão foi o mais que mais espantou. Com as famílias em casa, e na cozinha, o consumo em 400 gramas explodiu – relatou, detalhado que o salto chegou a 28% nesse tipo de embalagem.

Conforme Smaniotto, a Piá tem se focado na contínua profissionalização da gestão e na melhoria dos resultados financeiros. A partir de março, detalha, houve necessidade de adaptação aos efeitos econômicos da pandemia. Ocorreram mudanças nos setores administrativo-financeiro e comercial-marketing. O objetivo foi diversificar produtos, com investimentos em máquinas e equipamentos.

Na última década, a Piá acumula investimentos de R$ 95 milhões em estrutura física. Agora, quer colher os resultados dessa aposta cautelosa, mas também ousada. O próximo passo será um reforço na linha de sobremesas e nos leites vitaminados, mas Smaniotto afirma que ainda neste ano a cooperativa vai dar um passo importante na sua trajetória, que prefere não revelar porque alerta a concorrência. (Zero Hora)

Leite/Europa
Observadores do setor lácteo da Europa Ocidental avaliam que os custos da alimentação animal estão mais razoáveis. As recentes chuvas ajudaram no crescimento das pastagens, e o otimismo em relação à produção de leite aumenta.

A produção de leite na União Europeia (UE) no mês de maio de 2020 foi 0,4% maior do que a registrada em maio de 2019, de acordo com a Eurostat. De janeiro a maio de 2020 a produção foi 1,3% acima da verificada no mesmo período do ano passado. As variações nos principais países produtores na mesma comparação foram: Alemanha (+1,1%); França (+0,9%); Holanda (+2,4%); Itália (+3,15); e Reino Unido (+0,9%).

O mercado de queijos na Europa Ocidental ficou estável e a produção por países entre janeiro e maio de 2020, em relação ao ano anterior registraram as seguintes variações: Alemanha (+2,5%); França (-0,8%); Holanda (-3%); Itália (-0,3%); e Reino Unido (+0,1%). No mês de maio, o aumento na UE foi de 2,2% quando comparado com maio de 2019.

As vendas de queijo no mercado varejista estão boas. Os pedidos estão constantes. A demanda de exportação está sendo bem atendida. Muitos contratos previstos para o final de 2020 permanecem em negociação. Existe divergência de desempenho em relação aos estoques de queijos curados nas indústrias. Algumas relatam estoques suficientes e outras, avaliam que estão com estoques baixos.  

As exportações de queijos entre janeiro e maio de 2020 caíram 3,7% em relação a janeiro-maio/2019. Os principais destinos nos primeiros quatro meses do ano, em volume e percentual foram: Reino Unido, 138.047 toneladas (31,9%); Estados Unidos, 38.165 toneladas (8,8%); e Japão, 35.110 toneladas (8,1%).  primeiro trimestre de 2020
 

A produção de leite na Polônia em maio de 2020 foi 1,8% superior à registrada em maio de 2019. De janeiro a maio de 2020 a produção total ficou 1,7% acima do volume captado entre janeiro e maio de 2019. A produção de algumas commodities lácteas na Polônia, entre janeiro e maio de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019, foram: queijo (+4,4%); manteiga (+10,2%); leite em pó desnatado (-1,7%); e leite em pó integral (-0,1%).

A produção de leite na República Checa no mês de maio foi 3,7% maior do que a de um ano antes, e de janeiro a maio de 2020, o volume foi 4,5% superior ao verificado entre janeiro e maio de 2019. A produção de commodities lácteas na mesma comparação foram: queijos (+8,7%); manteiga (+3,3%); leite em pó desnatado (+8,3%); e leite em pó integral (-9,1%). (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


                

 
Piracanjuba Health & Nutrition faz doação do IMUNODAY para celebrar o Dia Nacional de Saúde
O Dia Nacional da Saúde carrega uma importante mensagem: a data de 5 de agosto é dedicada à conscientização acerca do valor da saúde. Paralelo a esse objetivo, a Piracanjuba Health & Nutrition também incentiva o cuidado com o bem-estar e o fortalecimento da imunidade e, assim, lançou o IMUNODAY, ideal para aumentar as defesas do organismo. Para celebrar a data, a marca promoverá a experimentação do produto, que conta com 23g de beta-glucana de levedura, é rico em vitaminas C, B12 e D, não tem glúten e é zero açúcar. Por meio de uma parceria com a Rede RD - das farmácias Drogasil, DrogaRaia e Onofre - os consumidores paulistas poderão receber o IMUNODAY em casa, gratuitamente. Para isso, basta acessarem www.drogasil.com.br no dia 5 de agosto, escolher o produto no sabor Chocolate Zero Lactose e adicionar o código IMUNODAY na página de pagamento, que debitará apenas R$ 0,01 do comprador, como forma de bonificação. “Diante da celebração do Dia Nacional de Saúde, especialmente nesses tempos em que a imunidade tem papel salutar na manutenção da saúde, a ação tem o objetivo de presentear consumidores de qualquer idade e promover a degustação do IMUNODAY. Os interessados poderão requerer o produto de forma on-line e com direito à entrega gratuita”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Guimarães. A ação durará um dia, reforçando a comemoração de 5 de agosto ou, enquanto durarem os estoques. Serão milhares de unidades do IMUNODAY sendo doadas aos consumidores. Os códigos de desconto serão limitados a um para cada CPF, dando a oportunidade de que várias pessoas tenham a oportunidade de conhecer IMUNODAY, a dose diária de imunidade. (As informações são da Piracanjuba)